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PARTES
Tabela 4. Resumo dos trabalhos publicados sobre monitoramento e ISE em vários periódicos / eventos (continuação)
Estrutura Tipo de Fundação Previsão de Recalques Monitoramento
Tipo No. de Convencional Com ISE RN Medição de Recalque Referência
Pavimentos Carga (mm)
CA 13 Estaca Hélice Não Não Vizinho Não 42 (máximo) Maia et al. (2004)
CA 18 Sapata Sim Não Vizinho Não 14,5 (máximo) Cavalcante et al. (2004)
CA 05 Sapata Não Não NI Não 400 (máximo) Oliveira e Oliveira (2004)
CA 11/18 Sapata Sim Não -- Não -- Gonçalves (2004)
CA 03 Sapata Sim Não Vizinho Não 6,74 (médio) Gonçalves et al. (2004)
CA 15 Sapata Não Não Vizinho Não 42 (máximo) Gusmão Filho et al. (1998)
CA 18 Sapata Não Não Vizinho Não 14,5 (máximo) Gusmão Filho et al. (1998)
CA 17 Sapata Sim Não NI Não 500 (máximo) Mendonça et al. (1998)
CA 13 Tubulão Não Não Vizinho Não 4,8 (máximo) Lobo et al. (1998)
CA 04 Sapata Sim Não Bench-Mark Não 305 (máximo) Dias e Moraes (1998)
CA 15/13/20 Sapata Não Não Vizinho Não 105/500/7,5 Oliveira et al. (2002)
(máximo)
CA -- Sapata Não Não NI Não -- Gonçalves e Cardozo
(2002)
CA 24 Sapata Não Não Vizinho Não 21 (máximo) Gusmão e Calado Jr. (2002)
CA 30 Sapata Não Não NI Não 26 (máximo) Soares e Soares (2002)
CA 28 Estaca Pré-moldada Não Não NI Não 21 (máximo) Soares e Soares (2002)
CA -- -- -- -- -- Sim -- Russo Neto et al. (2002)
ALV 04 Sapata Sim Não Bench-Mark Não 444 (máximo) Pedreira et al. (2002)
CA 15 Sapata Não Não Vizinho Não 93 (máximo) Gusmão Filho et al. (1999)
CA 14 Tubulão Não Não Vizinho Não 9,1 (máximo) Lobo et al. (1999)
CA 07 Sapata Sim Não Bench-Mark Não 115 (máximo) Oliveira e Gonçalves
(2003)
CA vários -- -- -- -- -- Banco de dados Gusmão et al. (2003)
CA 12 Estaca Franki Não Não NI Sim 26,6 (máximo) Danziger et al. (1997)
CA 25 Estaca “T” Sim Não NI Não 34,7 (máximo) Décourt (1997)
CA 18 Estaca Pré-moldada Sim Sim Bench-Mark Não -- Gusmão Filho e Guimarães
(1997)
CA 24 Radier Estaqueado Sim Não NI Não 31,1 (médio) Yu-Kang et al. (1997)
CA 16 Radier Sim Sim NI Não 182 (máximo) Paramonov et al. (2005)
CA 40 Radier Sim Sim NI Não 2,69 (máximo) Justo et al. (2005)
CA 17 Radier Sim Não NI Não 28 (máximo) Reul e Ripper (2005)
CA 13 Estaca Hélice Não Não Vizinho Não 42 (máximo) Maia et al. (2005b)
CA = concreto armado; ALV = alvenaria estrutural; NI = não informado
Tabela 5. Comparação de custos entre o monitoramento
de recalques e outros controles geotécnicos.
Serviço Custo*
(R$)
-Prova de carga estática em - 12.000,00 a
estaca (carga de ensaio de 3 MN) 15.000,00
-Prova de carga dinâmica (05 - 5.000,00 a
ensaios + 02 análises capwap) 8.000,00
-Medição de recalques - 4.000,00**
(nivelamento + 06 leituras)
*estimado em Recife (1 US$ = R$ 2,30)
**custo diluído ao longo do tempo de construção
2.2.1 Pinos
Figura 4. Detalhe do pino usado em Recife.
