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Volume 2
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contato
Química
~
L
o
Ensino Médio
Componente '-
curricular
"'"'a,
lot-
Química o
L
e..
o
e
ra
:::J
Licenciado em Química pela Faculdade de Pesarini da Veiga ro
Filosofia, Ciências e Letras de Arapongas
Bacharel e Licenciada em Química pela ~
(FAFICLA-PR). Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Atuou como professor da rede particular no
Mestre em Ciências pela Universidade Federal do
Ensino Médio no estado do Paraná. Realiza Rio de Janeiro (UFRJ - RJ).
palestras e assessorias para professores em Doutora em Ciências pela Universidade Federal do
escolas particula res e públicas.
Rio de Janeiro (UFRJ-RJ).
Autor de materiais didáticos para o Ensino
Fundamental. Atuou como professora da rede pública no Ensino
Médio nos estados do Paraná e Rio de Janeiro.
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C uinteto
Copjright O Julio Alves Marques, Priscila Fial,o Pesanni da Veiga, 2016
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(amo a massa do
Ultramiaosc6plo: soluto é menor que a
lnsttumento ópt ico que massa da solução,
usa fenômenos de
espalhamento de luz a então O < T < 1. O
fim de obser var corpos título da solução é
de dimensões adimensional.
minúsculas. nao vistos
em micro sc6pio".5 c:omun'5.
Por causa da ílumlnaç::lo.
05 corpos obs@r vcidos
~ão vis t os como ponto!i
brilhant es sobre um
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~ már"o
Estudo dos
gases ideais ...... 10
Capítulo 1
JGases .............................................. 12
Teoria cinét ica
dos gases ..................................... 13
Gases ideais
e gases reais ......... .
Transformações
gasosas ... ... ............. ................
Transformação isotérmica.......................... 16
Transformação isobárica . . ... ..• .. . ... . . 18
Transformação isocórica ............................ 19
Atividades . ... 22
Equação geral dos
gases perfeitos ..... ....... ......... . .............. 23
Equação de estado dos gases.. ..... .. 23
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Capítulo 3 Atividades .................................................... 8 0
, Aspectos quantitativos Oficina de Química.. ............................... 82
das soluções ............ ................................ 57 • Titulação ácido-base
Concentração de soluções .... ···········- 58 Aqui tem Quím ica . .. 84
Concentração em massa (C)...................... 59 • Diabetes e concentração
Porcentagem em massa de glicose no sangue
de soluto (%mim).... . ......................... 60
Título em massa (r) ...... 61 Capítulo 4
Concentração em partes por milhão
(ppm) e em partes por bilhão (ppb) ........ 61 , Propriedades coligativas .. ......... 86
Concentração em quantidade Es tudando as propriedades
de matéria (1-0 ...... . 62 coligat ivas ........................................................ 87
Concentração em mal/kg (W).................. 63 Pressão de vapor. .................................... 89
Concentração de íons em mol/L.. .......... 64 Diagrama de fases de uma
substância ........ ...................... .................. . 93
Atividades............. ,........ 66
Atividades ...................................................... 94
Fração em quantidade de matéria ....... 67 Tonoscopia ................................................ 96
Relações entre algumas das Ebulioscopia ... . ......................................... 97
concentrações de soluções ....................... 68
Crioscopia .... .......... . 98
Outras relações envolvendo
Osmose e pressão osmótica ............... 100
concentrações de soluções e
densidade de solução.................................. 68 Atividades ................................................... 105
Dilu ição e concentraçã o Oficina de Química .............................. 106
de soluções . .. ... .. ... .. . ... . . . 69
• O ovo incha?
Mistura de soluções ................................. 71
Mistura de soluções , Atividades complementares ....... 108
que não reagem entre si .............................. 71
Mistura de soluções , Explorando o tema ........ .............. .... 110
que reagem entre si ................................ 74 • Dessalinização da água
Titulação ..................................... , 76
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Células de combustível .. 139 Atividades ..................................................... 148
Eletrólise .......................................................140 Oficina de Química 150
Eletrólise ígnea ............................................ 140 • Pilha cítrica
Eletrólise em solução aquosa....... .. ..... 142
Eletrólise com eletrodos ativos:
Aqui tem Química ......152
galvanoplastia ou eletrodeposição • MetaLização do plástico
metálica.......................................................... 144
Aspectos quantitativos de • Atividades complementares .... 154
e letroquímica ...... .. 146
• Explorando o tema .................................. 156
• Os perigos do Lixo eletrônico
Termoquímica
e cinética química............... 158
Capítulo 6
, A quantidade de calorias dos
alimentos ........................................................ 160
O poder calórico dos alimentos ............. 161
Termoquímica ........... .. ............................. 164
Processos endotérmico e
exotérmico................... ............ .......... .. ..... 164
Entalpia padrão Hº e
estado padrão .................... , ............. 167
Energia de ligação ...................................... 171
Lei de Hess .......... .................... ............... 173
Atividades ..... 175
Aqui tem Química . 177
• Alimentos: a principal fonte de energia
Capítulo 7
, Estudo da rapidez
das reações químicas ................... 179
Taxa de desenvolvimento
de reações q uímica s ................................... 180
Rapidez de reação química ....................... 180
Condições para a ocorrência
de reações ..... ........ .............................. 183
Fatores que influenciam a
rapidez de reação ........................................ 186
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r Atividades.................. ............................... 188
Lei de ação das massas ............................. 189
Equilíbrio iônico da água ...... .. ........... 231 Aqui tem Quím ica .... .. ................... ___ 258
Equilíbrio iônico da água em • Cálculos rena is
soluções ácidas, básicas e neutras ....... 232
pHe pOH........................................ 233 , Atividades compl ementares........ 260
Atividades. ..... ....... ........................... 237 , Explorando o tema... ...................... 264
Aqui tem Química ............................... 240 • Corais
• Acidez estomacal
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Em geral, considera-se que a polui-
ção seja uma alteração no ambiente
causada pelo ser humano por meio da
emissão de substâncias tóxicas no ar, na
água e no solo, as quais podem afetar de
forma negativa os seres vivos e o ambiente
em que vivem. Podemos citar como exem-
plos a diminuição na concentração de gás
oxigênio utilizado na respiração, a morte de
seres vivos que fazem parte da cadeia ali-
mentar, entre outros prejuízos.
Por outro lado, considera-se contaminado o
ambiente que apresenta seres patogênicos
ou substâncias cuja concentração seja noci-
va ao ser humano e a outros animais.
Dessa forma, tanto as partículas em suspen-
são no ar quanto os gases tóxicos acabam ge-
rando consequências diretas sobre o nosso
bem-estar, classificando tais condições como
poluição. Contudo, parte considerável dos cien-
tistas acreditam que o aumento da quantidade
de dióxido de carbono na atmosfera não pode
ser considerado contaminação, pois esse gás
não é potencialmente tóxico ao ser humano.
@ Em sua opinião, a que se deve grande
parte da poluição do ar nas grandes
cidades, como a apresentada na foto-
grafia?
@ O que poderia ser feito para minimizar o
impacto apontado na resposta anterior?
© Em geral, que materiais compõem a
poluição?
@ A poluição e a contaminação do ar podem
causar diversos danos à saúde humana
e, inclusive, causar mortes, como visto na
legenda da fotografia da página 1O. Que
consequências no organismo humano
podem ocorrer pela presença de gases
que poluem e contaminam o ar?
Veía as respostas destas questões nas
Orientações para o professor.
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o A. Com aproximadamente 0,9% em volume do ar, o gás argônio (Ar) é o gás
3 nobre presente em maior quantidade no ar atmosférico.
-~
e. B. Em termos gerais, o ar é incolor, insípido e inodoro, tem massa, exerce
rn pressão sobre os corpos, ocupa lugar no espaço, apresenta volume variável
u
(alta compressibilidade e expansibilidade) etc.
Entre os séculos XVII e XVIII o ser humano já conhecia diversas técnicas de manipu-
lação de materiais, mas pouco sabia ainda de sua composição ou natureza. A natureza
do ar estava sendo estudada a partir da química pneumática e, em 1776, o cientista
inglês Henry Cavendish (1731 -1810) notou que o gás hidrogênio era menos denso que o
ar atmosférico. A partir dessa constatação, foram criados os balões de hidrogênio e,
mais tarde, os balões de ar quente e os aviões. Isso foi possível graças aos conheci-
mentos científicos desenvolvidos no decorrer dos tempos.
Atualmente, estudos revelam que o ar atmosférico seco é resultado de uma mistura
de gases, vapor de água, poeira e microrganismos. Em média, apresenta em sua
composição 78% em volume de gás nitrogênio (N2 ), 21% em volume de gás oxigênio
(02 ) e 1% em volume de outros gases, entre eles, os gases argônio (A r) e dióxido de
carbono (co 2 ).
Gravura de
Henry Cavendish. @ Dos gases citados, qual deles você classificaria como gás nobre?
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Teoria cinética dos gases
•
Na página anterior, vimos a composição, em porcenta-
gem, de alguns gases presentes no ar atmosférico. Além de
gases, o ar que respiramos apresenta vapor de água, poeira
e microrganismos.
Em termos gerais, o ar é incolor, insípido e inodoro, tem
massa, exerce pressão sobre os corpos, ocupa lugar no es-
paço, apresenta volume variável, entre outras características.
A uma dada pressão, um determinado material pode se
apresentar nos estados físicos sólido, líquido e gasoso. Nas
imagens ao lado, são representados os três principais esta- sólido Líquido gasoso
dos físicos da matéria.
Vamos considerar três recipientes com água nos diferentes
estados físicos: um recipiente com metade de sua capacidade
com gelo, outro com metade de sua capacidade com água no
estado líquido e um recipiente com água no estado gasoso.
Em relação aos estados sólido e líquido, as molécu las (ou átomos) dos gases apre-
sentam maior movimentação (maior energia cinética). A distância entre suas partículas
As partículas ilustradas são
e a energia cinética (média) explicam sua compressibilidade e expansibilidade. Dessa representações de modelos.
As cores são ilustrativas e as
forma, os gases ocupam totalmente o volume (a capacidade) do recipiente em que proporções não correspondem
às reais.
estão confinados.
1. No recipiente com
2 O que acontece com o ar presente em um balão de fest a quando o estouramos? água no estado gasoso.
Quando estouramos um balào de festa, o ar presente em seu interior se espalha P.ara o ambiente. Entre outros fatores,
No esquema a seguir, é representado um sistema com dois balões interligados por isso ocorre devido ao
, , afastamento entre suas
uma valvula, cada um deles contem gases diferentes. Para representar essa diferença, partículas constituintes.
as esferas estão com cores diferentes. Assim, a uma mesma
pressào, o afastamento
Após a abertura da válvula, ocorre uma difusão gasosa. das partículas no estado
gasoso é maior que no
estado líquido.
válvula fechada válvula aberta
difusão gasosa
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As partículas dos gases estão em contínuo movimento aleatório, apresentando
vibração, rotação e translação. Assim, possuem energia cinética. O cálculo físico da
energia cinética Ec pode ser dado por:
m·v 2
Ec=---
2
em que m representa a massa da partícula e v. sua velocidade.
No sistema internacional, a energia cinética é medida em Joules (J), no qual a mas-
sa é representada em quilogramas (kg) e a velocidade, em metros por segundo (m/s).
Ao aumentar a temperatura de um sistema gasoso, maior será a velocidade das
Os gases estão em
partículas gasosas que o constituem, e maior será a energia cinética. Assim , num re-
contínuo movimento cipiente de volume variável, ele tenderá a se expandir, ocupando maior volume.
aleatório (caótico) e
ocupam todo o volume
do recipien te.
Os esquemas são
representações e as esferas
com os vetores representam a _,,.
movimentação dos gases no o o o- Esquema que represent a
recipiente. As cores utilizadas
• /o
o aumento de velocidade
não correspondem às reais.
·/ das partículas gasosas ao
o '? aumenta r a temperatura
o o o o o
do sistema gasoso.
As partículas gasosas, dotadas de alta energia cinética, colidem umas com as ou-
tras e também com as paredes do recipiente que as contêm. Dessa forma, forças são
aplicadas sobre as paredes (superfície), gerando, assim, a pressão gasosa.
Estudos físicos sobre a teoria das colisões consideram que os choques das partí-
culas dos gases (ideais) são perfeitamente elásticos, não havendo, assim, variação da
energia cinética do sistema. A abord?gem sobre gase~ !deais :ie.rá feita
Temperatura absoluta:
com mais detalhe nos prox1mos top1cos.
temperatura que não Quanto maior a temperatura de um sistema, maior a velocidade das partículas que
depende de medida nem
o constituem e maior a energia cinética delas. Portanto, considera-se que a energia
da substância ou da
propriedade utilizada cinética média de um gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta (tempe-
para medi- l a. De forma
geral, a escala de medida
ratura termodinâmica), e não depende das massas moleculares. Assim, de acordo
com a cinemática dos gases temos:
=+
utilizada é a Kelvin.
Ec RT
em que:
R é a constante dos gases ideais;
T é a temperatura (em kelvin).
Sendo a temperatura proporcional à energia cinética {média) das partículas gasosas,
considera-se que, a uma dada temperatura, diferentes gases apresentam energia ciné-
tica média igual. No entanto, não se deve confundir energia cinética média igual e ve-
locidade igual. Há partículas de gases que apresentam maior massa que outras, e
consequentemente, a uma mesma temperatura, suas velocidades serão menores. Con-
sidere, por exemplo, o gás carbônico e o hidrogênio a uma mesma temperatura. Assim :
Temperatura: C0 2 = H2
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Por meio das informações apresentadas no quadro, podemos
conc luir que a massa molar do gás carbônico é maior que a do gás
•
hidrogênio e, com isso, sua velocidade de difusão ou efusão é me-
nor. De forma geral, quanto menor a massa molar de um gás, mais
fácil é para ele realizar a difusão ou a efusão.
Por exemplo, se tivermos dois recipientes fechados, em mesma
temperatura, dos quais um contenha gás carbônico e o outro, gás
hidrogênio, e ambos forem abertos ao mesmo tempo, a difusão do
gás hidrogênio ocorrerá mais rapidamente.
Tanto a distância entre as partículas quanto o movimento aleatório
contínuo, a expansibilidade e compressibilidade, a temperatura, a ener-
gia cinética e a pressão gasosa são grandezas físicas importantes para
a construção do modelo explicativo do comportamento dos gases.
Recipiente co ntendo
Gases ideais e gases reais gás hidrogênio.
5 Como um gás real submetido à alta temperatura pode exercer baixa pressão?
A denominação gás real pode ser utilizada para qualquer gás que esteja presente
em nosso cotidiano (sistema prático). Em determinadas condições, um gás real pode 5. As partículas
gasosas submetidas a
sofrer transformações isotérmicas, isocóricas, isobáricas e adiabáticas. altas temperaturas
apresentam alto grau
Para fins de estudo (sistema teórico) o modelo do comportamento de um gás ideal de agitação. Assim ,
o descreve como um gás de alta temperatu ra (tT) e baixa pressão (tP), em que as para haver baixa
pressão, é necessário
partículas (átomos ou moléculas) estão espaçadas e com alta velocidade média, pos- que a quantidade de
partículas do gás
sibilitando a interação elástica entre elas e impedindo a perda de energia cinética. presentes no sistema
seja pequena.
De forma geral, um gás ideal apresenta características particulares. Veja algumas delas:
• É composto por partículas de tamanho desprezível.
• Possui força de interação nula, pois as partículas estão bem afastadas.
• Nele ocorre interação apenas nas colisões, que são perfeitamente elásticas.
• Após as colisões entre as partículas, não há perda de energia na forma de calor.
Para que um gás real se torne próximo de um gás ideal, sua pressão deve ser redu-
zida e sua temperatura aumentada. Quando um gás real rarefeito (apresenta pequena
quantidade de partículas gasosas) é submetido à alta temperatura e baixa pressão, seu
comportamento se aproxima do modelo de comportamento de um gás ideal.
Os gases reais
Transformações gasosas consideram os
valores das pressões
Como já vimos, os gases são altamente compressíveis e expansíveis, assim, ocupam dos gases devido ao
toda a capacidade do recipiente (volume total). Ao estudar um sistema gasoso, em geral, efeito das forças
medimos a temperatura, a pressão, o volume e a quantidade de matéria (número de mol). intermoleculares, e
também o volume do
A temperatura, a pressão e o volume definem o estado de um gás. Se houver va- gás devido ao efeito
riação de qualquer uma dessas três grandezas, considera-se que houve transformação dos volumes
de estado do gás. Essas transformações são estudadas em recipientes fechados e, moleculares. A
nesses casos, o número de partículas gasosas se mantém constante. É bastante co- equação de van der
Waals considera
mum, durante o estudo das transformações gasosas, os pesquisadores manterem esses efeitos para
constante uma das grandezas que definem o estado do gás e observarem as varia- cálculo através de
ções das demais. constantes que
devem ser
O estudo aprofundado do comportamento dos gases possibilitou o estabelecimento de determinadas
algumas leis dos gases. Assim, as transformações gasosas envolvendo mudanças de experimentalmente
estado do gás podem ser isotérmicas, isobáricas ou isocóricas. para cada gás .
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A IUPAC adota o kelvín K Transformacão
, isotérm ica
como unidade de
temperatura
Do grego iso = iguale thermo = calor, a palavra isotérmica indica que a temperatu-
termodinâmica, ra é constante. Nas transformações isotérmicas, a temperatura do gás é mantida cons-
também denominada tante e a pressão e o volume são variáveis.
temperatura absoluta.
Essa também é a 6 O que deve ocorrer com a pressão de um sistema gasoso, o u seja, um recipiente
unidade adotada pelo vedado cheio de ar, mantido a uma temperatura constante, ao ter seu volume
diminuído? A pressào deve aumentar. Pressào e volume
Sistema Internacional sào grandezas inversamente proporcionais.
de Unidades (SI). Por exemplo, se pegarmos uma seringa, tirarmos a sua agulha, afastarmos o êmbo-
lo até o zero, vedarmos a saída de ar e aplicarmos diferentes forças sobre o êmbolo,
produziremos diferentes pressões. Esquematicamente, é possível representar essa si-
tuação da seguinte maneira:
A uma temperatura constante, com a saída de ar devidamente vedada (quantidade
de partículas constante). comprova-se que, quanto mais se aperta o êmbolo (maior
pressão externa), maior é a pressão e menor é o volume ocupado pelas partículas do
gás dentro da seringa.
8V situação 1
4V situação 2
2V situaçào 3
V situação 4
p 8V
4V
2 2 p 4V
2V
3 4 p 2V V
o
Ao Lançar num gráfico 4 8P V
os dados da pressão P Fonte: grâfico desenvolvido pelos autores.
do volume V em cada
uma das quatro
Nas quatro situações do experimento, o produto entre os valores da pressão e do
situações, obtém-se volume é constante. Assim:
uma curva (uma • situação 1: P · 8 V= 8 P · V • situação 3: 4 P · 2 V= 8 P · V
hipérbole)
denominada isoterma, • situação 2: 2 P · 4 V= 8 P · V • situação 4: 8 P · V ;;;;: 8 P · V
pois trata -se de uma Observa-se que quando uma das grandezas aumenta a outra diminui proporcionalmen-
transformação te, assim, comportam-se como grandezas inversamente proporcionais. De acordo com a
isotérmica.
Matemática, quando duas grandezas variam de forma inversamente proporcional, o pro-
Os valores relatívos
duto entre elas é uma constante.
aos produtos (P · V) de
cada situação são Dessa forma, o produto (P · V) corresponde a uma constante de proporcionalidade k
iguais entre si. que, nas quatro situações apresentadas, é igual a (8 P · V). Logo, (P · V);;;;: k.
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O estudo das transformações isotérmicas foi iniciado pelo químico inglês Robert Boyle
(1627-1691 ), que, em 1662, ao fazer experimentos com sistemas gasosos fechados à tempe-
ratura constante, estabeleceu a relação entre pressão e volume. Alguns anos mais tarde,
em 1676, o físico francês Edme Mariotte (1620-1684) refez os experimentos de Boyle e os
divulgou, o que rendeu créditos aos dois. Esses estudos possibilitaram elaborar a lei das
transformações isotérmicas, também conhecida como lei de Boyle-Mariotte.
Veja o que diz um enunciado dessa lei.
/ Atividade resolvida \
R1 Considere que, na temperatura de 300 K, uma bolha de ar de vo lume igual a 4 cm3 foi
2
formada no fundo do mar, em uma profundidade onde a pressão é igual a 5 · 10 kPa.
Se a temperatura permanecer constante, qual será o volume final dessa bolha ao
2
atingir a superfíc ie do mar, local em q ue a pressão é 1 · 10 kPa?
Res.oluç.ão
P 1 é a pressão no fundo do mar; P 2 é a pressão quando a bolha atingir a superfíc ie;
V 1 é o volume inic ial da bolha; V 2 é o volume final, quando a bolha at ingir a
superfíc ie.
Para a resol ução desta atividade, faremos a mudança de unidade de kPa para Pa.
5 3 5
P, = 5 · 1O Pa; V 1 = 4 cm ; P 2 = 1 · 1O Pa; V2 = ?
5 5
P 1 - V 1 =P2 - V2 : .5 - 10 · 4=1 - 10 -V 2
20 · 105
V2 = - - -5- :. V2 = 20cm3
1 · 10
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Transformacão
, isobárica
Do grego iso = igual e baros = pressão, a transformação isobárica significa que a
pressão se mantém constante. Nas transformações isobáricas, a pressão do gás é
mantida constante e a temperatura (termodinâmica) e o volume são variáveis. Em geral,
sistemas abertos estão sujeitos à pressão atmosférica local.
Considere um balão elástico e vazio, fixado na boca de uma garrafa PET. Primeira-
mente, essa garrafa será parcialmente imersa em água quente. Depois, deverá ser
retirada da água quente e colocada parcialmente imersa em água fria com gelo.
Garrafa PET
com balão preso
- - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - - - - ~ à sua boca.
1 Sob a supervisão de
um adulto, você pode 8 O que você acha que acontecerá com o balão quando a garrafa for parcialmente
desenvolver esse imersa em água aquecida? Nesse caso, o balão inflará.
experimento e notar
os resultados obtidos. 9 E quando a garrafa for parcialmente imersa em água fria co m gelo?
Nesse caso, o balão murchará.
Para isso, providencie Os dados relativos às duas situações do experimento apresentado acima podem
os materiais
ser representados em um quadro e também em um gráfico. Veja a seguir.
necessár ios.
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Observa-se que, quando uma das grandezas aumenta, a outra também aumenta
proporcionalmente, assim, elas comportam-se como grandezas diretamente propor-
cionais. Na Matemática, quando duas grandezas variam de forma diretamente pro-
porcional, o quociente entre elas é uma constante.
Dessa forma, o quociente ( ~ ) corresponde a uma constante de proporciona-
lidade (k) que, nas situações apresentadas, é igual a k. Logo, ~ = k.
Experimentalmente, essa constatação foi determinada pelo físico francês César
Charles (1746-1823) e pelo químico francês Joseph Louis Gay-Lussac (1778-1850), e
ficou conhecida como primeira lei de Charles e Gay-Lussac. O seu enunciado diz o
seguinte:
Gravura de César Cha rles.
Em um sistema submetido à pressão constante, o volume do gás é diretamente
proporcional à temperatura termodinâmica à qual está submetido.
~=k.
T
Se aplicarmos essa relação entre duas situações inicial e final , teremos:
v1 v2
-=r,- - T2 '
Resolução
V 1 é o volume inic ial do gás :
T1 é a temperatura inic ial do sistema;
T2 é a temperatura final , após o aquecimento;
V 2 é o volume final do gás, após o aquecimento.
Para resolver a situação, precisamos converter a escala Celsius para a kelvin.
K =C + 273. Assim,
25 ºC corr esponde a K = 25 + 273 : . K = 298 K 621 ºC c:orresponde a K = 621 + 273 :. K = 894 K
Transformacão
, isocórica
Do grego iso = iguaJ e khora = lugar, volume, a transformação isocórica ou isovolumétrica,
ou isométrica, indica que o volume se mantém constante. Nas transformações isocóricas, jAIUPAC adota o
o volume do gás é mantido constante e a temperatura (termodinâmica) e a pressão metro cúb ico ( m 3 )
são variáveis. como unidade de
vo lume.
Nessa transformação, o sistema é fechado, permitindo troca de energia, mas não
de matéria, entre o meio e o sistema.
1m3 :;;;:1 000dm 3 =
3
:;;;: 1 . ,o L
10 Por que nas latas de aerossóis há a indicação para não serem colocadas em in - 1L = 1 000 ml =
cineradores cujas temperaturas sejam próxim as a 700 ºC? Porque, ao aumentar a = 1 . 103 cm3
temperatura, o volume da lata praticamente nào varia, assim , a pressão interna aumenta e, num dado momento, ela explodirá.
Estudo dos gases ideais 19
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Considere um cil indro de volume fixo, hermeticamente fechado, no qual está aco-
plado um manômetro (um tipo de medidor de pressão) e um termômetro.
As particulas ilustradas são
representações d e modelos.
As cores são ilustrativas e as
Inicialmente, são medidas a temperatura absoluta T 1 e a pressão P 1 e, a segu ir,
proporções não correspondem
às reais.
esse sistema é submetido ao aquecimento. Ao final, são novamente medidas atempe-
ratura e a pressão, conforme mostram as ilustrações abaixo.
aquecimento
Inicial
P,
<
..,~
Final P, §
~
.!:!
i{i
20
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Assim, para uma transformação isocórica, tem-se que:
--=r-
p - k
.
Se aplicarmos essa relação entre duas situações inicial e final, teremos:
P1
-- =--
P2
/ Atividade resolvida\
R3. (Unicamp- SP) Uma garrafa de 1,5 litro, indeformável e seca, foi fechada por uma tam-
pa plástica. A pressão ambiente era de 1 atmosfera e a temperatura de 27 ºC. Em
seguida, essa garrafa foi colocada ao Sol e, após certo tempo, a t emperatura em seu
interior subiu para 57 ºC e a tampa foi arremessada pelo efeito da pressão interna.
a) Qual era a pressão no interior da garrafa no instante imediatamente anterior à ex-
pulsão da tampa plástica?
Resolução:
a) P 1 é a pressão externa (ambiente); T 2 é a temperatura após o aquecimento ao Sol;
T 1 é a temperatura inicial (ambiente); P 2 é a pressão final após o aquecimento ao Sol.
Para resolver a situação, precisamos converter a escala Celsius para a kelvin.
P, p2 1 p2
- -= - - => - - = - -
T, T2 300 330
330
P2 = 300 =1 ,1 :. P2 =1 ,1atm
b) Após a saída da tampa, as pressões interna e ext erna se igualam. Assim, como a
pressão ambiente é igual a 1 atm, a pressão final no interior da garrafa passará a
ser igual a 1 atm.
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Atividades ~~ Resolva as atividadas no caderno.
1. O ar atmosférico é uma substância ou uma mis- 1) Ele pegou um tubo de vidro, com as duas
tura? Justifique sua resposta explicando qual é extremidades abertas, devidamente limpo e
a composição do ar atmosférico. seco (com comprimento aproximado de 60
cm) e fixou -o horizontalmente em um supor-
Z. Os gases são formados por substâncias molecu- te universal (veja a ilustração).
lares ou atômicas que sofrem grandes variações
li) Simultaneamente, colocou em uma de suas
de volume ao serem submetidos a diferentes
extremidades um chumaço de algodão ume-
pressões, e tendem a ocupar toda a capacidade
decido com cloreto de hidrogênio ( Hce(g))
do espaço em que estão.
e, na outra extremidade, um chumaço de
a) Cite o nome das duas propriedades caracte - algodão com gás amônia (N H 3 (g)) e vedou
rísticas dos gases que justificam os fatos as extremidades do tubo com rolhas.
relatados no enunciado.
Ili) Após determinado tempo, notou a formação
b) O estado do gás é caracterizado pelos valores de um anel branco no tubo de vidro.
relativos de três grandezas. Esse conjunto de
Com base no experimento, responda às ques-
grandezas é denominado variáveis de estado
tões:
do gás. Quais são essas grandezas? Cite as
a) Qual deve ser a substância formada no anel
suas unidades no SI.
branco descrito no texto? Justifique sua res-
posta. Sugestão: monte a equação química
da reação ocorrida.
Pesquise sobre o func ionamento dos motores b) O que ocorre com as moléculas dessas subs-
dos automóveis, como o motor de combustão tâncias no interior do tubo de vidro?
de quatro tempos (motor 4T). Explique a relação
e) Por que o anel branco tende a se formar na
entre propriedades de compressibilidade e ex-
região mais próxima da molécula do chuma-
pansibilidade dos gases e o funcionamento do
ço com cloreto de hidrogênio?
motor de combustão.
5. A ilustração a seguir apresenta dois gráficos que
expressam o comportamento de uma massa fixa
de um gás ideal ao sofrer transformações gasosas.
Um professor, devidamente equipado com ócu-
los de proteção, luvas, jaleco de mangas com- (D
pridas e sapatos fechados, realizou o seguinte
experimento em uma capela do laboratório de
Química:
10 20 30
HCf(g)
@
rolha formação de
anel branco
22
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Equação geral dos gases perfeitos
•
Em inúmeras transformações gasosas, há variação simultânea de temperatura,
pressão e volume. Assim, tem-se uma transformação genérica e, nesse caso, para fins
de cálculos, utilizamos a equação geral dos gases perfeitos.
As leis de transformações gasosas isotérmicas, isobáricas e isocóricas mostram
que, para uma massa fixa de gás:
• as grandezas pressão e volume são inversamente proporcionais, logo, P · V = k ;
• as grandezas volume e temperatura absoluta são diretamente proporcionais,
logo , :!_=
T k·,
P 1 · V,
T1 T2
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/ Atividade resolvida \
R4. À qual temperatura deve ser aquecido um balão de vidro aberto de maneira que ! do
gás nele contido, a 27 ºC, seja expulso?
Resolucão
T1 = 300 K; n 1 = n; n 2 -- _1 •
4 n, T 2 = ?
Como o balão de vidro está aberto, a pressão do sistema é a pressão atmosférica
local P e o volume é (praticamente) o mesmo do balão V . Assim, considera-se que
houve uma variação do número de mal contido no balão ao se variar a temperatura.
Dessa forma , devemos comparar as duas situações: antes do aquecimento 1 e depois
do aquecimento 2.
aquecimento
T2 = 7
T1 = 300K 1
n1 =n n2 = 4n
P, = p p2 = p
V1 = V V2 =
V
Situação 1: P 1 · V 1 = n , · R · T 1 Situação 2: P 2 · V 2 = n 2 · R · T 2
_, _,
Observe que P e V são constantes e o valor de Ré fixo e igual a O, 082 atm · L . mo 1 . K .
Logo: n 1 . T 1 = n 2 · T 2•
Substitu indo-se os valores na relação obtida, tem-se:
n 1 -T 1 = n 2 -T 2
J(-300 = 41 l)·<T2 =? 300 = 41 ' T2 =? T2 = 4- 300 = 1200 :. T2 = 1 200K ou T2 = 927 ºC
Misturas gasosas
As misturas de gases são monofásicas e o ar que
respiramos é um exemplo disso. Formado apenas
por gases, o ar seco e filtrado é um sistema homo-
gêneo e, em geral, apresenta a seguinte composição
. .
média:
O gás oxigênio (Oz(g)) é
fundamental par a
alguns processos %em mol na
Composição do ar
mistura gasosa (ar)
vitais, ent re eles a
respiração da maioria Gás nitrogênio (N2 ) 78
dos seres v ivos. Por
meio da fotossíntese, Gás oxigênio ( 0 2) 21
as plantas e algas
liberam gás oxigênio, Gás argônio (Ar)
possibilitando sua
renovação.
Nossa respiração
O gás nitrogênio (Ni(g))
é fundamenta l para a Geralmente, a cada 24 horas, mais de 10 mil litros de ar
vida na Terra, pois faz entram e saem de nossos pulmões. Nesse período, os pul-
parte da composição mões absorvem entre 450 e 500 L de gás oxigênio e expelem
das proteínas e de 400 a 450 L de gás carbônico.
moléculas pr esentes
Pessoa resp ira ndo.
em organismos vivos.
24
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Pressão parcial (Lei de Dalton)
•
Se consid erarmos que, ao nível do mar, a pressão atmosférica é igual a 1 atm, po-
demos estimar que, ao nível do mar:
• a pressão parcial do gás nitrogênio (N 2 ) é de 0,78 atm;
n
PT = l:Pi assim, PT = P 1 +P 2 + .. . +Pn
i=1
Observe que, se aplicarmos a equação de estado para cada um dos gases que
compõem a mistura gasosa, teremos:
P ·V = n · R · T ou P = n . _B__:_I_
V
, R·T , -
Assim, para o gas 1, a p ressão parcial é P 1 = n, · -V-; para o gas 2, a pressao
parcial é P 2 = n 2 . --6..i etc.
V
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Pressão parcial e nossa respiração
Na mistura gasosa (ar atmosférico), as pressões parciais de cada gás determinam o movi-
mento do gás oxigênio e do gás carbônico entre a atmosfera, os pulmões, o sangue e as cé-
lulas corporais. Os gases se propagam de uma região de maior pressão parcial para outra de
menor pressão parcial.
Pressões parciais (em mmHg) de alguns gases à pressão barométri ca de 750 mmHg
Émile-Hilaire Observe que, se aplicarmos a equação de estado para cada um dos gases que
Amagat. compõem a mistura gasosa, teremos:
R·T
P · V = n · R · T ou V = n- - -
p
R-T
VT = nT -- p -
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/ Atividade resolvida \
•
Resolução
a) Inicialmente, determinam-se as massas molares M de cada componente.
Mso
2
= 32 +2 · 16 = 64 :. Mso 2 = 64g/mol
M0
2
= 2 -16 = 32 : . M 0 2 = 32g/mol
MHe = 4g/mol
A seguir, determinam-se os números de mol de cada componente. Sendo que n = ~.
320
ns0 2 = - - = 5 :. nso
64 2
= 5mol
96
n0 2 = --
32
= 3 :. n 0 = 3mol 2
48
nHe = 4 = 12 : . nHe = 12mol
P0
2
= FM 0 · PP assim P 0
2 2
= O, 15 · 5 000 :. P 0
2
= 750mmHg
A soma das pressões parciais dos componentes é igual à pressão total da mistura .
Assim, no presente exercício:
LP; = 1250 + 750+ 3000 ~P; = 5000mmHg
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12. Ao aum ent ar a tem peratura, llá diminuição da
1 Densidade dos gases densidade do ar contido no balão.
12 O que acontece com a densidade do ar contido no interior de um balão se a sua
temperatura aumentar?
Em conformidade com a equação de estado de um gás, a densidade é in-
versamente proporcional à temperatura e, dessa forma, quanto maior a tem-
peratura do gás, menor a sua densidade.
Um gás menos denso tem a propriedade de expandir e se espalhar no am-
biente com maior facilidade. Considere um balão de ar aquecido, a densidade
de um gás ou mistura gasosa pode explicar seus movimentos de subida e de
descida. Ao aumentar a temperatura do sistema interno do balão, o gás se ex-
pande diminuindo a sua densidade e fazendo o balão subir.
A densidade dos gases pode ser classificada em densidade absoluta e den-
sidade relativa.
p .y = n-R·T
em que n é o número de mol e pode ser dado por n = ~ , sendo M a massa molar
do gás.
Ao se substituir o número de mol na equação de estado do gás, tem -se:
p .y = ...!:!2.._·R-T
M
p . Mx e d = p . My
R·T y R·T '
p. Mx
dx R·T
dy
= p. My
. então
Adimensional: refer e-se
a algo sem unidade de
R -T
medida, sem grandeza
física, sem unidade de dx Mx
comparação, ou seja .
O valor de = é adimensional.
dy My
livre de dimensão.
28
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Química em foco
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Difusão e efusão dos gases
13 Você já deve ter sentido o cheiro de um café que acabou de ser preparado o u
de uma pessoa perfumada que entra em um ambiente. Em sua opinião, por que
isso é possível? Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
respondam que é devido à difusão dos gases.
Fenômenos como os apresentados na questão acima, estão relacionados à movi-
mentação espontânea das partículas de um gás em outro(s) gás (gases). Essa movimen-
tação espontânea entre gases denomina-se difusão gasosa.
15 Comparando dois gases, um com menor massa molar e outro com maior massa
molar, qual deles apresentará maior velocidade de difusão?
O gás de maior massa molar deve apresentar menor velocidade de difusão.
Cheiros dos perfumes
Há cheiros que nos trazem recorda-
ções de momentos agradáveis de nossas
vidas entre tantos outros que podem nos
causar boas ou más sensações. Os bons
perfumes, geralmente, apresentam com-
Diálise, separação de posição de aromas distribuída em um
partículas dissolvidas modelo conhecido como pirâmide olfati-
(coloides) em determinado
meio quando entram em va, dividida horizontalmente em três par-
notas de coração
contat o com membranas tes e caracterizada pelo termo nota. As
semipermeáveis. Nessas notas de saída, formadas por substâncias
situações. as partículas de
maior diâmetro médio de baixo ponto de ebulição (muito volá-
(coloides) sofrem re tenção teis), nos dão a primeira impressão do
ou se separam com perfume. As notas de coração demoram
velocidade menor. notas de fund o
um pouco mais para serem sentidas. En-
tretanto, são as notas de fundo que real-
mente marcam a nossa percepção, pois Modelo de pirâmide olfativa usada em perfumes.
permanecem mais tempo na pele.
Gravura de
Nessa equação, Vx e vy são as velocidades de difusão e de efusão dos gases X e Y,
Thomas Graham. respectivamente e dx e dy são as densidades dos gases X e Y, respectivamente.
30
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Por meio da relação estabelecida por Graham, é possível afirmar que, quando dois
gases estão submetidos a uma mesma temperatura e pressão, a razão entre suas
•
densidades (densidade relativa) é igual à razão entre suas massas molares.
Isso ocorre pelo fato de a temperatura dos gases ser a mesma e a energia cinética E
também ser igual, ou seja, para os gases X e Y, Ex = Ey.
v2
Sabendo que E = m -2 , temos que:
/ Atividades resolvidas\
R6. Um recip iente contém uma mistura gasosa formada por 25,6 g de gás oxigênio (02 ) e
7, 2 · 1023 moléculas de gás hidrogênio (H 2 ) e exerce pressão de 4atm a 273 ºC.
23 1 -1
Dados: número de Avogadro 6 · 10 ; R = O, 082 atm · L . mal - · K
a) Calcule o valor do volume desse recipiente.
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> FMo = 0 , 8mol = 0, 4 FM = 1, 2mol = 06
2 2 mo l H2 2mol '
CNTP.
d) A densidade absoluta do ar atmosférico a 27 ºC e 1 atm.
e) A densidade relativa do gás ozônio (03 ) em relação ao ar, nas mesmas condições de
temperatura e pressão.
Resolut;ão:
a) A Lei de Amagat expressa que o volume parcial de um componente gasoso em uma
mistura é diretamente proporcional ao seu número de mal. Assim , se considerar-
mos um mol dessa mistura, teremos:
0,78 mal
em 1 mal de ar
0,21 mol
atmosférico
Massa molecular de
Massa molecular Massa molecular
Substâncias Número de mol cada componente em
MM, emu aparente da mistura
um mol da mistura
b) Se a massa molecular aparente é 28,96 u, a sua massa molar aparente é 28,96 g/mol.
e:) Considerando-se que nas CNTP o volume molar (volume de 1 mal) de qualquer gás
é 22,4 L, o cálc ulo da densidade pode ser feito pela razão da massa molar e o
volume molar.
massa molar 28, 96g
d (CNTP) = volume molar = 2214 L ~ 1,29 :. d (CNTP) ~ 1, 29g / L
)
32
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> -1
d) T = 27 ºC :. T = 300 K; P = 1 atm; Mar = 28, 96 g · mol
•
Considerando-se que o valor da constante universal dos gases perfeitos seja
-1 -1
O, 082 atm · L · mol · K , o cálculo da densidade absoluta pode ser feito da se-
guinte maneira:
p · M ar
(1 atm) · ( 28, 96 g · mol-1 )
= - - - - - - - - - - - - - - - ~ 1,18 :. dar ~ 1, 18g/ L
R·T ( O, 082 atm . L . mol- 1 • K- 1 ) . (300 K)
d -1
-º•
-= 48,00g · mol
_1 ~
(
1,66 .'. d 0 3,ar
)
~ 1, 66
d ar 28, 96 g · mol
Resolução
a) Os dados permitem concluir que vx = 2 · vcH. Substituindo-se na relação de velo-
•
x_ =
cidade re lativa, __
V
VCH4
V x , tem-se:
(2)2 = ({-1!;6)
-- =? 4 = -- 16 =? M x = -16 = 4 :. M x = 4 g / mol
Mx Mx 4
V
b) A veloc idade relativa entre os gases X e S0 2(g) é dada por ~ =
substituindo-se os valores nessa equação, tem- se: so,
Vx .Í64
= y Vx v'16 .
70 4 => 70 = 16 => vx = 70 - 4 =280 :. vx = 280L/ mm
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Atividades ~~ Resolva as atividadas no caderno.
-~-,----------
/
REVOlUCiONÁRIO, QUE FAZ GP.S RIOS E REDUZ P110BLEMAS É A ÁRVORE?
CARBÔNICO ViRAR OXIGÊNIO ... COM E5roAGENS E ENCHENTES!
/ SCHHH!
/
'
~
BECK. Alexandre.
[Armandinho).
~o Armandinho Três.
~ Florianópoos: A.C.
. __ _ _ _ _ _ __. Beck, 2014. p.18.
.....
a) De acordo com a tirinha, qual é a função da árvore no meio ambiente?
b) É permitido a qualquer pessoa podar, cortar e remover árvores? Justifique sua resposta.
e) Considere a equação simplificada do processo de fotossíntese:
C0 2(g) + H 2 0(11.)---+ C 6 H 120 6 (s) + 0 2 (g)
Em seu caderno, copie essa reação e, em seguida, faça o seu balanceamento.
d) Em conformidade com a equação simplificada da fotossíntese, determine o volume de gás carbônico
ocupado quando 1 mol desse gás reage à p ressão de 1 atm e à temperatura de O ºC.
e) Considere uma amostra que contenha o gás que é o produto da equação simplificada da fotossíntese
ocupando 22,4 L a O ºC e 1 atm. Calcule o volume ocupado por essa massa de gás quando for subme-
tido à pressão de 0,5 atm e temperatura de 25 ºC.
Faça uma pesquisa sobre esse episódio lamentável ocorrido recentemente no Guarujá, em São Paulo,
e responda: que material os bombeiros utilizaram para apagar o fogo nesse tipo de incêndio?
e) Você ou algum familiar já vivenciou uma situação parecida com essa? Descreva-a sucintamente.
d) O que deve ter ocorrido com a energia cinética desse gás dentro do contêiner? O que isso desenca-
deou?
8. (UFPI} Sabemos que o gás etileno, (C 2 H4 ), emitido pelas próprias frutas é responsável por seu amadu-
recimento. Assinale a resposta que explica por que uma penca de bananas amadurece mais rápido
quando "abafada" {fechada em um saco plástico), do que em uma fruteira:
a) menor grau de umidade. d) ausência de luz.
b) maior pressão parcial do gás etileno. e) menor concentração do gás etileno.
e) menor temperatura ambiente.
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9. (Unifesp-SP) A oxigenoterapia, tra-
tamento terapêutico com gás oxi-
gênio, é indicada para pacientes
que apresentam fal ta de oxigênio
12. (Mack-SP) Um recipiente de volume V, totalmente
fechado, contém 1 mol de um gás ideal, sob uma
certa pressão P. A tempe ratura absoluta do gás
é T e a constante universal dos gases perfeitos
é R = 0,082 atm · L/mol · K . Se esse gás é sub-
•
·L
no sangue, tais como portadores
de doenças pulmonares. O gás 1 atm metido a uma t rans- p 111ml
3
oxigênio usado nesse tratamento 3m formação isotérmica,
pode ser comercializado em ci-
lindros à elevada pressão, nas
cujo gráfico está re - ·º
presentado a seguir, 4 _
J
~
condições mostradas na figura. podemos afirmar !
:.
No cilindro, está indicado que o conteúdo cor- que a pressão, no ié
responde a um volume de 3 m 3 de oxigênio nas instante em que ele -~- __ _ 4,-c }
ocupa o volume de o~ - -3..- 2.8_ _ _ __ YJJ~
condições ambientes de pressão e tempe ratu-
ra, que pode m ser consideradas como sendo 32,8 litros, é:
1 atm e 300 K , respectivamente. a) 0,1175 atm e) 0,80 atm e) 1,33 atm
Dado R = 0,082 atm · Umol · K , a massa de oxi - b) 0,5875 atm d) 1,1 75 atm
gênio, em kg, armazenada no cilindro de gás
representado na figura é, aproximadamente, 13. Uma mistura gasosa. contendo 4 g de cada um
a) 0 ,98 b) 1,56 e) 1,95 d) 2,92 e) 3,90 dos seguintes gases: gás oxigênio (0 2 ) e gás
metano (CH 4 ), é confinada em um recipiente de
10. (UEG-GO/Modificada} Analise as figuras I e li e
10 La OºC.
responda ao que se pede.
a) Quais as frações molares dos dois gases?
b) Calcule a pressão parcial de cada um dos
gases na mistura.
e) Calcule a pressão total da mistura no recipiente.
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44·•1iii4Ui•Ni,iit+~---·G~~~-~-1~d-~~~;1~·i·~···························································.
V
Conhecendo
Alguns gases desempenham funções essenciais em diversos ramos da indústria, pois atuam
como matéria-prima na fabricação de novos produtos em indústrias químicas e petroquímicas, de
alimentos, na criogenia (técnica para produzir temperaturas mui-
to baixas com diferentes aplicações), fabricaç ão de medicamen-
tos e de semicondutores.
Estudando
Nitrogênio: pode ser usado para soldar tubos de aço inoxidá-
vel e em revestimentos de tanques de armazenamento.
Nitrogênío líquido utilizado na criogenia O nitrogênio líquido pode ser usado para controlar a tempe-
serve para preservar amostras de sangue, ratura em aplicações de resfriamento de reatores e para pre-
tecidos e outros mat eriais biológicos. servar amostras biológicas. Também é usado para congelar e
preservar sangue, tecidos e outros materiais biológicos, e no
congelamento e destruição de tecidos doentes por meio de
criociru rgia. O nitrogênio ainda desempenha um papel funda-
mental na redução da deterioração, descoloração e perda de
sabor, garantindo resistência à embalagem de varejo. É tam-
bém um importante componente de segurança em airbags.
Hidrogênio: é utilizado como matéria-prima na fabricação de
alguns fertilizantes, no processo de fabricação de plásticos, na
conversão de óleos vegetais em margarinas, resfriamento de
geradores e motores etc.
Esse gás também pode atuar como um excelente gás de
têmpera industrial em razão de sua alta capacidade de transfe-
rência de calor. Quando usado como combustível alternativo, o
gás hidrogênio desempenha um papel importante na redução
de emissões de gases poluentes.
Hidrogên io utilizado como combustível alt ernativo.
Dióxido de carbono: usado na indústria de papel e celu lose
para controlar os níveis de pH. É um ingrediente essencial em bebidas carbona-
tadas e ainda em alguns tipos de extintores de incêndio. Se inalado em grande
quantidade, pode provocar irritações nas vias aéreas, vômitos , náuseas e até
mesmo morte por asfixia (o que pode ocorrer em incêndios).
É um agente criogênico fundamental para processos de resfriamento, refrige-
ração e de congelamento, pois protege o sabor e a textura dos alimentos, man-
tendo o controle de temperatura apropriada. Também reduz a necessidade de
conservantes em produtos embalados.
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·. .. Atividades
. . . . . . . . ... . . . . complementares
,. . . . . . . . ,. . . ,... . . . . . ... . . . . . i., Resolva as atividades no caderno.
h_,
a pressão for reduzida para 4 atm na mesma
temperatura?
~l
5. (Covest-PE) No diagrama P x T a seguir, uma
certa quantidade de gás ideal evolui do estado
p
® V
®
~.
inicial A para um estado final B, conforme indi-
cado na figura. Qual a razão, v 8 /VA' entre os
volumes final e inicial do gás?
~T
I'
p
© A 8
~l
•
~ª
il~
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-. .................
________
-.-- ......................
- ····
º e fºt tf
e1 o es u a
Alguns gases na atmosfera têm a capacidade de reter o calor proveniente do Sol que
chega à superfície da Terra. Esses gases produzem o chamado efeito estufa, um tema
bastante polêmico porque muitos acreditam que ele seja a principal causa do aqueci-
mento global. Sua reputação de vilão, no entanto, deve ser esclarecida, pois, contrarian-
do o que muitos pensam, o efeito estufa ocorre de forma natural em nosso planeta.
Esse efeito é responsável por manter a Terra com uma temperatura agradável para a
nossa sobrevivência. Se não fosse a sua ação, a Terra seria gélida e sem vida.
