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PROJETO ARQUITETÔNICO

EM EDIFÍCIOS
HOSPITALARES
UNIDADE III
CONCEITO DE HUMANIZAÇÃO
NOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES
Elaboração
Diego Bermejo Oba

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE III
CONCEITO DE HUMANIZAÇÃO NOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES..................................................5

CAPÍTULO 1
CONFORTO AMBIENTAL EM EDIFÍCIOS HOSPITALARES .......................................................
5
COMUNICAÇÃO VISUAL, ACESSIBILIDADE E ERGONOMIA EM EDIFÍCIOS HOSPITALARES...... 14

CAPÍTULO 3
HOTELARIA EM EDIFÍCIOS HOSPITALARES ......................................................................... 21
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................27
CONCEITO
DE HUMANIZAÇÃO
NOS EDIFÍCIOS
UNIDADE III
HOSPITALARES

Capítulo 1
CONFORTO AMBIENTAL EM EDIFÍCIOS
HOSPITALARES

Embora nos últimos anos a arquitetura do ambiente hospitalar tenha passado por
grandes mudanças e o conceito de humanização esteja sendo aplicado nestes projetos
mais recentemente, já é de longa data que o objetivo é a melhoria do ambiente
hospitalar, um ganho de qualidade na utilização destes locais, visando a saúde e o
bem-estar tanto dos pacientes e acompanhantes, como dos profissionais.

No século XIX, conceitos como ventilação, saneamento, controle do ruído e da luz


foram abordados pela enfermeira Florence Nightingale no livro Notes on Hospitals
(1859), conforme já apontado. Para ela, o primeiro requisito de um hospital era que seu
ambiente não fizesse mal aos pacientes.

O conhecimento anterior de que o ar era contaminante e veiculador


de doenças foi modificado através dos estudos de Florence e das
descobertas de Pasteur. O calor antes indesejado, reduzia a umidade
dos ambientes controlando a proliferação de microrganismos, e o uso
de luz natural se tornava importante também por transmitir ao paciente
a noção de tempo e a integração com a natureza (LUKIANTOCHUKI;
SOUZA, 2010).

Com os avanços da medicina, da tecnologia e mesmo das práticas na área da saúde,


viu-se a necessidade de se encontrar um equilíbrio entre custos, qualidade e quantidade
dos serviços prestados. Isso determinou uma maneira mais ampla de discutir e conceber
o sistema de saúde como um todo e seus edifícios, hoje planejados e projetados à
luz de um conjunto de princípios que envolvem aspectos de ordem arquitetônica,
administrativa, financeira, ambiental e de recursos humanos.

Em 2004, o Ministério da Saúde, a partir do programa HUMANIZASUS, estabeleceu as


diretrizes de uma política nacional de humanização da atenção à saúde, que propõe,

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entre outros, um conjunto de ações sobre diversas práticas de serviços de saúde, em


diferentes níveis do sistema, formando uma construção coletiva em que todos os atores
estão envolvidos.

No âmbito das políticas públicas de saúde, a humanização se refere à mudança


dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de saúde, priorizando
as novas relações entre usuários e trabalhadores. Esses se tornaram parceiros na
busca da qualidade dos serviços, com práticas concretas e comprometidas com a
produção tanto de saúde quanto de sujeitos, de tal forma que atender melhor o
usuário está em sintonia com as melhores condições de trabalho, segundo Campos
(2000).

No que tange à arquitetura, ainda que inerente, é crescente o interesse pelas relações
entre os seres humanos e os ambientes que os cercam. A partir do campo da psicologia
ambiental se disseminou o estudo das relações entre o ambiente e o comportamento
humano, o que Fisher aponta como “psicologia social do ambiente”.

Numa perspectiva psicossocial, o espaço já não é definido como uma


propriedade exterior que teria em si mesma a sua substância e as
suas formas, mas como um conjunto de matrizes no seio das quais
se desenrola a existência concreta dos indivíduos. Daí a importância
atribuída às relações que se estabelecem entre o homem e os seus
diferentes ambientes; elas dão às nossas condutas uma estrutura bem
específica (FISCHER, 1994).

Nesse sentido, o espaço é capaz de influenciar o comportamento humano, contribuindo


para moldá-lo e, em contrapartida, sofre ações de seus usuários no sentido de adequá-
lo às suas necessidades e à sua realidade.

Nos ambientes de saúde, as relações entre espaço e usuário, seja ele paciente,
acompanhante ou profissional dos corpos clínico e técnico, se tornam ainda mais
intensas, já que as características predominantes nesses ambientes nos remetem a
impessoalidade, frieza, aspecto institucional, associadas às condições extremas de
sensibilidade de seus usuários.

Em geral, é nesse edifício que nos conscientizamos de nossas


fragilidades, impotências e solidão diante da doença, é também que
podemos vir a encontrar a coragem, a solidariedade e a esperança
necessárias ao processo de cura. A humanização do edifício hospitalar é
condição imprescindível para que esses sentimentos positivos fioresçam,
ajudando-nos a superar o estresse, a mitigar a dor e a abreviar o
momento da alta (TOLEDO, 2007).

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Entre várias propostas recentes de abordagem para os ambientes de saúde, merecem


destaque o conjunto apontado por Dilani (2001), denominado psychosocially supportive
design, que enfatiza as necessidades sociais e psicossociais dos usuários, especialmente
dos pacientes. Segundo o autor, é crescente o reconhecimento da necessidade de se
criar espaços capazes de proporcionar bem-estar, reduzir o estresse e favorecer os
processos de recuperação da saúde. Entre os principais fatores apontados por Dilani
(2001), destacam-se:

» a promoção da interação entre pacientes e equipes profissionais, como a


descentralização e fragmentação de postos de enfermagem;

» a adoção de configurações mais próximas à escala humana, como por exemplo, a


divisão da edificação em blocos, a opção, dentro do possível e, considerando as
limitações impostas pelas grandes cidades e pelos terrenos, por gabaritos mais
baixos e partidos horizontalizados;

» a integração do estabelecimento com o entorno urbano e com a comunidade,


particularmente relevante no caso de instituições psiquiátricas;

» a promoção do contato com a natureza, com a luz natural e com atividades


artísticas.

