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Aula 07

Português p/ TRF 2ª Região (com videoaulas)


Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror
Português para TRF 2ªR
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 7

Aula 7: Regência (nominal e verbal); crase.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Regência nominal 1
2. Regência de verbos importantes 2
3. Regência com pronomes relativos 10
4. Crase 21
5. O que devo tomar nota como mais importante? 44
6. Lista de questões para revisão 45
9. Gabarito 55

Olá!
Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que vocês continuem
muito motivados!!!!
Vimos na aula de sintaxe da oração que regência é o mesmo que
transitividade, lembra?!!!
Nesta aula, trabalharemos a regência (transitividade) e a crase.
Comecemos pela Regência Nominal.
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir
complementação precedida de preposição. Esse termo preposicionado ocupa a
função sintática de complemento nominal.
Veja alguns:
acostumado a, com curioso de, por
afável com, para desgostoso com, de
afeiçoado a, por desprezo a, de, por
aflito com, por devoção a, por, para, com
alheio a, de devoto a, de
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de
amizade a, por, com empenho de, em, por
amor a, por falta a, com, para
ansioso de, para, por imbuído de, em
apaixonado de, por imune a, de
apto a, para inclinação a, para, por
atencioso com, para incompatível com
aversão a, por junto a, de
ávido de, por preferível a
conforme a propenso a, para
constante de, em próximo a, de
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para

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contemporâneo a, de situado a, em, entre


contente com, de, em, por último a, de, em
cruel com, para único a, em, entre, sobre
Agora os verbos...
Regência de verbos importantes
Agradar
Transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”.
Ela agradou o filho.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”.
O assunto não agradou ao homem.
Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com
a preposição a.
Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências.

Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar,


visitar: transitivos diretos.
Estimo o colega. Adoro meu filho.

Aspirar
Transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”.
Aspiramos o ar frio da manhã.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”.
Ele aspira ao cargo.
Assistir
É Transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.
O médico assistiu o paciente.
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste
mesmo sentido:
O médico assistiu ao paciente.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.
Meu filho assistiu ao jogo.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.
Esse direito assiste ao réu.
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.
Seu tio assistia em um sítio.
Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde
moro).

Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar


São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções.
Avisei o gerente do problema.
Avisei-o do problema.
Avisei ao gerente o problema.
Avisei-lhe o problema.
Avisei o gerente de que havia um problema.
Avisei ao gerente que havia um problema.

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Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos
também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.

Atender:
Transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar
atenção a, receber alguém, seguir, acatar:
Não costuma atender os meus conselhos.
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam.
Não atendeu a observação que lhe fizeram.
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a:
Os bombeiros atenderam a muitos chamados.
O médico atendeu aos afogados na praia.
Chegar:
Intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”.
Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-
se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é
admitida na norma culta.
Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza.
Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não
admitindo apenas “onde”.
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite:
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento.

Chamar
Transitivo direto com o sentido de “convocar”.
Chamei-o aqui.
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”,
“apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto),
introduzido ou não pela preposição de.
Chamei-o louco.
Chamei-o de louco.
Chamei-lhe louco.
Chamei-lhe de louco.
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto;
nos dois últimos, predicativo do objeto indireto.

Custar
Intransitivo, quando indica preço, valor.
Os óculos custaram oitocentos reais.
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais.
Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”;
com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo, sendo a
oração deste o sujeito do verbo custar.
Custou ao aluno entender a explicação do professor.

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A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao


aluno” é o objeto indireto.

Esquecer, lembrar, recordar:


Transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos)
Ele esqueceu o livro.
Lembrou a situação.
Recordou o fato.
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de.
Ele se esqueceu do livro.
Lembrou-se da situação.
Recordou-se do fato.
No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo
"esquecer" não ser uma pessoa, mas uma coisa:
Esqueceram-me as palavras de elogio.
Esqueceu-se verificar o número da placa.

Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro


de frases como "Não me lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à
lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou seja, esse fato (o ato de
esperá-la) não me veio à lembrança.
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e
indiretos.
Lembrei ao aluno o dia do teste.

Implicar
Transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.
Seu estudo implicará aprovação.
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.
Implicaram o servidor no processo.
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar
antipatia”, “perturbar”.
Sempre implicava com o vizinho.

Morar, residir, situar-se, estabelecer-se


Pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a.
Morava na Rua Onofre da Silva.
Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com
este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto
é: onde moro.

Namorar: transitivo direto.


Ela namorou aquele artista.

Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a.


Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei.

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Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a


(mais raramente, para)
Pediu ao dirigente uma solução.
Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou
sinônimos), clara ou oculta.
Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para)

Perdoar e pagar
Transitivos diretos, se o complemento é coisa.
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa.
Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado.
Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e
indireto.
O Brasil pagou a dívida ao FMI.
O FMI perdoará a dívida aos países pobres.

Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e


inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o
termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o
núcleo deste termo. Veja:
O FMI perdoará a dívida dos países pobres.
VTD + OD
Preferir
Transitivo direto: Prefiro biscoitos.
Transitivo direto e indireto, com a preposição a.
Prefiro vinho a leite.
Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de
intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como
“Prefiro mais vinho do que leite”.

Presidir: transitivo direto ou indireto:


O chefe presidiu a cerimônia. O chefe presidiu à cerimônia.

Proceder
Intransitivo, com o sentido de “agir”:
Ele procedeu bem.
Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”:
Isso não procede.
Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de.
A balsa procedia de Belém.
Neste sentido admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”:
Venho de onde ficou minha infância. (=donde)
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar
andamento”.
Ele procedeu ao inquérito.

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Querer
Transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor
de".
Ele quer a verdade.
Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma
coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é
exigida a preposição a.
A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho)
Referir-se:
Transitivo indireto, com a preposição a:
O palestrante referiu-se ao problema.
Transitivo direto, no sentido narrar, contar:
Ele referiu o ocorrido.

Responder
Transitivo direto, em relação à própria resposta dada.
Responderam que estavam bem.
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta.
Respondi ao telegrama.
Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto:
Respondemos aos parentes que iríamos.

Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem


pronome oblíquo.
Simpatizo com Madalena.
A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver
pronome oblíquo átono.

Visar
Transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”.
Ela visou as folhas.
Transitivo direto quando significa “mirar”.
Visavam um ponto na parede.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”,
“almejar”.
Visava à felicidade de todos.
Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se,
assim, as formas "a ele" e "a ela".
Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de
“pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver
um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.”

Observações importantes:
a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não
admitem o pronome lhe como objeto. Veja alguns importantes.

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Assistiu ao filme. Assistiu-lhe. (errado) Assistiu a ele. (certo)


Aspiro à promoção. Aspiro-lhe. (errado) Aspiro a ela. (certo)
Visava ao concurso. Visava-lhe. (errado) Visava a ele. (certo)
Aludi ao preconceito. Aludi-lhe. (errado) Aludi a ele. (certo)
Anuiu ao pedido. Anuiu-lhe. (errado) Anuiu a ele. (certo)
Procedeu ao inquérito. Procedeu-lhe. (errado) Procedeu a ele. (certo)
Presidimos à reunião. Presidimos-lhe. (errado) Presidimos a ela. (certo)

b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes


devem possuir a mesma regência verbal. Assim, construções como “Fui e
voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do verbo “Fui” exige
a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto,
deveremos corrigir para:
“Fui a Salvador e voltei de lá”
Veja outros casos:

Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei.


Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele.

Construção viciosa Construção gramaticalmente correta

Questão 1: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan)


Acerca dos mecanismos de regência, responsáveis pela estruturação lógico-
sintática dos enunciados linguísticos, identifique o trecho em que o “a” em
destaque NÃO estabelece uma relação de regência entre dois termos.
A) “[...] Também por isso, há de se sair a campo [...]”
B) “[...] um camelô de sua área: conversa sobre a obra, [...]”
C) “[...] não deve fugir à realidade de que é um vendedor [...]”
D) “[...] se atende apenas à onda geral da feira de vaidades [...]”
Comentário: Primeiramente, devemos notar que o vocábulo “a” fará parte de
uma regência (verbal ou nominal) quando for preposição.
A alternativa (A) apresenta regência verbal, pois “sair” rege a
preposição “a”, a qual se encontra sublinhada.
A alternativa (B) não apresenta regência com preposição “a”. Ocorre
apenas o artigo “a”, diante do substantivo “obra”. Assim, esta é a alternativa
a ser marcada.
A alternativa (C) apresenta regência verbal, pois “fugir” rege a
preposição “a”, e o substantivo “realidade” é precedido do artigo “a”. Essa
fusão se encontra sublinhada.
A alternativa (D) apresenta regência verbal, pois “atende” rege a
preposição “a”, e o substantivo “onda” é precedido do artigo “a”. Essa fusão
se encontra sublinhada.
Gabarito: B

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Questão 2: Prefeitura Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan)


Como na moral dessa narrativa, “Nos momentos graves é preciso verificar
muito bem para quem se apela”, o verbo “apelar” permite outros empregos.
Identifique a opção em que a regência desse verbo está equivocada.
a) Apelou, aflitivamente, a quem passava, mas ninguém quis saber.
b) Logo no dia seguinte, apelou da decisão do tribunal.
c) O procurador ligou, apelando pelo caso do pai.
d) O padre apelou os crentes para se manterem fiéis à doutrina.
Comentário: Verifiquemos algumas transitividades do verbo “apelar”: pode-
se apelar para alguém ou a alguém, como ocorreu no pedido da questão e na
alternativa (A), respectivamente:
“Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela”
“Apelou, aflitivamente, a quem passava”.
Pode-se apelar de alguma coisa, como se observa em “apelou da
decisão do tribunal”.
Pode-se apelar por algo, como se observa em “apelando pelo caso do
pai”.
Mas não cabe apelar alguém, mas a alguém. Assim, a frase da
alternativa (D) deve ser corrigida para:
“O padre apelou aos crentes para se manterem fiéis à doutrina”.
Gabarito: D

Questão 3: Pref Porto Velho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan)


“Quando a democracia surgiu na Grécia...” Assinale a alternativa na qual o
verbo apresenta, na oração proposta, transitividade análoga idêntica ao da
frase anterior.
A) Esse argumento não procede.
B) O professor informou ao diretor sobre sua decisão.
C) Chamei por você.
D) Não abdicarei de meus direitos.
E) Ansiava pelo dia de amanhã.
Comentário: O verbo “surgiu” é intransitivo, pois “na Grécia” é o adjunto
adverbial de lugar. Note que “a democracia” é o sujeito.
A alternativa (A) é a correta, pois “procede” também é verbo
intransitivo.
Na alternativa (B), o verbo “informou”, neste contexto, é transitivo
indireto, o termo “ao diretor” é o objeto indireto e “sobre sua decisão” é o
adjunto adverbial de assunto.
Na alternativa (C), o verbo “Chamei”, neste contexto, é transitivo
indireto, e o termo “por você” é o objeto indireto.
Na alternativa (D), o verbo “abdicarei” é transitivo indireto, e o termo
“de meus direitos” é o objeto indireto.
Na alternativa (E), o verbo “Ansiava” é transitivo indireto, e o termo
“pelo dia de amanhã” é o objeto indireto.
Gabarito: A
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Questão 4: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan)


NÃO há erro de regência verbal em:
A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos
escolares.
B) Falta de punição implica violência.
C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que
pessoas honestas.
D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias.
E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dar” é transitivo
direto e indireto. Assim, alguém dá altos salários aos jogadores. Porém, nesta
alternativa, a oração está na voz passiva e o agente não está explícito.
Por isso, o que era objeto direto na voz ativa (“Altos salários”) passa a
ser o sujeito paciente, e o objeto indireto “aos jogadores” deve permanecer
com a preposição “a” (Altos salários são dados aos jogadores).
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “implicar” está empregado no
sentido de trazer como consequência. Assim, é transitivo direto e “violência” é
o objeto direto.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “preferem” é transitivo direto
e indireto e não admite intensificadores ou expressões comparativas. Assim, o
correto é:
“Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais a pessoas
honestas.”
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “assistem” está empregado
no sentido de “ver”, “observar”. Assim, é transitivo indireto e exige a
preposição “a”: Todos assistem aos programas de televisão”.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “esquece” não possui o
pronome oblíquo átono “se”. Assim, é transitivo direto e não admite a
preposição “de”:
O povo esquece, rapidamente, os crimes que abalam a sociedade.
Gabarito: B

Questão 5: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa que apresenta INCORREÇÃO quanto à regência:
A) Pedro está alheio a tudo. B) Não abdicarei dos meus direitos.
C) O convite não lhe agradou. D) Ele tem aversão à altura.
E) Agradeci os diretores.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “alheio” exige
preposição “a”. Assim, “a tudo” é o complemento nominal.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “abdicarei” é transitivo
indireto e exige a preposição “de”. Assim, “dos meus direitos” é o objeto
indireto.
A alternativa (C) está correta, pois o verbo “agradou”, no sentido de ser
agradável, satisfazer, é transitivo indireto e exige o objeto indireto “lhe” (não
agradou a alguém).

