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ALEP

Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

Técnico Legislativo - Administrativo

História do Estado do
Paraná
Obra

ALEP – Assembleia Legislativa do Estado do Paraná


Técnico Legislativo - Administrativo

Autores

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ • Jean Talvani e Luiz Henrique Menezes

ISBN: 978-65-5451-281-7

Edição: Janeiro/2024

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SUMÁRIO

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ.............................................................................5


PERÍODO PRÉ-COLONIAL, COLONIAL E PROCESSO DE COLONIZAÇÃO........................................ 5

POVOS INDÍGENAS: TRIBOS E SUAS CARACTERÍSTICAS...............................................................................5

CHEGADA DOS IMIGRANTES COLONIZADORES EUROPEUS À REGIÃO.........................................................6

MISSÕES JESUÍTICAS, FORMAÇÃO DE COLÔNIAS, IMPACTO E INFLUÊNCIAS NA CULTURA E NA


SOCIEDADE LOCAL..............................................................................................................................................7

CICLO DO TROPEIRISMO...................................................................................................................... 8

ESTRADA DO VIAMÃO E O CAMINHO DOS TROPEIROS..................................................................................8

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E SOCIAL DO TROPEIRISMO PARA A REGIÃO..................................................9

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA E PARTICIPAÇÃO NA REVOLUÇÃO FEDERALISTA................. 10

CONTEXTO POLÍTICO E SOCIAL DURANTE A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA..........................................10

ENVOLVIMENTO DO PARANÁ NA REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895)...............................................10

CICLO DA MADEIRA E CAFEICULTURA............................................................................................. 11

EXPANSÃO DA ECONOMIA COM A EXPLORAÇÃO DE MADEIRA E A PRODUÇÃO DE CAFÉ........................11

SURGIMENTO DAS FERROVIAS E SEU PAPEL NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO ESTADO...........11

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO CONTEMPORÂNEO................................................................. 12

INDUSTRIALIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO SETORIAL.....................................................................................12

AVANÇOS NO AGRONEGÓCIO..........................................................................................................................12

INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA........................................................................................................13

EVOLUÇÃO NA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO.....................................................................................................14


HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ

PERÍODO PRÉ-COLONIAL, COLONIAL E PROCESSO DE COLONIZAÇÃO

POVOS INDÍGENAS: TRIBOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

Os povos indígenas que ocupam o território do Brasil, de um modo geral, podem ser clas-
sificados em quatro grupos linguísticos: Tupi, Macro-jê, Aruak e Karib.
Atenção: apesar do violento extermínio de grupos originários do Brasil, muitas popula-
ções indígenas ainda permanecem e resistem. O reconhecimento de sua existência é passo
fundamental para que estes consigam ocupar seus lugares de direito e sobreviver à violência
e aos constantes ataques dos quais são alvo.
O mapa abaixo apresenta a distribuição das populações originárias brasileiras à época da
colonização.

POVOS INDÍGENAS DO BRASIL


NA ÉPOCA DO
DESCOBRIMENTO

Tupi-Guarani


Aruak
karib
Pano
Tukano

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ


Charrua
Outros
grupos

Fonte: Toda Matéria, s.d1

z Tupi: habitavam o litoral e foram os primeiros a entrar em contato com os portugueses.


São exímios pescadores e nadadores. Caçavam e coletavam na floresta. Compõem esse
grupo as tribos Tamoio, Guarani, Tupinambá, Tupiniquim, Tabajara, entre outras;
z Macro-jê: habitavam o interior, principalmente, o Planalto Central, mas algumas de suas
tribos viviam próximas ao litoral, na Serra do Mar. São desse grupo as tribos Timbira,
Aimoré, Goitacaz, Carijó, Carajá, Bororó e Botocudo. Viviam da pesca nas nascentes dos
rios, da caça e coleta de frutos e raízes. Esse grupo somente entrou em contato com os

1 BEZERRA, J. Índios Brasileiros. Toda Matéria, s.d. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/indios-brasileiros/. Acesso em 16 Jan. 2023. 5
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brancos no século XVII, no momento em que os colonizadores, interessados em escravos
indígenas, passaram a atacá-los;
z Karib: ocupavam a região do baixo Amazonas e parte do Amapá e Roraima, sendo as tribos
mais conhecidas os Atroari e Uaimiri. Dentre seus rituais, destacavam-se as práticas de antro-
pofagia. Entraram em contato com os brancos no século XVII, com os aldeamentos religiosos e
as fortificações militares;
z Aruak: localizavam-se na Amazônia e na ilha do Marajó. Destacaram-se pelos trabalhos
em cerâmica. Suas principais tribos são: Aruá, Pareci, Cunibó, Guaná e Terena.

A organização básica dessas populações dava-se a partir de comunidades locais, as chama-


das “tribos”, lideradas por um chefe. As aldeias eram ligadas entre si por parentesco, costu-
mes e tradição. Para prover a sua alimentação, os povos indígenas caçam, pescam e coletam
crustáceos, frutos e raízes. Alguns grupos cultivam uma agricultura simples, com o plan-
tio de milho, batata-doce, mandioca, abóbora, pimenta, abacaxi, amendoim, mamão, caju e
maracujá.
O trabalho é dividido entre os homens, que fazem o arado, lidam com a pesca, a guerra e a
caça, e as mulheres, que lidam com o plantio, com a colheita e com o artesanato. As práticas
religiosas dos indígenas são de natureza politeísta, possuindo uma relação muito estreita
com os elementos da natureza. O pajé, líder religioso, é uma figura muito importante na
organização das tribos.
Múltiplos hábitos dos indígenas influenciaram a nossa cultura atual, tais como o banho
diário, a língua (temos, no português do Brasil, muitas palavras de origem indígena), as fes-
tividades e o folclore.

