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ESCOLA SECUNDÁRIA DE NAMPULA

Uso elas Tecnologias de Informação no âmbito eleitoral em Moçambique

Nampula

Abril de 2024
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Nome dos elementos do grupo

Abreu Isac

Agnaldo de Jesus Albino

Carolina Muanacha

Célia Alberto

Dionildo Manuel Chicoche

Ernesto Antônio

Ivanete Alfredo

Latifo Momade

Milo Omar

Miguel Buanahaque

Uso de Tecnologia de informação no âmbito eleitoral em Moçambique

Trabalho de carácter avaliativo em


grupo da disciplina de Tecnologia de
informação e comunicação (TIC), da
12ª classe, Turma B1/2, curso diurno
leccionada pela professora:

Escola Secundária de Nampula

Nampula

Abril de 2024
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Índice

Introdução........................................................................................................................................4
Conceito de pensamento:.................................................................................................................5
Tipos de pensamento.......................................................................................................................5
Características do Pensamento........................................................................................................6
As leis do pensamento:....................................................................................................................8
Propriedades do Pensamento...........................................................................................................8
Conceito de Imaginação................................................................................................................10
Tipos de imaginação......................................................................................................................10
Leis de Imaginação........................................................................................................................12
Características de Imaginação.......................................................................................................13
Propriedades da Imaginação..........................................................................................................14
Conclusão......................................................................................................................................16
Bibliografia....................................................................................................................................17
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Introdução

O uso maciço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) é um fator decisivo


para inúmeras mudanças de comportamento ao longo da história recente. Por força destas e
outras tecnologias semelhantes, indivíduos e instituições públicas e privadas tem cada dia
mais se rendido às novas práticas.
Este trabalho foi organizado da seguinte maneira:

 Capa
 Contra-capa
 Introdução
 Desenvolvimento
 Conclusão

Tecnologia da Informação (TI)

Conceitos básicos
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A informação é um conjunto de dados com um significado, que reduz a incerteza ou que


aumenta o conhecimento a respeito de algo (Chiavenato, 1999).

Tecnologia da informação (conhecida também pela sigla TI), é uma área que utiliza a
computação como um meio para produzir, transmitir, armazenar, acessar e usar diversas
informações.

A informação é a correspondência dos elementos de um problema com os signos guardados na


memória ou com os provenientes do ambiente. É a agregação ou processamento dos dados que
proveem conhecimento ou inteligência (BURCH; STRATER, 1974).

A TI é entendida como o conjunto de todas as atividades e soluções produzidas por meio de


recursos tecnológicos da computação para realizar o armazenamento, processamento, utilização e
transmissão da informação. Para a informática, a informação será um dado contextualizado do
qual alguma tomada de decisão poderá ser feita.

Exemplos comuns de Tecnologia da Informação aparelhos telefônicos, softwares, computadores,


satélites, redes de dados, entre outros. Os profissionais da área trabalham para que todos esses
sistemas de comunicação continuem funcionando corretamente, transmitindo informações da
forma mais ágil possível com a ajuda de recursos tecnológicos, buscando melhorias constantes e
também criando e desenvolvendo novas tecnologias que facilitem a vida dos usuários.

Como a tecnologia da informação pode abranger e ser usada em vários contextos, a sua definição
pode ser bastante complexa e ampla. Porém, é utilizada para fazer o tratamento da informação,
auxiliando o usuário a alcançar um determinado objetivo.

A Tecnologia da Informação pode ser dividida de acordo com as seguintes áreas:

 Programação;
 Banco de dados;
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 Suporte técnico;
 Segurança da Informação;
 Testes.

Uso da tecnologia nas eleições

O avanço da tecnologia tem trazido grandes benefícios não somente para a criação de novos
modelos de negócios, novas atividades empresariais até então desconhecidas e acelerado
exponencialmente a transformação digital de grandes corporações. Esse avanço também tem
influenciado o cenário político e, mais especificamente, a forma de interação entre partidos,
candidatos e coligações com seus potenciais eleitores.

