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XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.
São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

RECOMENDAÇÃO PARA
IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE
CONTROLE EMERGENCIAL EM
ATENDIMENTO E RESPOSTA A
ACIDENTES INDUSTRIAIS AMPLIADOS
Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani (upe)
emilialsht@upe.poli.br
Béda Barkokébas Junior (upe)
bedalsht@upe.poli.br
Ricardo Luís Alves da Silva (upe)
ricardoluis-silva@uol.com.br
Antonio Carlos de Albuquerque Melo (upe)
mouramelo.antonio@gmail.com
João Ribeiro de Carvalho (upe)
eng.jribeiro@gmail.com

O crescente número de áreas industriais que se instalam no Brasil,


geram expectativas quanto a capacidade de resposta dos municípios e
dos estados em atender as necessidades de ações de emergências
quando da ocorrência de acidentes que extrrapolem os limites das
industrias. Este artigo tem por finalidade mostrar a necessidade da
implantação de um projeto de gestão de riscos voltado para acidentes
industriais ampliados, com a participação do estado e município,
ainda durante a etapa de projeto e implantação das zonas industriais.
Tomando como referência a zona industrial do porto de Suape, situado
no município de Ipojuca, Pernambuco, onde se instala um numero
cada vez maior de indústrias de grande porte, entre elas: estaleiro,
refinaria, indústrias que se utilizam de derivados de petróleo e demais
ramos industriais, busca-se mostrar que Ipojuca e os municípios
circunvizinhos precisam estar preparados para absorver os impactos
gerados por um acidente industrial ampliado. Baseado em estudos de
acidentes industriais ampliados já ocorridos, estudos comparativo
entre leis, normas nacionais e internacionais e recomendações
existentes sobre o assunto, observa-se a necessidade de se ampliar a
visão de risco e de elaborar um plano de resposta a emergências que
venha a envolver os industriais, os governos e a população dessa
região. O plano deverá contemplar: a identificação e análise de risco,
um centro de controle de emergência, um plano de emergência interno,
um plano de emergência externo, recursos, comunicações e a
avaliação e atualização do plano. Conclui-se assim, pela criação de
uma recomendação específica, que venha a contemplar os critérios de
segurança necessários para salvaguardar a vida dos trabalhadores e
das populações visinhas, além de evitar consequencias desastrosas
para o meio ambiente e a sociedade que fatalmente acompanham. os
acidentes industriais ampliados.

Palavras-chaves: Acidentes industriais ampliados, riscos de acidentes,


plano de resposta a emergências, segurança.

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1. Introdução
Tendo em vista o crescimento industrial que vem ocorrendo no Brasil e tomando-se como
referencia o do estado de Pernambuco, intensificado pelo PAC – Programa de Aceleração do
Crescimento, financiado pelo governo federal, diversas indústrias estão se instalando,
principalmente na zona industrial do porto de Suape, município de Ipojuca. Em função dessa
rápida industrialização que vem ocorrendo e com a certeza da realização de outros grandes
projetos, passou a ocorrer um deslocamento populacional para esse município e os
circunvizinhos. Pessoas em busca de melhores condições de vida e de trabalho passaram a
ficar sujeitas a situações de risco devido a possibilidade de ocorrência de acidentes industriais
que venham a ultrapassar os muros das indústrias.
É preciso que durante a gestão do processo de escolha de áreas para implantação de
complexos industriais, seja incorporado projetos para elaboração de um plano de resposta a
emergências para os riscos de acidentes industriais ampliados, de acordo com as necessidades
que o projeto industrial necessita, com a capacidade de resposta da região de implantação e o
envolvimento das instituições municipais, estaduais, federais e os vários segmentos sociais e
ambientais.
Freitas, Porto e Gomez (1995) destacam a dimensão do problema e o desafio que esses
acidentes industriais representam principalmente para os países de economia periférica, como
o Brasil. Campos do conhecimento técnico-científico, como a Saúde, a Engenharia e as
Ciências Sociais devem trabalhar em conjunto para enfrentar essa questão. Como propostas
para lidar com o desafio, podem ser apontadas a preparação e a aquisição, tanto para o Corpo
de Bombeiros como para os serviços de saúde e seus profissionais, de equipamentos para
situações de emergência; e a formulação de políticas públicas para prevenção desses
acidentes, passando a incluir a elaboração de planos de contingência em áreas de risco,
especialmente nas densamente povoadas.
É necessário a existência de um plano de emergência estabelecido, como têm as empresas e
como é recomendado pela Convenção nº 174 da Organização Internacional do Trabalho (OIT
174) em seu artigo 15, ratificada pelo Brasil em 2002: “Com base na informação fornecida
pelo empregador, a autoridade competente assegurará que planos e procedimentos de
emergência, contendo medidas para proteção da população e do meio ambiente fora do local
de cada instalação de riscos sejam criados, atualizados em intervalos apropriados, e
coordenados com autoridades e órgãos pertinentes” (FUNDACENTRO, 2002).
Vasconcelos (2000) apud Silva (2006a) ao discutir o papel dos setores envolvidos no
atendimento de emergência em acidentes químicos ampliados, aponta a necessidade de o
poder público assumir a responsabilidade pela saúde da população, referente ao risco
representado pela indústria de manipulação de produtos químicos tóxicos. Para tanto, um
passo fundamental consiste na implantação de planos de emergência nas regiões próximas as
instalações com riscos de acidentes ampliados, a fim de definir papéis e responsabilidades de
todos os setores envolvidos na resposta de emergência, variando em cada região que for
implantado, de acordo com as características locais.