CHEGADA DOS IMIGRANTES COLONIZADORES EUROPEUS À REGIÃO

A partir do século XVI, os primeiros europeus começaram a ter contato com o território
do Paraná, enquanto navegavam pelo litoral da região. Esses primeiros contatos ocorreram
principalmente com os povos indígenas Guarani, e acredita-se que tenham sido estabelecidas
relações amistosas nesse período inicial.
No início, a presença europeia no Paraná ocorria ao longo da costa; era ponto de parada das
esquadras para abastecer os navios com recursos essenciais, como água, madeira e alimentos.
Nessas paradas, os europeus obtiveram informações valiosas sobre as riquezas naturais da
6 região, como ouro e prata, despertando o interesse pela exploração e conquista do território.
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A partir dessas informações, deu-se início ao processo de ocupação e exploração do Para-
ná. Primeiramente, pelos espanhóis, liderados por Aleixo Garcia, na década de 1520. Essa
expedição durou aproximadamente três anos e adentrou o estado do Paraná, passando pelo
Paraguai e Bolívia até alcançar o império Inca. Porém, na volta, não foi tão positivo para Alei-
xo Garcia, que foi morto pelos guaranis.
Durante o período colonial do Paraná, diversas expedições foram realizadas no estado,
porém, inicialmente, ocorreram duas outras grandes expedições que merecem destaque:

z Expedição de Pêro Lobo (1531)

Pêro Lobo empreendeu uma expedição seguindo o mesmo percurso de Aleixo Garcia,
famoso explorador da época. Ele liderou um grupo numeroso de indígenas. No entanto,
assim como Aleixo Garcia, Pêro Lobo encontrou seu trágico destino. Nas proximidades da foz
do Rio Iguaçu, ele e seu grupo foram mortos pelos guaranis;

z Expedição de Dom Alvar Nuñez Cabeza de Vaca (1541)

Com a criação da capital do Paraguai, Nossa Senhora de Assunção, Dom Alvar Nuñez Cabe-
za de Vaca foi designado para assumir o comando da província. Ele desembarcou na ilha de
Santa Catarina e seguiu em direção a Assunção.
Durante sua expedição, ele foi acompanhado pelos guaranis. O que torna a expedição de
Nuñez importante é o fato de que ele registrou suas observações em um documento, no qual
descreve os povos indígenas que habitavam a região. Esse relato documenta que, nessa épo-
ca, praticamente todo o território do Paraná já era habitado pelos indígenas. Além disso, ele
também descreve a organização política e social dos povos indígenas, fornecendo informa-
ções valiosas sobre suas estruturas sociais.

MISSÕES JESUÍTICAS, FORMAÇÃO DE COLÔNIAS, IMPACTO E INFLUÊNCIAS NA CULTURA E


NA SOCIEDADE LOCAL

No século XVII, os portugueses adentraram a região que hoje pertence ao estado do Paraná
em busca de indígenas para escravizá-los, com o intuito de levá-los para as fazendas paulis-

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ


tas. Além disso, também tinham a intenção de procurar por metais preciosos. Três expedi-
ções portuguesas foram organizadas com esse propósito. Em 1602, Nicolau Barreto liderou
uma delas, seguido por Pedro Franco e Manuel Preto em 1607. Nesse mesmo ano, Manuel
Preto organizou uma bandeira com o objetivo de capturar guaranis na cidade espanhola de
Vila Rica.
Como uma medida para conter a expansão dos portugueses, o rei espanhol criou a Pro-
víncia del Guairá em 1608, que abrangia praticamente todo o território do atual estado do
Paraná.
No entanto, essa ação não foi suficiente para conter Manuel Preto que contava com o temi-
do líder Raposo Tavares em sua expedição. Entre 1611 e 1628, eles fizeram diversas incursões
na província, mas foram impedidos pela resistência dos indígenas locais, resultando na mor-
te de Manuel Preto.

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Essa época histórica é marcada pelo conflito entre portugueses e espanhóis pelo controle
da região do Paraná e pela busca pelos recursos naturais e pela mão de obra indígena.
As primeiras décadas do século XVII foram marcadas por intensas ações dos europeus na
região do Guairá, localizada no território que hoje pertence ao estado do Paraná.
Nesse período, houve um choque entre os indígenas guaranis e os encomendeiros espa-
nhóis, que tinham o direito de cobrar tributos na forma de trabalho dos indígenas, obrigan-
do-os a trabalhar na coleta de erva-mate.
Na região, a presença dos jesuítas foi marcante; eles buscavam impor a cultura coloniza-
dora aos indígenas — além de catequizá-los. No território que hoje se localiza o Paraná foram
fundadas 14 reduções pela Companhia de Jesus. No entanto, essas reduções foram destruídas
pelos bandeirantes por volta de 1630.
O território do Paraná foi cenário de disputa entre espanhóis, jesuítas e bandeirantes pau-
listas. E, no meio disso, estavam os indígenas que buscavam sobreviver e resistir às imposi-
ções dos colonizadores.

