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Aula 06

Português p/ ICMS-RO 2017 (Todos os Cargos) Pós-Edital - Com videoaulas

Professor: Décio Terror

90563972220 - Jarbas Gomes Duarte Neto


Português para ICMS RO
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 6

Aula 6: Regência nominal e verbal. Ocorrência de crase.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Regência nominal 1
2. Regência de verbos importantes 2
3. Regência com pronomes relativos 13
4. Crase 26
5. O que devo tomar nota como mais importante? 39
6. Lista de questões para revisão 40
7. Gabarito 49

Olá!
Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que vocês continuem
muito motivados!!!!
Vimos na aula de sintaxe da oração que regência é o mesmo que
transitividade, lembra?!!!
Nesta aula, trabalharemos a regência (transitividade) e a crase.
Comecemos pela Regência Nominal.
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir
complementação precedida de preposição. Esse termo preposicionado ocupa a
função sintática de complemento nominal.
Veja alguns:
acostumado a, com curioso de, por
afável com, para desgostoso com, de
afeiçoado a, por desprezo a, de, por
aflito com, por devoção a, por, para, com
alheio a, de devoto a, de
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de
amizade a, por, com empenho de, em, por
amor a, por falta a, com, para
ansioso de, para, por imbuído de, em
apaixonado de, por imune a, de
apto a, para inclinação a, para, por
atencioso com, para incompatível com
aversão a, por junto a, de
ávido de, por preferível a
conforme a propenso a, para
constante de, em próximo a, de
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para
contemporâneo a, de situado a, em, entre
contente com, de, em, por último a, de, em
cruel com, para único a, em, entre, sobre

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Agora os verbos...
Regência de verbos importantes
Agradar
Transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”.
Ela agradou o filho.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”.
O assunto não agradou ao homem.
Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com
a preposição a.
Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências.

Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar,


visitar: transitivos diretos.
Estimo o colega. Adoro meu filho.

Aspirar
Transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”.
Aspiramos o ar frio da manhã.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”.
Ele aspira ao cargo.
Assistir
É Transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.
O médico assistiu o paciente.
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste
mesmo sentido:
O médico assistiu ao paciente.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.
Meu filho assistiu ao jogo.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.
Esse direito assiste ao réu.
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.
Seu tio assistia em um sítio.
Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde
moro).

Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar


São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções.
Avisei o gerente do problema.
Avisei-o do problema.
Avisei ao gerente o problema.
Avisei-lhe o problema.
Avisei o gerente de que havia um problema.
Avisei ao gerente que havia um problema.
Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos
também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.

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Atender:
Transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar
atenção a, receber alguém, seguir, acatar:
Não costuma atender os meus conselhos.
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam.
Não atendeu a observação que lhe fizeram.
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a:
Os bombeiros atenderam a muitos chamados.
O médico atendeu aos afogados na praia.
Chegar:
Intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”.
Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-
se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é
admitida na norma culta.
Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza.
Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não
admitindo apenas “onde”.
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite:
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento.

Chamar
Transitivo direto com o sentido de “convocar”.
Chamei-o aqui.
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”,
“apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto),
introduzido ou não pela preposição de.
Chamei-o louco.
Chamei-o de louco.
Chamei-lhe louco.
Chamei-lhe de louco.
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto;
nos dois últimos, predicativo do objeto indireto.

Custar
Intransitivo, quando indica preço, valor.
Os óculos custaram oitocentos reais.
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais.
Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”;
com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo, sendo a
oração deste o sujeito do verbo custar.
Custou ao aluno entender a explicação do professor.
A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao
aluno” é o objeto indireto.

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Esquecer, lembrar, recordar:


Transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos)
Ele esqueceu o livro.
Lembrou a situação.
Recordou o fato.
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de.
Ele se esqueceu do livro.
Lembrou-se da situação.
Recordou-se do fato.
No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo
"esquecer" não ser uma pessoa, mas uma coisa:
Esqueceram-me as palavras de elogio.
Esqueceu-se verificar o número da placa.

Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro


de frases como "Não me lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à
lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou seja, esse fato (o ato de
esperá-la) não me veio à lembrança.
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e
indiretos.
Lembrei ao aluno o dia do teste.

Implicar
Transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.
Seu estudo implicará aprovação.
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.
Implicaram o servidor no processo.
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar
antipatia”, “perturbar”.
Sempre implicava com o vizinho.

Morar, residir, situar-se, estabelecer-se


Pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a.
Morava na Rua Onofre da Silva.
Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com
este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto
é: onde moro.

Namorar: transitivo direto.


Ela namorou aquele artista.

Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a.


Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei.
Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a
(mais raramente, para)
Pediu ao dirigente uma solução.

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Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou


sinônimos), clara ou oculta.
Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para)

Perdoar e pagar
Transitivos diretos, se o complemento é coisa.
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa.
Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado.
Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e
indireto.
O Brasil pagou a dívida ao FMI.
O FMI perdoará a dívida aos países pobres.

Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e


inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o
termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o
núcleo deste termo. Veja:
O FMI perdoará a dívida dos países pobres.
VTD + OD
Preferir
Transitivo direto: Prefiro biscoitos.
Transitivo direto e indireto, com a preposição a.
Prefiro vinho a leite.
Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de
intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como
“Prefiro mais vinho do que leite”.

Presidir: transitivo direto ou indireto:


O chefe presidiu a cerimônia. O chefe presidiu à cerimônia.

Proceder
Intransitivo, com o sentido de “agir”:
Ele procedeu bem.
Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”:
Isso não procede.
Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de.
A balsa procedia de Belém.
Neste sentido admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”:
Venho de onde ficou minha infância. (=donde)
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar
andamento”.
Ele procedeu ao inquérito.

Querer
Transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor
de".
Ele quer a verdade.

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Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma


coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é
exigida a preposição a.
A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho)
Referir-se:
Transitivo indireto, com a preposição a:
O palestrante referiu-se ao problema.
Transitivo direto, no sentido narrar, contar:
Ele referiu o ocorrido.
Responder
Transitivo direto, em relação à própria resposta dada.
Responderam que estavam bem.
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta.
Respondi ao telegrama.
Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto:
Respondemos aos parentes que iríamos.
Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem
pronome oblíquo.
Simpatizo com Madalena.
A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver
pronome oblíquo átono.

Visar
Transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”.
Ela visou as folhas.
Transitivo direto quando significa “mirar”.
Visavam um ponto na parede.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”,
“almejar”.
Visava à felicidade de todos.
Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se,
assim, as formas "a ele" e "a ela".
Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de
“pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver
um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.”

Observações importantes:
a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não
admitem o pronome lhe como objeto. Veja alguns importantes.

Assistiu ao filme. Assistiu-lhe. (errado) Assistiu a ele. (certo)


Aspiro à promoção. Aspiro-lhe. (errado) Aspiro a ela. (certo)
Visava ao concurso. Visava-lhe. (errado) Visava a ele. (certo)
Aludi ao preconceito. Aludi-lhe. (errado) Aludi a ele. (certo)
Anuiu ao pedido. Anuiu-lhe. (errado) Anuiu a ele. (certo)
Procedeu ao inquérito. Procedeu-lhe. (errado) Procedeu a ele. (certo)
Presidimos à reunião. Presidimos-lhe. (errado) Presidimos a ela. (certo)

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b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes


devem possuir a mesma regência verbal. Assim, construções como “Fui e
voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do verbo “Fui” exige
a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto,
deveremos corrigir para:
“Fui a Salvador e voltei de lá”
Veja outros casos:

Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei.


Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele.

Construção viciosa Construção gramaticalmente correta

Questão 1: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV)


Entre as ocorrências da preposição “de” sublinhadas nas passagens do texto,
aquela em que o emprego dessa preposição é uma exigência de um termo
anterior é:
(A) “história da América do Sul”;
(B) “Guerra do Paraguai”;
(C) “memória do povo brasileiro”;
(D) “fruto de pesquisas históricas rigorosas”;
(E) “lembranças de momentos difíceis”.
Comentário: Esta questão nos cobra a diferença entre a regência nominal e a
caracterização, isto é, a diferença entre o complemento nominal (resultado de
regência nominal) e o adjunto adnominal (resultado de caracterização).
Vimos na aula de sintaxe da oração que, quando o termo preposicionado
se liga a substantivo concreto, ele é um adjunto adnominal, como ocorre nas
alternativas (A), (B), (C) e (D).
Assim, a alternativa (E) é a correta.
O substantivo “lembranças” é abstrato. O termo preposicionado “de
momentos difíceis” tem valor paciente. Assim, confirmamos tal termo como
complemento nominal, o qual é resultado de regência nominal.
Gabarito: E

Questão 2: IBGE 2017 Analista Censitário (banca FGV)


No texto 1 há um conjunto de termos precedidos da preposição DE; o termo
abaixo em que essa preposição tem emprego não exigido por um termo
anterior é:
(A) “racionamento de energia”;
(B) “construção de novas usinas”;
(C) “capacidade de fornecê-la”;
(D) “volume de chuvas”;
(E) “fornecimento de energia”.
Comentário: Esta é outra questão que nos cobra a diferença entre a regência
nominal e a caracterização, isto é, a diferença entre o complemento nominal

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(resultado de regência nominal) e o adjunto adnominal (resultado de


caracterização).
Vimos na aula de sintaxe da oração que, quando o termo preposicionado
se liga a substantivo concreto, ele é um adjunto adnominal, como ocorre na
alternativa (D), pois “volume” é um substantivo concreto e “de chuvas” é o
adjunto adnominal.
Lembrando que o adjunto adnominal não apresenta preposição por
exigência de termo anterior (regência nominal), a alternativa (D) é a correta.
Já os substantivos “racionamento”, “construção”, “capacidade” e
“fornecimento” são abstratos. Os termos preposicionados “de energia”, “de
novas usinas”, “de fornecê-la” e “de energia” têm valor paciente. Assim, tais
termos são complementos nominais, os quais são resultados de regência
nominal.
Gabarito: D

Questão 3: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“que vise à promoção de políticas de controle”; nesse segmento de texto 1
emprega-se corretamente a regência do verbo visar, que muda de sentido
conforme seja transitivo direto ou transitivo indireto.
O verbo abaixo em que NÃO ocorre a mesma possibilidade de dupla regência
e duplo sentido é:
a) aspirar;
b) assistir;
c) carecer;
d) chamar;
e) precisar.
Comentário: O verbo “visar”, no sentido de mirar, apontar, é transitivo
direto; no sentido de almejar, ter por objetivo, é transitivo indireto:
O soldado visou o alvo.
O aluno visa ao cargo público.
O mesmo ocorre com os verbos “aspirar”, “assistir”, “chamar” e
“precisar”.
O verbo “aspirar”, no sentido de inalar, é transitivo direto; no sentido de
ter por objetivo, é transitivo indireto:
Nós aspiramos muita fumaça.
Nós aspiramos ao cargo público.
O verbo “assistir”, no sentido de ajudar, é transitivo direto; no sentido
de ver, é transitivo indireto:
O médico assiste o paciente.
O pai assistiu ao parto.
O verbo “chamar”, quando no sentido de convocar, é transitivo direto;
no sentido de denominar, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto:
Ana chamou seu irmão.
Ana chamou a seu irmão de intolerante.
Ana chamou seu irmão de intolerante.

