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COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Proteção contra Incêndios


Proteção contra incêndios

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Proteção contra incêndios

FOGO
É constantemente utilizado pela sociedade.
Sob controle do homem, tornou-se indispensável nos processos de evolução da humanidade.

INCÊNDIO
É o fogo que foge do controle.
Pode causar perdas humanas, materiais e/ou danos ao meio ambiente.

Para melhorar a compreensão sobre fatores relativos a um incêndio, são tratados neste item os
principais conceitos de assuntos relacionados ao tema, com o intuito de qualificar a reflexão.

DEFINIÇÃO DE FOGO:
Apesar dos diversos avanços na segurança contra incêndio, a definição de fogo não é consenso
mundial, abaixo algumas definições utilizadas em normas em alguns países.
• Brasil – Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - NBR 13860: fogo é o
processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.
• Estados Unidos da América – National Fire Protection Association (NFPA) – NFPA
101A: fogo é a oxidação rápida autossustentada acompanhada de evolução variada da intensidade de
calor e de luz.
• Inglaterra – British Standard Institution - BS 4422 Part 1: fogo é o processo de
combustão caracterizado pela emissão de calor acompanhado por fumaça, chama ou ambos.
• International Standard Organization (ISO) - ISO 8421-1: fogo é o processo de
combustão caracterizado pela emissão de calor acompanhado de fumaça, chama ou ambos.
O conceito de combustão é bastante empregado pelos diversos institutos normativos, segundo a
ISO 8421-1, combustão é a reação exotérmica de uma substância combustível com um oxidante
usualmente acompanhada por chamas e ou abrasamento e ou emissão de fumaça.

Segurança contra incêndios

Conforme Seito (2008), no âmbito da SCI, é importante a conceituação de algumas Medidas de


Proteção Contra Incêndios (MPCI).
• Prevenção de incêndio: É constituída das medidas de segurança contra incêndio que tem
por objetivo evitar incêndios (união do calor com combustíveis). Estas medidas tornam-se mais
importantes quanto maior a quantidade e mais fracionado o combustível se apresentar (gases, vapores,
poeira). Em síntese, são as medidas que trabalham o controle dos materiais combustíveis
(armazenamento/quantidade) das fontes de calor (solda/eletricidade/cigarro) e do treinamento
(educação) das pessoas para hábitos e atitudes preventivas.
• Proteção contra incêndios: São as medidas adotadas com a finalidade de dificultar a
propagação do incêndio e manter a estabilidade da edificação. Normalmente estão divididas em dois
grupos, proteções ativas e passivas, conforme trabalhem, reagindo ou não em caso de incêndio. São
exemplos de medidas de proteção passiva, paredes e portas corta-fogo; diques de contenção, armários
e contentores para combustíveis; afastamentos; proteção estrutural, controle dos materiais de
acabamento. São exemplos de medidas de proteção ativas, sistema de ventilação (tiragem) de fumaça;
sistema de chuveiros automáticos (sprinkler).

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Proteção contra incêndios

• Combate a incêndio: É composto de tudo o que é usado para se extinguir incêndios, tais
como, equipamentos manuais (hidrantes e extintores) complementados por equipes treinadas; sistemas
de detecção e alarmes; sistemas automáticos de extinção; Planos de Auxilio Mútuo – (PAMs); corpo de
bombeiros públicos e privados, condições de acesso à edificação pelo socorro público; reserva de água
e hidrantes públicos, dentre outros.
• Meios de escape: Os meios de escape são geralmente constituídos por medidas de
proteção passiva, tais como escadas seguras, paredes, portas (corta-fogo), mas podem também incluir
medidas de proteção ativa, como sistemas de pressurização de escadas e outros. Dependem ainda dos
sistemas de detecção, alarme e iluminação de emergência e, em alguns casos, de uma intervenção
complementar de equipes treinadas para viabilizar o abandono, especialmente nos locais de reunião de
público. Destaca-se essa medida de proteção contra incêndio, em relação às demais, devido à sua
fundamental importância para a vida humana, e por sua ação básica nos trabalhos de resposta a
emergências, visto que as equipes de resposta normalmente acessam a edificação e as vítimas por
meios de escape.
• Gerenciamento: Inclui-se a esta medida de proteção contra incêndio todas às medidas
administrativas e do cotidiano, como o treinamento e reciclagem das equipes de resposta a
emergências, a existência de um plano e um procedimento de emergência, a manutenção dos
equipamentos instalados, a adequação dos meios instalados com o risco existente (o qual muitas vezes
é alterado sem que se efetue a necessária adequação dos meios), dentre outros. Resumindo, abrange a
manutenção dos sistemas e a administração da resposta às emergências, incluindo o treinamento do
pessoal e sua ação fundamental em locais de reunião de público.
• O correto entendimento e cumprimento de todas as medidas acima citadas, junto às
medidas normativas exigidas de prevenção, proteção, e combate a incêndios, além de detalhes da
concepção construtiva da edificação, não traz garantias de sucesso no aspecto essencial de todas estas
medidas, a preservação da vida humana, mas sem dúvida, o não cumprimento dos mesmos, deve
acarretar na perda de muito mais pessoas vítimas de incêndios.

