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ESTRUTURA DO DOCUMEENTO INDICADORES DA QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

O documento Indicadores da Qualidade na Educação Infantil é estruturado em três partes, além de conter uma
apresentação inicial, na qual faz uma síntese sobre seu processo de elaboração.

PRIMEIRA PARTE
Na primeira parte, intitulada A qualidade na Educação Infantil, o documento apresenta questões pertinentes à discussão sobre a qualidade, debatendo
sobre seu caráter polissêmico e apresentando as bases na qual o instrumento se fundamentou para subsidiar a autoavaliação, como: legislação
educacional brasileira, direitos humanos fundamentais, reconhecimento e valorização das diferenças, valores sociais mais amplos (como respeito ao
meio ambiente, relações humanas mais solidárias...), conhecimentos científicos sobre o desenvolvimento infantil, a cultura da infância, “as maneiras
de cuidar e educar a criança pequena em ambientes coletivos e a formação dos profissionais de educação infantil” (BRASIL, 2009, p. 12). A definição
do que vem a ser indicadores, o objetivo do documento e o público-alvo também são contemplados nesta parte.

SEGUNDA PARTE
Na parte dois, sob o título “Como utilizar os Indicadores da Qualidade na Educação Infantil”, são explicitadas questões metodológicas de como
conduzir a avaliação e os materiais necessários para sua realização, com explicações sobre a atribuição das cores, a forma de organização dos
grupos de trabalho e a realização da plenária. É oferecido, também, um quadro com estimativa do tempo necessário para a avaliação e a elaboração
do plano de ação, além de um modelo do plano de ação.

TERCEIRA PARTE
Na terceira e última parte, Dimensões e Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, é disponibilizado um encarte dos indicadores, objetivando
auxiliar a produção do quadro-síntese, bem como a divulgação dos resultados para a equipe e comunidade. Em seguida, os indicadores são
apresentados através de uma subdivisão em sete dimensões que expressam diferentes aspectos da qualidade. Cada dimensão é composta por um
texto introdutório, indicadores e questões norteadoras.

Ao final do documento, é possível, ainda, ter acesso a um conjunto de esclarecimentos legais, bem como indicações de documentos e textos de
órgãos oficiais que podem auxiliar a fomentar a discussão e aprofundar o debate sobre a questão da qualidade nas instituições de Educação Infantil.

METODOLOGIA
Um dos pilares no qual se fundamenta todo o documento é o princípio da participação, que se traduz no método participativo, viabilizado pela
autoavaliação.

De acordo com inúmeras pesquisas, se percebeu que “pesquisadores e tecnocratas não observam e não interrogam a realidade escolar da mesma
perspectiva que as pessoas que a vivem no cotidiano.” (RIBEIRO; GUSMÃO, 2005, p. 231).

A partir desta prerrogativa, se buscou um “método de avaliação que fomente o debate coletivo e a atribuição de valor com base na negociação entre
os diferentes sujeitos envolvidos.” (RIBEIRO; GUSMÃO, 2005, p. 223). Assim, a metodologia de autoavaliação adotada pelo INDIQUE reconhece a
legitimidade do ponto de vista dos diferentes atores envolvidos no processo educacional e o direito destes sujeitos a participar da tomada de decisões.

Nessa busca, a autoavaliação, por meio de um “processo participativo e aberto a toda comunidade” (BRASIL, 2009), surge não como uma forma única
de avaliar a qualidade, mas como uma iniciativa que visa fomentar ações coletivas com vistas à melhoria da qualidade da Educação Infantil, por meio
da contribuição de toda a comunidade escolar.

O documento parte, portanto, da premissa de que o processo de definir e avaliar a qualidade de instituições de Educação Infantil pode gerar um
potencial transformador, desde que este processo contemple as vozes de todas e todos envolvidas/os no processo educativo: professoras/es,
diretoras/es, funcionárias/os, crianças, familiares, pessoas da comunidade, conselheiras/os tutelares etc.

Nesse sentido, a autoavaliação “possibilita a reflexão e a definição de um caminho próprio para aperfeiçoar o
trabalho pedagógico e social das instituições” (BRASIL, 2009, p. 12).

O documento apresenta uma pormenorizada forma de utilização, mas é importante ressaltar que é um
instrumento flexível, que pode ser adaptado às realidades locais e ter várias formas de uso, a depender das
experiências das instituições e Redes.

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