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Economia e gestão
Cadeira-ética geral
Nome:sheeiniz correia
1-ano
(Biografia ética)
Marcelino dos Santos nasceu no Lumbo em 20 de Maio de 1929. Político e poeta moçambicano, foi
membro fundador da Frente de Libertação de Moçambique, onde chegou a vice-presidente.
Depois da independência de Moçambique, Marcelino dos Santos foi o primeiro ministro da Planificação
e Desenvolvimento, cargo que deixou em 1977 com a constituição do primeiro parlamento do país
(nessa altura designado “Assembleia Popular”), do qual foi presidente até à realização das primeiras
eleições multipartidárias, em 1994.
Com os pseudónimos Kalungano e Lilinho Micaia tem poemas seus publicados no Brado Africano e em
duas antologias publicadas pela Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa.
Com o seu nome oficial, tem um único livro publicado pela Associação dos Escritores Moçambicanos, em
1987, intitulado "Canto do Amor Natural".Canto do amor natural (reedição) e Marcelino do Santos
personalidade multifacetada e homem do povo (inédito) são os títulos dos livros apresentados ao
público esta sexta-feira, na cidade de Maputo. Na cerimónia de apresentação esteve o Presidente da
República, que explicou a importância de se divulgar a obra de um poeta da liberdade.No pódio
montado no Centro de Conferências da Tmcel, na Cidade de Maputo, Filipe Nyusi disse que declamou
várias vezes o poema ‘É preciso plantar’, do livro Canto do amor natural, de Marcelino dos Santos. A
afirmação do Presidente foi feita instantes depois do poeta Sangare Okapi ter recitado o mesmo poema
numa cerimónia que contou com a presença dos membros da Associação dos Escritores Moçambicanos
(AEMO) e de alguns políticos. A seguir, Nyusi acrescentou que vai negociar com a Ministra da Cultura e
Turismo, Eldevina Materula, para interpretar aquele poema na orquestra onde é maestrina, para depois
adquirir os direitos da obra e ceder à Fundação Marcelino dos Santos.
Terminada a introdução, Nyusi considerou que as obras Canto do amor natural e Marcelino do Santos
personalidade multifacetada e homem do povo elucidam o amor que o poeta e político nutriu pela
pátria e pelos povos, no longo caminho para a liberdade. Por isso, segundo o Presidente, os dois livros
concorrem para consciencialização dos africanos e do mundo inteiro em relação aos temas ligados à
opressão dos povos oprimidos. Os poemas de Marcelino dos Santos, disse Filipe Nyusi, serviram para
perpetuar a cultura moçambicana e conduzir o repúdio ao colonialismo.realçou que Marcelino dos
Santos foi um homem itinerante, que conviveu com os maiores revolucionários do seu tempo. De
seguida, lembrou que a cerimónia designada “Um ano celebrando Kalungano” aconteceu depois do
falecimento de um dos melhores filhos de Moçambique, ano passado. Por isso, o Governo juntou-se à
Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) para a valorização da vida e obra de quem cuja
trajectória confunde-se com a história das letras e do país. ‘A sua vida não se dissocia da nossa história
pela liberdade’, reforçou: ‘Marcelino dos Santos usou a literatura como poderoso instrumento de
resistência’.
Na percepção do Presidente, o carácter multifacetado de Marcelino dos Santos fez com que os seus
poemas contribuíssem para coesão e unidade dos povos.
Já a terminar a sua intervenção, o Presidente da República disse que no contexto actual de Moçambique
a cultura deve continuar a ser um factor de coesão, de paz e de desenvolvimento inclusivo fundamental
para diversificar a economia e reduzir as desigualdades sociais, afinal a própria cultura, em geral, e a
literatura, em particular, são importantes para identidade de qualquer povo.Na cerimónia realizada esta
sexta-feira, o relançamento de O canto do amor natural teve como apresentador Marcelo Panguana. No
seu discurso, o escritor reafirmou que a poesia foi sempre uma forma de luta, na visão de Marcelino dos
Santos. Assim sendo, o seu livro não poderia fugir às denúncias das atrocidades coloniais e à
manifestação da aspiração da liberdade.
Panguana disse ainda que O canto do amor natural deixou de ser um simples livro para se transformar
numa obra de consulta e de manutenção da memória colectiva: ‘Obra de referência histórica que
prestigia a história e a literatura moçambicana’.Para Marcelo Panguana, Canto do amor natural é um
livro que tem Moçambique como epicentro, mas a viagem de Kalungano é mais longa. Por essa razão,
Manuel Tomé admitiu ser muito pequeno para apresentar a vida e a obra de uma figura tão soberba
quanto foi o herói nacional. Seja como for, o apresentador do livro defendeu ser relevante que as
gerações vindouras conheçam a sua história para que compreendam o presente e perspectivem o
futuro.
Assim, a obra Marcelino do Santos personalidade multifacetada e homem do povo deve também ser
objecto de estudos nas escolas e nas universidades.
O livro sobre a vida e obra de Marcelino dos Santos conta com depoimentos de pessoas que com o
poeta da liberdade conviveram. De forma leve, segundo sublinhou Manuel Tomé, conta a vida de
Kalungano como se tudo o que fez tivesse sido natural, sem sacrifícios. ‘O livro serve para
compreendermos o papel de Marcelino dos Santos na libertação e na construção do país.canto do amor
natural foi reeditado sob a chancela da AEMO. Presente na cerimónia, o Secretário-Geral, Carlos
Paradona, disse que é uma honra para os escritores juntarem a sua voz para recordar o poeta
Kalungano. Os escritores prestaram tributo ao poeta não apenas como um eterno membro da AEMO,
mas também como cultor de tantos valores indispensáveis para a cidadania.
Marcelino do Santos personalidade multifacetada e homem do povo sai sob a chancela da Alcance
Editores, na cerimónia representada por Rui Rocha, para quem ‘recordar Marcelino dos Santos será
sempre importante. ‘Continuaremos a colaborar com a fundação para dignificar o seu nome’.
A cerimónia contou ainda com momento musical, protagonizado pela Banda Kakana.
Nascimento: 20 de maio de 1929, Lumbo