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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Belo Horizonte, MG, Brasil
Correspondências sobre este artigo devem ser enviadas para Tatiane Lúcia de Melo, Avenida Brasil,
2023, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, CEP 30140-002. E-mail: tatyeac@yahoo.
com.br
Para citar este artigo: Melo, T. L. de, & Guimarães, L. de O. (2023). Vale tudo: As estratégias de atuação da
Vale após o desastre-crime da barragem de Córrego do Feijão. Revista de Administração Mackenzie, 24(6),
1–27. https://doi.org/10.1590/1678-6971/eRAMD230045.pt
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Vale tudo: As estratégias de atuação da Vale após o desastre-crime da barragem de Córrego do Feijão
Resumo
ISSN 1678-6971 (versão eletrônica) • RAM, São Paulo, 24(6), eRAMD230045, 2023
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Vale tudo: As estratégias de atuação da Vale após o desastre-crime da barragem de Córrego do Feijão
Abstract
Purpose: This article aims to analyze the strategies used by Vale during
the first two years after the Brumadinho dam disaster to deal with criti-
cisms from civil society in the face of the consequences caused by the
rupture.
Originality/value: The article contributes to understanding the strategic
processes used by large enterprises to respond to environmental disas-
ters and other damages resulting from activities and work accidents
caused by these organizations. It demonstrates how such strategies can
be applied and succeed because they are linked to actions and articula-
tions with key actors involved and co-opted in economic, political, and
social processes before the disaster.
Design/methodology/approach: A qualitative, case study type of research
was conducted with citizens of Brumadinho and local mobilization
groups. The interviews conducted with ten citizens of the municipality
and document analysis allowed a volume of information from the various
actors that make up and participate in the tangle surrounding the actions
related to this disaster.
Findings: The company uses mechanisms that impute discouragement
and disbelief in the affected people, fomenting the politics of resigna-
tion through numerous strategies of bureaucratization, social and men-
tal suffering, and rights violations that postpone the reparation actions
to the affected people. The article demonstrates how the context of
technological disasters involves a political, economic, institutional, and
social process marked by violations, influences, and injustices with com-
munities and people whose beginning is before the disasters.
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INTRODUÇÃO
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REFERENCIAL TEÓRICO
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METODOLOGIA
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Tabela 1
Perfil dos entrevistados
Entrevistado Sexo Escolaridade Categoria de participação
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são ainda mais estreitas, pois seu envolvimento e sobretudo o modo como
veem a questão geralmente interferem em sua operação e lucratividade
(Quarantelli, 1997). No caso da Vale, pelo fato de a mineradora ter sido a
responsável direta pelo desastre ocorrido, o seu desempenho em todos os
aspectos da governança do desastre pode ser visto não apenas como repleto
de interesses, mas, principalmente, como fator de sobrevivência da empresa.
É importante destacar o quanto a relação das mineradoras com o Estado
brasileiro é marcada por jogos de interesses e relações de poder que são ante-
riores ao episódio do desastre em Brumadinho, mas que compõem o cenário
que permitiu que ele ocorresse. Do financiamento de campanhas eleitorais
nas esferas estaduais e federais (Milanez et al., 2018) à divulgação das con-
tribuições do grupo Vale para a arrecadação municipal e estadual (Felippe
et al., 2016), são várias as “formas de clientelismo e patronagem que procu-
raram se beneficiar do modelo extrativista com o fim de financiar campa-
nhas eleitorais ou viabilizar coalizões de governo” (Acserald, 2018, p. 169).
No caso de Minas Gerais, como asseveram Milanez et al. (2019a), a
fragilização dos processos de licenciamento ambiental a partir de alterações
na legislação do estado, independentemente do viés político partidário que
estava à frente do governo, que enfraqueceram a capacidade de as agências
estaduais garantirem que as atividades extrativas não degradassem signifi-
cativamente o meio ambiente, resultou no rompimento da barragem de
Fundão, em 2015, e também no rompimento da barragem de Córrego do
Feijão, em 2019.
Milanez et al. (2018), em seus estudos sobre o desastre de Fundão, des-
tacam alguns aspectos presentes nessa relação entre Estado e empresas
mineradoras, que, segundo os autores, podem ser identificados em proces-
sos como o financiamento de campanhas políticas, no lobby e no uso da
“porta giratória”. Os financiamentos de campanha, apesar de terem sido
declarados inconstitucionais em 2015, ainda exercem forte influência sobre
vários políticos do Executivo e do Legislativo, não só em Minas Gerais, mas
também em nível federal.
A porta giratória, de acordo com Milanez et al. (2018, p. 132), é uma
estratégia que caminha paralelamente ao financiamento de campanhas, con-
figurando-se em uma prática de
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que se tenha uma ideia do desgaste cotidiano das pessoas atingidas que
lidam com as perdas produzidas pelo desastre e se veem à mercê de burocra-
cias institucionais que não resolvem a situação de maneira efetiva:
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[...] eu acho que é uma empresa que visa lucro, e também destruir os
territórios que ela minera. Me sinto morando no meio de várias crate-
ras que ela e outras furaram aqui na região, não me sinto segura e
começo a questionar meu futuro aqui. A Vale não se preocupa com o
ser humano não, ela preocupa com o lucro. Então eu tô assim, sem
ver uma saída (Entrevistada 1).