Objetiva-se portanto, apresentar os critérios necessários para implantação de um plano de


controle emergencial em atendimento e resposta a acidentes industriais ampliados que
possam embasar ações eficazes das indústrias e dos governos federal, estadual e municipal. A
implantação de uma gestão de riscos que englobe as fases de concepção e elaboração do

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projeto e instalações deve inlcuir estratégias de ação, planejamento de atendimento e
mitigação, visando à possibilidade da ocorrência de acidentes ampliados, evitando assim
ações tardias, improvisadas e a ocorrência de danos maiores à população e oo meio ambiente.

1.1 Um breve relato histórico


Os acidentes industriais estão relacionados ao processo de industrialização e ao
desenvolvimento de novas tecnologias de produção surgido nas sociedades modernas a partir
da Revolução Industrial. Um exemplo foi a grande ocorrência de acidentes nos Estados
Unidos e na Grã-Bretanha envolvendo a máquina a vapor, símbolo do movimento, e que
registrou um elevado número de óbitos (FREITAS; PORTO; MACHADO, 2000).
A partir da Segunda Guerra Mundial, a mudança da base de carvão para o petróleo,
impulsionou o desenvolvimento da indústria química (HAGUENAUER, 1986 apud
FREITAS; PORTO; MACHADO, 2000) e o setor químico, associado ao crescimento da
economia em escala mundial e ao rápido avanço tecnológico, proporcionou o aumento das
plantas industriais e a complexidade dos processos produtivos (THEYS, 1987; UNEP, 1992
apud FREITAS; PORTO; MACHADO, 2000).
Com a globalização surge o acirramento da concorrência entre as empresas, aparecendo
problemas de armazenamento e de transporte das substâncias químicas, gerando assim, um
aumento do número de trabalhadores e de comunidades no entorno dessas indústrias e o
aparecimento de acidentes envolvendo produtos químicos tóxicos, oferecendo perigo à saúde
dos trabalhadores, da comunidade em que vivem e ao meio ambiente.
Também surgem registros de ocorrências de vários acidentes em diversos países, em
proporções elevadas, tanto em número de óbitos de trabalhadores e como de pessoas das
cidades circunvizinhas, afetadas, através da contaminação ambiental.
Acidentes industriais ou químicos ampliados são acidentes tais como explosões, incêndios e
emissões, individualmente ou combinados, envolvendo uma ou mais substâncias perigosas
com potencial de causar simultaneamente múltiplos danos ao meio ambiente e à saúde dos
seres humanos expostos (MINAYO, 2000). Entre essas indústrias encontram-se as refinarias
de petróleo que oferecem inúmeros riscos, entre eles, acidentes ampliados em todas as suas
atividades. De acordo com Glickman et al. (1992) as refinarias tiveram os maiores índices de
acidentes graves em indústrias de processo químico (IPQ) no mundo, entre 1945 e 1989, com
cinco óbitos ou mais. Os ocorridos em refinarias de petróleo corresponderam a 27% do total
de eventos e 15% do total de vítimas, sendo os trabalhadores os mais afetados.

