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Fundamentos teóricos de
defeitos, mecânica da fratura
e fadiga: noções gerais
Seminários de Pesquisa Científica e
Tecnológica em Materiais - ECM410075
Motivação Motivação
Fratura catastrófica ocorrida
“A fratura consiste na separação ou fragmentação de um corpo sólido em 2002 no petroleiro
em duas ou mais partes sob a ação de tensões aplicadas” Prestige, que levava 77 mil
toneladas de óleo
combustível e afundou
cerca de 250 km da costa
noroeste da Espanha.
Principais causas de falhas catastróficas: http://www.ce.jhu.edu/fferrante/blog/prestige.jpg
1
Motivação Comportamento Mecânico dos Materiais
“Um material, ao ser solicitado mecanicamente, exibe em
geral a seguinte sequência de respostas: deformação
elástica, deformação plástica e fratura.”
2
Critérios de Escoamento Critério da Tensão Cisalhamento Máxima
O escoamento ocorre quando a tensão de
Critério de tensão máxima (Rankine);
cisalhamento máxima atinge um valor igual à
Critério da tensão de cisalhamento máxima
tensão de cisalhamento de escoamento em
(Tresca);
tração (ou compressão) uniaxial
Critério da energia de distorção máxima
Tensão de cisalhamento máxima:
(von Mises).
1 3
max
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 60-61) 2
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 60)
9 11
3
Critério de Energia de Distorção Máxima
Comportamento Elasto-Plástico
2
2
1 2 2 2 3 2 3 1 2 y
1/ 2
Em que
2
x y x y
1,2 xy
2 2
Comportamento típico de metais. (a) limite de proporcionalidade.
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 61) (b) limite de escoamento.
13 Fonte: Callister e Rethwisch (2013, p. 140) 15
tração
compressão
4
Região de Estricção e Fratura Tipos de Fratura
(b)
(a)
5
Tensão Teórica de Clivagem Resistência Real dos Cristais
Os defeitos são classificados em:
Método de Orowan:
K sen x a0 • Defeitos de ponto;
a • Defeitos de linha;
• Defeitos planares;
• Defeitos de volume.
Tensão para separar dois planos atômicos. Faixa dimensional das diferentes classes de defeitos.
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 177) 21 Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 183) 23
6
Defeitos de Ponto Verificação Experimental
7
Vetor de Burgers - Discordância em Hélice
8
Discordâncias em Hélice Representação do Campo de Tensões
“Material isotrópico e contínuo”.
13 2G 13 1 u 1 u
13 3 e 23 3
23 2G 23 2 u1 2 u2
G b x2
13 31
2 x12 x22
G b x1
23 32
2 x12 x22
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 210) 33
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 213) 35
11
G b x2 3x12 x22 ; 12
G b x1 x12 x22
21 x x
2 2
21 x12 x22
2 2
1 2
22
G b x2 x12 x22
e 33
G b ν x2
21 x2
1 x
2 2
2
1 x12 x22
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 213)
34
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 214) 36
9
Representação do Campo de Tensões Discordâncias durante a cristalização
Discordância imagem.
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 236) 38 Fonte: Mikowski (2003, p. 9; Apud Hull, 1965) 40
10
Teoria de Taylor Teoria de Mott
“Ideia principal: Discordâncias ao se moverem “Ideia principal: Considera grupos de discordâncias
interagem elasticamente com outras empilhadas, ao invés de discordâncias individuais.”
discordâncias em um cristal e travam-se.” Tensão efetiva b
Tensão efetiva interna i G
Deformação 2l
interna
l – comprimento da fonte de discordância.
bL
kGb
bL
k – constante; G – módulo de cisalhamento; b – vetor de
Burgers; L – distância média que uma discordância
percorre antes que seja parada.
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 291-292) 41 Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 293) 43
11
Concentração de Tensão Concentração de Tensão
Definição quantitativa de
tenacidade Inglis (1913)
a
σmax σ 1 2
Teoria da elasticidade grau b
de tensão raio de curvatura
ou
c
1 2
a a
σmax σ 1 2 2σ
Fator de concentração de tensão
ρ ρ
c = raio do círculo e = raio de
curvatura
Buraco circular = 3
Fonte: Fischer-Cripps (2007, p. 32) O modelo de Griffith.
45
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 129) 47
dU S dU
Cavidade central elíptica em uma placa sob tensão uniforme.
dc dc
Fonte: Meyers e Chawla (1982, p. 128) 46
Fonte: Fischer-Cripps (2007, p. 33) 48
12
Critério de Balanço de Energia Modos de Carregamento
Energia de deformação:
2 c 2
US
E
Energia total de superfície:
U 4c
Condição para crescimento da trinca:
2 c
2
E Os três modos de fratura ou carregamento que podem ser aplicados a uma trinca.
