Você está na página 1de 8

A FORMAÇÃO DA ALMA NO CORPO E A IMORTALIDADE DA ALMA

HUMANA, SEGUNDO SANTO TOMÁS DE AQUINO

José Jailson da Cruz Silva Júnior1

Resumo: Por mais que o período medieval tenha se passado, dando uma resposta definitiva a
tudo aquilo que se propôs na época, é necessário retomar alguns pontos a contemporaneidade,
e uma das temáticas do medievo que deve ser trazido à tona são as questões que circundam a
alma, pois indagações a respeito da alma pairam no universo filosófico, e o Aquinate buscou
traçar uma linha de pensamento para essas indagações ainda no período da renascença. Nesse
sentido, o artigo em questão tem como objetivo propor uma análise daquilo que disse Santo
Tomás de Aquino sobre como se dá a formação da alma no corpo humano e aquilo que
acontece após a morte do corpo, trabalhando a temática da Imortalidade da Alma, utilizando
como texto principal a Suma Contra os Gentios, com base no método da pesquisa
bibliográfica, através de artigos como por exemplo do escritor Carlos Nougué (2021) e de
obras secundárias, tais como o De Anima de Aristóteles, com a finalidade de expor as alusões
do Doutor Angélico a respeito da alma em sua potência e ato.
Palavras-chave: Alma intelectiva. Imortalidade. Metafísica. Suma Contra os Gentios.
Formação da Alma.
1 Introdução

Cada período da filosofia existe/existiu para solucionar os problemas de uma


determinada época. A exemplo do período medieval, temos a visão de que os pensamentos
que caracterizaram tal época foram os juízos ligados à metafísica. O medievo tem a figura de
Santo Tomás como um dos principais expoentes, principalmente no campo da escolástica,
pois o referido Santo dedicou parte de sua vida a combater os pensamentos contrários à fé da
Igreja.
Sendo a metafísica o campo de estudo mais debatido dentro do período medieval,
destaca-se Averróis2, que, dentro da linha de pensamento árabe, deturpa diversas ideias já bem
edificadas pelo Magistério da Igreja, como questões envolvendo a natureza de Deus, a
Santíssima Trindade, deturpando, assim, os dogmas da Igreja. Em resposta a esse movimento
herético, Santo Tomás compila a Suma Contra os Gentios, um de seus principais escritos.
Dentro dessa obra, são apresentadas perguntas de “seus alunos”, muitas vezes fundamentadas
nas teses averroístas, e as suas respectivas refutações dadas pelo Doutor Angélico.
A temática da alma está presente naquilo que Santo Tomás se propôs a responder
dentro da Suma, já que é um dos principais assuntos de estudo da metafísica. Nesse sentido,
1
Bacharelando do curso livre em Filosofia pelo Centro de Estudos Acadêmicos (CEA), do Seminário Diocesano
São João Maria Vianney, localizado em Campina Grande (PB). E-mail: jailsonjuniorr5@gmail.com.
2
Averróis (1126-1198) foi um filósofo arabe que propagou fortemente as ideias de Aristóteles nas localidades
muçulmanas. Por mais que acredita-se que a filosofia de Aristóteles fosse considerada com a mais alta verdade,
não acreditava na imortalidade da alma, um de seus principais pontos de “desconexão” com o pensamento de
Santo Tomás.
vale dizer que o estudo em questão se volta para essas questões sobre a alma, em especial,
sobre a natureza da alma e seu fator de incorruptibilidade.
Naquilo que compreende a fundamentação do artigo, lançamos mão de alguns autores
que compreendem a filosofia Tomista, como também entusiastas da filosofia Medieval e
filósofos antigos, tais como: Aristóteles, em suas obras De Anima e Metafísica; Papa Leão
XIII, com a encíclica Aeterni Patris, e Paulo Faitanin, com os conceitos etimológicos em
relação à alma.
Entender aquilo que é dito pelo Aquinate, em relação à alma, torna-se interessante,
dado que se trata de questões fundamentadas não apenas em uma única pessoa ou período. Ao
se debruçar sobre a temática, Santo Tomás traz à tona diversos filósofos, com suas respectivas
obras consagradas, além de abordar diversos períodos da filosofia. Ele não se fixa apenas no
medievo, buscando embasamento na filosofia antiga, na fisiologia e afins. Em outras palavras,
trata-se de um filósofo que idealiza um referencial teórico, para fundamentar aquilo que
defende sobre o corpo e a alma.
Abordar esta temática é importante, pois mesmo em se tratando de uma questão
debatida na baixa idade média, a alma ainda é um ponto de curiosidade (e de mistério) para
muitas pessoas. Além disso, a ideia de ter em nós algo que é de natureza sobrenatural
desencadeia a vontade de estudar e procurar sobre tal assunto. A relevância deste estudo está
também em propagar as ideias difundidas pelo Doutor Angélico, em busca de defender a fé da
Igreja, sabendo que seus escritos estão caindo em esquecimento pelos acadêmicos, mesmo
que o referido filósofo seja a base para a reestruturação da filosofia cristã, conforme menciona
a carta encíclica Aeterni Patris, do Papa Leão XIII.