Na interatividade com os eleitores, que também são usuários de plataformas de tecnologia, essa
transformação tecnológica trouxe, indubitavelmente, uma enorme contribuição para a
democratização do acesso de muitas pessoas ao conhecimento e informação necessários para o
exercício da democracia por meio do voto. Deu espaço e palanque para muitos que não tinham
voz ou mesmo não poderiam arcar com investimentos relevantes para a divulgação de suas
atividades.

Tecnologia nas eleições: quais são os impactos gerados?

O mundo digital impactou diversos setores da sociedade e isso não foi diferente com a tecnologia
nas eleições. Votos de papel e contagens manuais, que eram o modelo até o começo dos anos
2000, deram lugar às urnas eletrônicas.

Além disso, houve grandes mudanças em relação aos meios de comunicação. Se no passado a
propaganda eleitoral era o principal canal para falar com o público, hoje o contato está muito
mais diverificado, como aplicativos de mensagem, redes sociais e sites de campanhas.
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Neste conteúdo, abordamos os principais impactos da tecnologia nas eleições e quais as


principais soluções de segurança da informação utilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).

A tecnologia nas eleições e a evolução na segurança do voto

Uma das justificativas para a tecnologia nas eleições é a segurança do voto. O intuito da urna
eletrônica é trazer mais confiabilidade para o pleito. E, ao longo dos anos, diversas soluções
foram implementadas com esse objetivo.

Os componentes físicos das urnas eletrônicas, por exemplo, trazem a proteção contra softwares
de terceiros. A ideia dessa proteção por hardware é que apenas os programas de autoria da
equipe do TSE possam funcionar nas máquinas.

Outra tática de segurança é a emissão do boletim de urna. O papel é impresso ao final da votação
com o resultado e fica disponível na sessão. Assim, cada pessoa pode verificar se o que foi
apurado no TSE confere com o obtido localmente.

Em relação aos protocolos, as urnas eletrônicas não estão conectadas a redes, como cabo de
internet, bluetooth, celular e wi-fi.

Por fim, após a cerimônia de inspeção, da qual participam os representantes de universidades e


partidos políticos, o código que será instalado é lacrado na sala cofre do tribunal e só volta a ser
utilizado quando for inserido nas urnas.

Riscos de manipulação eleitoral

Voto de cabresto, adulteração da quantidade de votos por urna, votações em nome de pessoas já
falecidas, pessoas votando várias vezes, diversas fraudes já fizeram parte dos pleitos nacionais. E
a tecnologia nas eleições buscou formas de combater esses desvios.
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Hoje, os votos são armazenados digitalmente em uma memória removível, via entrada de
pendrive. Além disso, a ordem em que os votos ocorrem é embaralhada para que não seja
possível identificar os eleitores de cada candidato.

Também houve a implementação da biometria para deixar o processo de identificação do eleitor


mais seguro. É uma medida que complementa o cadastramento único, implementado em meados
da década de 80.

Todas essas estratégias, portanto, tentam garantir que a votação seja livre e sigilosa, atingindo os
objetivos previstos na Constituição Federal.

Divulgação de fake news por meio de canais de comunicação

A tecnologia trouxe novas maneiras de divulgar ideias, propostas e críticas aos candidatos. No
entanto, trouxe igualmente preocupações com práticas prejudiciais ao pleno.

Na internet, por exemplo, a propaganda pode ser direcionada para perfis de eleitores. O
candidato cria conteúdos diferentes para homens e mulheres ou para jovens, adultos e idosos,
enquanto a propaganda de massa da TV pode atingir um público geral.

A eficiência na distribuição de conteúdos fez com que boatos, mentiras e fofocas, que sempre
existiram nas campanhas, tenham o potencial de atingir um incontável número de pessoas e alvos
específicos.

Esse cenário cria discussões relacionadas à liberdade de expressão e riscos relacionados à Fake
News no âmbito do Direito Digital, tanto pelos legisladores como pelo Tribunal Superior
Eleitoral.

