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(Não há a necessidade do símbolo da AGES)

FRAYZE-PEREIRA, João. O que é loucura. Brasilienase, 2017.


(deve conter dois ENTER, aqui há apenas um)

Josefa Almeida da Silva Neta

(O espaçamento deve ser de 1,5)

Objetivo geral: O livro “O que é loucura” de João Frayze-Pereira, escrito em


primeira pessoa, tem como finalidade produzir ao leitor indagações sobre qual
perspectiva a loucura é vista, o fazendo questionar a respeito de como a sociedade
ainda aborda a insanidade, se é como algo patológico ou como um despertar para a
própria existência. João aborda a loucura de maneira objetiva, dando espaço para
análises pessoais, o que leva á reflexões únicas sobre o tema em questão. Dessa
forma, é improvável que o leitor não se pegue aprofundado em seus pensamentos,
ao modo que a loucura passa a ter uma nova expressão e sentido.

(O espaçamento deve ser de 1,5)

Palavras-chave: Loucura; Patológico; Doença mental; Anormalidade; Consciência.

Principais ideias defendidas pelo autor:

“Crer numa loucura localizada no indivíduo e emprestar ao louco uma


vestimenta que o transfigura em monstro não só tende a retirar-lhe o estatuto de
humanidade, como também a nos fazer esquecer que algo se diz através da
loucura”. (p.11)

“Designa-se louco o indivíduo cuja maneira de ser é relativa a uma outra


maneira de ser”. (p.20) (a citação não possui mais de três linhas, não deve
ser recuada)

“Cada sociedade forma da doença um perfil que se desenha através do


conjunto das possibilidades humanas enfatizadas ou reprimidas
culturalmente”. (p.27) (a citação não possui mais de três linhas, não deve
ser recuada)

“É patológico todo o comportamento que se afasta das normas reguladoras


da capacidade universal do ser humano de utilizar os materiais que a cultura
põe à sua disposição para viver simbolicamente suas experiências e
comunicá-las aos outros”. (p.33)1

1
Josefa Almeida da Silva Neta; Psicologia ALT; 2° período; UC Processos
Psicopatológicos e Contemporaneidade; Professoras Calila Caldas e Denise Barbosa . (A
(somente um ENTER)

Comentário pessoal:

A obra “O que é loucura” conceitua a insânia como inerente à razão, o que


leva ao leitor a uma tomada de consciência e análise para discernir sobre qual ótica
a loucura está sendo enxergada. O autor aponta o tema referido por percepções
indagadoras, com o auxílio de filósofos como Michel Foucault e de psiquiatras como
Thomas Szasz, o livro se torna rico em informações e esclarecimentos, dando
aberturas para reflexões em relação aos propósitos do tema em destaque.

Por conseguinte, a loucura é abordada na obra por diferentes maneiras,


sendo elas como uma doença; uma perda da consciência do próprio “eu”; um
desequilíbrio emocional; a soma de distúrbios emocionais; uma fuga da realidade ou
uma tomada de consciência de si e do mundo. Na maioria dessas abordagens, a
loucura está relacionada a uma agressividade e a um risco para o sujeito e para o
outro, o tornando perigoso socialmente. Por outro ângulo, essa insanidade é tida
como um afastamento das normais sociais impostas e a um choque de realidade, ou
seja, uma autoconsciência do sujeito perante a sociedade.

João Augusto Frayze-Pereira, autor de “Olho d'água: arte e loucura em


exposição”, e “O que é loucura”, defende que impor uma normalidade aos indivíduos
é colocar exigências acima da natureza de cada ser humano, o que o faz perder sua
diversidade particular. Por conseguinte, definir o modo de sentir, se portar e pensar
do louco é recriminar sua essência, o tornando acometido pelo processo de
desindividualização, ou seja, o indivíduo é removido do convívio social e das
relações que o contemplam, passando a ser apenas um “louco” e tendo toda a sua
personalidade apagada.

Em suma, o compilado de ideias da obra sinaliza que cada região possui suas
crenças e muitas delas podem ser assimiladas às doenças mentais. Ruth Benedict
(1887-1948), antropóloga americana, sustenta que cada cultura define o modelo de
conduta que os indivíduos daquela sociedade devem seguir, dessa forma, os
sujeitos que se inclinam ao padrão imposto são aceitos e os que não o seguem são
vistos como anormais pela sociedade. Entretanto, em cada sociedade são formados
seus modelos sociais, ou seja, o que em uma é anormal e patológico, em outra é
normal e saudável. Para Foucault (PROVIDELLO,2013), em certa altura da
realidade histórica, a loucura tornou-se um conhecimento da alienação, definindo-a,
como uma doença mental, acarretando consequentemente ao silenciar do louco.

Adicionalmente, em cada contexto social, o sentir, pensar e viver da loucura


sucede de diferentes formas, o que torna a conexão entre a loucura e o patológico
não limitada. Ademais, a compreensão da loucura oferece ao homem a verdade de
si mesmo, o despindo de suas convicções já estabelecidas, abrindo caminhos para
suas fragilidades, devolvendo assim, a sua humanidade, ou seja, a loucura existe

REFERENCIA DEVE ESTAR NA PRIMEIRA FOLHA)


em todos os seres humanos, o que a define como patológica é o seu nível. Por fim,
o trabalho do autor é imprescindível para o enriquecimento da consciência do corpo
social, trazendo paradoxos a respeito de convicções intrínsecas quanto ao indivíduo
em sofrimento psíquico.

FRAYZE-PEREIRA, João. O que é loucura. Brasilienase, 2017. (não precisa


referenciar, já que a referencia deste está no início do fichamento)
PROVIDELLO, Guilherme Gonzaga Duarte; YASUI, Silvio. A loucura em Foucault:
arte e loucura, loucura e desrazão. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 20,
n. 4, p. 1515-1529, 2013.
Precisa conter a referência de RUTH BENEDICT

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