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EMPREENDEDORISMO RESUMO COMPLETO!

TEMA 1 – HISTÓRICO DO EMPREENDEDORISMO


O empreendedorismo tem suas raízes profundas na evolução histórica das
formas de organização social e econômica. Antes do surgimento do
capitalismo, o feudalismo predominava, caracterizado pela posse da terra e
produção para subsistência. No feudalismo, os senhores feudais detinham
poder sobre vastas terras, onde vassalos realizavam atividades agrícolas em
troca de proteção e segurança.
O declínio do feudalismo ocorreu devido ao desgaste da terra, baixa produção
e aumento de impostos, levando os vassalos a migrar para áreas urbanas. Com
o surgimento do capitalismo no século XVII, a propriedade da terra deixou de
ser central, dando lugar à propriedade dos meios de produção, como máquinas
e capital financeiro. No novo sistema, os capitalistas detinham o controle sobre
a produção e os trabalhadores vendiam sua força de trabalho em troca de
salários.
As Revoluções Industriais foram marcos cruciais na consolidação do
capitalismo. A invenção da máquina a vapor por James Watt na 1ª Revolução
Industrial provocou mudanças profundas na estrutura social e comercial. A 2ª
Revolução Industrial, a partir de 1860, viu o surgimento do aço, eletricidade e
motor de combustão interna, transformando a produção e impulsionando o
capitalismo financeiro.
1.1 Fases do capitalismo
• Capitalismo Comercial: Caracterizado pela expansão dos territórios de
comercialização, grandes navegações e busca por novas colônias.
• Capitalismo Industrial: Marcado pelo surgimento de grandes corporações e
empresas, impulsionado pelas Revoluções Industriais.
• Capitalismo Financeiro: Resultado da integração do capitalismo industrial com
o financeiro, com abertura de capital em bolsa e financiamentos para grandes
negócios.
• Capitalismo Informacional: Impulsionado pelas novas tecnologias,
especialmente a internet, transformando as relações do capital com o
mercado.
• Capitalismo Contemporâneo: Caracterizado pelo impacto das novas
tecnologias, controle intenso e surgimento de novos modelos de negócios,
como a economia criativa e sustentável.
O empreendedorismo, ao longo desse processo, evoluiu em resposta às
mudanças nas estruturas econômicas. A compreensão desse histórico é
fundamental para contextualizar o papel do empreendedor no cenário atual,
marcado por inovações tecnológicas e novos paradigmas de negócios.

TEMA 2 – CONCEITOS E CONTEXTO


O tema aborda o campo do empreendedorismo, centrado na estruturação de
negócios, perfis empreendedores, motivos que impulsionam
empreendimentos e o contexto em que surgem e são geridos.
1. Conceitos Básicos:
• Empreendedorismo: É a área de conhecimento que estuda os processos
de idealização de empreendimentos, destacando a capacidade de uma
ideia agregar valor ao que já existe.
• Empreendedor: Refere-se a qualquer pessoa que dedica tempo, energia
e, muitas vezes, recursos financeiros para transformar um projeto em
realidade. Envolve desde buscar qualificação até iniciar um negócio ou
realizar projetos diversos.
2. Papel do Empreendedor:
• O empreendedor não é apenas um fundador de empresas, mas também
impulsiona a economia, promove mudanças, gera dinâmicas de novas
ideias, cria empregos e fomenta talentos e competências.
• Ele é ágil em identificar e aproveitar oportunidades que surgem sem
aviso prévio, demonstrando habilidade em tirar proveito de situações
fortuitas.
3. Evolução do Conceito de Empreendedor:
• O conceito clássico do empreendedor como alguém que inicia ou
compra um negócio passou por transformações nos últimos 200 anos.
• Além das características tradicionais, o empreendedor moderno é
também racional, com visão de longo prazo e motivado por paixão e
empolgação por seus projetos.
4. O Empreendimento:
• Engloba qualquer projeto do empreendedor, seja a modelagem de um
negócio, a elaboração de um plano de negócios, o início de um novo
empreendimento ou a compra de uma empresa já existente.
• O empreendimento é o motor que impulsiona o empreendedor na busca
de seus objetivos.
5. Diversidade de Empreendedores:
• Existem diferentes tipos de empreendedores, cada um com
características próprias. Alguns são reconhecíveis por seu
comportamento, motivação, paixão e visão de longo prazo.
Conclusão: O empreendedorismo é um campo multifacetado que envolve
diversos conceitos e perfis, refletindo a diversidade de pessoas e projetos que
impulsionam o desenvolvimento econômico e social.

TEMA 3 – TIPOS DE EMPREENDEDORES


Este tema aborda a diversidade de empreendedores, destacando diferentes
perfis e características que variam conforme o contexto biopsicossocial de
cada indivíduo. A classificação dos tipos de empreendedores apresentada por
Dornelas (2015) oferece insights sobre as motivações e naturezas específicas
de empreendimentos. Vamos explorar os principais tipos:
1. Empreendedor Informal (Necessidade):
• Inicia seu empreendimento por necessidade, buscando subsistência,
muitas vezes desempregado.
• Esforçado e guerreiro, enfrenta desafios econômicos e sociais.
2. Empreendedor Cooperado:
• Associa-se a outros para ganhar força e autonomia.
• Participa de iniciativas como cooperativas, buscando melhores
condições e organização.
3. Empreendedor Individual:
• Antigo empreendedor informal ou cooperado que se formaliza,
tornando-se um MEI (Microempreendedor Individual).
• Maior segurança em casos de imprevistos ou doenças.
4. Empreendedor Franqueado:
• Torna-se empresário por meio de uma marca já estabelecida, seguindo
padrões e características da franquia.
• Enfrenta desafios semelhantes aos que começam do zero.
5. Empreendedor Social:
• Foca em causas sociais e ambientais, dedicando-se a construir um
mundo melhor sem buscar apenas o lucro.
• Altruísta, faz sacrifícios pessoais em prol da causa.
6. Empreendedor Corporativo (Intraempreendedor):
• Colaborador que se destaca por motivação, iniciativa e disposição para
inovações.
• Trata o negócio como se fosse o dono, contribuindo para o sucesso da
corporação.
7. Empreendedor Público:
• Servidor público disposto a fugir do estereótipo, demonstrando energia,
iniciativa e criatividade para fazer a diferença.
8. Empreendedor do Conhecimento:
• Destaca-se em sua área de atuação, sendo a própria empresa, como
advogados, psicólogos, médicos, atletas, músicos.
Subtipos Adicionais:
• Empreendedor Nato: Visionário, otimista, criador de grandes impérios.
• Empreendedor que Aprende: Aproveitador de oportunidades, aprende a
lidar com as consequências.
• Empreendedor Serial: Apaixonado pelo ato de empreender, cria
continuamente novos negócios.
• Empreendedor Herdeiro: Leva adiante o legado familiar, multiplicando o
patrimônio recebido.
A compreensão dos diferentes tipos e subtipos de empreendedores permite
uma melhor identificação com as próprias características e motivações.
Independentemente do tipo, a energia para lançar-se aos projetos e torná-los
realidade é a chave do sucesso empreendedor. Na próxima seção, serão
exploradas as semelhanças e diferenças entre os conceitos e papéis do
administrador, do gestor e do empreendedor.

TEMA 4 – ADMINISTRADOR, EMPREENDEDOR E GESTOR


Este tema aborda as distinções entre os papéis de administrador,
empreendedor e gestor, destacando que uma pessoa pode desempenhar essas
funções ao longo de sua carreira. Cada papel possui requisitos específicos e
características distintas:
1. Administrador:
• Profissional com formação de nível superior em Administração, baseada
nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs).
• Competências incluem resolução de problemas, pensamento
estratégico, tomada de decisões, comunicação, reflexão crítica sobre a
esfera da produção, desenvolvimento de raciocínio lógico, entre outras.
• Atua na gestão de empresas de diferentes portes e pode ocupar diversos
cargos na estrutura organizacional, desde estagiário até diretor.
2. Empreendedor:
• Não requer formação específica, sendo mais associado a uma
mentalidade voltada para novos projetos e desafios.
• Pode iniciar novos negócios, propor melhorias em empresas existentes,
resolver problemas na comunidade, entre outras iniciativas.
• Características essenciais incluem visão, automotivação, coragem para
transformar sonhos em realidade e habilidade para contagiar e engajar
outras pessoas.
3. Gestor:
• Responsável pela administração de projetos e organizações, atuando em
diversas áreas da administração.
• Pode ter formação em administração ou direcionar-se para a área de
gestão por escolhas de carreira.
• Pode ser um executor das diretrizes estabelecidas pelo empreendedor
ou administrador, gerenciando uma ou mais áreas dentro de uma
empresa.
Considerações Importantes:
• O empreendedor, embora seja um administrador, possui características
mais visionárias em comparação aos gerentes tradicionais.
• A disposição para superar desafios e a atenção a novos projetos são
cruciais, independentemente do papel escolhido na carreira.
Conclusão: Independentemente da formação ou do cargo almejado, a
disposição para enfrentar desafios, abraçar novos projetos e destacar-se pela
automotivação são elementos-chave para o sucesso empreendedor. Embora a
formação sólida e de qualidade seja fundamental, as características e atitudes
do empreendedor o diferenciam, tornando-o sempre relevante em
comparação a outras posições e cargos.