A. Água. solo e
O O Sol emite ra diação V' nuve ns absorvem
parte da radiação e
infra vermelha que
atravessa a atmosfera são aquecidos. A
e chega à s u perfície ou tra parte dessa
da Terra. radiação é refle t ida
para o espaço na
e A maior parte da
radiação refle tida é
{J) f} Cerca de 30% da radiacão forma de calor. irradiada de volta para a
solar que atinge a Terra e s upe rfície da Terra pelas
refletida automaticamente gases do e feito estufa .
pa ra o espaço. A razão Esse processa aquece o
e ntre a ra diação refletida ® planeta e a a t mosfera.
e Ou a nta maior a
cancentraçaa de gases
poluentes na atmosfera,
maior é a reflexão dessa
ra diação. Isso ocasio na
maior aquecimento da
Terra, provocando o
aquecimento global.
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O texto a seguir traz outras infromações sobre o efeito estufa. Leia-o.
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O Esquadrão de Demonstração
Aérea (EDA). mais conhecido como
Esquadrilha da Fumaça, apresenta um
dos trabalhos da Força Aérea Brasileira
(FAB). Esse tipo de exibição tem a finalidade
de aproximar as forças aeronáuticas civis e
militares, contribuindo não só com a inte-
gração delas, mas também garantindo a
presença da FAB em eventos no Brasil e no
exterior. Outro fator positivo é que tais apre-
sentações despertam o interesse de novas
vocações pelas atividades aeronáuticas,
pois muitas pessoas se emocionam ao ve-
rem as manobras espetaculares executadas
pelos pilotos talentosos nesses shows acro-
báticos.
Além da Esquadrilha da Fumaça, no Bra-
sil existe outro grupo de acrobacias aéreas,
sem contar vários outros espalhados pelo
mundo.
Quanto à fotografia, se observarmos to-
dos os elementos que ela mostra notamos
misturas sólidas, líquidas e gasosas. Ob-
serve, por exemplo, as misturas sólidas
que compõem a carenagem dos aviões, a
mistura líquida que forma a água do mar,
os componentes da areia e da espuma for-
mada pela água do mar e, por ffm, a fuma-
ça liberada pelos aviões.
Veia as respostas destas questões nas
Orientações para o professor
@ Em geral, de que materiais você acha
que são feitas as carenagens dos aviões?
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Com base na fotografia acima, tem-se o objetivo de introduzir
o conteúdo que será abordado no capítulo. No texto a seguir,
essa imagem será contextualizada.
Dispersões
Os materiais que estão ao nosso redor são formados por misturas. As misturas
ocorrem quando duas ou mais substâncias estão juntas em um sistema em quaisquer
proporções. Se elas estiverem juntas em um sistema, mas não se dissolverem integral
e uniformemente entre si, formam uma mistura heterogênea. Mas, se algum compo-
nente se dissolver integral e uniformemente em outro componente, forma-se então
uma mistura homogênea.
Muitas misturas se espalham dentro do próprio sistema ou para fora dele, for-
º"'
mando dispersões. Um exemplo disso são as bolhas de sabão, que você prova-
/ velmente já viu durante o banho ou ao lavar louças, roupas ou em brincadeiras,
t'
l' como a apresentada ao lado. A. Resposta pessoal. Existem diferentes respostas para essa
f questào, por isso analise os exemplos citados pelos alunos. Exemplo de mistura homogênea: sal
l /Ã\dissolvido em água. Exemplo de mistura heterogênea: sistema com sal e areia.
,l \fy Cite um exemplo de mistura homogênea e um exemplo de mistura heterogênea .
.,?'
J'
Mulher fazendo
@ Um material pode ter aparência homogênea a olho nu e aparênc_ia h~terog~n_ea
·
quan d o visto , . ? J ust1·r·1que. Sim.
com aux íl'10 d e um ·instrumento opt1co. Ha materiais
que, a o lho nu, têm
bolhas de sabào.
aparência homogênea, mas , ao observá-los em um microscópio, detecta-se que são heterogêneos.
© As bolhas de sabão são exemplos de misturas? Justifique sua resposta.
Sim. As bolhas de sabão são exemplos de misturas de gases e líquidos.
Substância: qual quer 1
espécie de matéria
@ As bolhas de sabão são exemplos de dispersão? Justifique sua resposta.
constituída por átomos
Sim. Como são misturas e se espalham pelo ambiente, são um exemplo de dispersào.
de certos elementos. ® O ar atmosférico é uma dispersão? Justifique.
Sim. O ar atmosférico apresenta vários gases em sua constituição, logo é uma d ispersão.
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Classificação das dispersões
Como vimos na página anterior, as dispersões referem-se às misturas. Tanto uma
mistura homogênea de água e açúcar quanto uma mistura heterogênea de água e
terra são dispersões.
1
totalmente
dissolvido.
•
Mistura de Mistura de
água e açúcar. água e terra.
Características
Visualização das
Tipo de dispersão e natureza das Exemplos
partícu l as dispersas
part ículas disper sas
-
• sal dissolvido em
Em geral, não p odem água
Misturas homogêneas.
ser visualizadas a olho
Soluções nu, ao microscópio Podem ser formadas • ouro 18 quilates
por átomos, moléculas • ar atmosférico
óptico nem em
e/ou íons. (formado apenas
ultramicroscópio.
por gases)
• leite, gelatina,
Misturas heterogêneas. geleia, queijo,
Podem ser formadas maionese,
Podem ser visualizadas por aglomerados de margarina, Ultramicroscôpio:
Dispersões coloidais instrumento óptico que
ao ultramicroscópio. moléculas ou íons (de manteiga, espuma
tamanhos médios de sabão, chantilly, usa fenômenos de
isopor, neblina, espalhamento de Luz a
entre 1 a 1 000 nm).
fumaça fim de observar corpos
de dimensões
Misturas heterogêneas. minúsculas. não vistos
Podem ser formados • granito (quartzo + em microscópios comuns.
por grandes Por causa da iluminação,
Suspensões Podem ser visualizadas feldspato + mica)
aglomerados de os corpos observados
ou agregados a o lho nu. • água e argila são vistos como pontos
moléculas ou íons (de brilhantes sobre um
• água e areia
tamanhos médios fundo escuro.
maiores que 1 000 nm).
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Dispersões coloidais 1. Resposta pesse:al. Espera-_se qu~ os _
a lunos
respondam que nao conseguiram vrsuahzar
separadamente as substâncias que compõem o leite.
1 Você já observou uma dispersão coloidal, como o leit e desnatado? Consegu iu
visual izar separadamente as substâncias que o compõem?
O termo coloide foi introduzido pelo cientista escocês Thomas Graham para indicar
as características entre as soluções e as suspensões. Essa palavra tem origem grega
e significa "forma de cola". Ao observar o leite a olho nu, não é possível visualizar se-
paradamente as substâncias que o compõem, o que constitui o aspecto de "cola"
Copo com leite desnatado. entre elas.
Os coloides são misturas heterogêneas cujas partícu las não podem ser vistas a
olho nu e não se sedimentam com a ação da gravidade, somente com processo de
ultracentrifugação.
Por causa do tamanho, as partículas das dispersões coloidais passam através de
um filtro, mas, em geral, não passam por uma membrana semipermeável. Quando
observadas pelo ultramicroscópio, as partículas refletem e dispersam a luz, apresen-
tando diversos pontos de luz com movimentos de zigue-zague.
Nos coloides, tanto a fase dispersa quanto a fase dispersante podem ser sólidas,
líquidas ou gasosas. Dependendo das fases do disperso e do dispersante, os coloides
Partículas de gordura e podem ser classificados em aerossol, espuma, emulsão, sol e gel. Veja no quadro
proteína que compõem o abaixo O objetivo deste quadro é apresentar exemplos de coloides e sua
leite. Imagem ampliada · classificaçào, para conhecimento dos alunos. Portanto, não exija
cerca de 2 800 vezes. que eles memorizem nem as c lassificações nem as características.
Efeito Tyndall
O efeito Tyndall foi descrito pelo químico e físico inglês Michael
Faraday (1791 -1867) e explicado pelo físico britânico John Tyndall
{1820-1893). Esse fenômeno ocorre quando há dispersão da luz pelas
partículas coloidais, o que possibilita visualizar o trajeto da luz pela
qual essas partículas dispersam os raios luminosos.
Por isso, em algumas estradas, encontra-se a indicação para bai-
xar a luz do farol q uando houver neblina, pois, nessas condições, a
luz do farol é dispersa, de maneira que podemos observar as gotícu-
las de água em suspensão no ar, prejudicando assim a visibilidade da
estrada.
Fenômeno de d ispersão da luz ao passar
a...:"""'~'"""'"--""""'.:..:.;"'-.;;..;;.-...,.._ _ _ __ _ _ _ ___, por um meio com partículas coloidais.
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Estudo das solucões
>
•
característica a respeito das soluções é que elas não podem ser separadas por pro-
cessos de filtração.
Em soluções, o disperso é denominado soluto e o dispersante, so lvente. O solven-
te refere-se à substância disseminadora, assim, apresenta a maior proporção de par-
tículas nessa mistura homogênea.
As soluções podem ser encontradas nos estados de agregação sólido, líquido e
gasoso.
~ olução gasosa
mais comum é o ar
atmosférico (seco e
f iltrado), cujos
principais
componentes
apresentam,
aproximadamente,
78% em volume de
gás nitrogênio (N 2),
21% e m volume de
gás oxigênio (0 2) e
0 ,9% de gás argôn io
(Ar).
Tubos de aço inoxidável sào m isturas Soro fisiológico é uma mistura Balào com ar atmosférico.
homogêneas cujos componentes homogênea contendo 0,9% de Toda mistura que contenha
principais sào ferro, carbono e crômio. cloreto de sódio em água. apenas gases é uma
Trata- se de uma solução sólida. Trata-se de uma solução líquida. solução.
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Atividades ~
l"=: Resolva as a tividades no caderno.
1. (Fuvest-SP) Entre as figuras a seguir, a que melhor IV)Após 10 minutos em repouso, incidiu sobre
representa a d istribuição das partículas de solu - os béqueres o feixe de luz do apontador laser,
to e de solvente, numa solução aquosa diluída confo rme as fotografias a seguir.
de cloreto de sódio, é:
'b' ~
b) ~~
d:J 02)&,
e)
&>oo<X
~ - + - :çi
Béquer com 5 ml
de álcool et ílico.
&,~~d:J ~ 'b'
Legenda:
e) G) Na+ i:
'b' ~
l
:çie~ ~0:çi 0c2- ~
,o
:e
~ ~ H2 0
'b' "!l
2. (Fuvest-SP) Azeite e vinagre, quando misturados, Béquer com 5 ml
separam-se logo em duas camadas . Porém, de xampu.
adicionando -se gema de ovo e ag itando-se a Com base no experimento, explique as dife-
mistura, obtém-se a maionese, que é uma dis- renças observadas na passagem da luz nos
persão coloidal. Nesse caso, a gema de ovo atua béqueres A e B.
como um agente:
a) emulsificador. d) redutor. 4 . (UEL-PR) A força e a exuberância das cores dou-
b) hidrolisante. e) catalisador. radas do amanhecer desempenham um papel
fundamental na produção de diversos significa-
e) oxidante.
dos culturais e científicos. Enquanto as atenções
se voltam para as cores, um coadjuvante exerce
um papel fundamental nesse espetáculo. Trata-
-se de um sistema coloidal formado por partículas
Um professor, devidamente equipado com ócu-
presentes na atmosfera terrestre, que atuam no
los de proteção, luvas, jaleco de mangas com-
fenômeno de espalhamento da luz do Sol. Com
pridas e sapatos fechados, realizou o seguinte
base no enunciado e nos conhecimentos acerca
experimento para investigar com os alunos o que
de coloides, considere as afirmativas a seguir.
acontece com a luz ao atravessar materiais com
partícu las dispersas. 1) São uma mistura com partícu las que variam
de 1 a 1 000 nm.
li) Trata-se de um sistema emulsificante.
Importante: não realize esse experi me nt o sem o
a rnmpa nha me nto de um profissio na l habilitado e sem Ili) Consistem em um sistema do tipo aerossol
os e qu ipa mentos de prot eção. sólido.
IV) Formam uma m istura homogênea monodis-
1) Adicionou 50 ml de água destilada em dois
persa.
recipientes de vidro (béquer), devidamente
limpos e secos. Identifique a alternativa correta.
li) No béquer A , colocou 5 ml de álcool etílico a) Somente as afirmativas I e li são corretas.
absoluto para microscopia 99,5% e agitou b) Somente as afirmativas I e Il i são corretas.
bem. e) Somente as afirmativas Il i e IV são corretas.
lll) No béquer B, adicionou 5 ml de xampu co- d) Somente as afirmativas 1, li e IV são corretas.
mum e agitou bem. e) Somente as afirmativas li, Ili e IV são corretas.
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5. (Enem/MEC) O efeito Tyndall é um efeito óptico b) à interferência do feixe de luz neste meio.
de turbidez provocado pelas partículas de uma e) à transm issão do feixe de luz neste meio.
dispersão coloidal. Fo i observado pela primeira
d) à polarização do feixe de luz por este meio .
vez por Michael Faraday em 1857 e, posterior-
e) ao espalhamento do feixe de luz neste meio.
mente, investigado pelo físic o inglês John Tyndall.
•
Este efeito é o que torna possível, por exemplo,
/ iC. ..- ... .. ....................... ..
observar as partícu las de poeiras suspensas no
\ ~:. _/.. Pesquisa Ô \
ar por meio de uma réstia de luz, observar gotí-
culas de água que formam a neblina por meio O soro caseiro é um exemplo de solução. Pes-
d o farol do carro ou, ainda, obse rva r o feixe quise como se prepara um soro caseiro, apon-
luminoso de uma lanterna por meio de um reci- tando os seguintes elementos:
piente contendo gelatina.
componentes da mistura;
REIS, M. Completamente Química: Físico-Ouimica. São Paulo: FTD. 2001 (adaptaoo).
solvente;
A o passar por um meio contendo part ícu las
dispersas, um feixe de luz sofre o efeito Tyndall solutos;
devido: representação da dissolução;
a) à absorção do feixe de luz por este meio. função do soro caseiro no organismo humano.
-2
1
Oxigênio ( 0 2 ) 1 Não reage 3,9· 10
Qu ando há aumento
1
da tem peratu ra da
1 Argônio (Ar) Não reage 2,5 · 10- 5 água de um l ago, a
1
solubilidade dos
1,1 , 103 gases present es nela
Amoníaco ( NH 3) NH3(g) + H2o(e) ,==:= NHpH(aq)
1 d iminui, ficando
menos disponíveis
1
Cloro (ceJ C!'. 2(g) + H 20(!'.) .__ HC!'.(aq) + HC!'.O(aq) 1 8,1 para pl ant as e
.... animais aqu át icos .
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A temperatura influencia a solubilidade de gases em líquidos. Logo, quanto maior a
temperatura, menor a solubilidade.
Além disso, a agitação das moléculas de um líquido também aumen-
Solubilidade de gases com ta conforme a temperatura, o que dificulta a solubilidade de um gás em
o aumento da temperatura seu interior. Por isso, bebidas em temperatura ambiente costumam libe-
Scl!Dlidade (molll) rar mais gás do que quando estão geladas.
CH,
O gráfico ao lado representa, de forma geral, a solubilidade de dife-
2.0
\. rentes gases com o aumento de temperatura.
o-:-.::-,
"""
r_;;-..... .......... ........
..............
~
~~-
A pressão influencia na solubil idade dos gases no líquido. De acordo
com a lei de solubilidade estabelecida pelo químico britânico William
1.0
Henry (1775-1836), a solubilidade de um gás em um líquido é direta-
~
r--J_ mente proporcional à pressão do gás sobre o líquido.
Para a segurança do mergulhador, cada tipo de mergulho, com pro-
He
fund idade e tempo de mergulho determinados, exige o uso de misturas
específicas enriquecidas com gás oxigênio e/ou outros gases, especial-
10 20 30 4-0 50
T._-alln('C) mente o gás hélio. A utilização da mistura adequada possibilita a am-
Gràtico elaborado com base em: BROWN, T. L. et ai. pliação do tempo e da profundidade de mergulho e, ainda, pode dimi-
Ouimica: a ciência central. 9 . ed. São Paulo: Pearson,
2007. p. 457. nuir o período de descompressão ao voltar à superfície.
A solubilidade de
um gás em Líquido
aumenta com o Neste esquema foram utilizadas esferas para
aumento da representar os movimentos das partículas
pressão. dos gases que se dissolvem no líquido. As
cores utilizadas não correspondem às reai.s.
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Solubilidade de so luções
Em geral, diferentes solutos dissolvem-se em quantidades diferentes, em uma mes-
ma quantidade de solvente, na mesma temperatura e pressão.
O álcool hidratado O sistema água e
•
comercial é uma gasolina é uma
combinaçào de m istura h eterogênea.
álcool e água. Nesse caso, têm- se
Trata- se de uma líquidos imiscív eis,
mistura homogênea, pois não se dissolvem
l ogo uma solução entre si, apesar de se
l íquida. misturarem.
Água e álcool etílico
são líquidos
,l;
miscíveis, pois se g
d issolvem entre si g
em quaisquer ~
O sist ema qu erosene
proporções. 1\ e gasolina é uma
1- ~- - mistura homogênea.
solução
36 g de NaCe ...- saturada SEM
+ corpo de fundo
solução
saturada COM
corpo de fundo
_... contendo
+ 24 g de NaCe
(precipitado)
6 O que poderia ser feito para ret irar os 24 g de cloreto de sódio (NaCe) não d is-
solvidos? Como se trata de uma mistura heterogênea (sólido + líquido) em que há solução
saturada com corpo de fundo poderia ser feita uma filtração simples. Dessa forma, haveria
separação do precipitado e o filtrado seria uma solução saturada sem cor o de fundo.
Agora, considere os dados experimentais relati-
Temperatura (ºC) 20 100
vos aos coeficientes de solubilidade do nitrato de
potássio {KN0 3 ) nas temperaturas 20 ºC e 100 ºC, Coeficiente de solubilidade
à pressão de 1 atmosfera, como apresentado no 31 ,6 246
(gKN03 /100gH2 0)
quadro ao lado.
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Se, em um béquer com 100 g de água a 20ºC, adicionarmos 25 g de nitrato de
potássio (KN0 3 ) e agitarmos adequadamente, poderemos observar que a massa de
soluto adicionada se dissolverá totalmente, em razão do coeficiente de solubilidade a
essa temperatura. Nesse caso, teríamos uma solução insaturada.
Se, nessa mesma solução, sob agitação e na temperatura de 20 ºC, fosse adicionado
mais 15 g de KN0 3 , obteríamos uma mistura com corpo de fundo. Isso ocorreria porque
a quantidade desse sal apresenta massa total de 40 g na mistura, com excesso de 8,4 g.
Esse excesso de sal começaria a se precipitar, até que, em dado momento, todo o
excesso (8,4 g do sal), agora no fundo do béquer, formaria o corpo de fundo. Nesse
caso, teríamos uma solução saturada com corpo de fundo.
Os valores dos coeficientes de solubilidade do nitrato de potássio, nas duas tempe-
raturas indicadas no quadro da página anterior, permitem concluir que, para esse sal,
ao se aumentar a temperat ura, aumenta-se também o coeficiente de solubilidade.
Desse modo, tem-se uma dissolução endotérmica, ou seja, quanto mais o sistema
7. Resposta pessoal.
Espera-se que os absorve energia, mais altas serão as suas temperatura e solubilidade.
alunos digam que a
solução seria insaturada 7 A 100 ºC essa solução de nitrato de potáss io seria saturada ou insaturada?
em nitrato de potássio ,
pois nessa temperatura Justifique sua resposta.
a massa de sal
dissolvida (40 g) é No esquema a seguir, observe como pode ser dissolvido o corpo de fundo da so-
menor que o CS (246 g lução saturada de nitrato de potássio e água. Nesse experimento, todos os sistemas
nitrato de potássio/100 g
de água). apresentam 100 g de água.
decorrido
al gu m tempo resfriament o sol ução insaturada
(100 °[)
Como essa solução, em repouso, é bastante Se essa solução insaturada a 100 ºC for colocada
instável, caso seja agitada ou a ela seja posteriormente em repouso para que a temperatura volte a
adicionado um pequeno cristal de (KNOisl) , ser 20 ºC. inicialmente, os 40 g de KN0 3 tendem a continuar
deverá ocorrer a precipitação de todo o excesso dissolvidos. Nesse momento, tem-se um sistema em que há
dissolvido (8,4 g de nitrato de potássio). Assim, mais soluto dissolvido (40 g) que o va lor do coeficiente de
a tendência é que essa solução supersaturada solubilidade CSKNO =
31 ,6 g KN0 3 /100 g H2 0 a 20 ºC. Portanto,
se t orne saturada com corpo de fundo, a 20 º C. nesse caso, será fór mada uma solução supersaturada.
50
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Curvas de solubilidade
Conhecendo os valores do coeficiente de solubi lidade de determinada substância a
diferentes temperaturas, pode-se montar um gráfico denominado curva de solubi lida-
de dessa substância.
•
Assim, as curvas de solubilidade são os gráficos que mostram a variação dos coe-
ficientes de solubilidade em função da temperatura.
Para o caso do nitrato de potássio, os coeficientes de solubilidade, de acordo com
a temperatura, podem ser representados em um quadro e em uma curva de solubili-
dade. Veja a seguir.
60 110
100
V
~'"' de estabilidade da
sokJção.
80
70 138 /
60
y regl ~ sol~ ~ões
_,_,-·-·
80 169 40 ~.,. ·- ,- ,-·-·
1--- 20
90 202 o
20 40 60 80 100
100 246 Teq,emlum ('C)
o-'---+---+---+---+--+
As curvas A e B representam dissoluções endotérmicas.
10 20 30 40
A cur va C represen ta uma dissolução exotérmica, Temperatura ('C)
/ Atividades resolvidas\
R1. (Fuvest-SP) Quatro tubos contêm 20 ml de água cada um. Coloca-se nesses tubos
dicromato de potássio (K2 Cr 20 7 ), nas seg uint es quantidades:
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> Resolução
O coeficiente de solubilidade é:
Assim ,
12,5 g K 2 Cr 2 0 7 ----- 100 ml H 2 0
X 20mLH 2 0
X= 12' 5 . 2 º
100
= 12,5 :. X:: 2,5 g K 2Cr2 0 7
Dessa forma, só o tubo A apresentará o dicromato de potássio (K 2Cr 2 0 7 ) total-
mente dissolvido. Nos demais tubos, as soluções deverão estar saturadas e apre-
sentar corpo de fundo, ou seja, dicromato não dissolvido.
Assim, a resposta correta é a letra d.
Resolução
a) Na temperatura de 40 ºC, a substância mais solúvel é o brometo de sódio (NaBr).
b) Observando o gráfico, na temperatura de 50 ºC para a substância KCe, teremos o
valor 40 (ponto sobre a curva, logo solução saturada e estável) no eixo das orde-
nadas. Assim, concluímos que é possível dissolver até 40 g de KCe em 100 g de
água a 50 ºC, sendo esse o valor de seu coefic iente de solubilidade, ou seja:
CSKce = 40 g/100 g H 2 0 (50 ºC).
e) Sulfato de cério Ce 2 (S0 4 ) .
3
d) O coeficiente de solubilidade é:
Assim,
40 g KCi - - - - - 100 ml H 2 0
X 800mLHp
Para saturar 800 g de água na referida temperatura, são necessários, pelo menos,
320 g de KCf (solução saturada estável). Dessa forma, a massa mínima da solução
saturada (estável) obtida apresenta 320 g de soluto e 800 g de solvente, totalizan-
do 1 120 g de solução.
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Ol
1 Química em foco
1ngredientes sendo
m isturados no preparo
de uma receita.
r .............................................................................................................
J Um grafiteiro para produzir a sua arte, o grafite, pode
utilizar coloides, como a tinta e o aerossol. Na tinta, os
pigmentos (sólidos) estão dispersos em dispersantes
(líquidos). No aerossol, os pigmentos líquidos (tinta) estão
dispersos em propelentes que, geralmente, apresentam
pressões mais altas e são líquidos com baixos pontos de
ebulição. Ao ser pressionado, o aerossol libera um spray, Grafiteiro utilizando
coloide formado por líquido (tinta) disperso em gás (propelente). t inta aerossol.
Dentista realizando J
\
tratamento
odontológico em
uma paciente.
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§
Atividades §- Resolva as atividadE!!s no caderno.
Curva de solubilidade
de sais inorgânico
Gramas de soluto para saturar 100 g H,O
100
Creme dental. 90
saJA/ ,"
1
/
80
/ saJB /
70
V / saJC V
V
60 I ~V
50 / ~
,,,,,,/ '
L/, salO
40
_},,./ /
leite sendo 30
despejado no copo.
10
r--./
V
1
- --- saJE
r r-
30 36,3
40 36,6
50 37
60 37,3
--+
solução L 70 37,8
54
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Oficina de Química .. Efeito Tyndall
*A neblina é uma dispersão coloidal (grupamento de partículas de água
~/ dispersas no ar) e, por isso, está sujeita ao efeito Tyndall. Se o motorista utilizar
~ Ponto zero farol alto, o feixe de luz emitido tenderá a se dispersar na frente do veiculo,
dificultando, dessa forma, sua visibilidade e aumentando o risco de acidentes.
•
Os diâmetros médios das partículas de uma dispersão podem influenciar no trajeto lumino-
so de um feixe de luz.
• "Sob neblina, use luz baixa.", placas com este tipo de aviso são frequentemente vistas nas
estradas. Você sabe o motivo dessa recomendação? ·
Nesta oficina estudaremos a classificação das dispersões, de acordo com o comportamen-
to adquirido por um feixe de luz ao incidir sobre suas partículas.
O~B/ Materiais
• 6 béqueres ou copos de vidro transparen- • 1 carto lina preta
tes de mesmo tamanho • 1 "apontador" a laser (pode ser utilizada
• 5 colheres uma lanterna comum, porém será necessá-
• xampu rio adaptá-la da seguinte maneira: corte um
• sal de cozinha (Nace. - cloreto de sódio) pedaço de cartolina preta, faça um peque-
• álcool no orifício no centro dele com a ponta do
• leite lápis e fixe-o na frente da lanterna (posição
• amido de milho central) de forma que, ao ligá-la, o feixe de
• água filtrada ou destilada luz passe somente por esse orifício).
1. Substância pura e solução (béqueres 1, 3 e 4): permitem a passagem de luz.
~ , - - - - - - - - Coloide (béqueres 2 e 5): por causa do diâmetro médio das partículas dispersas, é
~ / Mãos à obra possível observar o efeito Tyndall, o qual dispersa a luz de forma regular.
Suspensão (béquer 6): dispersa a luz, não produzindo um feixe regular.
2. As
® partículas
Enumere os béqueres de 1 a 6 , e adicione água destilada até metade do volume de dispersas
cada um. que
constituem
@ Em cada béquer, adicione uma colher das substâncias indicadas a seguir, misturando-as os sistemas
coloidais são
à água. maiores
- béquer 2: xampu; - béquer 4: álcool; que as
partículas
- béquer 3: sal de cozinha - béquer 5: leite; dispersas
nas
(cloreto de sódio); - béquer 6: amido de milho. soluções, o
que pode
© Observe os béqueres de 2 a 6, comparando -os com o béquer 1, que contém apenas dispersar a
luz. Assim,
água. Anote em seu caderno as suas observações. também é
possível
@ Durante o experimento, posicione cada um dos béqueres a serem analisados entre a observar o
carto lina e o apontador a laser e, em seguida, incida o feixe de luz. Em cada um dos feixe de luz
atravessando
béqueres, procure observar a trajetória da luz na m istura e a marca produzida na car- o béquer.
tolina. Anote os resultados em seu caderno.
3. O béquer 6 apresenta uma dispersão do tipo suspensão, em que as partículas presentes
n
.~ 1~------ possuem diâmetro médio superior às dos sistemas coloidais . Assim, após certo tempo em
Para pensar repouso, as partículas que constituem as suspensões, pela ação da gravidade, tendem a se
depositar no fundo do béquer. Isso não tende a ocorrer nos demais béqueres.
1. Com base no resultado da trajetória da luz, c lassifique as dispersões dos béqueres
(1 a 6) em solução, coloide ou suspensão.
Z. Por que é possível observar a trajetória da luz nos coloides e não nas soluções?
3. Após certo tempo em repouso, o que acontece com a dispersão contida no béquer 6? O
mesmo acontece com os outros béqueres?
4. Em quais situações do dia a dia você já verificou fenômenos semelhantes a esse?
Explique. Ao incidir o farol de um automóvel sobre uma neblina e ao entrar um feixe de luz em um
ambiente mais escuro, em que é possível ver as partículas de poeira no feixe de luz.
O Não direcione a luz do apontador a laser para o rê Ao f inal do experimento, dilua cada uma das
rosto das pessoas, pois ele pode causar danos dispersões e, em seguida, el as podem ser
aos olhos. descartadas na pia. A cartolina pode ser reciclada.
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44·1•11i§Ul•Miliit+t·· ·R~·d1~~~-~f1~-d~--~~-~~;~-~~~·· · · · · ································.
V
Conhecendo
Os raios X passam facilmente pelos tecidos moles, como músculos e órgãos internos, mas são
parcialmente retidos por tecidos mais densos, como ossos e dentes. Estes retêm os raios X, por
isso a gravação na chapa fica clara, enquanto os tecidos menos densos aparecem com uma to-
nalidade mais escura. Nas chapas de raios X, é possível localizar desde fraturas ósseas até cáries
dentárias.
Dessa forma, para radiografar as regiões de baixa densidade,
é necessário o emprego de contrastes, os quais apresentam em
sua composição substâncias que contêm átomos de elementos
de alto número atômico. Como exemplos podemos citar o bário
e o iodo, pois são substâncias que atenuam a ação dos raios X,
assim, a imagem de regiões de menor densidade torna-se mais
clara.
Para obter imagens de ressonância magnética, os contrastes
geralmente podem apresentar o elemento gadolínio como prin-
cipal constituinte, o qual possui propriedades paramagnéticas.
Assim como há inúmeros tipos de contrastes também exis-
tem diversas vias de administração. Dessa forma, eles podem
ser aplicados via oral, via intravenosa, entre outras maneiras.
Radiografia do tórax de uma pessoa. As regiões de
maiores densidades apresentam coloraçào mais clara.
Estudando
Para radiografar o estômago ou os intestinos, o paciente
pode ingerir uma suspensão de sulfato de bário (BaS0 4 ), pois
geralmente cobre as paredes desses órgãos "barrando" a pas-
sagem dos raios X. Assim, a imagem formada na chapa torna-
-se mais clara, podendo visualizar inclusive lesões nos tecidos
do aparelho digestivo. Um tumor nessa região costuma apare-
cer na imagem como uma mancha mais escura.
Contudo, a presença da massa de 1 grama de íons Ba2+ no
organismo humano pode levar o indivíduo a óbito. A solubilidade
do sulfato de bário em água é pequena: em 1 litro de uma solução
-3 2+
saturada dessa substância há apenas 5 · 10 g de íons Ba , o
que é muito inferior à quantidade letal. Dessa forma, pode-se
dizer que os contrastes de bário não tendem a ser absorvidos
pelo organismo, e são eliminados juntamente com as fezes, dei-
xando-as esbranquiçadas por alguns dias. Além disso, dificil-
Radiografia do abdom e de uma pessoa . Após a mente causam efeitos colaterais. Segundo a literatura médica, a
administraçào do contras te, o órg ão d e int eresse
apresenta u ma col oração mais clara na imagem do hipersensibilidade (reação alérgica) ao sulfato de bário é muito
exame radi ográfi co. rara.
Convers an do
1. Levando em consideração o fenômeno da dispersão, qual a função dos contrastes na radio-
. ? Os contrastes "forram" as paredes dos órgãos e, assim , " barram" a passagem de raios X, formando a
grafia · imagem mais clara na chapa. Como citado no texto, é possível verificar lesões nos tecidos do aparelho
digestivo. Um tumor, por exemplo, costuma aparecer na imagem como uma mancha mais escura.
2. Você já foi submetido a alguma rad iografia? Foi necessário usar algum contraste? Converse
com os seus colegas sobre a experiência.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos conversem compartilhando suas experiências.
3. A qual função inorgânica pertence o sulfato de bário? Quais os reagentes que poderiam ser
utilizados para a sua produção? Sulfato de bário é um sal, podendo ser obtido pela reação de
neutralização das soluções aquosas de hidróxido de bário (sa(OH) 2 )
e ácido sulfúrico (H 2S0 4 ) .
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Aspectos quantitativos
das solucões
,
Em praticamente sua totalidade, os sistemas químicos encontrados na natureza são
formados por misturas e são denominados materiais. Parte considerável dos materiais
de nosso cotidiano está na forma de soluções.
As proporções estabelecidas entre as quantidades de soluto e de solvente são de-
nominadas aspectos quantitativos das soluções. Essas quantidades podem, por B. Soluto: Sais
exemplo, envolver os seguintes aspectos (grandezas): massas do soluto, do solvente (principalmente cloreto
de sódio (NaCt), sulfato
e da solução; números de mo! do soluto, do solvente e da solução; volumes do soluto,
de cálcio (caS0 4 ) ,
do solvente e da solução. sulfato de magnésio
Os mares são um exemplo de materiais. Em geral apresentam uma concentração ( MgS04 ) e cloreto de
salina de 5% em massa, ou seja, possuem 5 g de sal dissolvidos em 100 g de água. magnésio (MgCt 2 ) ;
Um exemplo que foge totalmente a esses padrões é o mar Morto, localizado entre Solvente: água.
C. Resposta pessoal.
Israel e Jordânia, ele apresenta uma concentração salina de aproximadamente 30% Espera-se que os
(30 g de sal a cada 100 g de água) e densidade próxima a 1, 7 g/cm 3 . O intenso calor alunos cheguem à
conclusão de que em
da região faz com que a evaporação das águas seja mais rápida que a sua reposição. razão da alta salinidade
Mesmo recebendo milhares de toneladas de água dos rios, principalmente do rio Jordão, de sais, o mar Morto
apresenta uma alta
esta quantidade não é o suficiente para diminuir a salinidade deste mar. densidade,
aproximadamente
® Qual o significado do termo concentração citado no texto acima? Esse termo 1, 7g/cm3 , maior que a
representa que há determinada quantidade (muita ou pouca) de uma substância em uma mistura. densidade média do
@ A água do mar filtrada sendo um exemplo de solução, qual é o seu soluto e qual corpo humano que é de
é o seu solvente? O, 98 g/cm3 . Logo, as
pessoas flutuam, pois
© O mar Morto é muito famoso pelo fato de as pessoas não afundarem em suas águas, apresentam uma
densidade inferior à da
boiando com muita facilidade. Tente explicar por que esse fenômeno acontece? água do mar.
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1. O café mais
concentrado é o mais Concentracões de solucões
, ,
escuro, pois ele apresenta
mais disperso (neste caso As duas fotos a seguir mostram dois cafés preparados com diferentes concentra-
o café} do que o outro.
ções, mas ambos contêm a mesma quantidade de dispersante, o mesmo tipo de pó
2. Poderia acrescentar . . .
água ao café mais de cafe e foram feitos a mesma temperatura.
concentrado para diluí- lo até atingir
a concentração do outro café.
Também é possível aquecer o café
menos concentrado a fim de
® ®
fazê-lo perder solvente para
aumentar sua concentração, até
atingir a concentração do café mais
concentrado. Outra possibilidad e é
misturar os dois cafés em um
recipiente e depois recolocá-los
nas xícaras. Neste caso, ambos
terão a mesma concentração. No
entanto, a nova concentração será
maior que a concentração inicial do
café menos concentrado e menor
Xícaras com café.
que a concentração inicial do café
mais concentrado.
1 Qual dos dois cafés é o mais concentrado? Justifique sua resposta.
2 O que pode ser feito para igualar as concentrações desses dois cafés?
As balanças analíticas Em laboratório, a preparação de uma solução com um sólido é feita pela dissolução
são utilizadas quando de determinada massa desse sólido em um certo volume de solvente apropriado. A
é necessário alcançar
alta precisão nos
massa do sólido a ser usada depende da concentração e do volume da solução que
resul tados de massas, se deseja preparar. O termo concentração foi tratado neste parágrafo com uma linguagem
próxima dos alunos. No entanto, o respectivo conceito químico estará nos próximos parágrafos.
pois, em geral, el as A medida de massa do sólido é feita em balança adequada: analítica ou semianalí-
possibilitam obter
com exatidão até
tica. Em geral, o preparo da solução é feito em balão volumétrico apropriado para
0,1 micrograma. obter o volume adequado. Para isso, recomenda-se dissolver o sólido em quantidade
Quanto às balanças (volume ou massa) de solvente menor que a quantidade do volume pretendido e, de-
semianalíticas, é pois, completar o volume do balão com esse solvente.
possível obter com
pr ecisão até 0,001 g.
Durante a dissolução
não se deve completar
o volume do balão
volumétrico enquanto
houver sólido não
dissolvido. Se durante
o processo de
dissolução ocorrer
variação na
temperatura da
mistura, é conveniente
esperar atingir a
temperatura ambiente
para então completar
o volume do balão.
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Como se deve preparar uma solução
A seguir, um esquema ilustrativo para o preparo de soluções liquidas a partir de dispersos
sólidos.
•
® ® ®
Q) Medir a massa de soluto em uma balança, usando um béquer.
(j) Colocar água no béquer com o soluto e, usando uma vareta, misturá-lo até a sua disso-
lução total.
@ Passar o conteúdo da mistura do béquer para um
balão volumétrico de capacidade adequada. Para
isso, acople um funil de vidro e use uma vareta
(conforme ilustração) para verter a mistura.
® Usando uma pisseta, esguiche água até retirar
toda a mistura do béquer.
® Adicione mais água ao balão volumétrico até a
medida de aferição (traço ou menisco).
® Fechar o balão volumétrico e agitar.
em que:
• m1 é a massa do soluto; • V é o volume da solução.
Por exemplo, em uma solução foram dissolvidos 5 g de perman -
ganato de potássio (KMn0 4 ) em 200 cm 3 de água. É possível deter-
minar a concentração comum dessa solução em g/L?
Você deve se recordar da relação abaixo.
1 cm 3 = 1 ml Início da dissolução
1 dm3 =1 L de permanganato de
potássio em água .
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Logo, 200 cm 3 (volume) equivalem a 200 ml, portanto 0,2 L. Assim, substituindo na
expressão de concentração em massa, tem -se:
soluto solução
5 g de KMn 0 4· - - - 0,2 L
m 1 - - - 1 L : . m, = 25 g de KMn0 4
Densidade
m m
% mim= 100. m +1 m :. % mim = 100 · - m1 (%) ,
1 2
em que:
• m 1 é a massa do soluto; • m 2 é a massa do solvente;
• m é a massa da solução (m = m 1 + m 2 ) .
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A concentração de solução expressa em % mim é adimensional, ou seja, sem uni-
O valor da
dades de grandezas . porcentagem em
Podemos calcular a porcentagem em massa de soluto de uma dada solução. Por massa de soluto é
maior do que zero e
exemplo, uma solução é preparada pela dissolução de 5 g de hidróxido de sódio
inferior a 100%. Assim,
(NaOH) em 20 g de água. Qual a porcentagem em massa de soluto nessa solução? o intervalo a ser
•
Sabemos que: considerado é:
O % < o/o mim< 100 %.
• soluto é o hidróxido de sódio em quantidade de 5 g , assim m1 =5 g;
• so lvente é a água, assim m2 = 20 g;
• logo m = 25 g.
Portanto, substituindo na expressão da porcentagem em massa de soluto, tem-se:
m, 5 g tubo com água
% mim= 100 · - - - - ~ % mim= 100 · - - - - :. % mim= 20%
m, + m2 5 g + 20 g
Assim, a porcentagem em massa de soluto nessa solução é % mim = 20%. Isso
significa que em cada 100 g de solução há 20 g de soluto.
m 1 - - - - - - - - - - 100 g de solução
rn 1 = 20 g de Na OH
%m/m =20%
Preparo da sol ução d e
água e hidr óxido de sódio.
m, m, Como a massa do
,: = - - - -
m, + m2
,: = m soluto é menor que a
massa da so lução,
em que:
então O < , < 1. O
• m , é a massa do soluto; • m 2 é a massa do solvente; t ítulo da solução é
• m é a massa da solução (m = m , + m2) . a dimensional.
No soro fisiológico, o títu lo é igual a 0,009. Isso significa que para cada unidade de
massa da solução há 0,009 unidade de massa de cloreto de sód io e 0,991 unidade
de massa de so lvente.
4 Considerando-se o exemplo anterior, em que há uma solução que apresenta 5 g
de hidróxido de sódio dissolvidos em 20 g de água, calc ule o título em massa
dessa solução. T = is
= D,2 :. 1: = 0,2 de NaOH .
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A concentração em ppm indica quantas partes de soluto (em massa ou em volume)
há em um milhão ( 106 ) de partes da solução. Assim, matematicamente podemos ex-
pressar:
1 parte de soluto
1 ppm = - - - - - - - - -
B -
10 partes de soJuçao
Preparo da solucão de hidróxido de sódio. M NaOH = (23 + 16 + 1) g/mol => M NaOH = 40 g/mol
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• Em seguida, determina-se a quantidade de matéria de soluto n , , a qual pode ser
m,
calcu lada pela expressão n 1 =---iv,-, em que m 1 é a massa do soluto e M 1 é a
massa molar dele. 1
m, 12 g
n1 = M, ~ n 1 = 40 g/mol ~ n, = 0,3 mal de soluto (NaOH)
• Agora, calcula-se a concent ração em quantidad e de matéria f'1. substituindo na
expressão:
M..=2
V
~ M= o. 3mal
0,5 L
~ M.= 06 mol/L
'
A concent ração em mol/L dessa solução é 0,6 mol/ L. Isso significa que para cada
•
litro dessa solução há 0,6 mal de soluto.
n,
W = - - expressa em mol/kg,
m2
em que:
• n1 é a quantidad e d o soluto; • m2 é a massa do solvente. 1 Ácido sulfúrico
Por exemplo, tem-se uma solução de ácido sulfúrico (H 2 SO 4 ) em O ácido sulfúrico é um líquido inco-
que 24,5 g estão dissolvidos em 500 g de água. Qual é a concentra- lor, podendo se apresentar levemente
amarelado (turvo). Trata-se de um ma-
ção em mol/kg dessa solução?
terial corrosivo, portanto deve ser evi-
• Deve-se determinar a quantidade de matéria do soluto, conheci- tado o contato direto com a pele (usar
da por número de mal do soluto nt" Para isso, inicialmente, cal- equipamentos de proteção individual
cula-se a massa molar do soluto. durante o manuseio). Ele pode ser
usado na fabricação de fertilizantes,
MH2 so d = (1 · 2 + 32 · 1 + 16 · 4) g/mol ~ MH2so 4 = 98 g/mol no tratamento de água, em neutraliza-
ções em geral, como desidratante in-
• Em seguida, calcu la-se a quantidade de matéria de soluto n,, a
m dustrial, entre outras aplicações.
qual pode ser determinada pela expressão n 1 = - -
1 .
M,
m, 24,5 g ( )
n, = -- ~ n, = 98 g1mo1 ~ n 1 = 0,25 mol de soluto H 2 S0 4
M1
• Agora é possível determinar a concentração em mal/kg W,
substituindo-se na expressão:
W= 2m ~
2
W= º·0,50
25 mal
kg
~ W = 0,50 mol/ kg
A concentração em mal/kg dessa solução é 0,50 mal/kg. Isso sig- Ácido
sulfúrico.
nifica que para cada quilograma de solvente há 0,50 mal de soluto.
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Concentracão
, de íons em mo l/ L
Dissociação: processo de Nas soluções eletrolíticas (soluções iônicas), é possível determinar a concentração
dissolução de um
composto iônico, liberando em mol/L do soluto e a dos íons provenientes de sua ionização ou dissociação. Essa
íons em solução. concentração de íons em mol/L é proporcional aos seus coeficientes estequiométri-
Grau de dissociação:
porcentagem de fórmulas cos de suas equações químicas e ao seu grau de ionização ou dissociação.
químicas de uma amostra Por exemplo, sabendo-se que uma solução aquosa de sulfato de alumínio (At 2 (S0 4 ) 3 )
que se dissociam ao se
dissolverem em solvente foi preparada de maneira que a cada 400 cm 3 de solução haja 68.4 g desse sal, dis-
apropriado.
Ionização: processo de solvido à temperatura de 20 ºC, podemos determinar a concentração em quantidade
dissolução de um 3+ 2-
composto covalente, de matéria do sal e dos íons At (aq) e SO 4 (aq) nessa solução.
formando e liberando íons
em solução.
• Para determinar a concentração em quantidade de matéria do sal nessa solução,
Solução eletrolítica: nas condições físicas citadas, inicialmente determina-se a massa molar do soluto:
mistura que apresenta
íons dissolvidos e a M Ae ISO 1 = 27. 2 + 32. 3 + 16. 12 ::::} M Af (SO) = 342 g/mol
2 ~3 ~ 43
capacidade de conduzir
corrente elêtrica. • Em seguida, determina-se a quantidade de matéria do soluto, conhecida por nú-
mero de mal do soluto n,.
n =
1
2M ::::}
1
n, = 68.4 g
342 g/mol
::::} n 1 = 0,2 mal de soluto (Ae 2 (S0 4 } )
3
t,.,1
''L = Vn, ::::} t,.,1
''L = 0,2mol
0,4 L
t,.,1 (
::::} '' L = 0,5 mol/L de At 2 SO 4 3 (aq)
)
!
proporção
a=60%
0,5 mol/L 0,6 · 1,0 mol/L 0,6 . 1,5 mol/ L ........ ,_considerando-se
2_ a constante de
0,6 mol/L At3 '(aq) 0 ,9 mol/L SO~ (aq) dissociaçào
Assim, as concentrações em quantidade de matéria dos íons são 0,6 mol/L de íons
3+ 2-
At (aq) e 0,9 mol/L de íons de S0 4 (aq).
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/ Atividades resolvidas\
•
a) a concentração em massa, em g/L.
b) a concentração em quantidade de matéria da solução.
Resolução
a) 72 g de C 6 H 12 0 6 --- 250 cm 3
3
e 1 ooo cm 3 :. e= 288 g/ 1 ooo cm ou 288 g/ L
n1 --- 72g
R2. O líquido das baterias de chumbo pode ser uma solução aquosa de H 2 SO 4 , cuja den-
sidade é 1,29 g/cm3 e o título em massa é igual a 0,38. Qual a concentração em mol/L
dessa solução?
Res.oluçiio
M H so = 1 · 2 + 32 · 1 + 16 · 4 :. MH 50 4 = 98 g/mol
2 4 2
- - - 1,0 g de solução
1 mal de H 2 SO 4 --- 98 g
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/4 Atividades ~ ~ Resolva as atividades no caderno.
............................,,
1. Um técn ico de laboratório p reparou 500 ml de
/ Pesauisa ô \
uma solução aquosa de iodeto de potássio (KI). •
Para isso misturou 205 g desse sal em 430,5 g Faça uma pesquisa sobre esse episódio la-
de água. Determine: mentável ocorrido no estado de Minas Gerais
a) a concentração da solução expressa em g/ml. e, a segu ir, responda: quais metais podem
b) a concentração da solução em g/L. estar presentes nos rejeitas desse desastre
e) a densidade da solução em g/ml. ambiental?
d) a densidade da solução em g/L. b) Entre os metais pesados há o chumbo , um
elemento relativamente abundante na crosta
2. Determinado produto desengraxante, destinado à terrestre e que apresenta concentração pró-
remoção de gordura de motores de carros , con - xima de 20 ppm (partes por milhão). Deter-
siste em uma solução aquosa de concentração m ine a massa de chumbo, em gramas,
3,2 mol/L de soda cáustica (hidróxido de sód io, p rese nte em uma amost ra de 50 g de ma-
NaOH). O rótulo ind ica que há 900 m l desse téria da crosta terrestre.
produto. Nessa concentração, qual é a massa
de hidróxido de sód io dissolvida? 5. Um enfermeiro prepara um frasco com 1 kg de soro
glicosado. Para isso, ele dissolve 50 g de glico-
3. (UFRN) A concentração é uma característica im - se (C 6 H 12 0 6 ) . Calcu le o título e a porcentagem
portante das soluções e um dado necessário em massa da solução de soro glicosado.
para seu uso no laboratório, na indústria e no
cotidiano. A seguir, estão desenhados recipien - 6. (Enem/ MEC) Para testar o uso do algicida à base
tes com os respectivos volumes de so lução e de sulfato de cobre em tanques para criação de
massas de hidróxido de sódio (NaOH). camarões , estudou -se, em aquário, a res istência
desses organismos a diferentes concentrações
de íons cobre (representados por Cu 2 +}. Os grá-
ficos relacionam a mortandade de camarões com
a concentração de Cu 2+ e com o tempo de ex-
posição a esses íons.
