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CLINICA PSICANALÍTICA

II

CURSO: PSICOLOGIA
PROFESSORA: DIONE MATOS DE SOUZA CARDOSO
NOME DO ALUNO: SIMONE MARQUES DE SOUSA
INDICE
1) Édipo
2) Normalidade/Estruturas
3) Fadas no Divã
4) Neurose x Psicose
5) Neuroses-Obsessiva, fóbica e Histértica
6) Estrutura Limítrofe
7) A clínica do vazio

.
.

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ÉDIP
O
O Complexo do qual
nenhuma criança escapa

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O Édipo é a experiência vivida por uma
criança de cerca de quatro anos que, absorvida por
um desejo sexual incontrolável, tem de aprender a
limitar seu impulso e ajustá-lo aos limites de seu
corpo imaturo, aos limites de sua consciência
nascente, aos limites de seu medo e, finalmente,
aos limites de uma Lei tácita que lhe ordena que
pare de tomar seus pais por objetos sexuais.

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Complexo de Édipo –
Menino
× Por volta dos 3 aos 5, o órgão genital do menino (pênis)
é seu objeto mais importante e amado. Este objeto
que representa bastante poder, é denominado de “falo”.
× De acordo, com Nasio, se o menino tem receio e medo de
perder seu “falo”, isso irá ajudá-lo a entender sobre a falta,
e mais tarde compreender sobre a fantasia de angústia da castração
e como irá sair desta fase.
× Se divide em três fases:
Sexualização dos pais: fantasias de angústias de castração.

Dessexualização dos pais: fantasias de angústias de castração .

Dissolução do complexo: renúncia ao objeto de desejo (recalcamento, identificação).

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Complexo de Édipo – Men
in a
× Enquanto os meninos saem do Édipo através do complexo de
castração, as meninas entram no Édipo através dele .
× A menina aceita a castração como “fato consumado” , portanto,
não vivencia o temor da castração .
× O Édipo na menina é “mais simples” que no menino, pois ela vive
apenas a ameaça da perda do amor, e não de parte de seu corpo.
× A menina se desencanta de sua mãe, pois não a fez com pênis. Passa a
buscar um substituto para o pênis através de equações simbólicas (pênis
= bebê).
Desejo de dar um filho ao pai = ápice do complexo de Édipo feminino.

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Normalidade e estrutura
Em Esboço da Psicanálise Para Freud, as estruturas formar-se-
(1940), Freud conclui que é ão em função da maneira como o
impossível demarcar a linha que sujeito lida com a falta da mãe. A
separa a normalidade da condição posterior à frustração é
anormalidade-neuroses e que vai determinar a estrutura.
psicoses, Bergeret (1981), propõe que se
denominem as estruturas autênticas,
Bergeret (1996), faz uma
tentativa de definir o normal em sólidas, fixas e definitivas .
relação à flexibilidade que o Uma vez definida a personalidade
dentro de uma das estruturas, ela
sujeito possui em atender suas
nunca mudará, podendo apenas
necessidades pulsionais e de
variar o grau de intensidade dos
seus processos primários e
secundários tanto no plano sintomas específicos de cada uma.
pessoal quanto social.

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FADAS NO DIVÃ: O Patin
ho Feio e
dumbo
Ambas as histórias, Patinho Feio e O patinho Feio foi rejeitado
Dumbo, giram em torno do inclusive pela mãe, que não o aceitou
desamparo e dos sentimentos de e o amou do jeito que veio ao
rejeição, seja pela própria família, mundo. Já Dumbo, foi amado por
seja pelos outros que não aceitam a sua mãe que entendia a importância
diferença. A mãe, durante a de aceitar o filho do jeito que viesse.
gestação, imagina seu filho perfeito. Ambos os personagens
Ao conhecê-lo após o nascimento, desconheciam suas qualidades,
pode ocorrer o desencontro, o ambos se descobriram superiores aos
desapontamento e teremos possíveis outros, mas só depois de muito
problemas nos vínculos. sofrimento.

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FADAS NO DIVÃ: O Pati
nho Feio e
dumbo
Ambos tiveram que se virarem sozinhos
para dar a volta por cima, A diferença é
que, o Patinho Feio sabia que não era
amado, que não podia contar com
ninguém, a mão o rejeitou e ele teve que
batalhar sozinho, solitário. Já Dumbo,
mesmo sozinho, sabia que não era por
escolha da mãe, ele sabia que a mãe o
amava do jeito que ele era, e isso o
impulsionava ainda a mais ao seu
autoconhecimento e a superação da dor
da separação.

