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p. 75 A autora inicia contestando a noção etapista, afastando a concepção de
que a própria dinâmica do feudalismo tenha criado o capitalismo,
demonstrando que características importantes da conformação
socioeconômica contemporânea já existia no feudalismo, mas não
edificaram a gênese do capitalismo; teria sido o contato das nações
ainda feudais com a concorrência inglesa e o desenvolvimento
industrial que foram puxadas para órbita do modo de produção
capitalista. Ela aponta para longe da concepção que os burgos foram
sementes que destruíram o feudalismo internamente, e para tanto
sugere que para tanto: “em primeiro lugar separarmos capitalista de
burguês e capitalismo de cidade.” Explicar o conceito de burgos”
p. 76 Capitalismo agrário
As cidades geralmente são associadas ao lugar de gênese do
capitalismo; diz-se que basta-se a autonomia das cidades (e seus
burgueses e atividades econômicas características) para que o
capitalismo se desenvolva (sem as amarras ideológicas deveria poderia
ter se desenvolvido praticamente em qualquer era segundo essa lógica).
p. 76-77 Comumente (e de forma equivocada) é dado um caráter natural do
humano práticas ao capitalismo, evidenciado na antiquíssima prática do
comércio e dos agrupamentos urbanos. Wood rebate essanauralidade
apontando para a origem rural do capitalismo, não encarnado na
expansão do comércio ou das margens de lucro, nem fundamentalmente
na relação entre produtores e apropriadores da riqueza, mas na
separação dos trabalhadores do meio de produção (cercamentos dos
campos)
p. 78 A relação produtor X apropriador já era circundada por mercados, mas
no capitalismo o dito mercado toma contornos específicos (agr tudo é
mercadoria, até o trabalho). Além da singularidade desse mercado
também há uma constante necessidade de expansão e concentração
dada a competição estabelecida – inédita nos demais modos de
produção.
p. 79 Se diferentes mercados e relações de exploração sempre existiram,
“como foi que os produtores e apropriadores, assim como a relação
entre eles, passaram a ser tão dependentes do mercado?”. Antes já
havia extensas redes de comércio, mas a principal lógica era “comprar
barato e vender caro”, não se necessitava de uma grande acumulação
anterior e a competição não era tão determinante. Os mercados eram
desarticulados, e sua lógica de lucro estava fundamentada no
transporte: Encontrar um lugar com matéria/produto barata(o), e um
onde possa vender pelo maior valor possível (até aí os produtores que
não eram escravizados ainda detinham os meios de produção).
p.80 Os produtos do mercado (até pelo menos oséculo XVII – o contexto
anteriormente elencado pela autora) eram acessíveis para uma pequena
classe de posses; os camponeses e trabalhadores urbanos que
produziam e marcavam seus excedentes para suprir as demandas
cotidianas. Não havia competição no sentido de melhorar a
eficiência/produtividade da produção e baratear o custo e aumentar o
lucro; a competitividade se dava por meios extra econômicos (domínios
de rotas, normas, instituições financeiras). O mercador apenas fazia
circular.
p. 81 81: Na frança (séc XVIII) pode-se perceber a convivência das lógicas
de comércio com a estrutura de propriedade e produção pré-capitalista;
o camponês tem a terra, e a exploração do excedente se dá por impostos
e rendas; a exceção a esse quadro está na Inglaterra do século XVI.
p. 82 Lá se encontrava um Estado em boas condições de centralização de
poder político (em contraste da “soberania fragmentada do feudalismo);
nação com uma logística bem integrada; Londres estava pujante e a
economia inglesa de base agrária cresce de forma singular: 1) Classe
dominante desmilitarizada aliada a monarquia centralizadora;
aristocracia sem “poderes extraeconómicos autônomos nem uma
propriedade politicamente constituída” igual seus pares europeus.
p. 83 2) Troca entre centralização do poder estatal e o controle da terra pela
aristocracia; acumulação sem precedente de terras conferiu novas
possibilidades de exploração para os latifundiários. Uma grande parte
da terra na mão de arrendatários. Por não ter meios de coerção
suficientes, esses rendeiros não podiam cobrar mais pela terra, sem ao
menos estimular/forçar os produtores a aumentarem a produção
(aumentando o excedente disponível para explorar pelos impostos e
rendas). Normalmente as aristocracias apenas precisavam da coerção.
p. 84-85 A competição passa a ser pautada também pela sujeição dos
arrendatários a um mercado de rendas monetárias, onde os preços a
serem pagos variam; se comparado a França onde os camponeses
tinham mais terra, lá não houve o imperativo da acumulação” já que
suas rendas eram fixas (baseadas na tradição feudal).