TEMA 5 – CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR E INTRAEMPREENDEDOR


Este tema aborda as características distintivas tanto do empreendedor quanto
do intraempreendedor. As principais características do empreendedor,
segundo Dornelas (2008) e Tajra (2014), incluem:
Características do Empreendedor:
• Visionário: Capaz de antecipar o futuro, informado e comprometido
com seus projetos.
• Tomador de Decisões: Escolhe caminhos baseando-se na razão, emoção
e conhecimento, implementando suas decisões.
• Diferenciado: Aproveita e desenvolve seu potencial, destacando-se pela
dedicação e comprometimento.
• Explorador de Oportunidades: Enxerga além das aparências, sendo
criativo e fazendo conexões inesperadas.
• Determinado e Dinâmico: Não desiste diante de obstáculos,
gerenciando várias tarefas simultaneamente e administrando bem o
tempo.
• Dedicado: Consciente de que o sucesso requer entrega e
comprometimento.
• Otimista e Apaixonado: Encara situações negativas buscando o lado
positivo, contagia os outros com sua energia.
• Independente: Toma decisões alinhadas com seus objetivos.
• Líder: Capacidade de agregar pessoas aos seus projetos, unindo-as em
torno de objetivos comuns.
• Bem Relacionado: Amplia constantemente sua rede de contatos e está
disposto a contribuir com outros empreendedores.
• Planejador: Dedica-se ao planejamento para orientar suas ações na
execução dos projetos.
• Possui Conhecimento: Adquirido com dedicação e esforço,
reconhecendo que o conhecimento é fundamental para o sucesso.
• Assume Riscos: Ciente dos riscos, está disposto a arriscar para se
diferenciar.
• Cria Valor para a Sociedade: Contribui para a sociedade por meio de
seus projetos, criações e atuação.
Características do Intraempreendedor:
• Iniciativa: Age proativamente, antecipando-se às circunstâncias.
• Persistência: Enfrenta desafios com perseverança para concretizar
projetos.
• Persuasão: Desenvolve o poder de convencimento com argumentos
embasados.
• Autoconfiança: Confia em sua capacidade, buscando referências em
suas realizações.
• Automotivação: Mantém-se constantemente motivado para superar
desafios.
• Criatividade: Pensamento inovador, conexões inesperadas e soluções
efetivas para problemas complexos.
Além disso, o empreendedor é destacado como um ser humano comum que
desenvolveu qualidades que, bem empregadas, possibilitam feitos notáveis.
Intraempreendedorismo nas Organizações:
• Empregado com visão e atuação diferenciadas.
• Necessidade crescente nas empresas de desenvolver ambientes
intraempreendedores.
• Características das empresas que promovem o intraempreendedorismo
incluem gestão moderna, sistemas de recompensas, patrocinadores
disponíveis, comprometimento da alta direção, programas de melhorias,
pouca burocracia, política de gestão de pessoas eficaz, remuneração e
benefícios competitivos, e cultura organizacional focada na liberdade,
criatividade e respeito à diversidade.
O intraempreendedoríssimo é uma abordagem que destaca a importância de
funcionários inovadores e proativos para o sucesso das organizações.

TEMA 1 – IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS


Este tema destaca a importância da disposição e criatividade na identificação
de oportunidades de negócios. A disposição refere-se à energia contínua que
os empreendedores devem ter para explorar, ler, investigar, ser curiosos e
observadores, possibilitando encontrar situações que demandam novos
negócios. A criatividade desempenha um papel crucial na busca por soluções
para problemas ou necessidades identificadas.
Fontes de Identificação de Oportunidades de Negócios:
• Consumidores: Observar desejos, necessidades e expectativas dos
consumidores.
• Produtos e Serviços Existentes: Analisar a estrutura, vantagens e
deficiências do que o mercado já oferece.
• Canais de Distribuição: Explorar formas alternativas de venda e entrega.
• Legislação: Estar atento a mudanças que demandam novos produtos ou
serviços.
• Pesquisa e Desenvolvimento: Investir em inovações por meio de
pesquisa.
• Tendências: Manter-se informado sobre as direções do mercado e do
consumidor.
Fórmulas para Identificação de Oportunidades de Negócios:
• Identificação de Necessidades: Atender às necessidades do público-
alvo.
• Observação de Deficiências: Identificar deficiências no mercado e
oferecer soluções.
• Derivação da Ocupação Atual: Usar experiência profissional como ponto
de partida.
• Procura de Outras Aplicações: Explorar a criatividade para aplicar
produtos/serviços de maneira diferente.
• Exploração de Hobbies: Transformar hobbies em oportunidades de
negócios.
• Lançamento de Moda: Introduzir algo inusitado que se torne popular.
• Imitação do Sucesso Alheio: Analisar empreendimentos bem-sucedidos,
mas com cuidado e abrangência.
Considerações na Identificação de Oportunidades:
• Consultar clientes em potencial, conselheiros e amigos antes de se
deixar levar pela paixão pela ideia.
• Lembrar que uma ideia sozinha não vale nada; o sucesso está na
capacidade de desenvolvê-la e construir um negócio sólido.
O próximo passo após a identificação das oportunidades é estudá-las para
fazer escolhas informadas e minimizar riscos. Esse processo será discutido nos
tópicos seguintes.

TEMA 2 – FATORES A CONSIDERAR NA ESCOLHA DO NEGÓCIO


Este tema aborda dois níveis de análise cruciais ao escolher um negócio: o
nível pessoal e o do próprio negócio.
Nível Pessoal:
• Considera gostos, preferências, prazeres e desprazeres, satisfação e
desmotivação do empreendedor.
• Exemplos: Se a pessoa gosta de dormir até tarde e viajar, um negócio na
área de alimentação com horários exigentes pode não ser ideal.
• Adverte sobre a tendência de diminuir a percepção ao ter uma ideia de
negócio, sem uma análise racional.
Perguntas Relevantes:
• Volume de capital a ser investido e em quanto tempo?
• Qual retorno desejado ou necessário?
• Natureza das atividades de trabalho envolvidas.
• Experiências profissionais, objetivos, atitudes e opiniões sobre negócios.
• Características de personalidade, conhecimentos e habilidades.
• Tempo sem remuneração mensal.
Análise do Negócio:
• Estruturar um novo negócio ou comprar um existente.
• Considerações sobre franquias: pesquisa extensiva, entendimento do
trabalho necessário para o sucesso.
• Ao optar por um negócio existente, ciente de virtudes e vícios.
• Atenção à análise minuciosa dos fatos e dados da empresa à venda.
• Conhecimento da perspectiva de clientes, fornecedores e competidores.
• No caso de estruturar um novo negócio, análise macroeconômica,
macrotendências e plano de negócios detalhado.
• Consideração de cenários realista, otimista e pessimista.
• Avaliação de estrutura de negócio, segmento de clientes, mercado
fornecedor e competidores.
• Importância do local no varejo.
• Necessidade de cálculos exaustivos para evitar surpresas desagradáveis.
A fase de planejamento e análise é crucial para evitar dificuldades futuras e
garantir o sucesso do empreendimento. O cuidado na escolha do negócio deve
ser meticuloso para evitar decepções e dívidas após o início do
empreendimento.