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A alternativa (D) está correta, pois o substantivo “aversão” exige a


preposição “a”. Assim, “à altura” é o complemento nominal.
A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “Agradeci” é transitivo indireto
e exige a preposição “a”: “Agradeci aos diretores”.
Gabarito: E

Questão 6: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan)


Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência:
A) Ela estava descontente com a reciclagem do lixo.
B) O político não se simpatizou com as inovações tecnológicas.
C) Estamos habituados a resolver os problemas.
D) É um direito que lhe assiste.
E) Chamei a Paulo de tolo.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “descontente”
exige a preposição “com”. Assim, “com a reciclagem” é o complemento
nominal.
A alternativa (B) é a errada, pois o verbo “simpatizou” é transitivo
indireto, exige a preposição “com”, mas não admite a presença do pronome
pessoal oblíquo “se”. Corrigindo...
O político não simpatizou com as inovações tecnológicas.
A alternativa (C) está correta, pois “habituados” exige a preposição “a” e
“resolver” não exige.
A alternativa (D) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de
caber, competir, é transitivo indireto, em que a coisa é o sujeito, e a pessoa e
o objeto indireto. Assim, o sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o
substantivo “direito” e o objeto indireto é “lhe”.
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “chamar”, no sentido de
denominar, pode ser transitivo direto ou indireto, seguido de predicativo do
objeto. Veja as possibilidades: Chamei a Paulo de tolo.
Chamei a Paulo tolo.
Chamei Paulo de tolo.
Chamei Paulo tolo.
Gabarito: B
Regência com pronomes relativos
Como visto na aula de sintaxe do período composto por subordinação
adjetiva, o pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas
adjetivas e pode ser antecedido de preposição. Isso depende do verbo da
oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é
importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados.
que: retoma coisa ou pessoa
o/a qual: retoma coisa ou pessoa
quem: retoma pessoa
cujo: relação de posse
onde: retoma lugar
quando: retoma tempo

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Pronomes relativos e suas funções sintáticas:


Sujeito:
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros.
oração subordinada adjetiva
oração principal

Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos


termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo,
falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se
“homem”, então se pode ter a seguinte estrutura:
O homem é um ser social.
Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações,
dependendo da palavra que foi retomada, teremos:
O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros.
Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas
possibilidades de substituição:
Objeto direto:
Esta é a casa que amamos.
a qual amamos.
OD VTD
Objeto indireto:
Esta é a casa de que gostamos.
(de + a qual)
da qual gostamos.
OI VTI
Objeto indireto:
Esta é a casa a que nos referimos.
(a + a qual)
à qual nos referimos.
OI VTI
Complemento nominal:
Esta é a casa a que fizemos referência.
(a + a qual)
à qual fizemos referência.
CN VTD + OD

Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser


preposicionado tendo em vista transmitir os seus valores circunstanciais,
normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode
também ser substituído pelo pronome relativo “onde”.
A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite
processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se
transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para
algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de
algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser
regido pela preposição “por” (passar por algum lugar).

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Veja:
Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”):
Esta é a casa onde moramos.
em que moramos.
(em + a qual)
na qual moramos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”):


Esta é a casa aonde chegamos.
a que chegamos.
(a + a qual)
à qual chegamos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”):


Esta é a casa para onde vamos.
---------------
(para + a qual)
para a qual vamos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com


duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações.
Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”,
“conforme o qual”, “sobre o qual”, “para o qual” etc.

Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”):


Esta é a casa de onde viemos. (ou donde)
de que viemos
(de + a qual)
da qual viemos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que”
também está correta.
Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição
“por”):
Esta é a casa por onde passamos.
por que passamos
(por + a qual)
pela qual passamos.
Adj Adv. lugar VI

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Perceba que o pronome relativo “onde” deve ser usado unicamente como
adjunto adverbial de lugar. Evite construções viciosas como:
Vivemos uma época onde o consumismo fala mais alto. (errado)

Neste caso, o pronome relativo está retomando o substantivo “época”,


com valor de tempo. Assim, é conveniente ser substituído por “quando”, “em
que” ou “na qual”.
Vivemos uma época quando o consumismo fala mais alto.
Vivemos uma época em que o consumismo fala mais alto.
Vivemos uma época na qual o consumismo fala mais alto.
O pronome relativo cujo transmite valor de posse e tem característica
bem peculiar. Entendamos o seu uso culto da seguinte forma:

1. Posiciona-se entre substantivos, substantivo ___ cujo substantivo


fazendo subentender a preposição “de”
de
(valor de posse).

substantivo ___ cujo substantivo


2. Ao se ler “cujo”, entende-se “de” +
substantivo anterior. de

3. O pronome “cujo” + o substantivo sujeito, OD, OI, CN, adj adv

posterior formam um termo da oração. Se


forem objeto indireto, complemento substantivo ___ cujo substantivo
nominal ou adjunto adverbial, serão
de
preposicionados.
sujeito, OD, OI, CN, adj adv
4. O substantivo posterior é o núcleo do
termo, e o pronome relativo “cujo” é o substantivo ___ cujo substantivo
adjunto adnominal, por isso se flexiona de núcleo
acordo com o núcleo. de

Veja a aplicação disso:


sujeito

O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso.

de

O artista do filme foi premiado.


sujeito
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objeto direto

O filme cuja sinopse li não fez sucesso.

de

Li a sinopse do filme.
objeto direto

objeto indireto

O filme de cuja sinopse não gostei não fez sucesso.


de

Não gostei da sinopse do filme.


objeto indireto

complemento nominal

O filme a cuja sinopse fiz alusão não fez sucesso.

de

Fiz alusão à sinopse do filme.


complemento nominal

adjunto adverbial de lugar


Estive ontem na praça em cujo centro foi montado um grande circo.

de
Um grande circo foi montado no centro da praça.
adjunto adverbial de lugar

Importante: não se pode inserir artigo ou pronome após o pronome


relativo “cujo” e suas variações. É vício de linguagem construções do tipo:
“A casa cujo o teto caiu foi reformada.” (errado)
“A casa cujo teto caiu foi reformada.” (certo)

“A empresa cujos aqueles funcionários reuniram-se ontem deflagrará a


greve.” (errado)

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“A empresa cujos funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.”


(certo)

Antes de passarmos para as questões de prova, é importante observarmos a


diferença entre a regência da oração subordinada substantiva e da oração
subordinada adjetiva. Assim, vamos à regência nas orações adjetivas.

Verifique se as frases estão corretas.

a) As pessoas a quais sempre obedeci são extremamente falsas.


b) A mala cujo a chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa cujos os funcionários conversei ontem deflagrarão a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com o qual conversei ontem deflagrarão a greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, onde a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa em que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora que discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso que aspiro desapareceu da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs de quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foram vencedores.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro aonde moro não proporciona segurança.
Observou? Agora veja as frases já corrigidas.
a) As pessoas às quais sempre obedeci são extremamente falsas.
b) A mala cuja chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa com cujos funcionários conversei ontem deflagrará a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com os quais conversei ontem deflagrarão a
greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, em que a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa a que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora com quem discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso a que aspiro desapareceram da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs em quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foi vencedora.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
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q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.


r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro onde moro não proporciona segurança.
Bom, agora vamos comparar as orações substantivas com as adjetivas.
Verifique que, quando há preposição antecedendo oração adjetiva, é um verbo
ou um nome posterior que a exige. Quando há preposição antes da oração
substantiva, é o verbo ou nome anterior que a exige.
Sublinhe a oração subordinada e diga se é substantiva ou adjetiva.
a) Importante é aquilo de que não se pode fugir.
b) É importante que você busque seus objetivos.
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda.
d) Convém que ele venha.
e) A mim convém aquilo de que gostas.
f) Consideraram que o trabalho foi ruim.
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.
j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.
l) A verdade é que precisamos muito de estudo.
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.

Agora veja as respostas.


a) Importante é aquilo de que não se pode fugir.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
b) É importante que você busque seus objetivos.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
d) Convém que ele venha.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
e) A mim convém aquilo de que gostas.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
f) Consideraram que o trabalho foi ruim.
(oração subordinada substantiva objetiva direta)
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.
(oração subordinada adjetiva – “que” é sujeito)
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.
(oração subordinada substantiva objetiva indireta)
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.
(oração subordinada adjetiva – “à qual” é objeto indireto)

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j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.


(oração subordinada substantiva completiva nominal)
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.
(oração subordinada adjetiva – “as quais” é objeto direto)
l) A verdade é que precisamos muito de estudo.
(oração subordinada substantiva predicativa)
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
Partamos, agora, para as questões!

Questão 7: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan)


Mantendo-se a correção semântica e de acordo com a norma padrão da
língua, o trecho grifado em “Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o
‘acusador-julgador’ não se identifica [...]” poderia ser substituído por
A) aqueles com que. C) aquele com quem.
B) aquele sob o qual. D) aqueles com os quais.
Comentário: Primeiramente, devemos notar que o pronome relativo “o qual”
retoma o pronome demonstrativo “aquele” e este retoma o substantivo
singular “inimigo”. Como a questão pede a permanência do sentido e a
correção gramatical, o pronome demonstrativo não tem como referente uma
palavra plural, por isso não deve se flexionar no plural. Assim, eliminamos as
alternativas (A) e (D).
Também notamos que o verbo pronominal “se identifica” rege a
preposição “com”, e não “sob”. Dessa forma, eliminamos a alternativa (B) e a
correta é a alternativa (C), pois o pronome relativo “quem” pode substituir
corretamente “o qual”.
Gabarito: C

Questão 8: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan)


Mantendo-se o sentido original e considerando-se as relações de regência
estabelecidas entre os termos da oração, assinale a alternativa em que a
substituição proposta está de acordo com as regras prescritas pela gramática
normativa.
A) “A caça por sucesso” (4º§) por “A caça com sucesso”.
B) “aquilo que deveria” (3º§) por “aquilo ao qual deveria”.
C) “Ódio ao semelhante” (3º§) por “Ódio para com o semelhante”.
D) “tratar da importância do conflito” (2º§) por “tratar para a importância do
conflito”.
Comentário: Note que devemos manter o sentido original e a correção
gramatical.
A alternativa (A) está errada, pois a preposição “por” inicia um
complemento nominal, isto é, o sucesso é caçado. Já a preposição “com”
transmite a noção de característica. Assim, “com sucesso” é apenas o adjunto

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adnominal.
A alternativa (B) está errada, pois o pronome relativo “que” é o sujeito
de “deveria” e não pode receber a preposição “a”, em “ao qual”.
A alternativa (C) é a correta, pois o substantivo “ódio” rege a preposição
“a”. Note que a junção das preposições “para” e “com” transmite ênfase, não
deixando de transmitir também o direcionamento, visto com a preposição “a”.
Assim, está correta a substituição. Veja:
“Ódio ao semelhante” por “Ódio para com o semelhante”
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “tratar” é transitivo indireto e
rege a preposição “de”. Já, com a substituição pela preposição “para”, o verbo
passa a intransitivo e a expressão “para a importância do conflito” passa a
transmitir o valor de finalidade. Por isso não cabe a substituição.
Gabarito: C

Questão 9: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se
escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente)
para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a
opiniões nas quais não acredita.
Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais
não acredita.”, é correto afirmar que
A) o elemento “a” pode ser substituído por “com”.
B) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”.
C) ao eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre
alteração.
D) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre
obrigatoriedade da crase.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois quem se conforma
normalmente se conforma com algo. Vale notar que o autor utilizou a
preposição “a” (conforma-se a algo). Esta alternativa apenas pediu que
utilizássemos a preposição “com”, a qual é a mais utilizada. Isso está correto.
Compare:
...se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita.
...se se conforma sem convicção com opiniões nas quais não acredita.
A alternativa (B) está errada, pois a expressão pronominal relativa “nas
quais” pode ser substituída por “em que”. Não podemos substituir a
preposição “em”, regida pelo verbo “acredita” (acredita em alguma coisa),
pela preposição “a”. Assim, não cabe a regência acredita a alguma coisa,
concorda?!
A alternativa (C) está errada, porque a expressão “sem convicção” é
apenas um adjunto adverbial, o qual não é exigido pelo verbo e não faz
diferença na regência do verbo.
A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “opiniões” está sendo
tomado de valor geral, por isso está sem artigo “as”. Pode haver a
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substituição da preposição “a” pela forma “às”, neste caso o artigo “as”
determina e especifica o substantivo “opiniões”. O erro na alternativa é
afirmar que a palavra “às” é obrigatória.
Gabarito: A

Questão 10: Prefeitura Cascavel 2014 Agente de Apoio (banca Consulplan)


Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada quanto à
correção, de acordo com a norma padrão, e a preservação do sentido para o
trecho “Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que
têm acesso [...]”.
A) Os jovens são fascinados às pequenas doses de informação a que têm
acesso [...].
B) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação que têm
acesso [...].
C) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às que têm
acesso [...].
D) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às quais
têm acesso [...].
E) Os jovens são fascinados diante de pequenas doses de informação a qual
têm acesso [...].
Comentário: Alguém é fascinado por algo, e não a algo ou diante de algo.
Assim, as alternativas (A) e (E) estão erradas.
Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que”
deve ser precedido da preposição “a” e a alternativa (B) está errada.
Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que”
deve ser precedido da preposição “a”, e não do vocábulo “às”. Assim,
alternativa (C) está errada.
A alternativa (D) é a correta, pois houve apenas a substituição do
pronome relativo “que” por “as quais”. Como há a preposição “a”, cabe a
crase em “às quais”. Note que as demais palavras se mantiveram as
mesmas.
Gabarito: D

Questão 11: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa correta quanto à regência:
A) Ele não obedece os mais velhos.
B) Aspiramos o perfume das flores.
C) A firma toda não se simpatizou com a nova diretoria.
D) Esta é a cidade que mais gosto.
E) Ele custará muito para me entender.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “obedece” é
transitivo indireto e exige a preposição “a”: Ele não obedece aos mais velhos.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “aspiramos”, no sentido de
inalar, cheirar, é transitivo direto e o termo “o perfume das flores” é o objeto
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direto.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “simpatizou” é transitivo
indireto, exige a preposição “com” e não admite a presença do pronome
pessoal oblíquo átono “se”:
A firma toda não simpatizou com a nova diretoria.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “gosto” é transitivo indireto e
exige a preposição “de”, a qual deve anteceder o pronome relativo “que”.
Assim, a expressão “de que” é o objeto indireto da oração subordinada
adjetiva restritiva “de que mais gosto”.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “custará”, no sentido de ser
difícil, é transitivo indireto, em que o sujeito é oracional e o objeto indireto é a
pessoa (isso custará a ele):
Custará muito a ele entender-me. Custar-lhe-á muito entender-me.
VTI + advérbio+ OI + sujeito oracional VTI + OI + advérbio+sujeito oracional
Gabarito: B

Questão 12: COFEN 2010 Analista de Pessoal (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Para isso, existiam os oráculos – locais sagrados onde
os seres imortais se manifestavam, devidamente encarnados em suas
sacerdotisas.
Em “onde os seres imortais se manifestavam”, a palavra destacada pode ser
substituída, sem que haja alteração do sentido do período, por nos quais.
Comentário: O pronome relativo “onde” é o adjunto adverbial de lugar, o
qual transmite o valor de lugar estático e retoma a expressão “os oráculos”
(os seres imortais se manifestavam nos oráculos).
O pronome relativo “onde” pode ser substituído por “em que”. O
vocábulo “que” pode ser substituído por “os quais”. Assim, a junção entre a
preposição “em” e “os quais” resulta “nos quais”:
locais sagrados onde os seres imortais se manifestavam
locais sagrados em que os seres imortais se manifestavam
locais sagrados nos quais os seres imortais se manifestavam
Gabarito: C

Vimos a regência e como é explorada na prova. Agora, vamos a um


assunto que é a continuação do anterior: crase. Assim, os verbos e nomes já
explorados que regem a preposição “a” fatalmente serão revistos nesta parte
da aula.

Costumo dizer a meus alunos que não se deve decorar a regra,


principalmente a da crase, basta entendermos o processo, sua estrutura. Para
facilitar, vamos denominar o esquema a seguir de “estrutura-padrão da crase”.

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A estrutura-padrão da crase
preposição

verbo a a substantivo feminino


ou + aquele, aquela, aquilo
nome a a (=aquela)
a qual (pronome relativo)
Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição “a” e o
substantivo posterior admitir artigo “a”, haverá crase. Além disso, se houver a
preposição “a” seguida dos pronomes “aquele”, “aquela”, “aquilo”, “a”
(=aquela) e “a qual”; ocorrerá crase.

Veja as frases abaixo e procure entendê-las com base no nosso


esquema.

1. Obedeço à lei.
2. Obedeço ao código.
3. Tenho aversão à atividade manual.
4. Tenho aversão ao trabalho manual.
5. Refiro-me àquela casa.
6. Refiro-me àquele livro.
7. Refiro-me àquilo.
8. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita.
9. Esta é a casa à qual me referi.
Na frase 1, o verbo “Obedeço” é transitivo indireto e exige preposição
“a”, e o substantivo “lei” é feminino e admite artigo “a”, por isso há crase.
Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo
posterior é masculino, por isso não há crase.
Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo “aversão” exigiu a
preposição “a” e o substantivo “atividade” admitiu o artigo feminino “a”.
Na frase 4, “aversão” exige preposição “a”, mas “trabalho” é substantivo
masculino, por isso não há crase.
Nas frases 5, 6 e 7, “Refiro-me” exige preposição “a”, e os pronomes
demonstrativos “aquela”, “aquele” e “aquilo” possuem vogal “a” inicial (não é
artigo), por isso há crase.
Na frase 8, “me refiro” exige preposição “a”, “aquela” possui vogal “a”
inicial (não é artigo) e “a” tem valor de “aquela”, por isso há duas ocorrências
de crase.
Na frase 9, “me referi” exige preposição “a”, e o pronome relativo “a
qual” é iniciado por artigo “a”, por isso há crase.

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Muitas vezes o substantivo feminino está sendo tomado de valor geral,


estando no singular ou plural, e por isso não admite artigo “a”. Outras vezes
esse substantivo recebe palavra que não admite artigo antecipando-a, por isso
não haverá crase. Veja os exemplos abaixo em que o verbo transitivo indireto
exige o objeto indireto:
Os substantivos “leis”, “lei” estão em sentido
geral, por isso não recebem artigo “as”, “a” e
Obedeço a leis. não há crase. Na segunda frase, o que ratificou
Obedeço a lei e a regulamento. o sentido geral foi o substantivo masculino
“regulamento” não ser antecedido do artigo
“o”.

Obedeço a uma lei. O artigo “uma” é indefinido, os pronomes


Obedeço a qualquer lei. “qualquer, toda, cada” são indefinidos. Como
Obedeço a toda lei. eles indefinem, não admitem artigo definido
Obedeço a cada lei. “a”. Os pronomes “tal” e “esta” são
demonstrativos. Por eles já especificarem o
Obedeço a tal lei. substantivo “lei”, não admitem o artigo “a”.
Obedeço a esta lei. Por isso não há crase.

O mesmo ocorre com os nomes que exigem o complemento nominal.


Veja:
Tenho obediência a leis.
Tenho obediência a lei e a regulamento.
Tenho obediência a uma lei.
Tenho obediência a qualquer lei.
Tenho obediência a toda lei.
Tenho obediência a cada lei.
Tenho obediência a tal lei.
Tenho obediência a esta lei.

Vimos o verbo transitivo indireto e nome que exigem preposição “a”, mas
os verbos intransitivos também podem exigir preposição “a”. Muitas vezes o
problema é saber se o nome posterior admite ou não o artigo “a” e se o
vocábulo “a” é apenas uma preposição, ou uma preposição mais o artigo “a”.
Por isso inserimos abaixo algumas regras que ajudam a confirmar a estrutura-
padrão da crase.
a. Quando os pronomes de tratamento estão na função de objeto indireto ou
complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois
não admitem artigo.
Refiro-me a Vossa Senhoria. Fiz referência a Vossa Excelência.
Observação: Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora
admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”,
haverá crase:
Refiro-me à senhora Gioconda.

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b. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o artigo feminino,


admite-se a crase:
Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à Paraíba.
Um túnel ferroviário liga a França à Inglaterra.
Perceba que o substantivo “excursão” exige a preposição “a” e os
topônimos “Bahia” e “Paraíba” admitem artigo “a”. Por isso há crase. Já os
topônimos “Sergipe” e “Alagoas” não admitem artigo; por isso não há crase.
Mas será que devemos decorar quais os topônimos admitem ou não o artigo
“a”? Lógico que não, para isso, temos alguns macetes.
Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o
verbo (que exige a preposição “a”) por outro que exija preposição diferente;
para evitar a confusão da preposição com o artigo.
Veja:
Fui à Bahia. Fui a Sergipe. Fui a Roma.
Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por “vim”. Veja:
Vim da Bahia. Vim de Sergipe. Vim de Roma.
Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer
somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também
permanecerá só a preposição “a” (Vim de Sergipe Fui a Sergipe).
Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é
sinal de que, com o verbo “Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à”
(Vim da Bahia Fui à Bahia).
Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar,
determinar, especificar esses topônimos que não admitem o artigo. Quando
colocamos uma locução adjetiva ou algum outro determinante que o
caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a
preposição “a”, ocorrerá a crase.
Veja:
Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo.
(Viemos de Brasília ... de São Paulo)
Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.
(Viemos da Brasília de Juscelino ... da São Paulo da garoa)
Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. Vamos a outros
casos.
c. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa
de meus sonhos; pintei a casa de azul etc). Porém, quando há um sentido de
deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo. Mas isso não
será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá:
Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”?
Você diz: “vou para casa” ou “vou para a casa”?

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Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”.
Porém, quando essa casa não é a sua, naturalmente e intuitivamente, coloca-
se um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente inserimos artigo.
Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja:
Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”?
Você diz “vou para casa da Luzia” ou “vou para a casa da Luzia”?
Naturalmente usamos as segundas opções, correto?
Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a
preposição “para” tem o mesmo valor da preposição “a”; na sua substituição,
podemos ter crase.
Veja:
Vou para casa. Vou para a casa da Amélia.
a+a
Vou a casa. Vou à casa da Amélia.
O bom filho volta a casa todos os dias.
O bom filho volta à casa dos pais todos os dias.
Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial
maiúscula (Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo
de Câmara dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma,
poderá ocorrer a crase:
Prestar à Casa as devidas homenagens.
d. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo
normalmente.
A terra é boa! Ele vive da terra!
Assim, haverá crase:
O agricultor dedica-se à terra.
Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”.
Isso porque não dizemos “ao bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão:
Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo)
Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e,
consequentemente, crase.
Veja:
Viajou em visita à terra dos antepassados.
Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina)

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e. Na locução à uma, significando “unanimemente, conjuntamente”, haverá


crase. Veja:
Os sindicalistas responderam à uma: greve já!
Vimos a estrutura de um verbo ou nome que exige preposição “a”.
Agora, veremos a locução adverbial que não é exigida pelo verbo, mas possui
a estrutura interna com a preposição.
Exemplo: Estive aqui de manhã.
Note que a locução adverbial “de manhã” ocorreu sem exigência do
verbo, pois poderíamos dizer “Estive aqui.” Esta locução tem uma composição
própria: de + manhã. Se essa estrutura fosse composta por preposição “a”
seguida de nome feminino que admitisse artigo “a”, haveria crase.
Exemplo: Estive aqui à noite.

Assim, vamos à estrutura da locução adverbial:


preposição + artigo + nome

à noite
à tarde à noite à direita às claras
às escondidas à toa à beça à esquerda
às vezes às ocultas à chave à escuta
à deriva às avessas às moscas à revelia
à luz à larga às ordens às turras
Deve-se dar especial destaque às locuções adverbiais de tempo, que
especificam o momento de um evento, com o núcleo expresso com o
substantivo hora(s), o qual recebe o artigo definido “a”, “as”.
à meia-noite, à uma hora às duas horas às três e quarenta.
Não se pode confundir com a indicação de tempo generalizado ou tempo
futuro:
Isso acontece a qualquer hora. Estarei lá daqui a duas horas.
Veja a diferença nas frases a seguir:
A aula acabará a uma hora. (uma hora após o momento da fala)
A aula acabará à uma hora. (terminará às 13 horas ou à uma hora da madrugada)
A aula acabara há uma hora. (a aula acabou uma hora antes)
No último caso, não há locução adverbial, o verbo “há” marca tempo
decorrido. Vimos isso na concordância, lembra?
Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve
ser conservado. Se o primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo
também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo receberá a crase:
A reunião será de 9 a 10 horas. A reunião será das 9 às 10 horas.

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Note: se o início do evento não recebeu artigo, o término também não


receberá. (de 9 a 10 horas).
Se o início do evento recebeu artigo, o término também receberá. (das 9
às 10 horas).
Merece destaque a locução adverbial de modo à moda de. Ela pode
estar expressa ou subentendida; por isso, deve-se tomar muito cuidado:
Pedimos uma pizza à moda da casa.
Atrevia-se a escrever à Drummond. (à moda de)
Pedimos arroz à grega. (à moda)
Não confunda com as expressões frango a passarinho, bife a cavalo,
as quais não possuem crase por não transmitirem modo.