CICLO DO TROPEIRISMO

ESTRADA DO VIAMÃO E O CAMINHO DOS TROPEIROS

A Estrada do Viamão e o Caminho dos Tropeiros foram importantes rotas de comunicação


e transporte que ligavam o sul do Brasil ao sudeste do país. O Caminho do Viamão, também
conhecido como Estrada Real, era o principal trajeto utilizado pelos tropeiros, que transporta-
vam animais de carga, como mulas, cavalos e bois, para serem vendidos nas feiras de Sorocaba,
no interior de São Paulo.
O Caminho do Viamão teve origem no século XVII, quando os jesuítas começaram a explo-
rar as terras do sul do Brasil. Os padres utilizavam o caminho para transportar mercadorias e
pessoas entre as missões religiosas que haviam fundado na região.

Extensão

O Caminho do Viamão tinha aproximadamente 1.500 quilômetros de extensão e atravessava


os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. O trajeto começava na cidade de Viamão,
no Rio Grande do Sul, e seguia em direção ao norte, passando por cidades como Vacaria, Lages,
Curitibanos, Ponta Grossa e Sorocaba.
Esse caminho foi fundamental para o desenvolvimento econômico e social do sul do Brasil.
Através dele, os tropeiros transportavam animais de carga para as feiras de Sorocaba, onde
eram vendidos para comerciantes de todo o país. O comércio de animais contribuiu para o
crescimento das cidades do sul do Brasil e para a criação de uma cultura tropeira na região.
O Caminho do Viamão foi utilizado por muitos personagens históricos importantes, como
o bandeirante Fernão Dias Pais Leme, o padre José de Anchieta e o poeta Gregório de Matos.
O caminho também foi retratado em diversas obras de arte, como a pintura “O Tropeiro”, de
Pedro Américo.

REFERÊNCIAS
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HERBERTS, Hildegard. O Caminho das Tropas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2000.
MACHADO, Ana Paula. O Caminho dos Tropeiros: história, memória e patrimônio. São
Paulo: Annablume, 2008.
SCHMITT, Jean-Claude. O Brasil no século XVIII. São Paulo: Editora Unesp, 2002.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E SOCIAL DO TROPEIRISMO PARA A REGIÃO

O desenvolvimento da região dos Campos Gerais teve início juntamente ao desenvolvimento


da atividade tropeira — atividade esta que tem grande destaque na formação econômica e cultu-
ral paranaense (que, por sua vez, tem ligação com a exploração do ouro).
Com o crescimento da atividade aurífera no território brasileiro de modo geral, a região dos
Campos Gerais ganhou destaque como ponto estratégico nas rotas tropeiras. Ao longo delas, os
tropeiros levavam — no lombo de mulas e cavalos — produtos e alimentos a serem comercializa-
dos nas regiões mais remotas de toda a região sul do país na época.
É devido ao sucesso dos tropeiros que, na região, começam a ser desenvolvidas mais
infraestruturas para comportar essas caravanas que ali passavam. A princípio, os tropeiros
utilizavam estradas há muito tempo abertas pelos indígenas, ou desbravando matas virgens
para abertura de novas rotas.
Portanto, começam a surgir as pequenas vilas e cidades, instigando o comércio e atividades de
prestação de serviço.
Essas vilas e cidades se tornaram centros econômicos e culturais importantes na região. O
comércio floresceu, impulsionado pela presença dos tropeiros e pela demanda por suprimentos e
produtos manufaturados. Além disso, a agricultura e a pecuária se desenvolveram nos arredores,
aproveitando a fertilidade dos solos e as condições favoráveis para a criação de gado.

Importante!

O movimento tropeiro trouxe consigo uma grande herança cultural para o estado, desde o
uso de vocabulário tropeiro até a culinária. Um dos pratos mais conhecidos do movimento
é o feijão tropeiro, que consiste no feijão enriquecido com carnes, farinha e couve. Uma
bebida típica da região também herdada dos tropeiros é o chimarrão.

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ


A partir disso, também ocorreu a entrada de artesãos e comerciantes para o local. Assim,
conforme as atividades comerciais do espaço se desenvolviam, tais pontos de parada evoluí-
ram para cidades prósperas, como Ponta Grossa, Castro, Lapa, entre outras.
A ocupação dos Campos Gerais foi, de fato, importante para a integração territorial do
Paraná. A região ficou marcada como ponte entre as regiões produtoras e os centros urbanos
em desenvolvimento. Esse desenvolvimento espacial facilitava o trabalho dos tropeiros, lhes
dando mais infraestrutura para as longas incursões. Todo esse processo trouxe um intercâm-
bio cultural gigantesco entre as regiões, enriquecendo ainda mais a cultura paranaense.

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PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA E PARTICIPAÇÃO NA REVOLUÇÃO
FEDERALISTA

CONTEXTO POLÍTICO E SOCIAL DURANTE A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

O conflito levou ao surgimento da Questão Militar, envolvendo os direitos sociais e políticos


dos militares. Com o surgimento do Partido Republicano, em 1873, uma ala mais radical do Par-
tido Liberal passou a contestar a centralização monárquica. O movimento abolicionista ganhava
cada vez maior repercussão em busca da aprovação de leis que dessem fim à escravidão.
Ademais, houve uma quebra no elo com os conservadores, quando o Império passou a recusar
as intervenções do Vaticano sobre a Igreja no Brasil, episódio conhecido como Questão Religiosa.
O rompimento definitivo viria com o fim da escravidão. A partir da Lei do Ventre Livre, em
1871, e da Lei dos Sexagenários, em 1883, a abolição pareceu inevitável. No entanto, os escravo-
cratas radicalizaram sua oposição aos abolicionistas a partir de 1885, proibindo seus eventos e
organizando ataques.
Diante da iminência de uma guerra civil, o Império decidiu mediar o fim da escravidão com a
Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, o que fez com que perdesse o apoio dos cafeicultores do Vale do
Paraíba, que ficaram conhecidos como “republicanos de última hora”. Por fim, um golpe militar
com o apoio de setores civis realizou a Proclamação da República, em 1889.