1.2 Características dos acidentes industriais ampliados


De acordo com Freitas et al. (1995), as explosões são o tipo de acidente com maior número de
óbitos, porém os incêndios e as emissões de substâncias químicas não são menos perigosos.
Os incêndios envolvendo várias substâncias químicas produzem nuvens tóxicas que não ficam
limitadas ao local e ao tempo do acidente, ampliam-se atingindo as áreas mais próximas,
outras cidades e até outro país, bem como seus efeitos nocivos à saúde do povo e do meio
ambiente podem perdurar por muitos anos.
A liberação de energia ocasionada pelas explosões pode tomar diversas formas. Nas explosões
físicas seus efeitos são locais, mas se a explosão for química sua amplitude pode ser bem
maior e, caso venham a ocorrer incêndios, poderá ocorrer emissões de substâncias tóxicas
perigosas. Existem em ambas as formas, a possibilidade de lançamento de fragmentos. Além

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dos danos patrimoniais, estas explosões podem resultar também na morte imediata de grande
número de pessoas.
Nos incêndios, além do calor e explosões adicionais, existem ainda os riscos devido à
combustão das substâncias químicas envolvidas, resultando na emissão de múltiplos gases e
fumaças tóxicas, atingindo áreas distantes.
A combustão de PVC, por exemplo, pode gerar produtos diferentes. No incêndio do depósito
de produtos químicos da Sandoz em 1986, localizado em Schweizerhalle/Suíça, estimou-se
que no mínimo 15.000 produtos podem ter sido gerados pela combustão. (SILVA, 2006b)
As águas residuais contaminadas dos combates aos incêndios químicos são outra fonte de
riscos, tanto para as equipes de emergências que entram em contato com estas durante o
combate, como para as populações que obtêm sua água para consumo dos rios atingidos.
No incêndio da Sandoz, estimou-se que entre 10 e 30 toneladas de contaminantes foram
lançadas no rio Reno através das águas residuais, resultando na morte de grande número de
peixes numa extensão de 250 km e colocando sob risco uma população estimada em 12
milhões de habitantes distribuídos por cidades e vilas ao longo desse rio na França, Alemanha
e Holanda (SILVA, 2006b).

1.3 Graves acidentes industriais ampliados nos países em desenvolvimento (periféricos)


Através de dados obtidos no site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, CETESB
(2010a, 2010b), até os anos 70, os acidentes industriais ampliados ocorreram
predominantemente nos países que ocupavam um papel central na economia mundial e
concentravam grande parte das industrias, como a Alemanha, a França, a Bélgica, a
Inglaterra, os EUA e o Japão.
Nos anos 70, com a aceleração do processo de industrialização nos países em
desenvolvimento, principalmente na América Latina e Ásia, verificou-se um crescimento e
agravamento dos acidentes industriais ampliados.
No ano de 1984, Vila Socó (Brasil) e San Juan de Ixhuatepec (México), na América Latina,
Bophal (Índia) na Ásia e Seveso (Suíça), foram cenários dos maiores acidentes industriais
ampliados registrados após a II Guerra Mundial em termos de óbitos (SILVA, 2006a).

1.3.1 Vila Socó - SP (CETESB, 2010a)


Os moradores moradores da Vila Socó(atual Vila São José) em 24 de fevereiro de 1984
por volta das 22h30 , Cubatão/SP, perceberam o vazamento de gasolina em um dos
oleodutos da Petrobrás que ligava a Refinaria Presidente Bernardes ao Terminal de
Alemoa. A tubulação passava em região alagadiça, em frente à vila constituída por
palafitas. Na noite do dia 24, um operador alinhou inadequadamente e iniciou a
transferência de gasolina para uma tubulação (falha operacional) que se encontrava
fechada, gerando sobrepressão e ruptura da mesma, espalhando cerca de 700 mil litros
de gasolina pelo mangue. Muitos moradores visando conseguir algum dinheiro com a
venda de combustível coletaram e armazenaram parte do produto vazado em suas
residências. Com a movimentação das marés o produto inflamável espalhou-se pela
região alagada e cerca de 2 horas após o vazamento, aconteceu à ignição seguida de
incêndio. O fogo se alastrou por toda a área alagadiça superficialmente coberta pela
gasolina, incendiando as palafitas. Conforme a CETESB, o número oficial de mortos é
de 93, porém algumas fontes citam um número extra-oficial superior a 500 vítimas