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ESTRUTURAS PSICÓTICAS E NEURÓTICAS

O Neurótico nunca nega a realidade. “Perda do contato com a realidade”.

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Neuroses-Obsessiva, fóbica
e Histérica
OBSESSIVA: O pensamento ou desejo
que foi recalcado permanece no inconsciente,
mas a emoção atrelada a ele escapa para o
consciente, essa emoção será atrelada a outras
ideias, que se tornam obsessivas.
Será preciso repetir exaustivamente essas
ideias na tentativa vã de satisfazer o desejo
original recalcado, por isso, na neurose
obsessiva, é comum que o neurótico tenha
apego a certos rituais que ele não consegue
deixar de manter.

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Neuroses-Obsessiva, fóbica
e Histérica
FÓBICA: A neurose fóbica pode ser caracterizada pela
sistematização da angústia original (em Freud, seria a
angústia de castração), deslocada sobre pessoas, coisas,
situações e atos que se constituem como “objetos
fobígenos” e, assim, se convertem em uma situação de
terror paralisante .
Na fobia, o neurótico se sente muito embaraçado, porque
racionalmente, ele tem noção que esses objetos ou
situações não representam ameaça, mas não conseguem
controlar suas reações de medo.

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Neuroses-Obsessiva, fóbica
e Histérica
HISTÉRICA: Inicialmente, acreditava-se que
apenas as mulheres poderiam ser histéricas,
visto que ela era relacionada a uma doença do
útero, contudo, Freud e Charcot perceberam
que o sintoma da neurose apareciam tanto em
homens como em mulheres.
Na neurose histérica, um sentimento ou desejo
permanece reprimido no inconsciente, mas,
mesmo não sendo mais lembrado ele provoca
sintomas físicos como: dores corporais,
paralisias, cegueira, surdez, ou seja, os
sintomas convergem para o corpo.

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ESTRUTUTA LIMÍTROFE
Os estados limítrofes não são estrutura, pois,
diferentemente da neurose e da psicose, o tronco
comum não se estruturou, apenas vive em uma
situação ordenada, não fixada.
Situam-se, ao mesmo tempo, entre a estrutura
neurótica e a estrutura psicótica.
Uma pessoa que sofre com um transtorno que
sempre a deixa no limite das emoções, sempre
correndo o risco de lidar com o que está sentindo
de maneira trágica e prejudicial a si mesma. É um
indivíduo com uma disfunção de lidar com as
próprias emoções e controlar o comportamento.

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A Clínica do vazio
Zimerman é categórico quanto à maior inclinação por parte da tradicional psicanálise das
"neuroses" em direção, também, às situações clínicas relativas aos momentos pré-edípicos,
aos instantes iniciais da vida do bebê. Dentre as situações clínicas, é o que chama de
"transtorno autístico", no qual a criança parece "desligada do mundo". Trata-se de uma
criança que não olha "para" a pessoa e sim "através" dela.
Essas crianças sofrem de um "vazio" cuja origem é anterior ao conflito de pulsões e
defesas (mecanismo típico das neuroses), ou seja, não chegaram a neurotizar, ficaram em
uma etapa anterior, numa ausência quase absoluta de emoções.
Tais estados autísticos não são exclusivos de crianças, pois são encontrados em estados
neuróticos de adultos com psicopatologia regressiva (borderline, psicoses, perversões,
drogadições etc.), sendo que um fator comum é a separação traumática do corpo da mãe. É
esta separação traumática que leva às primitivas faltas e falhas da maternagem.

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REFERÊNCIAS

Bergeret, J. (1998 ). A personalidade normal e patológica (3 ed .). Porto Alegre: Artmed


McWilliams, N. (2014). Diagnóstico psicanalítico: entendendo a estrutura da personalidade no processo clínico. Porto Alegre: Artmed.
Dalgalarrondo, P. (2019). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais (3 ed.). Porto Alegre: Artmed.
Zimerman, David E. Manual de técnica psicanalítica [recurso eletrônico] : uma revisão / David E. Zimerman. – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre : Artmed, 2008.Acesso em 14/09/2023.
Diana Lichtenstein Corso e Mario Corso, Fadas no Divã- Psicanálise nas Histórias Infantis. Porto Alegre: Artmed, 2006.
J.D. Nasio . Édipo: O complexo do qual nenhuma criança escapa. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

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