ENVOLVIMENTO DO PARANÁ NA REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895)

Com início no Rio Grande do Sul, a Revolta Federalista de 1893 colocou de frente forças políticas
opostas: de um lado, os que defendiam o governo de Marechal Floriano Peixoto, e, do outro, os que
eram contra. Porém, de fato, esse movimento foi ocasionado pela Constituição de 1891, que tinha
estabelecido um poder centralizado nas mãos do presidente, o que enfraquecia o poder legislativo.
Os dois principais nomes da Revolta são: Júlio de Castilho, presidente da província do Rio Gran-
de do Sul (1892), e Gaspar Silveira Martins, ex-presidente da mesma província. Ademais, houve
discordância da postura da Nova República a respeito do Poder Legislativo reduzido em sua Carta
Magna. Assim, Silveira Martins criou o Partido Federalista em oposição a Júlio de Castilho, geran-
do um grande debate político que desencadeou o conflito armado.
Em certo ponto, os federalistas obtiveram êxito em sua revolta, e conseguiram dominar o Rio
Grande do Sul — a região de Santa Catarina e parte do Paraná. Porém, enfrentaram dificuldades
com a resistências das forças que apoiavam o governo de Floriano Peixoto.
Todo esse movimento acabou por ocasionar um cenário de instabilidade política em toda
a região sul do país. Houve derramamento de sangue e episódios de combates violentos. O
Paraná ganhou protagonismo nesse enredo, quando as forças federalistas entram em seu ter-
ritório; estas sofreram em abundância com a resistência Florianista articulada na cidade de
Lapa. Os federalistas foram perdendo gradativamente a força, e o movimento foi suprimido.

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CICLO DA MADEIRA E CAFEICULTURA

EXPANSÃO DA ECONOMIA COM A EXPLORAÇÃO DE MADEIRA E A PRODUÇÃO DE CAFÉ

Ao longo da história, as florestas na região do estado do Paraná têm sido exploradas economi-
camente, desde o período colonial, de maneira destrutiva e desordenada. Esse tipo de atividade
econômica se destacou especialmente durante o final do Império e o início da República, tornan-
do-se a principal modalidade na região.
Durante todo o século XX, o desmatamento das florestas naturais foi uma das principais ativi-
dades econômicas do Paraná. Essa exploração acontecia em quase todo o território do estado. Isso
sucedia pois a demanda pelos produtos encontrados nessa região era alta, devido, principalmen-
te, à necessidade da indústria e da construção civil, que viviam seu auge no Brasil.
Porém, foi também durante o século XX que a cultura do café começou a exercer papel de
destaque na economia paranaense — fator este que acompanha a tendência nacional, visto que o
Brasil se tornou um dos principais exportadores de café do mundo na época.
Alguns foram os motivos do sucesso no cultivo do café no Paraná, sendo estes: a instabilidade
do mercado internacional, as políticas nacionais e estaduais de valorização do café, e as restrições
dos estados com maior tradição nesse cultivo (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais).
Foi justamente a exploração do café que levou o Paraná à uma maior relevância na economia
nacional. Porém, este fato também alavancou a exploração e a cultura do desmatamento de mata
virgem. Pois, para o crescimento da cafeicultura, era necessária a derrubada da floresta para se
fazer o plantio do café.
É inegável que o comércio do café no Paraná proporcionou mudanças definitivas na cultura e
na economia local, gerando frutos que são vistos ainda hoje na sociedade paranaense.
O desenvolvimento econômico e de infraestrutura que a economia do café trouxe se tornou
marcante a longo prazo: cidades foram fundadas, infraestruturas foram desenvolvidas e a eco-
nomia regional se diversificou. Entretanto, também culminou com a perda de grande parte da
biodiversidade.
É importante destacar que tanto a exploração das florestas quanto o cultivo do café no Paraná
refletem um modelo econômico baseado na extração e na monocultura, que não leva em conside-
ração a sustentabilidade ambiental nem a diversificação econômica.
A história do estado demonstra a necessidade de se buscar alternativas mais equilibradas e sus-

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ


tentáveis, que promovam a conservação das florestas e a preservação dos ecossistemas, ao mesmo
tempo que impulsionam o desenvolvimento econômico de forma mais consciente e responsável.

SURGIMENTO DAS FERROVIAS E SEU PAPEL NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO


ESTADO

As ferrovias são um sistema de transporte que utiliza trilhos e locomotivas para trans-
portar passageiros e cargas. Elas foram desenvolvidas no século XIX e tiveram um impacto
significativo no desenvolvimento econômico de todo o mundo.
No Brasil, as primeiras ferrovias foram construídas no século XIX, com o objetivo de escoar
a produção de café do interior do país para os portos do litoral. O primeiro trecho ferroviário
do Paraná foi construído em 1874, ligando a cidade de Curitiba à cidade de Paranaguá.