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fatais (baseado no número de alunos que deixou de comparecer à escola e a morte de
famílias inteiras sem que ninguém reclamasse os corpos), dezenas de feridos e a
destruição parcial da vila.

1.3.2 Seveso CETESB, 2010b)


No dia 1º de novembro de 1986, a água usada para debelar um grande incêndio na
fábrica Sandoz, na Suíça, carregou produtos altamente tóxicos para o rio, matando por
envenenamento todos os seres vivos no Alto Reno.
O incêndio que começou na noite de 1° de novembro de 1986, na fábrica da Sandoz, em
Basiléia (Suíça), abalou a confiança da população européia na indústria química. Em
poucos minutos, os seis mil metros quadrados do depósito 956 foram consumidos pelas
chamas. Mais de mil toneladas de inseticidas, substâncias à base de uréia e mercúrio
transformaram-se em nuvens tóxicas incandescentes. Tambores de produtos químicos
explodiram no ar como se fossem granadas.
O cenário foi tão assustador que as autoridades de segurança pública, pela primeira vez
desde a Segunda Guerra Mundial, deram alarme geral na região de Basiléia. Os
moradores da vizinhança foram obrigados a fechar as janelas e permanecer dentro de
casa. Quatrocentas mil pessoas estavam em perigo. Diretamente ao lado do prédio em
chamas, havia um depósito de sódio e fosgênio (cloreto de carbonila) - gás tóxico,
utilizado como arma mortífera na Primeira Guerra Mundial.
Milhares de suíços reagiram com manifestações contra a indústria química, responsável
por 50% dos empregos em Basiléia. Embora não houvesse mortos e feridos entre os
seres humanos, a vítima fatal do acidente foi a natureza. A água usada para apagar o
incêndio dissolveu e arrastou para o Reno 30 toneladas de produtos químicos,
principalmente agrotóxicos.
Nos dias seguintes, morreram os seres vivos do rio, que abastece as cidades às suas
margens, da Basiléia a Rotterdã (Holanda), com água potável. Entre Basiléia e
Karlsruhe (na Alemanha) foram encontradas mais de 150 mil enguias mortas. O rio
estava ecologicamente morto após a maior catástrofe já ocorrida no Alto Reno.
Após o acidente, a Sandoz construiu enormes bacias de decantação ao longo do Reno,
preparadas também para a retenção de efluentes em caso de incêndio. Antes de 1986, a
indústria despejava milhões de metros cúbicos de esgoto no Reno, a cujas margens estão
instaladas 20% das empresas do setor químico da Europa. Hoje, os efluentes são
controlados e tratados pelos laboratórios das próprias fábricas.
Além de um profundo arranhão na imagem, a Sandoz teve um prejuízo de 140 milhões
de marcos com o incêndio (60 milhões somente para a recuperação do solo
contaminado). O Reno recebeu um leito parcialmente novo.
Os efeitos imediatos à saúde das pessoas se limitaram ao surgimento de 193 casos de
Cloroacne (doença de pele atribuída ao contato com a dioxina). Os efeitos à saúde de
longo prazo ainda são monitorados.