Haverá crase também nas locuções prepositivas, que são sempre


nocionais e iniciam locução adverbial:
à beira de à sombra de à exceção de à força de
à frente de à imitação de à procura de à semelhança de
à custa de às custas de
O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais que indicam
meio ou instrumento, desde que o substantivo seja feminino: barco a (à) vela;
escrever a (à) máquina; escrever a (à) mão; fechar a porta a (à) chave;
repelir o invasor a (à) bala. Normalmente, os bons autores têm preferido sem
a crase. Tudo isso depende da intenção comunicativa. O instrumento ou o
meio podem ser especificados ou não com o artigo “a”.
Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois
os substantivos estão sendo tomados de maneira geral, sem artigo definido:
cara a cara; frente a frente, etc.
A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à
medida que, à proporção que:
À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria.
À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando.
Perceba uma diferença muito importante: “às vezes” e “as vezes”.
Às vezes você me olha diferente.
Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se “de vez
em quando, por vezes, algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de
tempo e há crase.
Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma
especificação do momento:
As vezes que te vi, fiquei extasiado.
Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou
oração adjetiva. Portanto, tome cuidado!

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CRASE FACULTATIVA
Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é
opcional o uso da preposição a, ou do artigo definido feminino.
Casos em que a crase é facultativa:
a. A preposição “a” é facultativa depois da preposição “até”:
O visitante foi até a sala do Diretor.
O visitante foi até à sala do Diretor.
A sessão prolongou-se até à meia-noite.
A sessão prolongou-se até a meia-noite.
b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a
crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular.
Refiro-me à minha amiga.
Crase facultativa
Refiro-me a minha amiga.
Refiro-me às minhas amigas. Crase obrigatória
Refiro-me a minhas amigas. Crase proibida

c. O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Se o nome


for feminino e o verbo exigir preposição, a crase será facultativa:
Refiro-me à Madalena.
Refiro-me a Madalena.
Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha
intimidade, geralmente não se usa o artigo nem o acento indicativo de crase,
salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de especificativo.
O orador fez uma bela homenagem a Rachel de Queiroz.
O orador fez uma bela homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze.
Nas gramáticas, são elencados os casos em que a crase será proibida.
Para isso, basta apenas relembrarmos a estrutura-padrão da crase.
Agora, vamos praticar!
Questão 13: CFBPM 2016 – Combatente (banca Consulplan)
Sem considerar possível alteração de sentido, o sinal indicador de crase que
aparece no título do texto (“O direito à literatura”) seria corretamente
eliminado se
A) o artigo definido “o” fosse omitido.
B) a palavra “direito” fosse substituída por “acesso”.
C) no lugar de “literatura” fosse empregada a palavra “vida”.
D) em lugar do artigo “o”, fosse utilizada a forma verbal “temos”.
E) depois da palavra “direito” fosse acrescentada a conjunção “e”.
Comentário: O substantivo “direito” rege a preposição “a” e o substantivo
“literatura” é precedido do artigo “a”. Assim, houve crase.
A alternativa (A) está errada, pois o artigo “O” não interfere na crase.
A alternativa (B) está errada, pois o substantivo “acesso”, assim como o

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substantivo “direito”, rege a preposição “a”. Dessa forma, a substituição de


um pelo outro mantém a crase.
A alternativa (C) está errada, pois o substantivo “vida”, assim como o
substantivo “literatura”, é precedido do artigo “a”. Dessa forma, a substituição
de um pelo outro mantém a crase.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “temos” é transitivo direto, o
substantivo “direito” é o objeto direto. Tal substantivo rege a preposição “a” e
o substantivo “literatura” é precedido do artigo “a”. Assim, mantém-se a
crase.
A alternativa (E) é a correta, pois, ao acrescentarmos a conjunção “e”,
os substantivos “acesso” e “literatura” deixam de ser subordinados um do
outro e passam a ser coordenados entre si. Assim, não cabe a preposição “a”
e consequentemente não pode haver crase. Veja:
“O direito e a literatura”.
Gabarito: E

Questão 14: CFBPM 2016 – Oficial (banca Consulplan)


O uso do acento grave, indicador de crase, está exemplificado no texto
através da expressão “simultaneamente às desigualdades”. O contrário, ou
seja, o uso INCORRETO do acento grave, indicando crase, pode ser visto em:
A) “Caminhamos até à praia.”
B) “Não retornarei àquele lugar.”
C) “Foi a carta à que fiz referência.”
D) “Àquela época tudo era diferente.”
E) “Não conseguimos ler a placa à distância de dez metros.”
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a preposição “até” permite a
preposição “a” em seguida. Como o substantivo “praia” admite o artigo “a”,
ocorre a crase.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “retornarei” rege a
preposição “a” e o pronome demonstrativo “aquele” é iniciado pela vogal “a”,
por isso há crase.
A alternativa (C) é a errada, pois o pronome relativo “que” não admite
ser precedido do artigo “a”. Assim, mesmo o nome “referência” regendo a
preposição “a”, não pode haver crase. Veja a correção:
“Foi a carta a que fiz referência.”
A alternativa (D) está correta, pois “Àquela época” é uma locução
adverbial, a qual é precedida da preposição “a” e o pronome demonstrativo
“aquela” é iniciado pela vogal “a”. Assim, há crase.
A alternativa (E) está correta, pois a expressão “à distância de dez
metros” é uma locução adverbial, a qual é precedida da preposição “a” e o
substantivo “distância” só é precedido do artigo “a”, porque é seguido do
caracterizador “de dez metros”. Assim, está correto o emprego da crase.
Gabarito: C

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Questão 15: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan)


Em “[...] próprias à diferença que busca um lugar no contexto social.” é
possível identificar o uso do sinal grave decorrente da união de dois
segmentos sintáticos do texto. O uso correto do sinal grave, indicador de
crase, pode ser observado em:
A) Caminhamos até à praia todas as manhãs.
B) Durante o discurso não houve referência à vocês.
C) A alergia à algum medicamento pode trazer efeitos desastrosos.
D) Tornarei à frequentar o local quando estiver emocionalmente estruturado.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a preposição “até” permite a
preposição “a” em seguida. Como o substantivo “praia” admite o artigo “a”,
ocorre a crase.
As demais alternativas estão erradas, pois o pronome de tratamento
“vocês”, o pronome indefinido “algum” e o verbo “frequentar” não admitem
serem precedidos do artigo “a”. Assim, não há crase.
Gabarito: A

Questão 16: CODERN 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Chico afirmava que a boa governança e a proteção à
floresta não eram obstáculos, mas precondições ao desenvolvimento da
Amazônia.
O uso do acento grave em “proteção à floresta” justifica-se, pois
A) a palavra “proteção” está determinada pelo artigo “a”.
B) “proteção” e “floresta” são duas palavras de gênero feminino.
C) o termo “a” trata-se de um monossílabo tônico nesta expressão.
D) o termo regente admite o artigo “a” diante do termo regido “floresta”.
E) “proteção” exige a preposição “a”, e, ainda, “floresta” admite o artigo
feminino “a”.
Comentário: É fácil perceber que o substantivo “proteção” regeu a
preposição “a” e o substantivo “floresta” admitiu o artigo “a”. Assim, houve a
crase e a alternativa (E) é a correta.
A alternativa (A) está errada, porque o fato de o substantivo regente
“proteção” ser precedido do artigo “a” nada tem a ver com a crase.
A alternativa (B) está errada, porque o fato de o substantivo regente
“proteção” e o termo regido “floresta” serem femininos não é parâmetro para
a ocorrência de crase. Se a palavra regente “proteção” fosse masculina, ainda
assim poderia haver crase.
A alternativa (C) está errada, pois a palavra “à” não é um monossílabo
tônico, mas é o ajuntamento da preposição “a” com o artigo definido “a”.
Ambas as palavras são átonas.
A alternativa (D) está errada, porque o termo regente (“proteção”) é
antecipado do artigo “a”, por isso tal palavra não se encontra diante do termo
regido “floresta”. Na realidade, ocorre crase, porque “proteção” rege a
preposição “a”, a qual se junta ao artigo “a” diante do substantivo “floresta”.
Gabarito: E

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Questão 17: CODERN 2014 Técnico (banca Consulplan)


Indique a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.
A) O padre se referiu àquele fato.
B) Eles foram até à casa do caboclo.
C) O estudante foi à cidade comprar mantimentos.
D) “... os três sentaram-se à mesa para tomar café...”
E) “À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.”
Comentário: Na alternativa (A), a crase é obrigatória, haja vista que “se
referiu” rege a preposição “a”, a qual se junta à vogal “a” do pronome
demonstrativo “aquele”.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “foram” rege a preposição “a”,
a qual transmite o valor de destino (ir a algum lugar). Tal preposição pode ser
omitida quando da presença da preposição “até”, a qual transmite um limite
(ir até um lugar). Assim, por motivo de ênfase, pode-se empregar as duas
preposições numa mesma oração (ir até a um lugar). Porém, o autor pode
omitir a preposição “a”, pois a ideia de limite expressa pela preposição “até”
automaticamente faz subentender a ideia de lugar de destino. Dessa forma, a
crase é facultativa.
Na alternativa (C), a crase é obrigatória, haja vista que “foi” rege a
preposição “a”, a qual se junta ao artigo “a” que precede o substantivo
feminino “cidade”.
Na alternativa (D), a crase é obrigatória, haja vista que “sentaram-se”
rege a preposição “a”, a qual se junta ao artigo “a” que precede o substantivo
feminino “mesa”.
Na alternativa (E), a crase é obrigatória, haja vista que a locução
adverbial “À noite” é constituída da preposição “a”, a qual se junta ao artigo
“a” que precede o substantivo feminino “noite”.
Gabarito: B

Questão 18: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas
algo que inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes:
toda razão é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que
ouvir sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa – sobretudo só
se discute – entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na
Grécia, junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode
discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar
abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais inamovíveis.
[...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os
outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as
deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre
umas e outras.
[...] Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua
vez a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos
e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas:

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valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor
resistem à prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.
Em uma oração, os termos se relacionam entre si em uma relação de
dependência. A partir de tal aspecto, analise as assertivas a seguir e
identifique a correta.
A) Em “atender a vozes” (1º§), “a” pode ser substituído por “às” sem que
haja alteração de sentido.
B) Em “algo que inventamos ao nos comunicar” (1º§), “ao” pode ser
substituído por “à” se “nos” for eliminado.
C) Em “Oferecemos nossa opinião aos outros” (2º§), a preposição é
obrigatória, de acordo com o termo regente.
D) Em “consiste em decidir-se” (1º§), “em” estabelece a mesma relação vista
no uso da locução “por intermédio de”.
Comentário: Na alternativa (A), originalmente não há crase, haja vista que
“atender” rege a preposição “a”, mas o substantivo plural “vozes” não é
precedido do artigo “as”. Assim, o autor utilizou o substantivo “vozes” com
valor generalizante. Ao inserirmos o artigo “as” diante de tal substantivo,
naturalmente passamos a dar a ele um valor semântico mais específico.
Assim, a substituição de “a” por “às” é gramaticalmente possível, porém isso
faz mudar sensivelmente o sentido.
Na alternativa (B), não caberá crase, pois a omissão de “nos” faz com
que a crase ficaria diante do verbo “comunicar”, e sabemos que não pode
haver crase antes de verbo.
A alternativa (C) é a correta, pois “Oferecemos” é transitivo direto e
indireto, “nossa opinião” é o objeto direto e “aos outros” é o objeto indireto.
Como sabemos que o objeto indireto é exigido pelo verbo, é correto afirmar
que a preposição “a” é obrigatória, de acordo com o termo regente
“Oferecemos”.
Na alternativa (D), o verbo “consiste” rege a preposição “em”, a qual
não possui valor semântico, muito menos apresenta o mesmo sentido de “por
intermédio de”.
Gabarito: C

Questão 19: MAPA 2014 Agente de Inspeção Sanitária (banca Consulplan)


As frases das seguintes alternativas foram extraídas do texto e alteradas.
Assinale aquela que apresenta problema no que tange à regência e/ou uso do
acento indicador de crase.
A) D. Luiz passou a coroa a Luis Maria.
B) Durante as manifestações de junho, D. Luiz (neto de Luis Maria)
recomendou a seguidores que não fossem às ruas.
C) Em 1823, o patriarca da independência, José Bonifácio de Andrada e
Silva, apresentou o projeto de levar a capital à Fortaleza, distante de
ataques de corsários no litoral.
D) Essa não seria a única ameaça, já que houve um racha na linhagem real
em 1908, quando D. Pedro de Alcântara renunciou ao direito dinástico por
se casar com uma reles condessa.