Recomendações para se evitar o fogo

Armazenagem adequada de materiais


combustíveis e inflamáveis;

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Cuidados com instalações elétricas

Instalação de para-raios

Manter ordem e limpeza

Cuidado com fumantes

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Proteção contra incêndios

Risco de faíscas e fagulhas

Como evitar um incêndio


O primeiro passo para se prevenir um incêndio, é prevenir que surja o fogo.
As substâncias que tem a propriedade de pegar fogo e queimar, são chamadas de combustíveis.
Existem 3 tipos de combustíveis: sólidos, líquidos e gasosos.
Além dos combustíveis, para que haja fogo, também é necessário uma fonte de calor, que em
alguns casos, até o calor do sol é suficiente para combustão.
Todo fogo é alimentado pelo oxigênio, portanto completando o triângulo do fogo, existe o
comburente.
Eliminando-se qualquer um desses elementos, não haverá fogo.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO FOGO

O fogo é composto dos seguintes elementos, combustível, comburente, calor e reação em


cadeia. Segundo Silveira (2011), para que o processo de combustão ocorra e o fogo se mantenha, é
indispensável à presença de todos os elementos.
A figura abaixo ilustra a representação conhecida até bem pouco tempo, como triângulo do
fogo, ou o conceito utilizado atualmente de tetraedro do fogo.

Fonte: Klein (2014).

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Inicialmente criou-se a teoria conhecida como triângulo do fogo que explicava os meios de
extinção do fogo pela retirada do combustível, do comburente ou do calor. Com a descoberta de
agentes extintores capazes de interromper a reação química em cadeia, foi necessário mudar a teoria, a
qual atualmente é conhecida como tetraedro do fogo. Cada um dos quatro lados representa um
elemento do fogo, e devem coexistir ligados para que o fogo se mantenha (SEITO, 2008).
Conforme Freire (2009), toda dinâmica do fogo é influenciada pela atividade humana e pelo
desempenho das edificações. A combinação de materiais combustíveis (papéis, madeira, tecidos,
líquidos inflamáveis) com oxigênio gera uma reação exotérmica, e em função da transmissão de calor,
vários focos de incêndio podem aparecer em várias partes da edificação em que o triângulo do fogo for
fechado.

Combustível:
É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É o elemento que serve de
campo de propagação ao fogo.
Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e a grande maioria precisa passar pelo
estado gasoso para, então, produzir vapores inflamáveis capazes de se combinar com o oxigênio. A
velocidade da queima de um combustível depende de sua capacidade de combinar com oxigênio sob a
ação do calor e da sua fragmentação (área de contato com o oxigênio).

Combustíveis sólidos:
A maioria dos combustíveis
sólidos transformam-se em
vapores e, então, reagem com o
oxigênio. Outros sólidos (ferro,
parafina, cobre, bronze)
primeiro transformam-se em
líquidos, e, posteriormente, em
gases, para então se
queimarem.

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Quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o aquecimento do material e,


consequentemente, o processo de combustão. Como exemplo: um tronco de árvore exigirá muito calor
para queimar, mas, se transformada em palha (gravetos), queimará com facilidade. Assim sendo,
quanto maior a fragmentação do material, maior será a velocidade da combustão.

Combustíveis líquidos:
Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor,
aumentando o perigo para os bombeiros.
Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contem. Se derramados, os líquidos tomam
a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas.
Tomando como base o peso da água, cujo litro pesa 1,0 Kgf, classificamos os demais líquidos
como mais leves ou mais pesados. É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais
leves que água e, portanto, flutuam sobre ela.
Outra propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade de
misturar-se à água. Os líquidos derivados do petróleo (hidrocarbonetos), têm pouca solubilidade, ao
passo que líquidos como álcool, acetona (solventes polares), têm grande solubilidade, isto é, podem ser
diluídos até um ponto em que a mistura (solvente polar + água) não seja inflamável.

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A volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de grande
importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo
explosão.

Combustíveis gasosos:
Os gases não têm volume definido, tendendo,
rapidamente, a ocupar todo o recipiente em
que estão contidos.
Se o peso do gás é menor que o do ar (no
caso do GN), o gás tende a subir e dissipar-
se. Mas, se o peso do gás é maior que o do ar
(no caso do GLP), o gás permanece próximo
ao solo e caminha na direção do vento,
obedecendo os contornos do terreno.