2 Alma: conceito e como se forma no corpo humano


Antes de entendermos a formação da alma no corpo e, consequentemente, a
imortalidade da alma humana, é necessário entender o que é a alma, como ela se origina, dado
que se trata de algo imortal e não eterno3.

2.1 A etimologia e o conceito de alma

3
A ideia de alma eterna é descrita por Platão no livro Fédon. Nessa perspectiva platônica, a alma não tem um
início ou fim. Diferente do que pensa Santo Tomás, que a alma é imortal, já que tem um início, mas não tem fim.
A etimologia da palavra alma, no ideal do sânscrito grego (psyché), que aparece como
um deverbal do verbo, significa o sopro, a respiração, a força vital, a vida como um sopro.
Além disso, tem o sentido de individualidade (cada ser detém a sua alma), de imaterialidade e
imortalidade.
Os escritos de Santo Tomás de Aquino estão inteiramente ligados aos escritos de
Aristóteles, com relação à alma. Aquele fará menção, na maioria das vezes, a obra De anima,
de autoria de Aristóteles.
Nesse sentido, quando buscamos o conceito de alma, recorremos a Aristóteles, o qual
argumenta que a alma é o princípio vital de todo ser vivo, animal ou planta, ou seja, é o
princípio que anima os corpos dos seres vivos. Em outras palavras, Aristóteles pauta a alma
como o princípio da vida. E conclui seu pensamento sobre a Psykhe, mencionando que: “Ora,
a alma é ‘aquilo mediante o que vivemos, sentimos e pensamos’ enquanto princípio
primordial, do que se concluí que deve ser noção e forma, e não matéria e substrato” (De
anima, 414a10, p. 77).

