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Esta obra de 1930 é por vezes traduzida como O mal-estar na cultura ou O mal-
estar da civilização. No original: “Das Unbehagen in der Kultur”.
Em certa medida, isso é positivo por dar ao sujeito proteção social e sentimento
de comunidade. Mas, por outro lado, é a causa do mal-estar no sujeito, gerando
(/)
sofrimento e infelicidade.
Índice de Conteúdos:
1. A imagem da civilização
2. O que seria este mal estar na vida civilizada?
3. Substituição de ordens naturais
4. Relação entre o Complexo de Édipo e o mal-estar na civilização
5. O peso da cultura na humanidade
5.1. Redução da agressividade
5.2. Diminuição da vida sexual
6. Todo o sujeito é um inimigo natural da civilização
7. Rédeas comportamentais
8. Fatores ao sofrimento humano
8.1. Corpo
https://www.psicanaliseclinica.com/mal-estar-da-civilizacao/#:~:text=Na obra O mal-estar,superioridade dentro de uma cadeia. 2/21
16/09/2023, 15:17 O Mal Estar na Civilização: resumo de Freud - Psicanálise Clínica
8.2. Relacionamentos
8.3. Mundo externo
9. Sentimento de culpa
10. Considerações finais sobre O mal estar da civilização
A imagem da civilização
Na obra O mal-estar na civilização, Freud categoriza o homem em relação aos
animais a partir da civilização. Para ele, é justamente esse elemento que dá
identidade própria para a humanidade. Desse modo, carregamos um
componente coletivo e complexo que designa uma superioridade dentro de uma
cadeia.
(/)
(/)
Contudo, Freud não faz separações entre civilização e cultura. Não entenda aqui
“cultura” como “arte”: claro que a arte é parte da cultura, mas a cultura é mais
ampla, é tudo aquilo que é cultivado socialmente. O nosso modo de vida é
designado por nossas próprias vontades e escolhas dentro dos mais variados
ambientes. Isso inclui o afastamento da nossa natureza instintiva.
A civilização (ou cultura) nos priva de parte de nossa satisfação, afinal não
podemos realizar qualquer ato conforme nossa vontade.
Essa privação gera um mal-estar (daí: o mal-estar na civilização), pois a
energia psíquica não encontra realização imediata.
Essa energia vai buscar outras formas de se justificar ou “realizar”, que
tenham aceitação social: por exemplo, aceitando os benefícios sociais da
convivência, ou por meio do mecanismo da sublimação
(https://www.psicanaliseclinica.com/sublimacao/) (que é aplicar esta
energia pulsional em favor do trabalho, do lazer e da arte).
Essa forma alternativa gera uma parte de satisfação que o ego (forçado
pelo superego) entrega ao id, que apazigua em partes aquele instinto
primitivo.
Apesar de ser uma privação de parte de nossa satisfação (gerando o que Freud
chama de “mal-estar”), o convívio social é, segundo Freud, uma conquista
civilizatória ou cultural. Afinal, existem benefícios que o indivíduo retira das
relações humanas: o aprendizado, o afeto, a alimentação, a proteção, a arte, a
divisão do trabalho etc.
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tal punição pode ser tanto externa: como numa ordem de prisão;
quanto internalizada: os ideais de eu e os valores morais que podem
acarretar, por exemplo, o sentimento de culpa que o sujeito carrega, como
ocorre com o personagem Raskólnikov no grandioso “Crime e Castigo”, de
Dostoievski.
a família (ou seja, a relação com o pai e a mãe, ou quem assuma tais
funções) é a primeira “sociedade” que a criança vivencia;
enquanto a sociedade mais ampla será um desdobramento ou
complexificação do que a criança começou a aprender em família.
Afinal:
Na família:
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Freud também propõe o complexo de Édipo na menina (amor pelo pai, rivalidade
com a mãe) e o Édipo invertido (menino com amor pelo pai, menina com amor
pela mãe).
Na vida em sociedade:
a divisão social do trabalho: o ego não precisará saber tudo ou fazer tudo
para sobreviver;
a satisfação ao instinto de sobrevivência: por não poder matar o outro,
também não poderá ser morto por outra pessoa;
a previsibilidade: como quando o casal pode ter sexo com frequência, sem
que cada indivíduo tenha que “sair à caça” por sexo.
Veja que esse superego é internalizado de tal forma que o sujeito não diferencia o
que é externo (social) do que é interno (psíquico), sendo que tudo ou quase tudo
passa a ser internalizado e naturalizado.