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Comentário: A questão cobra onde houve erro no uso do acento indicativo de


crase.
A alternativa (A) está correta, pois não cabe crase diante do substantivo
masculino “Luis”.
A alternativa (B) está correta, pois não cabe crase diante do substantivo
masculino “seguidores”. Além disso, o verbo “fossem” rege a preposição “a” e
o substantivo feminino plural “ruas” é precedido do artigo “as”.
A alternativa (C) é a errada, pois o nome da cidade “Fortaleza” não é
precedido de artigo “a”, motivo pelo qual não cabe crase.
A alternativa (D) está correta, pois “renunciou” rege a preposição “a” e o
substantivo “direito” é precedido do artigo “o”, por isso há a combinação “ao”.
Gabarito: C

Questão 20: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No texto "A proibição da cobrança já constava em regulamento de TV por
assinatura que entrou em vigor em junho. O texto confuso do documento,
porém, dava margem à diferentes interpretações - a ABTA, por exemplo,
entendeu que poderia continuar cobrando a mesma coisa.", o uso do acento
grave está:
a) Incorreto, pois está regido pela palavra “interpretações”, que se encontra
no feminino.
b) Incorreto, pois não ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".
c) Correto, pois ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".
d) Correto, pois o "a" que antecede um termo no plural é sempre craseado.
Comentário: No texto, não cabe crase, haja vista que “interpretações” é um
substantivo plural e não está precedido do artigo “as”. Houve apenas a
preposição “a”, exigida pelo verbo “dava”. Assim, a única alternativa possível
como resposta é a (B).
Gabarito: B

Questão 21: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No trecho “(...) poderíamos considerá-lo abusivo e afeto, então, às sanções
previstas na lei”, o acento grave ocorre pelo mesmo condicionamento sintático
de:
a) Vamos sempre às praias mais tranquilas.
b) Todos os doces daquela confeitaria são feitos à mão.
c) Existe nas aves uma hierarquia de acesso à comida.
d) O voo parte de Brasília às 22h.
Comentário: No trecho do pedido da questão, o adjetivo “afeto” rege a
preposição “a” e o substantivo “sanções” é precedido do artigo “as”. Assim, há
crase por haver uma regência nominal.
Agora, temos que verificar qual, dentre as alternativas, apresenta o
mesmo motivo de crase.
A alternativa (A) apresenta crase, tendo em vista que o verbo “Vamos”
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rege a preposição “a” e o substantivo “praias” está sendo precedido do artigo


“as”. Assim, houve crase por regência verbal.
A alternativa (B) apresenta crase, tendo em vista que a locução
adverbial “à mão” é constituída da preposição “a”, seguida do substantivo
feminino “mão”, o qual é precedido do artigo “a”. Assim, não houve crase por
regência, mas simplesmente por estrutura adverbial.
A alternativa (C) é a correta, pois o adjetivo “acesso” rege a preposição
“a” e o substantivo “comida” é precedido do artigo “a”. Assim, há crase por
haver novamente uma regência nominal.
A alternativa (D) apresenta crase, tendo em vista que a locução
adverbial “às 22h” é constituída da preposição “a”, seguida da denominação
de horas “22h”, a qual é precedida do artigo “as”. Assim, não houve crase por
regência, mas simplesmente por estrutura adverbial.
Gabarito: C

Questão 22: Pref Natal 2013 Professor (banca Consulplan)


Buraco negro gigante confunde cientistas
Uma nova descoberta astronômica está confundindo cientistas que se
dedicam _______ vasculhar diferentes galáxias e sistemas solares.
Um grupo de astrônomos identificou um buraco negro gigante – o
segundo mais pesado já observado da Terra – em uma galáxia menor até do
que _______ que costumam abrigar formações desse tipo, bastante
modestas.
[...]
Os buracos negros são formações extremamente densas e com uma
força gravitacional fortíssima que atrai e “engole” até a luz que está a seu
redor.
Um “buraco negro médio” poderia ter uma massa equivalente _______
1.000 sóis, mas ser menor que a Terra.
Acredita-se que haja uma dessas formações no centro de todas as
grandes galáxias.
A galáxia NGC 1277 está a 220 milhões de anos-luz de distância da
Terra, mas aparece nas imagens de alta resolução feitas pelo telescópio
Hubble.
“Em geral fazemos um modelo da galáxia (que estamos estudando) e
calculamos todas as órbitas possíveis das estrelas (que pertencem a ela)”,
explicou Van den Bosch _______ BBC. “É como montar um quebra-cabeça,
analisamos essas órbitas (possíveis) para tentar reproduzir uma galáxia que
tem as mesmas velocidades estelares que medimos (com ajuda do
telescópio).”
[...]
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1193115-buraco-negro-gigante-
confunde-cientistas.shtml>. Adaptado.)
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o texto
anterior.
A) à / a / a / à
B) à / às / à / a

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C) a / as / a / à
D) a / as / à / a
Comentário: Para resolver esta questão, basta trabalharmos por lacunas e
depois vamos eliminando as alternativas erradas até chegarmos à certa.
A primeira lacuna não pode ser preenchida por “à”, tendo em vista que
antes de verbo não cabe artigo “a”. Assim, já eliminamos as alternativas (A) e
(B).
Segundo as alternativas restantes, (C) e (D), a segunda lacuna deve ser
preenchida pelo artigo “as”, o qual faz subentender o substantivo plural
“galáxias”.
A terceira lacuna não admite crase, tendo em vista que “sóis” é um
substantivo masculino. Assim, já eliminamos a alternativa (D), restando a (C)
como correta.
Gabarito: C

Questão 23: ESF 2012 Médico (banca Consulplan)


O acento grave foi devidamente utilizado em
A) Para que o Brasil se desenvolva, uma educação de qualidade deve ser
oferecida à todos os jovens.
B) Os números se referem à estudantes das escolas particulares e públicas de
todas as regiões do Brasil.
C) Richard Feynman, prêmio Nobel de Física, começou à observar o
desempenho dos estudantes brasileiros a partir de 1950.
D) As escolas brasileiras devem se preparar à partir de agora para oferecerem
aos jovens uma educação de qualidade.
E) Eles chegaram à escola no momento em que os alunos estavam na sala de
aula sem nenhuma atividade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver crase diante
de palavra masculina (“todos”).
A alternativa (B) está errada, pois não pode haver crase, quando o
vocábulo “a” está no singular e o substantivo posterior está no plural. Isso
indica que há apenas preposição.
A alternativa (C) está errada, pois não pode haver crase diante de verbo
(“observar”).
A alternativa (D) está errada, pois não pode haver crase diante de verbo
(“partir”).
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “chegaram” rege a preposição
“a” e o substantivo “escola” admite o artigo “a”. Por isso, há crase.
Gabarito: E

Questão 24: Campos-RJ 2012 Analista Legislativo-Procurador (banca Consulplan)


Na frase “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes.”,
observa-se a utilização do sinal indicativo de crase. A utilização desse sinal é
obrigatória em
A) O homem visitou a fábrica de automóveis.
B) A educação é fundamental para a formação do indivíduo.

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C) O ser humano precisa aprender a fazer as suas escolhas de forma


consciente.
D) As pessoas se referem a relação entre o pensamento e a ação.
E) O professor fez uma advertência a sua aluna.
Comentário: Não alternativa (A), não deve haver acento indicativo de crase,
pois o verbo “visitou” é transitivo direto e o termo “a fábrica de automóveis” é
o objeto direto, o qual está iniciado apenas do artigo “a”.
Não alternativa (B), não deve haver acento indicativo de crase, pois há
apenas o artigo “a”, já que tal vocábulo é precedido da preposição “para”.
Não alternativa (C), não deve haver acento indicativo de crase, pois não
cabe artigo “a” diante de verbo (“fazer”). Além disso, o verbo “fazer” é
transitivo direto e o termo “as suas escolhas” é o objeto direto, o qual está
iniciado apenas do artigo “as”.
A alternativa (D) é a correta, pois “se referem” rege a preposição “a” e o
substantivo “relação” admite o artigo “a”. Por isso, deve haver acento
indicativo de crase.
Não alternativa (E), o acento indicativo de crase é facultativo, pois
“advertência” rege a preposição “a” e o substantivo “aluna” admite o artigo
“a”, porém o pronome possessivo “sua” pode omitir o artigo “a”.
Gabarito: D

Questão 25: Campos-RJ 2012 Técnico Legislativo-Informática (banca Consulplan)


Em “se encaixam feito luva às situações” o uso do acento indicador de crase é
A) facultativo, pois antecede palavra feminina.
B) facultativo, pois compõe uma locução feminina.
C) indevido, pois o substantivo “situações” está no plural.
D) obrigatório, pois “às situações” tem função de adjunto adnominal.
E) obrigatório, pois ocorre exigência de preposição e “situações” admite o
artigo “as”.
Comentário: O verbo “encaixam” rege a preposição “a” e o substantivo
“situações” é precedido do artigo “as”, por isso o uso do acento indicador de
crase é obrigatório.
Observação: Esta questão originalmente foi anulada por um erro de digitação
na alternativa (E), que estava assim redigida: “...admite o artigo ‘a’”. Para
aproveitarmos a questão, modifiquei “a” por “as”.
Gabarito: E

Questão 26: Pref N. Iguaçu-RJ 2012 Assistente Adm (banca Consulplan)


“... explicava à professora por que havia faltado tanto tempo...” Assinale a
alternativa em que também deve ocorrer o acento grave indicador da crase.
A) Ficamos a rezar por um milagre.
B) Os documentos não fazem referência a nada.
C) O diretor recorreu a uma de suas secretárias.
D) A empresa estava a beira da falência.
E) O pai pediu a todos que fizessem silêncio.
Comentário: As alternativas (A), (B), (C) e (E) não admitem acento indicador

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de crase, porque as palavras “rezar”, “nada”, “uma” e “todos” não podem ser
precedidas de artigo “a”. Assim, há apenas preposição “a”.
A alternativa (D) é a correta, pois a locução adverbial “à beira”
apresenta preposição “a” em sua estrutura e o artigo “a” precede o
substantivo “beira”. Por isso, deve haver acento indicador de crase.
Gabarito: D

Questão 27: Pref Vila Rica-MT 2012 Escriturário (banca Consulplan)


Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.
A) “... só puderam se desenvolver na Terra graças à nossa grande lua...”
B) “... planetas semelhantes à Terra e com vida...”
C) As viagens à Lua foram interrompidas.
D) Os cientistas se referiram à influência que a Lua exerce sobre a Terra.
E) A Lua que vemos brilhar, à noite, no céu, possui propriedades incontáveis.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “graças” rege a preposição
“a” e “lua” admite o artigo “a”; porém há o pronome possessivo “nossa”, o
qual admite facultativamente o artigo “a”. Por isso o acento indicativo de
crase também é facultativo.
Na alternativa (B), o acento indicativo de crase é obrigatório, tendo em
vista que “semelhantes” rege a preposição “a” e o substantivo “Terra” é
precedido do artigo “a”.
Na alternativa (C), o acento indicativo de crase é obrigatório, tendo em
vista que “viagens” rege a preposição “a” e o substantivo “Lua” é precedido do
artigo “a”.
Na alternativa (D), o acento indicativo de crase é obrigatório, tendo em
vista que “se referiram” rege a preposição “a” e o substantivo “influência” é
precedido do artigo “a”.
Na alternativa (E), o acento indicativo de crase é obrigatório, pois a
locução adverbial “à noite” apresenta preposição “a” em sua estrutura e o
artigo “a” precede o substantivo “noite”. Por isso, deve haver acento indicativo
de crase.
Gabarito: A

Questão 28: Pref Barra Velha-SC 2012 Advogado (banca Consulplan)


“... um ano e tanto depois da chegada do primeiro pastor alemão àquela
casa, ...” A ocorrência de crase no segmento anterior ocorre devido à
A) fusão do artigo “a” com o pronome “aquela”.
B) fusão da preposição “a” com o pronome “aquela”.
C) colocação do pronome “aquela” diante de “casa”.
D) especificação atribuída ao cachorro.
E) substituição do artigo “a” pelo pronome “aquela”.
Comentário: A alternativa (B) é a correta, porque o substantivo “chegada”
exigiu a preposição “a” e o pronome demonstrativo “aquela” é iniciado pela
vogal “a”. Por isso ocorreu a crase.
Gabarito: B

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Questão 29: Pref Uberlândia-MG 2012 Advogado (banca Consulplan)


Acerca da regência verbal, no trecho “... a ameaça que o PL 84 representa ao
direito à privacidade e liberdade na rede...”, é correto afirmar que
A) a ocorrência de preposição em “ao direito” deve-se à presença do verbo
“representa”.
B) a ocorrência de crase deve-se à presença do verbo “representa”.
C) substituindo “privacidade” por “regalias” mantém-se o sinal indicador de
crase.
D) “representa o direito à privacidade” é uma reescrita que mantém a
correção e o sentido.
E) a indicação de crase em “à privacidade” deve-se à presença de “direito”.
Comentário: Na estrutura “... a ameaça que o PL 84 representa ao direito à
privacidade e liberdade na rede...”, o verbo “representa”, neste contexto, é
transitivo direto (algo representa alguma coisa). Assim, o sujeito é “O PL 84”,
o objeto direto é o pronome relativo “que”, o qual retoma “ameaça” que rege
a preposição “a” e esta inicia o complemento nominal “ao direito”. O
substantivo “direito” rege a preposição “a” que inicia o complemento nominal
“à privacidade e liberdade”. Veja:
a ameaça que o PL 84 representa ao direito à privacidade e liberdade na rede

