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A Soberania de Deus quanto a sua


misericórdia!
Rev. Fábio Henrique do Nascimento Costa

Introdução/Elucidação

Com muita frequência, os jornais


trazem, junto aos editoriais, com
destaque, uma caricatura. Com poucas
linhas, o artista traça o esboço
humorístico de um fato político, social
ou econômico, da atualidade. Através do
desenho ele transmite uma mensagem
contundente e direta, onde nessa
expressão um redator dificilmente
poderia alcançar. Ao contar parábolas,
Jesus desenhava quadros que retratavam
o mundo ao seu redor. Ensinando
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através das parábolas, ele descrevia


aquilo que acontecia na vida real. Isto é,
ele usava uma história tirada do
cotidiano, para, através de um fato já
aceito e conhecido, ensinar uma nova
lição. Essa lição, na maior parte das
vezes, vinha no final da história e
provocava um impacto que precisava de
tempo para ser entendido e assimilado.

Essa parábola é uma sequência lógica do


ensinamento de Jesus no texto anterior.
É uma ilustração do que Jesus acabara
de ensinar (19.27, 30 “27 Então, lhe falou
Pedro: Eis que nós tudo deixamos e te
seguimos; que será, pois, de nós? 30
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Porém muitos primeiros serão últimos; e


os últimos, primeiros.”). No reino dos céus,
aqueles que deixam tudo para seguir Cristo
ganham nesta vida e na vindoura. Porém,
muitos primeiros serão últimos, e os últimos,
primeiros.

Essa é essencialmente uma parábola


acerca do reino dos céus, onde a graça de
Deus é o fator predominante e onde são
totalmente irrelevantes as concepções da
moralidade. Jesus não está aqui
lançando luz sobre a questão de como os
trabalhadores devem ser pagos, ou sobre
os outros problemas económicos com os
quais o homem moderno se preocupa
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tanto. Qualquer tentativa de interpretar a


parábola nessas linhas de pensamento estão
condenadas ao fracasso. “O chamado para o
trabalho, a capacidade e a salvação são
todos com base no princípio da graça, e
não de mérito”.

O ponto central da parábola está no versículo:


“15 Porventura, não me é lícito fazer o que
quero do que é meu? Ou são maus os
teus olhos porque eu sou bom? Mateus
20:15”

Tema: A Soberania de Deus quanto a sua


misericórdia!

Desenvolvimento
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I – A GENEROSA GRAÇA DE DEUS vv.


1,2

a) O reino dos céus, semelhante a uma vinha


1ª “Porque o reino dos céus é semelhante
a um dono de casa que saiu de
madrugada para assalariar
trabalhadores para a sua vinha.”
Quanto à natureza deste reino,
Jesus quer que seus discípulos saibam
discernir que o reino dos céus é
exatamente o oposto deste mundo. Não é
comparável aos reinos que existem entre os
homens. Não é um reino de esplendor,
riqueza ou poder terrestre. Não diz
respeito aos assuntos civis ou políticos
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dos homens, exceto em suas relações


morais. Suas recompensas e prazeres
não são as coisas boas deste mundo.
b) Um pacto proveniente da parte de
Deus para com suas criaturas é sempre
fruto da Sua graça, pois essa ideia de
pacto sempre implica em Deus se
rebaixar ao nível do homem como seu
amigo para oferecer-lhe sempre um
caminho de felicidade eterna, sendo
nisso glorificado. A decisão de uma
relação pactual com o homem nasce nos
decretos da Divindade, portanto é pura
graça. Essa relação pactual entre Deus e
o homem para garantir-lhe a vida eterna
se faz necessária por causa da grande
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distância entre os dois. O homem nunca


poderia ter um relacionamento mais
profundo com Deus se não fosse por
meio de um pacto, pois ele não é Deus,
nem faz parte da Divindade.
Assim sendo, o homem jamais tem relação
com Deus de forma direta como Jesus e o
Espírito Santo têm, pois o homem é homem e
Deus é Deus. Entre a criatura e o Criador
existem diferenças que somente podem ser
superadas, num relacionamento, através de
um pacto.
c) cabeça pactual 1b “a um dono de casa
que saiu de madrugada”
O dono Gn. 2. 16,17
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Os trabalhadores “para assalariar


trabalhadores para a sua vinha”
d) Os termos do pacto v. 2
Salário como pagamento
Pacto das obras