Tempo ele exposição (horas)
li Ili IV 167
% de camarões mortos 96
\
A solução cuja concent ração molar é 1,0 mol/L ·-
100 • ;..- r - r - ~
,
está contida no recipiente: I
24 \.
80
a) I b) II c) III d) IV ! ' 1
60
4. Considere o texto a segu ir:
I tempo de
exposição~ 14h
~
• !'---
40
[.. .]
/ 1,7
Nesta quarta-feira (27), houve um desloca- 20 ....
,,
1
mento de 'massa residual', ou rejeito de minério,
r
1
na Barragem de Fundão. Mais de um milhão de 0.2040,71 2 5 10 20 4060
metros cúbicos de rejeitos de minério se movi- · Coo«nlra,;ão de 1.... e.,. (mg/lj
1 2 3 4 5 7 10 20 40 60 100
mentaram, segundo o Instituto Brasileiro de ColD!lllraçio de ioos e.,. que causa
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno- - de ..,rtali_ dos camariies (mg/1.j
váveis (Ibama). A mineradora não confirma o Se os camarões utilizados na experiência fossem
volume de material que se deslocou e disse q ue introduzidos num tanque de criação contendo
ainda está fazendo o levantamento. Cerca de 20 000 L de água tratada com sulfato de cobre, em
450 funcionários , que trabalhavam em obras, quantidade suficiente para fornecer 50 g de íons
foram retirados do complexo de barragens. cobre, estariam vivos, após 24 horas, cerca de:
[...] 1 1 3
a) - e) - e) -
ÁNGELO. Pedro. V'ldeo do MPF mostra deslocamento de rejei1os em barragem ela 5 2 4
Samarco. Gl. MG. Desastre ambiental em Mariana. 28 jan. 2016. Disponível em:
<http://g1 .globo.oom/minas-gerais/desaslre-ambienlal-em- mariana/no1icia/2016/01/
video-mostra·deslocamento-c!e-rejeitos-em·tlarragem-da-samaroo.html>.
b) J_ d) ~
Acesso em: 31 jan. 2016. 4 3
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~ Fração em quantidade de matéria
6 O que s ign ifi ca a palavra fraç ão?
De forma geral, a palavra fração representa a razão de uma parte pelo todo.
A palavra fração, em nosso estudo, apresenta a mesma denotação de fração que
você estudou em Matemática. No caso de fração em quantidade de matéria, a razão
•
é entre números de mal dos componentes presentes na solução.
Sendo assim, a f ração em quant idade de matéria ou fra-
ção molar corresponde à razão entre a quantidade de matéria
em mal do soluto (ou do solvente) e a soma das quantidades
de matéria em mal de todos os componentes da solução.
Logo, temos que:
• a fração em quantidade de matéria do soluto FM, indica
a razão entre as quantidades de matéria do soluto n 1 e da
solução n, que pode ser representada por:
n
F M 1 = - n1 (adimensional) O< F M 1 < 1;
Pessoa preparando
• a f ração em quantidade de matéria do solvente FM 2 indica a razão entre as quan- uma solução.
tidades de matéria do solvente n 2 e da solução n, que pode ser representada por:
n
FM 2 = - n2 (adi mensianal) O< F M 2 < 1. Lembrar que n = n 1 + n2.
MH
2
O = (1 · 2 + 16 · 1) g/mol ~ MH O
2
= 18 g/mol
• Em seguida, determinam-se as quantidades de matéria n 1 e n 2 dos componentes
da solução e da própria so lução.
m, 5 g ( )
n1 =-- ~ n1 = / ~ n 1 ~ 0,028 mal de soluto C 6 H 120 6 Foto de soro glicosado 5%.
M1 180 g mol
n = m2
2
~ n2 = 100 9 ~ n2 ::! 5,556 mal de solvente (H2 0)
M2 18 g/mol
n = n, + n2 ~ n = (0,028 + 5,556) mol ~ n ::! 5,584 mol (solução)
• Assim, a fração em quantidade de matéria de soluto FM 1 é dada por:
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Pela reg r a de três, é possível calcu lar a fração em quantidade de matéria de sol uto FM 1 e de
solvente FM 2 .
O cálculo da quantidade de matéria da solução {n) é:
n = n1 + n 2 ~ n = (o, 028 + 5, 556) mal ~ n 2a: 5,584 mol(solução)
Assim , a fração em quantidade de matéria de sol ut o FM 1 é dada por:
Isso significa que em cada 1 mal de sol ução há aproximadamente 0,0 05 m olde solut o.
Já a fração em quantidade de m atéria de solv ente FM 2 é dada por:
densidade de solucão J
m, m,
~Exp,essão C =- ,: =-- d = .!:!. M. =~V
V m V
J, J, J, J,
[ Unidade g/L adimensional g/L mol/L
..º-. Ll M_ . M,
g/L g/L mol 9
- - ·-mo!
L
-
Relações entre as
concentrações e a !
densidade
gil
C = d· -r = M_ · M 1
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Diluicão
, e concentracão
, de solucões
,
8 Você ou alguma pessoa de sua casa já comprou suco concentrado?
9 Na fotografi a ao lado, um suco está sendo preparado para ser consumido em
uma refeição . Por que a água é acrescentada ao suco concentrado que está no
•
copo?
Dissolução .
Esquema que
represent a
concentra ção
de s olução. Diluição .
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Observe que a quantidade de soluto permaneceu constante nas duas situações
apresentadas (diluição e concentração de soluções), mas a concentração da solução
variou. Assim, temos:
mi adição de solvente m1
e. =-vi
1
- - -i -
v -! -e -~ e, = -v 1
mi = ci . vi -------- -------- mi = e,. vf
~ mi I m, ~
c j. vj = c 1 .v1
m1
l= mr
solução inicial solução final
l V1 C
Em que V e C são grandezas inversamente
proporcionais.
/ Atividade resolvida \
R3. Foram pipetadas 25 cm 3 de uma solução aquosa de ácido nítrico
(HN0 3 ), de concentração 16 mol/ L. Em seguida, adicionou-se
água suficiente para atingir o volume final de 500 cm 3 . Deter-
mine a concentração da solução resultante, em mol/L.
Resolução
3
Vi = 25 cm3, ou seja, 25 mL v, = 500 cm
M i= 16 mol/L M , =?
Como houve adição de solvente a uma solução inicial (concen-
r1 NITRICO
~c,oo
1
trada), o volume aumentou e a concentração d iminuiu. Trata-
-se, portanto, de um experimento de diluição. Assim, com base
na expressão matemática usada em diluição de soluções, se
-- HN0 3 .J
70
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Mistura de solucões
,
11 Em sua opinião, o que significa misturar duas sol uções?
Misturar duas soluções significa colocá-las em um mesmo recipiente.
De acordo com o que já estudamos, é muito comum prepararmos
soluções, sejam concentradas ou diluídas.
Há situações em que podemos misturar duas soluções, por
exemplo, acrescentar adoçante ao café ou juntar um café mais con -
centrado em outro menos concentrado. Em ambos os casos, estamos
colocando duas soluções em um mesmo recipiente, ou seja, mistu -
d 1 - 12.Resposta pessoal. Analise as respostas dos
ran O SO uçoes. alunos para verificar se de fato considerou -se a
mistura de duas soluções.
•
12 Cite uma situação em que se mist uram duas soluções.
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De acordo com esses dados, podemos Se substituirmos (3), (4), e (5) em (1),
estabelecer as seguintes relações: teremos:
11)
(2)
Logo: C1 , V 1 = CA-VA+ C8 - V 8
{3) Dessa forma, se m isturarmos várias
soluções de mesmo soluto, por analo-
gia obteremos, genericamente, as se-
(4)
gui ntes expressões:
(5)
c 1 .v 1 = c A . vA+ C 8 -V 8 + ...
M1 -V 1 = MA. v A+ M8 , V 8 + ...
e t = o. rn . 250500
+ 0,24 . 250
==>
e _
r -
0 20 1 3
• g cm
+ -+
VA = 200 cm3 V 8 = 300 cm3 Vf = 500 cm 3
0 ,4 mol de NaCf. 0 ,9 m olde C12 H 22 0 11 0 ,4 mo l de NaCf., 0 ,9 mal de C12 H 22 0 11
n 0,4 mol
Solução inicial A: MA,= _ A_ ~ MA - - - ==>MA = 2 mol/L NaCe.(aq)
VA 1 0,2 L 1
'
n 0,9 mal
Solução inicial B: M 8 = - 8- ~ MA = - - - ==> MA = 3 mol/ L C12H220,,(aq)
i VB 1 0, 3 L 1
'
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• cálculos das concentrações em quantidades de matérias da mistura (solução final)
para cada solução A e B.
Mistura: (solução final) como a variação de volume pode ser considerada des-
prezível, o volume final da solução após a mistura é igual à soma dos volumes
•
das soluções iniciais (200 cm3 + 300 cm3 ). Assim, o volume final da solução após
a mistura é igual a 500 cm 3 .
:::;, M 8
f
= 1,8 mol/L de C 12 H 22 0 11(aq)
+ -+
=
VA 200 cm 3 =
V 8 300 cm3 V1 =500cm3
0 ,4 mal de Nact 0,9 mal de C12 H22 0 11 0,8 molde Nact
1,8 molde C12 H22 Ü 11
Para o cálculo das concentrações, em quantidade de matéria, das soluções iniciais e finais,
podemos fazer uso da regra de três simples.
Solução inicial A:
0,4 mol 0,2 L
MA,· 1L .. MA, = 2 mol/L de Nan(aq)
Solução inicial B:
0,9 mol 0,3 L
M81· 1L .. MB, = 3 mol/l de C12 H22 0 11 (aq)
Mistura de soluções (soluções finais A e B):
nA 0,4 mol
MA, =:;> MA, - - - =:;> MA, = 0, 8 mol/l de NaCf(aq)
Vr 0,5 L
n9 0,9 mol
Me = 9 M8 = - - - 9 Me = 1, 8 mol/L de C12 H 22 0 11'aq)
r Vr r 0, 5 L r
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/ Atividade resolvida \
R4. A retirada do solvente de uma so lução inicial acaba aumentando a sua concentração,
ou seja, provoca um efeito oposto ao da diluição. Ocorre que, tanto na diluição de
solução quanto em sua concentração, a quantidade de soluto (não volátil) permanece
constante.
Em um laboratório, um químico
necessita concentrar 600 ml de K,so. (aq) K,so 0 (a q )
uma solução aquosa de sulfato tela de amianto
(K
de potássio 2 S0 4 (aq)) de 15 g/ L.
600 ml de 500 ml de
n, n,
Ácido nítrico ( HND 3 ) M á c ldo = - -'- ~0.8 mol/L = - -' ~n 1 = 1,6 mol HN0 3 (aq)
' V ácido, 2 L '
Hidróxido de n, . n1 1
Mbase, = - -·- ~ 0,5 mol/L = - - ~ n 1 = 2 mol KOH{aq)
potássio (KOH) Vbase, 4 L '
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Observando a equação, vê-se que para cada 1 mol de ácido nítrico é necessário
mol de hidróxido de potássio. Assim, como há 1,6 mol de ácido e 2 mol de base,
conc lui-se que, ao ocorrer essa reação, haverá consumo total do ácido e parcial da
base, ou seja, consumo de 1,6 mol de base. Assim, há excesso de 0,4 mol de base.
O cálculo do nitrato de potássio produzido deve ser feito em relação ao ácido, pois é
•
o reagente limitante (não está em excesso). Dessa forma, tem-se:
l l
1,6 mol 1,6 mol
0,4 mol
Quantidade fina l o (excesso)
1,6 mol 1,6 mol
.....l....
Observa-se que há excesso de base, assim, após a mistura das soluções e a rea-
ção ocorrida, a so lução final será básica (alcalina).
• Agora, é possível calcular a concentração em quantidade de matéria do sal produzido.
O volume final da solução é V1 = (2 + 4) L => V1 = 6 L
Substituindo-se na expressão dessa concentração, tem-se:
Msal = -nsal
V
- => Msal
1,6 mol
= ----
6 L
=> M881 ~
( )
O, 27 mol/L de KN0 3 aq
1
_ _ _ _ 2 L de solução
0, 8 · 2
nácido 1= - -1- = 1,6
Hidróxido de potássio:
Msal _ _ _ _ 1 L de solução
= ~""
6 - 027
• Msal ~ 0, 27 mol/L de KNOiaq)
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Titulacão
,
Considere uma solução de concentração desconhecida X , a qual chamamos de
solução-problema. Por meio de uma reação química de um volume conhecido da so-
lução X com uma solução Y, de concentração conhecida (chamada solução- padrão),
podemos determinar a concentração de X. Essa determinação se dá pe la mensuração
do volume gasto da solução Y (padrão) para a reação completa com
Indicador es a solução X. Assim, por meio de cálcu los estequ iométricos, pode-
Indicadores ácido-base são espécies mos determinar a concentração, antes desconhecida, da solução X.
químicas que, em solução, podem mudar
A t itulação é uma técnica experimental de laboratório para deter-
sua estrutura, dependendo do pH do
meio. Essa mudança na estrutura causa minar a concentração de soluções (solução- problema) por meio de
uma alteração de cor no sistema, seguin- reação química com uma solução de concentração conhecida (solu-
do uma variação de tonalidades, servindo ção-padrão). Em geral, a concentração é dada em mol/L.
para identificar se uma solução está áci- A titulação volumétrica c lássica envolve dois aparelhos: a bureta e
da ou básica. 1 13. Os alunos podem levantar uma série de evidências:
O er enmeyer. mudança de cor, liberação de gás, formação de sólidos etc.
Cabe ao professor especificar quais evidências são mais
observáveis no processo de titulação (uma reação que libera
gás não deve ser realizada na titulação, por exemplo)
Em reações entre e especificar o uso do indicador para observar a
ácido e base, um dos A bureta é um tubo de vidro graduado, ocorrên~ia
indicadores mais ao qual está acoplada uma torneira. A de p~açoes
_ t' d • 'd qu1m1cas em
utilizados é a numeraçao re 1a _,va ao vo 1ume e 11qul o sistemas que
..... (usado no experimento) aumenta de Cima não tem
fenolftaleína, que em
para baixo. A bureta contém o t itulante, evidência
meios ácido e neutro que se refere à solucão de concentracão macroscópica
fica incolor e em meio conhecida ou solucã'o-padrão. ' visível (sem a
altamente básico fica ' presença do
Neste_aparelho, podemos obse~var a _ indicador não
cor-de- rosa. quantidade de volume da soluçao-padrao é passivei, por
gasto para a reação com a solução-problema. exemplo,
saber quando um ácido consome toda a base,
e vice-versa).
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Vejamos. por exemplo, uma titulação ácido-base em que se deseja determinar a
concentração da solução alcalina (básica). Nesse caso. trata-se de uma titulação alca-
limétrica ou de alcalimetria.
•
8 ml da solução ácida
foram consum idos
durante a reação.
titulação
Titulação ácido-base.
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/ Atividade resolvida \
RS. Para determinar a concentração em quantidade de matéria de uma solução concentrada
e desconhecida de ácido nítrico ( HN03'aq)), separou-se uma alíquota de 5 ml dessa
solução. Em seguida, um químico a diluiu até completar o volume de 50 ml. A titulação
dessa solução diluída consum iu 40 ml de uma solução aquosa de hidróxido de rubídio
( RbOH(aq)) de concentração 2 mol/L. Com base nisso, determine a concentração inicial
em quantidade de matéria da solução-problema.
Resolução
A equação química da reação qu ímica entre as soluções ácida (problema) e básica (pa-
drão) pode ser representada por:
2 · 40
n base = 1 OOO = 8 -10 -2 :. nbase = 8 · 10 -2 mal de RbOH ( aq )
Como a proporção estequiométrica de base e de ácido é de 1:1 há igual
-2
número de mal, ou seja, 8 · 10 mal de base e de ácido (na alíquota titulada).
-2
8 · 10 molde HNDiaq) 50 ml de solução
M ácido(diluído) _ _ _ _ l 000 m l de solução
-2
8 . ,o · 1000
M ácldo (diluído) = 50 = 1,6 :. Mácido (diluído) = 1,6 mol/l de HNOiaq)
Esse valor 1,6 mol/ L de HN0 3(aq) refere-se ao da concentração em quantidade de maté-
ria da solução diluída a partir da alíquota inicial. Logo, para calcularmos a concentração
inicial da solução-problema devemos considerar que se trata de um caso de concentra-
ção de soluções, para a qual pode-se usar a relação M i· V 1 = M 1 • v,. Isolando a M; e
substituindo os valores numéricos das grandezas envolvidas, tem-se:
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Química em foco
•
dificilmente conhecemos as particularidades de cada um desses processos.
Em relação ao processo de misturar, trata-se de um ato físico e consiste em
colocar duas ou mais substâncias em contato, sem que obrigatoriamente elas se
dissolvam entre si. Dessa forma, as misturas podem ser homogêneas ou heterogê-
neas. Com base nisso, pense nas opções de café que geralmente as padarias ou
cafeterias oferecem: o curto, o longo ou cheio e o pingado.
O café curto refere-se ao café mais concentrado, "encorpado", com pouca água
em relação à quantidade de café. Já o café longo ou cheio é preparado com maior
quantidade de água, mas com a mesma quantidade de pó de café dissolvido da
opção curto. Nesse caso, tem-se um café mais dilufdo, "fraco". Por fim, pingado,
que se refere à mistura de café com leite.
As situações dos cafezinhos mostram que os termos misturar, diluir e concentrar
fazem parte de nosso cotidiano. VerE!'5.hchagln Dmi tr y/Shut ter stock.com
.
~ ~i-~~~-;-~-~~~-~-~~··;~~~·;·~--~;~;-~;~·-~~--~~-~~- ;~-~~;~·~·i~~~~. ;~·;~. ~~~~;··~·~;;·· · ·""""""'"'",."--~~
desejada. Em geral, as tintas comerciais são concentradas e por isso
necessitam ser diluídas antes da aplicação. Para esse procedimento, água ou
aguarrás são os solventes mais usados. O tipo de solvente e o volume
utilizado variam de acordo com a composição da tinta, sendo imprescindível
seguir as orientações presentes no rótulo do produto. O processo de cura
(secagem) da tinta consiste na evaporação de seu dispersante ou
dispergente. Quando o dispersante evapora, a concentração do disperso
na mistura aumenta e, assim. forma-se uma fina película de tinta sobre a
região aplicada.
(7a~-~~;~~--~~--~~-~i~;~~-~-~~-~~·-~~-~-;~; ~; ~· · · · . ·· · · ·
misturar ingredientes e, por diversas vezes,
é necessário aumentar a concentração
de uma dada mistura. Assim, no
preparo de uma calda, por exemplo,
ao aquecer a mistura, a calda fica
"mais grossa", ou seja, mais
concentrada.
RGtimellne/ Shutter'Stodc..c.om
Preparo de uma
calda no fogào.
.. .
(É~~~;~~~~-~~-~~~-· ~-~-;~~~-~~~~-~;~~- ~~ ~~~;~~.I~~- . . . .. . . . . . .. . . . . . . .
medicamentos ou aviar uma receita médica, concentrar ou diluir
misturas para preparar a dosagem adequada. Assim, esse
profissional utiliza várias unidades de medida de concentrações
de misturas. Isso é imprescindível para preparar as doses com a
concentração correta para o tratamento ser eficaz.
Farmacêutica manipulando
medica mentas.
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Atividades ~~ Resolva as atividadas no caderno.
7. O cloreto de cálcio é um dos ingredientes utiliza- As concentrações das soluções resultantes obe-
dos na fabricação de queijos. Sua função é decem a seguinte relação.
aumentar o rend imento e a eficiência da etapa a) 2 > 1 > 3
de coagulação. Com esse objetivo, João, um b) 1 > 2 > 3
técnico de laboratório, resolveu preparar uma e) 1 > 3 > 2
so lução aquosa de cloreto de cálc io (cace 2 )
d) 3 > 2 > 1
dissolvendo 36,10 g desse soluto em 42,75 g de
água. Qual é a fração em molde soluto presen - 10. Duas soluções aquosas de hidróxido de sódio
te na solução preparada por João? (NaOH) contidas nos balões I e li de concentra-
Dados: Massas molares (g/mol): ções e quantidades de matéria conhecidas são
misturadas no balão Il i, conforme o esquema a
ca = 40; ce = 35,5; H = 1; o= 16. seguir.
8. Em um laboratório, um professor de Química
@)
misturou 150 ml de solução aquosa a 0,20 mol/L
de cloreto de sódio (Nace), com 450 ml de uma
solução aquosa a 0,50 mol/L também de clore-
(D
to de sódio. Qual a concentração final dessa
mistura?
/ n ,........................................,. ®
~ ' xperimento ' ·..
~PfRIMENTO 1
Considerando-se os seguintes dados relativos
(1)
-
aos balões 1, li e Ili :
~ l,ooJ-
~ Nac,
+ Balão volumétrico 1:
L 400ml 300ml
NaOH(aq) ~ C 1 = 160 g/L; M. 1 = 4, O mol/L;
!
C,lmol xL '
V 1 = 200 ml ;
Balão volumétrico li:
EXPERIMENTO ll NaOH(aq) ~ e,,
= 40 g/L; M. 11 1, O mol /L;
v 11 =100 mL ;
200ml
NaC1 +
W-
.o
m
NoCI
300ml
- NaCI
200ml
Balão volumétrico Ili:
NaOH(aq) "* C 111 = ? ; M_ 111 = ?; V 111 = 300 ml
Determine a concentração final do balão Ili em
!
D,lrnol • L '
g/L e mol/L.
11. Misturou-se 1 litro de uma solução aquosa de
EXPERIMENTO Ili
hidróxido de sódio (NaOH), com concentração
ó)
de O, 1 mol/L, com 1 litro de outra solução aquo-
~
rn(I• ••
+
bí- L
~
300ml
- NaCI
200 rnL
sa de ácido su lfúrico (H 2 S0 4 ) , com concentra-
ção de 0,5 mol/ L.
a) Qual a concentração final de sulfato de sódio?
A
:, '1,.3 1
is
~
,, b) Há excesso de ácido ou de base na solução
! final? Justifique sua resposta.
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12. O soro fisiológico é uma solução que apresenta 15. Um laboratorista misturou duas soluções (X + Y)
0,9% em massa do cloreto de sódio (Nace) em formando uma nova solução Z, conforme a ilus-
água destilada, tendo em vista que em cada 100 g tração abaixo:
de água destilada encontra-se 0,9 g do sal. Qual
é a fração em quantidade de matéria de soluto
presente na solução fis iológica de cloreto de
sódio?
+ --+
X V
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Oficina de Química ~ .
Titulacão ácido-base
·os materiais esperados como resposta devem apresentar característica ácida ou
'fj / básica. Assim, podem ser citados: vinagre, leite de magnésia, soluções para limpar
~ Ponto zero fornos e hidróxido de alumínio (presente em algumas pastilhas ou suspensões
antiácidas, soda cáustica etc.).
Sendo a títulação uma técníca experímental de laboratório utilizada para a determínação da
concentração de soluções-problema. nesta ativídade vamos utílizá-la para determinar a concen-
tração de ácido acético (CH 3 COOH) presente no vínagre caseíro.
Em dado momento, durante essa titulação (ácido-base), chega-se ao ponto de equivalência,
indicando que há igualdade entre os números de íons H1+ e OH1-.
• Cite pelo menos três materiaís de uso cotidiano que você tenha em casa, cujas característi-
cas permitem que a concentração de uma determinada substância seja determinada por titu-
lação ácido-base. ·
O ácido acético (CH 3 COOH(aq)), que é um ácido orgânico, apresenta a seguinte fó rmula
estrutural:
H
1
//0 hidrogênio
// íionizável
H-C-C
~ \0 - H
hidrogªnio ionizãvel
ácido acético
(monoácido)
Muito utilizado para tem perar saladas, o vinagre é uma mistura preparada com as substâncias
CH 3COOH e H 20. O ácido presente nesse material pode ser neutralizado por uma solução aquo-
sa de hidróxido de sódio (NaOH(aq)). Com a utilização da técnica de titulação ácido-base. é pos-
sível quantificar sua concentração em quantídade de matéria presente em uma amostra de vina-
gre comercial.
@ Para a sua proteção durante esse experimento é recomendado usar
jaleco de mangas compridas. óculos de proteção, calças compridas e
[l}3 / Materiais tênis fechados. A solução de hidróxido de sód io é corrosiva, portanto
evite o contato mm a pele e com os olhos.
• 1 erlenmeyer de 250 ml
• 1 bureta de 50 ml
• 1 suporte universal e pinça para bureta
• 1 pipeta volumétrica de 5 ml (pode ser utilizada uma pipeta graduada)
• 1 pera
• solução de 0,1 mol/L de hidróxido de sódio (NaOH(aq)}
• vinagre comercial (incolor)
• indicador de fenolftaleína
• água destilada
~/
@ Fixe a bureta no suporte universal prendendo-a com a pinça.
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© Com o auxílio da pipeta, transfira 5 ml do vinagre comercial para o erlenmeyer. Adi-
cione aproximadamente 50 ml de água destil ada no erlenmeyer para diluir o vinagre
e fac ilitar a visualização do ponto final da t itulação.
•
Adicione também ao erlenmeyer 4 gotas do indicador de fenolftaleína.
@ Tit ule a solução de vinagre. Sugere-se que a t itu lação seja feita gota a gota, até per-
ceber a mudança da coloração incolor para rósea, fechando a torneira da bureta.
f
li
:.
Soluçào inicial, vinag re, água e fe nolfta leína. Ao final da titulaçào, a solução a p re sentará uma coloraçã o rós e a.
3. De acordo com a legislação brasileira, o vinagre deve ter no mínimo 4% (m/V) de ácido acé -
tico, ou seja, deve apresentar em sua composição 4 g de ácido acético em 100 ml de vi-
nagre. Utilizando a concentração em quantidade de matéria encontrada experimentalmente
na atividade anterior, calcule a massa de ácido acético na amostra e discuta se está dentro
ou fora dos padrões exig idos por lei. Considerando-se o valor obtido no exercíc io anterior, em 1 litro de vinagre
temos 0,68 mol de ácido acético. Assim, em 100 ml de vinagre temos 0,068 mol de ácido acético. Como em 1 mal de
ácido acético temos 60 gramas de ácido acético, em 0,068 mol de ácido acético, temos 4,08 g de ácido acético. Sendo
assim, a amostra analisada está em conformidade com a leg islação b rasileira vigente.
Estudo das dispersões 83
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Conhecendo
A glicose ou dextrose (C6 H 12 0 6 ) é o principal carboidrato existente na corrente sanguínea. As
células do corpo humano utilizam esse carboidrato para liberar a energia de que o corpo neces-
sita para manter-se vivo e para realizar as atividades do cotidiano.
Atualmente, segundo especialistas, a concentração considerada normal para esse carboidrato varia
de 60 a 110 mg/dl de sangue, após jejum de 12 horas.
Em geral, considera-se que uma pessoa está
com hipoglicemia se apresentar uma concentra-
ção de glicose no sangue inferior a 60 mg/dl.
Já a hiperglicemia se apresenta diante de valo-
res superiores a 110 mg/dl.
O controle da quantidade de glicose no san-
gue é realizado pelo pâncreas. Quando os ní-
veis de glicose no sangue estão elevados, o
pâncreas libera um hormônio chamado insuli-
na, que controla a concentração de glicose no
sangue. Já quando os níveis de glicose no san-
gue estão baixos, o pâncreas libera o glucagon,
um hormônio que aumenta os níveis plasmáti-
cos da glicose.
Glicosímetro, aparelho utílizado para medír a concentração de glicose na
corrente sanguínea.
O soro glicosado a 5% (em massa) é uma
solução isotônica que apresenta 5 gramas de
glicose (ou dextrose) dissolvidos em água des-
tilada suficientes para totalizar 100 ml de soro.
Essa solução é utilizada em hospitais em ca-
sos de desidratação, reposição calórica, nas
hipoglicemias e como veículo de diluição de
medicamentos, sendo usualmente administrada
através de uma veia periférica.
Aplicação de soro em um
paciente por via endovenosa.
Estudando
O diabetes insipidus é caracterizado por um
distúrbio na produção, secreção ou ação do hor-
mônio antidiurético. Neste tipo de diabetes, a
pessoa passa a ingerir líquidos de maneira abun-
dante em razão da sede constante, o que oca-
siona uma maior eliminação de água e de glicose
por meio da urina. Consequentemente, com a
perda de glicose é causada uma hipoglicemia.
84
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O diabetes mellitus é o tipo mais conhecido
e ocorre em razão da deficiência de insulina.
Quando não controlado, desencadeia uma con-
centração de glicose muito superior a 110 mg/dl
no sangue, ocasionando uma hiperglicemia.
Conheça os três tipos mais comuns de diabe-
tes mellitus.
• Tipo 1: é conhecido como insulinodepen-
dente, pois por ação equivocada do siste-
ma imunológico do individuo, pouca ou
•
nenhuma insulina é liberada para o corpo.
Dessa forma, a gli cose fica no sangue, não
sendo usada como fonte energética.
• Tipo 2: é conhecido como não insulinode- A insulina é utilizada por alguns pacient es portadores do
pendente; a produção de insulina se dá nor- diabetes mellitus com o objetivo de manter os níveis de
malmente, porém o organismo não consegue glicose na faixa ideal.
usar adequadamente a insulina que produz; cerca de 90% dos diabéticos tem este tipo.
• Diabetes gestacional: é aquela em que ocorre uma elevação da concentração de glico-
se no sangue durante a gravidez. Normalmente, essa condição se normaliza após o
parto, porém a mãe que teve diabetes durante a gravidez apresenta maior risco de vir a
desenvolver mais tarde o diabetes do tipo 2.
Em geral, pode-se controlar e até prevenir o desenvolvimento do diabetes com hábitos
saudáveis, como alimentação equilibrada, evitar ingerir açúcar e gordura em excesso,
evitar bebidas alcoó licas, praticar atividades físicas regularmente e realizar
exames periodicamente para analisar os níveis de glicemia no sangue.
2. Espera-se que os alunos interpretem e respondam a questão relacionando o tipo de -:,. ~
diabetes com a concentração de glicose na urina, sabe-se que o paciente com .•. ~ ~ o
diabetes insipidus, apresentará uma urina mais diluída devido a maior •,. .,•.. -A $ o
ingestão de água. A diurese excessiva e a sede intensa são típicos • ~ .o ~ 0
da DI. Os sintomas do diabetes insipidus são similares aos ~~ 0 . . .
da diabetes mellitus, com a distinção de que não ocorre a · Ampola de insulina e seringa
glicosúria (urina doce) e não há hiperglícemia (glicose para sua aplicação.
do sangue elevada).
Conversando
1. Pesquise o significado dos termos "insípido" e "melito" e, a seauir, relacione-os com as palavras
. , . . . . Insípido significa "sem gosto", senc!o assim deve estar relacionat:Jo à palavra hipoglicemía,
h1pogilcem1a e h1pergilcem1a. pois a glicose está tão diluída em água que praticamente não apresenta gosto. Melito
significa "que contém mel", devendo ser relacionado à palavra hiperglicemia, pois a glicose está concentrada no sangue,
2. Sabe-se que a glicosúria (g licose na urina) não revela a quantidade de glicose sanguínea no apresentando
momento do exame, mas s1m o tempo em que a urina foi acumulada na bexiga (a perda de ~:!cterística
glicose pela urina depende de como é feita a excreção renal). Assim, a análise baseada doce, assim1
como o me .
apenas em exame de glicosúria não é capaz de indicar hipoglicemia ou hiperglicemia. Re-
comenda-se, nesse caso, outros testes, como o de glicemia (g licose no sangue).
Um laborista, ao analisar as amostras de urina de dois pacientes já diagnosticados com
diabetes, um deles com diabetes insipidus (OI) e outro com diabetes mellitus (DM), consta- 3. Espera-se
que o texto
tou que uma das amostras era mais concentrada em açúcar que a outra. Converse com os dos alunos
seus colegas e responda qual dos dois pacientes diabéticos tem grande probabilidade de contemple:
a prática de
ser aquele que apresenta a urina mais diluída para a glicose? atividades
físicas e
3. De acordo com o site Portal Brasil e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo balanceada, alimentação
Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, o diabetes já atinge mais de 9 milhões de de acordo com
o tipo de DM
brasileiros, o que corresponde a aproximadamente 6,2% da população adulta de nosso país. que o paciente
Discuta com seus colegas sobre os principais métodos de prevenção e de controle do dia- apresenta (DM
do tipo 1 ou
betes mellitus (DM). Ao final, em seu caderno, monte um pequeno texto que contemple o DM do tipo 2),
resultado dessa discussão como dois !atores que podem ajudar no con~role glicêmico do sançilfe e consequentemente
· na prevençao e no controle do diabetes do tipo li. Em casos espec1f1cos, alguns
medicamentos como a insulina e os hipoglicemiantes orais podem ser utilizados . Antes de tudo, procure um médico e realize
checkup. A interpretação dos resultados do checkup determinará as características biológicas de cada paciente e ajudará a definir
as particularidades e limitações, a intensidade e o tipo de atividades físicas, garantindo mais segurança ao tratamento.
Estudo das dispersões 85
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}
0
"'
..
!
ii
z
Propriedades coligativas
Há aproximadamente 7 mil anos, as populações nômades começaram a fixar resi-
dência em função da domesticação de animais e do cultivo da terra. Então, no período
Neolítico, o último período pré-histórico, surgiu a necessidade de conservar alimentos.
Para isso, foi desenvolvida a técnica da salga para a conserva-
ção dos alimentos, um dos processos mais antigos inventados
pelo ser humano. Atualmente, essa técnica possibilita a comer-
cialização dos alimentos sem a necessidade de refrigeração. Um
exemplo disso é o bacalhau, comercializado em diversos países.
No Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, temos
a carne de sol e a carne-seca, ou jabá, e, no Rio Grande do Sul,
o charque. Essas carnes são curadas com diversas técnicas,
conservadas pela adição de sal e especiarias, o que modifica
sua cor, textura e sabor. Outras técnicas para preservar alimen-
tos são o congelamento, a conservação pelo calor, a pasteuriza-
ção e a adição de açúcar às frutas.
Ilustração históri ca do
processo de secagem do @ Você já viu algum alimento conservado pela técnica de salga (carne-seca, carne
bacalhau na Groenlândia.
de sol, charque ou bacalhau) ou por outro procedimento? Comente com seus
colegas. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham c onhecimento
desse processo, ou que pelo menos já tenham ouvido falar a respeito.
@ Com base na aparência física e na textura desses alimentos, qual seria a função
do sal nesse processo?
O sal desidrata o alimento, criando um ambiente desfavorável à sobrevivência dos microrganismos.
86
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1. Resposta pessoal.
Estudando as propriedades coligativas Caso os alunos já
tenham realizado esse
procedimento, espera-se
1 Você já colocou solução de água e sal no congelador? A água congelou? que eles respondam que
A questão 1 e as apresentadas na página anterior podem ser respondidas com a água não congelou. •
Caso contrário, peça
base nos conhecimentos de propriedades coligativas. Vamos analisar uma situação que eles façam o •.~
experimento em casa e
em que se ferve água para preparar uma macarronada. observem o que
acontece.
Para preparar a macarronada, Leila precisava ferver água. Leila então adicionou duas colheres (sopa) de sal na água.
Como ela mora em uma cidade que fica ao nível do mar, a água
começou a ferver ao atingir 100 •e.
Os líquidos puros, assim como qualquer outra substância, apresentam valores ca- Volátil: em Química, indica
que a substância
racterísticos de pressão de vapor, ponto de ebulição, ponto de solidificação/fusão e apresenta baixo ponto de
pressão osmótica. Esses valores podem levar à identificação de uma determinada ebulição, port anto. em seu
estado normal, tende a
substância. A água, ao nível do mar e à pressão de 1 atm, entra em ebulição a 100ºC. evaporar facilmente.
Ao dissolver um soluto não volátil nesse líquido (solvente), suas propriedades caracte-
rísticas se alteram, como no caso da adição do sal (cloreto de sódio).
As propriedades coligativas são as alterações das propriedades do solvente em
soluto não volátil, as quais dependem da razão entre o número de moléculas do soluto
e do solvente, e não da identidade química do soluto.
Após os experimentos, os químicos concluíram que as propriedades físicas e quí-
micas dos materiais dependem das quantidades das substâncias, ou seja, das con-
centrações que as compõem, e não de sua natureza. As propriedades coligativas são
propriedades quantitativas porque dependem da concentração de soluto não volátil; e
não qualitativas, uma vez que não dependem da natureza do soluto.
Por exemplo, no preparo de duas soluções, uma iônica e outra molecular, com vo-
lumes iguais V e a mesma quantidade de matéria em mal adicionada em ambas, ob-
servamos, ao final, que a solução iônica terá um número de partículas dissolvidas
maior que na solução molecular. Quanto a isso, considere os casos abaixo.
• A sacarose (c, 2 H 22 0 1,). de massa molar igual a 342 g/mol, é uma substância
molecular cuja solubilidade em água a 20 ºC é igual a 1 970 g/L.
• O cloreto de sódio (Nace), de massa molar 58,5 g/mol, é uma substância iônica
cuja solubilidade em água a 20 ºC é igual a 368 g/L.
• O H3 P0 4 , soluto formador da solução de ácido fosfórico {H 3 P0 4 (aq)). de massa
molar 98 g/mol , é uma substância molecular que a 20 ºC apresenta grau de ioni-
zação igual a 27%.
• O sulfato de alumínio ( At 2 (S0 4 )J de massa molar 342 g/mol, é um composto
iônico que a 20ºC apresenta grau de dissociação igual a 60%.
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Assim, a 20 "C são separados 4 recipientes iguais e com capacidade de 1,5 L. Em
cada um desses recipientes coloca-se 1 L de água e adiciona-se so'\1ente uma das
quatro substâncias citadas ( C 12H 22 0 11 , Nace., H 3 P0 4 ou Af'. 2 (S0 4 ) 3 )' A massa de
cada substância adicionada é equivalente à sua massa molar (quantidade de matéria
igual a 1 mol). Assim, podemos determinar a ordem crescente de intensidade do efei-
to coligativo das quatro soluções preparadas.
No exemplo, se a quantidade de solvente presente em cada solução é de 1 L e a
cada uma foi adicionada uma quantidade de soluto equivalente à massa molar deste,
temos:
• para a solução de sacarose (c, 2 H 22 o , ,(aq)) em 1 L de solvente a 20"C, é possível
dissolver até 1 970 g do soluto (solubilidade da sacarose}. Logo, ao adicionar 342 g
dessa substância (correspondente à massa de 1 mol} e mexer adequadamente,
haverá dissolução total desse açúcar. De acordo com os dados do enunciado,
essa solução aquosa de sacarose é insaturada.
água
c 12 H 2 2 0 11 (s) c , 2 H 22 o ,,(aq)
dissolução
1 mol (a = 100%) 1 m al
23
6,02 · 10 moléculas
23
6 ,02 · 10 moléculas
(retículo cristalino) número total de partículas em
solução = 5,02 · 10 23 partículas
água
NaCE(s) +
dissociação
1 mol (a = 100%) 1 mol de cátions 1 mol de ânions
água 1+ 3-
H 3 P0 4 3 H (aq) + P0 4 (aq)
ionizaçao
água
Quantidade inicial 1 mol o + o
água
Reação o ionização
3-0,27 mol + 0,27 mol
88
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• para a solução aquosa de sulfato de alumín io (Ae. 2 (S0 4 Uaq)) em 1 L de solvente a
20 ºC. esse sal apresenta grau de dissociação igual a 60% . Assim, ao adicionar
1 mol dessa substância, haverá dissociação de 0,60 mo! desse sal.
•
água 3+
Ae 2 (so,.) 2 Af. (aq) + 3 so! - (aq )
3 dissociação
água
Quantidade inicial 1 mal o + o
água
Reação o 2 · 0, 60 mal + 3-0, 60 mal
dissociação
1---
23 24 ,
NaCe(aq) 12, 04 · 10 partículas ou 1,204 · 10 part1culas
J
1, 09. 1024 partículas
Neste capítu lo, vamos estudar as propriedades coli gativas de abaixamento da pres-
são de vapor do solvente (tonoscopia). aumento do ponto de ebu lição do solvente
(ebulioscopia). abaixamento do ponto d e congelamento do solvente (crioscopia) e au -
mento da pressão osmótica (osmoscopia). Para esse estudo, precisamos conhecer
algumas propriedades dos solventes presentes nas soluções. Essas propriedades são
a p ressão de vapor e a temperatura de ebulição do solvente.
Pressão de vapor
Com o passar do tempo, o que ocorre com
a água da chuva que forma as poças de
água?
A água líquida contida em um recipiente aberto
tende a evaporar. Quanto maior a temperatura do
ambiente, maior é a velocidade de evaporação.
2. Parte da água sofre evaporação. Além disso, em
algumas superfícies irregulares em que se formam
essas poças, a água pode permear o solo.
Poça formada com
água da chuva.
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3 Em recipientes fec hados pode ocorrer evaporação de um líquido?
Sim. O líquido sofre evaporação, porém fica retido no recipiente.
O q ue ocorre ao deixarmos uma garrafa de água quase cheia lacr ada por algum
t empo recebendo luz solar? Com o passar do tempo, p~rte ~a água
evapora e se condensa no 1ntenor da garrafa.
Se a água estiver em uma garrafa hermeticamente fechada (sistema fechado), algu-
Garrafa de
água fechada.
Processo de
evaporaçào de um
L..egfflda:
líquido em um
Moléculadeágú,a.
s istema fechado, a
uma dada
temperatura, até a
sua saturação.
25 23,8 10
e
-"
26 25,2 .,,3
.3
27 26,7
]
28 28,4 o :
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 ij
29 30,0 Temperarura rc) "e-
Fonte: dados
30 31 ,8 ~
empíricos. ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ''ª
Fonte: dados empíricos.
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As medidas de pressão de vapor mostram que quanto maior é a temperatura de um
líquido, maio r é sua pressão de vapor.
A uma dada temperatura. a pressão de vapor de um líquido não depende do volu-
me desse líquido nem do formato do recipiente que o contém.
•
6 Em sua opinião, o valor da pressão de vapor de diferentes subst âncias à mesma
temperatura é o mesmo? Espera-se que os alunos respondam que à mesma temperatura, diferentes
subslâncias apresentam diferentes pressões de vapor, pois elas têm forças de interações diferentes entre as suas partículas.
Na representação gráfica ao lado Variação da pressão de vapor
temos as medidas de pressão de va- de algumas substâncias em
relação à temperatura
por de d iferentes substâncias em di-
ferentes temperaturas . Pressão de vapor (mmHg)
Sublimação
Alguns sólidos, como o gelo-seco, a naftalina e o iodo molecular, sofrem sublimação.
equilíbrio dinâmico
fase sólida fase gasosa
Assim, nesses casos, as velocidades de sublimação nos sentido direto e inverso são iguais.
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Na situação apresentada na página anterior, vimos a pressão de
Pressão de v a por de a lgumas
substâncias a 2 0 º( vapor de cada um dos líquidos em uma dada temperatura. No quadro
ao lado, apresentamos as pressões de vapor dos três líquidos - ál-
Álcool etílico 45 mmHg cool etílico, éter comum e água - à temperatura de 20 ºC.
+
Éter comum 441 mmHg 9 Co nsiderando a relação ent re p ressão de vapor e interaç ões
- intermoleculares, o q ue podemos concl uir a respeito da p res-
Água
17·5 mmHg ~ são de vapor do éter comum , sendo ela a mais elevada?
Foote: pesquisa_ As interações intermoleculares entre suas moléculas são mais fracas, logo o éter é o mais volátil.
A ordem decrescente de volatilidade das três substâncias do quadro é éter comum>
álcool etílico > água. Por isso, na situação, o éter comum evaporou -se mais rapida-
mente. Assim, quanto mais voláti l uma substância, maior a sua pressão de vapor.
Consequentemente, quanto mais volátil, menores as interações intermoleculares.
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Diagrama de fases de uma substância
A uma certa pressão, durante a mudança de estado físico de uma substância, há
equ ilíbrio dinâmico entre as fases envolvidas e, nesse caso, a temperatura se mantém
constante. Experimentos mostram que, ao variar a pressão, as temperaturas em que
•
há mudanças de estado também variam.
Sob determinadas condições de temperatura e pressão, é possível haver a coexis-
tência em equilíbrio dinâmico dos três estados físicos dessa substância. Nessa situa-
ção, ocorre o ponto triplo da substância.
Assim, ao variarmos a temperatura e a pressão Diagrama de fases
de uma substância, obteremos dados suficientes de uma substância
para montar seu diagrama de fases, conforme
Pressão {mmHg)
mostrado ao lado.
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/ Atividade resolvida \
1. Quando os alpinistas escalam montanhas por vários dias, eles precisam preparar alimentos durante o percur-
so. Segundo eles, no alto das montanhas o tempo necessário para o cozimento dos alimentos é maior que
em baixas altitudes.
• Qual é a razão dessa diferença no tempo de cozimento em diferentes altitud es? Justifique sua resposta
baseando-se na pressão máxima de vapor da água.
Z. Bidu é uma personagem representada por um cachorro, criada pelo ilustrador Mauricio de Sousa. Na tirinha,
. ..
Bidu observa uma situação.
,~
~
~
~
j
i
~
i_:,
r-....,--...,............,,--,---...,,.,,...--,,~:::;,g
Bidu, de MaLUicio de Sousa. Disponivel em: <http://turmadamonica.uot.com.br>. Acesso em: 20 maio 2016.
\ ~ _,/ Experimento \
Um professor de Química colocou uma grande barra de gelo apoiada sobre as extremidades de dois
bancos. Amarrou dois pesos nas pontas de um pedaço de arame fino . Em seguida colocou esse peda-
ço de arame, com os pesos, sobre a barra de gelo, conforme mostra a figura.
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6. (Unifesp-SP) Na figura são apresentadas duas
il
curvas que expressam a relação entre a pressão
de vapor de dois líquidos, A e B, e a temperatura.
Um deles é uma solução aquosa de sacarose
1,0 mol/L e o outro, água destilada.
Experimento com arame fino preso a
dois pesos passando pel a barra de gelo.
Pressão (atm)
Pressão (atm)
A B •
Temperatura (ºC)
Considerando-se o comportamento da p ressão
de vapor em relação à temperatura de um ter-
Temperatura ("C)
ceiro líquido, C, uma solução aquosa de nitrato
Diagrama de fases da água.
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Tonoscopia
No preparo de uma macarronada, se acrescentarmos sal à água em ebulição, ela
pode diminuir ou parar de ferver. Portanto, podemos notar que, ao adicionar a um
solvente puro ou a uma solução um soluto não volátil, como o sal de cozinha, ocorre
a diminuição na pressão de vapor do solvente. O
Variação da pressão de vapor estudo dessa variação da pressão de vapor do
6.P em função da temperatura
solvente em solução é denominado tonoscopia.
Pressão de vapor Podemos analisar o comportamento da pressão
de vapor da água e da solução de água e sal em
função da temperatura. Para isso, aquecendo-se
uma amostra de água e uma amostra da solução
P, de água e sal, podemos representar em um gráfi-
t.P = P, • P, {
co a variação da pressão de vapor em função da
P,
temperatura, como vemos ao lado.
~-----------------~ e
-j~
.3 As imagens são
",; representações de modelos_
i As cores são ilustrativas e
as proporções não
fase gasosa •· ···· ···: correspondem às reais.
A presença das partículas do soluto não volátil dificulta a vaporização das moléculas
do solvente. Dessa forma, ocorre a redução da pressão de vapor do líquido, tornando-o
10. Há diminuição menos volátil, o que se refere a um fenômeno conhecido como efeito tonoscópico.
do valor absoluto
da variação da Quanto maior o número de partículas do soluto não volátil em solução, maior será
pressão de vapor.
Isso pode ser o 6.P e, consequentemente, menor será a pressão de vapor do solvente em solução.
observado nas
curvas A água pura, a 25 ºC, apresenta pressão de vapor de 23,80 mmHg. Observe o efei-
representadas no to tonoscópico em duas soluções identificadas como A e B.
gráfico.
Considerando A solução A foi elaborada com 1 molde glicose (C 6 H 120 6 ) completamente dissolvi-
quaisquer pontos
da curva que do em 1 000 g de água pura, apresentando uma pressão de vapor de 23,38 mmHg a
representa a
variação de 25ºC.
pressão de vapor
da solução, eles dlssolução
estarão abaixo da
curva que 23
representa a 6, 02 . 1O partículas
variação de dissolvidas
pressão de vapor
da agua (P,<P,,) em
todo o domínio. A solução B foi elaborada com 0,5 mol de cloreto de sódio (NaCe.) em 1 000 g de
água pura, apresentando uma pressão de vapor de 23,38 mmHg a 25 ºC.
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NaCf.(s) água Na+(aq) + Cf.- (aq)
' - . . . - - ' dissolução total '-...--' ---.,,-
0,5 mol 0,5 mol de 0,5 mol de
parllculas partículas
dissolvidas dissolvidas
23
6,02 . 10 partículas dissoMdas
Ebulioscopia
11 Por q u e a águ a em eb ulição e m u m reci pie nte p ara d e f erve r quan do a e la é
adic io nada uma q ua ntidade de aç úcar ou sal? Porque ocorre aumento do seu ponto
de ebuliçào, parando de ferver até que atinja a nova temperatura de ebu lição do líquido.
