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DIREITO

CONSTITUCIONAL
Poder Executivo

PDF SINTÉTICO

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240115065456

ARAGONÊ FERNANDES

Juiz de Direito do TJDFT. Foi promotor de Justiça do MPDFT. Foi assessor de ministros
em Tribunais Superiores. Aprovado em diversos concursos. Professor de Direito
Constitucional exclusivo do Gran. Coordenador da Gran Pós. Autor de obras jurídicas.
Fundador do Canal Sai Pobreza. Palestrante.

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Poder Executivo
Aragonê Fernandes

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Poder Executivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Chefia de Estado x Chefia de Governo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Presidente e Vice-Presidente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1. Atribuições do Presidente da República . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2. Responsabilidade do Presidente da República . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3. Ministros de Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

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APRESENTAÇÃO
Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna
a tarefa ainda mais árdua.
Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções
de áreas variadas.
No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso
público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder!
Foi pensando nisso que esta obra nasceu.
Você tem em suas mãos um PDF sintético!
Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De
igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova
e garantir a aprovação que tanto busca!
Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por
exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou
proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei
de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos.
Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante
muito tempo.
Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência,
e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um
jeito mais fácil, mais didático.
Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador
do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de
justiça e juiz de direito.
Usei toda essa experiência, de 16 anos como concurseiro, e de outros tantos ensinando
centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa
efetivamente te atender.
O PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação!

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PODER EXECUTIVO
Aqui, o ponto alto são as atribuições e responsabilidades do Presidente, bem como
questões relativas à forma e sistema de governo ou à chefia de Estado e chefia de governo.
Vamos começar definindo alguns conceitos essenciais. Veja:
Panorama da realidade brasileira atual
Brasil foi estado unitário até 1891
Forma de Estado Federação
(nunca fomos confederação)
Forma de Governo República Brasil foi Monarquia até 1891
Brasil teve parlamentarismo em dois momentos:
Sistema de Governo Presidencialismo 1) época do Império, com o Príncipe Regente
2) entre 1961-63
Regime de Governo Democracia Brasil viveu ditadura militar, iniciada em 1964

Vou esmiuçar um pouco mais a distinção entre as formas de governo:


República Monarquia
Eletividade Hereditariedade
Temporalidade Vitaliciedade
Representatividade popular (o povo escolhe seu Ausência de representatividade popular (o critério
representante) para definição do rei é a linhagem familiar)
Responsabilização dos governantes (inclusive por Inexistência de responsabilidade dos governantes
crime de responsabilidade - impeachment) (the king can do no wrong – o rei não pode errar).

Hora de compararmos os sistemas de governo:


Presidencialismo Parlamentarismo
Independência entre os Poderes nas funções Regime de colaboração; de corresponsabilidade entre
governamentais. Legislativo e Executivo.
Primeiro-Ministro só permanece na chefia de governo
Governantes (executivo e legislativo) possuem enquanto possuir maioria parlamentar.
mandato certo. Mandato dos parlamentares pode ser abreviado, caso
haja a dissolução do parlamento.
Há um só chefe do executivo (presidente ou monarca), Chefia do Executivo é dual, já que exercida pelo
que acumula as funções de chefe de Estado e chefe Primeiro-Ministro (chefe de governo), juntamente
de governo. com o Presidente ou Monarca (chefes de Estado).
A responsabilidade do governo é perante o
A responsabilidade do governo é perante o povo.
parlamento.

Um ponto importante: atualmente se discute a possível implantação do


semipresidencialismo, sistema que vigora em alguns países, a exemplo de Portugal e França.

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Ele ficaria numa posição intermediária entre o presidencialismo e o parlamentarismo.


Haveria o compartilhamento de atribuições entre Presidente (chefe de Estado) e Primeiro-
Ministro (chefe de governo), mas, diferentemente do parlamentarismo, o Presidente da
República teria mais poder. Isso porque ele não é só chefe de Estado, podendo nomear o
Primeiro-Ministro, dissolver o Parlamento, propor leis, controlar a política externa do país,
escolher alguns funcionários do alto escalão etc.
Como em qualquer outra discussão, há críticos e defensores à implantação, que dependeria
de emenda à Constituição ou nova Constituinte.
VANTAGENS DO SEMIPRESIDENCIALISMO DESVANTAGENS DO SEMIPRESIDENCIALISMO
- Maior equilíbrio entre os Poderes Executivo e Legislativo; - As crises enfrentadas pelo regime político brasileiro
- Maior eficiência para solucionar crises políticas, ao são decorrentes de fatores bastante complexos, não
permitir a troca de comando. resolvidos pela simples troca de comando.