Ou seja:
o PL 84 representa ameaça ao direito à privacidade e liberdade na rede

A alternativa (A) está errada, porque é o pronome relativo “que” (o qual


representa o substantivo “ameaça”) que exige a preposição “a” em “ao
direito”.
A alternativa (B) está errada, porque a ocorrência de crase deve-se à
presença do substantivo “direito”, e não do verbo “representa”.
A alternativa (C) está errada, porque a substituição do singular
“privacidade” pelo plural “regalias” fará com que o vocábulo “a” passe a ser
apenas uma preposição. Assim, não ocorrerá crase. Veja:
direito a regalias
A alternativa (D) está errada, porque a reescrita prejudica a correção
gramatical e o sentido. Note que o pronome relativo “que” já é o objeto direto
do verbo “representa”, por isso tal verbo não admite o termo “o direito” como
outro objeto direto.
A alternativa (E) é a correta, porque o substantivo “direito” realmente
exigiu a preposição “a” e o substantivo “privacidade” admitiu o artigo “a”.
Assim, ocorreu crase.
Gabarito: E

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Questão 30: Prefeitura Mauriti 2010 Agente Adm (banca Consulplan)


Das frases abaixo, somente uma está com emprego adequado da crase,
segundo a norma padrão.
A) O pagamento havia sido feito à tempo e à hora.
B) Sim, comer à noite engorda mais.
C) Aos poucos, às pessoas voltavam a terra.
D) A geladeira só é vendida à prazo.
E) Dedico-me à uma causa humana.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o substantivo “tempo” é
masculino. Assim, não admite artigo “a”. Veja que este substantivo também
não admitiu o artigo “o”, o que nos leva a perceber que o substantivo “hora”
também não admite o artigo “a” neste contexto. Por isso, a locução adverbial
“a tempo e a hora” não possui crase.
A alternativa (B) está correta, porque a locução adverbial “à noite” é
iniciada pela preposição “a” e o seu núcleo admite o artigo “a”. Assim, há
crase.
A alternativa (C) está errada, pois o termo “as pessoas” é o sujeito.
Assim, não pode ser preposicionado e não pode haver crase.
A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “prazo” é masculino,
portanto não admite crase.
A alternativa (E) está errada, pois o artigo indefinido “uma” não admite
ser antecipado do artigo “a”. Assim, não há crase.
Gabarito: B

Questão 31: Prefeitura C.V. 2010 Aux Adm (banca Consulplan)


O uso da crase apresenta-se correto na seguinte alternativa:
A) Saíram num barco à vela.
B) Voltamos cedo à casa.
C) Ela estava à disposição.
D) Os marinheiros desceram à terra.
E) Nós respeitamos muito àquele homem.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a locução adverbial de meio
“a vela” possui apenas preposição “a”, não há artigo “a”. Confronte com uma
locução adverbial cujo núcleo é masculino!!! Você perceberá que também não
há artigo “o”: barco a vapor.
A alternativa (B) está errada, pois a palavra “casa” não admite artigo “a”
por representar o próprio lar. Note que esta palavra não recebeu nenhum
termo caracterizador.
A alternativa (C) é a correta, pois a expressão adverbial “à disposição”
possui crase, porque sua estrutura se inicia pela preposição “a” e o
substantivo “disposição” admite o artigo “a”.
A alternativa (D) está errada, pois a palavra “terra” não admite artigo
por estar em oposição a “a bordo”. Note que esta palavra não recebeu
nenhum termo caracterizador.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “respeitamos” é transitivo
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direto e “aquele homem” é o objeto direto. Assim, esse termo não é iniciado
por preposição, não sendo admitida a crase.
Gabarito: C

Questão 32: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan)


Houve desrespeito à norma culta quanto ao uso do acento indicador da crase
em:
A) A má distribuição de renda no país é prejudicial à muitas pessoas que
trabalham.
B) A população não aguenta assistir, na mídia, à apresentação de certos
ídolos.
C) Por que se concedem altos salários àqueles que têm cargos políticos?
D) A imprensa informa à população o esquema de corrupção que envolve
pessoas de destaque na sociedade.
E) Por que, neste país, dá-se mais valor à bola?
Comentário: A alternativa (A) é a errada, porque o adjetivo “prejudicial”
exigiu a preposição “a”. O substantivo “pessoas” está no plural e o vocábulo
“a” está flexionado no singular. Isso comprova que não ocorreu artigo. Assim,
não pode haver crase.
A alternativa (B) está correta, porque o verbo “assistir” encontra-se no
sentido de observar, ver. Portanto, é transitivo indireto e exige a preposição
“a”. Como o substantivo posterior admitiu o artigo “a”, ocorreu a crase.
A alternativa (C) está correta, porque o verbo “concedem” é transitivo
direto e indireto. Seu objeto direto é “altos salários” e o objeto indireto é
“àqueles”, o qual é iniciado pela preposição “a”, exigida pelo verbo. Como o
pronome “aqueles” inicia-se pela vogal “a”, ocorreu crase.
A alternativa (D) está correta, porque o verbo “informa” é transitivo
direto e indireto. Seu objeto direto é “o esquema” e o objeto indireto é “à
população”, o qual é iniciado pela preposição “a”, exigida pelo verbo. Como o
substantivo “população” está antecedido do artigo “a”, ocorreu a crase.
A alternativa (E) está correta, porque o verbo “dá” é transitivo direto e
indireto. O pronome “se” é apassivador. Assim, o sujeito paciente é “mais
valor” e o objeto indireto é “à bola”, o qual é iniciado pela preposição “a”,
exigida pelo verbo. Como o substantivo “bola” está antecedido do artigo “a”,
ocorreu a crase.
Gabarito: A

Questão 33: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa INCORRETA quanto ao uso da crase:
A) Estou à procura de ajuda. B) Fomos até à feira.
C) Fui à cidade. D) Ela agia sempre às escondidas.
E) Estávamos frente à frente.
Comentário: A alternativa (A) está correta, porque a locução preposição “à
procura de” é iniciada pela preposição “a”. Como o substantivo “procura” é
feminino e admite o artigo “a”, ocorre a crase.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “Fomos” exige a preposição

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“a” ou “até”, e o adjunto adverbial de lugar “até à feira” possui crase


facultativamente, tendo em vista a preposição “até” admitir facultativamente
a presença da preposição “a”.
A alternativa (C) está correta, pois o verbo “Fui” exige a preposição “a”
e o substantivo “cidade” admite o artigo “a”. Assim, há crase.
A alternativa (D) está correta, pois a locução adverbial de modo “às
escondidas” possui uma estrutura com preposição “a” seguida do substantivo
“escondidas” antecedido do artigo “as”.
A alternativa (E) é a errada, pois não pode haver crase diante de
palavras repetidas.
Gabarito: E

Questão 34: Prefeitura S.L. 2010 Advogado (banca Consulplan)


Em “a partir de certo mínimo” o uso do acento grave indicador da crase é
facultativo, sendo também correto registrar à partir.
Comentário: Não pode haver crase antes de verbo.
Gabarito: E

Questão 35: Prefeitura Mossoró 2010 Guarda Municipal (banca Consulplan)


“À medida que a criminalidade aumenta no país em proporções
assustadoras...” o acento indicativo da crase usado no início da frase é
facultativo.
Comentário: As locuções conjuntivas proporcionais “à medida que” e “à
proporção que” são as únicas que possuem crase, e esta é obrigatória.
Gabarito: E

Questão 36: Prefeitura Mossoró 2010 Guarda Municipal (banca Consulplan)


Em “... as Guardas Municipais passam a conhecer...”, o “a” antes de
“conhecer” não pode levar o acento indicador da crase, porque está antes de
verbo no infinitivo.
Comentário: Não pode haver crase antes de verbo.
Gabarito: C

Questão 37: Prefeitura Mossoró 2010 Guarda Municipal (banca Consulplan)


Em “Percebe-se claramente que a preocupação deste comando não está
voltada à área de segurança pública...”, o uso do acento indicador da crase
em “à área” justifica-se pela regência do verbo “está”.
Comentário: Veja que é o vocábulo “voltada” que exige a preposição “a”, e
não o verbo “está”.
Gabarito: E

Questão 38: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa em que o uso da crase é facultativo:
A) Sairei às duas horas da tarde.
B) Refiro-me à Carla Regina.
C) À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar aqui.

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D) Chegamos cedo à casa de meu pai.


E) Temos amor à arte.
Comentário: Para este tipo de questão, basta verificar o tópico “crase
facultativa”. A alternativa (B) é a correta, porque o verbo “Refiro-me” exigiu a
preposição “a” e o substantivo próprio feminino “Carla Regina” admite
facultativamente o artigo “a”.
Note que as demais alternativas possuem crase obrigatória.
Gabarito: B

Questão 39: COFEN 2010 Analista de Pessoal (banca Consulplan)


Em “E continuava fazendo perguntas em cima de perguntas, até levar os
exaustos interlocutores a conclusões opostas”, o termo destacado pode ou
não receber o acento grave por tratar-se de um caso em que a crase é
facultativa.
Comentário: Como o substantivo “conclusões” encontra-se no plural e o
vocábulo “a” está flexionado no singular, ocorre apenas a preposição “a”. Por
isso, não pode haver crase.
Gabarito: E

Questão 40: COFEN 2010 Técnico Adm (banca Consulplan)


Assinale a alternativa em que o uso da crase encontra-se INCORRETO:
A) Ficamos frente à frente com a crise configurada pelo aquecimento global.
B) Ele chegou à uma hora em ponto.
C) As novas tecnologias caminhavam às pressas.
D) Voltamos cedo à casa do político.
E) Assisti àquele filme sobre a destruição da natureza.
Comentário: Veja que não pode haver crase diante de nomes repetidos.
Assim, a alternativa incorreta é a (A).
A alternativa (B) está correta, porque “uma hora” não é um momento
qualquer, não é uma hora qualquer. Assim, a locução adverbial “à uma hora”
possui o substantivo “hora”, o qual está antecipado do numeral “uma” e do
artigo “a”, marcando a hora certa do relógio. Como esta locução,
estruturalmente, é iniciada pela preposição “a”, ocorre crase.
A alternativa (C) está correta, porque a locução adverbial “às pressas”
possui estrutura com preposição “a” e o substantivo “pressas” está antecipado
do artigo “as”. Assim, há crase.
A alternativa (D) está correta, pois o verbo “Voltamos” exige a
preposição “a” e o substantivo “casa” está caracterizado pela expressão “do
político”. Assim, este substantivo admite artigo “a”, havendo crase.
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “Assisti” está empregado no
sentido de ver, observar. Assim, é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
Como o pronome “aquele” é iniciado pela vogal “a”, ocorre a crase.
Gabarito: A

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Questão 41: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan)


O uso do acento indicativo de crase é facultativo na seguinte afirmativa:
A) À inovação tecnológica melhora o aproveitamento da energia.
B) A economia aumentou à noite.
C) Obedeço à minha mãe.
D) Ficamos frente à frente pela manhã.
E) Às vezes, reciclar o lixo é complicado.
Comentário: Na alternativa (A), não pode haver crase, pois o termo “A
inovação tecnológica” é o sujeito do verbo “melhora”. Como sabemos que o
sujeito não pode ser preposicionado, não há crase.
Na alternativa (B), há crase obrigatória, haja vista que a locução
adverbial “à noite” tem estrutura com preposição “a” e o substantivo “noite” é
antecipado do artigo “a”.
A alternativa (C) apresenta a crase facultativa, tendo em vista que o
verbo “obedeço” é transitivo indireto e exige a preposição “a”, e o substantivo
feminino “mãe” está antecipado do pronome possessivo feminino singular
“minha”. Este pronome admite ou não artigo, facultativamente.
Na alternativa (D), não pode haver crase diante de palavras repetidas.
Na alternativa (E), há crase obrigatória, pois a locução adverbial “Às
vezes” possui estrutura com preposição “a” e o substantivo “vezes” está
antecipado do artigo “as”.
Gabarito: C

Questão 42: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan)