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O verbo “precisar”, no sentido de dar precisão sobre medida, é transitivo


direto; no sentido de necessidade, é transitivo indireto:
O pedreiro precisou os cálculos da quantidade de massa.
O pedreiro precisou de mais massa.
Porém, o verbo “carecer” apresenta-se apenas como transitivo indireto,
por isso a alternativa (C) é a que devemos marcar. Veja:
O amigo carece de suas palavras.
Gabarito: C

Questão 4: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


O segmento abaixo que mostra exemplo de linguagem coloquial é:
a) “A informação de saúde apresentada na Internet deve ser exata,
atualizada, de fácil entendimento, em linguagem objetiva e cientificamente
fundamentada”;
b) “Da mesma forma produtos e serviços devem ser apresentados e descritos
com exatidão e clareza”;
c) “Dicas e aconselhamentos em saúde devem ser prestados por profissionais
qualificados, com base em estudos, pesquisas, protocolos, consensos e
prática clínica”;
d) “Deve estar visível a data da publicação ou da revisão da informação, para
que o usuário tenha certeza da atualidade do site”;
e) “Os sites devem citar todas as fontes utilizadas para as informações,
critério de seleção de conteúdo e política editorial do site, com destaque
para nome e contato com os responsáveis”.
Comentário: A banca explora a regência dos substantivos “dicas” e
“aconselhamentos” nesta questão. Antes disso, é importante entender que a
linguagem coloquial é aquela livre dos preceitos gramaticais, em que o que
importa é a comunicabilidade. Tal linguagem é diferente do rigor gramatical
imposto pela linguagem padrão, a chamada norma culta.
Dessa forma, a alternativa (C) é a que deve ser marcada, pois os
substantivos “dicas” e “aconselhamentos” regem a preposição “de” ou “sobre”,
pois se dá dicas ou aconselhamentos de saúde ou sobre a saúde. Dessa
forma, a norma culta não admite a preposição “em” neste contexto, mas “de”
ou “sobre”.
Gabarito: C

Questão 5: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Deixar recipientes com água no chão
Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão, local
por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da
casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em
cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água.
“Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima
da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água”.

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Nesse segmento, uma substituição que está de acordo com a norma culta da
língua é
(A) prefira / prefere.
(B) em cima / encima.
(C) do que / a.
(D) ao chão / do chão.
(E) da água / com água.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois cabe o verbo no imperativo
afirmativo “prefira”, o qual transmite um conselho. Não cabe um verbo no
presente do indicativo (“prefere”), o qual transmitiria apenas uma afirmação.
A alternativa (B) está errada, pois não existe um suposto advérbio
“encima”.
A alternativa (C) está correta, pois o verbo “prefere” é transitivo direto e
indireto. O seu objeto indireto deve ser precedido da preposição “a”. A forma
como se encontra no texto está errada. Não cabe a expressão comparativa
“do que” diante do verbo “preferir”.
A alternativa (D) também está correta, pois o adjetivo “próximo” admite
a regência nominal com a preposição “a” ou com a preposição “de” (próximo
“a” ou “de”).
A alternativa (E) está errada, pois “da água” tem valor paciente. Assim,
é o complemento nominal de “contaminação”: evitar que a água seja
contaminada. Assim, cabe apenas a preposição “de”. A preposição “com”
significaria o meio utilizado para contaminar algo. Assim, haveria mudança
brusca do sentido.
E agora? Duas alternativas estão corretas. O que fazer?
A intenção da questão é corrigir o que está errado no texto. A banca
vacilou no pedido da questão. Ela queria a alternativa que corrigisse o texto.
Isso ocorre na alternativa (C), como afirmado anteriormente.
Gabarito: C

Questão 6: TJ BA 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


O segmento do texto em que a preposição DE é empregada em razão da
exigência de algum termo anterior é:

(A) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”;


(B) “Comanda legiões DE compradores leais”;
(C) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”;
(D) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”;
(E) “cinco milhões DE anos”.
Comentário: A preposição que é exigida por termo anterior caracteriza a
regência. A regência verbal ocorre quando um verbo rege uma preposição. A
regência nominal ocorre quando um nome rege uma preposição.
Na alternativa (A), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto
adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE consumo” não é resultado de
uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo “produtos”.
Na alternativa (B), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto
adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE compradores leais” não é

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resultado de uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo


“legiões”.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “orgulham” é transitivo direto
e indireto, o pronome “se” é o objeto direto e “DE ter lucros impressionantes”
é a oração subordinada substantiva objetiva indireta, a qual é precedida da
preposição “de”, que foi exigida por esse verbo.
Na alternativa (D), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto
adnominal. Assim, o termo preposicionado “DOS fumantes americanos” não é
resultado de uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo
“vida”.
Na alternativa (E), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto
adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE anos” não é resultado de uma
regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo “milhões”.
Gabarito: C

Questão 7: TJ RJ 2014 – Analista Judiciário (banca FGV)


Estamos no trânsito de São Paulo, ano 2030. E não é preciso apertar os
cintos: nosso carro agora trafega sozinho pelas ruas, salvo de acidentes,
graças a um sistema que o mantém em sincronia com os demais veículos lá
fora. O volante, item de uso opcional, inclina-se de um lado para outro como
se fosse manuseado por um fantasma. Mas ninguém liga pra ele - até porque
o carro do futuro está cheio de novidades bem mais legais. Em vez dos
tradicionais quatro assentos, o que temos agora é uma verdadeira sala de
estar, com poltronas reclináveis, mesa no centro e telas de LED. As velhas
carrocerias de aço foram substituídas por redomas translúcidas, com
visibilidade total para o ambiente externo. Se você preferir, é possível torná-la
opaca e transformar o carro em um ambiente privado, quase como um quarto
ambulante. Como o sistema de navegação é autônomo, basta informar ao
computador aonde você quer ir e ele faz o resto. Resta passar o tempo da
forma que lhe der na telha: lendo, trabalhando, assistindo ao seu seriado
preferido ou até dormindo. A viagem é agradável e silenciosa.
(Superinteressante, novembro de 2014).
O segmento do texto em que a preposição destacada faz parte de um adjunto
e NÃO é solicitada obrigatoriamente por nenhum termo anterior é:
a) “Estamos no trânsito de São Paulo”;
b) “salvo de acidentes”;
c) “em sincronia com os demais veículos lá fora”;
d) “assistindo ao seu seriado preferido”;
e) “basta informar ao computador”.
Comentário: A questão nos chama atenção a respeito da diferença dos
complementos verbal ou nominal em relação ao adjunto adnominal.
Note que os complementos verbal ou nominal são exigidos por um verbo
ou nome anterior, já o adjunto adnominal é o termo que caracteriza o
substantivo anterior.
Assim, a alternativa (A) é a correta, pois a locução adjetiva “de São
Paulo”, que ocupa a função de adjunto adnominal, caracteriza o substantivo

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“trânsito”. Assim, a preposição “de” não é exigida pelo substantivo “trânsito”,


não há regência nominal. É a própria locução adjetiva que possui a estrutura
“preposição + substantivo”.
Na alternativa (B), há caso de regência nominal, haja vista que a
preposição “de” é exigida pelo adjetivo “salvo”. Assim, “de acidentes” é o
complemento nominal.
Na alternativa (C), há caso de regência nominal, haja vista que a
preposição “com” é exigida pelo substantivo “sincronia”. Assim, “de acidentes”
é o complemento nominal.
Na alternativa (D), há caso de regência verbal, haja vista que a
preposição “a” é exigida pelo verbo “assistindo”. Assim, “ao seu seriado
preferido” é o objeto indireto.
Na alternativa (E), há caso de regência verbal, haja vista que a
preposição “a” é exigida pelo verbo “informar”. Assim, “ao computador” é o
objeto indireto.
Gabarito: A

Questão 8: Conder 2013 – Administrador (banca FGV)


A norma culta é respeitada nas frases a seguir, à exceção de uma. Assinale
a.
(A) “Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela
primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina”.
(B) “Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha”.
(C) “Outra coisa: ele é mais inteligente que você”.
(D) “Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe”.
(E) “Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem
a usa não vale com ele”.
Comentário: O problema de regência se encontra na alternativa (A), pois o
verbo “chegar” rege a preposição “a”, e não “em”. Assim, a construção correta
é:
“Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira
vez, cheguei a casa e bati na minha máquina”.
Você verá adiante que a palavra “casa”, sem nenhuma caracterização,
não admite crase. Além disso, a expressão “bati na maquina” transmite a ideia
de dar pancadas, golpes em alguma coisa ou alguém. Essa interpretação tem
coerência na frase.
As demais frases não apresentam dificuldades na regência e estão
corretas.
Gabarito: A

Questão 9: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


Assinale a frase em que a preposição a (à) não corresponde a uma
necessidade de regência de um termo anterior.
(A) respeito às faixas de pedestre.
(B) reclamações à parte.
(C) obedecer a regras básicas de trânsito.