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CUIDADOS COM O GLP

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Processo de Queima
O início da combustão requer a conversão do combustível para o estado gasoso, o que se dará
por aquecimento. Submetidos ao calor, os sólidos e os líquidos combustíveis se transformam em gás
para se inflamarem. O combustível pode ser encontrado nos três estados da matéria: sólido, líquido ou
gasoso. Como exceção e como casos raros, há o enxofre e os metais alcalinos (potássio, cálcio,
magnésio etc.), que se queimam diretamente no estado sólido.

Comburente:
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum é que o
oxigênio desempenhe esse papel.

A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de


nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambientes com a
composição normal do ar, a queima desenvolve-se com
velocidade e de maneira completa (notam-se chamas).
Contudo, a combustão consome o oxigênio do ar num
processo contínuo.

Quando a porcentagem do oxigênio do ar do ambiente


passa de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%,
a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não mais
chamas.

Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atinge


concentração menor que 8%, não há combustão.

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Reação em cadeia:
A reação em cadeia torna a queima autossustentável
O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores,
que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando
um ciclo constante.

Resumo
• Combustível: é o material oxidável (sólido, líquido ou gasoso) capaz de reagir com o
comburente (em geral o oxigênio) numa reação de combustão.
• Comburente: é o material gasoso que pode reagir com um combustível, produzindo a
combustão.
• Calor: é o elemento que dá início ao processo de combustão, introduzindo na mistura
combustível/comburente, a energia mínima inicial necessária. Fontes mais comuns são: chamas,
superfícies aquecidas, fagulhas, arcos elétricos, além de raios como fonte natural.
• Reação em Cadeia: é o processo de sustentabilidade da combustão, pela presença de
radicais livres, que são formados durante o processo de queima do combustível.

FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO

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Condução:
É a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Colocando-se,
por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro próxima a uma fonte de calor, as moléculas desta
extremidade absorverão calor; elas vibrarão mais vigorosamente e se chocarão com as moléculas
vizinhas, transferindo-lhes calor.
Essas moléculas vizinhas, por sua vez, passarão adiante a energia calorífica, de modo que o
calor será conduzido ao longo da barra para a extremidade fria. Na condução, o calor passa de
molécula a molécula, mas nenhuma molécula é transportada com o calor.
Quando dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzido através deles como se
fossem um só corpo.

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Convecção:
É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases ou de líquidos dentro
de si próprios. Quando a água é aquecida num recipiente de vidro, pode -se observar um movimento,
dentro do próprio líquido, de baixo para cima. À medida que a água é aquecida, ela se expande e fica
menos densa (mais leve) provocando um movimento para cima. Da mesma forma, o ar aquecido se
expande e tende a subir para as partes mais altas do ambiente, enquanto o ar frio (mais denso) toma
lugar nos níveis mais baixos. A essa movimentação chamamos de corrente de convecção.

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Irradiação:
É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam através do espaço. As
ondas de calor propagam-se em todas as direções, e a intensidade com que os corpos são atingidos
aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou mais afastados da fonte de calor.
Um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorífica para um outro mais frio até que
ambos tenham a mesma temperatura. O bombeiro deve estar atento aos materiais ao redor de uma
fonte que irradie calor para protegê-los, a fim de que não ocorram novos incêndios. Para se proteger, o
bombeiro deve utilizar roupas apropriadas e água (como escudo).
O Sol, transmite calor através de irradiação que se propaga pelo ar.
Se pessoas permanecerem muito tempo expostas a esta irradiação, podem sofrer queimaduras
graves na pele

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Proteção contra incêndios

Resumo:
• Condução: Transferência de calor através de um corpo sólido de molécula em molécula.
• Convecção: Transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases.
• Irradiação: Transferência de calor por ondas de energia calorífica que deslocam através
do espaço.

Classes de Fogo

Para se combater um incêndio usando os métodos adequados (extinção rápida e segura), há a


necessidade de entendermos quais são as características que definem os combustíveis.
Existem cinco classes de combustíveis reconhecidas pelos maiores órgãos voltados ao estudo
do tema, sendo elas:
• Classe A – sólidos combustíveis;
• Classe B – líquidos inflamáveis;
• Classe C – materiais energizados;
• Classe D – metais pirofóricos;
• Classe K – óleos e gorduras.

Fala-se também em uma nova classe, a Classe E, que representa os materiais químicos e
radioativos (urânio, césio), mas ainda não é reconhecida internacionalmente.