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A malha ferroviária do Paraná cresceu rapidamente no século XX, chegando a atingir uma
extensão de mais de 3.000 quilômetros. As principais ferrovias do estado ligam Curitiba às
principais cidades do interior, como Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.
As ferrovias desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento econômico do
Paraná. Elas contribuíram para o escoamento da produção agrícola e industrial do estado, o
que impulsionou o crescimento da economia local.
Um exemplo prático da importância das ferrovias para o desenvolvimento econômico do
Paraná é a exportação de soja. A soja é um dos principais produtos agrícolas do estado e é
exportada para todo o mundo. As ferrovias são o principal meio de transporte para a soja, o
que facilita o escoamento da produção e reduz os custos de exportação.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO CONTEMPORÂNEO

INDUSTRIALIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO SETORIAL

A industrialização é o processo de transformação de matérias-primas em produtos manu-


faturados. A diversificação setorial é o processo de expansão da produção industrial para
setores diferentes.
A industrialização do Paraná teve início no século XX, com a instalação de indústrias têx-
teis e alimentícias. O desenvolvimento da indústria paranaense foi impulsionado por diversos
fatores, como a disponibilidade de matérias-primas, a mão de obra barata e a proximidade
dos mercados consumidores.
Atualmente, o Paraná é um dos estados mais industrializados do Brasil. A indústria repre-
senta cerca de 25% do PIB do estado e emprega mais de 1 milhão de pessoas. A indústria para-
naense está concentrada nas principais cidades do estado, como Curitiba, Londrina, Maringá
e Ponta Grossa.
A industrialização teve um papel fundamental no desenvolvimento econômico do Paraná.
Ela contribuiu para o crescimento do PIB do estado, a geração de empregos e a melhoria do
padrão de vida da população.

AVANÇOS NO AGRONEGÓCIO

O agronegócio é um conjunto de atividades econômicas que envolvem a produção, o pro-


cessamento, a distribuição e a comercialização de produtos agropecuários. O Brasil é um dos
principais players do agronegócio mundial, sendo responsável por cerca de 8% da produção
agrícola global.
O agronegócio brasileiro tem apresentado um forte crescimento nos últimos anos, impul-
sionado por diversos fatores, como:

z Aumento da demanda global por alimentos e commodities agrícolas: A população mundial


está crescendo e, com isso, a demanda por alimentos e commodities agrícolas também está
aumentando. O Brasil é um dos principais produtores de commodities agrícolas, como
soja, milho, café e açúcar.

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z Avanços tecnológicos: A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental no aumen-
to da produtividade do agronegócio brasileiro. O uso de sementes geneticamente modifi-
cadas, de máquinas e equipamentos modernos e de técnicas de manejo inovadoras tem
permitido aos produtores brasileiros produzir mais com menos recursos.
z Investimentos públicos e privados: O governo brasileiro e o setor privado têm investido no
agronegócio, com o objetivo de aumentar a produtividade, a eficiência e a competitividade
do setor.

Alguns exemplos práticos de avanços no agronegócio brasileiro são:

z O desenvolvimento de sementes geneticamente modificadas: As sementes geneticamente


modificadas são resistentes a pragas e doenças, o que permite aos produtores reduzir o
uso de agrotóxicos.
z O uso de máquinas e equipamentos modernos: O uso de máquinas e equipamentos moder-
nos, como tratores, colheitadeiras e drones, permite aos produtores realizar as atividades
agrícolas de forma mais eficiente e segura.
z A adoção de técnicas de manejo inovadoras: A adoção de técnicas de manejo inovado-
ras, como a irrigação, a rotação de culturas e a adubação verde, permite aos produtores
aumentar a produtividade das lavouras.

Os avanços no agronegócio brasileiro têm permitido ao país se tornar um dos principais


players do setor no mundo. O setor tem um papel fundamental na economia brasileira, sendo
responsável por cerca de 25% do PIB do país.

INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA

Infraestrutura é um conjunto de bens públicos que permitem o funcionamento da sociedade.


Ela inclui, por exemplo, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, energia elétrica, saneamento bási-
co e telecomunicações.
Os investimentos em infraestrutura são essenciais para o desenvolvimento econômico e
social de um país. Eles contribuem para:

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ


z O crescimento econômico: A infraestrutura facilita o transporte de pessoas e mercadorias,
o que estimula a atividade econômica.
z A geração de empregos: A construção e a manutenção da infraestrutura geram empregos
diretos e indiretos.
z A melhoria da qualidade de vida: A infraestrutura proporciona acesso a serviços essen-
ciais, como energia elétrica, saneamento básico e telecomunicações.

Investimentos no Brasil

O Brasil tem investido fortemente em infraestrutura nos últimos anos. O governo federal
lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que investiu mais de R$ 1 trilhão em
infraestrutura entre 2007 e 2016. O governo atual também tem investido em infraestrutura,
com foco em projetos de mobilidade urbana, energia renovável e conectividade.
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Alguns exemplos práticos de investimentos em infraestrutura no Brasil são:

z A construção da Ferrovia Norte-Sul: A ferrovia Norte-Sul ligará o litoral do Nordeste ao


Centro-Oeste do Brasil, facilitando o transporte de mercadorias e pessoas.
z A construção da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo: A Linha 6-Laranja será a primeira
linha de metrô totalmente subterrânea de São Paulo.
z A expansão da geração de energia renovável: O Brasil está investindo na expansão da
geração de energia renovável, como solar e eólica.
z O aumento da cobertura de internet: O governo está investindo no aumento da cobertura
de internet no Brasil, com foco nas áreas rurais.

Os investimentos em infraestrutura são essenciais para o desenvolvimento econômico e


social do Brasil. O país tem investido fortemente em infraestrutura nos últimos anos, com
foco em projetos de mobilidade urbana, energia renovável e conectividade.