TEMA 3 – VIABILIDADE DE NEGÓCIOS


Ao buscar oportunidades, é crucial que o empreendedor não se restrinja a uma
única ideia de negócio. A abordagem ideal envolve a lista de várias opções,
descartando gradualmente aquelas consideradas inviáveis após pesquisas
aprofundadas no segmento.
Fatores de Avaliação para a Viabilidade, segundo Tajra (2014):
• Sazonalidade:
o Avaliação das alterações sazonais na demanda do produto ou
serviço.
o Exemplo: Consideração do impacto das mudanças climáticas em
uma sorveteria em uma cidade com temperaturas amenas.
• Situação Econômica:
o Análise da condição econômica do público-alvo.
o Exemplo: Em tempos de recessão, compreensão de que itens
supérfluos podem ser cortados, afetando determinados negócios.
• Controle Governamental:
o Investigação das regulamentações específicas ligadas ao negócio.
o Aconselhamento de especialistas para entender e antecipar
mudanças na legislação.
• Dependência e Disponibilidade dos Insumos:
o Conhecimento detalhado do mercado fornecedor.
o Prevenção de surpresas desagradáveis, como falta de matéria-
prima acessível ou controle de preços por grupos econômicos.
• Ciclo de Vida do Produto/Serviço:
o Estudo das fases do ciclo de vida do produto/serviço.
o Evitar entrar em mercados em declínio.
• Lucratividade:
o Determinação do lucro necessário e viabilidade financeira.
o Domínio dos números para o sucesso financeiro.
• Mudanças no Segmento:
o Reflexão sobre o desenvolvimento do segmento de atuação.
o Exemplo: Observar a mudança na preferência por produtos mais
naturais na área de estética.
• Efeitos da Evolução Científica e Tecnológica:
o Consideração de inovações que possam impactar o produto ou
serviço.
o Exemplo: Avaliação de como aplicativos podem substituir certos
produtos ou serviços.
• Grau de Imunidade à Concorrência:
o Análise da concorrência e da estrutura do mercado.
o Avaliação da capacidade de enfrentar concorrentes, considerando
tamanho e estrutura financeira.
• Atração Pessoal:
o Avaliação do grau de identificação do empreendedor com o
negócio.
o Importância de motivação pessoal e interesse nas atividades do
negócio.
• Barreiras à Entrada:
o Identificação de obstáculos visíveis e invisíveis para iniciar o
negócio.
o Pesquisas e estudos para compreender facilidades e dificuldades.
Se o empreendedor não possui conhecimentos para essas análises,
consultorias especializadas ou instituições como o Sebrae podem fornecer
suporte. O sucesso é impulsionado por decisões informadas e dados
suficientes.

TEMA 4 – TIPOS DE NEGÓCIOS


Ao escolher a forma jurídica para a empresa, o empreendedor deve considerar
diversos fatores interligados, como a capacidade financeira dos sócios, o
capital necessário, o tipo de produto/serviço e o risco envolvido. Recomenda-
se consultar um contador para compreender as vantagens e desvantagens de
cada constituição jurídica.
Possibilidades Jurídicas para Abertura de Empresas (Roveda, 2018):
• Empresário Individual:
o Constituído por um único profissional.
o Responde integralmente pela empresa, podendo ter seu
patrimônio utilizado para quitar dívidas.
• MEI – Microempresário Individual:
o Similar ao empresário individual.
o Faturamento limitado a R$ 81.000,00 anuais.
o Permite apenas um funcionário.
• EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada:
o Não exige sócio.
o Requer investimento em capital social de 100 salários mínimos.
o Limite de responsabilidade em caso de dívidas.
• Sociedade Limitada (Ltda.):
o Constituição empresarial comum no Brasil.
o Deve ter no mínimo dois sócios.
o Responsabilidade vinculada às cotas registradas no contrato
social.
• Sociedade Anônima (S/A):
o Pode ser de capital aberto ou fechado.
o Capital dividido entre acionistas.
o Ações negociadas na bolsa de valores (capital aberto).
o Companhia não emite ações (capital fechado).
• Sociedade Simples:
o Sócios prestam o serviço para o qual a empresa foi aberta.
o Exemplos: sociedades entre profissionais da saúde, jurídica,
artística, educacional.
o Registro no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não na Junta
Comercial.
Principais Atos a serem Registrados (Chiavenato, 2012):
• Modificações patrimoniais do empresário.
• Nome ou saída de administrador e gerente.
• Redução do capital social.
• Cessão de cotas.
• Renúncia do administrador.
• Atas da assembleia ou reunião.
• Dissolução da sociedade.
Cooperativas (Martins, 2017):
• Objetivam atender aos interesses e necessidades dos cooperados.
• Capital formado por quotas-partes.
• Tipos: Agropecuárias, de consumo, de crédito, educacionais,
habitacionais, de infraestrutura, de mineração, de produção, de saúde.
Após identificar uma oportunidade de negócios, o empreendedor deve, junto a
um contador, escolher o regime jurídico mais adequado. As etapas seguintes
envolvem cuidados com os aspectos legais para a abertura, que será abordado
na próxima seção.

TEMA 5 – ASPECTOS LEGAIS PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA


A abertura oficial de uma empresa no Brasil demanda conhecimento prévio das
etapas envolvidas, considerando o elevado nível de burocracia. O Sebrae
disponibiliza informações detalhadas sobre cada etapa no seu portal. Abaixo
estão os passos essenciais:
• Viabilidade do Nome:
o Pesquisa sobre a existência de empresas com nomes semelhantes na Junta
Comercial.
o Verificação das questões legais para concessão de alvará de funcionamento na
prefeitura local.
• Registro de Pessoa Jurídica:
o Feito na Junta Comercial do estado ou no cartório de registro de pessoa
jurídica.
o Equivalente à certidão de nascimento para pessoa física.
o Documentos necessários: contrato social e documentos pessoais dos sócios.
• Contrato Social:
o Documento que descreve os objetivos, sócios e divisão de cotas em caso de
sociedade.
• Documentos para Inscrição na Junta Comercial ou Cartório de Registro:
o Contrato social, requerimento de empresário individual ou estatuto.
o Cópias autenticadas do RG e CPF dos sócios.
o Requerimento padrão da Junta Comercial, FCN (Ficha de Cadastro Nacional) e
pagamento de taxas.
• CNPJ:
o Registro como contribuinte feito no site da Receita Federal após obter o NIRE.
• Escolha das Atividades:
o Indicação da atividade principal e até 14 secundárias no momento do registro
do CNPJ.
• Inscrição Estadual:
o Necessária para empresas que lidam com produção de bens ou comercialização
de mercadorias.
o Procedimentos e documentos específicos, variando conforme a atividade.
• Registro Municipal:
o Empresas de prestação de serviços precisam de registro na prefeitura.
o Em algumas cidades, o registro na Junta Comercial automaticamente é enviado
ao órgão municipal.
• Alvará Corpo de Bombeiros:
o Necessário para edificações e áreas de risco de incêndio.
• Alvará de Funcionamento:
o Concessão pelo município e varia conforme a legislação local e o segmento da
empresa.
• Cadastro na Previdência Social:
o Realizado após a obtenção do alvará de funcionamento, independentemente
da existência de funcionários.
• Aparato Fiscal:
o Busca de autorização para impressão de blocos de notas e autenticação de
livros fiscais junto à prefeitura.
O caminho para a abertura legal de uma empresa é complexo, exigindo tempo
e atenção. O empreendedor pode optar por realizar as etapas ou contratar
uma empresa contábil, negociando valores justos para o processo ser concluído
com êxito.

TEMA 1 – O BMG CANVAS


O BMG Canvas é uma ferramenta valiosa para transformar ideias de negócios
em planos concretos. Desenvolvido por Osterwalder e Pigneur, esse modelo
auxilia empreendedores a estruturar e visualizar de forma objetiva os
principais aspectos do seu empreendimento. Aqui está um resumo detalhado
da ferramenta:
Introdução:
• Planejamento inicial é essencial para o sucesso do negócio.
• O BMG Canvas é uma página com 9 quadrantes para expressar, de forma
objetiva, todos os aspectos do negócio.
• Serve para novas ideias ou para repensar e inovar negócios existentes.
Características:
• Simplicidade e facilidade de uso.
• Preenchimento com post-it ou lápis para alterações.
• Pode ser feito individualmente ou em trabalho coletivo.
• Serve como base para documentos mais detalhados, como o Plano de
Negócios.
Itens do BMG Canvas:
• Proposta de Valor:
o Diferenciais que tornarão a empresa atrativa para o público-alvo.
o Valor aqui refere-se ao que o cliente considera importante.
• Segmentos de Clientes:
o Define para quem a empresa atenderá.
o Influencia características do produto, localização, atendimento,
preço, etc.
• Relacionamento com Clientes:
o Canais de comunicação preferenciais dos clientes.
• Canais:
o Meios de divulgação, comercialização e entrega.
o Essenciais para atender efetivamente ao público-alvo.
• Atividades Principais:
o O que a empresa faz de melhor, sua essência e referência.
• Recursos Principais:
o Recursos necessários para realizar as atividades principais.
• Parcerias Principais:
o Colaboradores ou parceiros necessários para alcançar a proposta
de valor.
• Estrutura de Custos:
o Identificação dos custos e despesas mensais.
• Fontes de Receitas:
o De onde e como virão as receitas para o sucesso do negócio.