CLASSE “A”

Definição: são os incêndios ocorridos em


materiais fibrosos ou combustíveis sólidos.

Características: queimam em razão do seu


volume, isto é, em superfície e profundidade. Esse
tipo de combustível deixa resíduos (cinzas ou
brasas).

Exemplos: madeira, papel, borracha, cereais,


tecidos etc.

Extinção: geralmente o incêndio nesse tipo de


material é apagado por resfriamento.

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CLASSE “B”

Definição: são os incêndios ocorridos em


combustíveis líquidos ou gases combustíveis.

Características: a queima é feita através da sua


superfície e não deixa resíduos.

Exemplos: GLP, óleos, gasolina, éter, butano etc.

Extinção: por abafamento.

CLASSE “C”

Definição: são os incêndios ocorridos em


materiais energizados.

Características: oferecem alto risco à vida na ação


de combate, pela presença de eletricidade.
Quando desconectamos o equipamento da sua
fonte de energia, se não houver nenhuma bateria
interna ou dispositivo que mantenha energia,
podemos tratar como incêndio em classe A ou
classe B.

Exemplos: transformadores, motores,


interruptores etc.

Extinção: agentes extintores que não conduzam


eletricidade, ficando vedada a água.
CLASSE “D”

Definição: são os incêndios ocorridos em metais


pirofóricos.

Características: irradiam uma forte luz e são


muito difíceis de serem apagados.

Exemplos: rodas de magnésio, potássio, alumínio


em pó, titânio, sódio etc.

Extinção: através do abafamento, não devendo


nunca ser usado água ou espuma para a extinção
desse tipo de incêndio.

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CLASSE “K”

Definição: são os incêndios em banha, gordura e


óleos voltados ao cozimento de alimentos.

Características: é uma classe de muita


periculosidade, ao passo que o trato de banha,
gordura e óleos é bastante comum nas cozinhas
residenciais e industriais.

Exemplos: incêndios em cozinhas quando a


banha, a gordura e os óleos são aquecidos.

Extinção: JAMAIS TENTAR COMBATER COM


ÁGUA. Essa classe reage perigosamente com
água, gerando explosões e ferindo quem estiver
próximo. O método mais indicado de combater o
incêndio nessa classe é através do abafamento.

Conforme Freire (2009), o agente extintor é todo material utilizado para a extinção do fogo,
interferindo sua reação química, provocando uma descontinuidade. Os agentes mais comuns
encontrados são a água, a espuma mecânica, o gás carbônico (CO2) e o pó químico seco (PQS).
Também se pode considerar como agente extintor a areia, o cobertor e a tampa de panela, que agem
por abafamento no material combustível.

Métodos de extinção do fogo

Para que haja fogo é indispensável à


presença de todos os itens do tetraedro do fogo,
logo os métodos de extinção visam retirar um,
ou mais de um, destes elementos: combustível,
comburente, calor e reação em cadeia.

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EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO


Este método consiste na diminuição da temperatura e, consequentemente, na diminuição do
calor. O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e, finalmente, se
apague.
O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água.

EXTINÇÃO ISOLAMENTO
O isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação.
Existem duas técnicas que contemplam esse método:
• através da retirada do material que esta queimando;
• através da retirada do material que esta próximo ao fogo e que deverá entrar em
combustão por meio de um dos métodos de propagação.

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EXTINÇÃO POR ABAFAMENTO


Este método consiste em impedir que o COMBURENTE (geralmente o oxigênio), permaneça
em contato com o combustível, numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão.
Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde
que esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um
determinado tempo.

EXTINÇÃO QUÍMICA
O processo da extinção química visa a combinação de um agente químico específico com a
mistura inflamável (vapores liberados do combustível e comburente), a fim de tornar essa mistura não
inflamável.
Logo, esse, método não atua diretamente num elemento do fogo, e sim na reação em cadeia
como um todo.

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Proteção contra incêndios

Conforme Gomes (2008), a água é conhecida como o mais completo dos agentes extintores
utilizados. Sua importância se dá em função do isolamento dos riscos, mesmo que não leve a completa
extinção do incêndio, facilita a aproximação dos bombeiros para que sejam utilizados outros meios,
caso necessário.
Atualmente a água é largamente utilizada em sistemas de proteção contra incêndios como
sistemas de hidrantes e mangotinhos e como chuveiros automáticos, tendo como objetivo o controle e
extinção rápida e eficiente do incêndio.