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(D) persuadir condutores e transeuntes a andar na linha.


(E) associadas à promulgação do novo CBT.
Comentário: A questão cobra se a preposição “a” é exigida pela regência do
nome ou verbo anterior, ou se ela inicia uma expressão adverbial.
Na alternativa (A), a preposição “a” foi exigida pelo substantivo
“respeito”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo
anterior.
A alternativa (B) é a correta, pois não há termo anterior que exija a
preposição “a”. Ela é empregada na oração por iniciar o adjunto adverbial “à
parte”.
Na alternativa (C), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo
indireto “obedecer”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um
termo anterior.
Na alternativa (D), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo
direto e indireto “persuadir”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de
um termo anterior.
Na alternativa (E), a preposição “a” foi exigida pelo adjetivo
“associadas”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo
anterior.
Gabarito: B

Questão 10: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV)
“Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual
a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de
preposição).
(A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho.
(B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho.
(C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho.
(D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho.
(E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho.
Comentário: A alternativa (E) é a errada, pois “entregar-se” rege a
preposição “em”. Veja a correção:
Sem conseguir entregar-se no mercado de trabalho.
Gabarito: E
Regência com pronomes relativos
Como visto na aula de sintaxe do período composto por subordinação
adjetiva, o pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas
adjetivas e pode ser antecedido de preposição. Isso depende do verbo da
oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é
importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados.
que: retoma coisa ou pessoa
o/a qual: retoma coisa ou pessoa
quem: retoma pessoa
cujo: relação de posse
onde: retoma lugar
quando: retoma tempo

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Pronomes relativos e suas funções sintáticas:


Sujeito:
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros.
oração subordinada adjetiva
oração principal

Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos


termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo,
falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se
“homem”, então se pode ter a seguinte estrutura:
O homem é um ser social.
Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações,
dependendo da palavra que foi retomada, teremos:
O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros.
Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas
possibilidades de substituição:
Objeto direto:
Esta é a casa que amamos.
a qual amamos.
OD VTD

Objeto indireto:
Esta é a casa de que gostamos.
(de + a qual)
da qual gostamos.
OI VTI

Objeto indireto:
Esta é a casa a que nos referimos.
(a + a qual)
à qual nos referimos.
OI VTI
Complemento nominal:
Esta é a casa a que fizemos referência.
(a + a qual)
à qual fizemos referência.
CN VTD + OD

Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser


preposicionado tendo em vista transmitir os seus valores circunstanciais,
normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode
também ser substituído pelo pronome relativo “onde”.
A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite
processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se
transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para
algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de
algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser
regido pela preposição “por” (passar por algum lugar).
Veja:

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Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”):


Esta é a casa onde moramos.
em que moramos.
(em + a qual)
na qual moramos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”):


Esta é a casa aonde chegamos.
a que chegamos.
(a + a qual)
à qual chegamos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”):


Esta é a casa para onde vamos.
---------------
(para + a qual)
para a qual vamos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com


duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações.
Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”,
“conforme o qual”, “sobre o qual”, “para o qual” etc.

Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”):


Esta é a casa de onde viemos. (ou donde)
de que viemos
(de + a qual)
da qual viemos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que”
também está correta.
Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição
“por”):
Esta é a casa por onde passamos.
por que passamos
(por + a qual)
pela qual passamos.
Adj Adv. lugar VI

Perceba que o pronome relativo “onde” deve ser usado unicamente como
adjunto adverbial de lugar. Evite construções viciosas como:
Vivemos uma época onde o consumismo fala mais alto. (errado)

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Neste caso, o pronome relativo está retomando o substantivo “época”,


com valor de tempo. Assim, é conveniente ser substituído por “quando”, “em
que” ou “na qual”.
Vivemos uma época quando o consumismo fala mais alto.
Vivemos uma época em que o consumismo fala mais alto.
Vivemos uma época na qual o consumismo fala mais alto.
O pronome relativo cujo transmite valor de posse e tem característica
bem peculiar. Entendamos o seu uso culto da seguinte forma:

1. Posiciona-se entre substantivos, substantivo ___ cujo substantivo


fazendo subentender a preposição “de”
de
(valor de posse).

substantivo ___ cujo substantivo


2. Ao se ler “cujo”, entende-se “de” +
substantivo anterior. de

3. O pronome “cujo” + o substantivo sujeito, OD, OI, CN, adj adv

posterior formam um termo da oração. Se


forem objeto indireto, complemento substantivo ___ cujo substantivo
nominal ou adjunto adverbial, serão
preposicionados. de

sujeito, OD, OI, CN, adj adv


4. O substantivo posterior é o núcleo do
termo, e o pronome relativo “cujo” é o substantivo ___ cujo substantivo
adjunto adnominal, por isso se flexiona de núcleo
acordo com o núcleo. de

Veja a aplicação disso:


sujeito

O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso.

de

O artista do filme foi premiado.


sujeito

objeto direto

O filme cuja sinopse li não fez sucesso.

de

Li a sinopse do filme.
objeto direto

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objeto indireto

O filme de cuja sinopse não gostei não fez sucesso.


de

Não gostei da sinopse do filme.


objeto indireto

complemento nominal

O filme a cuja sinopse fiz alusão não fez sucesso.

de

Fiz alusão à sinopse do filme.


complemento nominal

adjunto adverbial de lugar


Estive ontem na praça em cujo centro foi montado um grande circo.

de
Um grande circo foi montado no centro da praça.
adjunto adverbial de lugar

Importante: não se pode inserir artigo ou pronome após o pronome


relativo “cujo” e suas variações. É vício de linguagem construções do tipo:
“A casa cujo o teto caiu foi reformada.” (errado)
“A casa cujo teto caiu foi reformada.” (certo)

“A empresa cujos aqueles funcionários reuniram-se ontem deflagrará a


greve.” (errado)
“A empresa cujos funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.”
(certo)
Antes de passarmos para as questões de prova, é importante observarmos a
diferença entre a regência da oração subordinada substantiva e da oração
subordinada adjetiva. Assim, vamos à regência nas orações adjetivas.
Verifique se as frases estão corretas.
a) As pessoas a quais sempre obedeci são extremamente falsas.
b) A mala cujo a chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa cujos os funcionários conversei ontem deflagrarão a greve.

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e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.


f) Os funcionários da empresa com o qual conversei ontem deflagrarão a greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, onde a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa em que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora que discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso que aspiro desapareceu da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs de quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foram vencedores.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro aonde moro não proporciona segurança.
Observou? Agora veja as frases já corrigidas.
a) As pessoas às quais sempre obedeci são extremamente falsas.
b) A mala cuja chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa com cujos funcionários conversei ontem deflagrará a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com os quais conversei ontem deflagrarão a
greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, em que a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa a que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora com quem discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso a que aspiro desapareceram da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs em quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foi vencedora.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro onde moro não proporciona segurança.
Bom, agora vamos comparar as orações substantivas com as adjetivas.
Verifique que, quando há preposição antecedendo oração adjetiva, é um verbo
ou um nome posterior que a exige. Quando há preposição antes da oração
substantiva, é o verbo ou nome anterior que a exige.
Sublinhe a oração subordinada e diga se é substantiva ou adjetiva.
a) Importante é aquilo de que não se pode fugir.
b) É importante que você busque seus objetivos.
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda.

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d) Convém que ele venha.


e) A mim convém aquilo de que gostas.
f) Consideraram que o trabalho foi ruim.
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.
j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.
l) A verdade é que precisamos muito de estudo.
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.

Agora veja as respostas.


a) Importante é aquilo de que não se pode fugir.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
1
b) É importante que você busque seus objetivos.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
d) Convém que ele venha.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
e) A mim convém aquilo de que gostas.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
f) Consideraram que o trabalho foi ruim.
(oração subordinada substantiva objetiva direta)
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.
(oração subordinada adjetiva – “que” é sujeito)
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.
(oração subordinada substantiva objetiva indireta)
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.
(oração subordinada adjetiva – “à qual” é objeto indireto)
j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.
(oração subordinada substantiva completiva nominal)
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.
(oração subordinada adjetiva – “as quais” é objeto direto)
l) A verdade é que precisamos muito de estudo.
(oração subordinada substantiva predicativa)
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
Partamos, agora, para as questões!
Questão 11: TJ PI 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)
A oração adjetiva abaixo sublinhada que deveria vir introduzida com um
pronome relativo precedido de preposição é:

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(A) “lidar com situações emergenciais e atuar em casos que venham a causar
transtornos nos principais corredores viários de uma cidade”.
(B) “O aumento progressivo da frota de veículos provoca congestionamentos
que muitas vezes impedem que os procedimentos planejados de
emergência sejam adotados”.
(C) “O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade que se
desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
(D) “Situações como obras, fechamento de ruas e de faixas de tráfego,
enchentes, alagamentos das vias e quedas de encostas e árvores, que
impedem a circulação normal de veículos”.
(E) “Podemos fazer analogia com um infarto e um AVC, que impedem o fluxo
de sangue...”.
Comentário: Na alternativa (A), o pronome relativo “que” ocupa a função de
sujeito. Por isso não está precedido de preposição. Para ficar mais fácil
compreender, basta perceber que aa locução verbal “venham a causar” é
transitiva direta, e o termo “transtornos” é o objeto direto.
Na alternativa (B), o pronome relativo “que” também ocupa a função de
sujeito. Por isso não está precedido de preposição. O verbo “impedem” é
transitivo direto e a oração posterior é subordinada substantiva objetiva
direta.
A alternativa (C) é a que precisa de preposição antes do pronome
relativo, pois este ocupa a função de adjunto adverbial de modo.
Note que o verbo “desfaz” é transitivo direto, o pronome “se” é
apassivador e o termo “o local” é o sujeito paciente. Assim, podemos fazer a
seguinte pergunta: o local de uma batida é desfeito como?
Dessa forma, o pronome relativo “que” deve ser precedido da
preposição “com” e entendemos que o local de uma batida é desfeito com
certa agilidade, com velocidade na desobstrução da via. Veja a correção:
“O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade com que se
desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
Na alternativa (D), o pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito.
Por isso não está precedido de preposição. O verbo “impedem” é transitivo
direto e “a circulação normal de veículos” é o objeto direto.
Na alternativa (E), o pronome relativo “que” também ocupa a função de
sujeito. Por isso não está precedido de preposição. O verbo “impedem” é
transitivo direto e “o fluxo de sangue” é o objeto direto.
Gabarito: C

Questão 12: ISS Niterói 2015 – Fiscal de Tributos (banca FGV)


“As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas de objetos”.
Nesse período, o pronome relativo está precedido da preposição “em”, devido
à regência do verbo “passar”.
A frase abaixo em que a preposição está mal-empregada em face da norma
culta tradicional é:
a) O cargo a que aspiramos deve ser ocupado urgentemente.
b) Os assuntos sobre que discutimos não eram tão sérios.