EVOLUÇÃO NA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Tecnologia é o conjunto de conhecimentos e técnicas que permitem o desenvolvimento de


um determinado produto ou serviço. Inovação é o processo de criação de novos produtos,
serviços ou processos.
A evolução da tecnologia e da inovação é fundamental para o desenvolvimento econômico
e social de um país. Elas contribuem para:

z O crescimento econômico: A tecnologia e a inovação estimulam a produtividade e a com-


petitividade das empresas, o que contribui para o crescimento do PIB.
z A geração de empregos: A tecnologia e a inovação geram empregos diretos e indiretos,
tanto na indústria quanto nos serviços.
z A melhoria da qualidade de vida: A tecnologia e a inovação proporcionam acesso a pro-
dutos e serviços que melhoram a qualidade de vida da população, como saúde, educação
e transporte.

A evolução da tecnologia e da inovação tem sido constante ao longo da história. Alguns dos
principais marcos dessa evolução são:

z A invenção da imprensa, no século XV: A imprensa permitiu a disseminação do conheci-


mento e a democratização da educação.
z A Revolução Industrial, no século XVIII: A Revolução Industrial marcou o início da meca-
nização da produção e a adoção de novas tecnologias, como a máquina a vapor.
z A invenção do computador, no século XX: O computador revolucionou a forma como tra-
balhamos, nos comunicamos e nos divertimos.

A internet, no século XX: A internet permitiu a comunicação instantânea e o acesso a um


vasto banco de dados de informações.
As principais tendências atuais da tecnologia e da inovação são:

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z A ascensão da inteligência artificial: A inteligência artificial (IA) está revolucionando
diversas áreas, como a saúde, a educação e o transporte.
z A popularização da robótica: A robótica está sendo cada vez mais utilizada em diversos
setores, como a indústria, a agricultura e o comércio.
z A expansão da tecnologia móvel: A tecnologia móvel está tornando as pessoas mais conec-
tadas e produtivas.
z A crescente importância da segurança cibernética: A segurança cibernética é um desafio
crescente, à medida que as pessoas se tornam mais dependentes da tecnologia.

A evolução da tecnologia e da inovação é um processo contínuo e acelerado. Essas tendên-


cias têm o potencial de transformar a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.

HORA DE PRATICAR!

Prezado(a) estudante,

Os temas cobrados nesta disciplina não foram abordados em outras provas da banca FGV.
Por esse motivo, pensando sempre em não prejudicar seus estudos, disponibilizaremos
questões de outras bancas para que você não deixe de conhecer uma possível abordagem
dos assuntos que estudou.
Cordialmente,
Nova Concursos.

1. (CONSULPLAN — 2022) No Paraná, vivem cerca de 13.300 indígenas. Aproximadamente 70%


deles pertencem ao povo Kaingang (tronco linguístico Macro--Jê) e 30% ao povo Guarani (tronco
linguístico Tupi-Guarani). Há famílias descendentes do povo Xetá (tronco linguístico Tupi-Gua-
rani) e algumas do povo Xokleng (tronco-linguístico Macro-Jê), distribuídas em 23 terras indí-
genas/aldeias. Conhecer estas etnias e suas culturas concorre para o preparo do docente ao
lidar inclusivamente com a diversidade em sala de aula. Assim sendo, identifique as referências
culturais a seguir com as respectivas etnias.

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ


I. Seu território, tradicionalmente, ocupado pelo povo Xokleng estendia-se de São Paulo ao Rio Grande
do Sul. Em Santa Catarina, habitam a terra indígena de Ibirama. Esta é compartilhada com os Gua-
rani e Kaingang e os casamentos interétnicos são frequentes. No Paraná, dividem a terra indígena
de Apucaraninha com os Kaingang, aproximadamente 30 Xokleng. É provável que a presença dos
Xokleng (vindos de Santa Catarina) esteja diretamente ligada aos laços de parentesco construído com
os Kaingang.
II. Estão presentes em seus discursos cosmológicos, desde o século XVI, referências à Terra Sem Mal
que é um lugar indestrutível, morada dos ancestrais, dos deuses, da abundância, das danças, acessível
aos vivos onde é possível ascender sem a necessidade de morte. A Terra Sem Mal é, efetivamente, a
preocupação dos xamãs guarani. O xamanismo ocupa um espaço central na cosmologia e na constru-
ção da sociabilidade.

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III. Representada por uma população de cerca de 25 mil pessoas distribuídos em 32 terras indígenas, pelos
Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No Estado do Paraná, contabilizam,
aproximadamente, 9.120 pessoas, distribuídas em 13 terras indígenas.
IV. Sua cosmologia e a organização social são marcadas por um sistema de metades denominadas Kamé
e Kairu, que classificam os parentes, os não-parentes, os humanos, as plantas, os animais e os espíritos.
Na mitologia são os irmãos gêmeos, responsáveis pela criação dos seres da natureza e dos homens,
que definiram as regras sociais e as condutas morais que os Kaingang devem seguir.
V. Pertencem ao tronco linguístico Tupi-Guarani. Foram contactados no século XIX; contudo, é a partir
da década de 1940 que se intensificam as notícias sobre esse grupo. Habitavam tradicionalmente o
noroeste paranaense, as margens do rio Ivaí, região conhecida como Serra de Dourados.
VI. Atualmente, somam, aproximadamente, 34 mil pessoas no Brasil e estão distribuídos pelos estados do
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do
Sul. Estão presentes, ainda, em países como o Paraguay, Argentina, Bolívia e Uruguai. No Paraná, são
4.000 pessoas aproximadamente.