TEMA 2 – PROPOSTA DE VALOR


A Proposta de Valor é a resposta à pergunta: "O que sua empresa oferece aos
clientes para fazê-los escolher fazer negócios com você?" Essa definição,
traduzida em palavras ou termos que representem os diferenciais, é crucial
para satisfazer as necessidades dos clientes. Aqui está um resumo
compreensível sobre o tema:
Considerações Iniciais:
• Conhecer o público-alvo é essencial para definir os diferenciais.
• A proposta de valor satisfaz necessidades através de um conjunto de
benefícios tangíveis e intangíveis.
• Valor é a soma de benefícios e a soma de custos financeiros e
emocionais, denominada tríade de valor para o cliente.
Definindo a Proposta de Valor:
• Identificar ganhos tangíveis e intangíveis proporcionados pelo negócio.
• Avaliar qualidade, serviço e preço (tríade de valor).
• Considerar como o cliente perceberá o serviço agregado ao produto.
Elementos para Objetivar a Proposta de Valor:
• Público-Alvo:
o Entender as necessidades, desejos e comportamentos dos clientes
que sustentam a empresa.
• Competidores:
o Analisar concorrentes para superá-los e destacar os diferenciais.
• Forças Internas:
o Reforçar pontos destacados na análise SWOT para se tornarem
sinônimos da proposta de valor.
• Aliviar Dores do Cliente:
o Resolver e surpreender clientes para construir fidelidade.
• Pesquisa de Clientes:
o Realizar pesquisas estruturadas para entender melhor o público-
alvo.
Tipos de Propostas de Valor:
• Novidade:
o Oferecer algo inovador que os clientes ainda não sabem que
precisam. Ex: Uber ou Airbnb.
• Desempenho:
o Provocar a sensação de que o que possuem é limitado,
oferecendo produtos melhores. Ex: Carros elétricos.
• Personalização:
o Tornar único o produto ou serviço, atendendo gostos individuais.
Ex: Cardápio personalizado.
• Design:
o Gerar necessidade pelo padrão mais moderno e “cool”. Ex: Etna e
Tok Stok.
• Marcas:
o Oferecer status através da marca. Ex: Nike.
• Preço:
o Oferecer o menor preço possível. Ex: Lojas multicoisas.
• Redução de Custo:
o Possibilitar economia nas compras. Ex: Loja de produtos a granel.
• Redução de Risco:
o Oferecer algo que reduza o risco do cliente. Ex: Sistemas de
segurança.
Escolher e praticar consistentemente as propostas de valor definidas garantirá
a fidelização dos clientes.

TEMA 3 – SEGMENTO DE CLIENTES, RELACIONAMENTO E CANAIS


3.1 Segmento de Clientes
Resumo: A segmentação de mercado é essencial para um empreendimento
eficiente. O empreendedor deve dividir o mercado em grupos homogêneos
com base em características como geográficas, demográficas e psicográficas.
Após identificar os segmentos, é crucial selecionar o(s) alvo(s) e desenvolver
um plano de marketing integrado.
Tipos de Segmentos:
• Massa: Sem distinção entre segmentos.
• Nicho de Mercado: Atende segmentos específicos.
• Segmentado: Faz distinção entre segmentos com necessidades
sutilmente diferentes.
• Diversificado: Serve segmentos com necessidades muito diferentes.
• Plataforma Multilateral: Atende dois ou mais segmentos
interdependentes.
3.2 Relacionamento com Clientes
Resumo: Os canais de relacionamento são cruciais para tornar produtos
conhecidos, ajudar na avaliação da proposta de valor, entregar a proposta aos
clientes e fornecer suporte pós-venda. Existem categorias de relacionamento,
incluindo assistência pessoal, dedicada, self-service, serviços automatizados,
comunidades e cocriação.
Tipos de Relacionamento:
• Assistência Pessoal: Interação humana.
• Assistência Pessoal Dedicada: Atendimento personalizado.
• Self-service: Clientes se servem.
• Serviços automatizados: Atendimento automatizado.
• Comunidades: Uso de comunidades para entender clientes.
• Cocriação: Participação dos clientes na criação de produtos.
3.3 Canais
Resumo: Os canais representam as fases da entrega da proposta de valor. São
elas: conhecimento, avaliação, compra, entrega e pós-venda. É crucial definir
como os clientes conhecerão, avaliarão, comprarão, receberão e terão suporte
pós-venda para as propostas de valor.
Faces do Canal para Propostas de Valor:
• Conhecimento: Como os produtos são conhecidos?
• Avaliação: Como os clientes avaliam a proposta de valor?
• Compra: Como os clientes compram produtos/serviços?
• Entrega: Como é entregue a proposta de valor?
• Pós-venda: Como é fornecido apoio pós-venda aos clientes?

TEMA 4 – PARCERIAS, ATIVIDADES E RECURSOS PRINCIPAIS


4.1 Parcerias Principais
Resumo: Parcerias principais referem-se a fornecedores e colaboradores que
contribuem para o funcionamento do negócio e a entrega das Propostas de
Valor. Tipos de parcerias incluem alianças estratégicas entre não
competidores, competição estratégica entre concorrentes, joint ventures para
novos negócios e relações comprador-fornecedor para garantir suprimentos
confiáveis.
Avaliação de Parceiros:
• Histórico da empresa.
• Compatibilidade de Propostas de Valor.
• Opinião de clientes.
• Capacidade técnica e de produção.
• Proposta de contingência.
• Preços dentro da média.
• Níveis de tecnologia.
• Prazos oferecidos.
4.2 Atividades Principais
Resumo: As atividades principais são cruciais para uma empresa e dependem
do tipo de modelo de negócios. Exemplos incluem comercializar bilhetes, fazer
check-in, despachar bagagens, transportar passageiros e cargas, garantir a
segurança de aeronaves, e trabalhar para ser pontual (no caso de uma
empresa aérea).
4.3 Recursos Principais
Resumo: Recursos principais variam entre físicos/materiais,
intelectuais/tecnológicos, humanos e financeiros.
• Físicos/Materiais: Equipamentos, infraestrutura, veículos.
• Intelectuais/Tecnológicos: Licenças de software, tecnologias, patentes.
• Humanos: Pessoas necessárias para realizar atividades e entregar
Propostas de Valor.
• Financeiros: Base essencial para concretizar ideias de negócio.
Planejamento adequado é crucial.
Esses recursos devem ser gerenciados eficientemente para garantir o sucesso
do modelo de negócios escolhido.

TEMA 5 – ESTRUTURA DE CUSTOS E FONTES DE RECEITAS


5.1 Estrutura de Custos
Resumo: A estrutura de custos em um negócio é influenciada por vários
fatores, como o modelo de negócio, produtos e serviços oferecidos, tamanho
da empresa, complexidade das atividades, número de colaboradores e
parcerias. Compreender e administrar esses custos é crucial para o sucesso do
empreendimento. Existem dois modelos principais:
• Direcionadas pelo custo: Foco na redução de custos para oferecer
preços baixos.
• Direcionadas pelo valor: Foco na Proposta de Valor, mesmo que isso
implique custos mais altos.
Tipos de Custos:
• Fixos: Permanecem inalterados, independentemente do volume de
produção.
• Variáveis: Variam proporcionalmente ao volume de produção.
• Economia de Escala: Grandes empresas conseguem preços
diferenciados devido a compras em grande volume.
• Economia de Escopo: Grandes organizações economizam utilizando um
canal de distribuição para diversos produtos.
5.2 Fontes de Receitas
Resumo: As fontes de receitas são fundamentais para a sobrevivência da
empresa e devem superar os custos. Diversas maneiras de gerar receitas
incluem:
• Venda de Recursos: Comercialização de produtos.
• Taxa de Assinatura: Venda de acesso contínuo a um serviço (ex: Netflix).
• Empréstimo/Aluguel/Leasing: Direito temporário exclusivo a um
recurso.
• Licenciamento: Permissão para utilizar propriedade intelectual
protegida.
• Taxa de Corretagem: Resultado de serviços de intermediação.
• Anúncios: Receitas provenientes de taxas para anunciar produtos ou
serviços.
Dica: Definir claramente as fontes de receitas e trabalhar para que os
resultados levem o negócio ao sucesso é essencial.