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c) O grande trabalho em que isso implica deve ser avaliado.


d) A obra a que se dedicou foi bem construída.
e) O ideal por que lutou é dos mais nobres.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o verbo “aspirar”, no sentido
de almejar, é transitivo indireto e rege a preposição “a”, por isso “a que”
ocupa a função de objeto indireto.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “discutir” é intransitivo, e a
expressão “sobre que” é o adjunto adverbial de assunto (discutir sobre algum
assunto).
A alternativa (C) é a errada, pois o verbo “implicar”, no sentido de
“acarretar”, é transitivo direto e não admite a preposição “em”. Assim, o
pronome “isso” é o sujeito, o verbo “implica” é transitivo direto e o pronome
“que” é o objeto direto. Veja a correção:
O grande trabalho que isso implica deve ser avaliado.
5
A alternativa (D) está correta, pois o verbo “dedica” é transitivo direto e
indireto, o pronome reflexivo “se” é o objeto direto e “a que” é o objeto
indireto. O sujeito desse verbo ficou subentendido e o contexto não o
identificou.
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “lutou”, neste contexto, é
transitivo indireto e o termo “por que” é o objeto indireto. O sujeito desse
verbo ficou subentendido e o contexto não o identificou.
Gabarito: C

Questão 13: C Municipal Caruaru-PE 2015 Analista Legislativo (banca FGV)

Nesse mesmo período, assinale a opção que indica o erro que contraria a
norma culta da Língua Portuguesa.
a) a ausência de um verbo de ligação no termo “Se eleito”.

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b) o emprego de uma forma simples de futuro – transformarei – em lugar de


uma perífrase, de caráter mais coloquial: “vou transformar”.
c) o uso inadequado do verbo “transformar”, numa frase em que o sentido
exigiria outro verbo.
d) a ausência da preposição “em” antes do pronome relativo “que”, exigida
pelo verbo “trafegar”.
e) a má utilização da expressão “terá orgulho” em relação aos automóveis,
quando deveria ligar-se aos motoristas.
Comentário: Na alternativa (A), não há erro, pois a ausência do verbo de
ligação não implica erro gramatical. Na realidade, tal verbo está subentendido.
Assim, preserva-se a norma culta.
Na alternativa (B), não há erro, pois o verbo “transformarei” e a locução
verbal “vou transformar” têm o mesmo sentido e ambos estão de acordo com
a norma culta.
Na alternativa (C), não há erro,f pois o sentido do verbo “transformar”
está coerente com o contexto.
A alternativa (D) é a que deve ser marcada, pois o verbo “trafegar” é
intransitivo e o adjunto adverbial de lugar “que” deve ser precedido da
preposição “em” (trafegar no sistema viário). Assim, a forma correta é a
seguinte:
... num sistema viário em que todo automóvel terá orgulho de trafegar!
Na alternativa (E), não há erro, pois a expressão “terá orgulho” se
refere, numa linguagem figurada, às pessoas que dirigem o automóvel. Assim,
não há erro gramatical.
Gabarito: D

Questão 14: TJ SC 2015 – Assistente Social (banca FGV)


A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e
verbal) recomendada pela norma culta é:
(A) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o
transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria.
(B) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países
de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos demais
era tranquila.
(C) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem
cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil
acesso.
(D) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado
por outro morador inconsciente com a limpeza do local.
(E) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao
descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “discordava” rege a
preposição “de”. Note que o pronome demonstrativo “o” precede o pronome
relativo “que” e retoma toda a informação anterior. Sintaticamente, ele é o
aposto recapitulativo, sobre o qual comentamos em nossa aula de sintaxe da
oração. Veja a correção:

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O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o


transporte ferroviário”, do que discordava a grande maioria.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “integrar” é transitivo direto e
seu objeto direto não é precedido da preposição “de”. Veja a correção:
Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala
hispânica, o qual não pediu para integrar, a situação dos demais era
tranquila.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “escolhem” não rege a
preposição “a”. Assim, devemos excluir tal preposição de “aonde”. Além disso,
o verbo “dando” rege a preposição “a”, mas o substantivo masculino plural
“locais” não admite o artigo “a”, por isso não pode haver crase.
Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente
6
onde trabalhar, dando prioridade a locais de mais fácil acesso.
A alternativa (D) está errada, pois o adjetivo “inconsciente” rege a
preposição “de”. Veja a correção:
Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por
outro morador inconsciente da limpeza do local.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “preferir” é transitivo direto e
indireto. Há uma sequência de objetos direto e indireto, respectivamente. Mas
preste atenção, pois o autor, por estilo, preferiu trocar a ordem dos últimos
complementos verbais. Assim, “à aventura” é o objeto indireto e “a
tranquilidade” é o objeto direto. (preferir a tranquilidade à aventura). É claro
que a vírgula entre os dois termos seria uma incorreção gramatical, porém tal
vírgula não foi alvo da questão, além de ela poder ser entendida como
omissão do verbo “preferir”, tendo em vista a ênfase na troca dos termos.
O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o
amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.
O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o
amor ao interesse e à aventura (preferir) a tranquilidade.
Gabarito: E

Questão 15: Pref Osasco 2014– Analista (banca FGV)


No texto, entre os elementos coesivos sublinhados, podem ser substituídos
por “quando” os conectores destacados em:
(A) “(...) saudade dos tempos em que o Brasil sediou (...)”;
(B) “(...) atual padrão Fifa em que poucos têm acesso aos jogos”;
(C) “(...) com conforto incomparável ao que se via no passado”;
(D) “(...) matriculados no que hoje chamamos de ensinos (...)”;
(E) “(...) de meados do século passado com a de agora (...).
Comentário: Neste contexto, basta perceber que o pronome relativo
“quando” só pode retomar tempo. Assim, a alternativa (A) é a correta. Como
vimos na parte teórica, podemos substituir “quando” por “em que” e por “nos
quais”.

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Note que a alternativa (E) também possui uma expressão temporal


(“meados do século passado”), porém não há pronome relativo que o retoma.
Há apenas a preposição “com”.
Gabarito: A

Questão 16: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com
um termo posterior (e não anterior).
(A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeter se...”.
(B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”.
(C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”.
(D) “...levado a um centro de recolhimento...”.
(E) “...aplicação de medidas „socioeducativas‟”.
Comentário: A regência fruto da ligação com um termo posterior ocorre nas
orações subordinadas adjetivas, pois a preposição se apresenta motivada pela
regência do nome ou do verbo que se encontra após o pronome relativo.
A alternativa (A) é a correta, pois, na oração subordinada adjetiva
“a que está sujeito”, a preposição “a” é exigida pelo adjetivo “sujeito”, termo
posterior.
Na alternativa (B), a preposição “por” é exigida pelo particípio
“Identificado”, termo anterior.
Na alternativa (C), a preposição “do” é exigida pelo substantivo
“autoria”, termo anterior.
Na alternativa (D), a preposição “a” é exigida pelo particípio “levado”,
termo anterior.
Na alternativa (E), a preposição “de” é exigida pelo substantivo
“aplicação”, termo anterior.
Gabarito: A

Questão 17: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


No segmento “Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o
durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas
também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos”, há um erro
de construção, por omissão da preposição EM antes de “o que avançamos
bem” (no que avançamos bem).
Assinale a alternativa que apresenta um erro no emprego da preposição antes
de pronome relativo.
(A) Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano.
(B) As verbas de que foram reparadas as pontes são federais.
(C) Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos.
(D) Os perigos com que se depararam são variados.
(E) As soluções por que lutaram demoraram a chegar.
Comentário: A própria questão aponta o erro na frase, pois se entende que
alguém avança bem em alguma coisa, por isso deveria haver a preposição
“em” antes do pronome relativo “que”. Veja como é o correto:
...no que avançamos bem...