Para Corbella (2003), um ambiente confortável provoca no usuário a sensação de


neutralidade. Assim, nos edifícios hospitalares a arquitetura pode atuar como um
instrumento terapêutico e contribuir para o bem-estar físico do paciente, ao se criarem
espaços que acompanhem os avanços da tecnologia e que permitam condições de
convívio mais humanizadas. Salvo, o paciente, que passa por situações já estressantes,
por vezes com risco de vida ou profundo sofrimento, não deverá ser submetido a
ambientes que possam representar mais um fator desmotivador durante a permanência
nestes edificios.

Além de atenderem às demandas tecnológicas em saúde, à flexibilidade e às


características regionais e geográficas, os projetos de estabelecimentos de saúde podem
e devem contemplar a satisfação do usuário por meio do conforto ambiental e seus
aspectos higrotérmico, lumínico, visual e acústico, integrando-o ao seu meio, de forma
que o desempenho de suas atividades possa ser otimizado.

Para Bitencourt e Costeira (2014), conforme explicitado no tabela 6, criar condições de


conforto em projetos da área da saúde é um desafio para o arquiteto, que deve entender
que a sensação individual de conforto é uma variável que depende de características
culturais, fisiológicas e de valores subjetivos.

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Tabela 6. Fatores ambientais, abordagens e interferências que resultam no conforto humano.

Conforto Visual Lumínico Acústico Ergonômico Higrotérmico Olfatório


Fisiologia Umidade do ar
Odores
Cores Ruídos Biomecânica Temperatura do ar
Odorantes
Identidade Iluminação Ondas Antropometria Velocidade do ar
Abordagens Respiratório
visual Cores sonoras Fatores Temperatura
Sinalização Sons ambientais radiante do ar Qualidade
do ar
Sistema SHMA Qualidade do ar
COMPONENTE
Interferências FISIOLOGIA HUMANA VALORES SUBJETIVOS
CULTURAL
Percepção CONFORTO HUMANO

Fonte: Bitencourt e Costeira (2014). Editado pelo autor.

No Brasil, o precursor da arquitetura hospitalar na busca pelo conforto ambiental foi


o arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé. Os projetos de Lelé para os hospitais da Rede
Sarah dão destaque e atenção especial ao conforto dos usuários dos estabelecimentos
de saúde, ao se adequarem ao entorno e ao clima local. Soluções como renovação
contínua de ar, iluminação natural e controle da insolação são exemplos de como as
preocupações climáticas fazem parte de sua filosofia e de sua postura projetual e estão
evidentes em todas as suas obras.

Propondo espaços ventilados e iluminados naturalmente, galerias de ventilação com


nebulizadores, espelhos d’água, pés-direitos amplos, jardins internos e sheds (dispostos
de maneira a favorecer a entrada da luz natural, evitando a radiação solar direta e
permitir a ventilação direta através do efeito chaminé), Lelé consegue criar espaços
mais humanizados, que necessitam poucos recursos artificiais de climatização e,
consequentemente, baixo consumo de energia, conforme ilustrado na figura 32, onde
se pode observar a utilização das galerias como dutos de ventilação. O ar é captado
por aberturas localizadas no nível do lago externo e passa pelos nebulizadores, que
atuam na limpeza do ar, filtrando as partículas de poeira exterior, purificando o ar e
aumentando a umidade, consequentemente baixando sua temperatura.

Figura 32. Hospital Sarah Fortaleza, corte com esquema da ventilação natural.

Fonte: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/22.265/8525

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A incidência do sol e do vento são variáveis imprescindíveis na concepção dos projetos


de Lelé. São eles que derminam o desenvolvimento dos detalhes de galerais de
ventilação, sistemas de aberturas, janelas, sheds, entre outros. Os sheds, por exemplo são
utilizados de forma recorrente nas coberturas de suas obras, mas vão se transformando
em cada projeto. A melhora no desempenho da cobertura, tanto em termos de ventilação
como de iluminação naturais, de forma a proporcionar o máximo de conforto ambiental,
são o que condicionam as mudanças. As figuras 32, 33, e 34 ilustram respectivamente
a evolução dos sheds nos Hospitais da Rede Sarah.

Figura 33. Hospital Sarah Salvador.

Fonte: Perén (2006), adaptado pelo autor.

Figura 34. Hospital Sarah Rio de Janeiro.

Fonte: Perén (2006), adaptado pelo autor.

Figura 35. Hospital Sarah Fortaleza.

Fonte: Perén (2006), adaptado pelo autor.

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Segundo Fanger (1972), o corpo humano está em neutralidade térmica quando o calor
gerado pelo organismo por meio do metabolismo é trocado na mesma proporção com o
ambiente ao redor. O conforto higrotérmico é “sensação experimentada pelo organismo
quando em condições de temperatura e umidade tais que, considerando fatores
próprios como idade, vestimenta e atividade, não precisa fazer uso de seus sistemas
termorreguladores para manter sua temperatura na faixa dos 36,5ºC” (BARROSO-
KRAUSE, 2004).

De acordo com Corbella (2003), o conforto higrotérmico está ligado diretamente aos
princípios bioclimáticos da região onde o usuário está inserido, e as principais estratégias
projetuais para o seu estabelecimento são:

» controle do acúmulo de calor;

» dissipação da energia térmica do ambiente;

» retirada da umidade em excesso, promovendo movimento e troca do ar;

» o uso da iluminação natural.

