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Aula 23 – 10/11/2020

As 5 Linguagens do Amor das Crianças

Essa teoria foi desenvolvida recentemente por um psicólogo chamado Gary


Chapman.
Ele começou a observar seus pacientes e as relações humanas e,
principalmente, seu relacionamento com sua esposa. Quando ele começou
a observar percebeu alguns conflitos que existiam entre eles em relação à
forma de demonstrar e entender o amor. A teoria foi pensada no
relacionamento entre casais e depois foi adaptada para a infância.
Ele organizou essa teoria, escreveu um livro e publicou. Posteriormente
surgiram as 5 linguagens do amor das crianças, de Deus, dos irmãos, do
homem, da mulher e vários outros.
As 5 linguagens do amor são: palavras de afirmação, toque físico,
presentes, tempo de qualidade e atos de serviço.
É diferente dos temperamentos, que são características minerais. Os
temperamentos é como se fosse a terra onde a personalidade vai florescer.
A personalidade é como se fosse a plantinha que vai florescer nessa terra,
que pode ter várias características mutáveis, como tronco mais rígido ou
mais flexível, pode ser uma planta mais expansiva ou mais retraída, pode
ter flores, pode ter folhas. As 5 cinco linguagens do amor se encontram na
personalidade humana.
Pode acontecer delas mudarem ao longo da vida, caso tenha algum impacto
muito forte sobre ela ou um trauma te podando nisso. Como por exemplo
uma pessoa que sofreu abuso sexual e tinha como linguagem do amor
contato físico, pode ser que ela crie uma aversão ao toque a partir desse
momento por causa do trauma e prefira ser amada de outras formas. Outro
exemplo é uma pessoa que possuía como linguagem do amor o toque físico
e foi agredida, essa pessoa também pode se fechar pra ele. Uma pessoa que
foi criada por uma mãe narcisista e era uma pessoa que dependia de
elogios, pode ser que essa pessoa possa não interpretar esses elogios como
uma forma positiva por já ter sido muito magoada pela fala. Não é comum
mudar a linguagem do amor, o mais comum é que a pessoa tenha uma
linguagem de preferência onde ela se sinta confortável em dar e receber
carinho. Então, havendo um trauma muito severo ou essa linguagem
sendo muito tolhida na educação, pode sim haver mudança. Por isso
precisamos sempre incentivar as crianças a se expressarem e receberem
carinho na sua linguagem.
Importante observar dentro dessas linguagens como a criança se sente
mais ofendida e como ela se sente mais amada.
Quando a criança vem de uma situação de rejeição (foi abandonada),
desafio ou embate, pode ser que ela esteja armada, querendo se defender.
Nesse caso, é necessário primeiramente ganhar o coração dessa criança,
mostrando a ela que você está ali para defendê-la, auxiliá-la em seu
crescimento. É importante nesse caso primeiro identificar a linguagem do
amor dessa criança e abastecê-la com essa linguagem, para depois tentar
identificar seu temperamento. Isso é ótimo para aquecer a relação entre
os pais e a criança adotada, para que a criança permita que os pais acessem
seu coração. Feito isso, pode partir para identificar o temperamento, e
identificado, traçar estratégias para formar uma criança
obediente/tranquila e tirar seu aspecto desafiador.
As linguagens do amor não têm relação com os temperamentos. Existem
coisas na personalidade que podem acabar sendo puxadas do
temperamento, é aí que percebo que crianças de temperamentos quentes
(sanguínea e colérica) tem uma tendência a terem linguagens mais
expressivas, como por exemplo, presentes, toque e palavras de afirmação;
e as de temperamento frio (fleumático e melancólico) tem tendência a ter
como linguagem as que são mais “bastidores”, ou seja, tempo de qualidade
e atos de serviços. Essas duas últimas são linguagens que não ficam tão “na
cara”, porque são pessoas de temperamento mais introspectivo e não tem
uma necessidade tão grande de falar, de expandir. Costumo ver isso, mas
não é absoluto. As crianças sanguíneas e fleumáticas tem uma tendência a
querer agradar a todos e gosta de ser querida por todos, então, às vezes os
elogios que elas fazem e os presentinhos que elas dão (florzinhas,
desenhos) são relacionados ao temperamento, porque gostam de envolver