Extintores de Incêndio
A finalidade do extintor é realizar o combate imediato e rápido em pequenos focos de incêndio.
Sendo assim, o extintor não deve ser considerado como substituto de sistemas de extinção mais
complexos, mais sim, como equipamento adicional.
É fundamental que o brigadista entenda a diferença entre os tipos de extintores e saiba como
deve utilizá-los em situações de incêndio.
Cabe ressaltar que a aplicação dos extintores em princípio de incêndio não deve justificar
qualquer demora no acionamento no sistema de alarme geral e na mobilização de maiores recursos,
mesmo quando perecer que o fogo pode ser dominado rapidamente.

Manejo:
• Retirar o extintor do suporte e levá-lo até o local onde será utilizado;
• Retirar o esguicho do suporte, apontando para a direção do fogo;
• Romper o lacre da ampola do gás expelente;
• Abrir totalmente o registro da ampola;
• Dirigir o jato d’água para a base do fogo.

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Proteção contra incêndios

Extintores de água
Extintor de incêndio do tipo carga de água é aquele cujo agente é a água expelida por meio de
um gás.
Quanto à operação eles podem ser:
• Água Pressurizada: É aquele que possui apenas um cilindro para a água e o gás
expelente. Sua carga é mantida sob pressão permanente.
• Água-gás: É aquele que possui uma câmara, um recipiente de água e um cilindro de alta
pressão, contendo o gás expelente.
A pressurização só se dá no momento da operação. Os extintores de água, são aparelhos
destinados a extinguir pequenos focos de incêndio Classe “A”, como por exemplo em madeiras, papéis
e tecidos.

Manutenção:
Para que possamos manter o extintor de água em perfeitas condições, devemos:
• Inspecionar frequentemente os extintores;
• Recarregar imediatamente após o uso;
• Anualmente verificar a carga e o cilindro;
• Periodicamente verificar o nível da água, avarias na junta de borracha, selo,
entupimento da mangueira e do orifício de segurança da tampa.
• Verificação do peso da ampola semestralmente.
Observação:
Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade em hipótese alguma.
Coloca em risco avida do operador.
O alcance do jato é de aproximadamente 08 (oito) metros.

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Proteção contra incêndios

Extintor de espuma química


Indicado para princípios de incêndio na Classe “B”, também podendo ser utilizado para
combater um incêndio de Classe “A”, porém com menor eficácia.
Neste tipo de aparelho extintor, o cilindro contém uma solução de água com bicarbonato de
sódio mais o agente estabilizador.
A solução de sulfato de alumínio é colocado em um outro recipiente que vai internamente no
cilindro, separando a solução de bicarbonato de sódio e alcaçuz.

Manutenção:
Para que possamos ter um extintor de espuma em perfeitas condições de uso, é importante
saber:
Deve ser vistoriado mensalmente;
• Sua carga e o poder de reação das soluções devem ser examinados a cada seis meses;
• Sua carga deve ser renovada anualmente, mesmo que ele não seja usado;
• Após o uso, o extintor de espuma deve, tão logo seja possível, ser lavado internamente
para que os resíduos da reação química não afetem as paredes do cilindro pela corrosão;
• Após o seu uso, fazer a recarga o mais breve possível.
Observação:
Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade em hipótese alguma, pois
coloca em risco a vida do operador.

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Proteção contra incêndios

Extintor de Gás Carbônico (CO2)


É um gás inerte, sem cheiro e sem cor. Devido à sua capacidade condutora ser praticamente
nula, o CO2 é muito usado em incêndios de Classe “C”.
A sua forma de agir é por abafamento, podendo também ser utilizado nas classes A (somente
no seu início) e B (em ambientes fechados).

Manutenção:
Os extintores de CO2 devem ser inspecionados e pesados mensalmente.
Se a carga do cilindro apresentar uma perda superior a 10% de sua capacidade, deverá ser
recarregado.
A cada 5 anos devem ser submetidos a testes hidrostáticos. Este teste deve ser feito por firma
especializada, de acordo com normas da ABNT.
Observação:
Como atua por abafamento, o CO2 deve ser aplicado de forma homogênea e rápida, pois
dissipa-se com muita facilidade.

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Proteção contra incêndios

Extintor de Pó Químico
Os extintores com pó químico, utilizam os agentes extintores bicarbonato de sódio (o mais
comum) ou o bicarbonato de potássio.
Especialmente indicado para princípios de incêndio das Classes B e C.
O extintor de pó químico pressurizado utiliza como propelente o nitrogênio, que, sendo um gás
seco e incombustível, pode ser acondicionado com o pó no mesmo cilindro.
O extintor de pó químico a pressurizar, utiliza como propelente o gás carbônico (CO2), que,
por ser um gás úmido, vem armazenado em uma ampola de aço ligada ao extintor.

Manutenção:
Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída anualmente.

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Proteção contra incêndios

Extintor de Pó Multiúso (ABC)


Os extintores com pó químico multiúso são à base de Monofosfato de Amônia siliconizado
como agente extintor.
É indicado para princípios de incêndio das Classes A, B e C.