1. CHEFIA DE ESTADO X CHEFIA DE GOVERNO


Agora que você já sabe que nosso Presidente da República acumula as funções de Chefia
de Estado e Chefia de Governo, quero fazer novo detalhamento. Confira:
CHEFIA DE ESTADO CHEFIA DE GOVERNO
Prerrogativa exclusiva do Presidente da República, Prerrogativa se estende aos outros chefes de governo
não se estendendo aos outros chefes de governo. (governadores e prefeitos).
Ex: imunidade à prisão e a processo por atos Ex: organizar a administração pública, expedir
estranhos ao exercício do mandato. decretos regulamentares.
Atuação “Brasil para dentro”.
Atuação “Brasil para fora”.
Ex: encaminhar projeto de lei reajustando
Ex: celebrar tratados internacionais e declarar
remuneração dos servidores do Executivo e edição
guerra.
de medida provisória.

2. PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE
O mandato é de quatro anos. Atualmente, pode haver uma reeleição (desde a EC 16/97).
O que fazer em caso de dupla vacância?
Dupla vacância de Presidente e Vice-Presidente (não importa motivo)
Faltando MAIS de 2 anos para término do mandato Faltando MENOS de 2 anos para término do mandato
Eleições indiretas, no prazo de 30 dias. Congresso
Eleições diretas, no prazo de 90 dias. Povo escolhe.
Nacional escolhe.

Cuidado, pois para a dupla vacância de governador e prefeito a solução é outra. Veja:

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Dupla vacância de governador e prefeito por motivos eleitorais


Faltando MAIS de seis meses para término do Faltando MENOS de seis meses para término do
mandato mandato
Eleições diretas Eleições indiretas
Observações:
1) se a dupla vacância não tiver razão eleitoral (ex.: morte), valerá a regra prevista na Constituição Estadual
ou na lei orgânica, por conta da autonomia do ente.
2) em nenhum caso a norma estadual ou municipal poderá suprimir a realização de eleições (sejam diretas
ou indiretas) em caso de dupla vacância (ADI 7.142).

A eleição é pelo sistema majoritário complexo. Isso significa que se no 1º turno o mais
votado não conseguir maioria absoluta dos votos válidos (despreza brancos e nulos),
haverá 2º turno.
SISTEMA MAJORITÁRIO SIMPLES SISTEMA MAJORITÁRIO COMPLEXO
Eleições de senador e de prefeitos nas cidades com Eleições de presidente, governador e de prefeitos
até duzentos mil eleitores. nas cidades com mais de duzentos mil eleitores.
Há possibilidade de 2º turno, se ninguém atingir
Não há possibilidade de 2º turno.
maioria absoluta dos votos válidos.

Vamos diferenciar agora o que fazer em caso de impedimento e vacância:


IMPEDIMENTO VACÂNCIA
Ausência temporária Ausência definitiva
(viagem, doença) (morte, impeachment)
Presidente é substituído pelo Vice, pelo
Presidente da CD, Presidente do SF e Presidente
Presidente é sucedido pelo Vice-Presidente
do STF
(ordem de vocação sucessória)

A EC 111/2021 acrescentou uma mudança que valerá apenas a partir de 2.027: a posse
para o cargo de Presidente da República será dia 05 de janeiro e a dos governadores no dia
06 de janeiro. Tudo para facilitar a vinda de autoridades de outros países.
Mais uma coisa: se o Presidente ou Vice precisarem se ausentar do país por mais de 15
dias há necessidade de autorização do Congresso nacional, sob pena de perda do cargo.
Essa regra vale do mesmo jeitinho na esfera estadual e municipal (ADI 738).

2.1. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


O artigo 84 da Constituição traz um rol exemplificativo (comporta ampliação) de
atribuições do Presidente.
Vou reunir aqui embaixo as atribuições principais, com alguns comentários ao final, ok?