Mudanças nas regras de propaganda eleitoral


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Mudanças recentes nas regras de propaganda foram motivadas pelos avanços nos meios de
comunicação digital. O principal alvo é o impulsionamento, que passou a ser previsto apenas de
modo a permitir a identificação e responsabilização do candidato.

A contratação agora só pode ser feita por partidos, coligações, candidatos e seus representantes
diretamente com a empresa provedora do serviço na internet. Além disso, o conteúdo se restringe
a promover e beneficiar o candidato.

Outra preocupação foi a proibição da venda de cadastros de e-mails. A ideia é impedir a prática
do spam, ou seja, disparos em massa para os endereços eletrônicos, sem a autorização dos
usuários.

A regulamentação da propaganda na internet está prevista no art. 57-A e seguintes da Lei das
Eleições. Lá constam tanto as autorizações, como blogs, sites e redes sociais dos candidatos,
como as proibições, por exemplo, o impulsionamento por terceiros e campanha em sites de
pessoas jurídicas. Igualmente, é importante ficar atento à LGPD, em relação à coleta e uso dos
dados pessoais.

Sendo assim, podemos dizer que a tecnologia nas eleições tem dois lados: é benéfica e, ao
mesmo tempo, contém riscos que precisam ser melhor administrados e regularizados.

Nem sempre os avanços tecnológicos, que são ágeis e constantes, são acompanhados pelo
legislador. Afinal, o Congresso Nacional precisa cumprir todas as etapas do processo
democrático para definir novas regras. Por isso, é um tema que gera grandes preocupações.

Facebook, Twitter, YouTube, Blogs: conceito, arquitetura e importância

O contexto contemporâneo testemunha revoluções tecnológicas e sociais de grande fôlego. As


mídias, de fato, sempre desempenharam um papel muito importante nos processos de construção
cultural e política da sociedade. A diferença é que as mídias sociais conferem nova perspectiva
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ao termo cidadania, com um público que lê, interpreta e passa adiante as mensagens recebidas.
As redes provocaram uma mudança na forma de se comunicar e, ao alterar a comunicação, as
modificaram igualmente as relações sociais.

Embora o acesso à rede ainda seja limitado por exigências materiais e culturais evidentes, há de
se reconhecer que a Internet (e as potencialidades que ela apresenta) se expande rapidamente e
amplia o espaço das fontes de informação. Com isso, a Internet, que, ao mesmo tempo, é
onipresente e muito pessoal, atrai novos atores para a esfera de visibilidade pública e cria um
novo tipo de relação comunicacional entre Estado, instituições e cidadãos.

Não é a tecnologia que determina a sociedade, são os grupos sociais que a determinam. O
ciberespaço, diferentemente de meios tidos como convencionais telefone, rádio, impressos em
geral) ou dos tradicionais espaços públicos no mundo físico (como uma biblioteca, escola ou
aeroporto) permitem, é bem verdade, que a cidadania encontre novas formas para interagir
econômica, política e socialmente. Contudo, isso só é possível por ser de interesse dos grupos
sociais que isso aconteça

Esses canais de diálogo funcionam em um ambiente virtual. Portanto, desde o seu surgimento, as
interações sociais mútuas prescindem de um espaço físico para acontecer. O importante é a
relação de pertencimento, de trocas comunicativas e relacionais, porquanto “[...] o que constitui e
mantém o grupo são as interações, e não o território”

Diante disso, serão feitos breves comentários sobre as redes sociais que seguem, além dos blogs,
por eles se mostrarem os veículos de comunicação mais utilizados pelos políticos, durante as
últimas eleições em Moçambique.

RECURSO. PROPAGANDA ELEITORAL EXTEMPORÂNEA. FACEBOOK. PRÉVIO


CONHECIMENTO. NÃO OCORRÊNCIA.
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1. A propaganda eleitoral antecipada deve ser instruída com prova da autoria ou do prévio
conhecimento do beneficiário.

2. Hipótese em que a divulgação irregular de panfleto no perfil do facebook do pré-candidato foi


feita por terceiro, não havendo prova do prévio conhecimento do demandado.