Manutenção:
Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída anualmente.

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Proteção contra incêndios

Extintor para Classe D

Para princípio de incêndio de


classe D, é preciso usar extintores
especiais de pó de grafite, cloreto de
sódio ou pó de talco.
Também pode ser utilizado
areia para extinguir.
Age por abafamento.

Extintor para Classe K

Os extintores de agente úmido classe K, contém uma solução


especial de acetato de potássio, diluída em água, que quando
acionado é descarregada com um jato tipo neblina (pulverização)
como em um sistema fixo. O fogo é extinto por resfriamento e pelo
efeito asfixiante da espuma

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Proteção contra incêndios

Inspeção de Extintores
Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção, devendo ser inspecionado no
mínimo 1 vez por mês, sendo observado seu aspecto externo, os lacres, manômetros e se os bicos e
válvulas de alívio não estão entupidas.

Localização dos Extintores


Os extintores deverão ser instalados em locais de fácil acesso e visualização;
Extintores não poderão estar instalados em paredes de escadas e não poderão ser encobertos
por pilhas de materiais.

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Proteção contra incêndios

Resumo: Classes de Incêndio X Tipos de Extintores

Equipamentos de combate a incêndios

Hidrantes e mangotinhos:

Conforme NBR 13714:2000


• Hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas
contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e
demais acessórios.
• Mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída contendo válvula
de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semi-rígida, esguicho regulável e demais
acessórios.
• Sistema de hidrantes ou de mangotinhos: Sistema de combate a incêndio composto por
reserva de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou
mangotinhos e outros acessórios descritos nesta Norma.

Sistemas de combate a incêndio


Os sistemas de combate a incêndio estão divididos em sistemas de mangotinhos (tipo 1) e
sistemas de hidrantes (tipos 2 e 3), conforme especificado na tabela abaixo.

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Proteção contra incêndios

Tipos de sistemas
Mangueiras
Vazão
Tipo Esguicho Diâmetro Comprimento Saídas
(L/min)
(mm) Máximo (m)
1 Regulável 25 ou 32 30 1 80 ou 100
Jato compacto
2 40 30 2 300
Ø16mm ou regulável
Jato compacto
3 65 30 2 900
Ø25mm ou regulável

Componentes para cada hidrante simples ou mangotinho


Tipos de sistemas
Materiais
1 2 3
Abrigo(s) Sim Sim Sim
Mangueira(s) de incêndio Não Sim Sim
Chaves para hidrantes, engate rápido Não Sim Sim
Esguicho(s) Sim Sim Sim
Mangueira semi-rígida Sim Sim Não

Sistema tipo 1

Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo – FSNH 32


Proteção contra incêndios

Sistema tipo 2

Sistema tipo 3

Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo – FSNH 33


Proteção contra incêndios

Abrigo:

Conforme NBR 13714:2000

• Abrigo: Compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar


mangueiras, esguichos, carretéis e outros equipamentos de combate a incêndio, capaz de proteger
contra intempéries e danos diversos.

Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo – FSNH 34


Proteção contra incêndios

Mangueiras:
Confeccionadas em fibra sintética, tecedura paralela com revestimento interno (tubo),
produzido com composto de borracha vulcanizada. Medindo 15m e 30m de comprimento e 1.1/2” ou
2.1/2” de diâmetro.
Pressão Máxima
Mangueira
de Trabalho
Tipo 1
980 KPa
destina-se a edifícios de
(10 Kgf/cm²)
ocupação residencial
Tipo 2
destina-se a edifícios 1370 KPa
comerciais e industriais ou (14 Kgf/cm²)
corpo de bombeiros
Tipo 3
destina-se a área naval e
1470 KPa
industrial ou corpo de
(15 Kgf/cm²)
bombeiros, onde é desejado
uma maior resistência à abrasão
Tipo 4
destina-se a área industrial, 1370 KPa
onde é desejável uma maior (14 Kgf/cm²)
resistência à abrasão
Tipo 5
Destina-se a área industrial
1370 KPa
onde é desejável uma alta
(14 Kgf/cm²)
resistência a abrasão e a
superfícies quentes

Forma correta de armazenamento:


• Estique a mangueira de incêndio por completo sob uma superfície plana;
• Dobre a mangueira de forma que as uniões fiquem distantes entre si um metro;
• Inicie o enrolamento conforme a imagem abaixo.

• Ao término do enrolamento a mangueira deverá obter a configuração abaixo.