Há vários tipos de pinos que podem ser usados
no controle de recalques. Normalmente são
fabricados em aço inoxidável, e usam um Este último tipo está mais sujeito a
sistema tipo macho e fêmea. Inicialmente o deslocamentos provocados por várias causas,
elemento fêmea é fixado com material colante tais como choques, vibrações decorrentes de
no ponto a ser monitorado (por exemplo, a face tráfego de veículos, etc. Este problema, no
de um pilar). Por ocasião de cada medição, é entanto, pode ser minimizado através da escolha
introduzido o elemento macho através de rosca do ponto de instalação. Em qualquer caso, é
ao elemento fêmea. O macho deve possuir na recomendável que sejam instalados pelo menos
sua extremidade uma base esférica, onde a mira dois RNs. Ressalta-se, ainda, que o RN
se apóia. A Figura 4 mostra o pino que tem sido superficial sempre medirá os recalques
usado em Recife (notar que o macho está sem a diferenciais (que são os mais importantes),
sua base esférica). Este pino custa cerca de R$ independente de se movimentar ou não.
3,00 em Recife, mais R$ 10,00 de instalação O grande problema do bench-mark é o seu
por unidade. elevado custo, o que normalmente duplica ou
Danziger et al. (1997) e Danziger et al. triplica o custo do monitoramento. Em Recife,
(2000a) apresentaram pinos fabricados em aço um bench-mark custa entre R$ 150,00 e 200,00
inoxidável, que são diferentes dos pinos por metro linear, dependendo da profundidade.
habitualmente usados, em que o macho é fixado Na Tabela 4, pode-se observar que a maioria
através de rosca à fêmea. O sistema usado é dos prédios monitorados usou como RN pontos
simplesmente encaixado, de forma a propiciar vizinhos ao próprio prédio.
melhor acurácia aos resultados, uma vez que as
medições são feitas com o macho sempre na
mesma posição, diferentemente dos pinos 2.2.3 Nível
tradicionais. Os pinos de encaixe têm a
desvantagem, entretanto, de possuírem um O nível deve ser ótico e dotado de placa plano
diâmetro maior que os de rosca, o que torna um paralela. É importante que o instrumento seja
pouco mais trabalhosa a sua instalação, além do regularmente aferido por empresas
maior custo. especializadas.
A referência de nível ideal é aquela que se A mira deve ser graduada em chapa de invar,
apresenta como indeslocável. Pode ser profunda para diminuir os efeitos das variações térmicas,
(conhecida como bench-mark) ou superficial. e deve ser posicionada nivelada no pino (Fig.5).
Etapa No. de
Medições
-Até a concretagem da 1ª laje Instalação dos
pinos +
Nivelamento
-Até a concretagem da coberta +02
-Até o final do assentamento da +01
alvenaria
-Até o final do revestimento interno +01
e externo:
-Até o final do assentamento de piso +01
-Antes da entrega do prédio +01
Total 07
CARREGAMENTO (%)
considerado um prédio com 15 pavimentos, em
que foi feita a medição dos recalques durante 50.00
RECALQUE (mm)
30.00
P31 P32
P29 P30 P33 P34
20
ARGILA ORGÂNICA
SILTOSA Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem.
0 2 4 6 8
SONDAGEM
ANTES
APÓS
Figura 12. Isorecalques estimados convencionalmente –
30
Caso 1.
AREIA FINA E P1 P4
MÉDIA P2 P3
PROF.(m) 40
P5 P10
Figura 10. Perfil do subsolo – Caso 1. P6 P7 P8 P9
P11 P14
P15 P16
Tabela 8. Distribuição das cargas na estrutura.
P17 P18 P19 P20
Tipo Carregamento Parcial
(%)* P23 P24 P21 P22 P25 P26
-Estrutura de concreto 40,0
armado
-Alvenarias 20,0
-Revestimento externo 7,5 P29 P30
P31 P32
P33 P34
-Revestimento interno 7,5
-Pisos 10,0 0 2 4 6 8
Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem.
-Sobrecarga 15,0
*em relação ao carregamento total. Figura 13. Isorecalques medidos – Caso 1.