Assinale a associação correta.

a) I. Guarani II. Xokleng III. Guarani IV. Kaingang V. Kaingang VI. Xetá
b) I. Xokleng II. Guarani III. Kaingang IV. Kaingang V. Xetá VI. Guarani
c) I. Kaingang II. Xokleng III. Guarani IV. Xetá; V. Guarani VI. Kaingang
d) I. Xetá; II. Guarani III. Kaingang IV. Kaingang V. Xokleng VI. Guarani

2. (COGEPS UNIOESTE — 2022) Nas últimas décadas do século XIX e durante a primeira metade
do século XX, as Obrages exploraram o Oeste do Paraná. Sobre as Obrages no Oeste do Paraná,
é CORRETO afirmar:

a) Obrages foi um sistema de colonização que loteou e dividiu as terras no Oeste do Paraná e as
vendeu para colonos oriundos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina durante a primeira metade
do século XX.
b) Obrages é o termo usado para designar empresas que objetivavam extrair erva-mate no Oeste do Para-
ná com o uso de mão de obra constituída por agricultores de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do
Sul e Santa Catarina.
c) A principal Obrage que atuou no Oeste do Paraná foi a Industrial Madeireira Rio Paraná - MARIPÁ
-, que também foi a responsável, na década de 1930, pela fundação do município de Cascavel.
d) Obrages é o termo usado para designar empresas que extraíam madeiras e erva-mate no Oeste
do Paraná com o uso de mão de obra indígena, os mensus.
e) Obragens eram empresas que exploravam madeira e erva-mate no Oeste do Paraná com o uso
da mão de obra dos mensus, que eram trabalhadores oriundos dos Campos Gerais do Paraná.

3. (COGEPS UNIOESTE — 2022) Em 1943, durante o Estado Novo, foram criados vários territórios
federais no Brasil. Um deles foi o Território Federal do Iguaçu. Sobre esse território, é CORRETO
afirmar:

a) O Território Federal do Iguaçu abrangeu áreas do Oeste e Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Cata-
rina. Em 1945, Getúlio Vargas renunciou à presidência do Brasil e, em 1946, o Território Federal do
16 Iguaçu deixou de existir.
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b) O Território Federal do Iguaçu abrangeu o Oeste e o Sudoeste do Paraná e parte do Mato Grosso do
Sul. Com sede em Cascavel, sua criação visava a atender aos interesses de empresários do ramo da
erva-mate de Curitiba, que exportavam esse produto pelo porto de Paranaguá.
c) O Território Federal do Iguaçu, cuja capital era a cidade de Foz do Iguaçu, foi criado em 1943,
durante o governo de Getúlio Vargas. O principal objetivo de sua criação era impedir o estabele-
cimento de empresas colonizadoras gaúchas no Oeste do Paraná.
d) O Território Federal do Iguaçu foi criado em 1943 pelo presidente da república Getúlio Vargas.
Com sede em Foz do Iguaçu, a formação desse território visava a atender a várias das demandas
do governador do estado do Paraná, o interventor Mário Tourinho.
e) O Território Federal do Iguaçu foi criado por Getúlio Vargas no contexto da “Marcha para o Oeste”,
um movimento que visava a colonizar áreas próximas às fronteiras brasileiras e a fortalecer as
atividades das Obrages no Oeste do Paraná.

4. (COGEPS UNIOESTE — 2022) O primitivo homem paranaense pertencia à família tupi-guarani e


jê. Foram os tupis que deram nome ao Estado: Paraná. Na língua tupi-guarani, qual é o significado
de Paraná?

a) Rio Bonito.
b) Rio Caudaloso.
c) Água Grande.
d) Rio Grande.
e) Rio da Prata.

5. (COGEPS UNIOESTE — 2022) A chamada estrada do Colono que foi por muitos anos caminho
por onde agricultores gaúchos e catarinenses passaram para se fixarem na Região Oeste do
Paraná, e que depois foi interditada (fechada) corta qual parque?

a) Parque Estadual Cabeça do Cachorro.


b) Parque das Aves.
c) Parque Nacional do Iguaçu.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ


6. (COGEPS UNIOESTE — 2022) Sobre a história da ocupação do Sudoeste paranaense, relatos
focam sua atenção quase exclusivamente no período que tange à colonização oficial da região, a
partir de 1943, com a criação da: “ ”, que possuía o objetivo de instalar no Sudoeste
do Paraná famílias de agricultores, provenientes principalmente do Rio Grande do Sul e de Santa
Catarina, os quais são reconhecidos como os “pioneiros” da ocupação humana regional.

Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna.

a) Marcha do Sul.
b) CANGO – Colônia Agrícola General Ozório.
c) Estrada do Colono.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

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7. (COGEPS UNIOESTE — 2022) “Uma análise mais completa da população paranaense, no período
colonial, quanto ao seu número, distribuição e composição, pode ser efetivada através de algu-
mas fontes primárias [...] constituídas, sobretudo, pelos registros paroquiais e pelos recensea-
mentos coloniais [...]”.

In: BALHANA, Altiva Pilatti; MACHADO, Brasil Pinheiro; WESTPHALEN, Maria Cecília. História do Paraná. Curitiba:
GRAFIPAR, 1969. p. 117.