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ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


DESTAQUES
- Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.
- Vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
- Manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos.
- Celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
- Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do
Banco Central e outros servidores, quando determinado em lei.
- Conferir condecorações e distinções honoríficas.
- Prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa,
as contas referentes ao exercício anterior.
- propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional.
ATRIBUIÇÕES DELEGÁVEIS AO PGR, AGU E AOS MINISTROS DE ESTADO:
1 – dispor, mediante decreto (autônomo):
a) sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos.
b) sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
2 – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
3 – prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei (a delegação é só quanto a prover, não a
extinguir). Não se esqueça: quem pode prover, pode improver (demitir).
OBSERVAÇÕES
1) O Presidente edita decretos autônomos (atos normativos primários) e decretos regulamentares (atos
normativos secundários). Os autônomos se sujeitam a controle de constitucionalidade, enquanto os
regulamentares a controle de legalidade.
2) O Presidente não sanciona, não veta, não promulga e não publica emendas à Constituição.
3) O veto presidencial pode ser político (contrário ao interesse público) ou jurídico (controle de constitucionalidade).
4) O veto não pode ser questionado por meio de ADPF (ADPF 1).
5) Uma vez aposto o veto, não pode haver novo veto quando a lei já tiver sido promulgada. Nesse caso,
acontecerá a preclusão (ADPF 714).
6) Se houver aumento de despesa, criação ou extinção de órgãos públicos, o instrumento correto será a lei
(ou medida provisória, se for o caso), e não o decreto autônomo.
7) Indulto, comutação e graça são formas de perdão concedidos pelo Presidente da República. A anistia é dada
pelo Legislativo. Se envolver servidores do Executivo estadual, o projeto de lei precisa nascer de iniciativa do
governador (ADI 4.928).
8) Cabe ao PR propor e ao CN a decretação do estado de calamidade pública (inovação trazida pela EC
109/21, em meio ao Coronavírus, que tem sido bastante cobrada).
9) A incorporação de tratados em nosso ordenamento é ato complexo, que conta com a manifestação do
Executivo e do Legislativo. Tanto para tratado ingressar no ordenamento quanto para ele ser denunciado é
necessária a participação do Presidente e do Congresso (ADI 1.625).

2.2. RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Quem julga o Presidente da República? Depende...

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SITUAÇÃO FORO COMPETENTE


Infrações penais comuns (abrange crimes comuns,
STF
militares, eleitorais e contravenções penais)
Crimes de responsabilidade (impeachment) Senado Federal
Presidente não se sujeita à LIA. Para ele, ato contra
Improbidade administrativa a probidade é tida como crime de responsabilidade
(artigo 85, V)
Ações populares, ações civis públicas, ações cíveis
1ª Instância
e trabalhistas
Observações:
1) regras de impedimento e suspeição não se aplicam aos processos de impeachment (MS 21.623).
2) a votação deve ser aberta, tanto para a CD autorizar a abertura de processo quanto para o SF julgar nos
crimes de responsabilidade (ADPF 378).
3) Não cabe ao Judiciário determinar que Presidente da CD analise a viabilidade dos pedidos de impeachment
que chegam à Casa. Nesse caso, a análise é política (MS 38.034).

Vou aproveitar e lembrar quem julga os outros Chefes do Executivo:


AUTORIDADE CRIMES COMUNS CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Tribunal especial previsto na Lei n. 1.079/50.
É composto por 11 integrantes:
GOVERNADOR STJ - Presidente do TJ
- 5 Desembargadores
- 5 Deputados estaduais/distritais

Próprios: são as infrações de natureza política


TJ/TRF/TRE (impeachment). Julgamento pela câmara municipal.
PREFEITO (depende da natureza
da infração) Impróprios: são punidos com pena privativa de liberdade.
Julgamento caberá ao TJ/TRF/TRE, a depender da natureza
da infração.

Outra coisa: para abrir processo contra o Presidente é necessária autorização de dois terços
dos membros da Câmara dos Deputados. Isso se aplica a crimes comuns e de responsabilidade.
Por ser uma prerrogativa de chefe de Estado, a autorização do Legislativo para abertura
de processo no crime comum não é necessária para governadores e prefeitos (ADI 5.540).
Em outras palavras, para processar criminalmente um governador não haverá licença
da Assembleia Legislativa. O recebimento da denúncia, a prisão cautelar ou outras medidas
serão decididas fundamentadamente pelo STJ.
Legislar sobre direito processual é competência da União. Assim, a definição dos crimes
de responsabilidade e o estabelecimento das normas de processo e julgamento são privativas
da União, mesmo quando envolvam governadores ou prefeitos (SV 46).
A condenação no impeachment é política, e não penal. Ela autoriza a imposição de duas
sanções: perda da função pública e inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública.