A Tabela 9 mostra algumas características sem ISE e medidos (desprezou-se a inclinação
referentes à distribuição dos recalques de corpo rígido do prédio). Observa-se que os
estimados e medidos. Os recalques médios têm recalques diferenciais medidos são menores que
a mesma ordem de grandeza, revelando uma os estimados, e que a previsão sem ISE era que
boa representatividade do modelo tensão- várias rotações atingissem valores maiores que
deformação adotado na previsão dos recalques. 1/300, que é o limite de início de fissuramento
No entanto, como era de se esperar, o de painéis de alvenaria em estruturas
coeficiente de variação dos recalques medidos é aporticadas de concreto (Bjerrum, 1963). De
menor que o dos recalques estimados, devido à fato, até a época da última medição dos
influência da rigidez da estrutura na tendência à recalques, o prédio não apresentava quaisquer
uniformização dos recalques. patologias relacionadas a movimentos da
fundação.
ISE.
No Caso 1, como o recalque médio estimado
e medido têm a mesma ordem de grandeza,
pode-se compará-los diretamente para avaliar os
0
efeitos da ISE (Fig. 14). Observa-se que para os
0 40 80 120
pilares em que os recalques estimados são RECALQUE ESTIMADO SEM ISE (mm)
inferiores ao valor médio (linha tracejada), os
recalques estimados são menores que os Figura 14. Recalque absoluto estimado
medidos. Já para os pilares que têm recalque convencionalmente versus medido – Caso 1.
previsto acima da média, ocorre o inverso, ou
seja, os recalques estimados são maiores que os 50.00
EM PAINÉIS DE ALVENARIA
(BJERRUM, 1963)
1 / 300
os menos carregados (acréscimo). 30.00
20.00
Recalques 10.00
Característica Estimado sem Medido 1 / 1000
ISE
Média 79,2 82,3 0.00
0 2 4 6 8 10
(mm) VÃO ENTRE PILARES (m)
S
AR = i (1) ARest < 1
Sm ARest > 1
ARmed
A ISE faz com que haja um alívio de carga ARest > ARmed
nos pilares mais carregados e uma sobrecarga 0.80
(ALÍVIO)
0.80
0.40
0.60
CV
CV
0.40
0.20
0.20
0.00 0.00
Figura 19 Evolução dos valores de CV com o Figura 20. Evolução dos valores de CV medido – Caso 1.
carregamento – banco de dados (Gusmão et al., 2003).
ARmax
tornando a estrutura isostática. Isso faz com que AREIA FINA SILTOSA
10
SP-01
esforços solicitantes e os resistentes (Maffei et
al., 2003). AREIA MÉDIA E FINA
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
DE CONCRETO COM
COMPRIMENTO VARIÁVEL
PROF.(m) 40
MEDIDA
1 / 500
medição do Bloco F, que foi onde houve a
maior incidência de danos. A maior parte dos 10.00
1 / 1000
danos eram fissuras nas alvenarias, mas também
havia fissuras em lajes e vigas. Apesar do 0.00
0 2 4 6 8 10
prédio ser simétrico, houve uma pequena VÃO ENTRE PILARES (m)
inclinação de corpo rígido da ordem de 1/4000. Figura 26. Rotações medidas – Caso 2.
No entanto, havia a suspeita dos danos terem elasticidade tanto para o solo, quanto para a
sido provocados não apenas por recalques. Foi, estrutura. São apresentados diversos gráficos
então, feito um levantamento completo de todas que mostram a influência da rigidez relativa
as patologias em todos os 17 andares do prédio estrutura-solo nos recalques e momentos
(Fig. 27). Observa-se que os danos ocorreram fletores na fundação. O autor sugere também
em todos os pavimentos, mas houve de fato fórmulas que permitem substituir a edificação
uma maior incidência nos primeiros real por outra com rigidez equivalente,
pavimentos. simplificando as análises de ISE.
Com isso, ficou comprovado que os danos Em 1954, Samuel Chamecki publicou um
surgidos não foram provocados apenas por dos mais importantes trabalhos da história da
recalques, mas também por deformação geotecnia no Brasil, onde foi apresentada uma
excessiva de alguns elementos estruturais (lajes metodologia para análises de ISE. O método
e vigas). Estes danos eram fáceis de serem requer uma análise iterativa, até que haja a
identificados, pois se repetiam em todos os convergência das reações de apoio e recalques.
pavimentos com a mesma intensidade, Poulos (1975) apresentou uma metodologia
diferentemente dos danos provocados por geral para estimativa do recalque de uma
recalque, que eram mais intensos nos primeiros edificação, na qual a superestrutura, fundação e
pavimentos. terreno de fundação são tratados como um
sistema único. Na realidade a metodologia é
semelhante à proposta por Chamecki (1955),
5 PREVISÃO DE RECALQUES mas foi desenvolvida na forma matricial, o que
CONSIDERANDO-SE A ISE EM EDIFÍCIOS facilita a sua implementação em programas
computacionais.