3. Recurso improvido.

Ainda em relação à propaganda eleitoral, salienta-se que os tribunais regionais têm-se


posicionado de forma a não aceitar essa rede como meio propício à prática de propaganda
eleitoral, pois as manifestações se reduzem ao círculo de amizades. Como exemplo:

RECURSO ELEITORAL - PROPAGANDA ELEITORAL REALIZADA NA ITERNET -


UTILIZAÇÃO DE REDE SOCIAL - FACEBOOK - NÃO CARACTERIZAÇÃO -
INEXISTÊNCIA DE PROPAGANDA IRREGULAR - EXISTÊNCIA APENAS DE
MANIFESTAÇÃO DE PREFERÊNCIA POLÍTICA SEM AFRONTA AO ORDENAMENTO
JURÍDICO E À IGUALDADE DE OPORTUNIDADES ENTE OS CANDIDATOS. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

1. A utilização por parte de eleitores de perfis e comunidades em sites de relacionamento na


Internet, tais como Facebook, Orkut e MySpace para enaltecerem ou criticarem candidatos não
configura propaganda eleitoral.

Como sempre, é fundamental priorizar o uso dessas ferramentas tecnológicas para o incremento
da comunicação e da democracia. O espaço virtual deve servir como mais um espaço público
para intercâmbio democrático de ideias e opiniões e para a reflexão política, ao invés de ser
empregado para práticas prejudiciais à cidadania. É fato que tem havido o desenvolvimento de
práticas de vigilância sobre os hábitos dos indivíduos, as quais precisam ser coibidas ao redor do
mundo.
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O YouTube é alvo frequente de ações de políticos e personalidades que exigem retirada de


vídeos do ar, em constantes embates que envolvem direito à privacidade e leis eleitorais, de um
lado, e direito à informação, liberdade de expressão e livre manifestação de pensamento, do
outro. Já foram focalizadas ementas que condenam o Google, proprietário do YouTube, por
veicular propaganda eleitoral antecipada ou na qual tenha havido algum tipo de trucagem ou
mixagem nas imagens. Isso não quer dizer que o advento do processo eleitoral dê azo para a
retirada de toda e qualquer postagem na Internet. Senão.

Uma perspectiva do uso Internet nos recentes quadros eleitorais em Moçambique

O desenvolvimento desta tese se deu no sentido de afirmar ser benéfico para a cidadania e para a
democracia o aproveitamento da arquitetura oferecida pela Internet, suas mídias e canais de
manifestação, por elas representarem mais uma alternativa de esfera pública, complementar à
esfera tradicional e apta a promover a aproximação entre os atores políticos. O objetivo do
presente item é, nesse sentido, apontar os fóruns de discussão virtuais utilizados para debate de
propostas políticas nos mais recentes quadros eleitorais brasileiros, buscando inferir a lógica de
utilização dessas plataformas pelos candidatos e partidos políticos, o alcance conquistado por
elas e o grau de heterogeneidade da discussão.
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Conclusão

Conclui-se que o avanço da tecnologia tem trazido grandes benefícios não somente para a
criação de novos modelos de negócios, novas atividades empresariais até então desconhecidas e
acelerado exponencialmente a transformação digital de grandes corporações. Esse avanço
também tem influenciado o cenário político e, mais especificamente, a forma de interação entre
partidos, candidatos e coligações com seus potenciais eleitores.

Na interatividade com os eleitores, que também são usuários de plataformas de tecnologia, essa
transformação tecnológica trouxe, indubitavelmente, uma enorme contribuição para a
democratização do acesso de muitas pessoas ao conhecimento e informação necessários para o
exercício da democracia por meio do voto. Deu espaço e palanque para muitos que não tinham
voz ou mesmo não poderiam arcar com investimentos relevantes para a divulgação de suas
atividades.
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Referências bibliográficas

ALBERTIN, A. L. Administração de informática: funções e fatores críticos de sucesso. 4 ed. São


Paulo, Atlas, 2002.

ANDUJAR, A. M. Modelos de gestão. Florianópolis, CEFEBibliografia. 2019

______. Manual de propaganda eleitoral. Bauru: Edipro, 2000

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