TEMA 1 – PLANO DE NEGÓCIOS


Resumo:
O Plano de Negócios (PN) é frequentemente subestimado pelos
empreendedores, mesmo sendo essencial para o sucesso de um novo
empreendimento. Diversas desculpas, como falta de tempo, desconhecimento
da utilidade, dificuldade de elaboração, entre outras, são comuns. No entanto,
ignorar o PN pode levar ao fracasso do negócio.
O processo empreendedor, conforme descrito por Dornelas, destaca a
importância do PN desde as fases iniciais até a gestão contínua do negócio. O
PN serve tanto para novos negócios quanto para empresas existentes que
buscam inovação e reestruturação.
O PN é um guia estratégico para o empreendedor, permitindo a organização e
detalhamento de ideias inicialmente abstratas. Ele quantifica recursos
necessários, como materiais, financeiros, tecnológicos e humanos, oferecendo
uma visão concreta do empreendimento.
As seções fundamentais de um PN são cruciais para a estruturação do
documento. Ao conhecer essas seções, o empreendedor pode adquirir a
coragem necessária para elaborar um PN eficaz. O PN não apenas auxilia na
fase inicial do negócio, mas também serve como ferramenta de gestão,
possibilitando ajustes conforme a realidade do mercado.
Em suma, o PN é uma ferramenta valiosa que orienta o empreendedor desde a
concepção da ideia até a gestão eficaz do negócio, contribuindo
significativamente para o sucesso e a sustentabilidade em longo prazo.

TEMA 2 – SEÇÕES DE UM PLANO DE NEGÓCIOS


Resumo:
O Plano de Negócios (PN) possui diversas finalidades, conforme delineado por
Dornelas (2016). Ele serve para testar a viabilidade econômica do
empreendimento, orientar o desenvolvimento das operações e estratégias,
atrair recursos financeiros, transmitir credibilidade e desenvolver a equipe de
gestão.
Existem vários modelos de PN disponíveis, mas, em geral, eles compartilham
seções essenciais. Baseado em Tajra (2014) e Dornelas (2016), estas são
algumas seções fundamentais:
• Dados dos empreendedores: Informações sobre os responsáveis pelo negócio,
participação societária, atribuições e experiências.
• Descrição geral do empreendimento: Origem da ideia, diferenciais,
produtos/serviços, público-alvo e projeções de vida útil.
• Descrição detalhada do empreendimento: Detalhes sobre inovação, testes
realizados, vantagens competitivas e conformidade legal.
• Capacitação técnica da equipe: Currículos da equipe técnica, know-how e
experiência.
• Descrição do processo produtivo: Organização, máquinas, equipamentos,
matérias-primas e riscos.
• Macroambiente: Análise do ambiente relacionado a questões econômicas,
políticas, legais e culturais.
• Mercado e comercialização: Estratégias comerciais e perfil dos clientes.
• Comportamento da concorrência: Características dos competidores,
estratégias, pontos fortes e fracos.
• Aspectos organizacionais e de gestão: Estrutura organizacional, organograma,
distribuição de trabalho e diretrizes de gestão.
• Diretrizes estratégicas: Missão, visão, valores, objetivos, estratégias e análise
SWOT.
• Aspectos financeiros: Cronograma físico-financeiro, custos críticos,
investimentos, capital dos sócios e receita bruta.
• Receita bruta: Preço unitário e previsão anual de vendas para cada
produto/serviço.
• Custos: Custos fixos e variáveis.
• Resultados bruto e líquido: Lucro operacional, lucro líquido e cálculo de
payback.
Para Dornelas (2016), a estrutura do PN deve incluir sumário executivo,
conceito do negócio, mercado e competidores, equipe de gestão, produtos e
serviços, estrutura operacional, marketing e vendas, estratégia de crescimento,
finanças, indicadores financeiros e anexos. A escolha do modelo deve ser
baseada na clareza e objetividade que oferece ao negócio, sendo crucial
dedicar tempo e esforço na elaboração para aumentar as chances de sucesso.

TEMA 3 – DESENVOLVENDO UM PLANO DE NEGÓCIOS


Resumo:
O desenvolvimento de um Plano de Negócios (PN) requer atenção a seções
específicas, exigindo do empreendedor informações claras sobre o negócio,
produtos, serviços e estratégias. Não existe uma metodologia única para
escrever um PN, mas é crucial preparação, tempo, materiais de pesquisa e um
ambiente adequado. Dornelas (2016) sugere passos para a elaboração do PN:
• Análise da oportunidade: Avaliação do público-alvo, ciclo de vida do produto,
potencial de crescimento do mercado, entre outros fatores.
• Análise de mercado: Estudo do setor, nicho de mercado, perfil do público-alvo
e concorrentes.
• Modelo de negócio: Definição do que vender, como vender, para quem, a que
preço, com prévia do plano de marketing e projeções de receitas.
• Investimentos: Identificação dos recursos necessários em termos de pessoal,
custos, despesas e infraestrutura.
• Demonstrativos financeiros: Análise de viabilidade e rentabilidade.
• Conclusão: Finalização do plano, revisão de premissas, projeções, cenários e
desenvolvimento do sumário executivo.
Tajra (2014) adiciona informações necessárias para a elaboração do PN,
incluindo tipo de empreendimento, recursos financeiros, localização, mercado
consumidor, carga tributária, registros e licenças, gestão, equipe, insumos e
marca.
Elaborar um PN não é uma tarefa fácil, mas é possível e recompensadora. O
empreendedor deve dedicar tempo, organizar a rotina, realizar pesquisas,
visitar concorrentes, clientes, fornecedores e consultores para obter
informações essenciais. O PN permite ao empreendedor verificar a viabilidade
de sua ideia de negócio e é valioso no planejamento, implementação e gestão
do empreendimento.

TEMA 4 – SÓCIO: TER OU NÃO TER?


Resumo:
Antes de escolher um sócio para um empreendimento, o futuro empreendedor
deve se autoconhecer para tomar decisões mais assertivas. Isso envolve
reflexão, terapia, feedback e uma análise detalhada de comportamentos,
preferências e motivações.
Às vezes, o sócio já está próximo, como um familiar ou amigo, e poucos
buscam ajuda profissional para identificar um sócio. Existem diferentes tipos
de sócios, como o sócio-administrador e o sócio quotista. Uma opção moderna
é o investidor-anjo, que aporta capital e experiência em negócios iniciais.
Ao escolher um sócio, é essencial considerar vários pontos:
• Percentual de participação: Antes de negociar, o empreendedor deve definir
quanto do negócio está disposto a ceder em troca de recursos.
• Vida pessoal e profissional: Pesquisar a fundo a vida do possível sócio,
evitando futuras decepções.
• Perfil e Qualidades: Compreender a formação, experiência, estilo de gestão e
objetivos de vida e profissionais do potencial sócio.
• Autoavaliação: Ter clareza sobre suas próprias qualidades, defeitos e
deficiências, buscando complementaridades.
• Objetivos do Sócio: Entender os planos e metas do possível sócio para garantir
alinhamento a longo prazo.
• Gestão e Liderança: Avaliar o estilo de gestão e liderança do futuro sócio,
verificando se é adequado ao negócio.
• Tempo Disponível: Garantir que o sócio tem tempo suficiente para dedicar ao
empreendimento.
• Percepção Pessoal: Utilizar intuição e sentimentos ao escolher um sócio,
equilibrando com análises mais objetivas.
Lembrando que, ao escolher um sócio, é essencial compreender que estão
lidando com seres humanos, cada um com suas qualidades e defeitos, o que
evitará decepções futuras.

TEMA 5 – FONTES DE FINANCIAMENTO


Resumo:
As fontes de financiamento para novos negócios são limitadas, pois instituições
financeiras geralmente exigem que a ideia já esteja em prática e comprovada.
O empreendedor não deve contar com empréstimos fáceis após criar um
Business Model Canvas ou um Plano de Negócios. Recomenda-se economizar,
poupar e investir em bens vendáveis para iniciar o negócio.
Dicas Importantes:
• Auto-financiamento: Poupar e investir recursos próprios é ideal para iniciar o
negócio, evitando riscos de endividamento.
• Incubadoras: Buscar incubadoras oferece suporte técnico, gestão e aumenta as
chances de sucesso, além de facilitar futuros financiamentos.
• Bancos: Instituições como Caixa e Banco do Brasil oferecem taxas atrativas, e o
contato pessoal com gerentes pode ser benéfico para explorar possibilidades.
• Sebrae: Consultar material do Sebrae sobre como obter financiamento é
recomendável para estar preparado.
• Instituições de Crédito: BNDES, Fomento Paraná, BRDE possuem linhas de
crédito, mas é necessário visitar seus sites e conhecer exigências.
• Poupança Própria: A melhor forma de obter dinheiro inicial é através de
poupança própria, evitando dívidas e utilizando verbas rescisórias com
planejamento.
O empreendedor deve estar ciente de que a obtenção de financiamento não é
fácil, mas com dedicação e planejamento é possível executar o projeto e
alcançar o sucesso.