as pessoas. Mas se percebe que a criança sanguínea ou fleumática tem um
carinho muito especial pelos presentes que ganha e gosta de presentear em
vários momentos, e que ela fica muito triste quando não é presenteada, aí
sim dá para afirmar que sua linguagem do amor é presente.
Todos nós temos uma primeira linguagem que entendemos, pois chegamos
no mundo e começamos a nos comunicar, sendo a primeira linguagem o
toque físico. Por isso, o bebê gosta tanto de ficar no colo da mãe, gosta do
seio materno por serem um apego seguro, precisando desse contato para
se acalmar, se regular, adormecer; a criança se mostra muito dependente.
Existem pessoas que continuarão com essa linguagem como preferência e
outras não. Crianças que gostam que fiquem fazendo muito carinho,
mexendo na orelhinha ou outros carinhos nesse sentido, já é um indício de
que gostam do toque. Tem gente que precisa do toque para se sentir
amado. O sexo masculino tem uma tendência a ter o toque como uma das
linguagens do amor.
A partir de qual idade dá para saber a linguagem do amor? Quando nasce a
primeira linguagem é toque físico, dá para ter essa certeza. E quando saber
se essa linguagem evoluiu ou não? É possível começar a observar a partir
do momento que a criança já fala, anda e tem autonomia em casa.
Provavelmente se uma criança tem dificuldade com a fala, é muito difícil
distinguir a linguagem, pois essa criança não consegue demonstrar, por
exemplo, palavras de afirmação se ela ainda não tem a palavra. Então não
tem uma idade específica, depende do desenvolvimento da criança. Tem
criança que aprende a falar com 1 ano de idade e outras com 2, 3 ou 4. As
vezes uma criança com 7 anos já consegue falar muito bem, mas não tem
autonomia para lavar a louça, por exemplo, não tendo como saber se sua
linguagem é atos de serviço, porque ela não tem autonomia para servir.
Tem gente que só vai poder servir outras pessoas quando sair de casa,
porque a mãe nunca dá essa liberdade, não permite que isso acontece.
Então a idade é relativa, porque depende de como a criança é estimulada.
Mas a partir do momento que a criança tem possibilidade de demonstrar
afeto em qualquer uma dessas cinco linguagens, já dá para identificar qual
é a linguagem preferencial dela.
Caso a criança tenha dificuldade com a fala ou locomoção, para não ter erro
de definição, deve-se encher essa criança com os cinco estímulos afetivos,
porque aí dá para começar a treinar o olhar sobre ela. Dê amor nas cinco
linguagens e observe a forma que ela prefere.
Tem pessoas que tem mais de uma linguagem do amor e outras apenas
uma. Temos no máximo duas linguagens do amor de preferência e não
mais que isso. Quando falamos de linguagem não é apenas de uma coisa
que ela entenda, mas também que ela também demonstra. Como saber a
linguagem do amor de uma pessoa? Além de gostar de receber amor
dessa forma, a pessoa também gosta de demonstrar. Por exemplo uma
pessoa que tem como linguagem presentes ela não gosta apenas de receber
presentes, ela gosta também de presentear.
Entendemos a linguagem do amor por 3 âmbitos:
1º A pessoa gosta de dar afeto dessa forma;
2º A pessoa gosta de receber afeto dessa forma;
3º A pessoa se sente ferida quando esse afeto é negligenciado. Ela sente
como se tivesse sido prejudicada, agredida ou injustiçada.
É preciso ter esses três âmbitos para definir a linguagem, e não apenas um
ou dois deles.
Existe um teste no livro as 5 linguagens do amor que o próprio autor
desenvolveu, mas a maioria das pessoas já vai direto no teste antes de ler
o livro. Primeiro tem que conhecer a teoria para fazer uma autoanálise. A
melhor forma de distinguir as coisas é tendo um olhar de
autoconhecimento e um olhar observador para o outro. Se não tiver um
olhar atento para os 3 âmbitos mencionados o teste não dará certo.
Pode acontecer casos de bilinguismo, onde a pessoa gosta de dar amor de
uma forma e receber de outra.
Gritar e bater numa criança não é uma ferramenta educacional, mas sim
uma ferramenta punitiva. Não funciona a longo prazo e a curto prazo pode
ter consequências ruins. Pode fechar essa criança, ela ficará armada no
sentido ‘Ei, você não vai me machucar, não vai me fazer mal’, e a criança vai
o tempo todo pro embate. E também mina a autoridade da pessoa que