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A alternativa (A) está correta, pois “nos referimos” é um verbo


pronominal, que exige a preposição “a”. Confirme:
Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano.
A alternativa (B) é a errada, pois a locução verbal “foram reparadas”
não admite a preposição “de”, neste contexto, mas “com”. Confirme:
As verbas com que foram reparadas as pontes são federais.
A alternativa (C) está correta, pois se entende que alguém se ocupa de
alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “de”. Confirme:
Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos.
A alternativa (D) está correta, pois se entende que alguém se depara
com alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “com”. Confirme:
Os perigos com que se depararam são variados.
A alternativa (E) está correta, pois se entende que alguém luta por
alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “por”. Confirme:
As soluções por que lutaram demoraram a chegar.
Gabarito: B

Questão 18: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV)


“A crise que o país atravessa...”. Nesse segmento temos uma oração adjetiva
não precedida de preposição porque o verbo “atravessar” não a exige.
Assinale a alternativa em que a frase apresenta erro quanto à regência.
(A) A crise a que o país assiste é muito grave.
(B) Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público.
(C) Os problemas com que nos deparamos são os de sempre.
(D) Os argumentos a que nos opomos são falsos.
(E) As soluções com que sugerimos não foram aceitas.
Comentário: A questão apresenta somente períodos com orações adjetivas,
para que possamos trabalhar a regência. Na frase do pedido da questão,
entendemos que o país atravessa uma crise. Assim, o verbo é transitivo
direto, o termo “o país” é o sujeito e o pronome relativo “que” é o objeto
direto, por isso não é precedido de preposição. Veja:
“A crise que o país atravessa...”
OD + sujeito + VTD

A alternativa (A) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de ver,


observar, é transitivo indireto e exige a preposição “a”, o termo “o país” é o
sujeito e “a que” é o objeto indireto. Veja:
“A crise a que o país assiste é muito grave...”
OI + sujeito + VTI

A alternativa (B) está correta, pois o verbo “necessita” é transitivo


indireto e exige a preposição “de”, o termo “o Brasil” é o sujeito e “de que” é
o objeto indireto. Veja:
“Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público.”
OI + sujeito + VTI

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A alternativa (C) está correta, pois o verbo pronominal “nos deparamos”


é transitivo indireto e exige a preposição “com”, há sujeito oculto (“nós”) e
“com que” é o objeto indireto. Veja:
“Os problemas com que nos deparamos são os de sempre.”
OI VTI

A alternativa (D) está correta, pois o verbo pronominal “nos opomos” é


transitivo indireto e exige a preposição “a”, há sujeito oculto (“nós”) e “a que”
é o objeto indireto. Veja:
“Os argumentos a que nos opomos são falsos.”
OI + VTI

A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “sugerimos” é transitivo direto,


por isso não exige preposição. Há sujeito oculto (“nós”) e o pronome relativo
“que” é o objeto direto. Assim, devemos eliminar a preposição “com”. Veja:
“As soluções que sugerimos não foram aceitas.”
OD + VTD
Gabarito: E

Vimos a regência e como é explorada na prova. Agora, vamos a um


assunto que é a continuação do anterior: crase. Assim, os verbos e nomes já
explorados que regem a preposição “a” fatalmente serão revistos nesta parte
da aula.

Costumo dizer a meus alunos que não se deve decorar a regra,


principalmente a da crase, basta entendermos o processo, sua estrutura. Para
facilitar, vamos denominar o esquema a seguir de “estrutura-padrão da crase”.

A estrutura-padrão da crase

preposição

verbo a a substantivo feminino


ou + aquele, aquela, aquilo
nome a a (=aquela)
a qual (pronome relativo)

Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição “a” e o


substantivo posterior admitir artigo “a”, haverá crase. Além disso, se houver a
preposição “a” seguida dos pronomes “aquele”, “aquela”, “aquilo”, “a”
(=aquela) e “a qual”; ocorrerá crase.

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Veja as frases a seguir e procure entendê-las com base no nosso


esquema.
1. Obedeço à lei.
2. Obedeço ao código.
3. Tenho aversão à atividade manual.
4. Tenho aversão ao trabalho manual.
5. Refiro-me àquela casa.
6. Refiro-me àquele livro.
7. Refiro-me àquilo.
8. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita.
9. Esta é a casa à qual me referi.
Na frase 1, o verbo “Obedeço” é transitivo indireto e exige preposição
“a”, e o substantivo “lei” é feminino e admite artigo “a”, por isso há crase.
Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo
posterior é masculino, por isso não há crase.
Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo “aversão” exigiu a
preposição “a” e o substantivo “atividade” admitiu o artigo feminino “a”.
Na frase 4, “aversão” exige preposição “a”, mas “trabalho” é substantivo
masculino, por isso não há crase.
Nas frases 5, 6 e 7, “Refiro-me” exige preposição “a”, e os pronomes
demonstrativos “aquela”, “aquele” e “aquilo” possuem vogal “a” inicial (não é
artigo), por isso há crase.
Na frase 8, “me refiro” exige preposição “a”, “aquela” possui vogal “a”
inicial (não é artigo) e “a” tem valor de “aquela”, por isso há duas ocorrências
de crase.
Na frase 9, “me referi” exige preposição “a”, e o pronome relativo “a
qual” é iniciado por artigo “a”, por isso há crase.
Muitas vezes o substantivo feminino está sendo tomado de valor geral,
estando no singular ou plural, e por isso não admite artigo “a”. Outras vezes
esse substantivo recebe palavra que não admite artigo antecipando-a, por isso
não haverá crase. Veja os exemplos abaixo em que o verbo transitivo indireto
exige o objeto indireto:
Os substantivos “leis”, “lei” estão em sentido
geral, por isso não recebem artigo “as”, “a” e
Obedeço a leis. não há crase. Na segunda frase, o que ratificou
Obedeço a lei e a regulamento. o sentido geral foi o substantivo masculino
“regulamento” não ser antecedido do artigo
“o”.

Obedeço a uma lei. O artigo “uma” é indefinido, os pronomes


Obedeço a qualquer lei. “qualquer, toda, cada” são indefinidos. Como
Obedeço a toda lei. eles indefinem, não admitem artigo definido
Obedeço a cada lei. “a”. Os pronomes “tal” e “esta” são
demonstrativos. Por eles já especificarem o
Obedeço a tal lei. substantivo “lei”, não admitem o artigo “a”.
Obedeço a esta lei. Por isso não há crase.

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O mesmo ocorre com os nomes que exigem o complemento nominal.


Veja:
Tenho obediência a leis.
Tenho obediência a lei e a regulamento.
Tenho obediência a uma lei.
Tenho obediência a qualquer lei.
Tenho obediência a toda lei.
Tenho obediência a cada lei.
Tenho obediência a tal lei.
Tenho obediência a esta lei.

Vimos o verbo transitivo indireto e nome que exigem preposição “a”, mas
os verbos intransitivos também podem exigir preposição “a”. Muitas vezes o
problema é saber se o nome posterior admite ou não o artigo “a” e se o
vocábulo “a” é apenas uma preposição, ou uma preposição mais o artigo “a”.
Por isso inserimos abaixo algumas regras que ajudam a confirmar a estrutura-
padrão da crase.
a. Quando os pronomes de tratamento estão na função de objeto indireto ou
complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois
não admitem artigo.
Refiro-me a Vossa Senhoria. Fiz referência a Vossa Excelência.
Observação: Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora
admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”,
haverá crase:
Refiro-me à senhora Gioconda.
b. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o artigo feminino,
admite-se a crase:
Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à Paraíba.
Um túnel ferroviário liga a França à Inglaterra.
Perceba que o substantivo “excursão” exige a preposição “a” e os
topônimos “Bahia” e “Paraíba” admitem artigo “a”. Por isso há crase. Já os
topônimos “Sergipe” e “Alagoas” não admitem artigo; por isso não há crase.
Mas será que devemos decorar quais os topônimos admitem ou não o artigo
“a”? Lógico que não, para isso, temos alguns macetes.
Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o
verbo (que exige a preposição “a”) por outro que exija preposição diferente;
para evitar a confusão da preposição com o artigo.
Veja:
Fui à Bahia. Fui a Sergipe. Fui a Roma.
Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por “vim”. Veja:
Vim da Bahia. Vim de Sergipe. Vim de Roma.

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Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer


somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também
permanecerá só a preposição “a” (Vim de Sergipe Fui a Sergipe).
Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é
sinal de que, com o verbo “Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à”
(Vim da Bahia Fui à Bahia).
Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar,
determinar, especificar esses topônimos que não admitem o artigo. Quando
colocamos uma locução adjetiva ou algum outro determinante que o
caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a
preposição “a”, ocorrerá a crase.
Veja:
Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo.
==1a5f6==

(Viemos de Brasília ... de São Paulo)


Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.
(Viemos da Brasília de Juscelino ... da São Paulo da garoa)
Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. Vamos a outros
casos.
c. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa
de meus sonhos; pintei a casa de azul etc). Porém, quando há um sentido de
deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo. Mas isso não
será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá:
Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”?
Você diz: “vou para casa” ou “vou para a casa”?
Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”.
Porém, quando essa casa não é a sua, naturalmente e intuitivamente, coloca-
se um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente inserimos artigo.
Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja:
Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”?
Você diz “vou para casa da Luzia” ou “vou para a casa da Luzia”?
Naturalmente usamos as segundas opções, correto?
Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a
preposição “para” tem o mesmo valor da preposição “a”; na sua substituição,
podemos ter crase.
Veja:
Vou para casa. Vou para a casa da Amélia.
a+a
Vou a casa. Vou à casa da Amélia.
O bom filho volta a casa todos os dias.
O bom filho volta à casa dos pais todos os dias.

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Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial


maiúscula (Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo
de Câmara dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma,
poderá ocorrer a crase:
Prestar à Casa as devidas homenagens.
d. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo
normalmente.
A terra é boa! Ele vive da terra!
Assim, haverá crase:
O agricultor dedica-se à terra.
Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”.
Isso porque não dizemos “ao bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão:
Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo)
Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e,
consequentemente, crase. Veja:
Viajou em visita à terra dos antepassados.
Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina)
e. Na locução à uma, significando “unanimemente, conjuntamente”, haverá
crase. Veja:
Os sindicalistas responderam à uma: greve já!
Vimos a estrutura de um verbo ou nome que exige preposição “a”.
Agora, veremos a locução adverbial que não é exigida pelo verbo, mas possui
a estrutura interna com a preposição.
Exemplo: Estive aqui de manhã.
Note que a locução adverbial “de manhã” ocorreu sem exigência do
verbo, pois poderíamos dizer “Estive aqui.” Esta locução tem uma composição
própria: de + manhã. Se essa estrutura fosse composta por preposição “a”
seguida de nome feminino que admitisse artigo “a”, haveria crase.
Exemplo: Estive aqui à noite.
Assim, vamos à estrutura da locução adverbial:
preposição + artigo + nome

à noite
à tarde à noite à direita às claras
às escondidas à toa à beça à esquerda
às vezes às ocultas à chave à escuta
à deriva às avessas às moscas à revelia
à luz à larga às ordens às turras

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Deve-se dar especial destaque às locuções adverbiais de tempo, que


especificam o momento de um evento, com o núcleo expresso com o
substantivo hora(s), o qual recebe o artigo definido “a”, “as”.
à meia-noite, à uma hora às duas horas às três e quarenta.
Não se pode confundir com a indicação de tempo generalizado ou tempo
futuro:
Isso acontece a qualquer hora. Estarei lá daqui a duas horas.
Veja a diferença nas frases a seguir:
A aula acabará a uma hora. (uma hora após o momento da fala)
A aula acabará à uma hora. (terminará às 13 horas ou à uma hora da madrugada)
A aula acabara há uma hora. (a aula acabou uma hora antes)
No último caso, não há locução adverbial, o verbo “há” marca tempo
decorrido. Vimos isso na concordância, lembra?
Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve
ser conservado. Se o primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo
também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo receberá a crase:
A reunião será de 9 a 10 horas. A reunião será das 9 às 10 horas.
Note: se o início do evento não recebeu artigo, o término também não
receberá. (de 9 a 10 horas).
Se o início do evento recebeu artigo, o término também receberá. (das 9
às 10 horas).
Merece destaque a locução adverbial de modo à moda de. Ela pode
estar expressa ou subentendida; por isso, deve-se tomar muito cuidado:
Pedimos uma pizza à moda da casa.
Atrevia-se a escrever à Drummond. (à moda de)
Pedimos arroz à grega. (à moda)
Não confunda com as expressões frango a passarinho, bife a cavalo,
as quais não possuem crase por não transmitirem modo.