No caso do conforto visual em ambientes de assistência à saúde, os componentes de luz


e cor têm como objetivo facilitar o desempenho das atividades a serem desenvolvidas. O
conforto proporcionado pelo controle da luz e sua intensidade pode “encorajar a ativa
consciência na participação da ação terapêutica” (LERMAN, 2000). Portanto, o projeto
do ambiente deve levar em conta, além da especificidade das condições do ambiente,
as demandas lumínicas do usuário. Corbella (2003) destaca que privilegiar o uso de
iluminação natural sempre que possível, analisando o ambiente a que se destina, traz
benefícios para a saúde, na medida em que promove a sensação psicológica do tempo,
tanto cronológico quanto climático.

Em ambientes de internação, o equilíbrio entre iluminação artificial e natural, e a


visualização do ambiente externo, podem trazer conforto e ainda a importante percepção
do tempo em face do ciclo circadiano. De acordo com as recomendações da ANSI/IESNA
(2006), “a introdução de iluminação natural na sala cirúrgica tem obtido efeitos positivos
na equipe cirúrgica”, devendo-se sempre observar os aspectos de planejamento para
evitar ofuscamentos.

No Royal Children’s Hospital (projetado por Billard Leece Partnership e Bates Smart),
situado em Melbourne, Austrália, os quartos de internação, com vista para os pátios
internos, ou para o parque Royal, permitem que cada criança possa personalizar o seu
espaço (Figura 36). Diferentes estudos demonstram que pacientes internados em quartos
com vista para a natureza têm o tempo de internação reduzido consideravelmente.

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Figura 36. Quarto de internação, Royal Children’s Hospital.

Fonte: https://iph.org.br/revista-iph/materia/o-jardim-terapeutico.

Para Vasconcelos (2004), luz e cor estão tão intimamente ligadas que a intensidade
da luz afeta substancialmente o resultado da cor. Os ambientes de saúde requerem
cuidados tanto pela diversidade de serviços como de usuários, e “a cor é um poderoso
idioma que pode afetar muito mais que as nossas condições mentais, ânimo e percepção
de tempo, mas pode influir também em nossa percepção de volume, forma, espaço e
perspectiva” (HOSKING, 1999).

O pensamento de que as cores podem contribuir para o conforto dos usuários dos
espaços de saúde tem sido continuamente reforçado pelas pesquisas e estudos e, cada
vez mais, os projetos contemplam estudos cromáticos para os ambientes. A cromoterapia
vem sendo utilizada como recurso auxiliar no tratamento de pacientes. Estudos apontam
que a escolha das cores pode afetar positivamente o estado de saúde dos pacientes e
auxiliar no equilíbrio entre corpo, mente e emoções.

No Hospital Infantil Lady Cilento, dos escritórios Lyons e Conrad Gargett, localizado em
Brisbane, Austrália, as cores são amplamente utilizadas, tanto no exterior quanto nos
ambientes internos, conforme se observa nas figuras 37 e 38.

Figura 37. Fachada do Hospital Infantil Lady Cilento.

Fonte: https://proyectohuci.com/es/un-hospital-que-es-un-arbol-vivo/.

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Figura 38. Recepção do Hospital Infantil Lady Cilento.

Fonte: https://proyectohuci.com/es/un-hospital-que-es-un-arbol-vivo/.

As cores apresentam, além do elemento plástico que atua sobre o indivíduo, diversos
efeitos: biológicos, psicológicos, símbolo de segurança, de ordem e de orientação do
espaço (COSTI, 2002; GRANDJEAN,1998; IIDA, 1997).

Com relação ao conforto acústico, o ambiente hospitalar exige condições


especiais que ofereçam, por um lado, níveis de ruído que atendam às
recomendações estabelecidas pelas normas técnicas e, por outro, ser
um local para situações e equipamentos que produzam elevado nível
de ruídos (HOSKING, 1999).

Há que se observar também na discussão sobre o conforto ambiental, que o conforto


acústico está internamente vinculado ao conceito de ruído e seus impactos na saúde,
segurança e bem-estar dos pacientes. Embora se trate de um ambiente de cura com
exigências de condições de conforto acústicas específicas, ele é também um local cheio
de situações e equipamentos que produzem ruídos.

O arquiteto e engenheiro, Jarbas Karman considera que, nos estabelecimentos de


saúde, os vícios de origem da construção deixam poucas alternativas de soluções
posteriores para manutenção e segurança, no que tange aos ruídos e vibrações. Ele
avalia que os locais e os equipamentos prediais e especiais das instalações hospitalares
são agrupamentos barulhentos que requerem implantação específica com delimitações
de localização adequadas (KARMAN, 2011, p. 78).

A aplicação dos princípios da acústica arquitetônica ao projeto de


ambientes de saúde deve evitar que os ruídos ou a reverberação do
som nos ambientes comprometam a realização dos serviços de saúde,
tanto para os pacientes quanto para os profissionais”. É de extrema
importância que se considere que neste ambiente possui as mais

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variadas demandas assistenciais, inclusive deficiências auditivas (SANTOS;


NIEMEYER, 2009).

Dessa maneira, a escolha dos materiais de revestimento e a definição da forma devem


contemplar soluções que diminuam o impacto dos ruídos e eliminem ou amenizem o
desconforto acústico proveniente de equipamentos instalados no espaço de saúde.

Outro fator a se levar em conta quando se fala em conforto ambiental em ambientes


de saúde é o conforto olfativo, uma vez que a percepção olfativa é um dos mecanismos
que permitem ao ser humano reconhecer e se relacionar com o meio ambiente. A
percepção olfativa se apresenta com intensidade no ambiente hospitalar e ele acaba
sendo recordado justamente por seus odores característicos. Cabe ao arquiteto um
olhar analítico para interpretar e compreender o significado dos odores no cuidado ao
paciente hospitalizado, bem domo suas interferências fisiológicas e emocionais.

Assim, evidencia-se que o eterno diálogo entre a forma e a função, tão explorado na
arquitetura, mais do que nunca se faz necessário em benefício de um planejamento
hospitalar coeso e dentro das legislações vigentes, tendo-se em vista os ganhos de
rendimento por meio de mecanismos e artifícios que permitam não só um aplique
estético, mas uma melhoria física e sensorial do ambiente projetado.