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Em razão da complexidade do tema e da demanda por um arcabouço teórico próprio para realização
da análise dos dados coletados, as autoras optaram por tratar essa categoria em um artigo à parte, já
publicado em outro periódico e disponível para consulta, no qual se discute o aumento das vulnera-
bilidades da população atingida pela Covid-19 em decorrência dos danos causados pelo rompimento
da barragem. Ver Melo e Guimarães (2022).
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De acordo com Brasil e Pires (2017, p. 3), nessas matérias sobre o desas-
tre em Mariana, abordaram-se com ênfase os
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Silva, Lopes et al. (2020), por sua vez, em estudo sobre as representa-
ções dos atores sociais nas notícias sobre os desastres de Brumadinho e
Mariana, destacam como a mídia distancia a comunidade local dos impactos
sociais, econômicos e ambientais, não a reconhecendo como uma vítima dos
desastres, o mesmo ocorrendo com o meio ambiente, que também não é
representado como vítima da tragédia. A isso, os autores acrescentam:
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A partir desse dado, que certamente exige atenção e deve ser observado
à medida que pesquisas sobre o assunto forem realizadas, propõe-se o con-
ceito de minério-influência. A minério-influência pode ser considerada como a
ação indireta do setor de mineração voltada ao público em geral por meio da
atuação de terceiros, sejam pessoas públicas ou organizações, com o intuito
de atender aos interesses das empresas mineradoras. Para isso, as organiza-
ções do setor extrativo mineral valem-se da sua importância econômica, do
seu poder de influência e de seu alcance político. Diferentemente da minério-
-dependência, que atua na cadeia e nos arranjos produtivos locais e que iden-
tifica a dependência econômica, e da licença social para operar, que exerce suas
intenções por meio da responsabilidade social empresarial perante as popu-
lações locais, a minério-influência envolve uma rede de atores que não traba-
lham diretamente para a mineração, mas que desempenham papéis ou exe-
cutam atividades nas quais eles vão falar sobre a mineração, atingindo e
construindo a imagem social das mineradoras para um público que não con-
vive diretamente com os danos da atividade minerária, mas que sustenta a
demanda de mercado da mineração.
Esses atores, sejam figuras públicas de prestígio ou organizações de
reconhecida atuação no campo socioambiental, motivados por lucrativos
contratos de negócios ou até mesmo por suntuosos recursos advindos de
agências de captação cujas fontes de recursos são as próprias mineradoras,
acabam por direcionar sua capacidade de influência em prol da reconstru-
ção da imagem dessas empresas e, principalmente, do setor de mineração.
Sedimentando ainda mais a neutralização da crítica, localizada na terceira
fase descrita por Benson e Kirsch (2010), esses atores reforçam as políticas
de resignação ao endossarem discursos que são, muitas vezes, contradi
tórios, considerando que estão tentando transformar em espetáculo uma
terra arrasada.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo teve como objetivo principal identificar estratégias utilizadas
pela empresa Vale para lidar com as críticas da sociedade civil perante o
desastre criminoso da barragem da mina do Córrego do Feijão. A gestão do
desastre-crime ocorrido em Córrego do Feijão não envolve “apenas” o desas-
tre, mas também um sistemático processo político, econômico, institucional
e social de violações, influências, abusos e injustiças que teve no rompimento
da barragem o seu ápice.
Os resultados encontrados se aproximaram de registros que vêm sendo
feitos por outros pesquisadores da área (Zhouri et al., 2016, 2018; Milanez
et al., 2018; Vitti, 2021). A empresa utiliza desde mecanismos que imputam
às pessoas atingidas o desânimo e a descrença, fomentando a política da
resignação mencionada por Benson e Kirsch (2010) e Kirsch (2014), até as
inúmeras estratégias de burocratização, sofrimento social e mental, e viola-
ções de direitos que postergam as ações de reparação aos atingidos, que são
lançados a processos judicializados lentos e que beneficiam a empresa, de
forma similar ao que vem ocorrendo com os atingidos do desastre da Samarco
em Mariana.
É importante destacar que foram encontrados resultados que superaram
o objetivo traçado, uma vez que as circunstâncias do período de realização
da coleta de dados trouxeram novos elementos que geraram impactos dire-
tos no tema pesquisado. O surgimento de uma pandemia durante a realiza-
ção da coleta de dados, ainda que não tivesse atingido Brumadinho, não
poderia ser ignorado. Como forma de incluir e delimitar um assunto bastan-
te amplo e complexo como o da pandemia de Covid-19 dentro do escopo da
pesquisa sem comprometer o tema central e o objetivo do trabalho, optou-se
apenas por correlacionar a atuação da empresa diante de um novo desastre
no território, permitindo que a população se manifestasse, assim como no
rompimento da barragem, sobre os procedimentos que a empresa adotou
para responder ao desastre.
E, assim como no desastre-crime por ela provocado, a Vale mais uma vez
se mostrou indiferente à preservação da vida e, conforme relatado nas entre-
vistas e denunciado por veículos de comunicação, manteve suas instalações
funcionando, aumentando os níveis de contaminação por Covid-19 na cidade.
Nesse sentido, a potencialização de vulnerabilidades promovida pela empre-
sa durante a pandemia é um fator que pode interferir no processo de recu
peração do próprio desastre por ela causado e prejudicá-lo, uma vez que a
manutenção de altos índices de contaminação e de óbitos retarda a retomada
das atividades e a execução de ações de reparação.
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REFERÊNCIAS
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