12 Qual quei m ad ura dev e ser m a is dolori da: a caus ada por água f e rvente o u a
m istura de água ferven te com aç úcar? Por qu ê? A queimadura causada por água
fervente com açúcar deve ser mais dolorida, pois sua temperatura de fervura é maior.
Ao adicionar um soluto não volátil a um solvente puro ou a uma solução, ocorre dimi-
nuição na pressão de vapor do solvente. Assim, para que ocorra a ebulição do solvente
dessa solução, é necessário aumentar a temperatura até a pressão de vapor do solven-
te se igualar à pressão atmosférica (se o sistema for aberto). O estudo dessa variação
da temperatura de ebulição do solvente em solução é denominado ebulioscopia.
.
e
Com o experimento, pode-se observar que a adição de um soluto não volátil à água
pura causa aumento na temperatura de ebulição do solvente. Nesse caso, a tempera-
tura de ebulição de 100 ºC, na água pura, passou para 100,52 ºC, na água com soluto.
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Essa variação na temperatura de ebulição do solvente é denominada efeito ebulios-
Este esquema é uma cópico l:J.Te. Nas soluções A e B, o efeito ebulioscópico foi de 0,52ºC.
representação. As cores
e os tamanhos das
substâncias ilustradas
Em nível microscópico, temos:
não correspondem aos solução B: 0,5 molde cloreto de sódio
reais . amostra com 1000 g de água pura (NaCt) dissolvido em 1 000 g de água
fase fa se
gasosa -·····- ... gasosa
-·· ·--·
fase . fase
líquida·······: líquida
A presença das partículas do soluto não volátil d ificulta a ebulição da solvente, aumentando sua temperatura de ebuliçàa .
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Ao adicionar um soluto não volátil a um solvente puro ou a uma solução, ocorre a diminui-
ção na pressão de vapor do solvente; assim, para que ocorra a solidificação do solvente des-
sa solução, é necessário diminuir a temperatura dessa solução. O estudo dessa variação da
temperatura de solidificação do solvente em solução é denominado crioscopia.
ambas as soluções
apresentam o mesmo
número de partículas
dissolvidas em um
mesmo volume de Efe ito
crioscópico.
•
solvente
Com o experimento, pode-se observar que a adição de um soluto não volátil à água
pura causa diminuição na temperatura de solidificação do solvente, que passou de
OºC para - 1,86 ºC.
Essa variação na temperatura de solidificação do solvente é denominada efeito As imagens são representa ções
de modelos. As cores são
crioscópico 1:,,,Tc- Nas soluções A e B, o efeito crioscópico foi de 1,86ºC. ilustrativas e as proporções não
correspondem às reais.
Em nível microscópico, temos:
fase sólida fase sólida
A presença das
partículas do soluto
nào volátil d ificulta a
solidif icaçào do
solvente, diminuindo
sua temperatura de
solidificaçào.
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A adição de etilenoglirnl ( C2 H6 0 2 ) à águ a dos
radiador es de autom óveis ev ita o
rnngelamento da mistura cont ida no sistem a
de arrefeciment o em regiões onde as
tem peraturas estão abaixo de Oº C. Isso
ta m b ém evita a f ervura da água do r adiador
em regiões com t em per at uras m uito el evadas.
A adição de etilenoglirnl à água de
arrefecimento aumenta seu ponto de ebulição
e diminui seu ponto de solidificação Prof issional a d ic io na ndo etilenoglicol no
(congel ament o) . radiador de um carro.
Você já deve ter percebido que, após temperar uma salada de folhas cruas, elas
murcham. Isso ocorre porque a água se difunde do meio menos concentrado (o inte-
rior das células das folhas} para o meio mais concentrado (o tempero: uma mistura de
sal e vinagre}.
r A difusão de membrana
substâncias (íons plasmát ica
sódio, p otássio etc.)
por meio de pare de
mem branas e o celular
controle adequado de
suas concentrações
são im pr escin díveis Célu la veget a l
para os ser es vivos. plasmo lisada .
100
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Antes de serem temperadas, as células vegetais das folhas da alface estavam nor-
mais, mas a adição de uma solução mais concentrada (tempero) fez a água do interior
das células migrar para o exterior através da parede celular (membrana semipermeável),
realizando o processo conhecido como osmose.
Ao perder água, a célula vegetal tem seu citoplasma retraído, deslocando a mem-
•
brana plasmática da parede celu lar e diminuindo seu volume, fazendo que a folha da
alface murche. Portanto, o fenômeno da plasmólise ocorre quando uma célu la (animal
ou vegetal) perde água por osmose. Por sua vez, osmose se refere à passagem de
líquidos {fluxo de solvente), através de membrana semipermeável, de soluções diluídas
(ou de solventes puros) para soluções mais concentradas. Quanto à passagem de sol-
vente através de membrana semipermeável, isso ocorre por causa da diferença de pres- A m ovimentação das
esp écies químicas
são de vapor do solvente puro ou do solvente em solução.
através de
A osmoscopia estuda a passagem espontânea de solvente através de membranas mem br anas depende
semipermeáveis. Dessa forma, para evitar a osmose, é necessário exercer uma pres- de várias
p ropriedades; entre
são sobre o sistema (no sentido inverso ao da osmose) . Essa pressão, responsável por
el as d estacam-se o
interromper o fluxo osmótico, é denominada pressão osmótica rr e tem intensidade tam anho , a
mínima igual à pressão do solvente ao atravessar a membrana semipermeável. p olaridade e a ca r ga .
Quanto maior a pressão de vapor do solvente, maior é sua capacidade para atra-
vessar membranas semipermeáveis. Portanto, quanto maior a concentração de uma
solução, menor a sua pressão de vapor de solvente, e logo será maior a pressão os-
mótica rr para impedir que a osmose espontânea ocorra.
As im agens são
solução solução aquosa representações de
aquosa diluída concentrada modelos. As core s são
ilustraüvas e as
proporções não
correspondem às reais.
solvente
....
~
osmose
Pressão osmótica: a
altu ra h ger a uma
pressão h idrostática
sobre a membrana,
impedindo o fluxo
sol uto
osmótico.
membrana ....
semipermeável
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Observe o que ocorre com uma hemácia ao ser colocada em um recipiente com
As imagens são
água pura e em um recipiente com soro fisiológico.
representações de
hemâcias. As cores
e as proporçCleS não
correspond em às reais.
A H20 pura é
hipotônica em
relaçào às células
sanguíneas.
soro
fisiológico
ô.t
O soro fisiológico
é isotônico em
relaçào às células
sanguíneas.
1 Atividade resolvida \
R2. Considere as seguintes soluções aquosas.
molecular e molecular e
Soluto iônico iônico
não volátil não volátil
Solubilidade solúvel solúvel
solúvel solúvel
em água (a = 100%} {a = 100%)
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> Resolução
As p ropriedades coligativas são propriedades quantitat ivas, assim, para estabelecer
relações entre as soluções citadas, d evemos determ inar o número de partículas de
soluto (não volátil) d ispersas no solvente da solução.
•
Solução aquosa de glicose (1 mol/L}:
água
d issoluçào
1 mal (a = 100%) 1 mal
(1L) 23 23
6,02 · 1023 de NaCt'. 6 ,02 · 10 cátions + 6,02 · 10 ânions
se dissociam
íons presentes em soluçào
número total de partículas em
solução = 12,04 · 1023 partículas/L
Assim, o número de partícu las dispersas por litro de cada uma das soluções é:
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> Já vimos que o efeito col igativo é proporcional ao número de partículas d ispersas no
solvente da solução. Logo:
t número de partículas de soluto dispersas
Química em foco
104
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Atividades ~~ R<!solva as atividades no c adern o.
. ............................ ,
8. Considere um béquer com água (1) e um béquer
/ Pesquisa Ôi \
com solução de água e sal dissolvido (2) e res-
ponda em seu caderno às seguintes perguntas.
•
Pesquise a respeito da composição e das proprie-
a) Sob a mesma fonte de calor, se aquecermos dades da água do Mar Morto, bem como o motivo
os dois béqueres, inicialmente com as mes- que lhe deu esse nome. Faça em seu caderno um
mas temperatura e pressão externa, em qual pequeno texto que relacione as suas característi-
recipiente o líquido entrará primeiro em ebu- cas com uma importante propriedade coligativa.
lição, em menor temperatura? Por quê?
b) Se resfriarmos os dois béqueres com as amos-
tras líqu idas descritas, submetidas à mesma g
pressão e ao mesmo trocador de calor, em ~
qual recipiente o líquido se solidificará primei- ~
~
ro? Por quê?
!
e) Quais são as propriedades coligativas relata- ã
;
das nos dois itens anteriores? 5i....
E _____....,,=:;..._ _ _ _ _ _ _ _ _ ____.
l o. ......................................... ,. Mar Morto.
\~./ Exoenmento . ._
12. (Enem/MEC} A cal (óxido de cálcio, CaO), cuja
Durante uma aula no laboratório de Química, a suspensão em água é muito usada como uma
professora preparou uma mistura para sorvete tinta de baixo custo, dá uma tonalidade branca
em uma forma e depois a mergulhou, quase aos troncos de árvores. Essa é uma prática
totalmente, em outro recipiente contendo sal- muito comum em praças públicas e locais priva-
moura (m istura de água e sal dissolvido) e gelo. dos, geralmente usada para combater a prolife-
Com isso, em um pequeno intervalo de tempo o ração de parasitas. Essa aplicação, também
sorvete estava pronto. chamada de caiação, gera um problema: elimina
microrganismos benéficos para a árvore.
Disponível em: <http://super.abril.com.br.>. Acesso em: 1• abr. 2010 (adaptado).
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Oficina de Química ~
O ovo incha?
'
Essas imagens
,/ .il
"'
re presentam
hemácea s. As +-- --+ +-- i
0
cores e as
"'
proporções não
/
correspondem
às reais_
J l \
Célula em meio isot ônico.
' ,/
1
Célula em meio hipertônico. Célu la em meio hipotônico.
Note que, em cada ilustração, as setas indicam o sentido da passagem de solvente pela mem-
brana celular em diversos meios extracelulares.
• Como se denomina o processo de ent~ada e saída de água nas células? Explique-o sucinta-
t Esse processo é chamado osmose. E um fenômeno em que há saída de solvente cfo meio
men e. hipotônico para o hipertônico, deixando-o isotônico.
• Em sua opinião, esse fenômeno pode ocorrer em outros sistemas além das célu las? Justifi-
Espera-se que os alunos confirmem que sim . A osmose pode ocorrer em diferentes
que sua respoSt a. sistemas, entre os quais estão as folhas de alguns vegetais (alface, rúcula, agrião
etc.) que tendem a murchar após serem temperadas, as ameixas que incham ao
llllc/
~ Materiais
serem colocadas na água e a salga de carnes e peixes usada para fins de
conservação.
~/
@ Coloque 2 ovos (de tamanhos iguais) dentro de um béquer e acrescente vinagre até cobrir
os ovos. Deixe em repouso até que a casca de cada um dos ovos ten ha sido dissolvida
pelo vinagre (esperar pelo menos um dia). A membrana interna ao redor do ovo deve ficar
intacta.
@ Separe os outros dois béqueres. Num deles , co loque 250 m l de água e, no outro,
coloque 250 ml de água e acrescente 90 g de sal, agitando até completar a disso lu-
ção do sal.
© Com o auxílio de uma colher, retire cuidadosamente um dos ovos do béquer com vinag re
e transfira-o para o béquer que contenha apenas água.
@ Com o auxílio de uma colher, retire cuidadosamente o outro ovo do béquer com vinag re
e transfira-o para o béquer com água e sal.
® Com o decorrer do tempo, observe o que ocorre com os ovos em cada um dos béqueres.
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•
Ovos dentro do béquer com v inagre. Ovo sem casca.
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Atividades complementares .·······.
.
··............. ................................................................. _...· §
~ª R@sa lva as atividades na caderno
pessoas beneficiam -se hoje do abastecimento b) Nessa mistura, o que se refere ao solvente e
de água fluoretada, medida que vem reduzindo, ao soluto?
em cerca de 50%, a incidência de cáries. Ocorre, e) Qual é a massa de 1,0 L dessa solução?
entretanto, que profissionais da saúde muitas
vezes prescrevem flúor oral ou complexos vita- d) Qual é a massa de soluto (ácido nítrico) pre-
mínicos com flúor para crianças ou gestantes, sente em 1,0 L dessa solução?
levando à ingestão exagerada da substância. O 4. A dissociação total do cloreto de cálcio ( Cace 2 )
mesmo ocorre com o uso abusivo de algumas apresenta a seguinte reação:
marcas de água mineral que contêm flúor. O ex-
cesso de flúor - fluorose - nos dentes pode cace 2 (aq) -+ ca2+(aq) + 2 ce1- (aq)
ocasionar desde efeitos estáticos até defeitos Calcule a concentração em quantidade de ma-
estruturais graves. Foram registrados casos de téria dos íons Ca2+(aq) e ce
,_(aq) em solução de
fluorose tanto em cidades com água fluoretada 2.0 mol/L de cace 2 (aq).
pelos poderes públicos como em outras abaste-
cidas por lençóis freáticos que naturalmente 5. Ao ajudar sua tia no preparo de alimentos. Rena-
contêm flúor. to fez as seguintes anotações:
(Adaptado da ºRevista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas· - 1) Ao adicionar açúcar na salada de frutas,
APCD. vol. 53, n. 1. jan./fev. 1999.)
ocorreu um aumento no volume do caldo.
li) Ao adicionar sal em uma panela com água
fervente , cessou a fervura por certo tempo.
Ili) Alguns minutos após temperar a salada de
alface com sal, ela murchou.
Quais propriedades coligativas justificam os itens
1, li e Ili , respectivamente?
a) Tonoscopia, ebulioscopia, osmose.
b) Osmose, crioscopia, tonoscopia.
e) Crioscopia, tonoscop ia, osmose.
d) Osmose, ebulioscopia, crioscopia.
e) Osmose, ebulioscopia, osmose.
Estação de tratamento de água .
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7. Ao ajudar sua mãe a preparar o almoço, Fernan- Pressão
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_,_N.h_P····aessalinização da água
Sistema de dessaJiui:mção da água já é usado em DOV9 estados no Brasil
[...]
Cercada pelo mar, Fernando de Noronha ainda depende da chuva para o
abastecimento. Ao todo, 40% da água consumida na ilha vem de açudes e
de poços. Por isso, chegou a enfrentar um racionamento no começo do ano.
Isso não aconteceria se todo o abastecimento viesse do sistema de dessali-
nização, que tira o sal da água do mar e é responsável por 60% do que che-
ga às torneiras.
O mesmo processo é usado em comunidades no sertão do Ceará, onde a
água do subsolo é salobra. Neste caso, a água dos poços é bombeada para
o dessalinizador, q ue usa membranas para reter o sal.
[. .]
A cada hora de funcionamento a máquina elimina o sal em até m il litros de
água. Na medida em que isso acontece ela vai sendo depositada em uma cai-
xa e, depois , já está prontinha para o consumo. Água limpa como uma água
mineral mesmo.
Mas as membranas que separam o sal da água exigem manutenção
const ante. Hoje, o custo da dessalinização é cinco vezes maior que o da
produção de água tratada [ .. ].
Bom dia Brasil. Sistema de dessalinização da água já é usado em nove estados no Brasil. Gl ,
11 ago. 2014. Disponível em: <http://gl .globo.com/bom-dia- brasil/noticia/2014/09/sistema- de-
dessalinizacao- da- agua- ja- e- usado- em - nove- estados- no- brasiLhtml:>. Acesso em: 3 fev. 2015.
filtro
Esquema do dessalínizador
processo de
dessalinização
da água.
reservatór io reservatório
de água salgada de água pot ável
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Cerca de 3% de toda a água do mundo refere-se à água doce e menos de 0,5%
dela está disponível para consumo humano. Estima-se que um dos maiores problemas
que o nosso planeta enfrentará seja a falta de água. Uma alternativa para evitar essa
escassez seria usar a água salgada, que representa aproximadamente 97% da água
do nosso planeta; apesar de ela ser imprópria para ingerirmos.
Entretanto, prevista essa necessidade, foram desenvolvidos métodos, técnicas e
equipamentos capazes de transformar água salgada ou salobra em água doce e po-
tável. Hoje, os equipamentos dessalinizadores mais utilizados funcionam por osmose
reversa ou inversa.
A osmose reversa ou inversa, nesse caso, consiste na passagem da água salgada
por membranas semipermeáveis. Para isso, aplica-se uma grande pressão sobre esse
meio aquoso, contrariando o fluxo osmótico natural. Assim, a diferença de pressão
hidrostática através da membrana atinge valores entre 9 e 40 atm, dependendo da
aplicação. As membranas dos filtros de osmose reversa apresentam poros microscó-
picos, que permitem a passagem de moléculas de água, enquanto as outras substân-
cias, cujas partículas apresentam diâmetro entre 1 e 10 A,º tendem a ser retidas. Ao
final do processo, obtém-se em um dos compartimentos do dessalinizador a água com
teor de sais ausente, ou muito baixo, classificada como água doce. Em outro comparti-
mento, tem-se a água com teor elevado de sais (salmoura, concentrado ou rejeito).
Veja as respostas das questões desta seção nas Orientações para o professor
a) Com base no que você leu, explique por que a água salgada é imprópria para
o consumo.
b) Faça uma pesquisa sobre outros usos do processo de dessalinização por os-
mose inversa. Anote em seu caderno os tópicos relevantes dessa pesquisa.
e) O processo de dessalinização é uma alternativa para a falta de água potável
em algumas regiões. Em sua opinião, por que esse processo ainda não é
usado em grande escala?
d) A osmose reversa é considerada um dos processos mais modernos para a
dessalinização da água. Pesquise outros possíveis métodos que poderiam
ser utilizados para essa finalidade. Ao final , escreva em seu caderno um pe-
queno texto a respeito desses métodos.
e) Converse com os seus colegas sobre qual a importância de métodos alterna-
tivos para produção de água potável. Anote em seu caderno as principais
conclusões.
f) Quais ações podem ser tomadas para evitar o desperdício de água? Quais
delas você pratica?
e As membranas têm
poros microscópicos que
uma representação artística.
As cores utilizadas não
corre sponde m às reais.
per mitem a passagem
das molécul as de água,
conseguindo barrar íons
e out ras su bstâncias.
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Maçãs cortadas.
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Processos como a fotossíntese, as
transformações dos alimentos em nos-
so organismo, as descargas e as recar-
gas das baterias de celulares, as cremações
de objetos metálicos e a queima de combus-
tíveis, em geral, provocam transferência de
elétrons; tais processos estão relacionados às
reações químicas.
A luz solar é imprescindível para a ocor-
rência do processo de fotossíntese, no qual
a glicose é produzida. A energia presente em
nosso organismo é resultado das reações
químicas entre os alimentos. Na natureza, há
vários minérios que, ao serem submetidos a
processos físicos e químicos (reações de
oxirredução), apresentam metais com alto ín-
dice de pureza. Quando expostos ao ar at-
mosférico, esses metais sofrem oxidação,
originando novas substâncias. Nessas situa-
ções ocorrem reações de oxirredução, as-
sunto que estudaremos nesta unidade.
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Reacão
, de oxirreducão
,
Nícolas mora no litoral e como meio de locomoção usa bicicleta. Depois de algum tem-
po, a coroa (roda dentada) e a corrente da sua bicicleta, feita de liga de ferro, começaram
a adquirir uma coloração alaranjada. Ao passar o dedo nessa parte alaranjada, notou um
pó fino. Preocupado, ao chegar à escola, Nícolas relatou esse fato aos seus colegas de
sala. Depois fez algumas perguntas relativas ao ocorrido ao professor de Química.
B . Espera-se que os
alunos respondam que a O professor, então, explicou que se trata de uma transformação química que pode-
ferrugem é resultado de
um processo químico, mos observar a olho nu. Além de informar que esse tipo de transformação química
pois houve formação de ocorre quando o ferro é convertido novas substâncias, entre elas o óxido de ferro Ili.
novas substâncias.
C. Espera-se que os
Aos poucos, o ferro adquire uma coloração alaranjada, esfarela e pode causar a de-
alunos respondam gradação do objeto original, no caso, a coroa e a corrente da bicicleta de Nícolas.
ferrugem. Caso julgue
interessante, comente A formação do óxido de ferro Ili hidratado (principal constituinte da ferrugem) na co-
com eles que esse pó é
constituído roa da bicicleta é um processo de oxidação do ferro em presença de gás oxigênio e de
principalmente de óxido vapor de água. Mas, em que consiste esta e outras oxidações? É sobre isso que estu-
de Ferro Ili hidratado
(Fe 20 3 · xHp). daremos neste capítulo.
D. Resposta pessoal.
Uma possibilidade é
remover to da a camada
@ O que ocorreu com a coroa da bicicleta de Nicolas?
oxidada (ferrugem) e A coroa da bicicleta enferrujou, ou seja, oxidou-se em contato com o ar.
aplicar uma camada de @ O processo que aconteceu com a coroa é físico ou químico? Por quê?
tinta para impedir o
contato direto do ferro
com a umidade do ar. © Que substância ou material deve ser o principal constituinte desse pó alaranjado?
Outra solução é passar
óleo ou graxa, o que
também protege a coroa
@ O que Nícolas pode fazer para proteger a coroa de sua bicicleta?
de ferro do contato
direto com a umidade. ® Você já vivenciou alguma situação como essa? Comente.
Resposta pessoal. Com essa questão, espera-se que os alunos citem situações em que
observaram a existência de ferrugem em algum objeto de ferro.
114
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Oxidacão
>
e reducão
>
Redução é o ganho de elétrons por uma substância. Reação entre zinco metálico e ácido clorídr ico
(solução aquosa de HCi).
Oxirredução 115
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Ao somar as semirreações de oxidação do zinco e a redução dos íons hidrogênio,
obtém-se a reação global do processo (reação de oxirredução).
Para verificar em qual desses processos houve perda ou ganho de elétrons, inicial-
mente, é imprescindível determinar o número de oxidação NOX dos elementos envol-
vidos nas reações de oxirredução.
Número de oxidacão
, (NOX)
O número de oxidação é um número atribuído a cada elemento presente em uma
substância. Esse número está relacionado à carga elétrica que esse átomo apresenta
em um íon ou molécula de substância simples ou composta.
Na
-~ --
.ce:
Na cede 1 e- Na1+ ce recebe 1e- c e, -
116
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A molécula de água, por exemplo, apresenta ligações covalentes. Se as ligações forem
rompidas, o átomo de oxigênio, que apresenta maior eletronegatividade que o de hidro-
gênio, fica com o elétron de cada átomo de hidrogênio. Nesse caso, o átomo de oxigênio
passa a apresentar NOX igual a -2, pois fica com 2 elétrons dos átomos de hidrogênio.
Assim, cada átomo de hidrogênio, ao perder 1 elétron, adquire NOX igual a +1.
·o·
H,ó' ~ H
Considere que as ligações covalentes da molécula de dióxido de carbono sejam
•
rompidas. Nesse caso, sendo o átomo de carbono menos eletronegativo que o átomo
de oxigênio, cada um dos átomos de oxigênio presente nessa molécula adquire
2 elétrons do átomo de carbono, apresentando NOX igual a - 2. O átomo de carbono
perde 4 elétrons envolvidos nas ligações covalentes, apresentando NOX igual a +4.
:9 e ç:
Para ajudar na determinação dos NOX dos átomos presentes nas substâncias, cita-
remos algumas regras .
Oxirredução 117
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@ Ao formar compostos, o oxigên io geralmente apresenta NOX =-2.
-2 -2 -2 -2 -2
Exemplos: CO; H 2 0 ; H 2 S0 4; C 6 H 12 0 2 ; CaC0 3 .
Nos peróxidos, cada um dos átomos de oxigênio apresenta NOX = -1.
-1 - 1 -1 -1
Exemplos: H 2 0 2 ; Na 2 0 2 ; Ca0 2 ; Zn0 2.
Em compostos binários oxigenados com flúor, o flúor é mais eletronegativo
que o oxigênio, o qual apresenta NOX positivo.
+l +2
Exemplos: 0 2F 2 ; OF2 .
@ Em compostos binários com halogênios, esses, por serem mais eletronegati-
vos, apresentam NOX = -1.
-1 -1 -1 -1 -1
Exemplos: CF4 ; HCe; MnBr2 ; K I; OF2 .
(j) A soma dos NOX de todos os átomos presentes em substâncias neutras (equi-
líbrio eletrostático) é igual a zero. Em substâncias iônicas, como os sais, é a
mesma regra. Já nos íons, em que há desequilíbrio eletrostático, a soma dos
NOX dos elementos deve ser igual à carga total.
Os valores de NOX ajudam-nos a compreender cada uma das semirreações que
forma a reação de oxirredução.
/ Atividades resolvidas\
Rl. O soluto da solução aquosa de ácido fosfórico (H 3 P0 4 ), muito presente
nos refrigerantes do tipo cola, atua como acidulante e conservante em
bebidas. Determine o NOX do fósforo (P) nesse composto.
Resolução
Uma maneira de determinar cada um dos NOX é constru ir um quadro
com os elementos constituintes da substância e seus respectivos NOX.
H 3 +1 3·(+1) = 3
1
-----,..
1
l
1
p
o
+-
4
-t-
X
-2
1 · (X)=X
4-( - 2) =-8
Refrigerante
do tipo cola.
..._
De acordo com as regras vistas, o NOX do hidrogênio é +1. Como temos três átomos
de hidrogênio, o total da carga é +3. Não sabemos o NOX do fósforo , então atribuí-
mos uma incógnita, por exemplo, x. Para o oxigênio, segundo as regras estudadas, o
NOX =-2. Se multiplicarmos pelos 4 átomos desse elemento presentes na substância,
adquirimos uma carga total de -8. A substância H 3 P0 4 está em sua forma neutra,
logo a soma de todos os NOX dos átomos dos elementos é igual a ZERO.
Então, efetuando a somatória, temos que:
(+3)+x+(-8)=0
X= 8-3
X=+5
Como x = +5, podemos concluir que o NOX do átomo de fósforo (P) na substância
H3 P0 4 é +5.
>
118
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>
R2. O sulfato de potássio (K2 Sü 4 ) é muito utiliza-
do como fertilizante para solos com deficiên-
cia de enxofre e potássio. Determine o NOX
do enxofre (S} no sulfato de potássio.
Resolução
Primeiramente, construímos o quadro com
os elementos constituintes da substância e
•
seus respectivos NOX.
Sulfa to de potássio aplicado em uma
plantação de cebolinhas, em 2014.
-,
Átomos Nº de átomos NOX Carga total
K 2 +1 2- (+1) = +2
s X 1 · (X) = X
o
1 4 -2 4 · (- 2)= - 8
Resolução
Construindo o quadro e considerando as regras de determinação de NOX, tem-se:
o r 7 -2 7 · (-2) = -14
Oxirredução 119
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Agente oxidante e agente redutor
Como vimos, a oxidação e a redução ocorrem simultaneamente, não existindo uma
sem a outra, pois o total de elétrons cedidos pela espécie química que oxida deve ser
igual ao total de elétrons recebidos pela espécie química que reduz. Isso significa que
a espécie que sofreu oxidação provoca redução da outra espécie, por esse motivo ela
é denominada agente redutor. Já a espécie que sofreu redução provocou a oxidação
da outra espécie, por esse motivo ela é denominada agente oxidante.
Vamos analisar novamente a reação do zinco metálico (Zn(s)) em solução aquosa de
ácido clorídrico (Hce(aq)).
0 1-- - -
ºx_id_a-'-
ça_-o_ _ _-l+Z
Reação entre zinco
metálico e ácido clorídrico.
Observe que, quando 2 H 1+(aq) se transformam em H 2(g), ocorre o ganho de 2 elé-
trons ( um para cada cátion H 1+). Como consequência, o NOX de cada cátion hidro-
gênio reduz de +1 para O.
Realizando as semirreações, temos que:
2+
• Semirreação de oxidação: Zn(s) - Zn + "2'e:::...
• Semirreação de redução: 2 H 1+(aq) + 2-e-:::...- H 2(g)
O zinco metálico (Zn(s)), espécie oxidada, foi o responsável pela redução dos áto-
mos de hidrogênio, por esse motivo o Zn(s) é o agente redutor.
O ácido clorídrico (HCE(aq)) foi o responsável pela oxidação dos átomos de zinco,
por esse motivo o HCE(aq) é o agente oxidante.
Resum idamente temos:
• Oxidação: Zn(s) • Agente oxidante: HCE(aq)
• Redução: H1+(aq) • Agente redutor: Zn(s)
120
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A formaçào da película
avermelhada é
•
A coloraçào azul resultado da deposiçào
da solução indica de cobre metálico
a presenca de sobre a superfície da
íons Cu 2+(aq). chapa de zinco.
~
cobre ganhou 2.
Nesse caso, como há
igualda de tanto na
0 ___
ox_i_
da~ç~à_
o:_~_N_O_X_ =_Z_-l+Z q uantidade t ot al de
átomos de cada
Para fins de estudo, podem-se representar as semirreações de oxidação e de redução. e le mento nos
reagentes e nos
Semirreação de oxidação: O átomo do elemento zinco NOX=O, ao perder 2 elé- produt os qua nto no
trons, aumenta seu NOX e passa a apresentar NOX = +2. A representação desse pro- nú mero t otal de
cesso pode ser feita por: elétrons doados e
recebidos , a equação
q uímica est á
Semirreação de redução: Cada cátion Cu 2+(aq), ao ganhar 2 elétrons, diminui seu ba la nceada.
NOX e passa a apresentar NOX = O. A representação desse processo é:
Oxirredução 121
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A hematita é a principal matéria-prima utilizada na produção de
ferro metálico. O processo industrial para obtê-lo ocorre em altos-fornos
em que o óxido de ferro Ili (Fe 20 3 ) presente no minério é reduzido
pelo monóxido de carbono (CO).
e o e
X y -2 z
03 e o e 02
3 -(-2) =-6 1·Y 1 · (-2) = -2 1 ·z 2 · (-2}=-4
e o e
2·X = +6 -6 1 · Y= +2 -2 1 · Z= +4 -4
X= +3 Y= +2 Z= +4
® Após a divisão pelos coeficientes, temos o NOX de cada átomo de cada ele-
mento no composto.
- co
c+4
1
@ Depois de determinar cada um dos NOX dos átomos formadores das substân-
cias participantes da reação química, é possível verifi car que apenas os átomos
de ferro e carbono tiveram variação no seu NOX. Portanto, podemos determinar
os ramais de oxidação e de redução e as suas respectivas variações.
redução: t.NOX = 3
+3 1 - - - - - - - - - - - - - < 0
(J) O acerto dos coeficientes pode ser feito, por exemplo, considerando-se os re-
agentes da seguinte forma: multiplica-se a variação do NOX (t1NOX) do elemento
pela sua atomicidade na substância reagente.
Fe 2(s) => ferro: tlNOX = 3 · 2 = 6 C(g) => carbono: tlNOX = 2 · 1 = 2
O produto obtido tenderá a ser o coeficiente da outra substância que contém o
outro elemento que também variou o NOX. Assim:
• Fe => tlNOX = 6 :. 6 tenderá a ser o coeficiente do monóxido de carbono
• C => tlNOX = 2 :. 2 tenderá a ser o coeficiente do óxido de ferro Ili
122
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@ Colocando-se esses números como coeficientes das substâncias que compõem
os reagentes que variaram o NOX.
2 Fe20 3(S) + 6 CO(g) - co 2(9) + Fe(s)
Acertando-se os demais coeficientes.
2 Fe 2 0 3(s) + 6 CO(g) -+ 6 C0 2(g) + 4 Fe(s)
® Como todos os coeficientes são múltiplos de 2, podemos simplificar esses co-
eficientes. Dessa forma, obtém-se:
@
dação e de redução.
Fe2Ü3(S) + 3 CO(g)-+ 3 C02(9) + 2 Fe(s)
Redução
Oxirredução 123
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@ Na fórmula do composto Fe 2 0 3 , há três átomos de oxigênio, cada um com NOX = - 2,
resultando na carga total de oxigênio = - 6. A representação do composto não
apresenta desequilíbrio de cargas. Logo, a soma das cargas totais dos átomos
dos elementos participantes é igual a zero.
Assim , atribuindo-se carga x para cada átomo de ferro e montando-se a equa-
ção com a soma das cargas totais dos elementos formadores desse composto,
tem-se: (2 · x) + (- 2 · 3) =O.Ao isolar x, obtém-se o valor x = +3, que corresponde
ao NOX do ferro nesse composto.
@A seguir, colocam -se os NOX em cada um dos elementos presentes nas subs-
tâncias participantes dessa reação química.
Observa-se que cada
átomo de ferro sofre
oxidação ao perder
Fe(s) + 0 2 (g) + H 2 0(v)-.. Fe 2 0 3 • H 2 0(s)
3 elétrons, e cada redução:
átomo de oxigênio O 1-----ô.~N~O~X- =~ 2 -+-;
sofre redução ao
oxidação: ô.NOX = 3
ganhar 2 elétrons. O 1 - - - - - - - - - - - 1 +3
Assim, não há
balanceamento do
total de elétrons
® O acerto dos coeficientes pelo método REDOX pode ser feito da seguinte for-
doados e recebidos.
ma: multiplica-se a variação do NOX do elemento pela sua atomicidade na
Dessa forma, se substância reagente.
considerarmos que os Fe :::} aNOX = 3 · 1 =3
coeficientes
estequiométricos das 0 2 => aNOX = 2 · 2 = 4
substâncias
participantes são
O produto obtido tenderá a ser o coeficiente da outra substância que contém o
iguais a 1, essa outro elemento que também variou o NOX. Assim :
equação química não Fe :::} aNOX = 3 :. 3 tenderá a ser o coeficiente do gás oxigênio
está balanceada.
0 2 => aNOX =4 :. 4 tenderá a ser o coeficiente do ferro metálico
@ Colocam-se esses números nos coeficientes das substâncias que compõem os
reagentes que variaram o NOX.
124
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Eletroquímica
Larissa e Anderson assistiam a um filme quando
o controle remoto da televisão parou de funcionar.
1 Em sua opinião, existe alguma relação entre
química e el etricidade? Cite algun s casos
que você conheça.
Para que alguns aparelhos eletrônicos funcionem, eles necessitam de corrente elé- 1. Resposta pessoal.
Espera-se que os
trica gerada por pil has ou baterias. No interior das pilhas ocorrem reações químicas alunos relacionem os
de oxirredução que geram a corrente elétrica, ou seja, um fluxo ordenado de partícu- elétrons com o conceito
de eletricidade e, dessa
las portadoras de carga elétrica. forma, relacionem
também com a
Vimos que, nas reações de oxirredução, ocorre a transferência de elétrons entre as Química.
substâncias. Por sua vez, os elétrons consistem em partículas portadoras de carga 2. Resposta pessoal.
Espera-se que os
elétrica. o que nos faz concluir que são as reações químicas de oxirredução que ge- alunos digam que,
quando uma bateria
ram a corrente elétrica. para de funcionar,
A área da Química que estuda as reações envolvendo a transferência de elétrons é ocorre seu
descarregamento e, na
a Eletroquímica. sequência, quando
colocada na tomada,
A Eletroquímica estuda as aplicações de transferência de elétrons envolvidas em um novo fluxo de
elétrons ocorre
reações de oxirredução e as suas relações com a conversão da energia química carregando-a
em energia elétrica, e vice-versa. Essa conversão de energia pode ser espontânea ou novamente.
induzida (não espontânea). Um exemplo de processo espontâneo são as reações de
oxirredução que ocorrem em uma pilha, onde duas substâncias. uma com a tendência
de ceder elétrons e a outra com a tendência de receber, estão em contato permitindo
a transferência de elétrons. Essa transferência acontece de forma natural e por isso
caracteriza um processo espontâneo.
Nos casos em que é necessária uma fonte externa de energia para que haja reação
de oxirredução, tem-se um processo induzido (não espontâneo).
Os sistemas eletroquímicos ocorrem em células (ou celas) eletroquímicas, as quais
podem ser classificadas em galvânicas ou eletrolíticas.
Oxirredução 125
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3. Resposta pessoal. Pilhas e baterias
Espera-se que os
alunos compreendam
que, sem o uso de Pense em um aparelho eletrônico movido a pilhas ou baterias. Se esses dispo-
p ilhas e baterias, os
aparelhos d everão sitivos não existissem, como seria possível usar esse aparelho?
permanecer na tomada,
em contato com o fluxo Há uma infinidade de equipamentos eletrônicos, entre eles, telefones celulares,
de elétrons, para que faptops, calculadoras, relógios, câmeras fotográficas, aparelhos de som, equipamen-
funcionem.
tos médicos, controles remotos e brinquedos. Eles necessitam de energia elétrica
para funcionar, a qual geralmente provém de reações de oxirredução que ocorrem no
interior de suas baterias ou pilhas, convertendo, espontaneamente, a energia química
em energia elétrica.
Com a invenção das células galvânicas, houve um avanço nas atividades realizadas
pelo ser humano, cujos estudos iniciaram com experimentos de alguns pesquisadores.
126
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Pilha de Daniell
As pilhas produzidas por Volta apresentavam soluções ácidas que poderiam pro-
duzir gases tóxicos durante suas reações de oxirredução, o que oferec ia riscos à
saúde dos pesquisadores.
Assim, em 1836, o químico inglês John Frederic Daniel! (1790-1845) construiu .
um tipo diferente de pilha, substituindo as soluções ácidas, utilizadas por Volta,
por soluções aquosas salinas.
A célula galvân ica de Daniel! apresentava duas semicelas: em uma delas colo-
cou-se uma barra de cobre parcialmente imersa em uma solução aquosa de su l-
fato de cobre li (CuS0 4 (aq)) e, na outra semicela, uma barra de zinco parcialmente
imersa em uma solução aquosa de sulfato de zinco (ZnS04'aq)}.
O conjunto cons tituído por uma barra de metal parcialmente ime rsa em uma solução aquosa salina John Frederic Da niell.
'•
"' -
de cátion, desse mesmo metal, leva o nome "eletrodo de 'nome do respectivo metal'". Ou seja, o
conjunt o de uma barra de zinco, por exemplo, parcialmente ime rsa em uma s olução contendo
2+
cátions Zn é chamado "eletrodo de zinco".
semicela 1 semicela 2
Ponte salina
Ao ligar as barras dos eletrodos da pilha, ocorre oxidação em um deles e redução no outro.
Os elétrons envolvidos nesses processos migram espontaneamente pelo circuito externo. Assim,
em uma semicela, há aumento da concentração de cátions na solução anódica, fazendo que
nessa solução haja excesso de carga positiva, enquanto na solução da outra semicela há dimi-
nuição da concentração de cátions na solução catódica, adquirindo excesso de carga negativa.
A ponte salina, que interliga as soluções dos eletrodos da pilha, permite a passagem de íons
de uma semicela a outra, tendendo a manter essas soluções eletricamente neutras.
O sal que satura a mistura contida na ponte salina deve ser solúvel, liberando ians positivos
(cátions) e negativos (ãnions). Assim, ocorre a migração de ânions para a solução carregada
positivamente e de cátions para a solução carregada negativamente, mantendo as semicelas
eletricamente neutras e prolongando o funcionamento espontâneo da pilha.
A ponte salina ainda pode ser substituída por uma placa de porcelana porosa.
Oxirredução 127
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Com o passar do tempo, a barra de Nesse caso, os elétrons migram, pelo
zinco metálico vai se oxidando, circuito externo. para a chapa de
perden do elétrons e liberando íons cobre metálico. A placa de cobre
Zn2 + para a solução. Assim , a atrai os íons de Cu 2+ da solução do
solucào desse eletrodo vai ficando eletrodo de cobre, tornando- a mais
~ais concentrada em íons Zn2 +, diluída. Os íons Cu 2+ sofrem redu ção,
diminuindo a massa da barra de transformando- se em cobre
zinco. Isso pode ser representado metálico Cuº, que se deposita na
pela seguinte semirreação: barra de cobre, a umentando assim a
massa dessa barra. Esses
fenômenos podem ser representados
barra solução pela seguinte semirreação:
solução bar ra
Representação da pilha de Oaniell. Há redução do Cu2+ a Cuº.
Polo positivo -
......... eletrodo que recebe
elétrons do circuito
Polo negativo - ,• .··
elétrico.
eletrodo que emite .·..-
elétrons para o
circuito externo.
Com base nas semirreações da pilha de Daniell e na convenção das pilhas, é pos-
sível montar a sua equação global.
A IUPAC recomenda que a pilha seja representada por um d iagrama. O lado es-
querdo do diagrama se refere ao ânodo no qual estão a espécie química que se oxida
e a espécie resu ltante dessa oxidação, separadas por uma barra. A seguir, colocam-
-se duas barras paralelas (indicando que apresenta a ponte salina). Do lado direito do
diagrama, o qual se refere ao cátodo, estão a espécie química que se reduz e a espé-
cie resultante dessa redução, separadas por uma barra também.
128
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Assim, a representação do diagrama da pilha de Daniell pode ser feita da seguinte
forma:
Zn(s) 1 Zn2+(aq) 11
Cu 2+(aq) 1 Cu(s)
-,.......,
ânodo onde pont e cátodo on de
ocorre a oxidação salina ocorre a redução
solução
de sulfato
de cobre Z
n
O lâmina
de zinco
lâmina
de zinco
lâmina
de cobre
•
Na superfície do z in co. deposita- se
Zn(s) o cobre, um metal avermelhado.
A lâmina de zinco está em contato direto com a As lâminas de zinco e de cobre não estão em contato
solução de sulfato de cobre, em que ocorre uma direto, sendo necessário um fio condutor conectando-as
transferência direta de elétrons dos átomos de para haver uma t ransferência indireta de elétrons dos
Zn da lâmina para os íons Cu2+ da solução. átomos de Zn da lâmina para os lons Cu2 + da solução.
Assim, a pilha de Daniell formada por duas semicelas em que as lâminas metálicas
se conectam por circuito externo é um processo espontâneo de t ransferência indire-
ta de elétrons.
/ Atividade resolvida \
R4. A partir da representação esquemática da pilha, faça o que se pede.
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> e) Para obter a equação global da pilha, é preciso fazer o balanceamento de elétrons.
Entretanto, observa-se que a semirreação que ocorre no ânodo libera três elétrons
por átomo de alumínio e a semirreação que ocorre no cátodo recebe um elétron por
cátion Ag 1+. Dessa forma, para balancear os elétrons, calcula-se o mínimo múlt iplo
comum entre os números de elétrons envolvidos, ou seja, entre 3 e 1. Uma maneira
prática de fazê-lo é multiplicar os coeficientes das substâncias de uma dada semir-
reação pelo número que representa a quantidade de elétrons (cedidos ou recebidos)
da outra semirrreação. Assim, em nosso exemplo, multiplicam-se os coefic ientes das
substâncias da semirreação do ânodo por 1 e os coeficientes das substâncias da
semirreação do cátodo por 3.
3+
Ânodo (-): Ae.(s) --. Ae (aq) + ~ (x 1)
1+
Cátodo (+): 3Ag (aq) +3"-e:::.--.3Ag(s) (x3)
1+ 3+
Reação global: AE(s) + 3 Ag (aq) --. Ae (aq) + 3 Ag(s)
voltímetro (1,10V)
Forca
, eletromotriz
Nas pilhas em que há transferênc ia indireta de
fluxo de
elétrons (e- f"' '"
elétrons, eles migram do ânodo para o cátodo
I+ 1-
K ,ce (aq) por meio do circuito externo. Ao ligar um voltíme-
tro a esse circuito externo, é possível medir a for-
ça eletromotriz ou a diferença de potencial da
pilha (ddp).
Como verificamos na ilustração, os elétrons
fluem do ânodo (polo negativo) para o cátodo
(polo positivo), gerando uma corrente elétrica.
soluçào Cada polo apresenta um potencial, isto é, a capa-
e
.2 S0 2 -
· ·· de sulfato 4
,!
., cidade de atrair ou repelir outras cargas elétricas.
de cobre
.3 2- Essa diferença entre a capacidade que cada polo
] soluçào S04
: de sulfato· · . .... apresenta é chamada força eletromotriz ou dife-
de zinco
rença de potencial (ddp).
Voltímetro ligado ao circuito
externo de uma pilha . Os elétrons apresentam carga elétrica negativa, e fluem do ânodo para o cátodo nos
processos espontâneos de oxirredução, assim podemos considerar que o cátodo apre-
senta maior capacidade de atrair os elétrons que o ânodo. Em outras palavras, o
cátodo apresenta maior potencial elétrico.
Voltímetro: aparelho 1 O fluxo de elétrons que se estabelece em um fio condutor sempre vai do ponto de
utilizado para medir a
diferença de potencial menor potencial elétrico para o ponto de maior potencial elétrico. Ao li gar um vo ltíme-
ddp entre dois pontos.
tro nesse fio condutor, é possível verificar a diferença de potencial entre esses pontos.
O voltímetro mede, em volts (V), a diferença de potencial da pilha (ddp). A ddp de
uma pilha é representada por t:,,.E e depende das espécies químicas (eletrodos), das
concentrações das soluções e da temperatura das semicélulas. Assim, foram estabe-
lecidas cond ições padrão iniciais para a determinação da ti..E, as quais são: concen-
tração inicial de cátion metálico da solução eletroquímica é igual a 1 mol/L, pressão
igual a 105 Pa (1 atm) e temperatura igual a 25 ºC. A ddp entre dois eletrodos medida
nessas condições padrão é denominada diferença de potencial entre dois eletrodos
padrão e deverá ser representada por aff.
Na prática, não há como medir diretamente o potencial de cada eletrodo, entretan-
to cada um deve ter o valor de seu potencial E. Dessa forma, escolhe-se um eletrodo
de referência, em função do qual são determinados os potenciais dos outros eletrodos.
130
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O eletrodo de hidrogênio e o potencial padrão
O eletrodo padrão de referência escolhido foi o eletrodo de hidrogênio, ao qual foi
convencionado que E~0 iH 1+1H 2 ) = O,OOV. Ele é composto por um tubo de vidro con-
tendo uma placa de platina imersa em uma solufão de íons H i+(aq) a 1 mol/L e 25 ºC,
na qual é injetado gás hidrogênio à pressão de 10 Pa (1 atm), conforme esquema abaixo.
tubo de vidro
•
para conter H 2 (g) .................. ··
H..
o:
.3
Para determinar o valor dos demais eletrodos, montam-se pilhas em que um dos
eletrodos é o padrão de hidrogênio, e o outro será aquele com que se deseja deter-
minar o potencial em relação ao padrão.
• Quando o eletrodo padrão de hidrogênio func iona como ânodo, o hidrogênio (do
gás hidrogênio) é oxidado, aumentando a concentração de íons H 1+(aq) em solução.
1+
H 2(g)-2H (aq) + 2e-
Nesse caso, o outro eletrodo da pilha será o cátodo apresentando maior potencial
de redução.
E~ed(cátodo) > E~ed( H 1+IH 2 ) :. E:d(cátodo) > O,OOV.
Nesse caso, o outro eletrodo da pilha será o ânodo apresentando menor potencial
de redução.
Oxirredução 131
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Ao compararmos os potenciais padrão de redução dos eletrodos, verificamos que
o cobre apresenta potencial padrão de redução maior que o do zinco. Assim, nessa
célula galvânica, ocorrerá redução (cátodo) no eletrodo de cobre e ocorrerá oxidação
(ânodo) no eletrodo de zinco. Substituindo-se os valores dos potenciais na expressão
o ,
de .6.E , obtem-se:
/ Atividade resolvida \
R5. As representações das equações globais e os cálculos das ddp padrão das demais
pilhas podem ser feitos da mesma forma que fizemos para a pilha de Daniel!. Assim ,
considere os potenciais padrão de redução do lítio e do alumínio.
1+ O
Li (aq) + e-- Li(s) E,ed = -3,05 V
Ae3+(aq) + 3 e- --+ Ae(s) E~ed = -1 ,66 V
o
Monte a equação global de uma pilha entre esses dois eletrodos e calcule sua .6.E .
Resolução
Observando os potenciais padrão de redução, verificamos que o valor do potencial
padrão de redução do alumínio é maior que o do lítio. Assim, nessa célula galvânica
(pilha}, o alumínio deverá se reduzir e o lítio se oxidar. Logo:
oxidação 1+ o
Li(s) Li (aq) + e- E oxi = + 3,05 V
3+ redução o
Ai (aq)+3e- Al'.(s) Ered = - 1,66V
Nessas semirreações , vê-se que cada cátion recebe três elétrons e cada átomo de
lítio perde apenas um elétron. Assim, para balancear os elétrons envolvidos nessas
semirreações, deve-se multiplicar a semirreação do lítio por 3 e a do alumínio por 1.
