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O uso maciço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) é um fator decisivo para
inúmeras mudanças de comportamento ao longo da história recente. Por força destas e
outras tecnologias semelhantes, indivíduos e instituições públicas e privadas tem cada dia
mais se rendido às novas práticas.
Conceitos básicos
Tecnologia da informação (conhecida também pela sigla TI), é uma área que utiliza a
computação como um meio para produzir, transmitir, armazenar, acessar e usar diversas
informações.
Como a tecnologia da informação pode abranger e ser usada em vários contextos, a sua
definição pode ser bastante complexa e ampla. Porém, é utilizada para fazer o tratamento da
informação, auxiliando o usuário a alcançar um determinado objetivo.
Programação;
Banco de dados;
Suporte técnico;
Segurança da Informação;
Testes.
O avanço da tecnologia tem trazido grandes benefícios não somente para a criação de novos
modelos de negócios, novas atividades empresariais até então desconhecidas e acelerado
exponencialmente a transformação digital de grandes corporações. Esse avanço também tem
influenciado o cenário político e, mais especificamente, a forma de interação entre partidos,
candidatos e coligações com seus potenciais eleitores.
Além disso, houve grandes mudanças em relação aos meios de comunicação. Se no passado a
propaganda eleitoral era o principal canal para falar com o público, hoje o contato está muito
mais diverificado, como aplicativos de mensagem, redes sociais e sites de campanhas.
Uma das justificativas para a tecnologia nas eleições é a segurança do voto. O intuito da urna
eletrônica é trazer mais confiabilidade para o pleito. E, ao longo dos anos, diversas soluções
foram implementadas com esse objetivo.
Os componentes físicos das urnas eletrônicas, por exemplo, trazem a proteção contra
softwares de terceiros. A ideia dessa proteção por hardware é que apenas os programas de
autoria da equipe do TSE possam funcionar nas máquinas.
Em relação aos protocolos, as urnas eletrônicas não estão conectadas a redes, como cabo de
internet, bluetooth, celular e wi-fi.
Hoje, os votos são armazenados digitalmente em uma memória removível, via entrada de
pendrive. Além disso, a ordem em que os votos ocorrem é embaralhada para que não seja
possível identificar os eleitores de cada candidato.
Todas essas estratégias, portanto, tentam garantir que a votação seja livre e sigilosa,
atingindo os objetivos previstos na Constituição Federal.
A tecnologia trouxe novas maneiras de divulgar ideias, propostas e críticas aos candidatos.
No entanto, trouxe igualmente preocupações com práticas prejudiciais ao pleno.
Na internet, por exemplo, a propaganda pode ser direcionada para perfis de eleitores. O
candidato cria conteúdos diferentes para homens e mulheres ou para jovens, adultos e
idosos, enquanto a propaganda de massa da TV pode atingir um público geral.
A eficiência na distribuição de conteúdos fez com que boatos, mentiras e fofocas, que
sempre existiram nas campanhas, tenham o potencial de atingir um incontável número de
pessoas e alvos específicos.
A contratação agora só pode ser feita por partidos, coligações, candidatos e seus
representantes diretamente com a empresa provedora do serviço na internet. Além disso, o
conteúdo se restringe a promover e beneficiar o candidato.
A regulamentação da propaganda na internet está prevista no art. 57-A e seguintes da Lei das
Eleições. Lá constam tanto as autorizações, como blogs, sites e redes sociais dos candidatos,
como as proibições, por exemplo, o impulsionamento por terceiros e campanha em sites de
pessoas jurídicas. Igualmente, é importante ficar atento à LGPD, em relação à coleta e uso
dos dados pessoais.
Sendo assim, podemos dizer que a tecnologia nas eleições tem dois lados: é benéfica e, ao
mesmo tempo, contém riscos que precisam ser melhor administrados e regularizados.
Nem sempre os avanços tecnológicos, que são ágeis e constantes, são acompanhados pelo
legislador. Afinal, o Congresso Nacional precisa cumprir todas as etapas do processo
democrático para definir novas regras. Por isso, é um tema que gera grandes preocupações.
Referências bibliográficas
ALBERTIN, A. L. Administração de informática: funções e fatores críticos de sucesso. 4 ed. São Paulo,
Atlas, 2002.