(/)
Por exemplo, a forma como o sujeito se veste, o deus em que ele acredita, o lugar
da mulher, a língua que fala (junto com os sentidos atribuídos às palavras) etc.
são fatos determinados na vida social. Mas o sujeito acredita que esses fatos
sociais sejam aspectos elegíveis, isto é, quase como se fossem escolhas dele
(sujeito). Essa “assunção como propriamente seu” é uma defesa um tanto
quanto narcísica do ego, que precisa acreditar que são “escolhas próprias” para
mais facilmente interiorizá-las.
Redução da agressividade
A humanidade possui uma inclinação natural para ser agressiva e até selvagem.
Contudo, as normas da civilização impedem que esses impulsos sejam
atendidos em sua forma pura. Por segurança, decoro e até ética aos costumes,
esse instinto natural precisa e será reprimido.
Rédeas comportamentais
Em O mal-estar da civilização, Freud afirma que existe esse controle para que
possamos viver em sociedade. Nisso, se a religião se extinguisse, outro
sistema com características semelhantes seria criado. Ou seja, ao mesmo
tempo em que quer se libertar, o homem cria freios a si mesmo. Aliás, existem
sistemas morais que atuam em certa media em consonância discursiva,
alinhando seus valores dentro de uma sociedade, como: família, escola, arte, leis,
moralidade, religião, aparato policial etc. Obviamente, não estamos dizendo que
estes sistemas sejam absolutamente uniformes e que não existam espaços para
contradições.
“O programa de tornar-se feliz, que o princípio de prazer nos impõe não pode ser
realizado; contudo, não devemos – na verdade, não podemos – abandonar
nossos esforços de aproximá-lo da consecução, de uma maneira ou de outra”.
Corpo
O nosso corpo possui necessidades próprias e elas são impulsionadas pelos
impulsos naturais. Acontece que nem sempre podemos atender a esses
chamados e precisamos reprimir essas vontades, como as de natureza sexual.
Consequentemente, isso acaba por gerar distúrbios ou desequilíbrios físicos e
psíquicos.
Relacionamentos
Relacionar-se com outras pessoas também é um canal de sofrimento para o ser
humano. Isso porque ele está lidando com um semelhante que possui as
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próprias particularidades e desejos. Mesmo quando um relacionamento é “a
dois”, sintetiza uma boa parte dos controles definidos pela sociedade mais
ampliada. Desse modo, pode haver choques de interesse nos níveis mais baixos
até os cavalares.
Mundo externo
Por fim, a própria realidade onde estamos inseridos pode ser um canal de
sofrimento contínuo para nós. Da mesma forma como em um relacionamento,
nossas tendências pessoais podem se confrontar com as regras do mundo
externo. Por exemplo, pense em tudo o que deve reprimir para que não seja
julgado e condenado publicamente.
Sentimento de culpa
Nos escritos de O mal-estar da civilização, Freud expõe a ideia do sentimento de
culpa. Por causa de uma tensão entre Ego e Superego, se alimenta uma
necessidade de punição em si mesmo. A culpa advém de duas origens: medo
de uma autoridade exterior e também medo do próprio Superego.
Nisso, ele alimenta que há uma relação próxima da civilização com o sentimento
de culpa. Para que mantenha os seres humanos interligados, a civilização
alimenta e fortalece o sentimento de culpa sobre eles. Para isso, criou um
Superego de grande influência que ajuda na evolução cultural.
Podemos destacar:
Você se lembra de outra obra artística que traga o tema do mal-estar de viver em
sociedade? Deixe sua indicação nos comentários abaixo.
Em parte, exibe uma constante luta do indivíduo contra o coletivo, de modo que
um tenta dominar o outro. Mas de modo geral, existe um controle das raízes
naturais pertencentes a cada ser humano. A repressão daria resultado a
problemas em nossas mentes, comportamento e sociabilidade.
Este artigo foi escrito por Paulo Vieira, gestor de conteúdos do Curso de
Formação em Psicanálise, 100% online (/). Mostrando-se como ferramenta de
esclarecimento, a Psicanálise pode ajudar você a obter as respostas que procura
a respeito de suas tendências e dúvidas pessoais. Pode ter certeza que você
terá excelentes elementos para compreender estas ideias presentes em O mal-
estar na civilização.
Comportamento.
Seu Nome:
CADASTRO GRÁTIS
(/)
Muito bom artigo! Hoje em dia, temos que nos policiar, para não causar um
mal estar, as pessoas hoje não sabem ouvir, pois querem só falar e o pior
querem que concordamos com elas.
Responder
Renata disse:
29/06/2022 às 10:02 (https://www.psicanaliseclinica.com/mal-estar-da-civilizacao/#comment-8282)
Olá! Mais um texto do prof Paulo !!! Muito bem escrito, didático, coerente,
como tudo o que escreve! Prazer imenso ao ler textos que auxiliam a nossa
compreensão sobre os estudos de Frei!
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