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No passado os Anambé viviam numa região a oeste do rio Tocantins, e também na cabeceira
do rio Pacajá. Em 1852, uma parte dos Anambé pediu proteção contra ataque de outros povos
e de brancos, e se aldeou junto ao distrito de Baião. Outra parte dos Anambé continuaram no
alto Pacajá, e em 1874, travaram uma guerra com outro povo indígena chamado Curumbu,
nessa guerra, os Anambé que estavam no Pacajá foram reduzidos a apenas 46 pessoas, e em
1875, 37 deles morreram de varíola. Depois do ocorrido, os Anambé restantes que ainda
estavam no alto Pacajá, foram se juntar aos outros que haviam se aldeado próximo ao distrito
de Baião.
Hoje os Anambé vivem como sertanejos na região do Cariri e suas casas são do tipo comum na
região. Desde gerações passadas realizaram casamentos com não-índios, e isso integrou seus
parceiros e filhos na aldeia. Contudo, eles reagem a qualquer tentativa de transferir o grupo da
região.
População: 161 (Siasi/SESAI 2014) - Fonte: Instituto Socioambiental / Povos Indígenas no Brasil
De acordo com a história oficial, o povo Aranã havia sido extinto no século XIX. Porém os Aranã
contemporâneos remontam sua história a partir de um único ancestral, Manoel Índio, também
conhecido como Manoel Caboclo, que, de acordo com a memória de seus descendentes, um
dos indígenas aldeados em Itambacuri.
Uma pesquisa realizada pela antropóloga Izabel Missagia Mattos encontrou registro de Manoel
Índio, que era identificado como indígena Aranã.
Baseado em um levantamento feito em 2000, pelo Conselho Indígena Aranã Pedro Sangê
(CIAPS), o povo Aranã ultrapassa 30 famílias.