2.2 A formação da alma no corpo


Ao entendermos o conceito de alma em Aristóteles, e já sabendo que o Doutor
Angélico faz uso do referido conceito, para embasar seus trabalhos, podemos passar o eixo
que norteia este tópico, entendendo como a alma se “molda” no corpo humano. Antes, faz-se
necessário compreender que existem três tipos de alma: vegetativa, sensitiva e racional.
Alguns desses tipos são voltados a seres específicos, a exemplo do próprio ser humano, que é
dotado da alma racional, o que faz com que ele seja detentor de todos os tipos de alma. Com
isso, concluímos que o ser que for dotado de alma racional detém os três tipos de alma. Saber
a existência dos três tipos de alma é necessário para que eventualmente se entenda como os
três tipos são formados no corpo.
Santo Tomás, ao rebater as correntes heterodoxas, expõe que cada ser humano detém
uma alma própria, a qual, em algum dado momento, preexistiu para que chegasse ao corpo
humano, ou seja, em algum momento, a alma existiu primeiro que o corpo. E como se deu a
origem e criação da alma? O próprio Aquinate responde (Cf. AQUINO, ScG, II, LXXXVII,
1276) que a alma humana tem o seu próprio modo de chegar à existência. A alma não é feita
da matéria do corpo, visto que não é dotada de matéria, então, resta pensar que sua existência
deriva do nada, ou seja, ela é criada. Além disso, vale destacar que qualquer criação vem de
Deus. Entende-se, assim, que a alma humana é criada por Deus e somente por Ele.
A alma começa a se moldar no corpo a partir do início da vida. Foi mencionado
anteriormente que o ser, que é dotado de alma racional, possui três tipos de alma (vegetativa,
sensitiva e racional). Nesse sentido, é válido dizer que o desenvolvimento embrionário é
responsável diretamente pela “evolução” da alma. Porém, como isso acontece? Entende-se
que determinados seres detêm um tipo de alma, em razão de suas próprias características 4.
No corpo humano, forma-se, inicialmente, a alma vegetativa, já que, para a existência
dessa alma, são necessários “menos órgãos”. Esse processo se dá no momento da fecundação,
ainda no sêmen, pois se organiza suficientemente para abrigar uma vida vegetal. Tal alma
deixa o estado de potência e passa a ser ato, alma vegetativa em ato.
Com o progredir do desenvolvimento embrionário, já tendo os órgãos aperfeiçoados e
multiplicados, o mesmo potencial seminal, que fez com que a alma vegetativa viesse à tona,
trará a alma sensitiva, caracterizada por Aristóteles como a responsável por funções
primordiais, a exemplo da locomoção (De anima, 432a15, p.132). Por fim, dado a formação
integral dos órgãos, a alma se torna racional.
É importante deixar claro que o progresso da alma, no corpo humano, não é causado
em virtude do sêmen, que inicia o processo embrionário, mas, sim, devido a um estímulo
“externo”, visto que Aristóteles diz que o intelecto vem de fora (II Sobre a Geração dos
Animais 3, 736b, n.p). Pode-se entender que o estímulo, que faz com que a alma tome pleno
desenvolvimento, seja o estímulo externo da alma do pai, a qual se atribui à geração.
Quanto aos meios pelos quais a alma evolui de sensitiva para racional, são tidas como
não tem uma forma evidente de acontecer, ou seja, não há uma operação específica para tal
formação. O progresso da alma opera em virtude da alma geradora paterna, cujo efeito é um
ser semelhante ao gerador (Cf. AQUINO, ScG, II, LXXXIX, 1742c).
Por fim, foi mencionado que o progresso da alma não está ligado diretamente ao
sêmen, tampouco ao próprio homem. Podemos dizer que a potência de Deus produz a alma e
o corpo, porém, cabe ao sêmen se produzir e idealizar o progresso do corpo humano. Já
quando se volta para a alma, sua criação e evolução são atribuídas a Deus, ou seja, trazendo
para o âmbito da matéria, a alma é produzida sem intermediário algum.
A alma, unida ao corpo, exerce o ofício de “moldá-lo”, com base nos conhecimentos
que a referida alma já possui. Vale ressaltar que a alma não precisa do corpo para sobreviver;
podemos dizer que ela é totalmente independente da matéria corporal, tanto é que, com a
morte física, a alma não se corrompe, ou seja, ela é imortal.
4
Podemos ilustrar esse pensamento com o exemplo da planta, que tem em si a alma vegetativa, pelo simples fato
de que a sua composição material é propícia para a alma vegetativa. Por outro lado, a planta não tem a alma
racional, por não se tornar um ser capaz de pensar e desenvolver raciocínio.
3 A imortalidade da alma humana, mesmo diante da corrupção do corpo
Antes de adentrarmos nas especificidades deste tópico, é necessário compreender o
motivo pelo qual apenas a alma racional detém o “grau” de imortalidade. Os animais têm