 ALIANÇA DE OBRAS, a constituição sob


a qual Adão foi colocado em sua criação. Nesta
aliança:
 As partes contratantes eram (a) Deus, o
Governador moral, e (b) Adão, um agente moral
livre e representante de toda a sua posteridade
natural (Romanos 5:12–19).
 (2.) A promessa era “vida” (Mt 19:16, 17;
Gl 3:12).
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 (3.) A condição era perfeita obediência à


lei, o teste neste caso sendo abster-se de comer
do fruto da “árvore do conhecimento”, etc.
 (4.) A penalidade era a morte (Gn 2:16,
17).
Essa aliança também é chamada de aliança da
natureza, conforme feita com o homem em seu
estado natural ou não caído; uma aliança de
vida, porque “vida” era a promessa ligada à
obediência; e uma aliança legal, porque exigia
perfeita obediência à lei.
A “árvore da vida” era o sinal externo e o selo
daquela vida que foi prometida na aliança e,
portanto, geralmente é chamada de selo dessa
aliança.
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II – A ABUNDANTE GRAÇA DO SENHOR


vv. 3-9

a) O pacto da graça “Um pacto proveniente


da parte de Deus para com suas criaturas é
sempre fruto da Sua graça, pois essa ideia de
pacto sempre implica em Deus se rebaixar ao
nível do homem como seu amigo para oferecer-
lhe sempre um caminho de felicidade eterna,
sendo nisso glorificado. A decisão de uma
relação pactual com o homem nasce nos
decretos da Divindade, portanto é pura graça.
Essa relação pactual entre Deus e o homem
para garantir-lhe a vida eterna se faz necessária
por causa da grande distância entre os dois. O
homem nunca poderia ter um relacionamento
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mais profundo com Deus se não fosse por meio


de um pacto, pois ele não é Deus, nem faz parte
da Divindade.”
b) Essa aliança é cumprida sob o
evangelho, na medida em que Cristo
cumpriu todas as suas condições em
favor de seu povo e imputa sobre eles
todas as suas bênçãos. Em Hb. 8:6, 7; 9:15;
12:24/ Gn. 4.10, onde este título é dado a Cristo,
a linguagem usada (“novo”, “melhor”) refere-se
ao fato de que, embora Cristo tenha sido desde
o princípio o mediador sacerdotal da aliança, o
“único mediador” (1 Tim. 2:5), ele agora é
visivelmente revelado como o verdadeiro
mediador e o administrador imediato da
aliança.
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Cristo, a garantia mencionado em Heb. 7:22,


onde a palavra traduzida como “testamento”
significa a nova ou cristã dispensação da aliança
em contraste com a antiga ou mosaica
dispensação. Ele é fiador como sacerdote, pois
cumpre todas as obrigações de seu povo sob a
aliança quebrada de obras; e como rei, na
medida em que dispensa todas as suas bênçãos
ao seu povo.

Administração da aliança da graça tem


sido a mesma em todas as dispensações.
Desde o início da história do mundo, o
plano de salvação sempre foi o mesmo —
tendo a mesma promessa, o mesmo
Salvador, a mesma condição, a mesma
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salvação. Deste único pacto de graça houve


várias dispensações. Estes são às vezes
considerados como quatro:

(1.) A dispensação ou revelação da aliança nas


relações de Deus com os homens de Adão a
Abraão.

(2.) De Abraão a Moisés, quando houve uma


revelação mais clara e completa do que no
primeiro período.

(3.) De Moisés a Cristo. Este é o período da


aliança ou economia mosaica.

(4.) A dispensação do evangelho, que não é


temporária e preparatória como as anteriores,
mas permanente e final. Durará até a
ressurreição e o julgamento final.
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DISPENSAÇÃO— administração

(1.) O método segundo o qual Deus realiza seus


propósitos para com os homens é chamado de
dispensação. Geralmente são consideradas três
dispensações:

a) a patriarcal,

b) a mosaica ou judaica

c) a cristã. (Veja ALIANÇA, Administração


de.) Esses foram os estágios no
desdobramento de Deus de seu propósito de
graça para com os homens. A palavra não é
encontrada com este significado nas
Escrituras.

(2.) Uma comissão para pregar o evangelho.


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As dispensações da Providência são eventos


providenciais que afetam os homens no
caminho da misericórdia ou do julgamento.

Descansar no Senhor não significa não


fazer nada
e) Juízo final
f) Recompensa
g) O contraste entre o reino de Deus e as
coisas terrenas
h) A abundante graça de Deus

III – A SOBERANIA DE DEUS QUANTO A


SUA MISERICÓRDIA vv. 10-16

a) O justo e gracioso pagamento v.10


b) A insatisfação e compreensão equivocada
de si mesmo. Vv.11-12
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c) A justiça e a graça abundante do Justo


Deus. vv. 13-14
d) A soberania de Deus sobre a graça e a
misericórdia. v. 15 Rm. 9. 19-33
e) Temos que extirpar todo resquício sobre
nossa justiça em face da obra redentora de
Deus. v. 16
Sobre a nossa justiça
Sobre a soberania de Deus
Sobre o que significa a graça
Sobre a responsabilidade humana

Aplicação

Conclusão

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