O módulo do valor do potencial padrão é mantido mesmo que a semirreação seja
multiplicada ou invertida. Assim:
1+ o
Ânodo (- ): 3 Li (s)--+ 3 Li (aq)+3'-e:::. Eoxi = +3,05 V
3+ o
Cátodo(+): Ae (aq) + 3--e:::. --+ Ae(s) Ered = -1 ,66 V
3+ 1+ o
Reação global: 3 Li(s) + Ae (aq) --+ 3 Li (aq) + Ae(s) .6.E = +1,39 V
O diagrama dessa pilha pode ser representado por Li(s) 1 Li 1+(aq) 11Ae 3 +(aq) 1 Ae(s)
132
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Tabela de potenciais de redução de alguns eletrodos
Com base em vários experimentos, usando como referência o eletrodo padrão de
hidrogênio, foram determinados os potenciais de redução de várias espécies quími-
cas. A tabela a seguir fornece os principais potenciais e as semirreações de redução
em relação ao potencial padrão de hidrogênio, obtidos experimentalmente.
•
+-- -
Co3 +(aq)+e- ~ Co2+(aq) +1,81
1
Pb0 2(s)+so!- (aq)+4 H 1+(aq)+ 2e- ~ PbS0 4(s) + 2H 20 (e) +1,67
-
Mn0~- (aq)+8 H+(aq)+5e- ~ Mn2+(aq)+4H 2 o (e) +1,51
+ -
Au3+(aq) + 3e- ~ Au(s} +1,40
,_
c e2(g)+2e- ~ 2ce (aq) +1,36
1
2- 1+ 3+ t-- -
Cr 20 7 (aq) + 14 H (aq) + 6e- ~ 2 Cr (aq) + 7 H 20(e) +1,33
-
Mn0 2(s)+4H1+(aq)+2e- ~ Mn 2+(aq}+2H 20(e) +1,23
2+
Cd (aq)+2e- ~ Cd(s) - 0,40
-
Fe2+(aq)+2e- ~ Fe(s) -0,44
Oxirredução 133
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Atividades ~~ Resolva as atividadas no caderno.
t
em água é conhecido como água oxigenada. O - 0,25
H 20 2 é um agente oxidante. mas pode também Fe 2+(aq) + 2 e---+ Fe(s) - 0,44
atuar como agente redutor. dependendo da rea-
ção. Na equação:
ri
_ _Mg2+(aq) +2e---+ Mg(s) - 2,37
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Pilha comum ou pilha seca ácida
4 O q ue devemos fazer com a pilha comum q uando ela d ei xa de fornecer
energi a ao apare lho eletrônico? A pilha descarregada dev!'l. ser encaminhada
a postos de coleta espec1f1cos.
Em 1866, o engenheiro francês Georges Leclanché (1839-1882) desenvolveu a
pilha seca ácida, pois até então só existiam pilhas que usavam soluções aquosas.
A reação da pilha seca ácida ou pilha de zinco-carbono é considerada irre-
versível. Assim, quando os seus reagentes forem consumidos, a pilha comum
deixa de funcionar. A estrutura da pilha seca ácida e a função de cada item
estão representadas no esquema a seguir.
oxidaçào 2+
Zn(s)----) Zn (aq) + 2 e-
Os dois sais presentes no eletrólito têm caráter ácido, daí o nome pilha seca ácida.
Assim, os elétrons perdidos pelo zinco são conduzidos pela barra de grafite até o dióxi-
do de manganês, que é reduzido a trióxido de manganês, de acordo com a seguinte
semirreação:
+4 1+ reduçào +3
2 Mn0 2(aq) + 2 NH 4 (aq) + 2 e- Mnp 3(s) + 2 NH 3(g) + H20(!1.)
2+
Ânodo(- ): Zn(s) --.Zn (aq) + "2'a:::.
1+
Cátodo(+): 2 Mn02(aq) + 2 NH4 (aq) + 2'8.::..- -t Mnp3(S) + 2 NH3(g) + H20( e)
Assim, a ddp inicial de uma pilha seca ácida é de 1,5 V, mas, durante o seu funcio-
namento, a amônia ( NH 3(g)) formada durante a semirreação de redução (cátodo) pode
envolver a barra de grafite, dificultando a passagem dos elétrons e diminuindo a volta-
gem da pilha.
Em geral, para que ela volte a funcionar, basta tirá-la do equipamento e deixá-la em
repouso. Dessa forma, o cátion Zn 2+(aq) formado durante a semirreação de oxidação
(ânodo) tende a reagir com a amônia, deixando a barra de grafite livre .
Oxirredução 135
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Quando o Mn0 2 (aq) for totalmente consum ido, a p ilha cessará seu funcionamento.
No entanto, mesmo não estando totalmente descarregadas, as pilhas não devem ser
mantidas dentro do aparelho porque o eletrólito continua a oxidar, podendo corroer
lentamente o envoltório da p ilha e consequentemente perfurá-lo, o que causaria vaza-
mento da pasta com eletrólito, que, além de tóxica, pode oxidar as partes metálicas
do equipamento.
A p ilha seca ácida ou pilha de zinco-carbono apresenta d iferença de potencial de
1,5 V, e pode ser usada em aparelhos eletrônicos, brinquedos, controles remotos e em
algumas lanternas.
5 Uma pilha comum nova que não esteja em uso está perdendo sua carga? Jus-
ti fique sua resposta. Sim. As substâncias em seu interior reagem entre si e dissipam
a carga armazenada. Contudo, a princípio, a velocidade dessas reações diminui
6. Resposta pessoal. quando a pilha é colocada na geladeira.
Espera-se que os
alunos já tenham Pilha seca alcalina
notado a existência da
p ilha alcalina. Quanto à 6 Entre as pilhas secas à venda, você já notou
d iferença entre esta e
a pilha seca comum, que existem as alcali nas? Você sabe o que
espera-se que eles diferencia a pilha seca alcalina da pi lha seca
saibam que a alcalina
tem maior durabilidade. comum?
Em 1880 foi desenvolvida a pilha seca alcalina, que recebeu esse nome em função
da natureza básica (alcalina) de seu eletrólito, uma mistura aquosa com aproximada-
mente 30% em massa de hidróxido de potássio (KOH(aq)). A estrutura da pilha seca
alcalina e a função de cada item estão representadas no esquema a seguir.
O esquema ilustrado é
representativo. As cores e O ânodo da pilha alcalina é
proporções dos elementos .. cátodo (barra de grafita)
não são as reais. um f ino cilindro de aço
envol to po r zinco metálico ...... ,_
em pó, em contato com o · · eletrólito ( past a de Mn02 e KOH)
eletrólito KOH(aq).
.. absorvente/separado r
O cátodo apresenta anéis de dióxido
de manganês (MnOiCsl) revestidos ... ....... .
por uma camada de aço niquelado e .. invólucro de aço
um isolante de nylon.
.•· terminal -
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Outros tipos de pilhas As pilhas de níquel-c:ádmio apresentam
um problema c:onhec:ido por "efeito
Como alguns tipos de pilhas contêm metais pesados, seu descarte memória". Neste c:aso, a pilha dá sinal de
inadequado provoca danos ambientais. Nesse sentido, as pilhas recar- estar c:arregada totalmente, apesar de
regáveis são uma boa alternativa para diminuí-los. Entre elas, atualmen- não estar. Já as pilhas de níquel-metal-
te destacam-se as pilhas de níquel-cádmio. Além disso, desde 1990 ·hidreto não apresentam o "efeito
memória".
existem as pilhas de níquel-metal-hidreto e íons de lítio.
As pilhas de níquel-cádmio {Ni-Cd) são recarregáveis e apresentam
uma ddp de 1,3V. Elas podem ser usadas em eletrodomésticos, apa-
relhos sem fio, notebooks, telefones celulares etc. O eletrólito dessa
pilha é uma mistura de KOH e Niü(OH).
As semirreações e a equação global da pilha de Ni-Cd podem ser
dadas por:
Reação global: Cd(s) + Ni02(S) + 2 H2o(e) ---t Cd(OH)isl + Ni{OH)2(S) Pilha de níquel- cádmio.
Gravura de Raymond
Gaston Planté.
Oxirredução 137
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A estrutura de uma bateria de automóvel e a função de cada item estão represen-
tadas no esquema ao seguir. Observe-o.
..... polo negativo
ligação em série-.,
···....
placa de chumbo
.................... revestida por óxido de
Os esquemas ilustrados são chumbo IV
representativos. As cores e
propOíções dos elemen1os
não são as reais. · ····· pilhas de 2V cada uma
Esquema de uma
bateria automotiva.
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Células de combustível
Com o desenvolvimento tecnológico, muitas
inovações com o intuito de conservar o meio am-
biente têm sido desenvolvidas. Uma delas é a utili-
zação de células de combustível de gás hidrogênio
em veículos, como o apresentado na fotografia ao
lado.
•
8 Há vantagem ambiental no uso de hidrogên io
como combustível? Por quê?
As células de combustíve l convertem gases engenheiros estadunidenses.
hidrogênio (H 2 (g)) e oxigênio (0 2 (9)) em água Apresenta d imensàes de
O esquema ilustrado é
representativo. As c ores e
fluxo de fluxo de proporçàes dos elementos
elétrons·· ... : ....-elétrons
não são as reais.
!
.. 0
o
+
+.
oxidação, formando prótons H .
As semirreações que ocorrem nos eletrodos e a reação global das células de com-
bustível de hidrogênio podem ser representadas pelas equações:
Reação global:
Oxirredução 139
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Eletrólise
A eletrólise é um processo de oxirredução não espontâneo provocado pela energia
elétrica proveniente de um gerador. Em geral, nos processos de eletrólise são util iza-
dos eletrodos inertes de platina ou de grafite.
Para a ocorrência de eletró lise, é necessária a presença de íons livres no sistema
Eletrodos inertes:
são feitos de materiais (célula eletrolítica), os quais podem vir por fusão de um composto iônico ou por ioni-
que não são rea tivos e ,
por isso, não participam
zação ou dissociação de alguns compostos em água. O esquema abaixo representa ,
da reação química. de forma simplificada, uma eletrólise.
Eletrólise ígnea
A eletrólise íg nea (do latim igneus = ardente) é feita com o eletrólito na fase líquida,
ou seja, a substância iônica está fundida e em ausência de água. A célula eletrolítica
é feita de materiais que suportam altas temperaturas. Nela são co locados eletrodos
inertes que conduzem corrente elétrica, os quais geralmente são de platina e grafite.
Na indústria, a eletrólise ígnea é bastante utilizada para obter substâncias nas formas
simples atômicas (metais alcalinos, metais alcalinos terrosos, alumínio) e moleculares
(halogênios).
Vamos estudar a eletrólise ígnea do cloreto de sódio (Nace), um composto iônico
que apresenta alto ponto de fusão 801 ºC. Assim, tem-se:
140
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As equações das semirreações e a reação global de eletrólise ígnea do cloreto de
sódio podem ser representadas por:
o
Ânodo: Eoxi = - 1,36V
o
Cátodo: 2 Na1+(e) + 2-s:::.--+ 2 Na(s) E red = - 2, 71 V
Reação global: 2 c e,- (e) + 2 Na 1+ ( e) - ce 2 (g) + 2 Na(s) 6. E 0
= - 4,0?V
Nesse processo, observa-se a força eletromotriz e:.. E0 < O. Logo, trata-se de um pro-
cesso não espontâneo.
Na eletrólise ígnea da alumina, por exemplo, obtém-se o minério de alumínio, que é
a bauxita. uma mistura de óxido rica em óxido de alumínio di-hidratado (Ae 2 0 3 · 2 H2 0(sl).
Ao separar esse óxido das demais impurezas da bauxita, obtém-se a alumina
(At 2 0 3(s)), cujo ponto de fusão é 2 060 ºC. Dado o seu alto ponto de fusão, é neces-
sário adicionar a essa substância, durante o processo de fusão, um fundente especí-
•
fico, no caso, um tipo de fluorita conhecido como criolita, que é fluoreto duplo de
sódio e alumínio (3 NaF · AeF 3 (s) ou Na 3 Aff 6 (s)). Fundente: substância que
1 baixa o ponto de fusão de
Assim, a mistura de alumina e criolita funde-se a aproximadamente 1 OOOºC. outra substância.
Oxirredução 141
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Eletrólise em solução aquosa
Em soluções aquosas, além da presença dos íons do eletrólito, há íons provenien-
tes da água. A ionização da água pode ser representada simplificadamente por:
A dissociação do soluto vai originar íon s. Dessa forma, pode-se ter mais de um tipo
de cátion e mais de um tipo de ânion na solução. Os cátions (H+) são provenientes da
água. Já os ânions (oH-) são provenientes da água.
Nos eletrodos, durante um processo de eletrólise em solução aquosa, há facilidade
de descarga de cátions e/ou de ânions. É necessário saber, então, quais os cátions
apresentam maior faci lidade de descarga em relação ao íon Hl + da água e quais os
ânions têm maior facilidade de descarga em relação ao íon OH 1- da água. O termo
descarga é usado como sinônimo de perda de carga elétrica, de modo que a subs-
tância se torne uma espécie eletricamente neutra.
Ao receber elétrons, o cátodo sofre descarga tornando-se uma espécie eletrica-
mente neutra.
Cátions
Metais alcalinos
( Li 1+ , Na 1+, K 1+ , . . .)
Demais metais
Metais alcalinos terrosos
Alumínio ( Ae3 +)
Ânions
Ânions oxigenados
2- ,_ 3- Ânions não oxigenados ( Ct 1- . Br 1- , 11- )
( so4 , N03 , P04 , ceo31- • • • •) 0H
1-
142
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+
Na eletrólise de solução aquosa de cloreto de sódio (Nace(aq)), há:
• dissociação do eletrólito:
_______, _______,
soluçào cátodo ânodo
Oxirredução 143
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Veja a seguir como a equação global da eletrólise em solução aquosa do nitrato de
cobre li pode ser obtida.
Reação global: 2Cu(N0 3 ) (aq) + 2Hp(t) - 4H 1+(aq)+4N O~- (aq) + 2 Cu(s) + 0 2(9)
2 -------- '--...--' '-.--'
solução cátodo ânodo
144
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/ Atividades resolvidas\
R6. Na figura a seguir, há um esquema de eletrólise, em que se deseja dourar um anel
feito em alumínio. fluxo de elétrons
~
cátodo
•
âno do
placa d e ... ...- ane l de alumínio (Af) para
o uro (Au) ··· ser re vestido de ouro
solução de nitrato de
Es q uema de ele trólise para
ou ro 111, ( Au( N0 3 ) 3 ) dourar um anel de alumínio.
O anel é ligado ao polo negativo da bateria (cátodo da eletrólise) e uma barra feita de
ouro é ligada ao polo positivo da bateria (ânodo da eletrólise). Em seguida, os metais
são parcialmente imersos em um banho eletrolítico composto por uma solução de
nitrato de ouro Ili (Au (Nü 3 ))aq)) .
Represente as semirreações que ocorrem nesses eletrodos ao passar corrente elétrica
pelo sistema.
Resolução
Ao passar corrente elétrica pelo sistema:
no ânodo: ocorre oxidação do ouro e a placa desse metal é consumida.
ânodo: Au(s) - Au 3 +(aq) + 3 e-
no cátodo: ocorre redução do cátion ouro Ili, havendo deposição sobre o anel de
alumínio (condutor).
cátodo: Au 3 +(aq) + 3 e-__, Au(sl
R7. A corrosão dos metais, particularmente a do metal ferro, resulta em grandes prejuízos
econômicos para a sociedade. Assim , para protegê-los, pode-se utilizar a técnica da
proteção catódica. Já vimos que a ferrugem se inicia com a oxidação do ferro
( Fe(s) - Fe2+(aq) + 2 e-) em contato com o ar úmido. Na técnica da proteção catódi-
ca, para reverter a oxidação, pode ser usado um eletrodo de sacrifício ou " metal de
sacrifício". Para isso, coloca-se em contato com o objeto de ferro outro metal que possa
oxidar no lugar dele (ou liga de ferro, como o aço), daí o termo "metal de sacrifício".
Com base nisso, responda: qual dos metais do quadro a seguir pode ser usado como
metal de sacrifício? Justifique sua resposta.
Potencial padrão de redução (volt)
,2+ .
N1 (a q) + 2 e- __. N1(s) -O, 23
2+
Mg (aq) + 2 e- - - Mg(s) - 2, 36
Resolução
Ao observar o quadro de potenciais padrões de redução, tem-se a seguinte re lação de
tendência de redução: níquel > ferro > magnésio. Assim, se colocarmos níquel em
contato com o objeto de ferro, ele será reduzido e fará que o ferro se oxide, pois apre-
senta maior potencial padrão de redução. Entretanto, se colocarmos magnésio em
contato com o objeto de ferro, ele se oxidará porque apresenta menor potencial pa-
drão de redução. Assim, ao ligar urna peça de ferro ao metal magnésio, tem-se uma
célula galvânica (pilha), em que o ferro é o cátodo (reduz) e o magnésio é o ânodo
(oxida). Logo, em contato com o ar úmido, o magnésio pode ser usado como metal de
sacrifício para um objeto de ferro.
Oxirredução 145
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Aspectos quantitativos de eletroquímica
Nos processos eletroquímicos, sejam celas galvânicas (pilhas) ou celas ele-
trolíticas (eletrólise), o número de elétrons liberados pelo ânodo é igual ao nú-
mero de elétrons que chegam ao cátodo.
Em 1834, o cientista britânico Michael Faraday (1791 -1867) estabeleceu a
relação entre o número de elétrons transferidos e a quantidade de matéria
da espécie que se oxida ou reduz. Para entender essa relação, veja o exern-
pio a seguir. 2+
Ni (aq) + 2 e----. Ni(s)
6, 02 . 102 3 elétrons
/ Atividade resolvida \
fl8. Em geral, o magnésio é obtido industrialmente a part ir da eletrólise íg nea do cloreto
de magnésio (Mgce 2 ) . Determine o volume (medido nas CNTP) de gás produzido no
ânodo dessa eletrólise após 1h20min com intensidade de corrente contínua igual a 48,25 A.
Dados: volume molar de um gás nas CNTP = 22,4 L/mol;
massa atômic a do Mg = 24 u.
Resolução
Inicialmente deve- se determinar a quantidade de carga
elétrica Q que passou pelo circuito. Sabendo então que
1h20min = 60 . 60 + 20. 60 = 4800 s
Q = i · t => Q = (48,25 A)· (4 800 s) => Q = 231 600 C Roda de veículo feita de magnésio.
>
146
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> Considerando-se as semirreações eletrolíticas.
Semirreação catódica: Semirreação anódica:
•
22,4 L _ _ 2 - 96500 C
231600 c __ m v _ _ 231500 e
Química em foco
Oxirredução 147
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Atividades ~~ Ri,s,o\va as atividades na caderno.
Cu Mg
Catedral da
Sé, Localizada
na cidade de
,.
soluçào de Esquema para oxirreduçào. solução de s ulfato
Sào Paulo,
sulfato de cobre de magnésio
fotografada
em 2010. a) Qual metal se oxida?
7. (Enem/MEC) b) Qual metal se reduz?
Eu também podia decompor a água, se fosse e) Indique o sentido dos elétrons.
salgada ou acidulada, usando a pilha de Daniell d) Qual das lâm inas sofre corrosão?
como fonte de força. Lembro o prazer extraordi- e) Escreva as semirreações de oxidação e redu-
nário que sentia ao decompor um pouco de ção.
água em uma taça para ovos quentes, vendo-a f) Escreva a reação global da pilha.
separar-se em seus elementos, o oxigênio em g) Escreva o diagrama dessa pilha.
um eletrodo, o hidrogênio no outro. A eletricidade
h) Qual o valor da ddp da pi lha?
de uma pilha de 1 volt parecia tão fraca , e no
entanto podia ser suficiente para desfazer um 9. (Enem/MEC) A eletrólise é muito empregada na
composto químico, a água ... indústria com o objetivo de reaproveitar parte
SACKS. O. Tio Tungstênio: memórias de uma infância química.
São Paulo: Cia. das Letras. 2002.
dos metais sucateados. O cobre, por exemplo,
é um dos metais com maior rendimento no pro-
O fragmento do romance de Oliver Sacks relata
cesso de eletrólise, com uma recuperação de
a separação dos elementos que compõem a
aproximadamente 99,9%. Por ser um metal de alto
água. O princípio do método apresentado é uti-
valor comercial e de múltiplas apl icações, sua
lizado industrialmente na:
recuperação torna- se viável economicamente.
a) obtenção de ouro a partir de pepitas.
Suponha que, em um processo de recuperação
b) obtenção de calcário a partir de rochas . de cobre puro, tenha-se eletrolisado uma solução
e) obtenção de alumínio a partir da bauxita. de sulfato de cobre li (CuS0 4 ) durante 3 h, empre-
d) obtenção de ferro a partir de seus óxidos. gando-se uma corrente elétrica de intensidade
e) obtenção de amôn ia a partir de hidrogênio e igual a 10 A. A massa de cobre puro recuperada
nitrogênio. é de aproximadamente:
Dados: Constante de Faraday F = 96 500 C/ mol;
8. Utilizando a tabela de valores de potenciais de re-
Massa molar do cobre = 63, 5 g/mol.
dução, apresentada na página 133, e os dados da
ilustração seguinte, responda. a) 0,02 g.
Dados: Potenciais padrões de redução b) 0,04 g
o e) 2,40 g.
Cu 2+(aq) + 2 e- - Cu(s) E = + 0,34V d) 35,5 g.
2+
Mg (aq) + 2 e- - Mg(s) Eº= - 2,36V e) 71,0 g.
148
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10. Considere que em um experimento hipotético para 1) Indique a sequência de montagem da pi lha,
exemplificar a diferença entre eletrólise ígnea e identificando as placas 2, 3 e 4.
eletrólise em solução aquosa, utilizou-se duas li) Escreva a equação da semirreação co rres-
celas eletrolíticas, conforme a ilustração a seguir. pondente ao eletrodo formado pela placa
-- ~ Os esquemas
ilustrados são
representativos. As
cores e proporções
não são as reais .
-- ~ Ili) Identifique a placa onde será conectada a
extremidade do fio correspondente ao polo
positivo da pilha.
•
IV) Identifique a placa de feltro contendo a so-
lução onde ocorre aumento da concentração
de íons positivos .
.............. ...............,
.
,
; ~ .....
1
H'+
Cf
1-
ce I- Pesquise sobre as porcentagens mínimas de
cada componente em uma pilha ou bateria para
que seu descarte no lixo comum seja adequado.
Quais tipos de danos esses componentes podem
causar ao meio ambiente caso a pilha seja des-
cartada indevidamente?
cela 1 cela li
Esquema para eletrólise ígnea e aquosa. 13. (Unicamp-SP) Uma alternativa promissora para os
motores de combustão são as celas de combus-
Na cela 1, foi colocado cloreto de magnésio fun -
tível que permitem, entre outras coisas, rendi-
dido(MgCt2jfundido)) e, na cela 11 , uma solução
mentos de até 50% e operação em silêncio. Uma
aquosa de c loreto de magnésio (Mg Cl 2 jaq)).
das mais promissoras celas de combustível é a
Que material se forma no cátodo de cada uma
de hidrogênio, mostrada no esquema seguinte:
dessas celas? Justifique sua resposta.
········- motor e lé trico
11 . (UFRJ) Um experimento utilizado no estudo de
eletroquímica consiste em empilhar uma placa
de cobre e uma placa de zinco, e duas placas de
feltro, uma embebida em solução padrão de sul-
fato de cobre, e outra em solução padrão de reagente - ....
Oxirredução 149
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Oficina de Química ~
Pilha cítrica
~ /Ponto zero
Como já vimos, as pilhas são sistemas em que reações espontâneas de oxirredução convertem
energia química em energia elétrica. Atualmente existem vários equipamentos movidos a esse
sistema ·A queima de combustíveis fósseis, termoelétrica, eólica, nuclear e
· hidroelétrica são algumas formas de geração de energia elétrica.
• Além das pilhas, quais outras formas de obtenção de energia elétrica você conhece? ·
Em razão da diferença de potencial entre dois materiais presentes em um mesmo sistema con-
dutor, quando eles entram em contato entre si, tem-se o fluxo ou o movimento de elétrons de
forma ordenada. Esse movimento ordenado de elétrons é denominado corrente elétrica, a qual
acaba promovendo o funcionamento de vários equipamentos, como relógio de pulso, celular, lan-
terna, MP3, entre outros.
Na pilha de Daniel!, há reação espontânea de oxirredução entre os eletrodos de zinco e cobre,
produzindo, assim, energia elétrica.
Com base nesse conhecimento, você acredita que seria possível ligar uma calculadora utilizan-
do limões, parafusos, pedaços de fios e moedas de 5 centavos? Veja a seguir como fazer esse
experimento.
Ol}3 / Materiais
• 1 limão grande
• 1 placa de zinco de aproximadamente 2 cm de largura e 8 cm de comprimento
• 1 pedaço de fio sólido e grosso de cobre
• 2 fios de cobre de aproximadamente 30 cm cada ou 3 cabos com garra "jacaré"
• faca ou estilete
• calculadora ou voltímetro
• palha de aço ou lixa de papel
• alicate desencapador de fio
~/Mãos à obra
@ Desencape aproximadamente 5 cm de cada uma das extremidades dos dois fios de cobre.
150
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® Conecte a extremidade livre do fio fixado na placa de zinco ao conector
preto (negativo) do voltímetro, ou no conector negativo da calcu ladora.
(D
Observe o que aconteceu com o voltímetro (ou com
a calcu ladora) após realizar o procedimento G.
l imão
Oxirredução 151
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44·i!iii9iii•Miiiitf~ ---·~~-~-~ti·~~-~ã~--d~-~l·á~~-i-~~--······························································
V
Conhecendo
Você já deve ter reparado que alguns objetos têm aparência
metálica, mas ao tocá-los percebemos que são feitos de outro
material, como o plástico. Isso é passivei graças a processos de
eletrodeposição. O plástico (copo límero) que costuma ser
usado é o ABS, sigla para acrilonitrila butadieno estire·
no ((c 8 H8 · C 4H 6 · C 3 H3 N)J . Esse tipo de plástico é escolhido
para o processo de eletrodeposição porque passa a ser condu -
tor elétrico por meio de tratamentos físicos e químicos .
O ABS metalizado pelo processo de eletrodeposição é co-
mum em indústrias automobilísticas, moveleiras. de acessórios
sanitários e de equipamentos eletrônicos.
Em relação a uma peça metálica, a de plástico metalizado
apresenta vantagens por causa da redução de massa, faci litan-
do, assim, o seu transporte e a quantidade de energia gasta no
processo de metalização.
Copolímero: é uma macromolécula (pollmero) fo rmada pela adição de unidades Peças e m ABS metalizadas pelo
1
sucessivas de moléculas diferentes, e cac:la uma é denominada monômero. processo de e letrodeposiçã o.
Estudando
O processo de metalização do ABS pode ser dividido em duas etapas: a química e a eletrolítica.
A fase química consiste na preparação do plástico para que ele conduza corrente elétrica.
Inicialmente, as peças em ABS são limpas e polidas. Em seguida, são colocadas em tanques
com soluções ácidas, entre elas a de ácido crômico (H2 Crü 4 ), as quais oxidam o butad ieno
(C4 H6 ) e dão origem a microporos na superfície da peça. A seguir, são encaminhadas a um t an-
que com solução de íons de paládio (Pd 2 +). que em contato com o ABS se reduzem, preenchen-
do os microporos da superfície do plástico.
Depois, as peças são encaminhadas para a última etapa da fase química, conhecida como
revestimento por níquel químico. Nela, inicia-se a deposição de níquel a partir dos pontos de pa-
ládio presentes na superfície do copolímero, estendendo-se por toda a superfície da peç a. Essa
fina película metálica é capaz de conduzir corrente elétrica.
A próxima fase refere-se à eletrolítica , cujo propósito é revestir as peças com camadas metáli-
cas pelo processo de eletrodeposição (galvanização), conferindo-lhes maior resistência mecânica
e química, além de apresentar melhor acabamento estético.
Peça de p lástico ABS antes do p rocesso de metalização. Peça d e p lástico ABS após o p rocesso de m etalização .
152
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O processo de eletrodeposição consiste em
mergulhar a peça em um banho eletrolítico a
fim de que, por meio da passagem de corrente
elétrica, os íons metálicos presentes na solução
se depositem sobre ela, criando finas camadas
metálicas que revestem toda a superfície. Em
geral, esse revestimento é feito com camadas
de cobre, níquel e um acabamento final em
cromo.
Objetos feitos de diferentes materiais, como
madeira, tecido, gesso e resina, podem ser
metalizados. A técnica pode ser empregada
também na restauração de artefatos metálicos,
como talheres, fechaduras , troféus e antiguida-
des. Existem profissionais que oferecem serviços
de metalização de objetos utilizados na infân-
cia, como chupetas e sapatinhos para serem Fotografia do tanque onde ocorre o banho eletrolítico,
guardados de lembrança. uma das etapas do processo de metalízaçào.
Fotografia de
sapatos de bebê
que passaram
pelo processo de
Colher de metal após a eletrodeposiçào de met a lizaçào.
uma camada de prata.
*Durante o
processo de
Na metalização de objetos da infância, deposita-se uma camada de cobre. O objeto acobreado '!1~dtalização, 0
act o crom1co
apresenta acabamento em bronze, ficando enrijecido como uma peça de metal, sem perder libera névoas
tóxicas que
características originais, como textura e marcas deixadas pelo uso. A metalização, de forma geral, devem ser
pode se apresentar em tons de bronze, prateado e dourado. retiradas do
local com a
ajuda de
2. O cromo hexavalente é tóxico, pois em contato com o ser humano desencadeia exaustores e
Conversando processos de irritações e de corrosão. Segundo especialistas, se for inalado ele ainda filtros. Em
pode ser carcinogênico. • seguida,
1. Escreva em seu caderno a semirreação de redução do paládio. Pi+(aq) + 2 e- - Pd(sJ ~ee;~;d!~r
2. A solução de ácido crômico (H2 Crü 4 ) está presente nas etapas de oxidação do butadieno e ~~~~ii:;~nte
na cromagem do ABS. Essa solução ácida é fonte de crômio hexavalente (cr6+) . Com base liberadas para
o meio
nisso, pesquise sobre os danos que esse íon pode causar aos técnicos em metalização e ambiente. o
à população, bem como as ações preventivas que as indústrias desse ramo podem tomar ~~~1~~ª~~0
a esse respeito. Registre essas informações no caderno. deáve usar
m searas
3. Por que as indústrias estão substituindo algumas peças de metal por peças de ABS metali - ~~~~~~:~~ver
zadas? Peças de plástico têm custo menor de produção, de energia próximo aos
e de transporte, além de serem mais leves que as metálicas. tanq~es ql!e.
4. Se você fosse metalizar algum objeto para guardar de lembrança qual seria? Por quê? ~~;:~0 ~. acido
Espera-se que os alunos citem objetos que de certa forma marcaram alguma etapa de suas vidas. ·
**Como já foi explicado, as soluções de crômio hexavalente ( Cr6 +) devem ser reduzidas para crômio trivalente ( Cr3 +) .
Após esse tratamento químico, podem ser descartadas no meio ambiente. Isso diminui os riscos de Oxirreduçào 153
contaminação do solo e da água, pois o crômio trivalente é um íon mais estável que o hexavalente.
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Atividades complementares .·······.
.
·. ............. ................................................................. _...· §
~ª R@sa lva as atividades na caderno
4 . (UFG-GO)
HAGAR CHRIS BROWN€
Maçã clara .
~
so o cobre metálico vai se depositando sobre
um dos eletrodos, ficando livre das impurezas.
O desenho a seguir mostra esquematicamente
J Fe2+ + 2e·,;====, Fe E° = + 0, 44 V
O esquema
ilustrado é
representativo.
As cores e
5. (Unicamp-SP) Uma aplicação bastante moderna
proporções dos diz respeito à utilização do vid ro em lentes fotos-
elementos não
são reais. sensíveis empregadas na confecção de óculos de
cloreto de prata e cristais de cloreto de cobre 1.
Quando a luz incide sobre a lente, ocorre uma
solução de s ulfa to
reação de oxidação e redução entre os íons clo-
··de cobre li
reto e os íons prata, o que faz com que a lente
Purificação de
cobre metálico.
se torne escura. Os íons cobre 1, também por
uma reação de oxidação e redução, regeneram
154
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os íons cloreto consumidos na reação anterior, 8. Utilizando os dados contidos na ilustração a se-
sendo que a lente ainda permanece escura. Ao guir, responda:
ser retirada da exposição direta à luz, a lente
torna-se c lara, pois os íons cobre li, formados
na reação de regeneração dos íons cloreto, rea-
gem com o outro produto da primeira reação.
Intensidade de corrente
········· ····· ·····zinco m e tálico elétrica de célula eletrolítica
Esquema da i/Ampéres
pilha de Oa niell. 2,0
N
;"-..
1,5
Qual das substâncias a seguir, dissolvida em e
~
.<!
,3 1,0
~
água, você escolheria para colocar no compar-
j
t imento B a fim de que a pilha possa p roduzir
!~ 05
eletricidade? Justifique: ' 1
;
List a: HCi, z nce., CuS0 4, H2SÜ4, Na2S0 4, 1,, 0,0
0,5 1,0 1,5 2,0
t/horas I
PbS0 4 , ZnS0 4 s
=~
Oxirredução 155
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Lixo eletrônico precisa de destinação diferenciada
Lixo Eletrônico é todo resíduo material produzido pelo
descarte de equipamentos eletrônicos. Com o elevado
uso de equipamentos eletrônicos no mundo moderno,
este tipo de lixo tem se tomado um grande problema am-
biental quando não descartado em locais adequados.
Este descarte é feito quando o equipamento apresenta
defeito ou se toma obsoleto. O problema ocorre quando
este material é descartado no meio ambiente. Como pos-
sui substâncias químicas como chumbo, cádmio, mercúrio
e berílio em sua composição, pode provocar contamina-
ção de solo e água.
Além de poluir o meio ambiente, essas substâncias
químicas podem provocar doenças graves em pessoas
que coletam produtos em lixões, terrenos baldios ou na
rua. Esses equipamentos são compostos também por
grande quantidade de plástico, metais e vidro. Materiais
que demoram muito tempo para se decompor no solo.
[....]
UXO eletrônico precisa de dest.lação <iferenciada. O Serrano, 12 fev. 2016. LocaL DisponM!I O descarte incorreto de lixo eletrônico pode
em: <WWW.osarrano.com.búview.asp?tipo=Local&id=41046>. Acesso am: 12 !ev. 2016. provocar uma série de problemas à saúde humana.
Cr/ Zn
Cd Pb
Cádmio Chumbo
,.
Cd/ Be/ As/ Cr/ Ni/Zn
'- 112.41 207.20
·······-···
......... .. Pb/ Zn
29 311 r 13
Cu Zn AP..
Cobre Zinco Alumínio
63.55 65,38 26.98
156
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Os equipamentos eletrônicos apresentam diversos elementos químicos em sua composição.
Em um telefone celular, por exemplo, podem ser encontrados mais de 40 elementos químicos. De
forma geral, esses equipamentos contêm quantidades pequenas desses elementos em sua com -
posição, principalmente nos materiais que constituem plásticos e alguns metais, porque assim não
agridem diretamente a saúde humana. Entretanto, o descarte incorreto
desses equipamentos e o seu depósito em locais inadequados resul-
tam em alterações ecológicas que prejudicam, direta ou indiretamente,
a vida e o bem-estar do ser humano. Isso danifica tanto os recursos
•
naturais quanto impede algumas atividades econômicas.
Veja as respostas das questões desta seção nas Or ientações para o professor.
a) Cite alguns riscos associados ao descarte incorreto de lixo ele-
trônico ou tecnológico.
b) Pesquise sobre a recic lagem do lixo eletrônico e escreva, em seu
caderno, as principais etapas desse processo.
e) Em sua região, existem postos de coleta de lixo eletrônico? Para
responder a essa questão, em grupos, pesquisem a respeito de
alguma organização que realiza a coleta, a reciclagem e o des-
carte correto desses materiais.
d) Ainda em grupos, promovam uma campanha de conscientização
sobre o descarte correto de pilhas e baterias. Para isso, criem
cartazes informativos e coletores específicos. Ao final dessa
campanha, encaminhem o material coletado para uma organiza-
ção que realize a destinação correta desse tipo de material.
33 24 80
As Cr Hg
Arsênio Crômio
74.92 52.00 ~ 200.59
r 56 " 28
Ba Ni
Bário
137,33 9.01 58,69
Oxirredução 157
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Inúmeros foguetes, com missões espaciais tripuladas,
são impulsionados ao espaço por gases expelidos de
motores que produzem uma "fogueira" superpotente e tec-
nologicamente controlada. Essa propulsão é capaz de tirar to-
neladas de matéria do repouso e acelerá-las, vencendo o cam-
po gravitacional até atingir a altitude predeterminada.
A propulsão química de foguetes ocorre por meio de reações
entre combustível e oxidante, o que gera grande quantidade de
energia e gases à alta pressão. Esses gases se expandem e
pressionam as paredes da câmara dos propelentes, provocan-
do o empuxo que faz o foguete se locomover. Geralmente, as
temperaturas do local em que ocorrem essas reações variam
entre 2 000 e 4 000 ºC, e seus produtos são ejetados por um
bocal, o que pode levar o foguete a velocidades em torno de
1 800 e 4 300 m/s (velocidade supersônica).
Em várias missões, os EUA utilizaram ônibus espaciais aco-
plados a foguetes. A fotografia retrata um dos lançamentos do
ônibus espacial Discovery, cujo comprimento médio é 37 m (aproxi-
madamente três vezes o comprimento de um ônibus convencional).
Ele percorreu cerca de 238 milhões de km (mais que a distância
entre a Terra e o Sol), pôs em órbita o telescópio espacial
Hubble, contribuiu para a construção da Estação Espacial Inter-
nacional (ISS) e transportou duas centenas de tripulantes em
suas 39 missões. Depois de quase três décadas, o Discovery en-
contra-se exposto no Museu Aeroespacial do Instituto Smithsonian,
na capital americana, Washington, D.C.
Veja as respostas destas questões nas Orientações para o professor.
@ Os foguetes de propulsão química são os meios mais uti-
lizados para colocar objetos em órbita ao redor do planeta.
Em sua opinião, esses propelentes são todos gasosos?
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A quantidade de calorias
dos alimentos
Assim como os foguetes e os automóveis. nós também precisamos de energia tan-
to para desenvolver as atividades cotidianas quanto para manter sempre o nosso cor-
po em funcionamento. Mesmo quando estamos parados ou dormindo, gastamos
energia para manter as funções vitais, como a respiração e os batimentos cardíacos.
A. É riecessário saber a
quaritidade de eriergia Para isso, os alimentos são a nossa principal fonte de energia.
díária de acordo com
suas tarefas. É possível A propriedade energética dos alimentos é proveniente dos processos metabólicos
obter esta informação que apresentam diversas etapas, entre elas, a absorção e a oxidação. Esses proces-
em postos de saúde,
com a ajuda de sos ocorrem na digestão, na absorção dos alimentos, na oxidação biológica dos nu-
médicos e
riutrícioriistas. trientes e por oxirredução, da qual se obtém a energia necessária. Se o corpo estiver
B. A atívídade muscular, com excesso de alimentos, ele armazena energia de diversas formas, uma delas é a
que pode sofrer
variações de acordo
gordura. Em muitos casos, para manter a massa corpórea ideal, as pessoas praticam
com as atividades de atividades físicas e desenvolvem a educação alimentar. No entanto, não são recomen-
cada pessoa. A
ativídade muscular dadas atitudes radicais em nenhum dos procedimentos a fim de se adaptar aos pa-
constarite e equilibrada drões estéticos impostos pela mídia, pois a tendência é associar beleza e bem -estar
contribui para reduzir a
quaritidade de gordura ao corpo extremamente magro.
do orgariismo.
C. Resposta pessoal.
Espera-se que os
@ Como saber a quantidade certa de energia que cada pessoa necessita diaria-
alunos consumam mente?
alimentos tipicamente
brasileiros e que @ Em geral, qual tipo de atividade é considerada a principal para gastar energia?
comentem sobre arroz.
feijão e carne como os
alimentos que fornecem
© Você costuma comer alimentos que constituem um prato típico brasileiro? Você
mais energia. sabe quais desses alimentos fornecem mais energia e quais fornecem menos?
160
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~ O poder calórico dos alimentos 3. Espera-se que os alunos respondam que essas informações
indicam a energia que consumimos ao ingerir determinada
porção daquele alimento.
1 Você já observou que as embalagens de Informação nutric ional
muitos alimentos contêm uma tabela nutri- Porção de 200 m l (1 c:opo)
cional, como a do leite integral pasteurizado
. Resposta Quan tidade por porção %VD (•)
do tipo C apresentada ao lado? pessoal.
Espera-se que os alunos já tenham observado. Valor energético 90 kcal e: 377 kJ 4,5
2 O que as informações contidas nessa tabe-
la indicam? A informação nutricional do alimento. Carboidratos 10 g 3
t--- + --!
3 Você sabe para que servem essas informa- Proteínas 6 ,0 g 8
ções?
Gorduras totais 3,0 g 5
4 Você tem o hábito de ler essas informações
Gorduras trans 2,0 g 9
•
em algum alimento para comparar com as
de outros alimentos? Gorduras saturadas Og
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Os seres heterotróficos não produzem seu próprio alimento, por isso necessitam
Heterotrófico:
organismo incapaz de consumir fontes energéticas, como as proteínas, os carboidratos e a glicose. No me-
produzir o próprio
alimento e que se nutre
tabolismo animal, ocorre a combustão da glicose em nível celular, liberando a energia
de outros seres vivos. necessária às funções básicas do ser vivo.
energia liberada
.···
,, •'
termômetro ô~
O esquema
ilustrado ê
vaso representativo.
calorimétrico As cores e
proporções não
são reais.
água ......................... ..
..................... gás m<igênio
Calorímetro. um calorímetro.
162
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Os alimentos estruturais desempenham um papel importante na
proteção do organismo, pois atuam na reparação, no desenvolvi-
mento e no crescimento de tecidos lesados. Seus nutrientes são as
proteínas, os lipídios, os sais minerais e a água.
Os alimentos reguladores atuam no aumento da velocidade das
reações bioquímicas que ocorrem no organismo. Os seus nutrientes
são os lipídios essenciais, os aminoácidos, os sais minerais, as fi-
bras e as vitaminas.
•
Química em foco
Saúde nutricional
Uma dieta equilibrada com combinação de carboidratos, proteínas e gorduras
saudáveis é essencial para um ganho de massa muscular capaz de repor a energia
e os nutrientes de que o organismo necessita. As informações nutricionais nos rótu-
los dos alimentos apresentam o valor calórico de determinada massa do alimento,
bem como as massas de seus principais componentes (proteínas, gorduras. fibras e
outros micronutrientes) e o valor diário de referência (o percentual da porção do
alimento referente ao valor diário indicado como referência no rótulo). A seguir, apre-
sentamos alguns profissionais que diariamente usam seus conhecimentos sobre va-
lor calórico, composição e consumo adequado dos alimentos.
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Termoquímica
A área que estuda o calor envolvido nas reações químicas é a Termoquímica. Nosso
estudo se iniciará com o detalhamento dos diversos processos que envolvem troca de calor.
164
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Em Termoquím ica, ao representar a equação de uma reação química, em geral in-
forma-se o estado físico de cada participante (reagentes e produtos) e a variação de
entalpia do sistema.
Exemplos: - 571 ,6 kJ
11. - - - ' - - - = - 285,8kJ/mo1Hp ( e)
2mol H20(e)
1 kcal ___ 4,186 kJ
ou, em kcal: X _ _ _ 285,8 kJ
=
X - 68,3 kcal
10 A entalpia dos produtos dessa reação é maior ou menor que a dos reagentes?
J ustifi que sua resposta. A entaJpia dos pro~fotos ~ menor que a dos reagentes, pois a
•
varraçao de entalp1a t:.H e menor que zero. Trata-se de uma
reação exotérmica.
Essa equação pode ser ainda representada com a variação de entalpia embutida na
equação da reação.
------------------------ - - - - - -
aH = - 285,8 kJ
Caminho da reação
Essa equação de produção de água líquida
pode ser representada com seus coeficientes in-
teiros e apresentar a variação de entalpia por mol Variação de entalpia embutida
dessa substância. em uma reação endotérmica
Entalpia (H)
aH = - 285,8 kJ/mol
Veja outro exemplo de equação termoquímica. --------------------- --- - - - -------
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Como já vimos, nem todos os processos endotérmicos ou exotérmicos implicam
necessariamente em reações químicas endotérmicas ou exotérmicas. Com a troca de
calor com o meio (vizinhança), pode ocorrer mudança no estado de agregação da
substância sem que haja formação de nova(s) substância(s), ou seja, sem que ocorra
reação química. Por exemplo, para 1 mol da substância água, veja as principais mu-
danças de estado físico e as trocas de calor envolvidas, a uma dada pressão.
absorve 7 kJ absorv_e 44_ kJ 1
1mol de H 20 (s) 1 mol de H 20(t) 1 mol de H 2 0(g)
fusào
' vaporizaçao
t
1 absorve 51 kJ 1
1
libera 51 kJ 1
t
Durante o processo, a substância continua sendo a água, apenas em estado físico
diferente, logo não é uma reação química endotérmica ou exotérmica, mas um pro-
cesso endotérmico ou exotérmico.
A uma dada pressão, para haver mudança de estado físico, é necessária a absor-
ção ou a liberação de energia. Para mudar do estado físico A para o estado físico B,
a uma dada pressão, ocorre absorção de x kJ . Para mudar do estado físico B para o
estado físico A. ocorre a liberação de x kJ.
Exemplos:
sublimacão (direta)
® @ '
fusão absorve 7 kJ
molde H 2 0(s) .;=====~
solidificação libera 7 kJ
1 molde H 2 0(t)
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Entalpia ou calor de fusão: é a energia necessária para ocorrer a fusão de 1 mol
da substância. Nesse caso: 6.H 1usão( H 20) = + 7 kJ.
Entalpia de solidificação: é a energia necessária para ocorrer a solidificação de
mol da substância. Nesse caso: 6. Hsolidificação(H 20 ) = - 7 kJ.
vaporização
absorve 44 kJ
1 mol de H 2 0( e) ~===~
condensação
1 mol de H 0(g) 2
libera 4 4 kl
Entalpia de vaporização: é a energia necessária para ocorrer a vaporização de
mol da substância. Nesse caso: 6.Hvaporização(H 20) = +44 kJ.
Entalpia de condensação: é a energia necessária para ocorrer a condensação de
•
mol da substância. Nesse caso: 6.Hcondensação(H 20 ) = - 44 kJ.
H=O º2 H= O
cg,af
H= O
5 a rõmbico
H =0
p n (vermelho)
oxigênio carbono enxofre fósforo
Alótropos com H = O são os mais estáveis (mais comuns).
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No interior das mitocôndrias celulares ocorre o processo conhecido como respira-
ção celular, na qual ocorre a reação entre glicose e oxigênio produzindo dióxido de
carbono, água e energia. A energia liberada é armazenada em uma substância cha-
mada ATP (trifosfato de adenosina), que se difunde para todas as regiões da célula,
f:J~
O esquema ilustrado
fornecen do energia para diversas atividades celulares.
é representativo. As glicose ( C6 H120 6 (aq))
cores e proporções
dos elementos não
mitocôndria
são as reais.
gás oxigênio ( o i(g))
14. Não. Para
produzir gás Esquema que representa
carbônico, o
reagente deve de fo rma s implificada o
apresentar o processo de respiração
elemento carbono celular que ocorre no
e, para produzir interior das mitocôndrias.
água, o reagente
deve apresentar o
elemento H e a
combustão precisa energia
ser completa.
A combustão do etanol
O etanol polui bem menos que a ga-
solina. A combustão da gasolina é uma • Combustão completa do etanol ( C 2 H 6 0 (i)):
das grandes contribuidoras para o au-
C 2 H 6 o(e) + 3 0 2(9) - 2 co 2 (g)+ 3 H 2 o(e) ~ H~ = - 1366, 1 kJ/mol
mento dos gases de efeito estufa (GEE),
pois libera dióxido de carbono. Além Assim , a entalpia padrão de combustão do etanol é dada por
disso, em combustões incompletas, o
produto é monóxido de carbono, um gás
~H ~C 2 H 6 0(i) = - 1 366, 1 kJ/mol.
bastante poluente.