O emprego do sinal indicativo de crase é facultativo em:
A) O médico pôs-se à falar.
B) À qual deles você se refere?
C) Fui à cidade passear no calçadão.
D) Sairemos às três horas da tarde.
E) Diga à sua amiga que estou esperando por ela.
Comentário: Na alternativa (A), não pode haver crase diante de verbo.
Na alternativa (B), não há crase diante do pronome interrogativo “qual”.
Na alternativa (C), há crase obrigatória, pois o verbo “Fui” exige a
preposição “a” e o substantivo “cidade” está antecipado do artigo “a”.
Na alternativa (D), há crase obrigatória, pois a locução adverbial “às três
horas da tarde” possui estrutura com preposição “a” e o substantivo “horas”
está antecipado do artigo “as”.
A alternativa (E) apresenta a crase facultativa, tendo em vista que o
verbo “Diga” exigiu a preposição “a”, e o substantivo feminino “amiga” está
antecipado do pronome possessivo feminino singular “sua”. Este
pronome admite ou não artigo, facultativamente.
Gabarito: E

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Questão 43: Prefeitura Londrina 2011 Administrador (banca Consulplan)


Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao uso do acento indicador da
crase:
A) As pessoas vivem à vontade nos espaços públicos sem ter cuidado com a
limpeza.
B) Cuidar da limpeza deve ser uma opção de todos, pois estaremos prestando
um bem à vida do planeta.
C) Os especialistas chamam a atenção para uma peculiaridade que ajuda à
compreender o comportamento daqueles que não se preocupam com a
vida do planeta.
D) O brasileiro é avesso às políticas que visam ao bem coletivo?
E) À beira de uma catástrofe ecológica, muitos continuam maltratando a
natureza.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a locução adverbial “à
vontade” possui estrutura com preposição “a” e o substantivo “vontade” está
antecipado do artigo “a”.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo transitivo direto e indireto
“prestando” exigiu a preposição “a” e o substantivo “vida” está antecipado do
artigo “a”. Assim, há crase.
A alternativa (C) é a errada, pois não há crase diante de verbo.
A alternativa (D) está correta, pois o adjetivo “avesso” exige a
preposição “a” e o substantivo “políticas” está antecipado do artigo “as”.
Assim, há crase.
A alternativa (E) está correta, pois a locução prepositiva “À beira de” é
iniciada pela preposição “a” e o substantivo “beira” está antecipado do artigo
“a”. Assim, há crase.
Gabarito: C

Questão 44: Prefeitura Londrina 2011 Professor (banca Consulplan)


Na frase “... embora as pessoas comuns tendam a atribuir tais tragédias à
fúria divina...”, observa-se a utilização do sinal indicativo de crase. A
utilização desse mesmo sinal também é obrigatória em:
A) As pessoas assistiram a tragédia, desesperados.
B) É preciso que a Defesa Civil informe a todos sobre a iminência de
temporais.
C) As pessoas comuns tendem a atribuir as grandes tragédias a Deus.
D) As tempestades começam a ocorrer no mês de dezembro.
E) É preciso lembrar a eles da necessidade de se protegerem dos temporais.
Comentário: Na alternativa (A), deve haver crase obrigatória, pois o verbo
“assistiram” é transitivo indireto, no sentido de ver, observar. Assim, exige a
preposição “a” e o substantivo feminino “ tragédia” admite o artigo “a”.
Na alternativa (B), não pode haver crase diante de pronome masculino e
plural.
Na alternativa (C), não pode haver crase diante de verbo.
Na alternativa (D), não pode haver crase diante de verbo.

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Na alternativa (E), não pode haver crase diante de pronome pessoal


oblíquo tônico.
Gabarito: A

Questão 45: IBGE 2011 Agente (banca Consulplan)


É PROIBIDO o uso do acento indicador da crase na seguinte afirmativa
A) As pessoas deveriam chegar à velhice bem amparadas.
B) O guarda levou o velhinho até à vila onde este morava.
C) O velhinho saiu às escondidas da família para ver a rua.
D) Os alunos fizeram uma homenagem à professora mais antiga.
E) Os anciãos começaram à fazer exercícios físicos diariamente.
Comentário: Note que não pode haver crase diante de verbo (começar a
fazer).
Gabarito: E

O que devo tomar nota como mais importante?


 Objeto direto “o, a, os, as”; objeto indireto “lhe, lhes”.
 Estrutura VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI.
 Diferenciar as funções sintáticas do pronome relativo.
 Diferenciar orações subordinadas substantivas das adjetivas.
 Cuidado com os pronomes relativos “cujo” e “onde”.
A estrutura-padrão da crase
preposição

verbo a a substantivo feminino


ou + aquele, aquela, aquilo
nome a a (=aquela)
a qual (pronome relativo)

Grande abraço!!!

Professor Terror

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Questão 1: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan)


Acerca dos mecanismos de regência, responsáveis pela estruturação lógico-
sintática dos enunciados linguísticos, identifique o trecho em que o “a” em
destaque NÃO estabelece uma relação de regência entre dois termos.
A) “[...] Também por isso, há de se sair a campo [...]”
B) “[...] um camelô de sua área: conversa sobre a obra, [...]”
C) “[...] não deve fugir à realidade de que é um vendedor [...]”
D) “[...] se atende apenas à onda geral da feira de vaidades [...]”

Questão 2: Prefeitura Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan)


Como na moral dessa narrativa, “Nos momentos graves é preciso verificar
muito bem para quem se apela”, o verbo “apelar” permite outros empregos.
Identifique a opção em que a regência desse verbo está equivocada.
a) Apelou, aflitivamente, a quem passava, mas ninguém quis saber.
b) Logo no dia seguinte, apelou da decisão do tribunal.
c) O procurador ligou, apelando pelo caso do pai.
d) O padre apelou os crentes para se manterem fiéis à doutrina.

Questão 3: Pref Porto Velho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan)


“Quando a democracia surgiu na Grécia...” Assinale a alternativa na qual o
verbo apresenta, na oração proposta, transitividade análoga idêntica ao da
frase anterior.
A) Esse argumento não procede.
B) O professor informou ao diretor sobre sua decisão.
C) Chamei por você.
D) Não abdicarei de meus direitos.
E) Ansiava pelo dia de amanhã.

Questão 4: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan)


NÃO há erro de regência verbal em:
A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos
escolares.
B) Falta de punição implica violência.
C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que
pessoas honestas.
D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias.
E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade.

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Questão 5: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa que apresenta INCORREÇÃO quanto à regência:
A) Pedro está alheio a tudo. B) Não abdicarei dos meus direitos.
C) O convite não lhe agradou. D) Ele tem aversão à altura.
E) Agradeci os diretores.

Questão 6: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan)


Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência:
A) Ela estava descontente com a reciclagem do lixo.
B) O político não se simpatizou com as inovações tecnológicas.
C) Estamos habituados a resolver os problemas.
D) É um direito que lhe assiste.
E) Chamei a Paulo de tolo.

Questão 7: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan)


Mantendo-se a correção semântica e de acordo com a norma padrão da
língua, o trecho grifado em “Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o
‘acusador-julgador’ não se identifica [...]” poderia ser substituído por
A) aqueles com que. C) aquele com quem.
B) aquele sob o qual. D) aqueles com os quais.

Questão 8: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan)


Mantendo-se o sentido original e considerando-se as relações de regência
estabelecidas entre os termos da oração, assinale a alternativa em que a
substituição proposta está de acordo com as regras prescritas pela gramática
normativa.
A) “A caça por sucesso” (4º§) por “A caça com sucesso”.
B) “aquilo que deveria” (3º§) por “aquilo ao qual deveria”.
C) “Ódio ao semelhante” (3º§) por “Ódio para com o semelhante”.
D) “tratar da importância do conflito” (2º§) por “tratar para a importância do
conflito”.

Questão 9: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se
escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente)
para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a
opiniões nas quais não acredita.
Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais
não acredita.”, é correto afirmar que
A) o elemento “a” pode ser substituído por “com”.
B) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”.
C) ao eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre
alteração.
D) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre
obrigatoriedade da crase.
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Questão 10: Prefeitura Cascavel 2014 Agente de Apoio (banca Consulplan)


Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada quanto à
correção, de acordo com a norma padrão, e a preservação do sentido para o
trecho “Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que
têm acesso [...]”.
A) Os jovens são fascinados às pequenas doses de informação a que têm
acesso [...].
B) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação que têm
acesso [...].
C) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às que têm
acesso [...].
D) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às quais
têm acesso [...].
E) Os jovens são fascinados diante de pequenas doses de informação a qual
têm acesso [...].

Questão 11: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa correta quanto à regência:
A) Ele não obedece os mais velhos.
B) Aspiramos o perfume das flores.
C) A firma toda não se simpatizou com a nova diretoria.
D) Esta é a cidade que mais gosto.
E) Ele custará muito para me entender.

Questão 12: COFEN 2010 Analista de Pessoal (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Para isso, existiam os oráculos – locais sagrados onde
os seres imortais se manifestavam, devidamente encarnados em suas
sacerdotisas.
Em “onde os seres imortais se manifestavam”, a palavra destacada pode ser
substituída, sem que haja alteração do sentido do período, por nos quais.

Questão 13: CFBPM 2016 – Combatente (banca Consulplan)


Sem considerar possível alteração de sentido, o sinal indicador de crase que
aparece no título do texto (“O direito à literatura”) seria corretamente
eliminado se
A) o artigo definido “o” fosse omitido.
B) a palavra “direito” fosse substituída por “acesso”.
C) no lugar de “literatura” fosse empregada a palavra “vida”.
D) em lugar do artigo “o”, fosse utilizada a forma verbal “temos”.
E) depois da palavra “direito” fosse acrescentada a conjunção “e”.

Questão 14: CFBPM 2016 – Oficial (banca Consulplan)


O uso do acento grave, indicador de crase, está exemplificado no texto
através da expressão “simultaneamente às desigualdades”. O contrário, ou

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seja, o uso INCORRETO do acento grave, indicando crase, pode ser visto em:
A) “Caminhamos até à praia.”
B) “Não retornarei àquele lugar.”
C) “Foi a carta à que fiz referência.”
D) “Àquela época tudo era diferente.”
E) “Não conseguimos ler a placa à distância de dez metros.”

Questão 15: TJ MG 2016 – Estagiário Direito (banca Consulplan)


Em “[...] próprias à diferença que busca um lugar no contexto social.” é
possível identificar o uso do sinal grave decorrente da união de dois
segmentos sintáticos do texto. O uso correto do sinal grave, indicador de
crase, pode ser observado em:
A) Caminhamos até à praia todas as manhãs.
B) Durante o discurso não houve referência à vocês.
C) A alergia à algum medicamento pode trazer efeitos desastrosos.
D) Tornarei à frequentar o local quando estiver emocionalmente estruturado.

Questão 16: CODERN 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Chico afirmava que a boa governança e a proteção à
floresta não eram obstáculos, mas precondições ao desenvolvimento da
Amazônia.
O uso do acento grave em “proteção à floresta” justifica-se, pois
A) a palavra “proteção” está determinada pelo artigo “a”.
B) “proteção” e “floresta” são duas palavras de gênero feminino.
C) o termo “a” trata-se de um monossílabo tônico nesta expressão.
D) o termo regente admite o artigo “a” diante do termo regido “floresta”.
E) “proteção” exige a preposição “a”, e, ainda, “floresta” admite o artigo
feminino “a”.

Questão 17: CODERN 2014 Técnico (banca Consulplan)


Indique a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.
A) O padre se referiu àquele fato.
B) Eles foram até à casa do caboclo.
C) O estudante foi à cidade comprar mantimentos.
D) “... os três sentaram-se à mesa para tomar café...”
E) “À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.”

Questão 18: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas
algo que inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes:
toda razão é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que
ouvir sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa – sobretudo só
se discute – entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na
Grécia, junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode
discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar

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abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais inamovíveis.


[...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os
outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as
deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre
umas e outras.
[...] Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua
vez a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos
e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas:
valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor
resistem à prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.
Em uma oração, os termos se relacionam entre si em uma relação de
dependência. A partir de tal aspecto, analise as assertivas a seguir e
identifique a correta.
A) Em “atender a vozes” (1º§), “a” pode ser substituído por “às” sem que
haja alteração de sentido.
B) Em “algo que inventamos ao nos comunicar” (1º§), “ao” pode ser
substituído por “à” se “nos” for eliminado.
C) Em “Oferecemos nossa opinião aos outros” (2º§), a preposição é
obrigatória, de acordo com o termo regente.
D) Em “consiste em decidir-se” (1º§), “em” estabelece a mesma relação vista
no uso da locução “por intermédio de”.

Questão 19: MAPA 2014 Agente de Inspeção Sanitária (banca Consulplan)


As frases das seguintes alternativas foram extraídas do texto e alteradas.
Assinale aquela que apresenta problema no que tange à regência e/ou uso do
acento indicador de crase.
A) D. Luiz passou a coroa a Luis Maria.
B) Durante as manifestações de junho, D. Luiz (neto de Luis Maria)
recomendou a seguidores que não fossem às ruas.
C) Em 1823, o patriarca da independência, José Bonifácio de Andrada e
Silva, apresentou o projeto de levar a capital à Fortaleza, distante de
ataques de corsários no litoral.
D) Essa não seria a única ameaça, já que houve um racha na linhagem real
em 1908, quando D. Pedro de Alcântara renunciou ao direito dinástico por
se casar com uma reles condessa.