utiliza essas ferramentas, pois a criança pensa ‘Ah, você não consegue nem
se controlar, nem consegue se conter. Quem é você pra falar alguma coisa
pra mim? Você grita, explode o tempo todo e quer falar pra mim sobre
calma?’. Tem que acabar com esse tipo de estratégia, porque gritar, chorar,
manipular ou punir a criança com agressão não funciona. Utilizar dessas
ferramentas pode prejudicar a linguagem do amor da criança.
Palavras de Afirmação
Existe várias formas de trazer palavras de afirmação para uma criança.
Quando fazemos elogios de rotulação, a tendência da criança é ficar em sua
zona de conforto e evitar dificuldades e desafios, pois o cérebro humano
possui um mecanismo em que opta por fazer aquilo que dá prazer e repele
o que pode trazer frustração. Então, para receber esses elogios de
rotulação, a criança não vai optar por fazer coisas desafiadoras, para não
correr o risco de não conseguir e por consequência não ser elogiada.
Existe um tipo saudável de incentivo que as crianças devem receber. A
criança que tem essa linguagem de amor gosta de receber palavras que
afirmem a sua capacidade, gosta de receber palavras positivas. É uma
criança que gosta de ser incentivada por meio daquilo que a gente fala.
Exemplos: como você é esforçada, como você faz bem as coisas, como você
é dedicada, como você é atenciosa, como você é bonita se arruma bem,
como você gosta de se cuidar, você tomou banho como está cheirosa.
Tudo que faz busca reconhecimento por meio de palavras. Quando as
pessoas a ofendem com palavras, isso é uma coisa muito severa pra ela.
Se quando a mãe está nervosa e falar pra uma criança que tem essa
linguagem ‘Como você é burra, você não consegue fazer essa tarefa. Eu já
te expliquei muitas vezes’, isso acaba com essa criança. Se falar ‘Nossa que
feia você fica chorando, olha que cara feia’, ‘Você é preguiçosa’, ‘Você não
faz nada direito’, isso acaba com essa criança. Então, quando você usa
palavras duras com essa criança não funciona.
Quando você não dá a palavra que a criança esperava, também a deixa
frustrada. Por exemplo, a criança tirou um dez e a mãe fala ‘Você não fez
mais que sua obrigação, porque a única coisa que você faz é estudar’. Essa
criança sofre com a ausência de palavras de afirmação.
Existem crianças, principalmente coléricas, que tem uma tendência a
palavras de afirmação pro lado negativo. Gostam de ouvir negativas, ou
seja, desafios. Exemplo ‘Será que você consegue fazer isso aí? Acho que
você não consegue’, ‘Será que você fez isso? Acho que não hein’, ‘Será que
você vai tirar uma boa nota? Não sei se você consegue’. Gostam de ouvir
palavras de desafio, gostam dessa motivação. Então a pessoas que gostam
da palavra de afirmação voltada para a negativa. Mesmo que a criança
goste de receber por esse lado negativo, se ela conseguir realizar incentive
‘Que legal!’, ‘Que bacana’, pois não há problema nenhum em fazer um
elogio intencional, principalmente com crianças melancólicas.
Crianças melancólicas são mais inseguras, por isso é bom que ouçam “Você
é capaz de conseguir’, ‘Você é muito bom’, ‘Você é linda’, ‘Você é
maravilhosa’, ‘Você é perfeita’. São crianças que tem tendência a ver ‘o
copo meio vazio’. Se uma criança melancólica tem tendência a essa
linguagem do amor, use pelo lado positivo e não meça os elogios, pois
ajudam a criança a perseverar.
Tem gente que gosta da palavra de afirmação voltada para o lado positivo.
Gosta de ouvir ‘Uau que legal! Você conseguiu, que bacana’ e não ‘Ah, eu
acho que você não vai conseguir’. Tem que prestar muita atenção porque
quando a criança consegue ela tem que ouvir ‘Uau é isso aí, você conseguiu.
Que legal, você me desafiou nisso daí e mostrou pra mim que realmente
você é capaz’.
Os elogios tem que ser de verdade. Não adianta pegar a palavra de
afirmação e ficar o dia inteiro falando, pois irá soar como se fosse da boca
pra fora e não algo real. Pessoas com essa linguagem do amor não gostam
de ser elogiadas 24 horas e nem receber o mesmo elogio o tempo todo.
Pessoas com essa linguagem do amor não gostam de ouvir ‘Mas não fez
mais que a obrigação’, ‘Mas também era o mínimo que você podia fazer’.
Elas sempre gostam de ser valorizadas em relação a isso.