14 Toda reação de combust ão produz gás carbônico e ág ua?
Carro sendo abastecido com etanol. CH 4(g) + ~ 02(9) - Co(g) + 2 H2o (e) á H = - 520 kJ/mol
Segundo estudos realizados pela Em-
Assim a reação de combustão completa é a que representa a
brapa Agrobiologia, há redução de apro-
ximadamente 73% nas emissões de dióxido ent alpia padrão de combustão do metano, a qual é dada por:
de carbono (Cü 2 ) quando se substitui a áH ~ CH 4 (g) = - 890,4 kJ/mol.
gasolina por etanol. Essa redução se dá,
• Combustão completa do carbono (C(s)):
principalmente, pelo fato de que cada
hectare de cana-de-açúcar é capaz de Como a entalpia padrão de combustão, por definição, está rela-
absorver cerca de 12 toneladas de dióxi- cionada à forma alotrópica mais estável, a variedade utilizada
do de carbono presentes na atmosfera será o carbono na forma de grafite.
durante o processo de fotossíntese. Além
desse fator, consideram-se as vantagens
C(grafite) + 0 2 (9) - co 2 (g) á H~ = - 393,5 kJ/mol
ambientais adicionais do uso do bagaço Assim, a entalpia padrão de combustão do carbono é dada por
na geração de energia elétrica.
ãH ~ C(grafite) = - 393, 5 kJ/mol.
Atualmente, os carros com motor flex
são os responsáveis pelo aumento do con- • Combustão do enxofre (S(sl):
J sumo de etanol. S(s) + 0 2 (g) - S0 2 (g) ~ H~= - 78 kJ/mol
168
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A gasolina e o diesel possuem impurezas, como o enxofre, em sua composição. A
combustão desses combustíveis produz grandes quantidades de d ióxido de enxofre
(S0 2(g)), um gás bastante tóxico, corrosivo e um dos responsáveis pela chuva ácida.
Já o etanol é um combustível que não apresenta enxofre em sua composição, portan -
to não produz o dióxido de enxofre em sua combustão.
A análise das quantidades de calor liberadas pelos combustíveis permite comparar
os seus valores energéticos com outros combustíveis. No quadro a seguir são mostra-
das as entalpias padrão de combustão t:.Hc de alguns combustíveis.
•
Combustível Fórmula m olecular à H~(kl/mol)
/ Atividade resolvida \
R1. Determinar o calor liberado ou absorvido na combustão comp leta de 570 g de octano
( C 8 H 18 (e)) e a q uantidade de matéria de água líquida produzida.
Dado: t:.H ~ C 8 H 18 (l) = -5471 kJ/mol.
Determinando a massa molar (M) do C 8 H 18 :
Como temos conhec imento da massa de octano que será totalmente consum ida na
combustão completa, podemos determinar a sua quantidade de matéria nc H .
B 18
1 mal de C 8 H 18 _ _ _ 114 g
n _ _ 570g
1 · 570
n = 114 = 5 :. n = 5 mal de C 8 H 18
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A entalpia padrão de formação aH~ é a variação de entalpia relativa à formação de
1 mol de substância, a partir de substâncias simples mais estáveis, no estado padrão
(25 ºC, 1 atm).
Exemplos:
• Formação da água (H 20 (e)):
CO(g) + +
senta a entalpia padrão de formação do d ióxido de carbono.
0 2(9) - C02(9) aH; = -284,6 kJ/mol
Essa equação representa a entalpia padrão de combustão do monóxido de car-
bono.
• Formação do etanol ( C 2H 60 (e)):
Fonte de pesquisa: ATKJNS. P.: JONES.L. Princípios d e Ouimica. Porto Alegre: Bookman, 2001.
170
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/ Atividade resolvida\
R2. Nas competições de balonismo são utilizados queimadores
de gás propano (c 3 H 8 ) para o aquecimento do ar no interior
do balão. Monte a equação de combustão completa do gás
propano e indique os estados físicos de cada substância a
25 ºC e 1 atm.
Resolução
A combustão completa do propano produz gás dióxido de
carbono e água líquida (25ºC e 1 atm). Assim , a sua equação
termoquímica será:
•
C 3 H 8 (g) + 50 2 (g) -3C0 2 (g)+ 4H 2 0 (l )
Queimador de gás enchendo
o balào de ar quente.
Energia de Ligação
Como já vimos, quando ocorre reação química há ruptura e formação de ligações
para que novas substâncias sejam produzidas. Dessa forma, é possível calcular a va-
riação de entalpia dessa reação se conhecermos o valor de cada tipo de ligação.
A energia de ligação, por definição, indica a variação de entalpia média l:l.H envolvi-
da na quebra de um mol de ligações covalentes (simples, duplas ou triplas) entre dois
átomos de uma substância (simples ou composta), obtendo átomos isolados no esta-
do gasoso.
Para a ruptura de ligações químicas, é necessária absorção de energia, ou seja, é
um processo endotérmico í:l.H>O . Na formação de ligações químicas há liberação de
energia, ou seja, é um processo exotérmico í:l.H<O.
Nos diagramas a seguir são representadas as energias envolvidas na ruptura e na
formação de 1 mol de ligações entre os átomos de hidrogênio:
• Energia absorvida para romper 1 mol de ligações entre átomos de hidrogênio liga-
dos, ou seja, moléculas de H 2 (g), de modo a obter esses átomos isolados no
estado gasoso. A energia envolvida nesse processo é l:l.H = +436 kJ/mol.
Entalpia
H (gasoso) + H (gasoso)
estado final 1-----------,----
âH = + 436 kJ/mol
H - H (gasoso)
estado inicial 1-------------
H - H(g) --> 2H(g) àH = +436 kJ/mol
• Energia liberada na formação de 1 mol de ligações entre átomos de hidrogênio iso-
lados no estado gasoso, de modo a obter átomos ligados no estado gasoso, ou
seja, moléculas de H 2 (g). A energia envolvida nesse processo é l:l.H = - 436 kJ/mol.
Entalpia
H (gasoso) + H (gasoso)
estado inicial 1-------------
àH =- 436 kJ/mol
H - H (gasoso)
estado final ,___ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
A energia de ligação
2H(g) - H - H(g) àH = - 436 kJ/mol média H - H é 436 kJ/mol.
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A tabela a seguir apresenta os valores de energia de algumas ligações covalentes
entre dois átomos.
/ Atividade resolvida\
R3. O gás cloro (Cf 2 (g)), é altamente tóxico. Quando inalado, reage com a água existente
nos pulmões, formando gás clorídrico (Hce(g)), capaz de causar graves lesões inter-
nas, conforme a seguinte reação:
c e2(g) + H20 (g ) - HCe(g) + HCW(g)
Energia de ligação
Lig-ação
KJ/mol, 25 º( e l atm O gás cloro Cl'.i(g) de coloração amarelo-
-esverdeada é um gás irritante das vias
Cl'. -CI'. 243
aéreas. Seus efeitos são proporcionais à
H- 0 464 concentração e ao tempo de exposição.
H-CI'. 431 Pode causar desde lesões brônquicas até
Cl'. - 0 L 205
edema pulmonar agudo, Levando à morte.
172
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Lei de Hess
O médico e químico Henri Hess (1802-1850) postulou que, se a variação de ental-
pia de formação das substâncias fo r conhecida, é possível determinar a variação
de entalpia das reações em que essas substâncias participam.
Assim, nas mesmas condições de temperatura e pressão, a variação de ental-
pia de uma reação ílH,eação é a diferença entre o somatório das entalpias de
formação dos produtos r_JlH,lprodutos) e o somatório das entalpias de formação
dos reagentes r,ílHA,eagentes). Isso pode ser representado da seguinte maneira:
•
reação.
Quando um processo químico for realizado em várias et apas consecutivas, a equa-
ção final será a soma algébrica das equações das etapas, e a variação de entalpia de
uma reação ílH,eação será a soma algébrica das variações de entalpia das etapas.
Durante a soma algébrica das equações, é importante observar que:
• a inversão de uma equação termoquímica de uma reação implica em troca de si-
nal da variação de entalpia;
• se a equação termoquímica de uma dada reação for multiplicada por x (inteiro ou
fracionário e diferente de zero), a variação de entalpia dessa reação também de-
ve rá ser multipl icada por x.
/ Atividade resolvida\
R4. Retomando o enunciado da atividade resolvida R2 presente na página 171 :
Nas competições de balonismo são utilizados queimadores de gás propano ( C 3 H 8 (g))
para o aquecimento do ar no interior do balão. Considere os dados do q uadro a
seguir.
C02(g) - 394
_J
.,.1
H20(i) - 286
C3Ha(g)
I - 100
>
Termoquímica e cinética química 173
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> Resolução
De acordo com os dados do quadro, temos a equação de combustão comp leta do gás
propano.
Assim, a entalpia molar de combustão completa do gás propano é .6.Hreação = -2 226 kJ/mol.
O cálculo também poderia ter sido feito montando -se as equações de formação de
cada uma das substâncias do quadro e fazendo a soma algébrica das equações de-
pois de devidamente acertadas.
Assim, para obtermos a variação de entalpia da reação, inicialmente montamos as
equações das entalpias padrão de formação de cada participante da reação desejada.
C3 H8 (g}+ 502(g)- 3C0 2(g) +4H 20 (t ) .6.H; = ?
A equação apresenta as substâncias C 3H 8 (g), 0 2(g), C0 2 (g) e H 2 0 (e}. A substância 0 2(9),
nas condições padrão, por ser substância simples na forma alotrópica mais estável,
tem variação de entalpia de formação igual a zero.
As equações das ent alpias de formação de cada uma das substâncias compostas são:
Veja a seguir o que devemos efetuar para que a soma algébrica forneça a equação
desejada.
1) A inversão da equação 1, para que C 3 H 8(g) apareça à esquerda:
t:.H 1 = + 100kJ
troca de sinal
li) A mult iplicação da equação 2 por 3, para fornecer 3 C0 2 (g):
4 H 2(g) + 2 0 2 (g)- 4 H 2 0 (l) .6.H 3 = 4 -(- 286) =-1144: . .6.H 3 =-1 144 kJ
174
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§
Atividades ~- RE!solva as atividades na cadE!rno.
•
Quando Daniel saiu da piscina, passou a sentir energia solar tem sido armazená-la por meio de
frio, pois a água que estava em contato com o processos quím icos endotérmicos que mais
seu corpo começou a evaporar. Escreva em seu tarde podem ser revertidos para liberar calor.
caderno qual das alternativas abaixo explica a Considerando a reação
sensação de frio que Daniel sentiu. CH 4 (g) + Hp(v) +calor ~ CO(g) + 3 H 2 (g)
a) Sendo um processo endotérmico, a evapora- e analisando-a como potencial mecanismo para
ção retira calor do corpo. aproveitamento posterior da energia solar. con -
b) Sendo um processo exotérmico, a evaporação clu i-se que se trata de uma estratégia:
retira calor do corpo. a) insatisfatória, pois a reação apresentada não
e) Sendo um processo exotérmico, a evaporação permite que a energia presente no meio ex-
cede calor ao corpo. terno seja absorvida pelo sistema para ser
d) Sendo um processo endotérmico, a evapora- utilizada posteriormente.
ção cede calor ao corpo. b) insatisfatória, uma vez que há formação de
gases poluentes e com potencial poder ex-
3. O processo de vaporização de uma substância é plosivo, tornando-a uma reação perigosa e
demonstrado no gráfico a seguir. de difícil controle.
Vaporização de uma substância e) insatisfatória. uma vez que há formação de gás
CO que não possui conteúdo energético pas-
Entalpia (H)
sível de ser aproveitado posteriormente e é
considerado um gás poluente.
d) satisfatória, uma vez que a reação direta
ocorre com absorção de calo r e promove a
Hr ------------- - - - - -
t formação das substâncias combustíveis que
poderão ser util izadas posteriormente para
a obtenção de energia e realização de tra-
balho útil.
~- ----- ------~---- e) satisfatória, uma vez que a reação d ireta
ocorre com liberação de calor havendo ain-
Camínho da reação da a formação das substâncias combustíveis
que poderão ser utilizadas posteriormente
De acordo com o gráfico, explique se o proces- para obtenção de energia e realização de
so de vaporização é endotérmico ou exotérmico, trabalho útil.
e justifique sua explicação. 5. A equação de decomposição do mármore pode
ser representada por
4. (Enem/MEC) O abastecimento de nossas neces-
sidades energéticas futuras dependerá certa- CaC0 3 (s) --, CaO(s) + C0 2 (g) ~ H :;;;+ 177,5 kJ/mol.
mente do desenvolvimento de tecnologias para Considere que os valores das entalpias de forma-
aproveitar a energia solar com maior eficiência. ção para o CaO(s) e C0 2 (g) sejam - 635,5 kJ/mol
A energia solar é a maior fonte de energia mun - e - 393 ,5 kJ/mol, respectivamente. Com base
dial. Num dia ensolarado, por exemplo, aproxi - nessas informações, determine o valor da ental-
madamente 1 kJ de energia solar atinge cada pia de formação do mármore CaC0 3(s).
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6. (Enem/MEC) Um dos problemas dos combustíveis 8. Durante o processo de respiração celular ocorre
que contêm carbono é que sua queima produz a seguinte reação simplificada.
dióxido de carbono. Portanto, uma característica e 6 H ,P 6 (aq)
+ 6 o 2(g) - 6 co 2(g) + 6 H 20(f.)
importante, ao se escolher um combustível, é
Dessa forma, com as informações das etapas da
analisar seu calor de combustão t:i.Hê, definido reação contidas no quadro a seguir e de acordo
como energia liberada na queima completa de com a Lei de Hess, determine o t:i.H da reação
um mol de combustível no estado padrão. O simplificada que ocorre durante o processo de
quadro seguinte relaciona algumas substâncias oxidação da glicose na respiração celular e clas-
que contêm carbono e seu ll..H~. sifique-a.
Glicose
Metano
CsH1Ps(s)
CH 4 (9)
í 2808
890
C0 2 (9)--+ C(s) + 0 2 (9)
~
CH 4 (g) + 3 Cf. 2 (g) --> CHCf. 3 (g) + 3 HCf.(g) c==o (co) t 10, 8 · 102 kJ/mol
c = o (co 2 ) 8, O . 102 kJ/mol
Baseando-se nas informações do quadro a seguir
e nos conceitos de energia das ligações, calcule '---
C-H r 4,2 . 102 kJ/mol
----'
qual o valor da entalpia ll..H dessa reação.
A associação correta que ilustra tal processo é:
CH 4 + co 2 1 co
C- H 413,4 +
ce -ce 242,6
~
® li CH 4 + C0 2
+
H2 +CO
H-ce 431,8
© -
H2 +CO
-+
CH 4 + C0 2
- c - ce
- @ li H2 +CO CH 4 +C02.__
327,2
® CH 4 co
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Alimentos: a principal fonte de energia
Conhecendo
A energia de que necessitamos em nossas atividades diárias provém dos alimentos que inge-
rimos. Ela está armazenada nas ligações químicas de carboidratos, lipídios e proteínas, e para
utilizá-la são necessários os processos de oxidação e de redução, tais como digestão e absorção
dos nutrientes.
Pirâmide alimentar.
Estudando
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tornou obrigatório o uso de rótulos com in-
formações nutricionais nas embalagens dos alimentos, uma vez que é necessário conhecermos
as características nutricionais de cada item dos produtos que consumimos.
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Veja a segu ir um exemplo de tabela nutricional presente em um produto alimentíc io e a descri-
ção de cada informação apresentada nessa tabela .
~-------------......---------
~ h<---,.--.....,.....,....--+----..-..----+-...,.,,......-t Gorduras saturadas: 22 g
Fibra alimentar: 25 g
~
] r,ç-T""l'--------,.---:~i:-"----t--:i:-,:,-t Sódio: 2400 mg
~ ,.,,,..,.,-,-------+---,...,.,.--=---+.,.,.,.,...,......
médios
~----------------------
-~
3. Os valores :~
~ (•) % Valores diários com base em uma dieta de 2 000 kcal
considerados it ..__ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _
saudáveis são -~ ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou
menores dependendo de suas necessidades energéticas.
os apresentados
no texto, com
base em uma Sódio: é encontrado principalmente no sal de Porção: indica a quantidade média para uma
dieta normal de cozinha e em alimentos industrializados, devendo alimentação saudável.
2 000 kcal/día.
Portanto, ser consumido com moderação, uma vez que o
recomenda-se consumo excessivo pode levar ao aumento da
para o café da pressão arterial.
manhã, algo Medida caseira: tipo de medida geralmente usada
entre 600 a
800 kcal e, algo pelo consumidor. Exemplo: unidade, xícara, colher
em torno de Fibra alimentar: são encontradas em diversos de sopa.
60% de tipos de alimentos de origem vegetal, como frutas,
carboidratos, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A sua
15% de
proteínas e 25% ingestão auxilia no funcionamento do intestino.
de lipídios. Valor energético: energia que nosso corpo produz
Assim, por meio de carboidratos, proteínas e gorduras
considerando
um café da Carboid ratos: é encontrado principalmente em totais.
manhã de 700 massas, tubérculos e doces em geral. Sua
kcal, tem-se: principal função é fornecer energia para as células
420 kcal de
carboidratos do corpo.
(aproxima- Gorduras totais: referem-se à soma das gorduras
damente 102 g vegetal e animal. Ajudam na absorção das
de carboidratos), Proteínas: são encontradas principalmente em vitaminas A D. E e K.
105 kcal de
proteínas carnes, ovos, leites e derivados. São necessárias
(aproxima- para a construção e manutenção de nossos
damente 26 g órgãos, tecidos e células.
de proteínas) e Gorduras trans: podem ser encontradas em
175 kcal de
lipídios grande quantidade nos alimentos industrializados,
(aproxima- Gorduras saturadas: são encontradas como cremes vegetais, biscoitos, sorvetes,
damente 19 g de principalmente em produtos de origem animal, produtos de panificação, alimentos fritos, entre
lipídios), além de
fibras como carnes, queijos, leite integral e manteiga. outros.
alimentares
(4 a 5 g) e sódio
(400 mg). Para o 1. Espera-se que os alunos tenham o costume de consultar pelo menos o valor
café da manhã, Conversando calórico dos alimentos antes de comprá-los ou consumi-los. Ourante a discussão, é
as opções possível enfatizar os alimentos mais saudáveis, bem como seus valores nutricionais.
interessantes 1. Converse com seus c olegas s o b re o háb ito d e observar as informações n utricionais antes
são aquelas que
possuem cereais de adquirir um determinado produto. Em s eu caderno, cite cinco produtos cujo valor nutri-
integrais, frutas
e leite. Cada cional você já tenha conferido.
individuo tem
uma 2. Escolha um a limento de sua preferência a fim de t razer para a sala de aula o rótu lo com as
necessidade
calórica, que info rmações nut ric ionais . A ntes, porém, pesquise como esse a limento se t ransforma em
varia conforme a energia em seu organ ismo, conferindo se e la é compat ível com suas atividades d iárias.
sua massa,
metabolismo,
idade, sexo e 3. Faça uma pesquisa sob re as quantidades d e carboidratos, proteínas, gorduras totais e o
ª!iYi.dades valor calórico que devemos ingerir para termos uma alimentação saudável e balanceada.
d1anas. p ensan d o nisso, monte um card ap10 , . para o caf e· d a man h-a .
2. Provavelmente, os alimentos preferidos dos alunos são os de alto índice de calorias, inclusive com altos valores relativos a carboidratos
e gorduras. Nesse caso, procure orientá-los sobre o consumo, a frequência e a quantidade de ingestão desses alímentos.
178 Após a pesquisa, seria prudente discutir em sala sobre o processo de oxidação dos alimentos para a obtenção de energia.
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Estudo da rapidez
das reações químicas
Em 1928, ao sair em férias, o bacteriologista escocês Alexander Fleming (1881-
1955) esqueceu de tampar uma placa com uma colônia de bactérias do tipo estafilo-
cocos, que estava estudando no laboratório. Ao retornar, 15 dias mais tarde, a placa
apresentava um bolor, era o fungo Penicillíum notatum, que provocou a morte das
bactérias da colônia em estudo.
Ao analisar cientificamente o ocorrido, Fleming deduziu que o fungo liberou alguma
substância que inibiu o crescimento da colônia de bactérias. A essa substância deu o
nome de penicilina e, depois de vários testes, comprovou que tinha efeito letal sobre
muitas bactérias que causavam infecções, mas era praticamente inofensiva aos seres
humanos e aos animais.
O bolor que Fleming observou em sua colônia de bactérias pode ser encontrado, por
exemplo, em um fruto deixado por alguns dias em uma fruteira. Isso ocorre porque um
Laranja em decomposiçào
fruto colhido continua com a sua atividade metabólica, fazendo trocas gasosas e emi- por a çào d e fungos à
tindo gás etileno, o qual acelera o amadurecimento. t e mperat ura ambiente.
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Taxa de desenvolvimento de reações químicas
Estabelecimentos comerciais com grande fluxo de pessoas, particularmente as ca-
sas noturnas, para garantir a segurança das pessoas precisam providenciar alguns
itens, como: alvará de funcionamento (exposto na entrada do local), extintores, ilumina-
ção de emergência, saída de emergência e sua sinalização, sistema de extração de
fumaça e alarme de incêndio com detecção de fumaça.
Na madrugada do dia 27 de Janeiro de 2013, na
cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um
incêndio em uma c asa noturna resultou na morte
de 242 pessoas. Segundo o laudo pericial, o in-
cêndio foi provocado por um sinalizador que, ao
entrar em contato com o isolamento acústico feito
de espuma de poliuretano, presente no forro do
estabelecimento, causou uma reação química de
combustão e liberação do gás ácido cianídrico.
Espuma de
poli uretano
utilizada como Você só deve tentar combater o
Sinalizador: tipo de isol ador acústico. incêndio se souber manu sear
instrumento que emite com eficiência os equipamentos
luz brilhante e energia na
próprios par a isso.
forma de calor, sem que
haja uma e)(pl osão.
180
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A taxa média de desenvolvimento T m de consumo de um reagente é o quociente
entre a quantidade gasta desse participante e o intervalo de tempo em que isso ocorre.
No caso da reação química genérica, a taxa média de desenvolvimento dos participan-
tes pode ser dada como no quadro abaixo:
Como a IUPAC (sigla em inglês para União Internacional de Química Pura e Aplicada)
adota o Sistema Internacional de Unidades em suas publicações, a unidade da grande-
za tempo é o segundo, s. As unidades de quantidades das substâncias participantes
Át
Podem aparecer
outras unidades para
expressa r essas
•
(consumidas ou produzidas}, em grande parte das aplicações, são expressas em varia- grandezas, como
variação de massa,
ção de concentração em quantidade em matéria (mol/L) , que são representadas por l1[ ].
variação em
Considerando-se a reação genérica xA + yB --+ zC + w D, a taxa média de de- quantidade de
matéria, variação de
senvolvimento média da reação Tm pode ser dada por: pressão, entre outras.
reaçao
Se houver necessidade, lembre os alunos de que a notação a [ ] corresponde à variação de uma
concentração, no caso, concentração em quantidade de matéria. O intervalo de tempo,
dependendo da
1 T
m,_,ão
T
=~ Z Essa definição foi
rapidez da reação,
pode ser expresso nas
convencionada pela IUPAC seguintes unidades:
e permite calcular a taxa segundo, minuto,
T de desenvolvimento média hora, dia, ano etc
T
mrNljlô>O
=~
Y
da reação, sem que haja
necessidade de especificar
a substância participante.
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A taxa de desenvolvimento média da reação pode ser dada por:
T
T
mRi'lçio
=-3
m"
-'
l Tmr9aç,ai, =~ 2
l -,- =
Tm 0,04 mol/min T m-,- = 0,04 mol/min T m=,.. = 0,04 mol/min
/ Atividade resolvida \
T = ~m
l::,.t
= (4 - 8) g ::::) T = - 2 g/min
m (gordura trangJ (4 - 2) min m(gordura TIBnsl
182
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b) A análise gráfica permite concluir que, com o passar do tempo, a taxa de desenvo l-
vimento média de consumo da gordura trans diminui.
am (8 - 16) g
e) T m = at
= => T m = - 4 g/min
t;Jord1Ma trans)~B) (2 - 0) min (g0<crura tran,) jAB)
am (1 - 2) g
T - - => T mfgordura transj fDEI - 0,5 g/min
mi!!"'"..ª trano) (DE)) at (8 - 6) min
>
IT mlgo.-<lura uanoJ(AB)I IT m(go,d...,. •ran,j(llE)I
am (4 - 8) g
d) T = = => T = - 2 g/min
•
mfgord!Ja tram~) (BC) at (4 - 2) min mt!Jont.Jta trans)(BC)
am (2 - 8) g
T = -- = => T = - 1,5 g/min
mjgo,<1... tran,)!BD) at (6 - 2) min m(g...,..a uano](BC)
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Para que haja a reação efetiva com formação de produto, é necessário que a colisão
ocorra com uma energia igual ou superior à energia mínima, capaz de romper as liga-
ções das partículas reagentes, originando novas ligações e, consequentemente, novos
produtos. A energia mínima necessária para a ocorrência de uma reação é denominada
energia de ativação.
Quando há colisão eficaz, forma-se uma estrutura instável e intermediária entre os
reagentes e os produtos, denominada comp lexo ativado. A energia de ativação é ne-
cessária para formar o complexo ativado, estrutura na qual há um enfraquecimento das
ligações dos reagentes e inicia-se o processo de formação das ligações dos produtos.
Observe na reação do gás hidrogênio com iodo gasoso a formação do complexo
ativado entre os reagentes e o produto.
reagentes produto
H H H -1
+ _;) +
1
1 1
H H H- 1
1
Graficamente, o complexo ativado pode ser representado por uma curva em que o
ponto mais elevado corresponde ao momento da colisão entre as partículas ativadas.
A energia de ativação de reações exotérmicas é menor do que em reações endotérmicas.
~······' .............. ' ............. ' .. ' ......... '. '. ' ......................... ' ................ ' ....... ·····:- ~....• ' ................ ' ............ ' .' .............. ' .......................... ' .............. ' ............
Em uma reação exotérmica, em que a energia é Em uma reação endotérmica, há absorção de energia
transferida do meio interior para o exterior, ocorre na forma de calor. Assim, a energia final dos
liberação de energia na forma de calor. Assim, a produtos é maior do que a inicial dos reagentes.
energia final dos produtos é menor do que a inicial Nesse caso, a variação de energia (t::..H) é positiva.
dos reagentes. Nesse caso, a variação de energia
(t::..H) é negativa.
energia
de
ativação
1 produtos
t::..H>O
--------------------
reagentes
produtos
~
Progresso da reação
~------------------
Progresso da reação
II
184
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Sabendo que a energia de ativação de uma reação é a energia necessária para a
formação de seu complexo ativado, podemos calculá-la da seguinte maneira:
E
atlvaç:ao
= E
~ aUw.cb
- E
1eagernes
• quanto menor for a energia de ativação, menor a dificuldade de ocorrência da J, velocidade da reação
reação, assi m, maior deverá ser a sua taxa de desenvolvimento.
/ Atividade resolvida
•
RZ. Considere a equação de uma reação reversível Energia de ativação
abaixo: de reação reversível \
X+Y ~ Z+W
Energia (kcal)
De acordo com o seu diagrama de energia repre-
sentado ao lado, responda às questões.
a) Qual a entalpia associada aos reagentes da
reação direta?
b) Qual a entalpia associada aos produtos da
reação direta?
e) Qual a entalpia do complexo ativado (reação
direta)? 22
d) Qual a energia de ativação da reação direta?
Z+ W
e) Qual a variação de entalpia da reação direta? -1 5
f) Qual a entalpia associada aos reagentes da
reação inversa?
Caminho da reação
g) Qual a entalpia associada aos produtos da
reação inversa?
h) Qual a entalpia do complexo ativado (reação inversa)?
i ) Qual a energia de ativação da reação inversa?
j ) Qual a variação de entalpia da reação inversa?
k) O sentido direto da reação é endotérmico ou exotérmico?
l) O sentido inverso da reação é endotérmico ou exotérmico?
Resolução
a) Os reagentes da reação direta são X e Y, portanto a sua entalpia é 22 kcal.
b) Os produtos da reação direta são Z e W, portanto a sua entalpia é -15 kcal.
e) A entalpia do complexo ativado é 77 kcal.
d) A energia de ativação é a energia absorvida pelos reagentes para levá-los até o
complexo ativado.
Eativação = E complexo ativado - E reagentes => Eativação = 77 - 22 =55 => Estivação = 55 kcaJ
e) L'i.H direta = H produtos -H reagentes => L'i.Hdireta = (- 15) - (22) =-37 => L'i.H direta = -37kcal
f) Os reagentes da reação inversa são Z e W, portanto a sua entalpia é -1 5 kcal.
g) Os produtos da reação inversa são X e Y, portanto a sua entalp ia é 22 kcal.
h) A entalpia do complexo ativado é 77 kcal.
i) Eauvação = Ecomplexo ativado - E reagentes => E ativação = 77 - (-15) = 92 => E ativação = 92 kcal
j ) L'i. H inversa = H prod utos - H reagentes => L'i. H inversa = 22 - (- 15) = 37 => L'i. H inversa = 37 kcal
k) L'i. H direta = H produtos - H ,eagentes => L'i. H direta = (-15}- (22) = -37 => ll H direta = -37 kcal
A variação de entalpia da reação direta é L'i. H direta = -37 kcal, portanto é menor
que zero. Logo, trata-se de uma reação exotérmica.
l ) A variação de entalpia da reação inversa é ô H direta = 37 kcal, portanto é maior que
zero. Logo, trata- se de uma reação endotérmica.
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Fatores que influenciam a rapidez de reação
Em uma reação química é possível aumentar ou diminuir a rapidez de reação contro-
lando alguns fatores de forma isolada ou em conjunto. Entre esses fatores, destacam-se:
Esquema representatrvo.
As partículas ilustradas natureza dos reagentes, superfície de contato, pressão, temperatura, concentração de
não estão em proporção e
as cores utilizadas não reagentes, catalísadores e inibidores. O quadro a seguir apresenta esses fatores e al-
COITespondem às reais.
guns exemplos.
Lenta a 25 ºC:
J número de ligações
[-:
2H 2(g) + 102 (g) ----? 2H 2 0(e)
\ a serem rompidas
Natureza dos Rápida a 25 ºC:
reagentes / intensidade de força
\ das ligações 1 AgN03(aq) + 1 NaCe(aq) ----? 1 AgCl'.(s) + 1 NaN03(aq)
Mantendo-se as demais precipitado
! rapidez de reação
condições: rapidez (li) > rapidez (1)
rapidez (1)
1 Zn(s) + 2HU(aq) ---------) 1 ZnCf. 2 (aq) + 1 H 2 (g)
fio
Superfície de t área de colisão (contato) rapidez (li)
contato t rapidez de reação 1 Zn(s) + 2HCl'.(aq)
.._, 1 ZnC l'. 2(aq) + 1 H2 (g)
pó
Mantendo-se as demais condicões:
rapidez (11) > rapidez (1)
+
v,
(I
pressão (gases)
volume (gases)
Pressão
número de colisões
(sobre gases)
T rapidez de reação
P,"' P2 ~ V,> V2
rapidez: sistema (B),. sistema (A)
t temperatura
Nesse caso, ao diminuir a temper atura , a reação de d ecomposição dos alimentos fica mais
l enta (diminui), ou seja, a taxa de desenv olvimento é menor.
Reg r a d e van't Hoff: "um aumento de 10 º C faz, em ger al, a r apid ez da reação dobr ar".
186
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/ concentração dos
t \ reagentes {1 lraagentes)
Concentração t < número de moléculas
por unidade de volume
de reagentes
número de colisões
t \ entre partículas
reagentes menor concentração maior concentração
(reação lenta) (reação rápida)
t rapidez de reação
1------1 Esquema representativo. As partia.lias ilustradas não estão em
~ proporção e as cores utilizadas não correspondem às reais.
•
t catalisador (substância que
part icipa da formação do
complexo ativado)
! / energia de ativação
\ da reação Decomposição da água oxigenada catalisada
pela enzima catalase presente no sangue.
t rapidez de reação
Catalisador
(Quando utilizado, o
catalisador aumenta a
rapidez da reação.)
:. l rapidez de reação
com luz
2AgCe(s) ===~2Ag(s) + Ce. 2 (g)
sem luz
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Atividades l~ " ; Resolva as atividadas no caderno.
a) A3 - 84 - C5 - 01 - E2
b) A2 - B4 - C5 - 01 - E3
e) A3 - 84 - C5 - 02 - E1 Combustão completa do metano
d) A2 - B5 - C4 - 01 - E3 Entalpia (k.J/mol)
0,625
Tempo
(min)
10
o
~ 1215
"'
~
•
~
965 - - - - - - -
75
C0,+2H20 1
~ - - - - - - - - - - Progresso da reação
2
Sobre este processo químico, podemos afirmar que:
O quadro ao lado apresenta
0,375 20 a) a variação de entalpia é - 890 kJ/mol, e por-
os dados relativos às varia-
tanto é exotérmico.
ções das concentrações da
0,200 30
água oxigenada em função b) a entalpia de ativação é -1140 kJ/mol.
do tempo, a uma dada tem- e) a variação de entalpia é -1 140 kJ/mol, e portanto
peratura.
0,120 40_j é endotérmico.
De acordo com os dados do quadro responda d) a entalpia de ativação é 890 kJ/mol.
às questões a seguir. e) a entalpia de ativação é -890 kJ/mol.
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Lei de acão
, das massas
Geralmente, para acender o fogo da churrasquei-
ra, escolhe-se os menores pedaços de carvão.
4 Em sua opinião, por que deve ser assim?
Os pedaços menores de carvão aumentam a
superfície de contato entre o gás oxigênio e o ma-
terial, auxiliando no aumento da taxa de desenvol-
vimento da reação e também no aumento da rapidez
da combustão.
De acordo com a lei cinética de Guldberg-Waage, a rapidez de Cato Maximilian Guldberg e Peter
Waage, químicos que enunciaram
reação T,eação pode ser dada por: a Lei de ação das massas.
m n
Treação = k · [A] [sJ 4. Resposta pessoal. Espera-se que os
alunos respondam que é para aumentar a
rapidez de reação entre o gás oxigên io e o
em que: carvão em combustão, pois quanto mais
d ividido um determinado material, maior será
k é a constante de rapidez de reação, na referida temperatura; a sua superfície de contato, logo, maior a
quantidade d e clloques eficazes.
[A) é a concentração em mol/L do reagente A;
[B) é a concentração em mol/L do reagente B;
m e n são expoentes, determinados experimentalmente.
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Considere, por exemplo, a equação da reação elementar genérica a seguir:
A rapidez de reação, de acordo com a lei de ação das massas ou lei cinética de
2
Guldberg-Waage, pode ser expressa da seguinte maneira: T reação =k · [A] · [s] .
S No caso da combustão do monóxido de carbono (CO(g) ) produzindo dióxido de
carbono (C0 2 (g)), como pode ser expressa a equ ação rap idez da reação a u m a
t emperatu ra T? Considere a constante de rapidez da reaç ão (a u ma dad a t em-
2
Rapidez de reação de perat ura D como sendo k . 5. T ,eação = k · [co] · [ oJ
uma reação elementar
Energia {kcal/mol) A rapidez de reação de uma reação elementar genérica pode ser
representada pelo gráfico ao lado.
estado de transição
Se uma reação se desenvolve em duas ou mais etapas distintas,
energia de a etapa lenta será a determinante da rapidez da reação e então será
reagentes
ativação considerada reação não elementar.
Consideremos, por exemplo, as equações de reações químicas a
produtos seguir:
Etapa 1: H2 + 2 NO ~ N 2 0 + H2 0 (lenta)
caminho da reação Etapa 2: H 2 + N 20 ~ N2 + H 20 (rápida)
reação global: 2 H 2 + 2 NO ~ N 2 + 2 H2 0
e
Uma reação é de: o
!
- ordem zero em ..3~
relação a um .
t!
(lenta)
reage nte se a ~ etapa 1 etapa li
~
alteração da w
~
concentraçã o dele ~ caminho da reação
não causar alteração ª
na rapidez de reação;
- ordem 1 e m relação Ordem de reação e molecularidade
a um reagente s e , ao
d uplicar a A ordem de uma reação química é determinada experimentalmente. Os expoentes
concentração dele, a que aparecem na expressão da lei de ação das massas (obtida experimentalmente)
rapidez de reação determinam a ordem da reação. Dessa forma, considere que a reação química
também d uplicar;
1 N2 (g) + 2 0 2 (g) - 2 N0 2{g) apresenta a taxa de desenvolvimento expressa por:
- ordem n e m relação
2 2
a um reagente se, ao
multiplicar por 2 a T reação == k · [N2] · [0 2] OU 11 reação = k· [N2] · [0 2] ·
concent ra ção dele , a A ordem da reação, conforme cada participante, e a ordem global dessa reação
ra pidez de reação fo r
podem ser obtidas da seguinte maneira.
multiplicada por 2" (a 2
base 2 des s a Treação OU 11reação == k · [N 2] · [ 0 2]
____...____...
potência se refere à
alteração ocorrida na 1• ordem 2• ordem
conce ntraçã o do ordem global da
reage nte). reação: 3• ordem
190
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A molecularidade representa o número mínimo de partículas reagentes da etapa
que determina a taxa de desenvolvimento da reação . Assim, numa reação elementar,
a molecularidade é a soma dos coeficientes estequiométricos.
Para a reação 1 N 2(g) + 2 0 2 (g) --. 2 N0 2 (g) (reação elementar), a molecularidade é 3,
ou seja, t rimolecular. Para uma reação não elementar, a molecularidade é o número de
partículas envolvidas na etapa determinante da taxa de desenvolvimento da reação.
Conclusão
Considere a equação da reação genérica aA + bB -> cC. A expressão da sua rapidez de
m n
reação é T ,eação =k · [A] · [B] .
A ordem global dessa reação é dada por (m + n), sendo m e n determinados experimental-
mente. Quando m = a e n = b, a molecularidade e a ordem têm o mesmo valor numérico e,
I nesse caso, a reação é elementar.
/ Atívidade resolvida \
•
R3. O quadro seguinte mostra os dados da análise cinética obtida para a reação química
X(g) + 2 Y(g) --. 2 W(g).
Experimento 1
Experimento 2
Experimento 3
1,5
4,5
1,5
i-
Qual a expressão da lei de Guldberg-Waage para essa reação?
1,5
1,5
3,0
0,0 25
0,225
0,050
Resolução
Ao comparar a concentração de X e a rapidez de reação nos experimentos 1 e 2,
constata- se que ao multiplicarmos a [X] por 3 , a rapidez de reação está mult iplicada
. T reação 2 O, 225 2 ( 2 +- orde m do reagente X)
por 9, pois - - - - = - - - = 9. Logo, se 9 =3 sendo 3 ,o
Treaçâo 1 0 ,0 2 S
expoente (ordem) do reagente X nessa reação é 2.
Se compararmos a concentração de Y e a rapidez de reação nos experiment os 1 e 3,
1L
9 --. 3 d a rapidez de reaçào (é o expoe nte)
b{ c = potência nos e xperime ntos 1 e 2 , a concentra ção do
c=a a= base reage nt e X fo i multiplicad a por 3 (é a base)
b = expoente
~ - - - - - - - nos e xperime ntos 1 e 2, a rapidez d e reaç ào
foi m ult iplicada por 9 (é a pot ência)
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Catalisador 6. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que o catalisador é
utilizado no veículo para diminuir a emissão de gases potencíalmente poluentes .
6 Você já ouviu falar que alguns veículos possuem um aparelho chamado catali-
sador? Para que eles servem?
A substância que participa da formação do complexo ativado, de maneira a d iminuir
a energia de ativação da reação, criando um caminho alternativo e um novo mecanis-
mo de reação e que aumenta a rapidez de reação é denominada catalisador.
No caso dos veículos, o catalisador apresenta uma estrutura em forma de colmeia
(formada principalmente por platina, paládio e rádio) que faz a taxa de desenvolvimento da
reação aumentar, sem que seja consumida no processo, possibilitando, assim, menor emis-
são de gases poluentes no ambiente. Nesse sistema, a grade de platina é o catalisador.
Consideremos uma situação em que Fernando colocou bebida ga-
seificada em dois copos. Em um deles, ele adicionou uma colher de
açúcar. Em seguida, percebeu que o gás contido na bebida foi rapida-
mente eliminado nesse copo em relação ao outro, em que não houve
(
acréscimo de açúcar.
Por que isso aconteceu?
caminho da reação
192
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Os catalisadores são substâncias que, incorporadas ao sistema reacional, reduzem
a energia de ativação e são recuperadas intactas ao final da reação. O gráfico a se-
guir mostra a ação catalítica em reações reversíve is (direta e inversa).
Ação catalítica em
reações reversíveis \
Energia direta
X+ Y ~ Z + W l\H < O
Inversa
ação ação
catalítica catalítica
•
(direta) ~nversa)
E~,; -
X+Y
t.H
Z+W
caminho da reação
O catalisador aumenta tanto a rapidez de reação direta quanto a inversa, pois dimi-
nui as suas energias de ativação, em que:
• E at é a energia de ativação da reação direta sem catal isador;
1
A substância N0 2(g) catalisa a reação do SOz(g) com o 0 2 (g) a S0 3 (g). Observe que
a substância N0 2(g) da reação está sendo plenamente recuperada ao final. Essa rea-
ção global pode ser representada apenas por:
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Adsorver: fixar moléculas 1 Nas catálises heterogêneas, a ação do catalisador é de superfície (as partículas
de um fluido em uma
superfície sólida. reagentes são adsorvidas na superfície do catalisador), o que enfraquece as ligações
das partículas reagentes, facilitando a formação do complexo ativado e diminuindo a
energia de ativação da reação. Exemplo:
A platina (Pt(s)), assim como os metais níquel (Ni) e paládio (Pd), atuam como catalisa-
dores da reação entre o gás acetileno ou etino ( C2 H2 (g)) e o gás hidrogênio ( H 2(g)).
As catálises têm aplicações importantes em nosso cotidiano, na ciência e na indús-
tria. Os catalisadores são bastante utilizados em sínteses de substâncias para a in-
dústria farmacêutica, de polímeros, de alimentos, entre outras possibilidades.
Como já vimos, os conversores catalíticos instalados nos escapamentos de automóveis
(catalisadores automotivos) contêm uma estrutura cerâmica, em forma de colmeia,
com uma mistura de metais (paládio e molibdênio para veículos a álcool e paládio e
rádio para veículos a gasolina) que funciona como catalisadores, decompondo osga-
ses poluentes (o monóxido de carbono ( CO(g)) é convertido em dióxido de carbono ( C02 (g)),
óxidos de nitrogênio (Nü x(g)) são convertidos em gás nitrogênio (N 2(g)), hidrocarbonetos não
queimados completamente são convertidos em dióxido de carbono e água, entre outros).
As enzimas são proteínas que funcionam como biocatalisadores, pois catalisam rea-
ções de processos bioquímicos fundamentais aos seres vivos.
pH ótimo de
r·'' "
age na b oca1
amido maltose e glicose neutro
~ mlotápslaa~ proteínas e
oligopeptídios
peptonas
sina
rnase RNA
Suco pancreático nucleotídíos básico
(age no intestino) dnase DNA (alcalino)
ácidos graxos
lipase pancreática lipídios
e glicerol
amilase
amido maltose e glicose
pancreátic~
glicose e
lactase lactose
galactose
sacarase sacarose glicose e frutose
dipeptidase dipeptídios
194
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/ Atividade resolvida\
R4. (Unicamp-SP) Observe os diagramas 1 e 2 representativos de uma mesma reação química.
•
Coordenada da reação
diagrama 2
Resolução
Diagrama 1: a curva B é de catálise, ou seja, representa a reação na presença de ca-
talisador, pois ao comparar as curvas A e B, constata-se que a curva B forma mais
produto (maior concentração dos produtos) em intervalo de tempo menor e, ao final,
ambas formam a mesma quantidade de produtos (em tempos diferentes).
Diagrama 2: a curva C é de catálise, pois apresenta menor energia de ativação que a
curva D. O catal isador promove o abaixamento da energia de ativação.
ol
1 Química em foco
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Atividades ~~ Resolva as atividadas n o c aderno.
6. Considere o texto a seguir que comenta o fenô - @ Um procedimento muito comum utilizado em
meno da mortandade dos peixes em lagoas de práticas de culinária é o corte dos alimentos
Maricá, no Rio de Janeiro. para acelerar o seu cozimento, caso não se
[... ] tenha uma panela de pressão.
Segundo a Secretaria Municipal Adjunta de @ Na preparação de iogurtes, adicionam-se ao
Meio Ambiente, o fenômeno normalmente está leite bactérias produtoras de enzimas que
associado ao aumento da população da cidade, aceleram as reações envolvendo açúcares e
quando o volume de despejo ilegal de esgoto proteínas lácteas.
nas lagoas aumenta. O município também in-
Com base no texto, quais são os fatores que
formou que uma das possíveis causas é o forte
influenciam a rapidez das transformações quími-
calor, entre outros fatores que interferem na oxi-
genação da água. cas relacionadas aos exemplos 1, 2 e 3, respec-
tivamente?
O Inea [Instituto Estadual do Ambiente - RJ]
também apontou a redução dos níveis de oxigê- a) Temperatura, superfície de contato e concen-
nio da água como provável causa da morte dos tração.
peixes. O órgão ressaltou ainda que, entre os b) Concentração, superfície de contato e catali-
fatores que favorecem esse fenômeno, estão as sadores.
altas temperaturas da semana passada. asso- e) Temperatura, superfície de contado e catali-
ciadas à mudança de tempo do fim de semana, sadores.
que provoca a revolução do sedimento do fundo d) Superfície de contato, temperatura e concen-
do complexo lagunar. As mudanças de tempera-
tração.
tura afetam especialmente as lagoas rasas,
e) Temperatura, concentração e catalisadores.
como é o caso do complexo lagunar de Maricá."
GR:ANDE quantidade de peixes mortos aparece em lagoas de Maricâ, no RJ_ G1. 8. Considere que o processo de decomposição do
Região dos Lagos, 4 jan. 2016. Disponível em: <http://g1.glol:Jo.com/rj/regiao-dos-
lagos/noticia/2016/01/grande-quantidade-de-peixes-mortos-aparece-em-lagoas- gás pentóxido de dinitrogênio (N 2 0 5 ) seja uma
de-marica-no-rj.html>. Acesso em: 12 tev. 2016.
reação de primeira ordem, conforme a equação
De acordo com o texto, responda: química seguinte:
a) No local onde você mora já ocorreu uma situação
parecida como essa? Descreva-a sucintamente. 2N 20 5 --+ 4N0 2 + 0 2
reatividades das substâncias presentes nos 9. A reação do íon hipoclorito, principal componente
esgotos ilegais com o aumento de temperatura? da água sanitária, com corantes, produz substân-
~ /"''""' ;·······~·: ";··;·'..•.• cias incolores. Os dados experimentais a seguir
apresentam a relação das quantidades e taxa de
Procure os valores das solubilidades do gás desenvolvimento da reação em três experimen-
oxigênio na água de rios e lagos nas tempe - tos. A partir dos dados, encontre a lei de reação
raturas OºC, 10ºC, 20ºC e 30"C, que estejam e o valor de k.
situados na altitude de sua cidade (em rela-
ção ao nível do mar). Experimento 2 3
7. (Enem/MEC) Alguns fatores podem alterar a rapi-
dez das reações químicas. A seguir destacam-se [ceo -i (mol/L}J 1,7 · 10
-3
3,4 · 10
-3
1,7 · 10
-3
196
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Oficina de Química .. Rapidez das reações químicas
~/ Ponto zero
Parte considerável das reações qufmicas ocorre espontaneamente, portanto há dificuldade
para controlá-las. Porém, é possível usar alguns fatores que podem alterar as suas taxas de
desenvolvi menta.
• Cite alguns dos fatores que podem alterar a rapidez ou taxa de desenvolvimento de uma
reação química. Natu~eza do reagente, :>l!perfíci~ ?~ contato, temeeratura, concentração,
catalisadores, luz, eletricidade, 1rnb1dores e pressao (para gases).
Pode-se utilizar um ou mais fatores em conjunto durante o estudo da rapidez de reação.
00a / Materiais
• 6 comprimidos efervescentes
• 6 béqueres ou copos transparentes
• 1 colher
• água em temperatura ambiente
• água quente
• água fria
•
• 1 pires • vinagre
@ Determine os intervalos de tempo gastos ao dissolver cada um dos comprim idos nas
duas situações apresentadas e, ao final, anote em seu caderno esses valores e os
outros resultados observados.
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@ Determine os intervalos de tempo gastos na dissolução de cada um dos materiais
contidos nos dois béqueres. Ao final, anote em seu caderno esses e outros resultados
observados.
Parte 3
(I) Coloque vinagre em um béquer, até metade de sua capacidade.
(D Em outro béquer coloque uma colher de vinagre e, em seguida, complete com água
em temperatura ambiente, até a metade de sua capacidade.
~----
o
' Isso também ocorre ao cozinhar alimentos picados, pois eles cozinham rapidamente;
~ , - - - - - - - Concentração de um reagente: para acender uma churrasqueira, em geral, abana-se
1r-Y' / Para pensar sobre a brasa do carvão, aumentando a disponibilidade de gás oxigênio; dessa forma a
concentração de gás oxigênio disponível para a combustão fac ilita a queima do carvão.
1. As transformações que você observou são físicas ou químicas? Argumente, apontando
evidências que confirmam a sua resposta.