Sobre a população paranaense durante os séculos XVII, XVIII e início do XIX, é CORRETO afirmar:

a) Era constituída somente por homens brancos livres, que ocupavam o litoral e os Campos Gerais,
e por indígenas que viviam em reservas.
b) Trata-se de uma sociedade caracterizada pela ausência de negros escravizados, em função de a
atividade econômica predominante ser a pecuária da região de Curitiba e dos Campos Gerais.
c) Ao analisarmos a documentação primária, em especial os registros paroquiais e os recensea-
mentos coloniais, verificamos que a população paranaense do período era caracterizada pela
presença de colonos brancos livres, em sua maioria agricultores poloneses e italianos, e pela
ausência de indígenas e negros escravizados.
d) Durante o período colonial, os governantes do Paraná implementaram políticas para o estabeleci-
mento de agricultores estrangeiros na Província, o que resultou em uma sociedade caracterizada
pela ausência de negros escravizados.
e) Indígenas e negros escravizados tiveram participação relevante na formação da população do
Paraná e no desenvolvimento de sua economia.

8. (COGEPS UNIOESTE — 2022) A partir da emancipação do Paraná, em meados do século XIX, e


com a instituição de Curitiba como capital da província, vários de seus governantes elaboraram
projetos visando à (re)ocupação de seu território por meio da vinda de imigrantes europeus e o
seu estabelecimento na forma de colônias agrícolas. Sobre as políticas de atração e fixação de
imigrantes no Paraná durante a segunda metade do século XIX, é CORRETO afirmar:

a) A política imigratória da Província do Paraná durante a segunda metade do século XIX tinha
como principais objetivos o aumento da população e a produção de alimentos.
b) Trata-se de políticas que visavam, por meio da fixação de agricultores estrangeiros, povoar os
“vazios demográficos” de seu território e aumentar a oferta de mão de obra para a produção de
erva-mate.
c) As políticas de atração e fixação de imigrantes no Paraná durante o século XIX priorizaram a
ocupação do norte do Paraná por agricultores poloneses em médias e grandes propriedades,
denominadas colônias agrícolas.
d) O principal objetivo das políticas de atração e fixação de imigrantes no Paraná durante a segun-
da metade do século XIX foi substituir a mão de obra constituída por negros escravizados nas
fazendas de café do norte da província.
e) A política imigratória da Província do Paraná durante a segunda metade do século XIX tinha
como principais objetivos o aumento da população e a produção de produtos agrícolas para a
exportação, em especial o café.

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9. (COGEPS UNIOESTE — 2022) Sobre as atividades agrícolas no litoral paranaense durante o sécu-
lo XX, é CORRETO afirmar:

a) A atividade econômica da população do litoral paranaense, durante o século XX, restringia-se


à pesca, com técnicas características da cultura caiçara. A agricultura não se constituía como
atividade de subsistência.
b) A partir dos anos de 1980, a política de proteção ambiental implementada pelo governo estadual
do Paraná permitiu a ampliação das práticas agroecológicas na região trazidas pelos morige-
rados colonos europeus e seus descendentes, que se instalaram na região na segunda metade
do século XX, o que acarretou uma melhora substancial nas condições de vida dos agricultores
locais.
c) As atividades agrícolas não foram predominantes na região litorânea do Paraná durante o século
XX. Somente a partir dos anos de 1980, as atividades praiano- turísticas possibilitaram o desen-
volvimento econômico regional.
d) As atividades agrícolas no litoral do Paraná devem também ser compreendidas como uma agri-
cultura de subsistência, que servia, inclusive, como retaguarda econômica, garantindo a sobrevi-
vência das populações locais, em contrapartida à grande agricultura exportadora.
e) O litoral paranaense é um conjunto homogêneo, tanto no que se refere ao relevo, ao solo, como
às características sociais e culturais de sua população. Esse conjunto impediu o desenvolvimen-
to da agricultura mecanizada durante o século XX na região.

10. (COGEPS UNIOESTE — 2022) Sobre os registros arqueológicos de grupos humanos no litoral do
Paraná, é CORRETO afirmar:

a) O tipo de solo, a umidade e a pluviosidade do litoral paranaense não permitiram a preservação


de material lítico, cerâmico e/ou fóssil que possibilitasse o estudo das populações humanas que
podem ter ali habitado em tempos remotos.
b) O litoral do hoje estado do Paraná, assim como toda a região sul do Brasil, era um espaço geográ-
fico caracterizado pelo “vazio demográfico” até as expedições de entradas e bandeiras durante
os séculos XVII e XVIII, por isso, não há ocorrência de registros arqueológicos nessa região ante-
riores a esse período.
c) Devido à sua configuração geográfica e a abundância de recursos naturais, o litoral do Paraná foi

HISTÓRIA DO ESTADO DO PARANÁ


habitado por diferentes grupos humanos desde tempos remotos. Os vestígios mais antigos da
presença de grupos humanos na região são atribuídos aos denominados “sambaqueiros”, “cons-
trutores de sambaquis” ou “casqueiros”.
d) Devido à sua configuração geográfica e abundância de recursos naturais, esse ambiente litorâ-
neo foi habitado por diferentes grupos humanos desde tempos remotos. Os primeiros a se esta-
belecerem foram os indígenas Kaingangs e Kaiowas, no século XVI.
e) As lendas sobre Sepé Tiajaru e do Cacique Guairacá fazem parte da tradição oral dos povos
nativos do litoral paranaense desde o século XVI. A sua permanência em cânticos e produções
literárias registra a manutenção da identidade dos povos originários da referida região.

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9 GABARITO

1 B

2 D

3 A

4 B

5 C

6 B

7 E

8 A

9 D

10 C

ANOTAÇÕES

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