13
Campo de Tensão na Ponta da Trinca Campo de Tensão na Ponta da Trinca
14
• Módulo de Elasticidade; Ensaio Mecânico de Impacto
• Módulo de Resiliência;
• Tensão Limite de Proporcionalidade;
• Tensão de Escoamento, conhecida por Limite de
Escoamento (sob tração, ou compressão, ou flexão);
• Tensão Máxima, conhecida por Limite de Resistência à
Tração (ou compressão, ou ainda flexão);
• Tensão de Ruptura;
• Alongamento; (a) Equipamento de ensaio e (b) corpos-de-prova Charpy e
• Módulo de Tenacidade. Izod (ASTM E23-94a).
57 Fonte: Garcia, Spim e Santos (2008, p. 157) 59
15
Energia no Ensaio de Impacto Energia no Ensaio de Impacto
V 2gHq
Eimpacto Mg Hq hr
Configurações para cálculos quantitativos. Comportamento de metais em ensaio de impacto.
Fonte: Garcia, Spim e Santos (2008, p. 160) 61 Fonte: Garcia, Spim e Santos (2008, p. 159) 63
16
Transição Frágil-Dúctil Ensaio Mecânico de Impacto
“É caracterizada por uma mudança na resistência à
fratura de um determinado material em estudo”. “Em 1901, o cientista Francês G. Charpy desenvolveu um
pêndulo de teste para medir a energia de separação em
corpos de prova metálicos com um entalhe”
A tensão aplicada em Fonte: Anderson (1995, p. 409)
função da temperatura “Vários trabalhos tentaram correlacionar o teste Charpy e
T, mostra a transição testes da Mecânica da Fratura”
frágil-dúctil de
maneira abrupta do • Teste Charpy – medida qualitativa da tenacidade à
fratura, energia absorvida na fratura U.
silício. • Teste da Mecânica da Fratura – medida quantitativa da
tenacidade à fratura, fator intensidade de tensão K.
Fonte: Serbena (1995)
Fonte: Anderson (1995, p. 410)
65 67
66 68
17
Ensaios Mecânicos para Ensaio Mecânico de Flexão
Determinação da Tenacidade à
Fratura sob o Modo I de
Carregamento
1
E 2 P
K1C 3
H c 2
1 3 5 7
a 2
9
18
Microdureza Vickers Processos de Fratura
Fonte: Souza (1982, p. 79-137)
P P
HV 1,8544 2
A L Modelo para o início de uma trinca. (a) Quadrante da indentação, com a tensão de
tração T ao longo da extensão da microtrinca FC formada pela interseção das bandas
de deslizamento FF. Ao lado é mostrada uma imagem de microscopia eletrônica de
A - área de contato varredura (MEV) de uma impressão Vickers, em vidro comercial alcalino para carga
L - comprimento médio das diagonais da impressão, ( m ) aplicada de 4 N, mostrado a nucleação de trincas.
P - carga utilizada no ensaio, ( N )
73
Fonte: Lathabai et al. (1991) 75
19
Pesquisa: Tenacidade à Fratura e Fadiga Bibliografia consultada
Fischer-Cripps, A. C. “Introduction to Contact
Artigo científico:
Mechanics”. 2nd Edition, New York: Springer, 2007.
“A method to measure fracture toughness using
indentation in REBa2Cu3O7-δ superconductor single Garcia, A.; Spim, J. A.; Santos, C. A. “Ensaios dos
crystals” Materiais”, 1ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2008.
https://doi.org/10.1063/1.3662121 Gere, J. M.; Goodno, B. J. “Mecânica dos Materiais”, 7ª
ed., São Paulo: Cengage Learning, 2010.
Lathabai et al. J. Mater. Sci. 26 (1991) 2157.
Dissertação de Mestrado:
“Tratamento e análise de dados de ensaios de fadiga Meyers, M. A.; Chawla, K. K. “Princípios de Metalurgia
axial do aço AISI 316L processado por manufatura Mecânica”, 1ª ed., São Paulo: Edgard Blucher, 1982.
aditiva”
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/247409
77 79
Askeland, D. R.; Phulé, P. P. “Ciência e Engenharia dos Schackelford, J. F. “Ciência dos Materiais”, 6ª ed., São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
Materiais”, 1ª ed., São Paulo: Cengage Learning, 2008.
Serbena, F. C. The Brittle-Ductile Transition of NiAl
Callister, W. D.; Rethwisch, D. G. “Ciência e Engenharia
Single Crystals [Thesis - Doctor of Philosophy]. London:
dos Materiais: Uma Introdução”, 8ª ed., Rio de Janeiro:
University of Oxford, 1995.
LTC, 2013.
Souza, S. A.. “Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos”.
Cook, R. F.; Pharr, G. M. J. Am. Ceram. Soc. 73 (1990) São Paulo: Edgard Blücher, 1982.
787.
78 80
20