1.3.4 Outros casos


Em San Juan de Ixhuatepec, na madrugada de 19 de novembro, um vazamento de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP), em um dos tanques de estocagem da Petróleos Mexicanos

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(Pemex), ocasionou uma explosão, seguida de uma série de incêndios e explosões
subseqüentes, resultando no registro de 550 óbitos (CETESB, 2010c).
Desses acidentes, o de Bophal foi o mais grave já registrado, e tem se constituído no protótipo
do acidente químico ampliado nos países de economia periférica. Em Bophal, no fim da noite
de 2 dezembro de 1984, iniciou-se um vazamento em um tanque de armazenamento da
indústria americana Union Carbide, contendo cerca de 41 toneladas de metil-isocianato. As
conseqüências desse acidente sobre a população vizinha a aquela indústria ainda são objeto de
dúvidas e controvérsias. Embora o número oficial de óbitos imediatos registrados nesse
acidente tenha sido de 2.500, as estimativas extra-oficiais variam entre 1.800 e 20.000. O
número total de expostos e afetados pela nuvem varia entre 100.000 e 200.000, e o número de
lesionados com disfunções pulmonares é estimado em torno de 20.000 (CETESB, 2010d).

2. Metodologia
Do ponto de vista acadêmico, o município de Ipojuca (PE), localizado na região metropolitana
de Recife, configura um ótimo exemplo para a aplicação de um processo de gestão de riscos
de acidentes industriais uma vez que se encontra em construção em sua área urbana a
Refinaria Abreu e Lima – PETROBRAS, única refinaria de petróleo de Pernambuco. Foram
instaladas até o momentomais de 69 indústriasentre elas: Amanco Brasil S/A, Bahiana
Distribuidora de Gás Ltda., Braspack Embalagens do Nordeste S/A., Companhia Brasileira de
Petróleo Ipiranga, Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco S/A - CITEPE, Copagás
Distribuidora de Gás Ltda., Emplal - Embalagens Plásticas, Esso Brasileira de Petróleo S/A.,
Estaleiro Atlântico Sul, Filmflex Indústria e Comércio de Embalagens Plásticas Ltda. S/A.
(Filmplastic), Liquigás Distribuidora S/A., Minasgás Participações S/A., M&G Polímeros
Brasil S.A., Nacional Gás Butano Distribuidora S/A., Petrobras Distribuidora S/A., Petróleo
Suape Ltda., Petroquímica Suape S/A, Shell do Brasil S/A, Suape Têxtil S/A., Tequimar -
Terminal Químico Aratu S/A., Termopernambuco S/A., Texaco do Brasil S/A, que trazem
consigo todos os benefícios e problemas do processo de desenvolvimento industrial ocorrido
no país nas últimas décadas.
Tendo como base uma extensa revisão bibliográfica sobre o tema e a analise comparativa
entre as normas nacionais e internacionais existentes foram e escolhidos os critérios que
devem ser incluidos na elaboração de um Plano de Controle de Emergência, PCE e que
possam embasar a elaboração de normas específicas para a região industrial de Ipojuca.

3. Normatizações Nacionais e Internacionais


Após o acidente de Seveso, a Comunidade Econômica Européia – CEE adotou uma série de
medidas visando à prevenção de acidentes tecnológicos e industriais, e, em 24 de junho de
1982, publica oficialmente a “Diretiva de Seveso”, sendo o primeiro grande acordo sobre o
tema. Conforme a diretiva, os países da Comunidade Econômica Européia acordaram em
implantar programas preventivos em busca de evitar a ocorrência de acidentes maiores
(diretiva 96/82/CE, Diretiva de Seveso, 1982). Em 1996 essa diretiva foi alterada para
“Diretiva de Seveso II” (CEE, 1996), onde passou a tratar também de: substâncias ecotóxicas,
planos internos e externos, sistema de gestão e relatórios de segurança.
A Organização Internacional do Trabalho – OIT, na conferência geral em Genebra, em 02 de
agosto de 1993, aprovou a convenção 174, que trata de acidentes industriais maiores, tendo
como principais objetivos prevenir a ocorrência e minimizar os riscos dos acidentes maiores e
seus efeitos, fornecendo uma serie de recomendações para implantação de programas de

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prevenção de acidentes maiores em instalações industriais, e contemplando ações a serem
adotadas pelos governos, indústrias e trabalhadores.
Anteriormente, na década de 80, o Conselho Europeu das Federações das Indústrias Químicas
(CEFIC), a Associação das Indústrias Químicas dos Estados Unidos (CMA) e o Departamento
de Indústria e Meio Ambiente (IEO) do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP)
criaram o APELL – Awareness and Preparededness for Emergencies at Local Level (alerta e
preparação de comunidades para emergências locais). O APELL é direcionado aos perigos
industriais e a movimentação de materiais de risco para a comunidade local dividindo-se em
duas partes: a conscientização da comunidade e o plano de atendimento a situações de
emergência (REGO, 2002).