2. Que gás foi liberado durante a dissolução do comprimido efervescente? Escreva em seu
caderno o nome e a fórmula molecular desse gás.
Dióxido de carbono ou gás carbônico (Cü 2 ) .
3. Cite os fatores que influenciaram a rapidez das reações em cada uma das três partes da
oficina. Parte 1, temperatura; parte 2, superfície de contato; parte 3, concentração.
4 . Cite exemplos de seu cot idiano referentes a fatores que alteram a rapidez das reações
químicas. Temperatura: ao colocar um determinado alimento na geladeira, diminui sua rapidez de
reações de degradação; superfície de contato: na mesma concentração, geralmente remédios em soluções ou suspensões
líquidas possuem maior rapidez de reação do que aq ueles apresentados em forma de comprimidos:
198
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fA·i!••i4i,i•M•,iit+~--· c·~~~-~~~~~-~-~~~-Lí~i~·~· · ··· ··· ··· · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·.
V
Conhecendo
No Brasil, os combustíveis automotivos mais
utilizados são a gasolina e o etanol. A queima
desses combustíveis promove a liberação de
alguns gases para a atmosfera, como o dióxido
de carbono, monóxido de carbono, nitrogênio,
entre outros.
•
Entre esses gases há alguns altamente po-
luentes que podem alterar a qualidade do ar.
causando problemas à saúde, como doenças
pulmonares.
Dessa forma, em função do aumento contínuo da frota de veículos em circulação, tornou-se ne-
cessário o desenvolvimento de um mecanismo de redução da emissão dos gases poluentes na
atmosfera. Para isso, foram criados e instalados em motores automotivos dispositivos que promo-
vem a conversão dos gases poluentes em gases de menor impacto. Esses dispositivos são os
chamados conversores catalíticos.
Estudando
O funcionamento veicular baseia-se na queima de combustíveis, que liberam, além da energia
térmica requerida pelos automóveis, produtos de combustão completa (C0 2 , H 2 0, N2 ) e incom-
pleta (CO, NO, N0 2 e hidrocarbonetos). Os produtos de combustão incompleta são poluentes e
danosos à saúde humana quando inalados.
Dentro desse contexto, insere-se a catálise heterogênea, processo no qual se baseiam os con-
versores catallticos dispositivos que transformam, conforme foi expresso acima gases tóxicos em
gases inofensivos, ou menos tóxicos , de acordo com as reações representadas pelas equações:
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A estrutura é revestida por uma manta expansiva que tem
como finalidade atuar como isolante térmico e dar resistência
mecânica à colmeia. Um metal é então utilizado como carcaça,
conferindo o aspecto final do conversor.
O conversor catalítico de um veículo geralmente tem um tem-
po de vida médio de 80 mil quilômetros rodados. Após esse
período, o conversor precisa ser trocado para que a eficiência
na redução de gases tóxicos seja mantida.
,
inofensivos
•
., ,.·'·,
1. Combustão completa:
C zH50H(e) + 30z{g)- 2CO) g) + 3H zO{v)
Combustão incompleta:
C 2 H 50H(f) + 20 2 (g)- 2CO(g) + 3HzO{v)
2. Espera-se que os alunos pesquisem sobre
o assunto e discutam com colegas e
fami liares a respeito da existência e do
funcionamento do conversor catalítico. Além
disso, espera-se que compreendam seu
mecanismo de conversão de gases, seu
tempo de vid~ útil e a necessidade de sua canais por onde
substituição. E importante que discutam
passam os gases
sobre as implicações do uso desse
equipamento para o meio ambiente e a 1
saúde humana, refletindo, por exemplo,
sobre a qualidade do ar no caso da
inexistência desse tipo de recurso.
suporte
cerâmico
co j
L ..._. ,_... manta
metais
nobres
expansiva
emissões tóxicas
provenientes do
motor
Conversando
1. Sabendo que o etanol é o principal combustível utilizado no Brasil, apresente suas reações
de combustão completa e incompleta.
2. "O conversor catalítico de um veículo geralmente tem um tempo de vida médio de 80 mil
quilômetros rodados. Após esse período, o conversor precisa ser trocado para que a eficiên-
cia na redução de gases tóxicos seja mantida". Pesquise a respeito desse assunto e discu-
ta com seus colegas e familiares sobre a manutenção dada a esse equipamento em um
veículo.
3. Ao longo dos anos os impactos causados por produtos de combustão foram sendo perce-
bidos no ambiente e na saúde humana, por isso foi necessário pensar em outras alternati-
vas, como a alteração na composição dos combustíveis, para reduzir o lançamento de
gases tóxicos na atmosfera. Pesquise quais foram essas mudanças na composição dos
combustíveis. O álcool etílico passou por alterações para que naturalmente começasse a apresentar uma
combustão mais completa . O tetraetilchumbo, componente da gasolina, foi substituído pelo etanol, uma vez
que o chumbo liberado causava danos à saúde dos profissionais responsáveis pela sua produção e à
população exposta aos gases emitidos pelos motores de veículos que o utílizavam.
200
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·. .. Atividades
. . . . . . . . ... . . . . complementares
,. . . . . . . . ,. . . ,... . . . . . . . . . . . .·i·, Resolva as atividades no caderno.
CH 30H(t) - 239,0
Energia da
Ligação
Ligação (kJ/mol)
T (°C) T(ºC}
curva 1 curva li H- H 436
N= N 944
Quanto ao calor liberado ou absorvido na disso-
lução, o calor de dissolução l:l.Hdiss e a curva de H- N 390
solubilidade, assinale a alternativa que apresen -
ta as propriedades que correspondem, respec- a) Utilizando os dados de energia das ligações,
t ivamente, à dissolução do nitrato de sódio e à ca lcule a variação de entalp ia que ocorre
do hidróxido de cálcio em água. quando 1 mol de amônia é formado.
a) Endotérmica; l:l.H diss> O; curva 1. b) A reação de formação da amônia é endotér-
Exotérmica; l:l.Hdiss< O; curva li. mica ou exotérmica? Justifique.
b) Endotérmica; l:l.H diss> O; curva li. 4. (UFRJ) Em duas lanternas idênticas, carregadas
Exotérmica; l:l. Hdiss< O; curva 1. com a mesma massa de carbureto, goteja-se
água, na mesma vazão, sobre o carbureto. Na
e) Exotérmica; ~ Hdiss> O; curva 1. lanterna 1, o carbureto encontra-se na form a de
Endotérmica; l:l. Hdiss< O; curva li. pedras e, na lanterna li, finamente granulado.
d) Exotérmica; ~ Hdiss< O; curva 1. a) Indique qual das lanternas apresentará acha-
Endotérmica; l:l.H diss> O; curva li. ma mais intensa.
e) Exotérmica; ~ Hdiss> O; curva li. b) Indique qual delas se apagará primeiro. Justi-
Endotérmica; l:l.H diss< O; curva 1. fique sua resposta, com base em seus co-
nhecimentos de cinética química.
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5. O bicarbonato de sódio (NaHC0 3) é comumente 8. Alguns fatores podem alterar a rapidez das
utilizado como fermento. Sua atuação é através da reações quím icas. Para exemplificar essa
reação de decomposição apresentada a seguir, que teoria , um professor colocou um fio de zinco
libera gás carbônico: metálico em duas soluções de ácido sulfúrico
2 NaHC03(S) --t Na2CÜ3(S) + C02(g) + H2Ü(V) (H 2Sü 4), uma solução diluída (tubo 1) e outra
solução concentrada (tubo li). Observe a se-
Com base nas informações do quadro abaixo, e
guir a ilustração do experimento e sugira uma
aplicando a Lei de Hess, calcu le a variação de en-
explicação para os processos ocorridos nes-
talpia para a decomposição do bicarbonato.
ses tubos.
1 li
.6.H 1 = - 242 kJ
.6.H 2 = -394 kJ
.6.H 3 = -1130 kJ
Concentração
0,255 o
0 ,220 120
\
0,200 240 \ 1
''
~
0,190 360 2 ', '
''
' ..
~
202
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LiH,aaçã, (kJJmoQ
b) Além da capacidade de reagir com o oxigênio
do ar, dê duas outras características que uma
100,0
estado de transição substância deve apresentar para poder ser
utilizada como substituto da vitamina C em
al imentos processados.
2,02 -10- 3
a) 1 tonelada/hora d) 132 toneladas/ hora
2 0,20
b) 3 toneladas/hora e ) 163 toneladas/ hora
3 0,40 ~4,04 · 10- 3 e) 33 toneladas/hora
4 0,60
J 6,06 - 10-3 14. (Fuvest-SP) O "besouro bombarde iro" espanta
seus predadores expelindo uma solução quente.
determine: Quando ameaçado, em seu organismo ocorre a
a) a ordem global da reação . mistura de soluções aquosas de hidroquinona,
peróxido de hidrogênio e enzimas, que promo-
b) a lei de reação.
vem uma reação exotérmica, representada por:
e) a constante k da taxa de desenvolvimento.
C 6 H 4(0HJ 2(aq) + Hp 2(aq) --, C 6 Hp 2 (aqJ +2H 2 o(e)
t2. (Fuvest-SP) A vitam ina C é muito utilizada como
aditivo de alimentos processados. Sua proprie- O calor envolvido nessa transformação pode ser
dade antioxid ante se deve à capacidade de ser calculado, cons iderando -se os processos:
oxidada pelo oxigênio do ar, protegendo da C 6 H 4 (0H) 2 (aq) --, C 6Hp 2(aq) + H 2(g)
oxidação outras substâncias presentes nos ali-
~ Hº= + 177 kJ/mol
mentos. Um certo alimento processado, inicial-
mente embalado a vácuo, é aberto e armazena- H2 0(e) + __!_0 2 (9) __, H2 0 2 (aq)
2
do sob duas condições diferentes:
~H º = + 95 kJ/mol
1) em refrigerador a 4 ºC; 1
H 2 0(E) __, 2 0 2 (g) + H 2(g)
li) em armário fechado à temperatura ambiente
(25ºC). ~ Hº = + 286 kJ/mol . Assim sendo, o calor en-
a) Mostre em um gráfico como varia o teor de volvido na reação que ocorre no organismo do
vitamina C com o tempo para cada uma des- besouro é:
sas condições. Identifique as curvas e expli- a) 558 kJ/mol d) + 558 kJ/mol
que comparativamente o comportamento b) - 204 kJ/mol e) + 585 kJ/mol
delas. e) - 177 kJ/mol
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O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, como
óleos vegetais e gorduras animais. Ele é menos poluente que os combustíveis fós-
seis, podendo substituir total ou parcialmente o diesel de petróleo. A mistura entre
os dois combustíveis é classificada de acordo com a porcentagem de biodiesel
adicionado. Por exemplo, uma mistura com 7% de biodiesel e 93% de diesel de petróleo
é chamada B7, já o biodiesel puro é denominado B100, o qual é obrigatoriamente
adicionado ao diesel de petróleo em proporções que variam conforme a legislação
em vigor. Essa adição ajuda a reduzir as emissões de gases poluentes.
No Brasil existem diferentes espécies de oleaginosas para produzir o biodiesel,
entre elas estão a mamona, o girassol, o amendoim, o dendê, o babaçu, o algodão
e a soja. Quanto à origem animal, o sebo bovino e a gordura suína são as principais
matérias-primas para a fabricação de biodiesel.
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Marinha dos EUA lança 1" destroier movido a gordura de cama
[. ..) A marinha americana lançou nesta semana o primeiro des-
tróier de mísseis parcialmente movido por biocombustível feito a
partir de gordura de carne bovina.
O contratorpedeiro "ecológico" [...] é parte de um ambicioso
plano chamado de "A grande frota verde", que consiste em ter
50% dos navios de guerra movidos a energias alternativas, como },-.
'<' cl'
~~
eólica, solar e biocombustíveis diversos, dentro de quatro anos. ';;:;.ç:
~~~
~
Por enquanto, o míx de abastecimento dos navios é de apenas ,!'
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A planta de origem amazônica
Victoria amazonica. conhecida como
vitória-régia (nome dado pelo botânico
inglês John Lindley para homenagear a
rainha Vitória). é uma planta aquática com
flores brancas ou rosadas, fortemente per-
fumadas que, em geral, podem atingir até
30 cm de diâmetro.
Suas folhas são flutuantes e enquanto
são jovens possuem o formato de coração,
desenvolvendo-se até a fase adulta, quando
passam a ter formato circular. Elas podem
atingir até 2,5 metros de diâmetro, com bor-
das que ficam até 10 cm fora da água. Es-
sas folhas formam redes de canais que
ajudam a escoar a água da chuva e supor-
tam até 40 quilogramas quando são bem
distribuídos em sua extensão.
Por meio de pecíolos com espinhos flexí-
veis (evitam a herbivoria), as folhas se ligam
ao rizoma, o qual fica no fundo do rio ou do
lago, sendo rico em amido, ferro e sais mi-
nerais.
Apesar de sua aparência robusta, a vitó-
ria-régia é uma planta delicada que não re-
siste a baixas temoeraturas.
As respostas déstas questões estão nas
í,;\ Orientações P.ara o professor.
~ A vitória-régia é uma planta que flutua
na superfície da água e que pode cobrir
praticamente todo o espelho-d'água.
Em sua opinião, isso provocaria algum
desequilíbrio no lago? Justifique sua
resposta.
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; •IS
ProceSSOS revers1ve A. Resposta pessoal. Espera-se que
os a1unos respondam que se ~rata de
um processo que tem a propriedade
de retomar ao estado inicial.
Essas curiosas esculturas feitas de pedaços de rochas em equilíbrio, provavelmente,
chamaram a sua atenção por causa da forma como elas estão dispostas, que repre-
B. Equilíbrio estático, senta o equilíbri o estático.
pois, em relação às
rochas naturais Contudo, se observarmos bem essa imagem, perceberemos outros sistemas em
presentes nas margens
do rio, elas estão em equilíbrio. Por exemplo, a água doce e fresca do rio é própria desse ambiente, pois
repouso. apresenta diferentes temperaturas, pH, densidades e quantidades de sais solubilizados
e de minerais. Todos esses aspectos compõem o equilíbrio dinâmico. Esse equilíbrio
Equilíbrio dinâmico: é depende de vários fatores, dos quais se destacam a composição química da mistura
aquele no qual as
que forma a água do rio, o tipo de substrato do fundo do rio, a temperatura e a pressão
quantidades de reagentes
e produt os se m antêm da água, entre outros. Dependendo dos fatores externos, como temperatura e pressão,
const,intes durante a
ocorrência da r eação
a composição física e química da água pode ser alterada. Essas alterações podem estar
química. Esse equilíbrio relacionadas tanto a processos reversíveis quanto a processos irreversíveis.
ocorre em processos
químicos reversíveis cujas
taxas de desenvolvimento
@ Em sua opinião, em que cons iste um processo reversível?
são constantes e
dif erent es de zero. @ Em relação às rochas naturais que estão nas margens do rio, as esculturas da
Equilíbrio estâtico: esse imagem acima representam um equilíbrio estático ou dinâmico?
tipo de equilíbrio pode
ocorrer. p or exemplo. ao
final de uma r eação
© Considere um sistema formado pelos objetos A e B, inicialmente com temperatu-
química ir reversível. Nesse ras diferentes. Ao serem colocados em contato, eles trocam calor entre si espon-
caso, a sua taxa de taneamente, até que em um dado instante suas temperaturas se igualam. Nesse
desenvolvimento é
constante, porém. igual a
contexto, o processo inverso ocorreria espontaneamente, de modo que A e B
zero. voltariam a ficar com temperaturas diferentes?
Com essa questão, espera-se que os alunos percebam que estando os objetos A e B
em equilíbrio térmico, portanto estável termicamente, nào ocorreria o processo inverso
208 espontaneamente fazendo que o sistema saísse do estado de equilíbrio.
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Processos reversíveis e processos irreversíveis
Se à temperatura ambiente deixarmos alguns cubos de gelo em um copo sobre
uma mesa, após certo período a água no estado sólido sofrerá fusão, passando para
o estado liquido.
1 É possível que o estado líquido da água torne-se estado sólido, ou seja, que a
água volte ao seu formato inicial (an tes da f usão)? Se isso for possível, como
poderia ser feito?
2 Depois de q ue imar uma folha de papel, seria possível fazê-la voltar ao seu es-
tado inicial? Justifique . Não, pois ocorre uma reação química que
altera permanentemente os reagentes.
Desconsiderando se o processo é ou não espontâneo, pode-se dizer que alguns
processos físicos, como as mudanças de estado físico das substâncias, são reversí- Água no estado sólido
como cu bos de gelo .
veis porque o produto tem a propriedade de retornar ao estado inicial. Por isso, os
cubos de gelo derretidos podem retornar ao estado sólido. 1. Sim , pois essa água
•
poderia ser colocada
3 Todas as reações químicas são processos quím icos irreversíveis? em um congelador.
Não. Há proce~sos químicos r!Jversíveis e irreversíveis. Nesse processo, a água
Há processos qu1micos reversiveis e outros irreversíveis. A situação exemplificada cederia calor ao
no item 2, a queima de um combustível, refere-se a um processo irreversível. Essa congelador até atingir a
temperatura de
reação dura enquanto houver reagentes, e não há como regenerá-los, como é o caso solidificação, passando
para o estado sólido
do papel totalmente consumido pela combustão. Podemos analisar, por exemplo, a novamente.
combustão completa do GNV.
principal componente do
gás natura l veicular (GNV)
As reações (1) e (li) podem ser representadas em equi líbrio da seguinte forma:
reacão d ireta 2 1-
1 CaC0 3 (s) + Hp(e) + 1 co 2 ·_ . 1 Ca +(aq) + 2 HC0 3 (aq)
reaçao1nve rsa
As duplas setas indicam processo reversível. A seta para a d ireita (~) indica reação
direta, e a seta para a esquerda (~ ) indica reação inversa. Se uma seta estiver com
tamanho diferente da outra, significa que a velocidade com a qual as reações se pro-
cessam são diferentes. Quanto maior a seta, maior é a velocidade da reação.
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No caso da formação rochosa que acabamos de estudar, o sistema atingiu equilí-
brio químico.
Em Química, a uma determinada temperatura, se a reação reversível está em estado
de equilíbrio (equilíbrio químico), os módulos das taxas de desenvolvimento das rea-
ções direta e inversa serão iguais e diferentes de zero (equilíbrio dinâmico). Assim, no
equilíbrio químico, as reações direta e inversa ocorrem ininterruptamente.
4 -~
"~"
-/
r--.... I/""
H,
NH3
O consumo e a produção das
substâncias envolvidas ocorrem I
2 N,
em conformidade com os seus
/ ,. J......,--
coeficientes estequiométricos.
o v 1
5 25 35 45 50
Tempo (min)
210
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A partir da observação da representação gráfica, é possível concluir que no instante
5 min havia sido consumido 1,3 mol de NH 3 , e que houve a produção de 0,65 mol de N 2
e 1,95 mol de H2 .
Observe que essas variações de quantidades das substâncias envolvidas na reação
são proporcionais aos coeficientes estequiométricos. Assim, para o instante 5 min,
tem -se:
Coeficientes 2
A 500 ºC, no instante 25 min, a reação entra em equilíbrio dinâmico, ou seja, a rea-
ção continua ocorrendo nos dois sentidos com a mesma rapidez de reação.
•
Assim, para o instante 25 min, tem-se:
NH 3 N2
Coeficientes 2 3
-+--
Consumo 4 m ol
+
Produção 2 mol 6 mo l
T,eação =k , · [NH3]
dlre,a
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Assim, para a reação de decomposição da amônia, na temperatura de 500 ºC, no
instante de 25 min, o sistema reversível atinge o equi líbrio químico. Então, a rapidez de
reação no sentido direto é igual à rapidez de reação no sentido inverso. Ao aplicar
essa condição de igualdade às expressões de rapidez, tem-se:
• No equil íbrio dinâmico: T ,eação = T ,eação
direta irwers.a
2 3
k [NH
1· 3] = k2 · [N 2] • [H 2]
2
[ NH 3 ]
Ke =
Em que:
Kc é a constante de equilíbrio em termos das concentrações em quantidade de
matéria (a uma dada temperatura).
K =
(PN (PHJ
------
2) .
P (PNHJ 2
Em que p indica a pressão parcial das substâncias participantes (no estado gasoso).
Grau de equilíbrio o:
O grau de equilíbrio, representado por a, é a razão entre a quantidade de reagente con-
sumido até atingir o equilíbrio e sua quantidade inicial. Assim, pode ser representado como:
quantidade de matéria do reagente consumido
a=
quantidade de matéria inicial do reagente
212
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/ Atividades resolvidas\
R1. (Fuvest-SP) N 2 0 4 e N0 2 , gases poluentes do ar, encontram-se em equilíbrio, como
indicado:
1 N2 0 4 ------'- 2 N0 2
Em uma experiência, nas condições ambientes, introduziu-se 1,50 mal de N 2 0 4 em um rea-
tor de 2,0 litros. Estabelecido o equilíbrio, a concentração de N0 2 foi de 0,060 mol/L.
Qual o valor da constante de equilíbrio Kc, em termos de concentração, desse equilí-
brio?
Resolução:
A concentração inic ial de N2 0 4 pode ser dada por:
•
sistema reversível, tem-se:
___,,_
1 N 20 4 ...-- 2 N0 2
----->..
Início 0,75 mol/ L .,,...-- 0 ,00
___,,_
Consumo/Produç ão .,,...--
----->..
Equilíbrio ...-- 0,060 mo l/L
----->..
1 Np 4 ...-- 2 N0 2
Início
Consumo/Produção
Equilíbrio
0 ,75 mol/ L
0 ,030 mol/L
0 ,060 mol/L
0 ,060 mo l/L
Após a determinação dos valores relativos ao equilíb rio, é possível determinar o valor
da constante de equilíbrio Kc, em termos de concentração em quantidade de matéria.
A expressão dessa constante é: 2
[ N0 2 ]
Kc = - - --
[N204]
Substituindo-se os valores do equilíbrio:
2
(O, 060) -3
K = - - - - =? Kc = 5 · 10
e (o, 72)
>
Equilíbrio químico 213
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> R2. Considere que 4,0 mal de H 2{g)e 4,0 mal de 12{g), em um recipiente de 2,0 litros, atin-
gem a condição de equilíbrio a 500 ºC, cuja constante de equilíbrio Kc é igual a 64.
Determine a concentração em mol/L de HI no equilíbrio.
Resolução:
Determinando-se as concentrações iniciais das substâncias participantes, tem-se :
1 H 2(g) 2 HI (g)
_____:,.
1 Hi{g) 1 12 (g) ,..- 2 HI (g)
_____:,.
Inicio 2,0 mol/L 2,0 mol/L ...----- 0,00
_____:,.
1 Hi(g) 1 12(g) ,..- 2 Hl(g)
_____:,.
1 Hi(g) 1 li{g) ...----- 2 Hl(g)
_____:,.
Início 2,0 mol/L 2,0 mol/L ...----- 0,00
____,,.
Consumo/ Produção 1,6 mol/L 1,6 mol/L ...----- 3,2 mol/L
Equilíbrio 0,4 mol/L _J_o,4 mol/L _____:,.
...----- 3,2 mol/L
214
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Química em foco
Dentista atendendo
uma paciente. - -~ - - - -- -
desmineralizaçào 2 _ _
Ca 5 ( PO 4 ) OH(s) . . _ 5 Ca +(aq) + 3 PO! (aq) + OH 1 . (aq)
3 mineral1zaçao
Deslocamento de equilíbrio
Observe o que acontece ao adicionar go-
tas de limão a certa solução aquosa com-
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S O que você pode observar em relação à cor da solução, após a adição de gotas
de limão, que é uma substância ácida? A soluçào passou de amarela para alaranjada.
Em um sistema químico em equilíbrio, a rapidez da reação direta é igual à da
reação inversa e diferente de zero. As concentrações dos participantes se mantêm
constantes e, se não houver ação de agente externo, tende a continuar em equilí-
brio. Se houver ação de um agente externo, o sistema tende a reagir com o obje-
tivo de minimizar os efeitos dessa ação. É o que ocorre quando se adiciona gotas
2-
de limão a certa solução aquosa composta por Cr04 .
Em 1884, o químico francês Henri Louis Le Chatelier (1850 -1936) enunciou o
seguinte princípio:
216
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• Considerando um sistema em equilíbrio, a variação de pressão tende a produzir
Nos equilíbrios em
deslocamento desse equilíbrio se ele puder sofrer variação de volume. Assim: que há líquidos ou
sólidos e não existem
gases,asvar~ções
Efeito Deslocamento do equilíbrio
- de pressão produzem
variações de volumes
Aumento da pressão (sobre um sistema que
para o lado em que há contração volumétrica desprezíveis, assim
contenha substância no estado gasoso)
praticamente não há
deslocamento do
Diminuição da pressão (sobre um sistema equilíbrio. Conclui-se
para o lado em que há expansão volumét rica
que contenha substância no estado gasoso) que, se atuar o fator
pressão sobre um
sistema em equilíbrio,
Exemplos: a variação de vol ume
é determinada
@ Decomposição da amônia praticamente pel as
substâncias no
estado gasoso.
•
2NH 3(g) ~ 1N 2 (g) +3H 2 (g)
'-----,.-------
2 volumes 4 volumes
-
Efeito Deslocamento do equilíbrio
para a esquerda
Aumento da pressão
( contração volumétrica )
para a d ireita
Diminuição da pressão
( expansão volumétrica
aumento
da pressão As molêculas ilustradas
são representações de
modelos artísticos.
Com o aumento da As cores e proporções
pressão o equilíbrio é não são reais.
deslocado no sentido
da formação de NH 3 .
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• Considerando-se um sistema em equilíbrio, a variação de temperatura tende a
produzir deslocamento desse equilíbrio da seguinte maneira:
t.H= - 483,6 kJ
para a esquerda
Aumento da temperatura
reaçào endotérmica
para a direita
Diminuição da temperatura
reação exotérmica
A diminuiçào da
temperatura promove o
aumento da quant idade
de H20 , pois a reaçào
exotérmica é favorec ida.
218
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/ Atividade resolvida\
R3. (Fuvest-SP) Em uma solução obtida pela dissolução de cloreto de cobalto li em ácido
clorídrico, tem-se:
2+ 2-
[co(H20l6] jaq) + 4 Ct 1-(aq} ~ [coCt 4] (aq} + 6 H 20 (e)
rosad o azul
Essa solução foi dividida em três partes, cada uma colocada em um tubo de ensaio.
Cada tubo de ensaio foi submetido a uma temperatura diferente, sob pressão am-
biente, como ilustrado abaixo.
•
água em ebulição gelo e água
Resolução
a) Observa-se que ao aquecer a solução do tubo B houve deslocamento no sentido da
coloração azul, assim a reação direta é uma reação endotérmica, ou seja, absorve
calor.
b) A constante de equilíbrio relativa à equação da reação reversível pode ser represen-
tada por:
Ke aa
Assim, a constante de equilíbrio terá o menor valor no tubo C (nesse caso contendo
a solução à menor temperatura).
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Atividades
.".~
~=~ Resolva as atividades na caderno.
Combustão
do papel.
220
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1+ 1-
b) H , que reage com as hidroxilas OH , des-
Concentração
locando o equilíbrio para a direita.
e) OH 1- , que reage com os íons Ca2+, deslocando
o equi líbrio para a esquerda.
1+ ,_
--;-----,'- (B) d ) H , que reage com as hidroxilas OH , deslocan-
do o equilíbrio para a esquerda.
~--------~ (A}
e) Ca2+, que reage com as hidroxilas OH 1- , des-
locando o equilíbrio para a esquerda.
>-----+----+--- Tempo (min)
o 10 20 8. No equilíbrio químico, as velocidades das reações
/ e ,.........,... ,.,., .............,........ \ são numericamente iguais, mas não necessaria-
\ ~./ Experimento ··. mente as concentrações das espécies químicas
presentes na reação são iguais. Segundo Le
Em um laboratório foi feito o seguinte experi- Chatelier, quando um fator externo atua sobre
•
mento que pode ser representado pela seguinte um sistema em equilíbrio, a tendênc ia é que
reação química: ocorra o deslocamento desse equ ilíbrio.
N 20 4 (g) ~ 2 NO 2 (g) A equação química seguinte representa um sis-
tema em equilíbrio.
Foram colocados 10 molde N 20 4 (g) em um fras-
co de 1 litro a 100 ºC, e aguardou-se até que o 6 PbO(s) + 02(9) ~ 2 Pb30 iS) t.H = - 36, 8 kcal
sistema atingisse o equilíbrio. A 100 ºC, consta-
tou-se que no equilíb rio há 4 mol de N0 2(g). Em Como deverá ser deslocado o equilíbrio desse
seu caderno, calcu le o valor da constante de sistema:
equilíbrio em termos de concentração Kc . a) com a diminuição da temperatura?
b) com o aumento da pressão total sobre o sis-
7. (Enem/MEC) Os refrigerantes têm-se tornado cada tema?
vez mais o alvo de políticas púb licas de saúde.
e) com a adição de 0 2(g)?
Os de cola apresentam ácido fosfórico, substân-
d) com a adição de Pb 30 4's)?
cia prejudicial à fixação de cálcio, o mineral que
é o principal componente da matriz dos dentes. 9. Durante a explicação da ação catalítica sobre
A cárie é um processo dinâmico de desequilíbrio sistemas químicos reversíveis, um professor es-
do processo de desmineralização dentária, per- creveu no quadro a seguinte frase:
da de minerais em razão da acidez. Sabe-se que "O catalisador não desloca o equilíbrio químico
o principal componente do esmalte do dente é do sistema, pois atua igualmente na rapidez das
um sal denominado hidroxiapatita. O refrigeran- reações direta e inversa. Entretanto, dim inui o
te, pela presença da sacarose, faz decrescer o tempo para que seja estabelecido o estado de
pH do biofilme (placa bacteriana), provocando a equilíbrio do sistema."
desmineralização do esmalte dentário. Os meca-
Em seguida, fez a ilustração do gráfico da repre-
nismos de defesa salivar levam de 20 a 30 minutos
sentação de equilíbrio de uma reação química
para normalizar o nível do pH, remineralizando o
sem a presença do catalisador, conforme o se-
dente. A equação química seguinte representa
guinte gráfico:
esse processo:
desmíneralizacào Velocidade
Ca (PO ) OH(s) . . _· 5Ca2+(aq) +
5 4 3 m1neral1zac;:ao
3- ,
+ 3 PO 4 (aq) + OH - (aq)
equillbrio
GAOISMAN, S. Impacto do refrigerante nos dentes é avaliado sem tirá-lo da d ieta.
Disponível em: <www.isaude.net>. Acesso em: 1" maio 2010 (adaptado).
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Oficina de Química ~
Garrafa azul
~ /Ponto zero
"Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem apenas exemplos ds reações
químicas irreversíveis, como reações de combustão, de sfervescêncía (liberação
de gases), de oxidação do ferro (ferrugem) e decomposição de matéria orgânica.
00a / Materiais
• 1 funil
• 2 copos de vidro (200 ml)
• 1 garrafa plástica transparente de 500 ml,
com tampa
• 3 colheres pequenas
• água
• hidróxido de sódio (NaOH)
• xarope de glucose de milho ou dextrose Reação com formação de produto menos sol úvel.
• solução de azul de metileno a 1% (vendida
em algumas farmácias)
~/Mãos à obra
222
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@ No outro copo, adicione água até a metade de sua capacidade. Acrescen-
te duas colheres de xarope de glucose de milho e uma colher (rasa) de
azul de metileno, e mexa até dissolver completamente.
D Caro aluno, para a sua proteção, ao realizar esse experimento é adequado usar jaleco de mangas
compridas, óculos de proteção, calças compridas e tênis fechados.
Cuidado ao manusear o hidróxido de sódio, evitando o contato direto com o material.
Lembre-se de que laboratório é lugar de trabalho sério.
2. Como a m istura
tende a ficar incolor
quando está em
repouso, e tornar-se
•
azulada ao entrar em
contato com o ar
dentro da garrafa, há
evidência de que Adição de xarope de g lucose
algum componente d e m ilho e azul de metileno
presente no ar teve em copo com água .
participação no
processo químico
observado.
4. A solução alcalina
(hidróxido de sódio) tende
a provocar a oxidação da
glucose (glicose), que
reduz o azul de metileno
a leucometileno, que é
incolor. Ao agitar a garrafa
com as misturas dos dois
copos, o gás oxigênio
presente no ar (dentro da
garrafa hermeticamente
fechada) tende a se
dissolver na mistura,
reduzindo novamente
a glicose e oxidando
o leucometileno a azul
de metileno, tornando a
solução azul novamente. Garrafa após a mistura dos dois copos.
~ / Para pensar
1. As reações químicas que ocorrem dentro da garrafa são reversiveis ou irreversíveis?
E 1. Reversíveis. A garrafa com a mistura liquida, quando em repouso, apresenta-se incolor; ao ser agitada ,
xp ique. a mistura líquida se torna azul. Quando novamente estiver em repouso, voltará a f icar incolor. Isso
evidencia que a reação química é reversível.
2. Será que algum componente do ar participa da reação? Justifique sua resposta.
3. Depois de algum tempo, após várias agitações da mistura dentro da garrafa hermetica-
mente fechada, não há mais mudança de coloração. O que é possível concluir sobre
essa observação? Conclui-se que realmente o ar participava da reação, mas que seu componente
foi totalmente consumido na reação química .
4. Faça uma pesquisa sobre as possíveis reações químicas que ocorrem dentro da garrafa.
Sem se preocupar com as fórmulas das substâncias envolvidas, faça em seu caderno
um esquema citando as possíveis substâncias presentes nos processos químicos ocorridos.
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f#·i·ili§lli•Millit+t·· ·~~~-~-~~··;:~~~·~~~-~-á~I~~~·· · · · · ··· ·· · · · · · · · · · · · · · ·.
V
Conhecendo
As lentes fotocromáticas mudam de cor quando são ativadas pela luz
ultravioleta. Elas permanecem claras em ambientes internos, em dias pou-
co iluminados ou à noite, mas escurecem quando são expostas à luz solar.
Você sabia que esse fenômeno nas lentes refere-se a reações químicas
reversíveis?
Mulher usando óculos com
lentes fotocromáticas.
Estudando
Há cristais de cloreto de prata e uma pequena quantidade de íons
cobre l aprisionados na estrutura da lente de vidro. Esses cristais são
os responsáveis pela característica incolor da lente fotocromática. Nela
estão presentes alguns equilíbrios químicos que podem ser deslocados
quando são expostos à luz.
1+ 1- O
2 Ag + 2 ce ~ 2 Ag + ce 2
224
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1
Equilíbrios iônicos
.
em meio aquoso
O "galinho do tempo" é um objeto na forma de galo, feito em gesso e recoberto
com veludo impregnado da mistura de cloreto de sódio (Nace) e cloreto de cobalto li
(coe e2), cujas transformações são representadas por uma reação reversível (sentidos
direto e inverso), a qual estabelece o seguinte equilíbrio químico (dinâmico):
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Constantes de ionizacão
>
e de dissociacão
>
Você já estudou que na reação química de ion ização ocorre a formação de íons que
não existiam no início da reação, como no exemplo A destacado abaixo, a respeito da
formação de íons positivos e negativos a partir do cloreto de hidrogênio em solução
As ilustrações são aquosa, formando o ácido clorídrico. Nas reações químicas de d issociação, ocorre a
representações d e
modelos artísticos. As
separação de íons existentes, como no exemplo B dos íons Na+ e obtidos a par- ce.-
e.ores e proporções
não são reais.
tir do cloreto de sódio em solução aquosa.
As soluções cujos solutos sofrem ionização ou dissociação apresentam íons dissol-
vidos e seus equilíbrios são denominados equilíbrios iônicos.
Exemplo A Exemplo B
sal sem
··· · dissolver
Ao misturar cloreto de hidrogênio ( HCt) em água ocorre Ao solubilizar cloreto de sódio ( Nact) em água ocorre
ionizaçào desse composto molecul ar, pois há uma atraçào dissociaçào iônica, pois seus íons sào separ ados por
elétrica entre os polos positivo e negativo do ácido com os m eio da atraçào elétrica com os polos da água.
da molécul a da água, formando cátions Hi. e ân ions Cf-.
Considere duas soluções aquosas em equilíbrio químico, sendo uma delas um áci-
do genérico HAjaq) que faz ionização, e a outra é uma base genérica BOH(aq) que faz
dissociação. Simplificadamente, ambas são representadas por:
1+ ,_
HA
'--v---'
água
H (aq) + A (aq) BOH
,_______,
=======~ B
água 1+
(aq) + OH (aq)
1-
[s +] . [0H
1 1
-]
[aoH]
226
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Assim, se considerarmos o caso do ácido sulfídrico, que é um poliácido fraco, as
suas constantes de ionização K ª e os seus graus de ionização (a) poderão ser repre-
sentados por:
água 1+ 1- [H 1+] · [HS 1-J
2
• H S H (aq) + HS (aq) tem-se que Ka1 = e ª1
primeira etapa de ionização
[H S]2
1- água 1+ 2-
[H1+] . [s2-1
• HS H [aq) + S (aq) tem-se que K = e ª2
ª2
segunda etapa de ionização [ HS1 -J
Experimentalmente, tem-se Kª , > Kª 2 e a 1 > a 2 . Assim, genericamente, para os po-
liácidos fracos pode-se considerar desprezíveis as concentrações em quantidade de
/ Atividade resolvida \
R1. A uma dada temperatura tem-se uma solução aquosa de ácido cianídrico (HCN(aq))
0,5 mol/ L. Sabendo-se que nessa concentração o seu grau de ionização é igual a
•
O, 01 % , determine:
1+
a) a concentração em quantidade de matéria dos íons H (aq);
b) a concentração em quantidade de matéria dos íons CN 1-(aq);
e ) a concentração em quantidade de matéria de moléculas de HCN(aq) não ionizadas;
d) a constante de ionização do ácido cianídrico.
Resolução
Seria adequado montar uma tabela com os estados iníc io, reação (consumo/forma-
ção) e equilíbrio. Assim, para o equilíbrio:
água 1+ 1-
HCN(g) . . _ H (aq) + CN (aq)
(1onrzaçao)
[ HCN(aq)) . . = O, 5 mol/L
1nlc10
-2 -2
-2 10 10 2 2 4
a=0,01 % = 1O % = - - - = - - = 1O- · 1O- = a = 10-
100 102
Reação
2
[ HCN(aq)) ionizado - - - - - - ·10- %
ou, ainda:
>
Equilíbrio químico 227
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> O cálculo das concentrações em quantidade de matéria dos íons H 1+(aq) e C N ,_(aq)
produzidos durante a reação química (ionização) pode ser feito da seg uinte maneira:
água 1+ 1-
1 HCN(g) ~==~ 1 H (aq) + 1 CN (aq)
.....___, '---,.,---' '---....---'
(ion ização)
consumido produzido produzido
-5 -5 -5
5 -10 mol/L 5 -10 mol/L 5 -10 mol/L
Equilíbrio:
A concentração em quantidade de matéria de HCN(aq) no equilíbrio pode ser calcu-
lada por:
[ HCN(aq)]
equilíbrio
O, 49995 mol/L = 0,5 mol/L
As concentrações de H 1+(aq) e C N,_(aq) no equilíbrio: como no estado inicial ainda
não tinha ocorrido a ionização do ácido, as concentrações desses íons no equilíbrio
serão iguais às suas concentrações do estado reacional, ou seja, o que foi produzido.
1+ ,_
Assim, para as concentrações dos íons H (aq) e C N (aq), tem-se:
[ H1+(aq)] .. = [ 1-
CN (aq)
]
. .. = 5 - 10
-5
mol/L
equ11tbno equ1i1brio
Quantidades
HCN(aq) -----'"
~ H1+(aq) + c N1- (aq)
envolvidas
Concentração
0,5 mol/ L
______,. o o
~ +
(início)
Concentração -5 .->.
5 -10 mol/L ~ +
(consumo/ionização)
Concentração
( produzido/formação)
-----'"
...,..-- 5 · 10
-5
mol/L + 1 5 - 10
-5
mol/ L
Dessa forma:
a) a concentração em quantidade de matéria dos íons H1+(aq)
[H +]. [cN -J
1 1 (5- 10-5 )·(5-10-5 )
-1
[HCN] 5 · 10
228
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Lei da diluicão
, de Ostwald
O químico e físico letão (nascido em Riga, na Letônia), Friedrich Wilhelm Ostwald
(1853-1932), é considerado o pai da físico-qu ímica e recebeu o prêmio Nobel de
Química em 1909 por inúmeros trabalhos sobre catálise e equilíbrios químicos iô-
nicos. Entre outros trabalhos, deduziu uma lei que atualmente é conhecida como
lei da diluição de Ostwald.
Segundo a lei da diluição de Ostwald, a uma dada temperatura, ao diminuir a
concentração em quantidade de matéria de um eletrólito, seu grau de ionização
(ou de dissociação) a aumenta.
Assim, a uma determinada temperatura, se considerarmos o ácido genérico HA(aq),
cuja concent ração inicial em quantidade de matéria desse eletrólito seja e seu grau fvl
de ionização seja a, teremos: Friedrich Wilhel m
Ostwald também
conhecido como "pai
Quantidades da físico - química·.
•
---->. 1-
HA(aq ) ~ H1+(aq) + A (aq)
envolvidas
- 1
'
-
Concentração
(inicial) M ---->.
~ o + o
\ 1
1
Concentração
(ionizada)
M·(l ---->.
~ +
-
Concentração
(que se formou)
---->.
~ tv1. . (I + M ·(I
Concentração
tvl. - M·(l ---->.
~ tv1. . (l + M · (I
(equilíbrio)
Nessa temperatura, o equilíbrio HA(aq) ~ H 1+(aq) + A1- (aq) terá como expres-
são de sua constante de ionização (em função das concentrações em quantidade de
M- M· ex M · (1 - ex)
tvt . ex2 [] . ex2
Logo, a uma dada temperatura, Kª = ~ - - ou ainda, Kª =
(1 - a) (1 - ex)
Dessa forma, quanto mais diluída for uma solução, maior o grau de ionização ou K; = M-a2 ou
dissociação do eletrólito. K; = [ ] (eletrólito fraco) · ª2
Equilíbrio químico 229
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/ Atividade resolvida\
R2. Calcule a constante de ionização do ácido cianídrico para uma solução aquosa de
HCN 0 ,5 mol/L e de grau de ionização igual a O, 01 %.
Os dados são:
Resolução
Como se trata de um ácido fraco (! ex), pode-se utilizar a equação Ki = M· cx 2 para o
cálcu lo de sua constante de ion ização (Ki ou K 8 ) . Assim, tem-se:
Compare esse resultado com o do item d da Atividade resolvida R1 das páginas 227
e 228.
As ilustrações são
representações de
modelos artísticos.
As cores e as
pro po,-ções não
são reais.
/ Atividade resolvida\
R3. Considere o seguinte sistema em equilíbrio químico:
amarelo laranja
Determine o que ocorrerá se:
a) houver adição de ácido clorídrico ( HCE(aq)) a esse sistema em equilíbrio.
b) houver adição de hidróxido de sódio (NaOH{s)) a esse sistema em equilíbrio.
>
230
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> Res.olucão
' 1+ 1-
a) O ácido se ionizará liberando íons H (aq) e ce (aq). Isso provocará o aumento da
1+ ,_
concentração de íons H (aq) no sist ema. Os íons
,_ c e (aq) não interferem no equ i-
líbrio, pois aparecem na mesma forma c e (aq) tanto nos reagentes como nos pro-
dutos. Assim, haverá deslocamento do equilíbrio para a direita, até que o excesso
1+
de íons H (aq) (ion comum) seja consumido.
b) A base se dissociará liberando íons Na 1+(aq) e OH, _ (aq ). Os íons Na1+(aq) não inter-
ferem no equilíbrio, pois aparecem na mesma forma ( Na1+(aq)) tanto nos reagentes
como nos produtos. Já os íons OH ,_(aq) reagirão com íons H 1+(aq) do equilíbrio,
formando H 2 0 (11.) (neutralização). Assim , o equilíbrio se desloca para a esquerda,
de modo que haja a reposição dos íons H 1+(aq) consumidos na neutralização. Obser-
ve que o ion OH 1- (aq) é um íon não comum , mas ao reagir com uma das substân-
•
cias presentes no equilíbrio original, desloca esse equilíbrio.
Kw é a constante de
ionização da água ou
que, de maneira simplificada, pode ser descrito pela seguinte equação reversível: produto iônico da
água. A letra w que
1+ ,_
H20 (i) ~ H (aq) + OH (aq) aparece subscrita
nessa constante vem
Para esse sistema em equilíbrio, a uma dada temperatura, a constante de equilíbrio da palavra water, que
traduzida do inglês
iônico da água é denominada (Kw). s ignifica água .
Primeiramente, é preciso definir o equilíbrio iônico da reação citada.
'---...------'
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Logo, a 25 ºC, temos que:
Quantidades l+ ( 1-
H2 D(t) ----->,.
...,.- H aq) + OH (aq)
envolvidas
Quantidade
55,5 mal ----->,.
.,,..-- o + o
(in icial)
Quantidade
----->,.
(ionizada) 1,0 · 10-7 mal .,,..-- +
Quantidade -1
----->,.
...,.- 1,0 - 10- 7 mal + 1,0 · 10
(que se formou) m~
Quantidade ----->,. -7
o ~ .5m~ .,,..-- 1,0-10 mal + 1,0 · 10-7 mal
(equilíbrio) (s. constante)
Concentração
(equilíbrio)
---->.
...,.- 1, 0 -1 0-7 mal T 1,0 · 10- 7 mal
Kw = 1,0 -10- 14 (a 25 º C)
-- ---
Soluto Concentração
-+- ,.. _ ,_
-3 10- 11 mol/L
HGe 10 moVL 10- 3 mol/L
-2
NaOH 1 10- 2 mol/L 10- 12 moVL 10 mol/L
-2 -7 10-7 moVL
NaCt 10 mol/L 10 moVL
232
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pH e pOH
1 Você já ouviu falar em medir pH da água de piscinas? Por que isso é impor-
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos relacionem o pH da água à adequação da mesma para seu uso. Se a água
tante? da piscina apresentar pH fora dos valores indicados pode causar irritações na pele e nos olhos, bem como danificar os
equipamentos da piscina.
Para que os banhos em piscinas sejam agradá-
veis e seguros é preciso ter alguns cuidados com
a sua água. Além de eliminar os resíduos que po-
dem ser vistos a olho nu, outras precauções pre-
cisam ser tomadas.
Um desses cuidados é o controle do pH para E
tos da piscina.
De forma geral, para fazer a análise utiliza-se
um estojo que, além de possibilitar a leitura da
quantidade de cloro, indica o pH da água.
1•...
~
~
.
~
Se a água está ácida, é necessário adicionar um Estojo medidor de pH e
cloro utilizado para
material que tem como componente principal o carbonato de sódio. Este aumenta o pH
analisar a água de piscinas.
da água, auxiliando a eficácia de outros produtos ap licados na piscina.
Se a água está alcalina adiciona-se um material que seja ácido, nesse caso, usa-se o
ácido muriático (solução aquosa de cloreto de hidrogênio), pois ele tende a diminuir o pH
evitando que a água se torne turva e também danifique os equipamentos da piscina.
Os estudos sobre pH iniciaram-se com o cientista e bioquímico dinamarquês Peter
Laritz Sorensen (1868-1939).
Em 1909, ele determinou que a relação -log x passasse a ser designada por px,
em que p = operador potência. Dessa forma, px = - log x. Sua ideia era trabalhar
apenas com o expoente de base 10 e com valores positivos. Assim, ele definiu que
1+
para expressarmos o potencial de íons H (aq) ou o potencial hidrogeniônico (pH) de
uma solução usamos:
assim:
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• em qualquer solução aquosa ácida a • em qualquer solução aquosa básica a
25 ºC 25 ºC
> 1,0-10
-7
mol/L=?pH<7 +] < 1,0 -10- 7
[H 1 mol/L =? pH > 7
Kw = 1' O · 10- 14
pH + pOH = 14
[H·) 10' 10• 10-2 10-' 10"" 10-5 ,o.. 10-1 10"' 10"' 1Q-IO 10-111 10-12 10-º 10-"'
Técnico medindo o
pH de uma piscina.
e
0
j
pH o 3 4 ó e 9 10 11 12 13 14 "'3
pOH 14 13 12 11 10 9 8 7 ó 5 4 3 2 o
•j
Escalas de [ H i+]. [O H 1- ]. pH e pOH para alguns materiais que geralmente usamos no d ia a dia. Quant o
menor o valor do pH, mais ácida é a solução.
Indicador ácido-base
Os indicadores ácido-base são substâncias que mu-
dam de cor conforme o pH da solução. O papel tornas-
sol, por exemplo, é um indicador que adquire coloração
azulada em contato com solução básica:
[Ht+] < 1, O. 10
-7
mol/L ~ pH > 7
234
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/ Atividades resolvidas\
R4. Calcule os potenciais hid rogeniônico e hidroxiliônico de uma solução d iluída de ácido
nítrico ( HN 0 3 (aq)). 10-9 mol/L, completamente ionizado, a 25 ºC.