TEMA 1 – INICIANDO UM NEGÓCIO DO ZERO


Resumo:
Iniciar um negócio demanda passos cuidadosos, começando pela identificação
de uma necessidade e analisando se é uma oportunidade de negócio viável. O
desafio é separar emoção de razão ao estudar a ideia, evitando comprometer
decisões importantes. Ferramentas como Funil de Ideias, Scamper, Mapa
Mental, Análise 360º, Mapa de Empatia, BMG Canvas e Plano de Negócios em
Pirâmide auxiliam no processo.
Pontos Importantes:
• Ferramentas de Ideação: Utilizar métodos como Funil de Ideias, Scamper e
Mapa Mental para gerar e analisar ideias de negócios.
• Análise de Viabilidade: Ferramentas como Análise 360º e Mapa de Empatia
ajudam na verificação da viabilidade da ideia.
• Plano de Negócios: O BMG Canvas e o Plano de Negócios em Pirâmide são
fundamentais para modelar e entender diversos aspectos do negócio.
• Burocracia: Pesquisar o nível de burocracia para abrir negócios é essencial. A
abertura de uma MEI pode ser feita online, mas outros tipos de negócio
envolvem processos mais complexos.
• Assessoria Contábil: Contar com a ajuda de um contador é crucial para
entender os trâmites, custos e pontos relevantes na abertura do negócio.
• Planejamento Financeiro: Utilizar recursos próprios para iniciar é ideal, mas
planejar gastos, investimentos e considerar o capital de giro é fundamental
para evitar surpresas financeiras.
• Capital de Giro: Compreender a importância do capital de giro, planejando
adequadamente para manter a empresa funcionando nos primeiros meses.
• Realismo: Encarar a realidade dos desafios do início de um negócio,
entendendo que o planejamento e a preparação são cruciais para o sucesso a
longo prazo.
Este primeiro tema destaca a importância da preparação e planejamento
cuidadosos ao iniciar um negócio, alertando para os desafios iniciais com uma
abordagem realista.

TEMA 2 – COMPRA DE UM NEGÓCIO EM ANDAMENTO


Resumo:
A aquisição de um negócio em andamento pode parecer uma oportunidade
lucrativa, mas é necessário cautela para evitar armadilhas. Discutiremos alguns
pontos cruciais:
• Estruturação do Negócio:
o Verificar se a empresa está verdadeiramente estruturada e se
todos os aspectos burocráticos estão em ordem, incluindo contas,
impostos, e licenças.
• Passivo Trabalhista:
o Investigar possíveis ações trabalhistas em andamento que podem
impactar financeiramente a empresa no futuro.
• Veracidade dos Números:
o Questionar a veracidade dos números apresentados pelo
vendedor, evitando informações infladas ou não comprováveis na
prática.
• Contrato de Aluguel:
o Verificar pessoalmente o contrato de aluguel, pois informações
dadas pelo vendedor podem não ser confiáveis.
• Inspeção Física e Tecnológica:
o Realizar inspeções físicas em propriedades e infraestrutura
tecnológica para evitar surpresas desagradáveis e possíveis
multas.
• Folha de Pagamento:
o Envolver contadores para examinar a folha de pagamento,
identificando irregularidades e evitando futuras ações
trabalhistas.
• Processos Legais:
o Verificar processos em órgãos como PROCON ou juizados
especiais para evitar desembolsos inesperados.
• Relacionamento com Fornecedores e Clientes:
o Conhecer contratos com fornecedores, avaliando se podem ser
uma vantagem ou uma fonte de problemas. Validar informações
sobre a clientela.
• Checagem do Faturamento:
o Desconfiar dos números apresentados, contratando especialistas
se necessário, para evitar surpresas pós-acordo de compra e
venda.
Pontos a Favor e Contra na Compra de um Negócio Existente:
• Pontos a Favor:
o Produto e mercado definidos
o Empresa em funcionamento
o Clientela formada
o Fornecedores operando
o Experiência do proprietário anterior
o Mão de obra qualificada
• Pontos Contra e Riscos:
o Herança de problemas
o Problemas futuros ocultos
o Imagem comprometida
o Modernização necessária
o Localização desvantajosa
o Preço alto
Ao considerar a compra de um negócio existente, é essencial manter a
desconfiança e atenção para tomar decisões informadas e seguras.

TEMA 3 – FRANQUIAS
Resumo:
O Que é Franquia: Uma franquia empresarial é um sistema em que um
franqueador concede ao franqueado o direito de usar marca e patente,
associado à distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços.
Isso pode incluir o uso de tecnologia e know-how, mediante remuneração
direta ou indireta. Não há vínculo empregatício.
Definições Importantes:
• Definição Legal (Lei n. 8.955/1994):
o Franquia é a cessão de marca, patente e direitos de distribuição,
sem vínculo empregatício.
• Definição ABF (Associação Brasileira de Franchising):
o Franquia é um sistema baseado na colaboração entre empresas
independentes, concedendo ao franqueado o direito de explorar
um negócio conforme o conceito do franqueador.
• Conceitos Sebrae (2018):
o Franqueador: Detentor dos direitos sobre uma marca, formatando
um modelo de negócio.
o Franqueado: Adere à rede, usando marca e know-how mediante
pagamento.
o Royalty: Remuneração periódica ao franqueador.
o Taxa de Franquia: Valor único para adesão ao sistema.
o Fundo de Propaganda: Valor para ações de marketing.
o Conselho de Franqueados: Órgão consultivo para administração
do Fundo de Propaganda.
o Circular de Oferta de Franquia: Documento entregue ao candidato
a franqueado com informações sobre a franquia.
Etapas da Franquia:
• Teste de Viabilidade:
o Unidade-piloto para correções.
• Formatação:
o Padronização e documentação do modelo.
• Divulgação e Comercialização:
o Anúncios, feiras, corretores para recrutar interessados.
• Análise e Aprovação:
o Franqueado analisa informações na circular de oferta.
• Inauguração:
o Acompanhamento, supervisão e trocas de experiências.
Instalação da Franquia:
• Pode funcionar em lojas, salas, corners, quiosques, unidades móveis.
Localização da Franquia:
• Importante para o sucesso, podendo estar em shoppings, ruas,
aeroportos, hospitais, etc.
Vantagens para o Franqueador:
• Expansão veloz, eficiência, estrutura central reduzida, feedback, ingresso
em novos mercados, canal diferenciado, fortalecimento da marca,
menos riscos trabalhistas.
Desvantagens para o Franqueador:
• Perda de controle sobre pontos de venda, risco vinculado a franqueados
desonestos, possibilidade de disputas.
Vantagens para o Franqueado:
• Garantia de sucesso, marca conhecida, facilidade na instalação,
propaganda cooperada, poder de negociação, desenvolvimento
constante.
Desvantagens para o Franqueado:
• Riscos na escolha do franqueador, menos liberdade de ação, risco
vinculado à performance do franqueador, limitações à venda do
negócio, limitações na escolha de produtos e fornecedores.
Ao optar por uma franquia, o empreendedor deve estudar cuidadosamente
suas opções, considerando que embora ofereça uma marca consolidada, o
modelo é complexo, exigindo trabalho árduo e enfrentando riscos similares a
iniciar um negócio do zero.