3.1 A cronologia das normas e recomendações a partir da década de 90


Uma seqüência de Normas e recomendações começam a surgir a partir da década de 90:
 Em 1992, na Conferencia das Nações Unidas ocorrida no Rio de Janeiro, foi previsto no
capítulo 19 da Agenda 21, ações relacionadas com problemas decorrentes dos produtos
químicos perigosos destacando-se os programas para redução de riscos, onde os países
com apoio de organizações internacionais estabeleçam as regulamentações necessárias à
prevenção e preparação para esses acidentes e as medidas de respostas para fazer frente aos
mesmos;
 A Organização Internacional do Trabalho (OIT), na sua conferencia geral em Genebra, em
1993, aprovou a convenção 174, que trata da prevenção de acidentes industriais maiores;
 A NBR ISO 14001 que trata sobre Sistema de gestão ambiental – Requisitos com
orientações para uso é lançada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (1996 e
revisada em 2004) e apresenta em uma das suas seções (4.4.7), à necessidade de
preparação e atendimento a emergências;
 A NBR 14004 que trata sobre Sistema de gestão ambiental – Diretrizes gerais sobre
princípios, sistemas e técnicas de apoio, norma da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (1996, corrigida em 2007), na seção 4.3.3.4 especifica as ações de apoio
necessárias para a preparação e o atendimento a emergência;
 A OIT em 2001 publicou a ILO-OSH 2001 (Guidelines on Occupational Safety and Health
Management Systems) Diretrizes de sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho,
onde apresenta recomendações para prevenção, preparação e atendimento a situações de
emergências;
 No Brasil, em 15.01.02, a Presidência da Republica sancionou o Decreto 4.085 ratificando
a Convenção 174 da OIT, passando a vigorar em 02.08.02, nove anos após a sua
aprovação.

A legislação nacional através da lei 6514/77, nas normas reguladoras NR22, NR23 e NR29
(BRASIL, 2010), mostram uma preocupação com os aspectos emergenciais nas diversas
atividades industriais, principalmente em relação aos recursos materiais, formação de pessoal
para combate a incêndio e primeiros socorros, uso de sistemas de alerta e alarmes, como para
elaboração do plano de controle de emergência – PCE.

3.2 Variáveis entre as normas, regulamentações e leis

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De acordo com os estudos efetuados por Silva (2006a, 2006b) e levantamentos de dados
efetuados, foram selecionados os elementos considerados mais importantes para conter na
elaboração de um plano de atendimento e resposta a emergências, conforme apresentado a
seguir.
Conforme o artigo 9 da convenção 174 da OIT (FUNDACENTRO, 2002), em seu item “d”,
os planos e procedimentos de emergência compreendem:
 Preparação de planos e procedimentos de emergência, com procedimentos médicos de
emergência para ser aplicado no local em caso de acidente maior ou de risco de acidente
maior, com uma verificação e avaliação periódica de sua eficácia e revisão sempre que
necessário;
 Informar sobre possíveis acidentes e os planos de emergências locais, às autoridades e aos
demais órgãos envolvidos e encarregados dos planos e procedimentos para proteger a
população e o meio ambiente na parte externa da instalação;
 Disponibilizar canais de informações com as autoridades e os demais órgãos envolvidos e
encarregados dos planos e procedimentos para proteger a população e o meio ambiente na
parte externa da instalação, com o intuito de subsidiar os planos de emergências
industriais.