5.1 Histórico Barata (1986) apresentou uma metodologia,
em caráter experimental, para previsão de
Em 1953, Meyerhof publicou um trabalho que é recalques levando-se em consideração a rigidez
considerado uma das primeiras tentativas de se da estrutura. Neste trabalho o autor tenta
considerar os efeitos da ISE em edificações. exprimir graficamente a relação entre a
deflexão relativa e o recalque absoluto máximo,
50
e a rigidez da estrutura, que é representada pela
relação entre a altura do prédio e o seu
comprimento em planta. Gusmão (1990),
40 PRÉDIO mostrou que a metodologia apresentou
BLOCO F resultado satisfatório para o Caso 1 (Fig. 28).
ALTURA DO PRÉDIO (m)
30
20
5o. PAVTO
10
ESTR. FUNDAÇÃO
0 20 40 60
NÚMERO DE FISSURAS Figura 28. Aplicação da metodologia proposta por Barata
(1986) ao Caso 1 (Gusmão, 1990).
Figura 27. Distribuição dos danos nas alvenarias por
5.2 Modelos mais Recentes
pavimento e suas prováveis causas – Caso 2.
A análise está baseada na teoria da
Há várias pesquisas no mundo com proposição nas paredes externas dos andares inferiores
de metodologias para a consideração da ISE na chegam a aumentar até 234% (Fig. 30). Apesar
previsão de recalques. No Brasil, em particular, dessa magnitude, os autores concluem que
destacam-se os trabalhos desenvolvidos na mesmo em análises não lineares considerando-
USP/São Carlos coordenados por Nelson Aoki se a plastificação do solo, os valores não se
e José Cintra; na UFPE, por Antônio Oscar da alteram de modo significativo. Também se
Fonte; na COPPE/UFRJ por Fernando Danziger observa que os efeitos da ISE não atingem mais
e Paulo Santa Maria; na UERJ e UFF por que três pavimentos.
Bernadete Danziger e Eliane Carvalho; na Outros modelos para cálculo de recalques
USP/São Paulo por Carlos Maffei e Heloísa considerando-se a ISE podem ser encontrados em
Gonçalves; na UENF por Paulo Maia; na UnB Fonte (2000), Iwamoto (2000) e Ribeiro (2005).
por Renato Cunha; e na UPE por Alexandre
Gusmão.
Um interessante trabalho foi desenvolvido
por Reis (2000), que inclusive conquistou o
Prêmio Icarahy da Silveira da ABMS. Neste
trabalho estuda-se a ISE de grupo de edifícios
com fundações superficiais, em maciço de solos
de argila mole. O comportamento ao longo do
tempo da argila mole é analisado com o modelo
reológico de Kelvin. Os parâmetros do modelo
são determinados através do ajuste entre as
curvas recalque–tempo do modelo e as curvas
medidas em três prédios, construídos
simultaneamente, na cidade de Santos/SP.
A ISE provoca uma tendência de
uniformização dos recalques, e isto fica
evidente ao compararem-se os recalques Figura 29. Curvas isorecalques calculados com grupo de
prédios com e sem ISE (Reis, 2000).
calculados com procedimento convencional
com os recalques calculados considerando o 40
5m
ESTACAS DE
COMPACTAÇÃO
(AREIA + BRITA)
ESTACAS DE
COMPACTAÇÃO
8m AREIA FINA E
MÉDIA
5
10 m
10
20 m
ARGILA
MOLE 15
ARGILA
MOLE ARGILA ORGÂNICA
SILTOSA
SONDAGEM
ANTES
20
APÓS
35 m 35 m
PROF.(m) 25
(a) (b)
Figura 34. Perfil do subsolo – Caso 3.
Figura 33. Perfis típicos em Boa Viagem e soluções de
fundações (Gusmão, 2000). P1 P2
perfil tipo (a) mostrado na Figura 33. Figura 35. Isorecalques medidos – Caso 3.