dentro de si a alma sensitiva, e as plantas detêm a alma vegetativa, as quais não possuem a
imortalidade, pois não há operação que a alma sensitiva possa fazer fora do corpo, assim
também se procede com a alma vegetativa. Ambas as almas carecem de um corpo para
existirem. Pode-se concluir, então, que, perecendo o corpo, a alma também irá perecer.
Uma dúvida pode ser causada com base no último argumento: já que a alma sensitiva
e a vegetativa carecem de um corpo para existir, a alma intelectual pode existir na ausência de
um corpo? Santo Tomás dedica uma questão da Suma Contra os Gentios (Cf. ScG, II, XCI)
apenas para responder se isso é possível. Assim, é possível que haja substâncias intelectuais
separadas do corpo. Por isso, a alma humana (intelectiva) é imortal, pois aquilo que é
intelecto consegue viver sem o corpo.
Os seres humanos são dotados de uma alma intelectiva, fazendo com que a alma que
habita o ser humano contemple os outros dois tipos de alma, como já mencionado. O que
torna a alma intelectiva superior às demais é o fator incorruptibilidade. O homem tem o
desejo de conhecer e essa é a sua operação própria: a busca pelo conhecimento intelectivo. É
isso que inicialmente se fundamenta o fato de a alma intelectiva ser imortal.
Aquilo que concebemos como alma intelectiva se divide em dois tipos de intelecto:
agente e possível. O intelecto agente é uma espécie de ato em potência, ou seja, é
possibilidade de conhecimento das coisas. Já o intelecto possível segue a ideia de uma
faculdade da alma intelectiva, de caráter individual. Tendo a alma racional duas espécies de
intelecto dentro de si, podemos anexar ao pensamento o fato de que aquilo que é inteligível é
mais perdurável que o sensível. Aquilo que é sensível está fundado em alguma matéria-prima,
ou seja, seu primeiro recipiente, como diz o próprio Santo Tomás (Cf. Aquino, ScG, II,
LXXIX, 1604), é algo corruptível; diferentemente do intelecto presente na alma, que, por si
só, não tem uma origem atrelada a algo material, mas, sim, a uma origem metafísica.
O que foi dito acima ilustra a corruptibilidade do corpo e a incorruptibilidade da alma.
Pode-se dizer que a alma não se corrompe pela destruição do corpo, pelo fato de que as coisas
se corrompem pelos seus contrários ou pela corrupção do seu sujeito. Por exemplo, a visão se
destrói pela corrupção do olho; o sol se corrompe por ação do frio. Com isso, podemos
concluir que algo apenas se destrói se um contrário vier à tona ou se aquilo que o antecede (ou
se faz necessário para sua existência) se corromper. E por que a alma não iria se corromper?
pois não há nada que lhe seja contrário. A alma é “cognoscente e receptiva de todos os
contrários pelo intelecto possível” (Aquino, ScG, II, LXXIX, 1606).
A corruptibilidade do corpo está ligada também ao fato de que o corpo está ligado,
através de vários órgãos, extremamente necessários para a sobrevivência. Em caso de
corrupção de um órgão, o corpo inicia seu processo de corrupção, já que um meio para sua
sobrevivência está frágil. No caso da alma, a corrupção de algum órgão não interfere na
corruptibilidade da alma, ela permanece incorrupta, dado que não existe nenhum órgão ligado
à alma, tanto sua origem quanto sua sobrevivência independe de qualquer fator material, por
isso, a alma se torna algo incorruptível.
Mesmo entendendo que corpo e alma seguem caminhos diferentes, corruptibilidade e
incorruptibilidade, Santo Tomás vai expor (Cf. Aquino, ScG, II, LXXIX, 1625a) que a alma é
necessária para o corpo e vice-versa. A união de corpo e alma não se dá acidentalmente, mas,
substancialmente, ou seja, a alma se une ao corpo, segundo a unidade do ser.
Tendo o corpo se corrompido, a alma, mantendo seu estado de incorruptibilidade,
como fica a alma intelectiva não unida ao corpo? É necessário primeiro compreender que a
alma não migra de corpo em corpo, pois uma alma intelectiva é própria de um único corpo,
não há uma transmigração. Convém que a substância intelectual seja subsistente, porque
opera por si mesma, não depende da essência do corpo, até porque a existência da alma
antecede a existência do corpo. Além disso, o ínfimo da natureza superior sobressai o
supremo da natureza inferior. Vale dizer que a alma intelectiva faz parte das faculdades
superiores e o corpo pertence à natureza inferior. Com isso, a natureza intelectual é superior à
corpórea. Quando a alma se une ao corpo, este atinge o supremo de seu gênero; já aquilo que
é intelecto (próprio da alma), não alcança seu “apice”, apenas o ínfimo, dado que as
faculdades intelectivas não carecem do corpo para existir.