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Capítulo 2
COMUNICAÇÃO VISUAL, ACESSIBILIDADE
E ERGONOMIA EM EDIFÍCIOS HOSPITALARES

A comunicação visual desempenha papel bastante relevante em estabelecimentos de


saúde ao sistematizar informações em seus vários setores. Entre suas funções estão a
orientação do fluxo (direção e circulação), indicações de itens de segurança, indicação
de acessos restritos e demais proibições, identificação e diferenciação de ambientes
e setores, identificação da instituição, publicidade da instituição e de seus serviços e,
acima de tudo, acolhimento aos usuários, com a disposição de um ambiente propício
a sua permanência durante períodos de atendimento e internações.

No ambiente de saúde, a sinalização pode inibir ou encorajar atitudes e comportamentos,


sendo esta uma preocupação relevante na objetividade da circulação, já que as
informações visuais podem despertar atenção, priorizar atividades e auxiliar no
tratamento e terapias, na medida em que facilita o acesso aos ambientes. Eficiência na
sinalização colabora até mesmo para a melhoria do padrão do atendimento e diminui
a distância entre paciente e instituição. Portanto, o projeto de sinalização deve ser parte
integrante da arquitetura dos estabelecimentos assistenciais de saúde, seja para um
recorte do ambiente, do setor ou para o ambiente integral, o edifício em sua totalidade.

De acordo com o arquiteto italiano Guido Gigli, a sinalização tanto interna quanto
externa de um complexo hospitalar é de suma importância para a circulação dos usuários.

[...] é responder de maneira clara e precisa a uma determinada demanda,


de modo a criar uma regra funcional e silenciosa que, eliminando o
desperdício de tempo, ofereça a vantagem da funcionalidade e da
economia às atividades inerentes ao ambiente. São, portanto, três tipos
de sinalização que cumprem esta exigência fundamental: da informação,
do percurso e da identifcação (GIGLI, 1994).

A sinalização deve ter linguagem clara e representativa de maneira a favorecer a


compreensão da mensagem pelos seus respectivos receptores, devendo, também,
estar baseada na objetividade e simplificação visual que os símbolos devem transmitir.

O código de expressão visual descreve os elementos que contribuem de forma


eficiente para a transmissão da mensagem, destacando-se: cores (força visual e
reforço da mensagem e da informação), tipografia (recomendação de letras mais
simples e, consequentemente, mais legíveis), morfologia (vinculada à clareza visual e à
harmonização da mensagem) e tecnologia (técnicas, materiais e processos de produção,
reprodução e transmissão da informação visual) (ABRAHÃO, 2009; GOMES, 2003; DUL,
1995).

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O sistema de sinalização em ambientes de saúde assume, então, funções de identificação,


de instrução, de orientação, de proteção e de regulamentação. A figura 39 exemplifica como
a sinalização auxilia os usuários a localizarem, de forma mais rápida, seu local de destino.

Figura 39. Hospital Unimed, no Rio de Janeiro.

Fonte: https://ndga.wordpress.com/2016/10/03/sinalizacao-hospital-unimed-rio/.

Além disso, cada ambiente dentro de um hospital tem necessidades de informações


diferentes e específicas, que por vezes estarão inseridas em um mesmo espaço. Cabe
à sinalização considerar e comportar tais especificidades, conforme se pode observar
na figura 40, na sinalização de informações indicativas de elevador, sanitários e quartos
de internação.

Figura 40. Sinalização Hospital Mater Dei Contorno – Belo Horizonte – MG.

Fonte: https://ndga.wordpress.com/2015/10/06/sinalizacao-hospital-mater-dei-bienal-adg-2015/.

Também é importante que se considere prioritariamente na sinalização, além da clareza


e visibilidade, os símbolos internacionais de acessibilidade (Figura 41) e identificação
de espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, sendo importante destacar locais
onde existem elementos e equipamentos de circulação acessíveis ou que são utilizados
por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, como rampas, elevadores,
plataformas mecânicas verticais e planos inclinados.

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Figura 41. Símbolos de acessibilidade.

Fonte: adaptado de https://guiaderodas.com/voce-sabe-quais-sao-os-simbolos-de-acessibilidade-e-


para-que-servem/.

A definição de acessibilidade descrita na Norma Brasileira NBR 9.050 tem a mesma


dimensão dos direitos humanos “indivisíveis, indissociáveis e interdependentes” (ABNT,
2015).

Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para


utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários,
equipamentos urbanos, edifcações, transportes, informação e
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros
serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado
de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com
defciência ou mobilidade reduzida (ABNT, 2015).

O ambiente sócio físico é o principal causador das dificuldades impostas à livre circulação
dos indivíduos. Tais barreiras podem tanto ser físicas como comunicacionais, sociais e/
ou atitudinais (ELALI et al., 2010). Dessa maneira, amplia-se o conceito de acessibilidade
ao se incluir elementos como sistemas de comunicação e informação, equipamentos,
mobiliários e transportes, além da estrutura da edificação. Portanto, quando se trata de
acessibilidade em espaços de saúde, devem ser consideradas a autonomia e a segurança
de todos os usuários.

Vinculada ao conceito de universalidade do uso ou de desenho universal, a acessibilidade


está diretamente ligada à eliminação de barreiras arquitetônicas, urbanísticas ou
ambientais. Entretanto, em ambientes de saúde as barreiras podem também ter
conotações positivas, na medida em que estabelecem limites espaciais de acesso a
ambientes onde não seja permitida a circulação de determinados usuários.