A Figura 36 mostra a curva edométrica de
campo obtida pela metodologia proposta (Casos
1 e 3). As curvas exibem uma tensão de
escoamento ou de sobreadensamento que separa
dois tipos de comportamento, com diferentes
inclinações na curva tensão-deformação. O
escoamento neste caso é uma desestruturação
devido à compressão (Oliveira et al., 2002).
Para os dois casos, o valor do OCR é igual a
1,24. Este valor é compatível com as pesquisas
sobre as argilas moles do Recife, que têm
mostrado que as mesmas são levementes
sobreadensadas (Coutinho e Bello, 2005).
Figura 36. Curva edométrica de campo – Casos 1 e 3.
As Figuras 37 e 38 mostram o perfil argilosas já havia sido observada por Gusmão
geotécnico do subsolo dos Casos 4 e 5, bem (2000) em ensaios edométricos feitos em
como alguns detalhes da fundação profunda. As amostras de boa qualidade (Fig. 42). Este
Figuras 39 e 40 apresentam as isorecalques aumento do OCR na camada mais profunda está
referentes às últimas medições. Estes dois casos provavelmente associado ao fato desta camada
de prédios são representativos do perfil tipo (b) ser mais antiga (Massad, 1999).
mostrado na Figura 40.
P1 P2
A Figura 41 mostra a curva edométrica de
campo. Neste caso, os valores de OCR são
ordem de 1,60. Este valor é maior que o obtido P3 P8
mais superficial.
N-SPT
0 10 20 30 40 P10 P11
P9 P12
0
15
AREIA MÉDIA
E FINA P17 P18
20
0 2 4 6 8
25
ARGILA ORGÂNICA
SILTOSA Figura 39. Isorecalques medidos – Caso 4.
30
35
P1 P2 P3 P4 P5 P6
40
AREIA FINA
SILTOSA P7 P8 P9 P10
PROF.(m) 45
P11
P12 P17
Figura 37. Perfil do subsolo – Caso 4. P13 P14 P15 P16
N-SPT 0 2 4 6 8
0 10 20 30 40
0
Figura 40. Isorecalques medidos – Caso 5.
SONDAGEM
AREIA FINA
E MÉDIA ESTACA TIPO
SP-1
FRANKI
10
ARGILA MELHORAMENTO
SILTOSA (AREIA + BRITA)
20
ARGILA
SILTOSA
30
AREIA MÉDIA
E FINA
PROF.(m) 40
AREIA FINA
e/ou Corais E MÉDIA
2
SAPATA
A Figura 43 mostra o perfil geotécnico do AREIA FINA E MÉDIA
CONCRECIONADA
4
(“crushing”). Outro aspecto interessante é que Figura 43. Perfil do subsolo – Caso 6.
mesmo sendo um material com comportamento
granular, a sua compressibilidade é da mesma
ordem de grandeza de uma argila mole
(recalque normalizado igual a 1,1 %), o que
mostra que o esmagamento dos grãos deve ser
considerado nos projetos de fundações neste
tipo de formação geológica.
Também foi retroanalisado o coeficiente de Apesar de não ser considerada nos projetos
correlação a entre Es e o valor do NSPT médio convencionais, a ISE é quem comanda o
até uma profundidade igual à largura em planta desempenho da fundação e da própria estrutura
do prédio (B). de uma edificação. O trabalho mostrou que a
ISE promove uma tendência à uniformização
Es ( MPa) dos recalques, e uma redistribuição de esforços
α (MPa ) = (3) nos elementos estruturais. Vários aspectos
N SPT influenciam a rigidez da estrutura, mas o
principal é a altura da edificação, e em especial
os seus primeiros pavimentos.
CARREGAMENTO (%)
0 20 40 60 80 100 Os casos de obras apresentados mostraram
0.00
que o monitoramento deve ser desmistificado
RECALQUE MÉDIO (mm)
5.00
pelos geotécnicos e engenheiros estruturais, e
deve ser considerado como mais um controle
10.00
RECALQUE
tecnológico da construção de um prédio.
15.00 MEDIDO Mostra-se, ainda, já há disponíveis ferramentas
REGRESSÃO LINEAR (r^2 = 0,94)