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AFASTAMENTO DO PRESIDENTE
Crimes comuns Crimes de responsabilidade
Se o STF receber a denúncia ou queixa-crime Se o Senado instaurar o processo
Observação: em ambos os casos, o afastamento não pode durar mais que 180 dias. Se o processo não
tiver acabado, Presidente retorna ao cargo, mas processo seguirá.

Vou falar agora sobre a imunidade a prisão e a processo, regras aplicáveis exclusivamente
ao Presidente, por ser nosso chefe de Estado:
Presidente só pode ser preso após prolação de sentença. Não cabe prisão em
Imunidade a Prisão
flagrante, temporária ou preventiva.
Na vigência do mandato, Presidente não pode ser processado por atos estranhos
Imunidade a processo
ao exercício das funções (cometidos antes ou durante mandato).
Com o fim do mandato, os processos que estavam parados voltam a tramitar na 1ª instância.

3. MINISTROS DE ESTADO
Vou mandar logo de cara uma tabela para agilizar as coisas:
MINISTROS DE ESTADO
Idade mínima 21 anos
Precisa ser brasileiro nato? Não, exceto o Ministro da Defesa
Crimes comuns STF
Quem vai julgá-los? CR s/ conexão com PR ou VICE-PR STF
CR c/ conexão com PR ou VICE-PR Senado

Veja agora as diferenças entre o AGU e demais Ministros de Estado:


Ministro de Estado AGU
Idade mínima 21 anos 35 anos
Em regra, no STF. Só vai para o
Foro para julgamento em crime Sempre no Senado, havendo ou
Senado se houver conexão com
de responsabilidade não conexão
PR ou Vice-PR.

As atribuições dos Ministros de Estado estão no artigo 87 da Constituição. Duas


merecem destaque:
Atribuições principais dos Ministros de Estado
- Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
- Apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério.

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4. CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA


NACIONAL
Ambos são órgãos superiores de consulta do Presidente da República. Vou sistematizar
as diferenças entre eles:
Conselho da República Conselho de Defesa Nacional
- Opinar nas hipóteses de declaração de guerra
e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;
- Opinar sobre a decretação do estado de defesa,
do estado de sítio e da intervenção federal;
- Propor os critérios e condições de utilização
Pronunciar-se sobre intervenção federal,
de áreas indispensáveis à segurança do
estado de defesa e estado de sítio, além de
Atribuições território nacional e opinar sobre seu efetivo
questões relevantes para a estabilidade
uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
das instituições democráticas.
relacionadas com a preservação e a exploração
dos recursos naturais de qualquer tipo;
- E s t u d a r, p ro p o r e a c o m p a n h a r o
desenvolvimento de iniciativas necessárias a
garantir a independência nacional e a defesa do
Estado democrático.
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos
Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
I – o Vice-Presidente da República;
IV – os líderes da maioria e da minoria na
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
V – os líderes da maioria e da minoria no
IV – o Ministro da Justiça;
Senado Federal;
Composição V – o Ministro da Defesa;
VI – o Ministro da Justiça;
VI – o Ministro das Relações Exteriores;
VII – seis cidadãos brasileiros natos, com
VII – o Ministro do Planejamento;
mais de trinta e cinco anos de idade,
VIII – os Comandantes da Marinha, do Exército
sendo dois nomeados pelo Presidente
e da Aeronáutica.
da República, dois eleitos pelo Senado
Federal e dois eleitos pela Câmara dos
Deputados, todos com mandato de três
anos, vedada a recondução.
Observações:
1) Estados podem criar Conselhos de Governo, nos moldes do Conselho da República. Porém, a composição
desse conselho precisa guardar simetria com o modelo federal, sem a presença, por exemplo, do PGJ e dos
presidentes do TJ e do TCE (ADI 106).
2) Mesmo que terra indígena esteja situada em região de fronteira a manifestação do Conselho de Defesa
Nacional não será requisito de validade para a demarcação (MS 25.483).

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