Para os portadores de deficiências físicas, as barreiras arquitetônicas podem dificultar sua


capacidade de “assegurar por si mesmos, total ou parcialmente, as necessidades de uma
vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não,
em suas capacidades físicas, sensoriais ou mentais” (ABNT, 2004, p.12). A condição de
deficiência é considerada para indivíduos com limitações temporárias ou permanentes
e pode ser de ordem auditiva, física, visual ou múltipla.

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Os estabelecimentos de saúde devem estar preparados para receber usuários com


necessidades especiais de mobilidade. Para isso é importante, além das especificações
projetuais e adaptações de espaço, a disponibilidade de instalações e equipamentos,
como: mobiliário, elevadores, sistemas de alarmes e alertas sonoros, sinalização em
braile, pisos táteis e direcionais, rampas de acesso com corrimãos e bordas de proteção,
disponibilidade de equipamentos e instrumentos de locomoção (cadeiras de rodas,
muletas e bengalas).

Cabe ao arquiteto, ao projetar um ambiente hospitalar, conceber uma edificação dotada


de qualidades e características que proporcionem a um grande conjunto de pessoas
a possibilidade de transitar de forma autônoma e independente. Nesse contexto, a
acessibilidade não deve ser pensada para atender apenas a pessoas com deficiência,
mas a maior quantidade possível de pessoas, sem a necessidade de adaptação.

Na década de 1990, Ron Mace, juntamente com um grupo de pesquisadores de áreas


diversas (arquitetura, design de produto, engenharia, design ambiental) e após ter
criado a terminologia Desenho Universal, estabeleceram sete princípios vinculados a este
conceito, descritos abaixo, que são adotados no mundo todo para qualquer programa
de acessibilidade plena.

No primeiro princípio, o igualitário, de uso equiparável, a proposta é a criação de


espaços, produtos, equipamentos, utensílios e objetos projetados para serem utilizados
por pessoas com diferentes capacidades e habilidades, tornando-os iguais para todas
as pessoas. Exemplos de produtos de uso equiparável são portas com sensores que se
abrem sem exigir força física ou alcance das mãos.

O segundo princípio trata do conceito de adaptabilidade, de uso flexível e propõe


o desenvolvimento de produtos ou espaços que atendam pessoas com diferentes
habilidades e diversas preferências, sendo esses adaptáveis para qualquer uso.
A flexibilidade deve ser compreendida e aplicada também na gestão do estabelecimento
e na maneira como os serviços são prestados. Tesouras adaptadas a destros e canhotos,
computadores com teclados em braile para deficientes visuais fazem parte dos produtos
que ilustram o conceito de uso flexível.

No terceiro princípio, o conceito abordado é o óbvio, de uso simples e intuitivo.


Com base neste princípio, os produtos, serviços ou equipamentos devem ser de fácil
entendimento, para que uma pessoa possa compreendê-lo, independentemente de
sua experiência, conhecimento, habilidades de linguagem ou nível de concentração.

As informações e orientações devem então, ser transmitidas de modo simples,


fácil, direto e objetivo, como os símbolos universais de acessibilidade. Na esfera da

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comunicação a mensagem deve conter linguagem simples, em tópicos, com sequências


lógicas e que ajude o usuário a construir seu raciocínio diante da informação.

No quarto princípio, o conhecido, a informação deve ser de fácil percepção, isto é,


a informação deve ser transmitida de modo eficaz e para atender quem a recebe,
independente das condições ambientais e das habilidades pessoais, podendo ser o
receptor estrangeiro ou com dificuldade de visão e audição, por exemplo.

Neste contexto, incluem-se os diferentes meios e modos de comunicação, como a tátil, a


sonora e a visual. Esse princípio se aplica tanto ao local determinado para a sinalização,
que deve estar em locais visíveis e em evidência, quanto em relação ao posicionamento
espacial dos ambientes de uso público, que devem ser projetados em locais de fácil
percepção e localização.

O quinto princípio trata da segurança, com tolerância ao erro e tem por objetivo enfatizar
a necessidade de se minimizar riscos e possíveis consequências adversas de ações
acidentais ou não intencionais.

Em ambientes de saúde, este princípio tem função primordial, uma vez que a organização
dos elementos arquitetônicos e de comunicação deve ser pensada e desenvolvida para
minimizar riscos e erros, já que são ambientes onde escorregões, quedas, fraturas,
riscos de infecção são frequentes. Elevadores com sensores que permitem aos usuários
entrarem sem riscos, escadas e rampas com corrimãos englobam o princípio da
segurança.

No sexto princípio a proposta é que os ambientes e objetos possam ser utilizados


eficientemente com conforto e o mínimo de fadiga, uma vez que adota o conceito de
sem esforço e baixo esforço físico. Torneiras e sensor, maçanetas do tipo alavanca são
de fácil utilização, minimizam o esforço das mãos, podendo ser acionadas até mesmo
com o cotovelo.

O sétimo e último princípio é o abrangente, que trata da dimensão e espaço para


aproximação e uso, estabelecendo dimensões e espaços apropriados para o acesso, o
alcance, a manipulação e o uso, independentemente do tamanho do corpo, da postura
ou da mobilidade do usuário, como é o caso das poltronas para obesos e os sanitários
com dimensões adequadas para pessoas em cadeira de rodas.

Recentemente, a partir da metade do século XX e em decorrência de estudos sobre o


impacto das condições fisiológicas, biomecânicas e dos referenciais antropométricos,
bem como sobre o mobiliário e as estações de trabalho, a ergonomia surgiu como uma
ciência que promove importantes contribuições à saúde, à segurança, ao conforto e ao
bem-estar dos usuários (ANVISA, 2014).

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Por ergonomia entende-se o estudo da relação entre o homem, seus meios, métodos
e espaços de trabalho. Para Etienne Grandjean (1999), o papel da ergonomia é adequar
o trabalho ao homem.

A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica


relacionada à compreensão das interações entre seres humanos e
outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios,
dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e
o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para
o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho,
produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com
as necessidades, habilidades e limitações das pessoas (IEA, 2000).