Já o manual APELL tem como principais objetivos, criar ou incrementar o alerta ao publico
quanto à existência de possíveis perigos na comunidade, estimular o desenvolvimento de
planos de cooperação para responder as emergências locais, estimular as ações voltadas para a
prevenção de acidentes, dividindo-o em dez etapas (ABIQUIM, 1990), são elas:
 Identificar os participantes do plano e estabelecer suas funções, recursos e
responsabilidades;
 Avaliar riscos e perigos que possam resultar em situações de emergência na comunidade;
 Rever os planos individuais dos participantes, no sentido de se conseguir um atendimento
adequado e coordenado;
 Identificar as tarefas de atendimento exigidas e não cobertas pelos planos já existentes;
 Combinar tais tarefas com recursos disponíveis, oferecidos pelos participantes;
 Providenciar as mudanças necessárias para melhorar os planos já existentes, integrá-los ao
plano da comunidade e conseguir a aceitação do mesmo;
 Providenciar a redação do plano da comunidade e submetê-lo à aprovação governamental;
 Cientificar os grupos participantes sobre o plano integrado e assegurar o treinamento
necessário;
 Estabelecer procedimentos para testes periódicos, revisão e atualização do plano;
 Cientificar e treinar a comunidade em geral, com relação ao plano integrado.

A normatização nacional, através da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT


possui as normas NBR ISO 14001 (2004) e a NBR ISO 14004 (2007), item 4.4.7, falam da
preparação e resposta às emergências, a norma sobre programa de Brigada de Incêndio (NBR
14276), estabelece condições para a criação de um programa de Brigada de Incêndio aplicável

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aos estabelecimentos comerciais, industriais, de serviço e os destinados às habitações (ABNT,
1999) e a Norma Regulamentadora (BRASIL, 2010) do MTE, NR22, versa sobre Saúde
Ocupacional na Mineração, especifica com maior nível de detalhes os procedimentos para
controle de emergências, intitulado “Operações de Emergências”.
No item 22.32.1 diz: “Toda mina deverá elaborar, implementar e manter atualizado um plano
de emergência que inclua, no mínimo, os seguintes requisitos”:
a) Identificação de riscos maiores;
b) Normas de procedimentos para operações em caso de:
I. Incêndios;
II. Inundações;
III. Explosões;
IV. Desabamentos;
V. Paralisação do fornecimento de energia para o sistema de ventilação;
VI. Acidentes maiores
VII. Outras situações de emergência em função das características da mina, dos
produtos e dos insumos utilizados;
c) Localização de equipamentos e materiais necessários para as operações de
emergência e prestação de primeiros socorros;
d) Descrição da composição e os procedimentos de operação de brigadas de emergência
para atuar nas situações descritas nos incisos I a VII;
e) Treinamento periódico das brigadas de emergência;
f) Simulação periódica de situações de salvamento com a mobilização do contingente da
mina afetada pelo evento;
g) Definição de áreas e instalações constituídas e equipadas para refugio das pessoas e
prestação de primeiros socorros;
h) Definição do sistema de comunicação e sinalização de emergência, abrangendo o
ambiente interno e externo;
j) A articulação da empresa com órgãos da defesa civil.
Nos itens seguintes da NR 22 (BRASIL, 2010), fica definido que:
22.32.1.1 Compete ao supervisor conhecer e divulgar os procedimentos do plano de
emergência a todos os seus subordinados.
22.32.2 A empresa proporcionará treinamento semestral específico à brigada de
emergência, com aulas teóricas e aplicações praticas.
22.32.3 Devem ser realizadas, anualmente, simulações do plano de emergência com a
mobilização do contingente da mina diretamente afetado.
Já o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA publicou a Resolução 293 que
dispõe sobre o Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo e orienta
a sua elaboração conforme conteúdo mínimo descrito (CONAMA, 2006):

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1. Identificação da instalação;
2. Cenários acidentais;
3. Informações e procedimentos para resposta;
3.1 Sistemas de alerta de derramamento de óleo;
3.2 Comunicações do incidente;
3.3 Estrutura organizacional de resposta;
3.4 Equipamentos e materiais de resposta;
3.5 Procedimentos operacionais de resposta;
3.5.1 Procedimentos para interrupção da descarga de óleo;
3.5.2 Procedimentos para contenção do derramamento de óleo;
3.5.3 Procedimentos para proteção de áreas vulneráveis;
3.5.4 Procedimentos para monitoramento da mancha de óleo derramado;
3.5.5 Procedimentos para recolhimento do óleo derramado;
3.5.6 Procedimentos para dispersão mecânica e química do óleo derramado;
3.5.7 Procedimentos para limpeza das áreas atingidas;
3.5.8 Procedimentos para coleta e disposição dos resíduos gerados;
3.5.9 Procedimentos para deslocamento dos recursos;
3.5.10 Procedimentos para obtenção e atualização de informações relevantes;
3.5.11 Procedimentos para registro das ações de resposta;
3.5.12 Procedimentos para proteção das populações;
3.5.13 Procedimentos para proteção da fauna;
4. Encerramento das operações;
5. Mapas, cartas náuticas, plantas, desenhos e fotografias;
6. Anexos.
Diante do estudo ora apresentado foi selecionado para um estudo comparativo, a norma
nacional NR 22 e a resolução 293 do CONAMA, que são os documentos que melhor
detalham as ações de um plano de controle emergencial – PCE, e em nível internacional
foram escolhidos a Diretiva de Seveso II, o programa APELL e o código de práticas da OIT.