Haverá crase também nas locuções prepositivas, que são sempre


nocionais e iniciam locução adverbial:
à beira de à sombra de à exceção de à força de
à frente de à imitação de à procura de à semelhança de
à custa de às custas de
O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais que indicam
meio ou instrumento, desde que o substantivo seja feminino: barco a (à) vela;
escrever a (à) máquina; escrever a (à) mão; fechar a porta a (à) chave;
repelir o invasor a (à) bala. Normalmente, os bons autores têm preferido sem
a crase. Tudo isso depende da intenção comunicativa. O instrumento ou o
meio podem ser especificados ou não com o artigo “a”.

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Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois
os substantivos estão sendo tomados de maneira geral, sem artigo definido:
cara a cara; frente a frente, etc.
A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à
medida que, à proporção que:
À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria.
À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando.
Perceba uma diferença muito importante: “às vezes” e “as vezes”.
Às vezes você me olha diferente.
Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se “de vez
em quando, por vezes, algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de
tempo e há crase.
Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma
especificação do momento:
As vezes que te vi, fiquei extasiado.
Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou
oração adjetiva. Portanto, tome cuidado!
CRASE FACULTATIVA
Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é
opcional o uso da preposição a, ou do artigo definido feminino.
Casos em que a crase é facultativa:
a. A preposição “a” é facultativa depois da preposição “até”:
O visitante foi até a sala do Diretor.
O visitante foi até à sala do Diretor.
A sessão prolongou-se até à meia-noite.
A sessão prolongou-se até a meia-noite.
b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a
crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular.
Refiro-me à minha amiga.
Crase facultativa
Refiro-me a minha amiga.
Refiro-me às minhas amigas. Crase obrigatória
Refiro-me a minhas amigas. Crase proibida

c. O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Se o nome


for feminino e o verbo exigir preposição, a crase será facultativa:
Refiro-me à Madalena.
Refiro-me a Madalena.
Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha
intimidade, geralmente não se usa o artigo nem o acento indicativo de crase,
salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de especificativo.
O orador fez uma bela homenagem a Rachel de Queiroz.
O orador fez uma bela homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze.

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Nas gramáticas, são elencados os casos em que a crase será proibida.


Para isso, basta apenas relembrarmos a estrutura-padrão da crase.
Agora, vamos praticar!
Questão 19: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)
No texto 1, há quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase: “vise à
promoção de políticas de controle”(1), “tornando-os inacessíveis à grande
massa populacional”(2), “Além disso, à medida que as cidades crescem”(3) e
“que às vezes não contam com saneamento básico”(4).
Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo definido
são:
a) 1 e 2;
b) 1 e 4;
c) 2 e 3;
d) 3 e 4;
e) todos eles.
Comentário: Esta é uma questão bem controversa, porque na realidade
todas as ocorrências apresentam preposição “a” e artigo definido, o que seria
natural ter a alternativa (E) como a correta.
A questão foi mal bolada, porque a intenção da banca era que o
candidato marcasse as alternativas que apresentassem a regência verbal e
nominal, isto é, um verbo ou nome que exigissem a preposição “a” e um
substantivo que admitisse o artigo “a”/”as”.
Primeiro, vamos ao comentário de cada ocorrência.
Na ocorrência 1, o verbo “vise” rege a preposição “a” e o substantivo
“promoção” é precedido do artigo “a”.
Na ocorrência 2, o adjetivo “inacessíveis” rege a preposição “a” e o
substantivo “massa” é precedido do adjetivo “grande” e do artigo “a”.
Na ocorrência 3, ocorre a locução conjuntiva “à medida que”, cuja crase
é formada pela preposição “a” e o artigo “a”. Se não houvesse a preposição
“a” ou o artigo “a”, não haveria crase.
Da mesma forma, na ocorrência 4, ocorre a locução adverbial “às vezes”
cuja crase é formada pela preposição “a” e artigo “as”. Se não houvesse a
preposição “a” ou o artigo “as”, não haveria crase.
Bom, mas a banca foi categórica e não anulou a questão, tampouco
mudou o gabarito.
Na realidade, ela só queria que o candidato marcasse a alternativa que
apresentasse a preposição “a” exigida por um verbo ou nome, e o artigo “a”
precedendo o substantivo feminino.
Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

Questão 20: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Diminuir a higiene pessoal
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando
sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,
porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar

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usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para


cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.
“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Nesse segmento do texto, sobre o emprego da crase, assinale a afirmativa
correta.
(A) O emprego dos acentos graves estão corretos, embora por razões
distintas.
(B) Só o primeiro caso de emprego da crase está correto.
(C) Nenhum dos acentos graves deveria ser empregado.
(D) Os empregos dos acentos estão corretos devido a motivos idênticos.
(E) Só o segundo caso do emprego da crase está correto.
Comentário: O verbo “levar”, neste contexto, é transitivo direto. O termo “a
panela” é o objeto direto, o qual não é preposicionado, por isso não deve
receber crase.
A expressão “à mesa” é o adjunto adverbial de lugar, o qual deve ser
precedido da preposição “a”. Como o substantivo “mesa” é precedido do artigo
“a”, ocorre a crase.
Assim, a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

Questão 21: TJ BA 2015 – Técnico Judiciário (banca FGV)


“A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai
movimentar tudo o que diz respeito à sua vida profissional e projetos de
carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar andamento a projetos que
começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão
rapidamente”.
O texto mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave
indicativo da crase – “diz respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo
em que o emprego do acento grave da crase é corretamente empregado é:
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
d) o leitor estava à procura de seu destino;
e) o astrólogo previa o futuro passo à passo.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver crase diante
de substantivo masculino.
A alternativa (B) está errada, pois não pode haver crase diante de
verbo.
A alternativa (C) está errada, pois não pode haver crase diante do
pronome indefinido “cada”.
A alternativa (D) é a correta, pois a locução adverbial “à procura”,
estruturalmente, é precedida da preposição “a” e o substantivo “procura” é
precedido do artigo “a”. Assim, há crase.
A alternativa (E) está errada, haja vista que, diante de palavras

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repetidas, não há crase. Além disso, são palavras masculinas.


Gabarito: D

Questão 22: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV)


“A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro,
habitação submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de
recursos que vão para as grandes obras de fachada”.
Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da
crase; sobre esse emprego pode-se afirmar com correção que
(A) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente
a mesma.
(B) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo
definido feminino singular a.
(C) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome
demonstrativo a.
(D) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução
prepositiva formada com uma palavra feminina.
(E) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à
necessidade de esclarecer uma possível ambiguidade.
Comentário: A questão pede o motivo de cada ocorrência de crase no trecho.
Na primeira ocorrência, o adjetivo “submetida” rege a preposição “a” e o
substantivo “especulação” é precedido do artigo “a”. Assim, houve crase por
regência nominal.
Na segunda ocorrência, há a locução prepositiva “à espera de”, a qual é
precedida da preposição “a” e o substantivo “espera” é precedido do artigo
“a”. Dessa forma, sabemos que a segunda ocorrência da crase não foi por
regência, mas por ser uma locução prepositiva de base feminina.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Questão 23: Câmara Municipal Recife 2014 – Assistente Adm (banca FGV)
“Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave
indicativo da crase representa:
(A) a união de dois artigos definidos;
(B) a junção de duas preposições;
(C) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
(D) a união de uma preposição com um artigo definido;
(E) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.
Comentário: A locução prepositiva “graças a” termina com a preposição “a”,
e o substantivo “tecnologia” é precedido do artigo “a”. Assim, a alternativa (D)
é a correta.
Gabarito: D

Questão 24: Pref Osasco 2014– Agente de Trânsito (banca FGV)


“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase
àquelas com maior oscilação no período”.