Por meio de adequações e intervenções projetuais dos postos de trabalho, de turnos


laborais, dos procedimentos, da organização hierárquica, avaliação de máquinas e
equipamentos e desenvolvimento da formação dos profissionais de saúde, a ergonomia
pode contribuir para a segurança do paciente (SERRANHEIRA, UVA E SOUSA, 2010).

Os conceitos que abrangem a ergonomia interferem diretamente na obtenção de


conforto, segurança, bem-estar e saúde. O princípio fundamental da ergonomia é
adaptar a atividade do trabalho à capacidade humana de realizá-lo.

Nos estabelecimentos de saúde, o estudo da ergonomia deve ser realizado à luz


da antropometria, da psicologia ambiental e da fisiologia, visando o adequado
dimensionamento de mobiliários, equipamentos e postos de trabalho, constantemente
buscando segurança, conforto e saúde dos usuários.

No Brasil, a norma regulamentadora NR 17, bem como as suas atualizações, estabelece


parâmetros para permitir a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores.

A Política de Humanização do Atendimento de Saúde (HumanizaSUS) – do Ministério


da Saúde, trata do atendimento e da estrutura física das unidades de saúde e tem três
focos que asseguram sua concepção:

a. espaço que viabilize o processo de trabalho, com conforto, focado na privacidade


individual, entre outros;

b. enfoque em elementos ambientais que afetam o homem, como iluminação, cheiro,


formas, cor, som que garantem bem-estar aos usuários;

c. agir como ferramenta viabilizadora do processo laboral, de modo a favorecer a


melhoria de recursos e o atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo (BRASIL,
2004).

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UNIDADE III | Conceito De Humanização Nos Edifícios Hospitalares

Além dessas diretrizes, a política HumanizaSUS lança mão do conceito de ambiência, no


que tange à ergonomia, referindo-se ao tratamento dado ao espaço físico entendido
como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar
atenção acolhedora, resolutiva e humanizada.

Segundo a referida política, o conceito de ambiência segue três eixos na relação espaço-
homem: confortabilidade aos trabalhadores, produção de subjetividades por meio da
ação e reflexão sobre os processos de trabalho, e o espaço utilizado como ferramenta
facilitadora do processo de trabalho (BRASIL, 2017).

A ergonomia em ambientes de saúde passa por fatores como a integração dos


atendimentos e o aproveitamento de recursos tecnológicos, com o objetivo de
proporcionar uma abordagem humanizada a todos os usuários do serviço. Morfologia,
cinestesia, cores, iluminação e ventilação, além dos fatores como segurança, conforto,
postura aplicação de formas e materiais e conceitos visuais estão entre os elementos
a serem analisados pelos profissionais responsáveis pelos projetos desses ambientes.

Para isso, os estudos relativos à ergonomia levam em conta os movimentos naturais


do corpo e fatores biomecânicos, a fim de contribuir para o bom desenvolvimento de
edifícios e ambientes funcionais, tecnicamente de acordo com a legislação vigente.

Evidencia-se assim a importância na observação da temática abordada em aspectos


como comunicação visual, acessibilidade e ergonomia, que representam no edifício
hospitalar poderosas ferramentas na criação e na adequação de projetos que possam
dialogar com o tratamento clínico indicado, promovendo-se não só a organização e a
padronização estética, mas também a inclusão e a melhoria no atendimento, tendo-se
em vista tanto os pacientes quanto os funcionários.

20
Capítulo 3
HOTELARIA EM EDIFÍCIOS HOSPITALARES

Ao longo dos séculos, com o avanço tecnológico da medicina, houve uma estruturação
gradual dos hospitais conforme a necessidade, isto é, o mercado apresenta mais
demanda do que oferta. Sendo assim, as instituições hospitalares tiveram que se adaptar
às exigências dos clientes, que também tiveram seu perfil alterado, já que, antes, os
usuários buscavam as instituições que ofereciam apenas serviços médicos.

Nos últimos tempos, o usuário tem buscado, além dos serviços médicos, tratamento
de saúde competente, tecnologia de ponta e equipamentos modernos. Atrelado a isso,
esse usuário busca também estruturas que ofereçam atendimento humanizado, com
dedicação e respeito (TARABOULSI, 2004).

Nesse cenário, com maior exigência dos usuários e maior concorrência por parte dos
prestadores dos serviços de saúde, aparecem duas tendências: a hotelaria hospitalar e
a busca pela qualidade.

A hotelaria hospitalar visa atender às necessidades de todos os usuários inclusos nos


serviços prestados – pacientes, familiares, acompanhantes e visitantes – e faz uso de
hospitalidade e cordialidade no atendimento, oferecendo também serviços de apoio
tradicionalmente oferecidos por hotéis, aplicados à realidade hospitalar.

A busca pela qualidade pretende corrigir e aperfeiçoar os processos e os serviços, buscar


maior segurança e eficiência, inteligência e economia no uso de recursos e sobretudo
aumentar o índice de satisfação dos clientes com o aperfeiçoamento contínuo.

A relação entre as palavras hotelaria, hospital e hospitalidade é bastante estreita,


tendo todas elas a mesma origem latina hospitale, que significa ato de hospedar, de
acolher com satisfação e prazer. Hospitais e hotéis surgiram a partir do mesmo tipo de
empreendimento, ou seja, albergues que abrigavam peregrinos e que também recebiam
pessoas enfermas (BOEGER, 2003).

Ainda segundo Boeger (2003), hotelaria hospitalar pode ser definida como sendo “a
reunião de todos os serviços de apoio, que associados aos serviços específicos, oferecem
aos clientes internos e externos conforto, segurança e bem-estar durante seu período
de internação”, conforme se pode observar no organograma de intensidade no contato
com o cliente (Figura 42).

