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PSICANÁLISE II

COMPLEXO DE ÉDIPO
Profa. Miriam Pinho
COMPLEXO DE ÉDIPO
Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais. Sob a forma
dita positiva, o complexo apresenta-se como na história de Édipo-Rei (peça teatral de Sófocles): desejo da
morte do rival que é a personagem do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. Sob
a forma negativa, apresenta-se de modo inverso: amor pelo progenitor do mesmo sexo e ódio ciumento ao
progenitor do sexo oposto. Na realidade, essas formas encontram-se em graus diversos na chamada forma
completa do complexo de Édipo.
O apogeu do Complexo de Édipo é vivido durante a fase fálica; o seu declínio marca a entrada no período
de latência. É revivido na puberdade e é superado com maior ou menor êxito num tipo especial de escolha
de objeto.
O complexo de Édipo desempenha papel fundamental na estruturação da personalidade e na orientação do
desejo humano.
Para a Psicanálise, o Complexo de Édipo é o eixo principal de referência da psicopatologia; para cada tipo
patológico (neurose, perversão, psicose), procura-se determinar as formas particulares da sua posição e da
sua solução.
As funções fundamentais do complexo de Édipo são:
a) Escolha do objeto de amor, na medida em que este, depois da puberdade, permanece marcado
pelos investimentos de objeto;
b) Identificação. A identidade sexual é construída e não necessariamente corresponde à realidade
anatômica. Há, a partir do complexo de Édipo, uma incorporação de uma identidade sexual
baseada nas figuras parentais.
c) Formação do Supereu, instância psíquica reguladora das normas e leis sociais e culturais que
vamos exprimir por: pudor, vergonha, consciência moral, etc. É a passagem da sexualidade livre à
moral (do desejo livre à cultura).

COMPLEXO DE CASTRAÇÃO
Complexo centrado na fantasia de castração, que proporciona uma resposta ao enigma que a diferença
anatômica entre os sexos (presença ou ausência de pênis) coloca para a criança. Essa diferença é atribuída
à amputação do pênis na menina.
A estrutura e os efeitos do complexo de castração são diferentes no menino e na menina. O menino teme a
castração como realização de uma ameaça paterna em resposta às suas atividades sexuais, surgindo daí
uma intensa angústia de castração. Na menina, a ausência do pênis é sentida como um dano sofrido que
ela procura negar, compensar ou reparar.
O complexo de castração está em estréia relação com o complexo de Édipo e, mais especialmente, com a
função interditória e normativa.
A análise do Pequeno Hans foi determinante na descoberta do complexo de castração por Freud.

Referencia:
- Laplanche, J. E Pontalis, J.B. Vocabulário de psicanálise. São Paulo: Martins fontes, 1994.

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