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Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas”


representa:
(A) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;
(B) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;
(C) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas”;
(D) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas”;
(E) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas”.
Comentário: O verbo “dando” é transitivo direto e indireto, o termo “ênfase”
é o objeto direto e o termo “àquelas com maior oscilação no período” é o
objeto indireto. Assim, o verbo “dando” exigiu a preposição “a” e o pronome
“aquelas” é iniciado com vogal “a”. Assim, a crase está correta.
Gabarito: D

Questão 25: DPE RJ 2014– Superior (banca FGV)


Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase
I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”
II. “Os xópis são civilizações à parte... ”
III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.
As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma
preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:
(A) I-II-III. (B) apenas I-II. (C) apenas I-III.
(D) apenas II-III. (E) apenas II.
Comentário: A questão pede a crase resultante de regência verbal ou
nominal (isto é, preposição solicitada por um termo anterior).
Na frase I, a preposição “a” é resultante do adjetivo “dedicadas”, o qual
rege a preposição “a”. Como o substantivo “compras” é precedido do artigo
“as”, ocorre a crase.
Na frase II, a crase ocorre tendo em vista a estrutura da locução
adverbial, a qual é iniciada pela preposição “a” e o substantivo “parte” é
precedido de artigo “a”. Tal preposição não é regida por um termo anterior.
Na frase III, a preposição “a” é resultante do substantivo “ataque”, o
qual rege a preposição “a”. Como o substantivo “civilização” é precedido do
artigo “a”, ocorre a crase.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 26: Prefeitura de João Pessoa-PB 2014– Agente (banca FGV)


Fragmento do texto: Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia
com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a
noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia
buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido
legalmente no Brasil até 1937.
(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo
virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies
promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à
improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A

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reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às


drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados
desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa
estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados
americanos. Como no início do século XX.
No texto, observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo
da crase:
I. "...mandavam um moleque à farmácia..."
II. "...que eram associados ao ódio e à improdutividade..."
III. "...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã".
Nesses casos, ocorre a junção da preposição "a" + artigo definido "a". Os
termos dessas frases que exigem a presença da preposição "a" são,
respectivamente,
a) moleque / associados / comportamento.
b) mandavam / associados / associados.
c) mandavam / ódio / antissocial.
d) moleque / ódio / comportamento
e) moleque / associados / comportamento.
Comentário: A questão nos cobra a estrutura da crase, trabalhada no início
dessa aula. Basta observarmos quem regeu a preposição “a” e quem admitiu
a presença do artigo “a”.
Na frase I, o verbo “mandavam” é transitivo direto e indireto, em que o
termo “um moleque” é o objeto direto e “à farmácia” é o objeto indireto.
Sabemos que o objeto indireto tem preposição exigida pelo verbo. Assim, é o
verbo “mandavam” que devemos escolher dentre as alternativas. Dessa
forma, eliminamos as alternativas (A), (D) e (E).
Na oração abaixo, notamos que o pronome relativo “que” é o sujeito, o
verbo “eram” é de ligação e “associados” é o predicativo. A expressão “ao ócio
e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã” é o
complemento nominal composto, o qual completa o sentido do predicativo
“associados”.
que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento
antissocial e à sensualidade pagã.
Veja que as frases II e III recuperam a mesma oração, apenas
diferenciando uma primeira parte do complemento nominal composto de uma
segunda.
Assim, fica fácil perceber que a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

Questão 27: ALEMA 2013 Consultor Legislativo (banca FGV)


“...é submeter se, por três anos, à aplicação de medidas „socioeducativas‟; ...o
caso remete à barbárie de que foi vítima...”; “...distinguir entre o certo e o
errado à luz das regras sociais”.
Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três

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frases, é correto afirmar que


a) as três ocorrências exemplificam o mesmo emprego do acento grave.
b) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave
diferente do da última ocorrência.
c) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave
diferente do da primeira ocorrência.
d) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase
exemplificam casos distintos.
e) a primeira e a terceira ocorrência exemplificam o mesmo caso de emprego
do acento grave indicativo da crase.
Comentário: A questão pede o motivo da crase. Assim, no primeiro
segmento, ocorre crase, porque o verbo “submeter-se” rege a preposição “a”,
e o substantivo “aplicação” admite o artigo “a”. Dessa forma, houve crase, por
regência verbal. Veja:
“...é submeter se, por três anos, à aplicação de medidas „socioeducativas‟...”
No segundo segmento, o verbo “remete” rege a preposição “a” e o
substantivo “barbárie” admite o artigo “a”. Dessa forma, houve novamente
crase por regência verbal. Veja:
“...o caso remete à barbárie de que foi vítima...”
No terceiro segmento, houve crase, porque a preposição “a” inicia o
adjunto adverbial “à luz”. Assim, não houve regência verbal, mas apenas a
estrutura adverbial é que precisa da preposição “a”.
“...distinguir entre o certo e o errado à luz das regras sociais”
Assim, a alternativa (B) é a correta, pois as duas primeiras ocorrências
exemplificam um caso de crase por regência verbal. Já a última crase ocorreu
pela estrutura adverbial, e não por regência.
Gabarito: B

Questão 28: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV)


Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da crase
ocorre por razão distinta da dos demais.
(A) “… e não recebe em troca serviços públicos à altura”.
(B) “Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta…”
(C) “…recentemente incorporadas à economia formal”.
(D) “…dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas…”
(E) “…dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas e não
às questões que ninguém fez”.
Comentário: Novamente, a questão pede o motivo da crase. Assim,
basicamente, devemos verificar se a preposição “a” ocorre por regência ou por
razões semânticas.
Na alternativa (A), ocorre crase, mas a preposição “a” não é exigida por
regência verbal ou nominal, mas simplesmente inicia um adjunto adnominal
constituído de preposição “a” e do substantivo “altura” precedido do artigo
“a”. Neste caso, não há adjunto adverbial, porque a expressão “à altura”

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caracteriza “serviços públicos”.


Na alternativa (B), ocorre crase, por regência verbal, pois o verbo
transitivo direto e indireto “Acrescentar” (acrescentar alguma coisa a outra)
rege a preposição “a” e o substantivo “corrupção” admite o artigo “a”.
Na alternativa (C), ocorre crase, por regência nominal, pois o adjetivo
“incorporadas” (incorporadas a alguma coisa) rege a preposição “a” e o
substantivo “economia” admite o artigo “a”.
Na alternativa (D), ocorre crase, por regência verbal, pois o verbo
transitivo direto e indireto “dar” (dar alguma coisa a alguém) rege a
preposição “a” e o substantivo “demandas” admite o artigo “as”.
Na alternativa (E), ocorre crase, por regência verbal, pois o verbo
transitivo direto e indireto “dar” (dar alguma coisa a alguém) rege a
preposição “a” e o substantivo “questões” admite o artigo “as”.
Dessa forma, a única alternativa que apresenta crase por motivo
diferente é a (A).
Gabarito: A

O que devo tomar nota como mais importante?

 Objeto direto “o, a, os, as”; objeto indireto “lhe, lhes”.


 Estrutura VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI.
 Diferenciar as funções sintáticas do pronome relativo.
 Diferenciar orações subordinadas substantivas das adjetivas.
 Cuidado com os pronomes relativos “cujo” e “onde”.

A estrutura-padrão da crase

preposição

verbo a a substantivo feminino


ou + aquele, aquela, aquilo
nome a a (=aquela)
a qual (pronome relativo)

Grande abraço!!!

Professor Terror

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Questão 1: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV)


Entre as ocorrências da preposição “de” sublinhadas nas passagens do texto,
aquela em que o emprego dessa preposição é uma exigência de um termo
anterior é:
(A) “história da América do Sul”;
(B) “Guerra do Paraguai”;
(C) “memória do povo brasileiro”;
(D) “fruto de pesquisas históricas rigorosas”;
(E) “lembranças de momentos difíceis”.

Questão 2: IBGE 2017 Analista Censitário (banca FGV)


No texto 1 há um conjunto de termos precedidos da preposição DE; o termo
abaixo em que essa preposição tem emprego não exigido por um termo
anterior é:
(A) “racionamento de energia”;
(B) “construção de novas usinas”;
(C) “capacidade de fornecê-la”;
(D) “volume de chuvas”;
(E) “fornecimento de energia”.

Questão 3: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“que vise à promoção de políticas de controle”; nesse segmento de texto 1
emprega-se corretamente a regência do verbo visar, que muda de sentido
conforme seja transitivo direto ou transitivo indireto.
O verbo abaixo em que NÃO ocorre a mesma possibilidade de dupla regência
e duplo sentido é:
a) aspirar;
b) assistir;
c) carecer;
d) chamar;
e) precisar.

Questão 4: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


O segmento abaixo que mostra exemplo de linguagem coloquial é:
a) “A informação de saúde apresentada na Internet deve ser exata,
atualizada, de fácil entendimento, em linguagem objetiva e cientificamente
fundamentada”;
b) “Da mesma forma produtos e serviços devem ser apresentados e descritos
com exatidão e clareza”;
c) “Dicas e aconselhamentos em saúde devem ser prestados por profissionais
qualificados, com base em estudos, pesquisas, protocolos, consensos e

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prática clínica”;
d) “Deve estar visível a data da publicação ou da revisão da informação, para
que o usuário tenha certeza da atualidade do site”;
e) “Os sites devem citar todas as fontes utilizadas para as informações,
critério de seleção de conteúdo e política editorial do site, com destaque
para nome e contato com os responsáveis”.

Questão 5: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Deixar recipientes com água no chão
Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão, local
por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da
casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em
cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água.
“Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima
da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água”.
Nesse segmento, uma substituição que está de acordo com a norma culta da
língua é
(A) prefira / prefere.
(B) em cima / encima.
(C) do que / a.
(D) ao chão / do chão.
(E) da água / com água.

Questão 6: TJ BA 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


O segmento do texto em que a preposição DE é empregada em razão da
exigência de algum termo anterior é:
(A) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”;
(B) “Comanda legiões DE compradores leais”;
(C) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”;
(D) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”;
(E) “cinco milhões DE anos”.

Questão 7: TJ RJ 2014 – Analista Judiciário (banca FGV)


Estamos no trânsito de São Paulo, ano 2030. E não é preciso apertar os
cintos: nosso carro agora trafega sozinho pelas ruas, salvo de acidentes,
graças a um sistema que o mantém em sincronia com os demais veículos lá
fora. O volante, item de uso opcional, inclina-se de um lado para outro como
se fosse manuseado por um fantasma. Mas ninguém liga pra ele - até porque
o carro do futuro está cheio de novidades bem mais legais. Em vez dos
tradicionais quatro assentos, o que temos agora é uma verdadeira sala de
estar, com poltronas reclináveis, mesa no centro e telas de LED. As velhas
carrocerias de aço foram substituídas por redomas translúcidas, com
visibilidade total para o ambiente externo. Se você preferir, é possível torná-la
opaca e transformar o carro em um ambiente privado, quase como um quarto

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ambulante. Como o sistema de navegação é autônomo, basta informar ao


computador aonde você quer ir e ele faz o resto. Resta passar o tempo da
forma que lhe der na telha: lendo, trabalhando, assistindo ao seu seriado
preferido ou até dormindo. A viagem é agradável e silenciosa.
(Superinteressante, novembro de 2014).
O segmento do texto em que a preposição destacada faz parte de um adjunto
e NÃO é solicitada obrigatoriamente por nenhum termo anterior é:
a) “Estamos no trânsito de São Paulo”;
b) “salvo de acidentes”;
c) “em sincronia com os demais veículos lá fora”;
d) “assistindo ao seu seriado preferido”;
e) “basta informar ao computador”.