TEMA 4 – VENDENDO UM NEGÓCIO


Resumo:
Desafios da Venda de um Negócio: Vender um negócio é um desafio
considerável, pois muitas pessoas veem isso como sinal de que o
empreendimento não é bom. No entanto, se a venda for a melhor opção,
alguns cuidados são essenciais.
Aspectos Importantes na Venda:
• Manter Dados Atualizados:
o Manter todos os dados da empresa atualizados para facilitar o
acesso rápido pelo comprador.
• Planejamento em Restrições Financeiras:
o Em caso de restrições financeiras, planejar cortes para não
prejudicar a estrutura da empresa, permitindo sua continuidade
até encontrar um comprador.
• Comunicação com Colaboradores:
o Comunicar a decisão de venda à equipe no momento certo,
buscando apoio e até identificando possíveis interessados entre os
colaboradores.
• Avaliação do Negócio:
o Para empresas de médio porte, buscar ajuda de empresas
especializadas na avaliação para evitar supervalorização ou
subvalorização.
• Definir Estratégia de Venda:
o Definir estratégia de venda, incluindo onde anunciar, se buscará
ajuda especializada, ou se fará anúncios em sites específicos.
• Documentação Completa:
o Compradores preferem informações detalhadas. Preparar
documentos, incluindo faturamento, vendas, produtos e
documentos legais.
• Habilidade de Negociação:
o Desenvolver habilidades de negociação para obter melhores
resultados na venda.
• Ajuda de Especialistas:
o Contar com advogado e contador experientes durante todo o
processo de venda, desde a preparação até a negociação.
• Considerar Fusão:
o Avaliar a possibilidade de fusão com outra empresa do mesmo
segmento para fortalecer ambas.
• Manter Calma na Negociação:
o Manter a calma ao avaliar propostas, mesmo sendo o elo mais
fraco. Estar disposto a negociar, mas sem abrir mão de aspectos
essenciais.
• Projeção para o Futuro:
o Projetar as consequências futuras, como o aluguel do prédio em
nome próprio após a venda.
• Registro Formal de Parcelamentos:
o Registrar formalmente parcelamentos em contratos e cartórios
para evitar complicações em caso de inadimplência.
• Negociar Tratativas com Funcionários:
o Incluir no contrato de compra e venda as tratativas com os
funcionários, como desligamento e recontratação, salários e
benefícios.
• Venda em Momento Favorável do Mercado:
o Optar por vender quando o segmento da empresa estiver em alta,
favorecendo a valorização do negócio.
• Preparação Psicológica:
o Preparar-se psicologicamente para conduzir o processo de venda,
mantendo o equilíbrio emocional mesmo diante das dificuldades.
• Alinhamento com Sócios:
o Se houver sócios, alinhar objetivos, papéis de cada um na
venda/negociação e garantir uma transição suave.
Vender um negócio não é fácil, mas é possível enfrentar esse processo com
equilíbrio emocional, atenção aos detalhes e cuidado contínuo com o
empreendimento até encontrar o comprador certo.

TEMA 5 – EMPREENDEDORISMO E LIDERANÇA


Resumo:
Importância da Liderança no Empreendedorismo: Antes mesmo de iniciar um
negócio, o empreendedor deve formar uma equipe que desempenhará um
papel crucial no sucesso ou fracasso do empreendimento. A gestão eficaz de
pessoas é essencial, e, para isso, o empreendedor precisa desenvolver
habilidades de liderança.
Características do Líder:
• Comunicação:
o Expressar-se de forma clara e objetiva.
o Saber ouvir e usar o poder de persuasão.
o Preocupar-se em ser entendido e compreender o ponto de vista
dos outros.
• Relacionamento Interpessoal:
o Paciência, empatia e respeito são essenciais.
o Saber se colocar no lugar do outro e evitar preconceitos.
• Supervisão:
o Ter uma visão ampla e profunda das situações.
o Constante estudo e capacitação para enfrentar desafios.
• Ética:
o Ser referência em comportamento ético.
o Comprometimento com valores éticos em todas as atividades.
• Tomada de Decisões:
o Capacidade de fazer escolhas e liderar os outros.
o Estar preparado tecnicamente e pessoalmente para tomar
decisões.
• Delegação:
o Aprender a delegar tarefas para manter apenas o essencial.
o Acompanhar para garantir que tudo esteja conforme o planejado.
• Avaliação e Feedback:
o Avaliar e oferecer feedback de forma construtiva.
o Escolher momento e forma adequados para fornecer feedback.
Estilos de Liderança:
• Autocrático:
o Comunicação direta e incisiva.
o Pouca participação dos colaboradores na gestão.
o Uso de pressão e medo para alcançar resultados.
• Democrático:
o Comunicação fluída e espaço para opiniões.
o Empatia e proximidade com os colaboradores.
o Estimula a participação e colaboração.
• Liberal:
o Delega mais liberdade para as pessoas trabalharem.
o Empodera os colaboradores para tomar decisões.
o Pode não estar presente em momentos cruciais.
Cada líder possui uma mistura de estilos, mas a predominância de
características define seu estilo de liderança.
O empreendedor deve refletir sobre seu comportamento e ajustar seu estilo
de liderança para se aproximar mais da equipe, motivando-os para superar
desafios e contribuir para o sucesso da empresa.

TEMA 1 – CARACTERÍSTICAS DOS NOVOS TIPOS DE NEGÓCIOS


Resumo:
Negócios inovadores que causam o pensamento "por que não pensei nisso
antes?" surgem diariamente, sendo alguns verdadeiramente inovadores e
outros apenas diferentes. A chave para ideias de negócios futuros é combiná-
las com inovações em produtos, serviços, design, utilidade, funcionalidade,
preço e praticidade, atendendo a necessidades dos consumidores.
Aspectos a Considerar na Criação de Negócios Inovadores:
• Experiência do Cliente:
o Fornecer uma experiência memorável desde o tapete de entrada
até a apresentação do produto.
o Apegar-se ao lado afetivo para "fisgar" o cliente.
• Minimalismo:
o Valorizar a simplicidade e atender às necessidades do cliente sem
excessos.
o Produtos e serviços devem ser específicos, úteis e acessíveis.
• Conectividade:
o Utilizar tecnologias para proporcionar praticidade e agilidade.
o Aplicativos podem ser eficazes, e parcerias com apps genéricos
são alternativas.
• Multiuso:
o Criar produtos ou serviços que possam ser compartilhados por
várias pessoas.
o Exige criatividade e pensamento fora da caixa.
• Origem e Parcerias:
o Cuidar da origem dos itens e estabelecer parcerias com
transparência.
o Consumidores valorizam saber de onde vêm os produtos e com
quem a empresa se associa.
• Simplicidade:
o Voltar às origens, oferecendo soluções simples, práticas, rápidas e
eficientes.
o Atender à preferência por interações menos complexas.
• Valores e Postura do Empreendedor:
o Definir e praticar valores éticos, atraindo clientes que valorizam
tais posturas.
• Valorização das Pessoas:
o Clientes observam se os colaboradores são respeitados e
valorizados.
o A percepção do tratamento influencia a decisão do cliente.
• Parcerias com Negócios Complementares:
o Explorar coworkings e compartilhamentos para ampliar alcance e
reduzir custos.
• Estratégias Claras:
o Ter modelos de negócios e estratégias bem definidos para o
lançamento e gestão.
o Clareza é crucial para discutir e implementar ideias.
• Relação Próxima com o Cliente:
o Clientes desejam resolver problemas com facilidade, preferindo
canais de comunicação eficazes.
• Cultura Organizacional:
o Promover um ambiente de respeito, ética e leveza, focando em
resultados e lucratividade.
• Lucro e Sustentabilidade:
o Gerar lucros, mas sem sacrificar a sustentabilidade.
o Consumidores estão atentos à relação entre lucro e práticas
sustentáveis.
• Diversidade:
o Considerar a diversidade ao contratar e manter colaboradores.
o Inclusão de diferentes perfis e backgrounds.
• Saudabilidade:
o Produtos e serviços devem, no mínimo, não causar danos à saúde.
o A saudabilidade é uma preocupação crescente entre os
consumidores.
• Canais de Relacionamento Eficientes:
o Oferecer canais acessíveis e intuitivos para interação com a
empresa.
o A resposta eficaz é esperada pelos clientes.
• Propostas de Valor Concretas:
o Demonstrar práticas que sustentem as propostas de valor
anunciadas.
o Os clientes querem experimentar diferenciais na prática.
Essas características delineiam o cenário para negócios futuros, onde a
inovação se funde com a resposta às expectativas dos consumidores.
TEMA 2 – CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO
Resumo:
Contexto Atual: Em um cenário de constante mudança, com avanços
tecnológicos diários, criatividade é fundamental para empreendedores
manterem seus negócios competitivos. Essa capacidade de inovação não
apenas atrai clientes, mas também garante a viabilidade a longo prazo.
Criatividade vs. Inovação:
• Criatividade: Atitude relacionada à geração de ideias novas e únicas
para resolver problemas ou aproveitar oportunidades.
• Inovação: Aplicação prática da ideia criativa, tornando-a viável
economicamente e gerando resultados positivos.
Definições:
• Chiavenato (2003):
o Criatividade: Proveniente de inconsistências, permitindo
descobrir novas combinações.
o Inovação: Aplicação da criatividade para produzir resultados
financeiros.
• Alves, Freitas e Rolon (2014):
o Criatividade: Pensar coisas novas.
o Inovação: Fazer coisas novas e valiosas. Criatividade é crucial para
a inovação.
• Dolabela (2006):
o Criatividade: Presente na dedicação apaixonada a um tema.
Apenas os apaixonados realizam seus sonhos.
Exemplo Prático:
A 3M é citada como exemplo de estímulo à criatividade, oferecendo 15% do
tempo de trabalho para os funcionários dedicarem-se a projetos pessoais sem
a obrigação de apresentar resultados imediatos. Isso é parte de uma estratégia
para manter a inovação e competitividade.
Processo Criativo:
• Apreensão (Pré-requisito): Momento de perceber que algo precisa de
solução, mudança, ou novidade.
• Preparação: Fase de concentração em obter dados e informações para
resolver o problema identificado.
• Incubação: Pausa de ação para organizar e arranjar mentalmente as
informações obtidas.
• Iluminação: Momento de insight, a sensação de encaixe e compreensão
inesperados.
• Verificação: Utilização da razão para analisar, estudar, entender e
operacionalizar a solução encontrada.
Papel do Empreendedor:
Estimular a criatividade na equipe, incentivando a busca por soluções
inovadoras para melhorar processos, produtos e serviços. A habilidade de
transformar ideias criativas em ações práticas é essencial para o sucesso do
empreendimento.

