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O que é estética?
A estética, vem do grego aisthesis (sentimento, sensação, sentir), é uma área da filosofia que estuda
a beleza e as sensações causadas pelas obras de arte. O termo foi introduzido por Baumgarten em
1735 para descrever a perfeição do conhecimento sensível. O termo “estética” apesar de cunhado
apenas no século XVIII, a reflexão sobre a beleza e a arte tem sido feita há séculos. Desde o período
de Platão, já se praticava um estudo sistemático sobre o sentimento, a beleza e a arte. A estética
pode ser interpretada de três maneiras principais: Como ciência do belo, estudando o belo na
natureza e nas atividades humanas. Como filosofia da arte, focando nas atividades artísticas, seus
estilos e normas. Como estudo da percepção sensorial e do conhecimento adquirido através dela.
Estética aristotélica
A estética aristotélica se concentra no estudo da arte, que Aristóteles entendia como “poiese” - uma
forma de produção ou ação criativa. Ele dividia a arte em duas categorias: artes utilitárias (técnicas)
e artes liberais (como poesia, pintura, música, dança, etc.). Diferente de Platão, que buscava um
ideal de beleza, Aristóteles estava mais interessado nas questões práticas da estética. Ele não se
focava em um ideal de beleza, mas sim na maneira como a arte é criada e experimentada. Para
Aristóteles, a arte não era apenas uma imitação da realidade, mas uma forma de entender e
interpretar o mundo ao nosso redor.
• Cômico: É o oposto do trágico. Em comédias esperamos uma reação cômica, que muitas vezes envolve a
apresentação exagerada da realidade para transmitir uma mensagem. O objetivo principal não é
necessariamente fazer rir, mas sim distorcer a realidade.
• Beleza do Horrível: É oposta ao sublime e envolve a representação do gigantesco, do enorme e do
desmedido, colocando o observador em contato com aspectos sombrios da vida. Pode subverter
princípios naturais e revelar o lado negativo da concepção original.
• Beleza do Feio: Não é um juízo de valor sobre a feiura, mas sim a capacidade do ser humano de apreciar
objetos que normalmente seriam desagradáveis em seu estado natural. Se utiliza de elementos
desarmoniosos de propósito para causar um impacto no observador.
• Risível: É oposto ao gracioso e se caracteriza por proporções diminutas, muitas vezes apontando para
fatores negativos que causam desconforto e desagrado. Envolve uma beleza criada a partir do que é
desarmonioso, mas não em grande proporção.
• Gracioso: Representa a beleza em dimensões pequenas, com harmonia e proporções agradáveis, embora
falte a imponência e grandiosidade para ser considerado belo.
• Belo: Envolve harmonia, boas proporções e formas agradáveis, com dimensão elevada, imponência e
grandiosidade. Considerado a forma mais legítima de beleza pelos gregos.
• Sublime: É uma forma mais elevada do belo, com proporções avantajadas e imensuráveis, causando um
impacto profundo no observador e levando-o a pensar em conceitos mais nobres.
• Trágico: Não se aplica a objetos, mas a situações e conceitos. Envolve ações que extrapolam os limites da
virtude e do que é correto, despertando sentimentos de terror e piedade. Aparece em situações densas e
limítrofes.
O que é semiótica?
Semiótica é a ciência que tem como objetivo a investigação de todas as linguagens possíveis,
examinando todo e qualquer fenômeno de produção de significação e sentido
Nota: Para Saussure a interação entre o significado (o conteúdo que eu irei estabelecer com o
significante) e o significante (aquilo que eu percebo como linguagem) da origem ao signo
Objeto: Aquilo que o signo evoca (ex: signo fotografia de maçã, evoca o objeto maçã)
As funções do signo
Sintáticas: A sintaxe na semiótica refere-se à organização e à estrutura dos signos em um sistema de
comunicação. Ela se concentra em como os elementos individuais, como palavras, símbolos, gestos
ou outros signos, são combinados e organizados para criar mensagens e significados
Semânticas: A dimensão semântica se ocupa da natureza indicial, ou seja, tudo aquilo que dá
indícios de interpretações, dependendo do contexto cultural e conhecimento do interpretante (Ex: a
foto de uma poça d'água, se trata de um signo indicial pois dá indícios de que naquele ponto choveu)
Pragmáticas: A função pragmática do signo se refere à relação entre os signos e seus intérpretes ou
utilizadores, ou seja, o estudo das diferentes interpretações de determinados signos em situações e
circunstâncias específicas de interação com esses signos
Secundidade
a secundidade na semiótica de Peirce se refere à existência de eventos ou fatos individuais e
concretos, sem considerar interpretações ou relações mais amplas. É uma categoria que destaca a
realidade bruta e imediata das coisas.
