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Lição 11 – Administrando em tempos difíceis

“Os sinais indicam que o clímax da História, a segunda vinda de Cristo, está às portas. Oramos
para que estas lições aprofundem sua fé e confiança em Deus e o encorajem a ser um
administrador fiel para Ele” (G. Edward Reid).

Verso para memorizar

“Ofereça a Deus sacrifício de ações de graças e cumpra os seus votos para com o Altíssimo.
Invoque-Me no dia da angústia; Eu o livrarei, e você Me glorificará” (Sl 50:14, 15, grifo
acrescentado).

Se pudéssemos dividir esse verso em dois tempos, um seria “tempo de bonança”, para
oferecimento de sacrifícios e cumprimento de votos, e o outro seria “tempo de crise e de
angústia”. No primeiro, você apresenta ofertas; no outro, Deus Se oferece como oferta.
“Invoque-Me [...] Eu o livrarei”. Essa promessa não é para os infiéis. Só há glória na fidelidade.

Esboço para esta semana

As lições de domingo e quarta são similares tematicamente. Sugiro que comece por elas. É
possível abordar toda a lição em quatro pontos.

(1) Prioridades (quarta); Colocando Deus em primeiro lugar (domingo)


(2) Confie em Deus (segunda)
(3) Tempo de simplificar? (terça)
(4) Necessidades – Ninguém poderá comprar nem vender (quinta)

Abordagem sugestiva

Lembre-se de falar à Unidade de Ação que o propósito do estudo semanal é o


aprendizado pelo estudo sistemático da lição. O melhor a cada encontro é a oportunidade de,
na classe de professores ou na classe regular, poder sintetizar o aprendizado e o conhecimento.
Este se adquire no estudo; o outro se exercita no compartilhamento.
3.1. Prioridades – colocando Deus em primeiro lugar (quarta e domingo)

Comece apontando para o aluno uma impossibilidade: a de servir a dois senhores (Mt
6:24). Ponto final. Prioridade demanda uma escolha responsável que envolve fidelidade. Você
escolhe servir a Deus? Então priorize-O!
A lição de domingo aponta a maneira pela qual devemos viver essa experiência em meio
à crise. A narrativa de 2 Crônicas 20:1-22 conta sobre Josafá e a guerra contra os moabitas e
amonitas. Observe: (1) a crise: “Uma grande multidão está vindo contra Judá” (v. 2); (2) reação
à crise: “teve medo e decidiu buscar o Senhor” (v. 3); (3) proclamou um jejum e fez oração
intercessória (v. 3-12); mas o melhor das ações em tempos de crise foi uma atitude coerente
com a realidade e a fé: (4) “Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos estão postos em Ti”
(v.12b). É provável que se possa afirmar que a nossa prioridade está no ponto aonde nossos
olhos se dirigem em tempos de crise. Ali está a nossa confiança.

3.2. Confie em Deus, não em seus recursos

A própria história de Josafá pode ser um pano de fundo para compreendermos o tema
da lição de segunda. Que recursos Josafá teria em suas mãos? Agora uma nova história aponta
para o fato de que não importa o número dos nossos inimigos, quem está com Deus é maioria.
Relembre com sua unidade a leitura do texto de 1 Samuel 14:1 a 23.
Mas nem tudo é poder. Às vezes é “número”. A contagem do exército orientada por
Davi colocou a força do braço acima da força de Deus, Aquele “que livra com muitos ou com
poucos” (v. 6). O que realmente ameaça a nossa confiança é a ilusão de que temos alguma força.
Paulo, consciente dessa realidade, declarou: “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fp 4:13).
É simples assim.

3.3. Tempo de simplificar?

A pergunta é: “O que devemos fazer com nossas posses?” O clássico texto de Pedro que
declara “que esperamos novos céus e uma nova Terra” deveria deixar as coisas mais simples
no nosso cotidiano e ajudar a definir nossos planos. Não ficaremos permanentemente na Terra
até que ela seja transformada. É fato que onde estiver o nosso tesouro ali estará também o nosso
coração. “Não devemos proceder, pois, como quem quer habitar confortavelmente sobre a
Terra, mas ajuntemos nossos pertences no menor espaço possível” (Ellen G. White, Conselhos
Sobre Mordomia [CPB, 2021], p. 44).

3.4. Ninguém poderá comprar nem vender

A crise final da História do mundo será intensa. Em Daniel, ela é chamada de “tempo
de angústia, qual nunca houve” (Dn 12:1). Neste ponto da revisão seria proveitoso abordar e
dialogar sobre as perguntas 6 e 7 da lição.

6. Leia Apocalipse 13:11-17. Como as questões financeiras se encaixam com a perseguição


no tempo do fim? A pergunta 6 leva o aluno a entender que no tempo de angústia a questão
financeira esbarra na impossibilidade de qualquer negociação com o que temos. Parece então
não fazer mais sentido “ter”.

7. Leia Deuteronômio 14:22 e a última parte do verso 23. O que o povo de Deus devia fazer
com a produção a cada ano? Por que Deus pediu isso? A pergunta 7 leva o aluno a entender
que no tempo da bonança a questão financeira passa pelo exercício do desprendimento ao
devolvermos sistematicamente os dízimos. Isso nos prepara para a dependência e confiança em
Deus.

Conclusão

Nos últimos dias as pessoas serão amantes do dinheiro e “mais amigos dos prazeres do
que amigos de Deus”. Isso é profético e, sendo verdade que “não podemos servir/amar dois
senhores”, isso passa a ser trágico. O perigo de viver “a ostentação” nesta sociedade de consumo
e modismos é o custo alto a ser pago, não na conta dos valores financeiros, mas dos valores
espirituais. Deus está no topo de nossas preferências? A Sua causa está na lista de nossas
ofertas? Nossas ações e intenções apontam para o devido preparo para uma crise vindoura por
conta de nosso compromisso com a verdade?
Para o tempo de angústia anunciado pela profecia, temos duas possibilidades: (1)
exercer total confiança em Deus ou (2) entregar-se a um total conformismo com a proposta do
mundo, em oposição à verdade bíblica. A primeira opção me coloca em crise com o mundo, e
a segunda me lança no conflito com a eternidade. Estaremos em crise, mas qual é a causa certa?

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