TEMA 3 – CARACTERÍSTICAS DO NOVO CONSUMIDOR


Resumo:
Transformação do Consumidor: O consumidor contemporâneo passou por
uma evolução significativa nas últimas décadas, ganhando poder e força.
Compreender suas características é crucial para o sucesso das empresas em
um mercado altamente competitivo.
Principais Características do Novo Consumidor:
• Conectividade:
o Presente em redes sociais.
o Participa ativamente, influenciando e sendo influenciado.
o Exige mais, sendo seletivo quanto à veracidade das informações.
• Facilidade e Agilidade:
o Busca atendimento online constante.
o Prefere soluções rápidas e eficientes.
o Valoriza a facilidade na pesquisa e compra online.
• Multipresença On-line e Presencial:
o Utiliza canais de comunicação, venda e entrega eficientes.
o Combina experiências on-line e presenciais na decisão de compra.
• Inconformismo:
o Não aceita passivamente produtos ou serviços insatisfatórios.
o Expressa insatisfação diante de demoras, funcionalidades
inadequadas, e publicidade enganosa.
• Abertura a Novas Experiências:
o Valoriza empresas que inovam e se modernizam.
o Mantém fidelidade com base em confiança e benefícios mútuos.
• Participação em Comunidades de Marca:
o Pertence a grupos com interesses e comportamentos similares.
o Mobiliza e influencia, sendo uma fonte valiosa para conectar
pessoas a marcas.
• Comprometimento Socioambiental:
o Prefere empresas comprometidas com responsabilidade
socioambiental.
o Busca comprovação prática desse comprometimento.
• Valores Alinhados e Preço Justo:
o Valoriza empresas com missão, visão e valores alinhados.
o Considera valores e ética tão importantes quanto o preço na
decisão de compra.
• Consumidor Cocriador:
o Contribui ativamente para a evolução de produtos e serviços.
o Participa dando ideias, críticas e sugestões.
• Influência de Opiniões:
o Leva em conta as opiniões de outros consumidores.
o Acompanha e considera feedbacks em redes sociais.
• Envelhecimento da População:
o Adaptação de produtos, serviços e canais às necessidades do
consumidor mais maduro.
o Considera as prioridades desse público em constante
envelhecimento.
• Smartphone como Centro de Ações:
o Realiza transações, pesquisa preços e toma decisões por meio do
celular.
o Exige acesso eficiente a produtos e serviços por dispositivos
móveis.
• Omnichannel Integrado:
o Valoriza a integração eficiente entre lojas físicas, virtuais e canais
de venda.
o Busca uma experiência de compra unificada.
Conclusão:
Entender e atender as demandas do novo consumidor é essencial para os
empreendedores. A evolução das estratégias de marketing é necessária para
conquistar e fidelizar esse público, que se destaca por sua atitude proativa,
exigente e diversificada.
TEMA 4 – SUSTENTABILIDADE E EMPREENDEDORISMO
Resumo:
A Evolução do Pensamento Sustentável: Desde os primórdios, a exploração
humana da terra para subsistência gerou degradação ambiental. Contudo, a
sociedade contemporânea passou a pressionar as empresas para considerarem
não apenas o lucro, mas também os impactos sociais e ambientais de suas
operações.
Desafios do Empreendedor Sustentável:
• Reflexão Além do Lucro:
o Empreender com consciência, visando além do lucro imediato.
o Considerar o impacto ambiental e social das ações empresariais.
• Desafios Criativos e Inovadores:
o Criatividade e inovação são necessárias para superar desafios.
o Buscar soluções que promovam o bem-estar coletivo e individual.
• Mudança de Valores e Atitudes:
o A sustentabilidade exige uma mudança profunda de valores e
comportamentos.
o Responsabilidade compartilhada entre empresas, sociedade,
governo e indivíduos.
• Responsabilidade do Empreendedor:
o Ir além do planejamento tradicional de negócios.
o Questionar que tipo de empreendedor deseja ser.
Papel do Empreendedor Sustentável:
• Consciência e Ação:
o Atuar em prol do Desenvolvimento Local Sustentável (DLS).
o Agir como um ser consciente e desperto.
• Ações e Atitudes Responsáveis:
o Trabalhar dentro da legalidade e ordem.
o Escolher produtos e serviços alinhados com normas e
regulamentos.
o Administrar para beneficiar a sociedade, não apenas visando
reconhecimento pessoal ou financeiro.
• Exemplo e Propagação:
o Ser um exemplo de boas práticas de gestão.
o Contribuir com a comunidade local, oferecendo empregos e
renda.
• Práticas Empresariais Sustentáveis:
o Utilizar métodos de trabalho que respeitem o meio ambiente.
o Adotar políticas de negociação e comercialização éticas.
o Combater o trabalho infantil e garantir condições de trabalho
seguras.
• Contribuição à Comunidade:
o Participar ativamente de projetos sociais.
o Valorizar a diversidade e promover ambientes inclusivos.
• Formação de Empreendedores Sustentáveis:
o A formação desses empreendedores é uma responsabilidade de
todos.
o Integração de conceitos de responsabilidade social, ambiental e
justiça social na educação empreendedora.
Conclusão:
Empreendedores sustentáveis são formados com base em valores éticos,
respeito e comprometimento. A sustentabilidade empresarial não é apenas
uma responsabilidade legal, mas um compromisso moral com a sociedade, o
meio ambiente e as gerações futuras.

TEMA 5 – CUIDADOS AO EMPREENDER


Resumo:
O empreendedorismo é frequentemente retratado de maneira idealizada na
mídia e por entidades de apoio, criando uma visão romântica que não reflete a
complexidade e os desafios reais. Dantas (2008) destaca a necessidade de uma
visão mais realista, considerando não apenas as vantagens, mas também as
desvantagens do empreendedorismo.
Desafios e Cuidados ao Empreender:
• Falta de Preparação:
o Muitos empreendedores falham devido à falta de preparação na
elaboração de um plano de negócios sólido.
• Burocracia e Autorizações:
o O alto nível de burocracia na abertura de empresas e obtenção de
autorizações legais é um desafio significativo.
• Gestão de Pessoas:
o Desconhecimento na gestão de pessoas pode resultar em
recrutamento inadequado, treinamento insuficiente e motivação
inadequada da equipe.
• Gestão Financeira:
o Dificuldade na gestão financeira é crucial e pode levar ao fracasso.
• Falta de Conhecimento de Mercado:
o Desconhecimento do mercado, falta de pesquisa e limitações na
definição de preço são obstáculos.
• Limitação na Formação de Preço:
o Dificuldade na elaboração de preços sem considerar custos reais e
rentabilidade necessária.
• Comprometimento da Equipe:
o A falta de experiência na gestão de equipes pode resultar em falta
de comprometimento com padrões de qualidade.
• Dificuldade em Obter Financiamento:
o Obter financiamento pode ser difícil, limitando a capacidade de
inovação e crescimento.
• Uso Ineficiente de Recursos Tecnológicos:
o Dificuldade em utilizar recursos tecnológicos eficientes para a
gestão e controle.
• Altos Impostos:
o Impostos elevados podem levar à sonegação ou encarecimento
dos produtos e serviços.
Conclusão:
É vital que os futuros empreendedores encarem o desafio do
empreendedorismo de maneira realista, preparando-se intensamente.
Conhecimento, planejamento e uma compreensão aprofundada dos desafios
são cruciais para superar obstáculos e garantir o sucesso do empreendimento.

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