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PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRO LEOPOLDO

Considerações referentes ao Setor de Patrimônio

Definições

O documento aborda a criação de práticas de controle efetivo para bens


patrimoniais e adoção de medidas de contenção de despesas com a compra
desnecessárias de bens que muitas vezes não se adequam as necessidades de
desempenho a que as mesmas são expostas durante sua vida útil. Os bens devem ser
adquiridos com a intenção de serem bem utilizados e que possuam características de
durabilidade em sua utilização prolongada.
Os bens devem ser tratados como públicos e não pessoais, essa diferença
causa muita variação, visto que alguns servidores municipais têm como entendimento
que o bem é de sua propriedade e que o mesmo não pode deixar de ser de seu
domínio e transferido.
Os bens devem manter suas características de uso bem como sua limpeza e
higienização garantindo assim sua vida útil. Quando danificados ou por eventual
motivo sofrerem avarias devem ser levados ao setor responsável para realização de
manutenção, dada a impossibilidade da reforma, devem ser declarados inservíveis ao
uso pelos setores da administração e listados para leilão posterior.
Todos os processos de movimentação de bens devem ser motivados e
documentados para posterior arquivamento tanto em meio digital como físico dada sua
relevância.
Todo bem público deve ser qualificado com a importância que lhe é devida
garantindo à administração pública a continuidade dos serviços prestados a população
e economia para os cofres públicos com o remanejamento dos recursos no
desenvolvimento de novos projetos para o bem da população.

Local específico para destinação de Bens

Todo bem público merece atenção especial de conservação e utilização, de


modo especial, a organização dos bens em local adequado deve ser considerada
viabilizando sua disponibilidade.
Quando extinguida sua vida útil ou mesmo desnecessidade imediata de
utilização, os bens devem ser alocados de modo a garantir a continuidade de suas
características aparentes, protegidos das intempéries, eventuais ocorrências de
roubos e furtos ou mesmo de gerar acidentes. Tudo isso só é possível com a
destinação desses bens em local adequado de acesso controlado e separado dos
demais itens que não possuem semelhanças em suas características e
particularidades.
O local deve dispor de espaço suficiente para separação dos bens inservíveis
destinados a leilão bem como para bens devolvidos em situação de estoque para
eventuais necessidades, vale lembrar a importância de espaço para movimentações
internas de separação e triagem bem como a facilidade de acesso para veículos de
transporte.
Outro ponto a se considerar é a necessidade de local específico para
realização de manutenções corretivas de bens, em especial mobiliário, com o objetivo
de redução de perdas com compras desnecessárias de bens para reposição.
Todas essas medidas contribuem para uma melhor organização dos bens
públicos facilitando os trabalhos de listagem para leilões e doações, bem como
redução de perdas no valor recuperável garantindo uma melhor avaliação.

Política de Conscientização dos Cuidados com os Bens Públicos

Por definição, Bem Público é aquele destinado a utilização pela população ou


para viabilizar o atendimento de suas necessidades.
Os bens destinados a utilização pelos servidores para desenvolvimento de
suas atividades tanto de atendimento direto como indiretamente devem ser tratados
com a observação das diretrizes de conservação e controle por parte de todos e
supervisionados pelo setor de patrimônio.
A conscientização da necessidade de tratamento diferenciado garante redução
de perdas e valorização do servidor por meio de disposição de recursos necessários
ao bom desempenho de suas atividades. Como sugestão, há a necessidade de
criação de uma política de conscientização efetiva dos servidores tornando-os
multiplicadores da boa prática.
A realização de treinamentos e palestras educativas tanto para servidores
como para a população poderiam gerar grandes resultados. Só por meio da educação
ocorrem melhorias concretas.

Realização de Inventário de Bens Patrimoniais

Uma das diretrizes do controle patrimonial passa pela identificação dos


responsáveis pela guarda e local de destinação dos bens dentro da organização
municipal. O inventário geral é considerado um dos mais importantes passos para uma
efetiva organização dos bens públicos, processo este que passa pela avaliação das
discordâncias de locação e responsabilização dos bens e realização dos devidos
acertos. Quando não identificada à localização dos bens as medidas administrativas
devem ser tomadas com o propósito de sanar as dúvidas e aplicação de eventuais
penalidades.
O inventário deve ser encarado como único meio necessário para
comprovação dos trâmites realizados pelo setor e reavaliação da comunicação com os
demais setores, vale lembrar que todos os procedimentos de transferência de bens só
podem ser realizados mediante comunicação das partes interessadas com devida
motivação e coerência com a legalidade.
A não realização do inventário por qualquer motivo leva a uma situação de
descontrole, falta de comprovação de veracidade na geração de relatórios e
retrocesso das práticas do setor levando a uma situação de caos.
A colaboração por parte de todos é fator primordial para o bom trabalho do
inventário, lembrando que a boa prática sempre gera benefícios.

Normatização dos procedimentos patrimoniais

As operações de controle patrimonial devem obedecer a normas e leis


específicas onde precisam ser previstas operações que englobem os atos constantes
da rotina do setor visando controle dos ativos permanentes contabilizáveis.
De forma paliativa, o setor se baseia em normas de órgãos externos, muitas
vezes adaptadas às necessidades reais por não possuir legislação municipal
específica que trata de tais assuntos. Para reverter esta situação, foi desenvolvido
documento inicial fundamentado nos preceitos oriundos da PORTARIA STN Nº 700,
DE 10 DE DEZEMBRO DE 2014 (SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL) que
aprova os Procedimentos Contábeis Patrimoniais que compõem o Manual de
Contabilidade Aplicado ao Setor Público – MCASP. O setor depende ainda de
legislação própria que norteie quanto aos procedimentos e percentuais que serão
aplicados dada reavaliação ou depreciação dos bens patrimoniais de modo a atender
a legislação federal.
Atualmente, o setor se orienta por meio da PORTARIA Nº 448, DE 13 DE
SETEMBRO DE 2002 (SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL) no que compete a
classificação dos bens permanentes e da PORTARIA Nº 3086/PR/2014 (TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS) no que compete à determinação de
vida útil e valor residual determinantes para efetivação de depreciação ou ainda em
reavaliação de bens.

Atenciosamente
Setor de Patrimônio

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