Por serviços de apoio entende-se: recepção, limpeza, lavanderia, nutrição. O autor vai
além quando chama a atenção para o efeito da hotelaria na experiência de hospitalização.
Para pacientes e acompanhantes, a maneira como o atendimento é feito durante os

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UNIDADE III | Conceito De Humanização Nos Edifícios Hospitalares

serviços prestados é mais perceptível do que o desempenho técnico excepcional dos


médicos e o investimento em tecnologia e equipamentos.

Figura 42. Organograma de Intensidade no Contato com o Cliente.

Fonte: Boeger (2009).

A hotelaria hospitalar busca, a partir desse conceito, a excelência na prestação de


serviços e, a partir do século XIX as instituições hospitalares passam a ser vistas como
prestadoras de serviços médicos que, além do cuidado integral à saúde e a partir de
novas tecnologias, instalações e equipamentos oferecem, também, serviço de qualidade
no período de hospitalização.

Quanto à observância do conceito, define-se que hotelaria hospitalar:

É a prática de serviços e atividades que visam ao bem-estar, ao conforto,


à segurança, à assistência e à qualidade no atendimento a clientes da
saúde, representados por pacientes e acompanhantes, desde seu check-
in até seu completo check-out em um hospital (CÂNDIDO et al., 2004).

Hotelaria Hospitalar é a arte de oferecer serviços eficientes e repletos de


presteza, alegria, dedicação e respeito, fatores que geram a satisfação,
o encantamento do cliente e, principalmente, a humanização do
atendimento e do ambiente hospitalar (TARABOULSI, 2004).

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Conceito De Humanização Nos Edifícios Hospitalares | UNIDADE III

O conceito de hospitalidade, intimamente ligado à hotelaria, surgiu no século XIII,


referindo-se ao atendimento prestado, de maneira generosa e afável, pelos conventos,
hospitais e hospícios aos indivíduos menos favorecidos, inclusive aos viajantes que
precisavam de abrigo (Batista, 2019).

Vale assinalar que a palavra hospitalidade tal como ela é usada hoje teria
aparecido pela primeira vez na Europa, provavelmente no início do séc.
XIII, calcada na palavra latina hospitalis. Ela designava a hospedagem
gratuita e a atitude caridosa oferecidas aos indigentes e aos viajantes
acolhidos nos conventos, hospícios e hospitais (GRINOVER, 2002).

A hospitalidade é inserida pela hotelaria hospitalar no ambiente de saúde ao trazer para


o interior do hospital serviços semelhantes aos prestados na hotelaria convencional.
Para Boeger (2003), hospitalidade é “o ato ou efeito de hospedar, é a qualidade do
hospedeiro”. Quando os termos hospitalidade e hotelaria são compreendidos na
essência, remetem a aspectos como acolhimento, cordialidade, educação, prontidão
em servir. Desta maneira, a hospitalidade está ligada a comportamentos que dependem
de pessoas e não necessária ou exclusivamente de recursos para serem realizados
(Boeger, 2011).

No Brasil foram as instituições privadas que deram início às iniciativas de implantação da


hotelaria hospitalar, sobretudo por questões financeiras, mas alguns hospitais públicos,
munidos de criatividade e competência, conseguem desenvolver trabalhos tão bons
quanto os hospitais privados.

Para Taraboulsi (2004), aplicar conceitos como hospitalidade, hotelaria e humanização em


estabelecimento de saúde requer indivíduos de pensamento inovador, comprometidos
com mudanças, que possam se adequar às necessidades de um público cada vez mais
exigente. Para isso é necessário que esses estabelecimentos estejam aptos a mudar e a
se desenvolver continuamente, quantas vezes forem necessárias.

O triunfo da hotelaria está na humanização do ambiente hospitalar:


serviçoseficientes que encantam, cores suaves, plantas e jardins bem
cuidados e, principalmente, pessoas entusiasmadas interagindo com os
clientes de saúde, revelando de tal forma o segredo dessa nova proposta
que é o sorriso sincero e permanente, marca registrada da satisfação
e do amor pelo trabalho realizado. Os clientes de saúde (enfermos,
familiares, acompanhantes, visitantes) sentem-se confiantes e motivados
quando a solidariedade se apresenta estampada nos semblantes de
todos os envolvidos no seu atendimento” (TARABOULSI, 2003).

Segundo Frampton (2009), o acesso ilimitado a informações disponibilizadas pela


internet, sobretudo no campo da saúde, gerou usuários mais críticos e exigentes, o que

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UNIDADE III | Conceito De Humanização Nos Edifícios Hospitalares

fez com que o paciente deixasse de ser um agente passivo, conformado, submisso e
“paciente”. Para Taraboulsi (2003), é importante que os gestores hospitalares pensem,
vejam e tratem pacientes como clientes que desejam ter suas necessidades atendidas
e que querem ser ouvidos e respeitados.

Partindo-se dessa premissa, todos os usuários de uma instituição de saúde são


formadores de opinião, transformando-se em clientes em potencial, o que torna o
conceito de cliente mais abrangente, abarcando, também, familiares, acompanhantes
e visitantes. A hotelaria, sob a ótica da “humanização hospitalar” reforça a necessidade
de se incluir como princípio institucional não apenas a aplicação de ações isoladas e de
esforço individual, mas ações de valorização do cliente enquanto ser humano.

Além disso, pode-se observar que a estrutura hoteleira convencional é um tanto


semelhante à estrutura hospitalar, ambas possuem vários setores em comum, cujas
funções são as mesmas, como lavanderia, recepção, almoxarifado, restaurante, entre
outros. Segundo Taraboulsi (2004) é possível traçar um comparativo entre as áreas
integrantes de hotéis e hospitais, conforme a tabela 7.

Tabela 7. Serviços em comum (hotel/hospital).

HOTEL HOSPITAL
Recepção – check in e check out Recepção – internação e altas
Concierge (portaria social) Balcão de informações
Alimentos e bebidas Nutrição e dietética
Lavanderia Lavanderia
Reservas Agendamento/Programação

Fonte: Taraboulsi (2004). Editado pelo autor.