Questão 8: Conder 2013 – Administrador (banca FGV)


A norma culta é respeitada nas frases a seguir, à exceção de uma. Assinale
a.
(A) “Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela
primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina”.
(B) “Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha”.
(C) “Outra coisa: ele é mais inteligente que você”.
(D) “Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe”.
(E) “Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem
a usa não vale com ele”.

Questão 9: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


Assinale a frase em que a preposição a (à) não corresponde a uma
necessidade de regência de um termo anterior.
(A) respeito às faixas de pedestre.
(B) reclamações à parte.
(C) obedecer a regras básicas de trânsito.
(D) persuadir condutores e transeuntes a andar na linha.
(E) associadas à promulgação do novo CBT.

Questão 10: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV)
“Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual
a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de
preposição).
(A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho.
(B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho.
(C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho.
(D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho.
(E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho.

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Questão 11: TJ PI 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


A oração adjetiva abaixo sublinhada que deveria vir introduzida com um
pronome relativo precedido de preposição é:
(A) “lidar com situações emergenciais e atuar em casos que venham a causar
transtornos nos principais corredores viários de uma cidade”.
(B) “O aumento progressivo da frota de veículos provoca congestionamentos
que muitas vezes impedem que os procedimentos planejados de
emergência sejam adotados”.
(C) “O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade que se
desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
(D) “Situações como obras, fechamento de ruas e de faixas de tráfego,
enchentes, alagamentos das vias e quedas de encostas e árvores, que
impedem a circulação normal de veículos”.
(E) “Podemos fazer analogia com um infarto e um AVC, que impedem o fluxo
de sangue...”.

Questão 12: ISS Niterói 2015 – Fiscal de Tributos (banca FGV)


“As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas de objetos”.
Nesse período, o pronome relativo está precedido da preposição “em”, devido
à regência do verbo “passar”.
A frase abaixo em que a preposição está mal-empregada em face da norma
culta tradicional é:
a) O cargo a que aspiramos deve ser ocupado urgentemente.
b) Os assuntos sobre que discutimos não eram tão sérios.
c) O grande trabalho em que isso implica deve ser avaliado.
d) A obra a que se dedicou foi bem construída.
e) O ideal por que lutou é dos mais nobres.

Questão 13: C Municipal Caruaru-PE 2015 Analista Legislativo (banca FGV)

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Nesse mesmo período, assinale a opção que indica o erro que contraria a
norma culta da Língua Portuguesa.
a) a ausência de um verbo de ligação no termo “Se eleito”.
b) o emprego de uma forma simples de futuro – transformarei – em lugar de
uma perífrase, de caráter mais coloquial: “vou transformar”.
c) o uso inadequado do verbo “transformar”, numa frase em que o sentido
exigiria outro verbo.
d) a ausência da preposição “em” antes do pronome relativo “que”, exigida
pelo verbo “trafegar”.
e) a má utilização da expressão “terá orgulho” em relação aos automóveis,
quando deveria ligar-se aos motoristas.

Questão 14: TJ SC 2015 – Assistente Social (banca FGV)


A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e
verbal) recomendada pela norma culta é:
(A) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o
transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria.
(B) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países
de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos demais
era tranquila.
(C) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem
cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil
acesso.
(D) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado
por outro morador inconsciente com a limpeza do local.
(E) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao
descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.

Questão 15: Pref Osasco 2014– Analista (banca FGV)


No texto, entre os elementos coesivos sublinhados, podem ser substituídos
por “quando” os conectores destacados em:
(A) “(...) saudade dos tempos em que o Brasil sediou (...)”;
(B) “(...) atual padrão Fifa em que poucos têm acesso aos jogos”;
(C) “(...) com conforto incomparável ao que se via no passado”;
(D) “(...) matriculados no que hoje chamamos de ensinos (...)”;
(E) “(...) de meados do século passado com a de agora (...).

Questão 16: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com
um termo posterior (e não anterior).
(A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeter se...”.
(B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”.
(C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”.
(D) “...levado a um centro de recolhimento...”.
(E) “...aplicação de medidas „socioeducativas‟”.

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Questão 17: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


No segmento “Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o
durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas
também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos”, há um erro
de construção, por omissão da preposição EM antes de “o que avançamos
bem” (no que avançamos bem).
Assinale a alternativa que apresenta um erro no emprego da preposição antes
de pronome relativo.
(A) Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano.
(B) As verbas de que foram reparadas as pontes são federais.
(C) Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos.
(D) Os perigos com que se depararam são variados.
(E) As soluções por que lutaram demoraram a chegar.

Questão 18: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV)


“A crise que o país atravessa...”. Nesse segmento temos uma oração adjetiva
não precedida de preposição porque o verbo “atravessar” não a exige.
Assinale a alternativa em que a frase apresenta erro quanto à regência.
(A) A crise a que o país assiste é muito grave.
(B) Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público.
(C) Os problemas com que nos deparamos são os de sempre.
(D) Os argumentos a que nos opomos são falsos.
(E) As soluções com que sugerimos não foram aceitas.

Questão 19: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


No texto 1, há quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase: “vise à
promoção de políticas de controle”(1), “tornando-os inacessíveis à grande
massa populacional”(2), “Além disso, à medida que as cidades crescem”(3) e
“que às vezes não contam com saneamento básico”(4).
Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo definido
são:
a) 1 e 2;
b) 1 e 4;
c) 2 e 3;
d) 3 e 4;
e) todos eles.

Questão 20: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Diminuir a higiene pessoal
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando
sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,
porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar
usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para
cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.

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“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”


Nesse segmento do texto, sobre o emprego da crase, assinale a afirmativa
correta.
(A) O emprego dos acentos graves estão corretos, embora por razões
distintas.
(B) Só o primeiro caso de emprego da crase está correto.
(C) Nenhum dos acentos graves deveria ser empregado.
(D) Os empregos dos acentos estão corretos devido a motivos idênticos.
(E) Só o segundo caso do emprego da crase está correto.

Questão 21: TJ BA 2015 – Técnico Judiciário (banca FGV)


“A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai
movimentar tudo o que diz respeito à sua vida profissional e projetos de
carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar andamento a projetos que
começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão
rapidamente”.
O texto mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave
indicativo da crase – “diz respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo
em que o emprego do acento grave da crase é corretamente empregado é:
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
d) o leitor estava à procura de seu destino;
e) o astrólogo previa o futuro passo à passo.

Questão 22: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV)


“A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro,
habitação submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de
recursos que vão para as grandes obras de fachada”.
Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da
crase; sobre esse emprego pode-se afirmar com correção que
(A) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente
a mesma.
(B) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo
definido feminino singular a.
(C) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome
demonstrativo a.
(D) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução
prepositiva formada com uma palavra feminina.
(E) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à
necessidade de esclarecer uma possível ambiguidade.

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Questão 23: Câmara Municipal Recife 2014 – Assistente Adm (banca FGV)
“Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave
indicativo da crase representa:
(A) a união de dois artigos definidos;
(B) a junção de duas preposições;
(C) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
(D) a união de uma preposição com um artigo definido;
(E) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.

Questão 24: Pref Osasco 2014– Agente de Trânsito (banca FGV)


“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase
àquelas com maior oscilação no período”.
Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas”
representa:
(A) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;
(B) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;
(C) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas”;
(D) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas”;
(E) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas”.

Questão 25: DPE RJ 2014– Superior (banca FGV)


Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase
I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”
II. “Os xópis são civilizações à parte... ”
III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.
As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma
preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:
(A) I-II-III. (B) apenas I-II. (C) apenas I-III.
(D) apenas II-III. (E) apenas II.

Questão 26: Prefeitura de João Pessoa-PB 2014– Agente (banca FGV)


Fragmento do texto: Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia
com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a
noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia
buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido
legalmente no Brasil até 1937.
(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo
virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies
promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à
improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A
reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às
drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados
desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa
estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados
americanos. Como no início do século XX.

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No texto, observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo


da crase:
I. "...mandavam um moleque à farmácia..."
II. "...que eram associados ao ódio e à improdutividade..."
III. "...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã".
Nesses casos, ocorre a junção da preposição "a" + artigo definido "a". Os
termos dessas frases que exigem a presença da preposição "a" são,
respectivamente,
a) moleque / associados / comportamento.
b) mandavam / associados / associados.
c) mandavam / ódio / antissocial.
d) moleque / ódio / comportamento
e) moleque / associados / comportamento.

Questão 27: ALEMA 2013 Consultor Legislativo (banca FGV)


“...é submeter se, por três anos, à aplicação de medidas „socioeducativas‟; ...o
caso remete à barbárie de que foi vítima...”; “...distinguir entre o certo e o
errado à luz das regras sociais”.
Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três
frases, é correto afirmar que
a) as três ocorrências exemplificam o mesmo emprego do acento grave.
b) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave
diferente do da última ocorrência.
c) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave
diferente do da primeira ocorrência.
d) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase
exemplificam casos distintos.
e) a primeira e a terceira ocorrência exemplificam o mesmo caso de emprego
do acento grave indicativo da crase.

Questão 28: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV)


Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da crase
ocorre por razão distinta da dos demais.
(A) “… e não recebe em troca serviços públicos à altura”.
(B) “Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta…”
(C) “…recentemente incorporadas à economia formal”.
(D) “…dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas…”
(E) “…dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas e não
às questões que ninguém fez”.

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1. E 2. D 3. C 4. C 5. C 6. C 7. A 8. A 9. B 10. E
11. C 12. C 13. D 14. E 15. A 16. A 17. B 18. E 19. A 20. E
21. D 22. D 23. D 24. D 25. C 26. B 27. B 28. A

Meu amigo, minha amiga!


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