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Proteção contra incêndios

Chave Storz para mangueira de hidrante:

A chave storz para mangueira de hidrante é um componente útil que deve sempre acompanhar
as mangueiras, uma vez que seu uso é essencial para realização de ajustes, acoplamento e
desacoplamento das extremidades desses equipamentos essenciais para combater o fogo.
Criada em 1882 e patenteada alguns anos mais tarde na Suíça, ela é amplamente empregada até
hoje. A chave storz é comumente fabricada em alumínio ou latão e apresenta estrutura robusta com
formato similar a um gancho devido à presença de flanges intertravadas.
Aplicação e especificidades da chave storz para mangueira de hidrante:
Apesar de ser um dispositivo relativamente simples, a chave storz é indispensável para a
correta utilização das mangueiras, pois ela permite a vedação completa de sua extremidade com a
bomba ou hidrante.
A principal vantagem no uso de mangueiras com acoplamento storz é a rapidez com a qual é
realizado seu trancamento que se dá com apenas um quarto de volta. Sem a necessidade de rosquear
diversas vezes, não há perda de tempo;
Além disso, como já apontado, devido a sua vedação completa, esse fator evita vazamentos de
água que podem comprometer a pressão com a qual o jato é direcionado aos focos de incêndio. Com
isso, justifica-se a importância do acoplamento storz;
Outra vantagem é a durabilidade desse tipo de acoplamento que não sofre danos caso seja
arrastado ou caia sobre superfícies duras, diferentemente do que ocorre com as roscas que são mais
sensíveis e passíveis de sofrerem deformações;
A presença das chaves storz, portanto, é necessária para garantir maior segurança e efetividade
no uso dos dispositivos de combate a incêndios e deve ser constante, logo, caso elas sejam perdidas ou
danificadas, sua reposição deve ser feita rapidamente.

Chave Storz dupla

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Proteção contra incêndios

Esguicho:

Conforme NBR 13714:2000

• Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma,


direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato compacto.

O esguicho é uma parte muito importante dos equipamentos e acessórios de segurança para o
combate ao incêndio. São eles que irão direcionar a água para os focos do incêndio, quando conectados
à mangueira. Existem muitos tipos e cada um possui uma característica diferente, pois eles precisam se
adequar a todos os tipos de necessidades. Um dos mais utilizados é o esguicho regulável para
mangueira.
O esguicho regulável para mangueira é mais versátil, pois com ele, é possível regular a pressão
do jato da água, garantindo um melhor controle do jato de água no momento de combater o incêndio.
Alguns esguichos não possuem a mesma função, é o caso do esguicho agulheta, em que não há
como regular a pressão de água que sai do jato. Isso pode ser ruim em algumas situações, já que pode
inundar o local justamente por não ter como efetuar esse controle.

Esguicho agulheta

Esguichos reguláveis

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Proteção contra incêndios

Sprinklers (chuveiros automáticos):

O sistema consiste na distribuição de


encanamentos de 4, 6, 8 ou 10 polegadas, ligados ao
encanamento central do qual saem ramificações de tubos
cujos diâmetros diminuem à medida que se afastam da
linha principal. Nessas ramificações são instalados os
bicos que dão vazão a água, cuja quantidade e tipo
variam de acordo com o risco a proteger.

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Proteção contra incêndios

Central de Alarme de incêndio:

Botoeira:

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Proteção contra incêndios

Detectores:

Detector óptico de fumaça


O detector óptico de fumaça é ativado ante a
presença de produtos de combustão: fumaça
visível.
Seu princípio de funcionamento se baseia na
técnica de dispersão de luz no interior de uma
câmara que emite luz infravermelha pulsante.
Ao entrar fumaça na câmara, esta é detectada por
um fotodiodo receptor e dispara o detector.

Detector de temperatura
O Detector de Temperatura Endereçável é um
dispositivo desenvolvido para o sistema de
detecção e alarme de incêndio.
É adequado para locais que contém materiais que
geram muito calor e pouca fumaça. Também é
indicado para instalação em ambientes com gases,
vapor ou muitos elementos em suspensão, locais
onde os detectores de fumaça estão suspeitos a dar
alarmes em falso. O Detector de Temperatura
Endereçável dispara quando ocorre aumentos
repentinos na temperatura ou quando ultrapassa o
limite de 57±3°C.

Detector de fumaça linear


Com um excelente microprocessador interno, o
detector tem grande habilidade de análise e
decisão. Pode realizar o ajuste do sistema, a
compensação da variação de dados ambientais, e
o julgamento de fogo e de falha com algoritmo
fixo. Com novo design, esteticamente agradável,
método flexível de análise e de alinhamento, é
fácil de instalar e ajustar. A sensibilidade do
detector pode ser ajustada através do programador
manual em campo, variando a capacidade de
leitura, de acordo com as condições do campo,
ampliando assim as áreas de aplicação.