Questão 20: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No texto "A proibição da cobrança já constava em regulamento de TV por
assinatura que entrou em vigor em junho. O texto confuso do documento,
porém, dava margem à diferentes interpretações - a ABTA, por exemplo,
entendeu que poderia continuar cobrando a mesma coisa.", o uso do acento
grave está:
a) Incorreto, pois está regido pela palavra “interpretações”, que se encontra
no feminino.

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b) Incorreto, pois não ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes


interpretações".
c) Correto, pois ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".
d) Correto, pois o "a" que antecede um termo no plural é sempre craseado.

Questão 21: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No trecho “(...) poderíamos considerá-lo abusivo e afeto, então, às sanções
previstas na lei”, o acento grave ocorre pelo mesmo condicionamento sintático
de:
a) Vamos sempre às praias mais tranquilas.
b) Todos os doces daquela confeitaria são feitos à mão.
c) Existe nas aves uma hierarquia de acesso à comida.
d) O voo parte de Brasília às 22h.

Questão 22: Pref Natal 2013 Professor (banca Consulplan)


Buraco negro gigante confunde cientistas
Uma nova descoberta astronômica está confundindo cientistas que se
dedicam _______ vasculhar diferentes galáxias e sistemas solares.
Um grupo de astrônomos identificou um buraco negro gigante – o
segundo mais pesado já observado da Terra – em uma galáxia menor até do
que _______ que costumam abrigar formações desse tipo, bastante
modestas.
[...]
Os buracos negros são formações extremamente densas e com uma
força gravitacional fortíssima que atrai e “engole” até a luz que está a seu
redor.
Um “buraco negro médio” poderia ter uma massa equivalente _______
1.000 sóis, mas ser menor que a Terra.
Acredita-se que haja uma dessas formações no centro de todas as
grandes galáxias.
A galáxia NGC 1277 está a 220 milhões de anos-luz de distância da
Terra, mas aparece nas imagens de alta resolução feitas pelo telescópio
Hubble.
“Em geral fazemos um modelo da galáxia (que estamos estudando) e
calculamos todas as órbitas possíveis das estrelas (que pertencem a ela)”,
explicou Van den Bosch _______ BBC. “É como montar um quebra-cabeça,
analisamos essas órbitas (possíveis) para tentar reproduzir uma galáxia que
tem as mesmas velocidades estelares que medimos (com ajuda do
telescópio).”
[...]
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1193115-buraco-negro-gigante-
confunde-cientistas.shtml>. Adaptado.)
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o texto
anterior.
A) à / a / a / à

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B) à / às / à / a
C) a / as / a / à
D) a / as / à / a

Questão 23: ESF 2012 Médico (banca Consulplan)


O acento grave foi devidamente utilizado em
A) Para que o Brasil se desenvolva, uma educação de qualidade deve ser
oferecida à todos os jovens.
B) Os números se referem à estudantes das escolas particulares e públicas de
todas as regiões do Brasil.
C) Richard Feynman, prêmio Nobel de Física, começou à observar o
desempenho dos estudantes brasileiros a partir de 1950.
D) As escolas brasileiras devem se preparar à partir de agora para oferecerem
aos jovens uma educação de qualidade.
E) Eles chegaram à escola no momento em que os alunos estavam na sala de
aula sem nenhuma atividade.

Questão 24: Campos-RJ 2012 Analista Legislativo-Procurador (banca Consulplan)


Na frase “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes.”,
observa-se a utilização do sinal indicativo de crase. A utilização desse sinal é
obrigatória em
A) O homem visitou a fábrica de automóveis.
B) A educação é fundamental para a formação do indivíduo.
C) O ser humano precisa aprender a fazer as suas escolhas de forma
consciente.
D) As pessoas se referem a relação entre o pensamento e a ação.
E) O professor fez uma advertência a sua aluna.

Questão 25: Campos-RJ 2012 Técnico Legislativo-Informática (banca Consulplan)


Em “se encaixam feito luva às situações” o uso do acento indicador de crase é
A) facultativo, pois antecede palavra feminina.
B) facultativo, pois compõe uma locução feminina.
C) indevido, pois o substantivo “situações” está no plural.
D) obrigatório, pois “às situações” tem função de adjunto adnominal.
E) obrigatório, pois ocorre exigência de preposição e “situações” admite o
artigo “as”.

Questão 26: Pref N. Iguaçu-RJ 2012 Assistente Adm (banca Consulplan)


“... explicava à professora por que havia faltado tanto tempo...” Assinale a
alternativa em que também deve ocorrer o acento grave indicador da crase.
A) Ficamos a rezar por um milagre.
B) Os documentos não fazem referência a nada.
C) O diretor recorreu a uma de suas secretárias.
D) A empresa estava a beira da falência.
E) O pai pediu a todos que fizessem silêncio.

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Questão 27: Pref Vila Rica-MT 2012 Escriturário (banca Consulplan)


Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.
A) “... só puderam se desenvolver na Terra graças à nossa grande lua...”
B) “... planetas semelhantes à Terra e com vida...”
C) As viagens à Lua foram interrompidas.
D) Os cientistas se referiram à influência que a Lua exerce sobre a Terra.
E) A Lua que vemos brilhar, à noite, no céu, possui propriedades incontáveis.

Questão 28: Pref Barra Velha-SC 2012 Advogado (banca Consulplan)


“... um ano e tanto depois da chegada do primeiro pastor alemão àquela
casa, ...” A ocorrência de crase no segmento anterior ocorre devido à
A) fusão do artigo “a” com o pronome “aquela”.
B) fusão da preposição “a” com o pronome “aquela”.
C) colocação do pronome “aquela” diante de “casa”.
D) especificação atribuída ao cachorro.
E) substituição do artigo “a” pelo pronome “aquela”.

Questão 29: Pref Uberlândia-MG 2012 Advogado (banca Consulplan)


Acerca da regência verbal, no trecho “... a ameaça que o PL 84 representa ao
direito à privacidade e liberdade na rede...”, é correto afirmar que
A) a ocorrência de preposição em “ao direito” deve-se à presença do verbo
“representa”.
B) a ocorrência de crase deve-se à presença do verbo “representa”.
C) substituindo “privacidade” por “regalias” mantém-se o sinal indicador de
crase.
D) “representa o direito à privacidade” é uma reescrita que mantém a
correção e o sentido.
E) a indicação de crase em “à privacidade” deve-se à presença de “direito”.

Questão 30: Prefeitura Mauriti 2010 Agente Adm (banca Consulplan)


Das frases abaixo, somente uma está com emprego adequado da crase,
segundo a norma padrão.
A) O pagamento havia sido feito à tempo e à hora.
B) Sim, comer à noite engorda mais.
C) Aos poucos, às pessoas voltavam a terra.
D) A geladeira só é vendida à prazo.
E) Dedico-me à uma causa humana.

Questão 31: Prefeitura C.V. 2010 Aux Adm (banca Consulplan)


O uso da crase apresenta-se correto na seguinte alternativa:
A) Saíram num barco à vela.
B) Voltamos cedo à casa.
C) Ela estava à disposição.
D) Os marinheiros desceram à terra.
E) Nós respeitamos muito àquele homem.

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Questão 32: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan)


Houve desrespeito à norma culta quanto ao uso do acento indicador da crase
em:
A) A má distribuição de renda no país é prejudicial à muitas pessoas que
trabalham.
B) A população não aguenta assistir, na mídia, à apresentação de certos
ídolos.
C) Por que se concedem altos salários àqueles que têm cargos políticos?
D) A imprensa informa à população o esquema de corrupção que envolve
pessoas de destaque na sociedade.
E) Por que, neste país, dá-se mais valor à bola?

Questão 33: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa INCORRETA quanto ao uso da crase:
A) Estou à procura de ajuda. B) Fomos até à feira.
C) Fui à cidade. D) Ela agia sempre às escondidas.
E) Estávamos frente à frente.

Questão 34: Prefeitura S.L. 2010 Advogado (banca Consulplan)


Em “a partir de certo mínimo” o uso do acento grave indicador da crase é
facultativo, sendo também correto registrar à partir.

Questão 35: Prefeitura Mossoró 2010 Guarda Municipal (banca Consulplan)


“À medida que a criminalidade aumenta no país em proporções
assustadoras...” o acento indicativo da crase usado no início da frase é
facultativo.

Questão 36: Prefeitura Mossoró 2010 Guarda Municipal (banca Consulplan)


Em “... as Guardas Municipais passam a conhecer...”, o “a” antes de
“conhecer” não pode levar o acento indicador da crase, porque está antes de
verbo no infinitivo.

Questão 37: Prefeitura Mossoró 2010 Guarda Municipal (banca Consulplan)


Em “Percebe-se claramente que a preocupação deste comando não está
voltada à área de segurança pública...”, o uso do acento indicador da crase
em “à área” justifica-se pela regência do verbo “está”.

Questão 38: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa em que o uso da crase é facultativo:
A) Sairei às duas horas da tarde.
B) Refiro-me à Carla Regina.
C) À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar aqui.
D) Chegamos cedo à casa de meu pai.
E) Temos amor à arte.

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Questão 39: COFEN 2010 Analista de Pessoal (banca Consulplan)


Em “E continuava fazendo perguntas em cima de perguntas, até levar os
exaustos interlocutores a conclusões opostas”, o termo destacado pode ou
não receber o acento grave por tratar-se de um caso em que a crase é
facultativa.

Questão 40: COFEN 2010 Técnico Adm (banca Consulplan)


Assinale a alternativa em que o uso da crase encontra-se INCORRETO:
A) Ficamos frente à frente com a crise configurada pelo aquecimento global.
B) Ele chegou à uma hora em ponto.
C) As novas tecnologias caminhavam às pressas.
D) Voltamos cedo à casa do político.
E) Assisti àquele filme sobre a destruição da natureza.

Questão 41: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan)


O uso do acento indicativo de crase é facultativo na seguinte afirmativa:
A) À inovação tecnológica melhora o aproveitamento da energia.
B) A economia aumentou à noite.
C) Obedeço à minha mãe.
D) Ficamos frente à frente pela manhã.
E) Às vezes, reciclar o lixo é complicado.

Questão 42: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan)


O emprego do sinal indicativo de crase é facultativo em:
A) O médico pôs-se à falar.
B) À qual deles você se refere?
C) Fui à cidade passear no calçadão.
D) Sairemos às três horas da tarde.
E) Diga à sua amiga que estou esperando por ela.

Questão 43: Prefeitura Londrina 2011 Administrador (banca Consulplan)


Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao uso do acento indicador da
crase:
A) As pessoas vivem à vontade nos espaços públicos sem ter cuidado com a
limpeza.
B) Cuidar da limpeza deve ser uma opção de todos, pois estaremos prestando
um bem à vida do planeta.
C) Os especialistas chamam a atenção para uma peculiaridade que ajuda à
compreender o comportamento daqueles que não se preocupam com a
vida do planeta.
D) O brasileiro é avesso às políticas que visam ao bem coletivo?
E) À beira de uma catástrofe ecológica, muitos continuam maltratando a
natureza.

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Questão 44: Prefeitura Londrina 2011 Professor (banca Consulplan)


Na frase “... embora as pessoas comuns tendam a atribuir tais tragédias à
fúria divina...”, observa-se a utilização do sinal indicativo de crase. A
utilização desse mesmo sinal também é obrigatória em:
A) As pessoas assistiram a tragédia, desesperados.
B) É preciso que a Defesa Civil informe a todos sobre a iminência de
temporais.
C) As pessoas comuns tendem a atribuir as grandes tragédias a Deus.
D) As tempestades começam a ocorrer no mês de dezembro.
E) É preciso lembrar a eles da necessidade de se protegerem dos temporais.

Questão 45: IBGE 2011 Agente (banca Consulplan)


É PROIBIDO o uso do acento indicador da crase na seguinte afirmativa
A) As pessoas deveriam chegar à velhice bem amparadas.
B) O guarda levou o velhinho até à vila onde este morava.
C) O velhinho saiu às escondidas da família para ver a rua.
D) Os alunos fizeram uma homenagem à professora mais antiga.
E) Os anciãos começaram à fazer exercícios físicos diariamente.

1. B 2. D 3. A 4. B 5. E 6. B 7. C 8. C 9. A 10. D
11. B 12. C 13. E 14. C 15. A 16. E 17. B 18. C 19. C 20. B
21. C 22. C 23. E 24. D 25. E 26. D 27. A 28. B 29. E 30. B
31. C 32. A 33. E 34. E 35. E 36. C 37. E 38. B 39. E 40. A
41. C 42. E 43. C 44. A 45. E

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