4. Resultados
Levando em consideração os requisitos apresentados na maioria das normas e leis que versam
sobre Acidentes Ampliados, foi elaborado um estudo comparativo dos sete eventos principais
considerados como condição para composição de um PCE, como segue abaixo:

a) Identificação e análise de risco;


b) Centro de controle de emergência;
c) Plano de emergência interno;

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d) Plano de emergência externo;
e) Recursos;
f) Comunicações;
g) Avaliação e atualização do plano.

Na Tabela 1 apresenta-se o resultado de atendimento das normas nacionais e internacionais.

REQUISITOS NR 22 CONAMA SEVESO II OIT APELL


a) Identificação e análise de risco SIM NÃO NÃO SIM SIM
b) Centro de controle de NÃO NÃO NÃO SIM NÃO
emergência
c) Plano de emergência interno SIM SIM SIM SIM SIM
d) Plano de emergência externo SIM SIM SIM SIM SIM
e) Recursos SIM SIM SIM SIM SIM
f) Comunicações SIM SIM SIM SIM SIM
g) Avaliação e Atualização do Plano SIM NÃO SIM SIM SIM
O
N DE REQUISITOS ATENDIDOS 6 4 5 7 6

Tabela 1 – Comparação para atendimento dos requisitos entre as normas nacionais e internacionais

De acordo com o resultado apresentado, observa-se que entre as normas nacionais e


internacionais, o código de praticas da OIT atende plenamente a todos os requisitos elencados.
Tomando como base o estudo bibliográfico apresentado e o estudo comparativo entre as
normas nacionais e internacionais, pode-se recomendar alguns requisitos para a elaboração de
um plano de controle de emergência, para as zonas industriais dos municípios brasileiro que
não tenham um PCE:1 Estudo de analise de risco, com o objetivo de identificar os possíveis
cenários;

2 Formação de um grupo de coordenação para elaborar o PCE, com a participação de


representantes do governo, das indústrias, dos operários e da comunidade, incluindo no
PCE:
2.1 Procedimentos de alarme e de comunicação;
2.2 Formação da brigada de emergência;e
2.3 Investimento em qualificação profissional e em aquisição de equipamentos, para
atender todas as ações de suporte do plano, seja do setor privado ou do setor público.
3 Criação de um centro de controle de emergência; e
4 Adoção de exercícios simulados para a validação e controle periódico dos procedimentos.

5. Conclusão
No estudo comparativo entre as normas nacionais e internacionais foi verificado que apenas o
código de praticas da convenção 174 da OIT atende todos os critérios estabelecidos no estudo.
Como a mesma é reconhecida pela legislação brasileira, procurou-se mostrar a necessidade de
sua regulamentação e da elaboração de um Plano de Controle Emergencial.

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Evidencia-se a necessidade de elaboração de um projeto de gestão de controle de acidentes
ampliados, por parte das autoridades governamentais, desde a concepção do projeto de
criação da zona industrial. É fundamental, portanto, que as indústrias que apresentam um
possível cenário de um acidente ampliado venham a ter a participação em ações e custeio para
a manutenção do PCE.
Este artigo pretende contribuir como elemento para a criação de uma norma regulamentar
específica, que venha a contribuir também para uma legislação que possa investir em projetos
estruturadores da região que incentiveinvestimentos nas áreas de saúde, segurança e ação
social.

Referencias
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