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Proteção contra incêndios

Sinalização:

A principal referência normativa para sinalização de emergência contra incêndio é a NBR


13.434.
A comunicação deve ser visual e acessível, recomenda-se:
• Tipologia de fácil leitura, compreensão, com grafismo, cor e tamanho adequado;
• Colocação de painéis informativos em todos os locais de risco, de circulação e de
informação, existentes nos andares da edificação, com visualidade e localização de fácil acesso;
• Cores, letra/fundo, possibilitando contraste adequado beneficiando os trabalhadores
com dificuldade de compreensão e evitando perturbações ou desconforto no usuário geral.
Esse tipo de sinalização apresenta símbolos, formas dimensões e cores, assim como alguns
requisitos e métodos de ensaio aplicáveis.

Sinalização de Segurança e as Organizações


A sinalização nos ambientes de trabalho alerta trabalhadores e visitantes sobre os riscos
existentes e a necessidade de utilização dos equipamentos de proteção. Esta sinalização tem por
objetivo chamar a atenção, de forma rápida e inteligível, para objetos ou situações que comportem
riscos ou possam estar na origem de perigos.

Cores:
• Vermelha: Proibição e identificação de equipamentos de combate a incêndio e alarme.
• Verde: Orientação e socorro.
• Preta: Alerta e sinais de perigo.
Muitas vezes é utilizada a cor de contraste branca para sinalização de proibição e amarela para
sinalização de alerta. As cores de contraste devem ser fotoluminescentes para a sinalização de
orientação e de equipamentos.

Classificação da sinalização de segurança contra incêndio:

Sinalização Básica
A sinalização básica é composta por quatro categorias:
• Proibição
• Alerta
• Orientação e Salvamento
• Equipamentos

Sinalização de Proibição
Sua função é PROIBIR ou COIBIR AÇÕES capazes de conduzir ao incêndio ou ao seu
agravamento.
Características da sinalização:
• Forma: circular;
• Cor de Contraste: branca;
• Barra diametral e faixa circular: vermelha (cor de segurança);
• Cor do símbolo: preta;

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Proteção contra incêndios

PROIBIDO PROIBIDO UTILIZAR O ELEVADOR


FUMAR EM CASO DE INCÊNDIO

Sinalização de Alerta
Sua função é ALERTAR áreas e materiais com potencial de risco.
Características da sinalização:
• Forma: triangular;
• Cor de contraste: amarela
• Moldura: preta
• Cor do símbolo: preta;

RISCO DE CUIDADO
CHOQUE ELÉTRICO RISCO DE INCÊNDIO

Sinalização de Orientação e Salvamento


Sua função é indicar as ROTAS DE SAÍDA e/ou ações para seu acesso. Este tipo de
sinalização deve apresentar efeito fotoluminescente.
Características da sinalização:
• Forma: quadrada ou retangular;
• Cor do fundo: verde;
• Cor do símbolo: cor de contraste fotoluminescente;
• Margem opcional: cor de contraste fotoluminescente.

SAÍDA DE EMERGÊNCIA SAÍDA DE EMERGÊNCIA

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Proteção contra incêndios

Sinalização de equipamentos de combate a incêndios


Sua função é indicar a localização e os tipos de EQUIPAMENTOS de combate a incêndio. Este
tipo de sinalização deve apresentar efeito fotoluminescente.
Características da sinalização:
• Forma: quadrada ou retangular;
• Cor do fundo: vermelha;
• Cor do símbolo: cor de contraste fotoluminescente;
• Margem opcional: cor de contraste fotoluminescente.

ACIONADOR DO
ALARME DE INCÊNDIO
EXTINTOR DE INCÊNDIO

Sinalização Complementar
A sinalização complementar é composta por faixas de cor ou mensagens. Este tipo de
sinalização deve ser empregado nas seguintes situações:
• Indicação continuada de rotas de saída;
• Obstáculos e riscos na utilização das rotas de saída (pilares, vigas);
• Mensagens escritas posicionadas com a sinalização básica como complementação.

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Proteção contra incêndios

Sinalização fotoluminescente em ambiente sem iluminação

Exemplo de utilização de sinalização

A – Sinalização básica de PROIBIÇÃO

B – Sinalização básica de ALERTA

C – Sinalização básica de ORIENTAÇÃO E SALVAMENTO

D – Sinalização básica de EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO

E – Sinalização complementar

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Proteção contra incêndios

Rotas de Fuga:

Conforme NBR 13714:2000

• Rota de fuga: Trajeto que deve ser percorrido pelos ocupantes da edificação a partir de
qualquer ponto, de qualquer pavimento, até um local seguro completamente livre dos efeitos de um
incêndio.

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