Ainda segundo Taraboulsi (2004), a hotelaria aplicada à atividade hospitalar sugere


serviços que priorizem a humanização e considera importante que os estabelecimentos
de saúde tenham:

» governança (governanta e camareiras);

» serviço de quarto 24 horas (room service);

» lanchonete, restaurante, delicatessen para visitantes;

» departamento de eventos ou relações públicas, que promovam atividades


interativas para o cliente em tratamento e seus acompanhantes, além de cursos
e seminários;

» recreação e lazer (jogos, biblioteca, filmes, exercícios físicos, passeios);

» recursos humanos (psicólogos, estagiários).

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Conceito De Humanização Nos Edifícios Hospitalares | UNIDADE III

Taraboulsi (2004) destaca também que alguns hospitais, face ao conceito de hotelaria,
já estão implantando projetos e programas que têm contribuído para o processo de
humanização no atendimento ao cliente, como espaço de convivência social (atividades
lúdicas e de lazer), projeto biblioteca móvel (estímulo do hábito de leitura), loja de
conveniência, serviço de salão de beleza (resgate da autoestima), contadores de história,
serviço de capelania (conforto espiritual).

Ainda, para o mesmo autor, a hotelaria hospitalar é uma mudança na essência do


atendimento em instituições, com a introdução de novos serviços, conceitos e processos
nas atividades diárias e rotineiras de atendimento ao cliente da saúde, e não mais
tratando-os como pacientes. Portanto, os serviços que dão suporte, tanto para o cuidado
efetivo como para o conforto de pacientes e acompanhantes são tão importantes quanto
a assistência médica em si.

O cliente hospitalar, portanto, deve ser visto como o foco na prestação dos serviços
e não há como discorrer sobre o tema hotelaria hospitalar sem abordar o conceito
de qualidade, que pode ser caracterizado como o “conjunto das propriedades e
características de um produto, processo ou serviço que fornecem capacidade de
satisfazer às necessidades explícitas e implícitas” (TARABOULSI, 2009, p.10). Segundo o
autor, no ambiente hospitalar um exemplo de qualidade é o serviço médico assistencial
destinado à cura do paciente, com o apoio dos serviços da hotelaria hospitalar.

Quando se fala em qualidade nos serviços de saúde, não há como não fazer referência
ao modelo Planetree. Em 1978, a partir da experiência de uma internação longa, Angélica
Thieriot, sentindo que o ambiente não atendia a suas necessidades, criou, juntamente
com uma equipe multidisciplinar composta de médicos, enfermeiros, educadores,
arquitetos, designers de interior, nutricionistas e administradores, o sistema Planetree,
uma filosofia de vivência hospitalar em que os pacientes pudessem receber o cuidado
em um ambiente realmente curador, que oferecesse informações necessárias para que
pudessem se tornar participantes ativos de sua própria assistência.

Diferentemente dos demais modelos de qualidade, o Planetree envolve decisões


compartilhadas, sendo fundamentado no cuidado com foco e pela perspectiva do
paciente, mais precisamente, na experiência do paciente. A filosofia deste modelo de
qualidade é baseada em mudanças comportamentais, culturais e institucionais, mais do
que em processos e estrutura física. O foco no paciente, considerando a influência de
seus medos, anseios, crenças pessoais e vontades no tratamento como um todo, é fator
determinante para gerar contribuições na cura e recuperação, tendo relação direta com
conceito de hotelaria e mesmo com a desmistificação da internação, ou seja, criarem-se
ambientes de saúde sem aparência de hospital.

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UNIDADE III | Conceito De Humanização Nos Edifícios Hospitalares

Para Charmel e Frampton (2008), o cuidado com foco no paciente se dá em um


cenário no qual os pacientes, por meio de envolvimento ativo em seu tratamento, são
encorajados a desenvolver autonomia. Entre os requisitos necessários ao modelo de
qualidade centrado no paciente estão:

» cultura organizacional que estimula a equipe a ser sensível às necessidades do


paciente;

» design arquitetônico com ambientes diversos, que encoraje a mobilidade do paciente,


com envolvimento da família no processo terapêutico;

» ênfase em educação e instrução dos pacientes e familiares;

» reconhecimento da nutrição como parte integral da saúde;

» apoio ao envolvimento dos familiares no processo de tratamento, cuidado e


assistência.

As inovações advindas da hotelaria aplicadas ao ambiente hospitalar estão mudando


também a identidade visual de alguns hospitais. Alterações arquitetônicas na estrutura,
programação social, recepção e acolhimento do cliente, quadros em exposição, música
ambiente, entre outras ações, proporcionam ao cliente a experiência de estar entrando
em um hotel de primeira linha.

Em vista disso, as transformações no que concerne à arquitetura hospitalar são


irreversíveis e, portanto, se quisermos projetar ambientes que prezem pelo bem-
estar geral dos usuários, são pertinentes as reflexões acerca de questões como: como
proporcionar maior autonomia ao paciente, como proporcionar maiores oportunidades
de interação humana em todos os níveis, como promover maior privacidade aos usuários,
como proporcionar conforto e acolhimento por meio do ambiente.

Os princípios da hotelaria hospitalar são pautados em excelência no atendimento, na


qualidade do serviço prestado e no humanismo, sempre respeitando a legislação aplicada
aos estabelecimentos de saúde, bem como as especificidades de cada instituição.

Nesse contexto, a hotelaria é a reunião de todos os serviços de apoio, associados aos


serviços específicos de um hospital, proporcionando aos usuários bem-estar, conforto e
segurança durante o período de atendimento e internação. Ainda que não se comparem
os motivos de uma internação clínica a um período de estadia em um empreendimento
hoteleiro, em comum, o foco é proporcionar uma experiência de atendimento, pautada
na excelência dos seus serviços, no intuito de se realizar a fidelização do cliente/paciente,
com a sua plena satisfação e aproveitamento das funções conferidas a ambos.

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