Toque Físico
Pessoas com toque físico gostam de ser tocadas, abraçadas, beijadas,
acariciadas. Gostam de tocar e serem tocadas.
Toque não é só de namorar, de dar beijo. Mas é o toque de pegar na mão,
de bater no ombro, de dar um abraço, fazer um cafuné, enfim, de tocar a
outra pessoa. Ela se sente amada quando ela é afagada fisicamente. Essas
pessoas se sentem queridas quando as pessoas demonstram carinho físico
por elas.
A criança que tem o toque físico e é punida fisicamente recebe isso como
uma agressão muito maior do que realmente é. Para a mãe às vezes é só
um tapinha na bunda, mas para a criança vai ser muito dolorido, pois está
pegando o lugar onde ela gosta de receber carinho para bater. A criança
sofre com isso, se sente a pior pessoa. A criança que tem essa linguagem do
amor se sente agredida quando usa bater como ferramenta para educar.
Como demonstrar amor para essa criança? Abraçando, beijando, fazendo
cafuné, pegando no colo e outros tipos de afagos físicos.

Presentes
A linguagem dos presentes é muita confundida com a questão do interesse.
Mas a questão do presente é muito particular pra quem tem essa linguagem
do amor. Quem tem essa linguagem se sente muito ofendida quando uma
pessoa que queira presenteá-la compra uma coisa muita cara, sendo que
ela não precisava, nunca demonstrou interesse ou nunca quis. Se sente
ofendida também se quem queira presenteá-la foi de última hora e
comprou algo caro só para falar que presenteou.
Quem te essa linguagem fica feliz em ganhar qualquer coisa. Se alguém
viajar e comprar pra ela algo bem barato, mas demonstrar que lembrou
dela ao ver aquilo, ela ficará muito feliz por perceber que a pessoa estava
distante e lembrou dela. Mas não adianta comprar algo caro correndo só
pra falar que lembrou, pois ela se sentirá ofendida. A questão não está no
valor, mas no sentimento envolvido.
A pessoa que tem essa linguagem gosta de ser presenteada do nada, de
surpresa.
As pessoas acham que quando a criança tem essa linguagem é necessário
presenteá-la com frequência e que haja dinheiro pra sustentar essa
linguagem. Mas não é assim, a pessoa pode sair, ir no mercado e levar um
bombom de R$0,60 para essa criança que ela irá ganhar o dia. É os pais
saírem pra jantar e levar um docinho pra criança. É sair com uma amiga para
uma praça e levar uma flor para a criança que tem essa linguagem do amor
‘Olha filha, que linda essa florzinha. Me lembrou de você por causa...’. Não
é relacionado a valor, mas em ter lembrado dela enquanto estava fora. É
a lembrança, é o carinho. É importante pra quem tem essa linguagem
perceber que quem a presenteou pensou nela.
A criança que tem essa linguagem gosta de guardar as coisas que recebe e
até a embalagem. Tem uma carga afetiva no presentear.
A criança que tem essa linguagem às vezes está passeando e pega uma
florzinha e dá para a mãe colocar no cabelo. E pra ela é muito bom quando
a pessoa reconhece o presente, nesse caso, a mãe coloca a flor no cabelo.
É uma criança que gosta de dar presente no dia dos pais, no dia das mães.
Ela quer entregar, pois gosta do presentear.

Tempo de Qualidade
Quem tem essa linguagem gosta de passar tempo junto, mas tempo de
verdade. Gosta que uma pessoa sente com ela e esteja totalmente
presente.
Um exemplo que fere a criança que tem essa linguagem é quando ela
chama a mãe para assistir um filme juntas e a mãe se distrai com outra
coisa. Tem que ser tempo de qualidade.
É uma criança que está sempre na barra da saia da mãe. A mãe vai no
banheiro e a criança vai junto, vai pro quarto e a criança vai junto; ela está
sempre coladinha com a mãe, gosta de passar tempo com a mãe. Sempre
pede para a mãe brincar junto, mas a mãe tem que parar e realmente
brincar com ela.
Tem que prestar atenção na questão do cuidado do tempo que tem
realmente presente com essa criança. Trinta minutos de atenção plena
basta, mas tem que ter entrega total.
Tem criança que tem uma demanda maior de tempo de qualidade, então
se faz necessário entender a demanda da criança. Se perceber que a
criança precisa de uma hora de tempo de qualidade, é necessário separar
esse tempo e ficar de forma integral com ela, com atenção plena.
Se quiser ver essa criança sofrer é só falar ‘Filha, agora a mamão não tem
tempo. Fica aqui do lado da mamãe que estou trabalhando aqui e fico de
olho em você’.

Atos de Serviço
Quem tem essa linguagem gosta que as pessoas façam as coisas por ela.
A pessoa se sente querida quando alguém monta o prato de sua refeição,
quando alguém coloca pasta de dente na sua escova, quando alguém serve
refrigerante a ela.
Quem tem essa linguagem não é uma pessoa preguiçosa. Não é aquela
pessoa que fica de pernas pro ar esperando que alguém faça as coisas por
ela.
Quem tem essa linguagem, quando alguém faz algo por ela, ela também faz
algo para esse alguém. Ela gosta que a sirva, mas ela gosta de servir.
A criança que tem essa linguagem gosta de participar da arrumação da casa,
gosta de ajudar na cozinha, em seu aniversário gosta de receber um café na
cama, gosta de chegar da escola e alguém já ter arrumado o quartinho dela.
Falar pra criança o serviço que foi prestado a ela, faz com que ela se sinta
amada. Exemplos: ‘Olha a mamãe já passou e guardou suas roupas’, ‘A
mamãe fez um bolo pra você’, ‘O que você quer comer hoje? Eu vou fazer
pra você’, ‘A mamãe vai cuidar’.
É importante não tirar a autonomia e envolver a criança nas atividades da
casa para que ela também possa servir ao outro. Mas é importante
também servir a criança que tem essa linguagem.

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