ex: Imagine uma maçã caindo de uma árvore. O fato bruto e imediato da maçã caindo é um exemplo
de secundidade na semiótica de Peirce. É um evento específico e observável que não requer
interpretação ou relação com outros signos para ser compreendido. É apenas a ocorrência física da
maçã caindo, independente de qualquer contexto ou significado mais profundo.
Terceiridade
A terceiridade, segundo a semiótica de Peirce, refere-se a como os signos ou símbolos representam
conceitos ou relações entre coisas. Em termos simples, a terceiridade envolve o uso de símbolos
para representar conceitos ou ideias.
ex: Uma fotografia de um gato. A imagem do gato não é o gato real (secundidade), nem é uma
sensação direta do gato (primeiridade). Em vez disso, a fotografia é um símbolo que representa o
conceito de um gato. Você olha para a foto e reconhece que se trata de um gato, mesmo que não
seja o gato em si (por exemplo em uma arte). Essa representação simbólica é um exemplo de
terceiridade na semiótica de Peirce.
Sin-signo: É um signo que representa algo existente e real de forma singular e individual. Por
exemplo, uma fotografia específica de um gato representa aquele gato em particular.
Legi-signo: É um signo que representa algo por meio de um conjunto de regras ou convenções. Por
exemplo, a palavra "gato" em um idioma representa um gato porque existe um acordo cultural
sobre o significado dessa palavra.
É a representação visual por semelhança de algo, isto é, tem relação de semelhança real com
determinado objeto ou coisa. (Ex: O desenho de uma carta é um ícone bastante utilizado para
correio eletrônico)
Índice
Tudo aquilo que dá indícios de representação de algo e depende da mente do interpretador para
funcionar como signo (ex: o objeto cachorro, ele pode ter índices como uma pegada, osso ou uma
coleira)
Símbolos
É a representação por convenção, ou seja, ao significado dado a aquilo (ex: os algarismos numéricos,
os quais por convenção, representam a quantificação de algo)
A GESTALT
A Gestalt é uma abordagem psicológica que se concentra na compreensão da
forma como percebemos o mundo e como organizamos as experiências em
padrões significativos. Ela destaca a importância de ver o todo, em vez de
apenas partes individuais, para entender plenamente as experiências e os
problemas. Em resumo, a Gestalt enfatiza a totalidade, a percepção e a
organização das experiências para melhorar a compreensão e o crescimento
pessoal.
Os oito princípios da Gestalt
• Semelhança: Quando coisas têm formas ou cores parecidas, tendemos a
agrupá-las e vê-las como partes de um todo, o que ajuda na criação de uma
harmonia visual.
• Proximidade: Elementos próximos uns dos outros tendem a ser vistos juntos e,
por consequência, podem gerar um todo ou unidades dentro do todo.
• Continuidade: a continuidade diz respeito à organização visual coerente, sem
quebras ou interrupções na fluidez visual. Esse princípio é responsável por
buscar a continuidade da construção e, assim, obter a melhor forma do objeto.
• Fechamento: A mente tende a completar figuras ou formas incompletas,
preenchendo espaços em branco para criar uma imagem coesa.
• Segregação: É a habilidade de separar e destacar coisas em um conjunto
usando diferentes elementos visuais, como pontos, linhas, cores, sombras, etc.
• Unificação: A unificação acontece quando as partes de algo são iguais ou
semelhantes e se encaixam bem, criando harmonia e equilíbrio visual.
• Unidade: Elementos próximos uns dos outros são percebidos como um grupo
ou uma unidade.
• Princípio da Pregnância: A mente prefere formas e padrões que sejam claros,
simples e estáveis, evitando formas complexas ou confusas.
Elementos da análise estética