4 Considerações finais
Conforme o que foi mencionado acerca da formação da alma no corpo, como também
acerca da imortalidade da alma, podemos evidenciar que o Doutor Angélico, em seus
argumentos, é enfático em relação à posição daquilo que é a verdade no âmbito da metafísica.
Vale ressaltar que tudo aquilo que é apresentado no decorrer deste texto também reflete a
posição da Igreja. Com isso, Santo Tomás consegue mostrar aos averroístas aquilo que reflete
a posição da filosofia primeira e do magistério da Igreja, mostrando que ambos os campos
(filosófico e religioso) se ladeiam, para buscarem a verdade.
No referido artigo, foi exposto, em primeira instância, o conceito de alma,
fundamentado no texto De Anima, de Aristóteles, como também a formação da alma no
corpo, trazendo à tona o fato de que a alma intelectiva se torna superior às demais almas, dado
que sua origem antecede até mesmo o corpo. Com isso, não se torna necessário à existência
de um corpo, para que a alma intelectiva exista.
O artigo se propôs a responder, mesmo que indiretamente, a questão de “como
surgimos e para onde vamos”. Após a exposição realizada em dois tópicos, resta pensar que a
questão foi respondida com base naquilo que propôs Santo Tomás dentro da sua obra, que foi
usada como base deste estudo, a Suma Contra os Gentios, fazendo uso da figura de
Aristóteles como um pensador, sendo a base para os pensamentos de Aquino.
Por fim, podemos identificar que o alvo das refutações, por parte de Santo Tomás, os
averroístas, tiveram suas teses respondidas e, consequentemente, refutadas, pois Averróis se
propõe a idealizar uma interpretação do racionalismo aristotélico, mencionando, inclusive,
que não apenas a alma intelectiva era imortal, mas, sim, todos os tipos de alma. Com isso,
Santo Tomás, com a devida permissão dos seus superiores, refuta-o, com base no próprio
Aristóteles, expondo todos os argumentos, acima mencionados, a respeito da alma e que eram
tidos como verdadeiros até então.

Referências
ARISTÓTELES. Da Alma: De Anima. Tradução de Edson Bini. v. 1. São Paulo: Edipro,
2011.

FAITANIN, Paulo. Alma: etimologia, sentido, significado e referência! Disponível em:


http://www.aquinate.com.br/wp-content/uploads/2016/11/02-alma-revisado.pdf. Acesso em:
24 abr. 2023.

LEÃO XIII. Carta Encíclica Aeterni Patris (SOBRE A RESTAURAÇÃO DA FILOSOFIA


CRISTÃ CONFORME A DOUTRINA DE SANTO TOMÁS DE AQUINO). Disponível em:
https://estudostomistas.org/aeterni-patris-de-leao-xiii/. Acesso em: 26 abr. 2023.

TOMÁS DE AQUINO. Suma Contra os Gentios. 2. ed. v.1. Campinas: Ecclesiae, 2017.

Você também pode gostar