-3
Dado: log 1, 01 = 4,32 - 10
Reação de ionização do ácido (reação 1):
--..,------
-9
10- 9 mol/L 10 mol/l
[ H 3 0 1+(aq)]
[ H 3 0 1+(aq)]
total
total
= [H 3 0 1+(aq)]
= 10-9 mol/L +
_
reaçao 1
10-7
+ [ H 3 0 1 +(aq)]
mol/ L
_
reaçao 2 •
[ H 3 0 1+(aq)] = 0, 01 - 10-7 mol/L + 1 - 10
-7
mol/ L
total
pH = 6,99568
O cálculo do potencial hidroxiliôn ico (pOH) será:
Em soluções aquosas, a 25 ºC, pH + pOH = 14. Logo:
pH + pOH = 14 :. 6,99568 + pOH = 14 :. pOH = 7,00432
Resolução
a) Solução inicial: pH = 2 : . [ Hi+(aq)] = 1 . 10-2 mol/L
1+ 2-
1 H 2 S0 4(aq) ª = ,oo% 2 H (aq) + 1 S04 (aq)
'----..---'
-3 -2
:! 5 · 10 mo l/L :! 1 · 10 mo l/L
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>
b) Como se trata de uma diluiç ão, usaremos a relação para calcular a [ H 1-t(aq)] na
solução fi nal.
-5
M inicial . v inicial = M final . V final
2
10- • 1 = M final · 1 000 M tinaf = 1O mol/ L
1
( ians H +(aq))
-5
Assim, se considerarmos [ H 1+(aq)] _ 10 mol/L, o cálculo do pH da solução
final
diluída (solução fin al) será:
-5
pH = - log [ H 1+] pH ~ - log 10 pH ~ 5
e) Como o pH vario u em aproximadamente 3 unidades (apH "' 3), a solução fin al é
1 000 vezes menos ácida que a solução inicial.
Química em foco
236
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Atividades ~~ R<!solva as atividades no caderno.
1. A equação química seguinte representa o equilíbrio Observe os valores das constantes de ionização
da solução de ácido acético (cH 3COOH(aq)). do ácido para as três etapas.
1+ 2-
CH3COOH(aq) ~ H (aq) + CH 3COO (aq) Constante de ionização
Etapas
Entre as alternativas a seguir, escreva em seu Kª (T " 25 ºC)
caderno aquela que melhor expressa a constan -
te de ionização do ácido acético.
-8
li K 11 = 6,2 , 10
[H 1+] . [coo 1- ]
a) K 8 - 13
[CH 3COOH] Ili K 111 = 2,1 -10
•
b) K 8 ionização do ácido, responda .
[CH 3COOH]
a) Comparando os valores da constante de ioni-
zação, o que ocorre com a tendênc ia do
[H 1+] ácido em liberar H 1+(aq) no decorrer das três
e) K 8 = etapas de ionização?
[CH 3COOH]
b) Escreva em seu caderno a expressão da cons-
tante de acidez para cada etapa de ionização.
[H 1+] · [cH 3C00 1 -J
d) K 8 4. (ITA-SP) Um indicador ácido-base monoprótico
[CH 3 COOH] tem cor vermelha em meio ácido e cor laranja em
meio básico. Considere que a constante de dis-
-5
[H 1+] · [cH 3C00 1- ] sociação desse indicador seja igual a 8,0. 10 .
e ) K8 Assinale a opção que indica a quantidade, em
[cH3C00 1 -J mol, do indicador que, quando adicionada a 1 L
de água pura, seja suficiente para que 80% de
2. Observe, a seguir, o quadro com os valores das suas moléculas apresentem a cor vermelha após
constantes de dissociação de três espécies de alcançar o equilíbrio químico.
características básicas. -5 -5 -3
a) 1,3-10 c) 9,4-10 e) 1,6 - 10
b) 3,2 · 10- 5 d) 5,2 -10- 4
Base
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Essa mistura formada pela solução de ácido b) No segundo lote, co loque os materiais em
acético e pelo acetato de sódio dissociado é uma ordem crescente de pOH. Escreva em seu
solução-tampão. caderno a sequência numérica (correspon -
A seguir, em seu caderno, responda o que ocor- dente aos materiais) obtida.
re com a concentração em quantidade de maté- 8 . Ao analisar uma determinada amostra de uma
1+
ria de íons H (aq) dessa mistura (solução-tampão) mistura aquosa de café, um profissional deter-
quando se adiciona uma pequena quantidade de: minou que sua concentração hidrogeniônica é
a) ácido clorídrico (HCl(aq)). de 0,00001 moVL. Assim , o pH dessa amostra
b) hidróxido de sódio (NaOH(s)). café é:
a) 2 b) 11 e) 5 d) 4 e) 7
6. (Enem/MEC) Um estudo caracterizou 5 ambientes
aquáticos, nomeados de A a E, em uma região, 9. (Vunesp-SP)
medindo parâmetros físico -químicos de cada um
deles, incluindo o pH nos ambientes. O Gráfico 1
representa os valores de pH dos 5 ambientes.
Uti lizando o gráfico li , que representa a distribui-
ção estatística de espécies em diferentes faixas
de pH, pode -se esperar um maior número de
espécies no ambiente:
gráfico 1
10 .,-- - -- - - - - - - - - - - - - - - ,
8
:e
C.
6
4 -
2
o
A B e D E
Ambientes
gráfico li
40 Cores nas lagoas
., O listrado multicor que se desenha na areia
..,,
"ü 30
quando o nível da água baixa nas lagoas do
..,.,e.
..,
"O 20 Pantanal da Nhecolândia, conhecidas como
e
.,
E 10
.::,
z
o
- r-- ,-
salinas, em Mato Grosso do Sul, por muito
tempo foi um mistério para observadores. A
explicação está numa cianobactéria que sobre-
vive nas condições dessas águas de pH entre 9
3 4 5 6 7 8 9 10 11
pH ótimo de sobrevida e 11. Na época seca essas bactérias se repro-
duzem em profusão e pintam as lagoas com
a) A b) B e) e d) D e) E
substâncias de sua própria decomposição.
7. Sobre uma das bancadas do laboratório de Quí- (Pesquisa FAPESP. levereiro de 2012. Adaptaclo.)
mica da escola, um aluno observou que havia Águas que apresentam pH entre 9 e 11 são:
dois lotes, em que cada um continha os seguin-
tes materiais: a) ácidas, com
-3
[H,+] que varia de 10 -5
a
10 mol/L.
1) água destilada;
li) suco de limão;
IV) sangue humano;
V) creme dental. b) ácidas, com
-4
[H ,+] que varia de 10 -2
a
10 mol/L.
Il i) café preparado;
Ordene essas amostras de acordo com o que
e) alcal inas, com OH
-4
[ 1-] que varia de 10-2 a
se pede. 10 mol/L.
a) No primeiro lote, coloque os materiais em d) alc!:Jinas, com [ OH 1-] que varia de 10-5 a
ordem crescente de pH. Escreva em seu 10 mol/L.
caderno a sequência numérica (correspon-
-7
+]
e) neutras, com [ H1 que se iguala a [OH,- ],
dente aos materiais) obtida. de 10 mol/L.
238
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10. Durante uma aula de Química, os alunos fizeram 12. (Fuvest-SP) Galinhas não transpiram e, no verão,
a análise do pH de uma certa quantidade de a frequência de sua respiração aumenta para
amostras de águas minerais gaseif icadas e resfriar seu corpo. A maior eliminação de gás
observaram que, em média, o pH = 4, medidas carbônico, através da respiração, faz com que
a 25 ºC. Para essa temperatura, quais são, respec- as cascas de seus ovos, constituídas principal-
tivamente, os valores médios das concentrações mente de carbonato de cálcio , se tornem mais
•
::::;:
Para que as cascas dos ovos das galinhas não
diminuam de espessura no verão, as galinhas
d) [H1+] ::::;: 10- 2 mol/L e [0H 1- ] = 10-12mol/L
devem ser alimentadas
a) com água que contenha sal de cozinha.
e) [H1+]::::;: 10- 4 mol/L e [0H 1-] ::::;: 10- 10mol/L
b) com ração de baixo teor de cálcio.
11. (Fuvest-SP) Em um laboratório químico, um estu- e:) com água enriquecida de gás carbôn ico.
dante encontrou quatro frascos (1 . 2 , 3 e 4) d) com água que contenha vinagre.
contendo soluções aquosas incolores de sacarose. e) em atmosfera que contenha apenas gás car-
KCt HCe e NaOH. não necessariamente nessa bônico.
ordem . Para identificar essas soluções, fez al-
13. O ácido tartárico encontrado nas uvas é um ácido
guns experimentos simples, cujos resultados são
orgânico fraco que não ioniza totalmente em solu-
apresentados na tabela a seguir:
ção aquosa. Considere que um professor tenha
preparado uma solução aquosa de 0,1 mol de
Cor da solução
Condutibilidade Reação com ácido tartárico por litro, e que a concentração do
Frasco após a adição
el étrica Mg(OH)2 •
de fenolftaleína 10n [ H1+ (aq)] nessa solução seja de O, 0057 mol/L.
Qual o valor da constante de ionização do ácido
1 incolor conduz não
tartárico? Justifique sua resposta com os devi-
- +
dos cálculos.
2 rosa
coodo, ~ não
a) 3, 1 · '10+3
-4
3 incolor conduz sim b) 3,2 · '10
-2
c:) 5,7 • '10
4 incolor não conduz não -2
1 d) 5,7 · '10
+4
e) 3, 2 · '10
Dado: Soluções aquosas contendo o indicador
fenolftaleína são incolores em pH menor do que 14. No efeito do íon comum, a ionização do eletrólito
8,5 e têm coloração rosa em pH igual ou maior fraco sofre diminuição pela adição de um eletró-
do que 8,5. lito forte, no qual há um íon comum com o ele-
trólito fraco. Sabe -se que uma solução de
As soluções aquosas nos frascos 1, 2, 3 e 4 são,
0 ,30 mol/L de (HC 2Hp 2) tem p H igual a 2,64.
respectivamente, de
Qual é o valor do pH da solução preparada pela
a) HCt NaOH. KCf e sacarose. adição de 0,30 mol de ácido acético e 0,30 mol
b) KCt NaOH, HCe e sacarose. de acetato de sódio (NaC 2H 30 2) em uma solu-
e) HCf, sacarose, NaOH e KCe. ção aquosa de um litro, sabendo que o valor de
d) KCt sacarose, HCe e NaOH. ( K a(HC 2 H 3 0 2) = 1,8 · 10- 5 ) está à temperatura
e) NaOH, HCe. sacarose e KCf . de 25 ºC?
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4#·f!i•i4iii•Miiiit+~---·~~id~·~·~~~~~~·~~·L································ ·························.
V
Conhecendo
Os alimentos que ingerimos já começam a ser digeridos na boca. Ao mastigarmos trituramos
os alimentos e, com a ação da saliva, inicia-se a transformação de substâncias de grande massa
molecular, presentes nos nutrientes desses alimentos, em substâncias de massas moleculares
menores.
Quando essa mistura chega ao estômago, glândulas estomacais liberam suco gástrico, cuja
constituição é de ácido clorídrico (Hce(aql). Por ação de uma enzima denominada pepsina, os
compostos presentes nos alimentos são transformados em substâncias essenciais para a manu-
1+
tenção do organismo. A presença de íons de H (aq) no suco gástrico faz que o pH estomacal seja
ácido (pH e: 2), sendo ideal para essa enzima (pepsina) atuar sobre as proteínas presentes nos
alimentos.
Estudando
O estômago humano é revestido pela mucosa gástrica, formada por células resistentes a
ataques ácidos (ácido clorídrico estomacal). Quando a acidez estomacal está com pH em torno
de 2, podem, naturalmente, ocorrer pequenos sangramentos nas paredes estomacais, o que
ainda não é considerado um problema, pois a mucosa gástrica praticamente se renova a cada
três dias. No entanto, se houver maior acidez, sua ação sobre a mucosa gástrica supera a sua
taxa de renovação. Dessa forma, é comum ocorrerem pequenas "queimações", podendo, entre
outros sintomas, causar azia.
A alimentação desbalanceada, o consumo excessivo de refrigerantes ou de bebidas alcoólicas
e longos períodos de jejum tendem a induzir a mucosa gástrica a produzir mais suco gástrico. A
longo prazo, isso pode contribuir para a formação de úlceras, que são feridas formadas na mu-
cosa gástrica.
Em geral, para neutralizar a acidez estoma-
cal excessiva, os médicos costumam receitar
antiácidos. Geralmente. a constituição desses
antiácidos apresenta algumas bases, como o hi-
dróxido de magnésio (Mg (OH) 2 ) e o hidróxido
de alumínio (Ae. (OH) 3 ). que tendem a neutrali-
zar o ácido em excesso (ácido clorídrico). Po-
dem ser usados também alguns materiais na
úlcera, forma de pó ou comprimido efervescente,
como o sal de frutas, que contém bicarbonato
de sódio (NaHCü 3 ), que reagem com ácidos
(ácido cloríd rico) produzindo ácido carbônico.
Por sua vez, o ácido carbônico é um ácido ins-
tável e, nas condições físicas a que está sub-
As úlceras sào lesões que ocorrem metido, tende a se decompor, formando água e
na parede interna do estômago. gás carbônico, C0 2 . A liberação desse ácido
na região estomacal pode favorecer a eructa-
Conversando ção (arroto).
1. Em seu caderno, escreva a reação balanceada da neutralização total ocorrida entre o ácido
clorídrico e o hidróxido de magnésio.
2+ 1-
2 HCI'. (aq) + Mg(OH) 2 (suspensão) - Mg (aq)+ 2 ce (aq) +2 Hp(e)
2. O ácido estomacal apresenta em média uma concentração de 2,00 · 10-2 mol/L. Conside-
rando-se a ionização completa desse ácido, calcule o pH aproximado do suco gástrico.
(Considere que: log 2 !: O, 300). Como o ácido clorídrico sofreu ionização completa, temos que
[Hce] = [H •-J . sendo assim, [H 1 +] = 2 · 10- 2
, logo pH = +]. Substituindo os valores, tem- se:
- log[H 1
240 pH = 2
- log 2 . 10- ~ pH = - ( log 2 + log 10- 2
) => pH ~ - (o. 300 - 2) ~ pH ~ 1,70
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Hidrólise salina e
produto de solubilidade
Um processo natural relacionado à hidrólise salina é a formação rochosa de esta-
lactites e estalagmites em regiões calcárias, como cavernas. O calcário é constituído
basicamente por carbonato de cálcio (caC0 3 ), um sal pouco solúvel em água, mas
bastante solúvel em soluções ácidas. Mesmo isenta de poluentes, a água da chuva é
ligeiramente ácida em razão da dissolução de dióxido de carbono (co 2 ) da atmosfera.
Quando a chuva precipita em regiões de solo calcário, a água solubiliza o carbonato de
cálcio e se infiltra pelas fissuras do solo chegando ao teto das cavernas. Nesses locais, a
água passa de uma pressão maior, por estar comprimida no solo, para uma pressão me-
nor, correspondente à pressão atmosférica na caverna. Essa diferença de pressão faz
que parte da água evapore favorecendo a precipitação do carbonato de cálcio.
Por onde a água goteja ocorre a formação de estruturas tubulares que crescem B. As estalactites são
lentamente a uma taxa de aproximadamente 1 cm a cada 300 anos. No teto das ca- estruturas calcárias que
se formam no teto de
vernas formam -se as estalactites. já as gotas que caem no chão constituem camadas cavernas. Já as
que vão se sobrepondo, dando origem às estalagmites. Quando há o encontro de estalagmites têm
aspecto parecido, mas
estalactites e estalagmites, formam-se colunas por meio dessa união. crescem no sentido
contrário, do chão para
o teto.
® Represente , por meio de fórmula, a reação da dissolução do carbonato de c álcio
em água H 20 2+ 2-
. CaC0 3 (s) ~ Ca (aq) + C0 3 (aq)
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Hidrólise salina
Os sais se formam pela reação química entre ácido e base. Assim, por exemplo, o
bicarbonato de sódio é formado a partir da seguinte reação química:
242
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O pa pe l tornassol (pape l de filtro
im pregna do com to rn assol) é um indica dor Papel
d e pH bas tante usado e m Laboratóri o. Ele tornassol
a presenta uma a mpla fai xa de viragem,
utilizad a para indicar se uma solução é
nitidament e ácida (q uando ele fi ca
vermelho) ou básica (quand o ele fi ca azul).
Há pa péis tornassóis azul e verme lho.
Esquema ilustrado representando a
resposta dos papéis t ornassol vermelho
e azul aos d ife rentes meios.
•
O sal cianeto de sódio vem de um ácido fraco (HCN(aq)) e de uma base forte (NaOH{aq)).
Os sais de metais alcalinos são considerados solúveis em água. Portanto, nesse caso,
tem -se:
Na 1+(aq) + CN 1-(aq) + HOH(í:'.J ~ HCN(aq) + OH 1- (aq) + Na1+(aq)
ácido fraco
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Nesse exemplo, também foi verificado o pH da
solução após a reação de hidrólise ocorrida utili-
papel tornasso l azul ........... .................... .
zando duas fitas de diferentes papéis tornasso l
j (indicador ácido-base). Observa-se que a fita de
tornassol azul mantém coloração azul; e a fita
de tornassol verme lho adquire coloração verme-
lha, indicando que o pH dessa solução é neutro
ou praticamente neutro.
Nas soluções aquosas de sais de ácidos fortes,
e de bases fortes não há hidrólise nem em relação
ao cátion nem ao ânion, ou seja, não há hidrólise
salina. A solução aquosa desses sais é, em geral,
Béquer c om solução aquosa neutra. aproximadamente neutra.
Na 1+(aq) + ce ,_(aq) + HOH{ e) --. não ocorre reação (não há hidrólise salina)
solução aquosa neutra (25 ºC, pH = 7)
Nesse caso, usando o papel de tornassol como um indicador de pH, podemos ve-
rificar que a solução é neutra, conforme o exemplo citado anteriormente.
/ Atividades resolvidas\
Rl. O ácido acético (HCH 3 COO ou CH 3 COOH) é um monoácido fraco. Ao se adicionar o
sal acetato de sódio em água (25 ºC), a solução final apresentará pH maior, menor
ou igual a 7? Justifique sua resposta.
Resolução
O sal acetato de sódio é formado pelo ácido acético (fraco) e pela base hidróxido de
sódio (forte), assim o ânion acetato provoca a hidrólise tornando a solução básica
(alcalina), ou seja, com pH > 7.
A fórmu la do acetato de sódio é NaCH 3 COO (ou CH 3 COO ,_Na1+). A representação da
dissolução desse sal em água é:
1+ 1- 1- 1+
Na (aq) + CH 3COO (aq) + HOH (e) ~ HCH 3 COO(aq) + OH (aq) + Na (aq)
ácido fraco
ácido fraco
ácido fraco
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> R2. Considere as seguintes soluções aquosas X, Y e Z a 25 ºC. Os resultados das me-
didas de pH dessas soluções estão apresentados no q uad ro a segu ir:
X <7
y = 7
Z >7
Dadas as espec1es qu1rn1cas perclo rato de potássio (KCi O 4), c ianeto de rubídio
(RbCN) e sulfato de amônia ((NH 4) 2 S0 4), assoc ie-as às soluções X, Y e Z. Justifi-
que sua resposta.
Resolução
Perclorato de potássio é a solução aquosa Y.
KCiO 4 é sal de ácido forte e base forte, então não há hidrólise,
logo, a 25 ºC, pH soiução = 7.
Tanto o cátion como o ânion são proven ientes de eletrólitos fortes. Portanto, as con-
•
centrações de ío ns H 1+(aq) e OH 1- (aq) são iguais entre si e iguais às da água e, as-
sim , a solução é neutra (pH = 7).
C ianeto de rubídio é a solução aquosa Z.
RbCN é sal de ácido fraco e base forte, então o ânion provoca a hidrólise,
logo, a 25 ºC, pH solução > 7.
1- 1-
CN (aq) + HOH (e) ;== HCN(aq) + OH (aq)
ácido fraco
base fraca
1+
2 NH4 (aq) + 2 HOH ( e) s===- 2 NHpH(aq) + 2 H 1+(aq)
base fraca
1+
A presença de ion H (aq) justifica a acidez da solução, logo pH < 7.
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Atividades ~~ Resolva as atividadas no caderno.
lise salina (ou hidrólise de íons). Ao serem dis- a) Em qual dos dois pH há uma maior eficiência
solvidos em água, os sais representados a seguir no transporte de oxigênio pelo organismo?
podem formar soluções neutra, ácida ou básica. Justifique.
Identifique-as. b) Em casos clínicos extremos pode-se ministrar
solução aquosa de NH 4 Ce para controlar o
a) Na 2 S0 4
pH do sangue. Em qual destes d istúrbios
b) NH 4 N0 3 (alcalose ou acidose) pode ser aplicado esse
e) K 2 C0 3 recurso? Explique.
se dissolve em água o sal carbonato de po- Para corrigir os problemas ambientais causados
tássio (K 2 Cü 3 ) . por essa drenagem, a substância mais recomen-
e) A solução aquosa de sulfato de sódio (Na 2 Sü 4 ) dada a ser adicionada ao meio é o:
tende a apresentar pH neutro, pois, nesse caso, a) sulfeto de sód io.
não há hidrólise salina. b) cloreto de amônio.
e:) dióxido de enxofre.
4 . (Unicamp-SP) Alcalose e acidose são dois distúr- d) dióxido de carbono.
bios f isiológ icos caracterizados por alterações e) carbonato de cálcio.
do pH no sangue: a alcalose corresponde a um
aumento enquanto a acidose corresponde a uma
diminuição do pH. Estas alterações de pH afetam A fermentação de restos de alimentos provoca o
a eficiência do transporte de oxigênio pelo orga- aumento da acidez bucal, o que facilita o surgimen-
nismo humano. O gráfico esquemático adiante to de cáries dentárias. Os dentistas recomendam ,
mostra a porcentagem de oxigênio transportado portanto, a escovação dos dentes logo após as
pela hemoglobina, em dois pH diferentes em refeições. Pesquise e escreva em seu caderno qual
componente dos cremes dentais pode auxiliar no
função da pressão do 0 2.
controle do pH bucal. Justifique sua resposta.
246
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Produto de solubilidade
Em alguns momentos da vida, de forma geral, os cuidados com a
alimentação costumam ser colocados de lado e a ingestão de ali -
mentos ricos em sódio e cálcio facilitam a formação de cálculos re-
nais. Também conhecidos como pedras, os cálculos renais podem
conter várias comb inações de substâncias. sendo mais comuns
aquelas que contêm cálcio e oxalatos ( c 2 0!-), que fazem parte de
ossos e músculos e estão presentes em uma dieta normal.
Há também os cálculos biliares, que podem ocorrer em qualquer Raio X de abdome mostrando cálculos renais .
porção da via biliar (fígado, vesícu la biliar, pâncreas), mas aparecem
comumente na vesícu la biliar. O fígado produz os sais biliares que
são importantes no processo de digestão de alimentos. particular-
mente das gorduras. Ele ainda possui múltiplas funções e uma delas
é produzir bile, que é eliminada pelo intestino, dando coloração às
fezes. Ela apresenta em sua composição a bilirrubina, os sais biliares
e o colesterol, que tende a ser eliminado pelo fígado por meio dela.
Existe um equilíbrio dinâmico entre as três substâncias que com -
põem a bil e, mantendo-a no estado líquido. Quando esse equilíbrio
é rompido, há formação de precipitados de seus componentes, ori -
ginando os cálculos biliares, que, em geral, podem ser sais de cál -
•
cio e colesterol.
Considere um sistema contendo uma solução aquosa saturada de
fosfato de cálcio (ca 3(P 0 4 ) (aq)) e um precipitado desse mesmo
2
sal a uma determinada temperatura.
Nessas condições, à temperatura constante, mesmo que haja agi-
tação da solução após atingir o equilíbrio, a quantidade de precipita-
do (ou corpo de fundo) não se altera. Assim, há equi líbrio entre os
íons presentes na solução saturada desse sal e o seu precipitado.
vd 2+ 3-
Ca3 ( PO 4 ) (s) ~ 3 Ca (aq) + 2 PO4 (aq)
~ Vµ
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A uma dada temperatura, no equilíbrio, a rapidez de d isso lução é igual à rapidez de
precipitação, logo a quantidade de corpo de fundo (precipitado) se mantém constante.
Nesse caso, tem -se um equilíbrio heterogêneo, e a sua constante de equilíbrio é a
mesma do produto de solubilidade (KPs)• dada por:
3 2
KPs = [ Ca 2
+] [ Po: -] (uma constante cujo valor depende da temperatura)
A seguir, outros exemplos de expressões de Kps·
• Uma solução aquosa saturada de brometo de chumbo li (PbBr 2 (aq)):
A constante do produto
2
de solubilidade {KPs) é 2+
PbBr 2(S) ~ Pb (aq) + 2 Br (aq)
1-
Kps = [ Pb 2
+] · [ Br1- ]
utilizada para análise
de experimentos c:om • Uma solução aquosa saturada de sulfeto férrico (Fe 2S3 (aq)):
soluções de eletrólitos
2 3
pouco solúveis, pois a
c:onc:entração de íons Kps= [Fe3 +] · [s-J 2
em solução é pequena,
sendo desprezível a Os resu ltados experimentais envolvendo o estudo da solubilidade de um eletrólito,
interação entre eles a uma determinada temperatura, permitem concluir q ue:
quando estão em
• quanto menor for a solubilidade do eletrólito, menor será o valor de Kps·
solução.
• quando se tem uma solução saturada de um eletrólito, ao adicionar uma determi-
nada quantidade desse mesmo eletrólito sólido, o equilíbrio de dissociação (ou
ionização) e a concentração de íons em solução não se alteram, assim tam-
bém não se altera o Kps · Dessa forma, é possível estabelecer a solubilidade de
--r
um eletrólito genérico AxBy a uma dada temperatura:
- se [Ay+] x . [sx-J > Kps, ocorrerá precipitação desse eletrólito até que o produto
Y
/ Atividades resolvidas\
R3. A 36,5 ºC, a solubilidade do sulfato de bário em água ( BaSO 4 (aq)) é igual a 1,80 · 10-5 mol/ L.
Calcule o produto de solubilidade desse sal a 36,5 ºC.
Resolução
~ -s ~
1,80 · 10 mol/L 1,80 · 10 mol/L 1,80 · 10 mol/L
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> R4. A solubilidade do sulfato de prata em água (Ag 2 S0 4 (aq)) a 25 ºC é igual a 2,0 · 10-5 mol/L.
Calcule o produto de solubilidade desse sal a 25 ºC.
Resolução
Ag 2 SO 4 (s) s=== 2 Ag 1+(aq) + SO2- (
4 aq
)
-s -s -s
2,0 · 10 mol/L 5,0 · 10 mol/L 2.S · 10 mol/L
R5. Uma das possíveis origens dos cálculos renais (pedra nos rins) deve-se à presença
dos íons cálcio ( ca 2+) e fosfato ( Po! - ). No sangue, a união desses íons forma o agre-
)J
•
gado cristalino, fosfato de cálcio ( Ca 3 (P0 4 que é acumulado nos rins. Al imentos
ricos em cálcio devem ser evitados , pois estimulam a formação do fosfato de cálcio.
O produto de solubilidade do fosfato de cálcio (ca3 (P0 4 ) 2(aq)). a 25 ºC, é 1,08 · 10- 28
Determine a solubilidade desse sal nessa temperatura.
Resolução
Montando-se a equação de equilíbrio de solubilidade desse sal, tem-se:
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O aparecimento do precipitado branco (AgCi(sJ) se deve ao fato de a solução aquo-
sa saturada de cloreto de prata já conter a quantidade máxima de AgCe que podia ser
dissolvida no volume de água presente no béquer, na temperatu ra ambiente. Assim,
1+
nessas condições, as concentrações em quantidade de matéria dos íons Ag (aq) e
1-
a (aqi vindos da dissociação iônica do eletrólito AgU., eram as maiores possíveis.
Assim, inicialmente, a solução aquosa saturada de cloreto de prata (sem corpo de
fundo) pode ser representada por:
1+ 1-
Agce(aq)~ Ag (aq) + ce (aq)
K
1+
ce1- l-
o.
lidade { Kps) não varia. A expressão dessa constante é dada por Kps "' [ Ag l+] ·[c e,_] .
O fenômeno observado (aumento da concentração do íon comum), naquela tempera-
tura é:
,_
Vê-se que o aumento da concentração de ce (aq) implicará na diminuição da con-
centração de Ag i+(aq), o que explica a formação do precipitado (AgCt'.(sJ).
Assim, é possível conclu ir que a adição de um íon comum a um equilíbrio diminui a
solubilidade do eletrólito presente nesse equilíbrio.
Solução-tampão
As soluções-tampão são misturas que minimizam as variações de pH do meio que re-
cebe a adição de pequena quantidade de um ácido forte ou uma base forte. Essas misturas
podem ser ácidas ou alcalinas.
Em geral, uma solução-tampão ácida é formada por um ácido fraco e seu ânion (sal cujo
ânion seja comum ao ânion do ácido fraco). Já as soluções-tampão alcalinas são formadas
por uma base fraca e seu cátion (sal cujo cátion seja comum ao cátion da base fraca).
250
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Exemplos de soluções-tampão:
• Mistura de ácido fraco e seu ânion (base conjugada)
Considere a mistura entre ácido acético (H 3CCOOH(aq)) e acetato de sódio
(H 3 CCOONa(s)).
ionização 1+ 1-
H (aq) + H 3 CCOO (aq)
dissociação
H 3 CCOONa(s) Na 1+(aq) + H3 CCOO , _(aq)
O íon acetato (H 3CCOO ,_(aq)) é o íon comum nessa mistura e, nessa solução-tam-
pão, a sua concentração se deve praticamente à dissociação do sal, pois o ácido é
fraco e, assim, apresenta grau de ionização pequeno.
A adição de pequena quantidade de um ácido forte aumenta a concentração de
•
cátions hidrogênio ( H 1+(aq)). Sendo o ácido acético, presente nessa mistura, um ácido
fraco, seu ânion acetato ( H3 CCOO ,_(aq)) apresenta grande afinidade pelo H 1+(aq), rea-
gindo entre si e produzindo ácido acético.
1+ 1-
H (aq) + H 3 CCOO (aq) ~ H 3 CCOOH(aq)
Dessa forma, o pH da mistura tampão praticamente não varia com a adição de peque-
na quantidade de um ácido forte. Esse efeito é denominado efeito tampão. Contudo, ao
se adicionar cada vez mais ácido forte a essa solução-tampão, há consumo do ânion
acetato e, assim, em um determinado momento, cessará a capacidade tamponante.
Em uma outra situação, quando se adiciona uma pequena quantidade de base for-
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• Mistura de base fraca e seu cátion {ácido conjugado).
Essa mistura tamponante alcalina apresenta uma base fraca e um cátion provenien-
te do sal.
Considere a mistura tampão formada por hidróxido de alumínio (Ae(OH) 3(aq)) e clo-
reto de alumínio (MCf.3's)).
dissociaçào 3,.. 1-
M(OH) 3 (aq) = = == Ae (aq)+3 0 H (aq)
dissociaçào 3+
AWf. 3(sl - - - - - ' - - - Ae. (aq) + 3 ce. 1- (aq)
Essas duas substâncias apresentam como íon comum o cátion alumínio ( Af. 3 +(aq)),
o qual é quase sempre proveniente da dissociação do sal, pois a base é fraca.
A adição de pequena quantidade de um ácido forte aumenta a concentração de
cátions hidrogênio ( H1+(aq)), que tendem a ser neutralizados pelos ânions hidroxila
( OH ,_(aq)) vindos da dissociação da base. Dessa forma, haverá deslocamento de
equilíbrio no sentido de dissociação da base (para a direita). Assim, a variação de pH
do meio será mínima, causando o efeito tamponante, que poderá cessar com o con-
sumo da base.
A adição de pequena quantidade de uma base forte aumenta a concentração de
ânions hidroxila ( OH ,_(aq)). que reagem com os cátions alumínio ( Af. 3 +(aq)) vindos da
dissociação do sal (Af.Cf. 3 (s)).
3+ ,_
Ai (aq) + 3 0 H (aq) - Ae.(OH) 3 (s)
/ Atividade resolvida\
R6. (Vunesp- SP) Fosfato de cálcio ( Ca 3 (PO 4 ) 2 ) é um dos constituintes dos cálcu los renais
("pedras nos rins"). Esse composto precipita e se acumula nos rins. A concentração
2+ -3
média de íons Ca excretados na urina é igual a 2, 0. 10 mol/ L. Calcule a concentra-
3-
ção de íons P0 4 que deve estar presente na urina, acima da qual começa a precipit ar
fosfato de cálcio.
-25
Dados: Produto de solubilidade do Ca 3 ( PO 4 )
2
= 1 · 10 .
Resolução
8 · 10
2
= _1 _. _0_-__:- '*
'* X2
=
- 17
1, 25 · 1O '* X = •/
V 1, 25 · 1O
- 17
'* X ~ 3, 54 · 1O
-9
Assim, a [ Po: - J !:::: 3, 54 - 10-9 mol/ L satura a solução; logo, qualquer concentração de
PO! - superior a esse valor provocará a precipitação.
252
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Química em foco
Os tampões e os desequilíbrios de pH
Os processos metabólicos existentes no corpo humano atuam procurando manter
o pH sanguíneo entre 7,35 -7,45, por isso há a presença de soluções-tampão em
nosso sangue. Uma dessas soluções envolve o seguinte equilíbrio químico:
(A~;~~;~~~--~~~~--~~~~;~~:--~~·;·~~~-~~-1~:·~~~-~-~~--~:·~·1;i~;~~~--~~~-~-~:··· ·
elevadas altitudes. Nesses locais a pressão atmosférica é menor que
•
em baixas altitudes, com menor pressão parcial do oxigênio,
exigindo um aumento da ventilação pulmonar, o que leva à perda
excessiva de C0 2. Essa perda desloca o equilíbrio entre gás
carbônico/bicarbonato (representado acima) para a esquerda,
1+
diminuindo a concentração de H e aumentando o pH sanguíneo.
Alpinista em '
a ltitude eleva da. ~
;---·······························································································································
1 A acidose pode ser provocada por deficiência na respiração, como
quando há inalação acidental de fumaça em um incêndio. Nesse
caso, ocorre uma hipoventilação que acarreta o aumento da
concentração de C0 2 no sangue, provocando o deslocamento do
equilíbrio gás carbónico/bicarbonato para a direita. Dessa forma, há
aumento na concentração de H1•e queda no pH sanguíneo. Esse
fenômeno é um dos motivos pelos q uais o bombeiro deve utilizar
máscara especifica na execução de seu trabalho em um incêndio.
Pessoas in alando
fu maça em in cênd io.
.
~:;i~:-~:~~-~~--~ -~~~~;~-~~~-~~--~~~ ~~;~-~~~~~~-~ ~~-~ :-~~;~--~~~~~-~----
apresentar mínimas variações de pH (intervalo de 6,8 -7,0), evitando
..
assim o excesso de acidez ou alcalinidade em nossa boca,
beneficiando a saúde da mucosa bucal e dos dentes. As reações
envolvidas nesse tampão (bicarbonato/ácido carbônico) quando a
saliva é estimulada são:
1+ 1-
H + HC03 ~ H 2C0 3
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Atividades ~~ Resolva as atividadas no caderno.
7. Considere que o seguinte equilíbrio ocorre em e) a mistura de um dado volume de uma solução
meio aquoso:
2+ ,_
em que [Ag 1 +] = 1,0. 10- 6 mol/L, com um
AB 2(s) e;:: A (aq) + 2 B (aq) volume igual de uma solução em que
KPS (AB2) = 6, 5 . 10- 9 [e e, - ] = 1, o . 10-6 mol / L, irá produzir pre-
e) se [A 2
+]. [B -J1
> KPs• então a solução é calina?
insaturada. a) At:(OH) 3
254
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b) Escreva a expressão da constante do produto sua massa molar é BaSO 4 = 233,4 g/mol.
- 23
de solubilidade do iodeto de prata e calcule a) 8, 3 · 10
sua concentração em mol / L numa solução -9
b) 1, 5 · 10
aquosa saturada a 25ºC. - 23
e) 7, 1 · 10
Dado: A constante de produto de solubilidade -2
- 17 d) 2, 0 · 10
do iodeto de prata é 8, 3 · 10 . a 25 ºC. -5
e) 3, 4 · 10
13. O sulfato de alumínio que possui formula química
17. (UFPR) Um solução saturada de Ag 3 PO 4 , a
( Af. 2 (so 4 ) 3 ) é frequentemente utilizado como 25 ºC, contém 1, 2 m iligrama desse sal por litro
de solução.
agente floculante no tratamento de água e es·
Assinale a alternativa que apresenta, respectiva-
goto. Sobre o ( A€. 2 (S0 4 ) 3 ) assinale a alternativa 1+
correta. mente, as concentrações, em mol/L dos íons Ag
3-
a) Não existe hidrólise, apenas dissociação do sal. e P0 4 e o valor da constante do produto de
•
b) O pH é alcalino, pois forma-se o hidróxido de solubilidade (Kp5 } do Ag 3 P0 4 .
alumínio, que é uma base insolúvel. Massas molares: Ag = 107, 9 g/L,
e) O pH é 7, pois trata-se de uma solução salina, P = 31,0 g/L, O = 16, 0 g/L.
logo neutra. -6 -6 - 11
a) 8, 7 · 10 , 2, 9 · 10 , 7, 6 · 10
d) O pH é ácido, pois trata-se de um sa l de áci- - 6 - 6 - 12
b) 2, 9 · 10 , 2, 9 - 10 , 8, 4 - 10
do forte e de base fraca. - 6 -6 - 23
e) 2, 9 · 10 , 2, 9 · 10 • 7, 1 · 10
e) Não podemos medir o pH da solução. -6 -6 -1 2
d) 2, 9 · 10 , 8,7 · 10 , 8 , 4 · 10
- 6 -6 - 21
14. Imagine um sistema formado com uma solução e) 8,7 -10 ,2, 9 - 10 , 2, 0-10
aquosa de carbonato de cálcio cuja fó rmula /,a ..-··········--................ ,.
química é (caC0 3 ), cujo sal é sólido a tempera- ~ _.. esquis . __
tura ambiente e pouco solúvel em água.
Faça pesquisa sobre o efeito do íon comum no
Ainda que esse sistema seja mantido em repou -
equilíbrio iônico e escreva em seu caderno uma
so, ou seja, sem agitação, sempre ocorrerão
resenha.
duas reações espontâneas: a reação direta e a
reação inversa. 19. O composto Pb 3 (Sb0 4 ) 2 é um p igmento de cor
Escreva em seu caderno a reação d ireta e a alaranjado, normalmente empregado em p inturas
reação inversa à de dissociação do (caC0 3).
a óleo. Sobre o Pb 3 (Sbü 4 k
15. Calcular a solubi li dade do hidróxido de magnésio a) Escreva a reação de ionização desse pigmento.
Mg {OH) 2 (mais conhecido como leite de magné· b) Escreva a expressão da constante do seu
sio) em gramas por litro a partir do valor do produto produto de solubilidade Kps·
- 12
de so lubilidade. Dados: Kps = 8 , 9 · 10
-4 20. Uma solução de brometo de prata (AgBr) tem seu
a) 1, 3 · 10 mol/L - 13
produto de solubilidade 5, 2 - 1O . Suponha que
-6
b) 2, 9 · 10 mol/ L -2 1-
a solução contenha 2, O - 1O mal de B r e cal-
-6 1+
e) 1, 9 · 10 mol/L cule a concentração máxima de íons A g neces-
-3 sária para não precipitar o brometo de prata
d) 1, 9 - 10 mol/L
-7
(AgBr):
e) 9, 3 · 10 mol/L -7
a) 2, 3·10 mol / L
16. O sulfato de bário, BaSO 4 , é utilizado, principal- -2
b) 1, 9 · 10 mol/ L
mente, em contraste artificial nos procedimentos
- 11
radiográficos do sistema digestório. A solubilida- c) 2, 6 - 10 mol/ L
de do composto BaS0 4 em água é de O, 00092 -2
d) 1, 2 - 10 mol/L
gramas por 100 ml . Calcule o valor do produto -5
solub ilidade (Kps) desse composto, sabendo que e) 4, 3 · 10 mol / L
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Oficina de Química ~
Testando variações de pH em soluções
fJ /
@ Faça a solução indicadora de extrato de repolho roxo. Para isso, pique 1 repolho roxo
inteiro e, em seguida, bata os pedaços picados com 1 litro de água no liquidificador.
Depois, peneire a mistura que se formou e reserve o extrato de repolho roxo.
© Utilizando uma balança, separe a massa de 6,7 g de hidróxido de sódio comercial , adi-
cione essa quantidade ao béquer com vinagre e reserve a mistura formada.
256
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Segunda etapa do experimento:
® Etiquete os outros 3 béqueres de 100 ml (D, E e F) e organize-os conforme a sequência
apresentada na fotografia a seguir. Depois, adicione em cada um deles 50 ml da mistura
preparada anteriormente com vinagre branco e hidróxido de sódio comercial presente no
béquer de 1 L. Em seguida, adicione 10 ml de solução de extrato de repolho roxo em cada
um dos béqueres. Lave o conta-gotas e utilize-o para adicionar, no béquer D, 50 gotas de
solução de HCf 0,1 mol/L. Agite suavemente a mistura formada. Na sequência, adicione,
com o conta-gotas previamente lavado, 50 gotas de solução de hidróxido de sódio comer-
cial (NaOH 0,1 mol/L) no béquer F e finalize agitando suavemente a mistura. Por fim, compa-
re as cores obtidas nos 3 béqueres e anote as observações do experimento no seu caderno.
•
Béquer es D, E e F com 50 m l da
mistura preparada de vinagre
branco e hidróxido de sódio.
2. Como não houve alteração na coloração das misturas finais, após a adição de pequenas
~ ~ - - - - -- quantidades de ácido ou ôase forte, poae-se concluir que se trata de uma solução-tampão.
~/p ara pensar
A adição de pequena quantidade de ácido a uma solução-tampão produz alterações
mínimas no valor do pH do meio, assim, praticamente, não há alteração da cor da mistura
inic ial em presença do indicador ácido-base (extrato de repolho roxo).
1. Explique o que ocorreu na primeira parte do experimento, quando foram adicionadas gotas
· 'd
d e ac1 d b b· · . · Ih As adições de ácido ou de base, em béqueres
o e e ase nos equeres com agua e repa o roxo. d istintos que continham água e repolho roxo
(indicador ácido-base), provocaram alterações na cor da solução, pois houve alteração no pH de cada uma das
2. Na segunda parte do experimento, ácido e bases foram adicionados a misturas contendo mis.t u ras
vinagre e hidróxido de sódio. Após observar as colorações obtidas ao final desse experi- obtidas.
menta, é possível tirar conclusões sobre as características da mistura inicial (vinagre e hi-
dróxido de sódio). É possível concluir que essa mistura apresenta capacidade tamponante?
Justifique sua resposta.
3. Na terceira etapa do experimento, com maior quantidade de ácido e base sendo adicionadas,
as soluções mudaram de cor. Explique o que ocorreu na solução para gerar essa mudança
de coloração É possível estimar que deva existir um limite para a quantidade de ácido ou de base adicionada a uma
· solução-tampão. Esse limite é conhecido como capacidade tamponante de uma solução-tamfão e é
definido conforme a quantidade de matéria de um ácido ou base fortes necessária para que L de
solução-tampão apresente variação de uma unidade em seu pH . Dessa forma ao se
ultrapassar a capacidade tamponante de uma mistura, há alteração na sua coloração.
Equilibrio químico 257
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,u.;;;.;4,;.,m.;;;r;~--· c·ál~~·l~~··~~~·~1~··················································································
V
Conhecendo
Você conhece alguém que já teve "pedras" nos rins?
Essa doença é chamada de cálculo renal, ou litíase renal, e con-
siste na formação de uma estrutura sólida no rim, ou em outros
órgãos do sistema urinário, que causa dor intensa e incômodo.
Os rins são órgãos que atuam na fi ltração de sangue, contro-
lando a concentração das substâncias presentes no organismo.
Substâncias muito concentradas, tóxicas ou indesejadas são
Cálculo re nal. filtradas, podendo ser parcialmente absorvidas pelos rins e por
fim eliminadas pela urina.
A urina, produzida nos rins, é conduzida até a bexiga pelos
ureteres e eliminada pela uretra. Porém, quando formada, a
"pedra" instala-se no trato urinário e, ao se movimentar para a
parte central do rim , ao chegar aos ureteres, dá origem à dor
e aos demais sintomas, como sangue na urina, dificu ldade
para urinar e até vômito.
Em geral o nível da dor não está relacionada ao tamanho da
"pedra" formada, e sim ao seu formato. As "pedras" apresentam
formatos com estruturas pontiagudas, e ao se moverem, podem
lesionar os canais urinários.
A origem das "pedras" nos rins pode ser atribuída a fatores
genéticos ou a perda excessiva de água aliada ao seu baixo
consumo, à ingestão de alimentos ricos em alguns tipos de sais,
entre outros fatores.
Radiogra fi a de uma
pedra no t rato urinário.
Estuda ndo
As imagens são A formação de "pedras" nos rins está relacionada ao produto de solubilidade de determinadas
representações
de modelo substâncias em nosso organismo. Há vários sais com baixo produto de solubilidade que podem
artístico. As
cores e
proporções não precipitar e dar origem aos cálculos renais, como aqueles formados por oxalato ( c 20 ! - ) e cálcio
( Ca2+ ) , os mais comuns entre os casos. Ao se combinarem , esses íons dão origem a pequenos
correspondem
à s reais.
Quando a quantidade de água consumida é muito baixa, por exemplo, o produto de solubilidade
do sal pode ser atingido. Assim, as concentrações dos íons serão elevadas, ocasionando um
deslocamento do equilíbrio para a formação da fase sólida e, consequentemente, para sua preci-
pitação.
258
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O produto de solubilidade do oxalato de cálcio é representado pela equação:
Com a ingestão de mais água, o equilíbrio é deslocado no sentido da formação dos íons solú-
veis desse sal, diminuindo a possibilidade de formação de cálculo renal.
Por muito tempo, a formação de "pedras" foi relacionada ao consumo excessivo de cálcio na
alimentação. No entanto, foi verificado que a eliminação de grandes quantidades de cálcio na urina
é atrelada ao consumo de sódio. Uma dieta restritiva em sódio diminui a quantidade de cálcio na
urina, reduzindo as chances de precipitação do cálcio com outros íons, como o oxalato e o fos-
fato. O magnésio, por sua vez, atua como inibidor da cristalização, reduzindo a formação de
"pedras", uma vez que compete com o cálcio por meio dos íons presentes na urina.
Uma vez formado um cálculo renal, existem várias maneiras de removê-lo do organismo, tal
como a litotripsia extracorpórea, um dos procedimentos mais adotados pelos urologistas. Esse mé-
•
todo consiste em fragmentar o cálculo renal com um bombardeamento de ondas sonoras con-
centradas sobre ele. Essas ondas são geradas e propagadas para dentro do corpo do paciente
por um equipamento chamado litotriptor. Trata-se de uma técnica menos invasiva que a litotripsia
intracorpórea, na qual a fragmentação do cálculo ocorre de maneira semelhante, porém dentro do
organismo.
2. Além de fatores genéticos e do baixo
consumo de água, a ingestão de
alimentos muíto salgados, ricos em
proteínas ou determinados sais, pode
levar à formação de cálculos. A maioria
dos câlculos renais é formada por oxalato
d e cálcío. Alimentos ricos em oxalato,
como o espinafre e a carambola, devem
ser consumidos com moderação por
pessoas que têm predisposição à
formação de cálculos. Bebidas
isotônicas, que são utilizadas como
repositores de minerais para atletas, se
consumidas indiscriminadamente, podem
contribuir com uma sobrecarga de
m inerais sobre os rins. Caso a pessoa
Litot ripsia não tenha gastado
minerais durante uma
ext racorpórea atividade física prévia,
em paciente com esses minerais podem
cálculo renal. dar origem a um
precipitado.
Conversando
1. Você conhece alguém que já teve "pedras" nos rins? Converse com seus fam iliares e colegas
sobre suas experiências com essa doença. Depois, anote as informações coletadas no
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos possam com preender melhor quais as origens da formação
caderno. de pedras nos rins e, além disso, citem hábitos cotidianos que podem influenciar na formação de
pedras, como fatores genéticos, pouco consumo de água, ingestão de alimentos ricos em sal etc.
2. Os cálculos renais podem ter origem no consumo de alimentos ricos em determinadas subs-
tâncias. Faça uma pesquisa sobre alguns alimentos que contêm substâncias causadoras de
cálculos renais.
3. O oxalato de cálcio é um dos principais responsáveis pela origem de "pedras" nos rins. pois,
ao se precipitar, dá inicio à formação dos cristais que constituem os cálculos renais. Saben-
do que os íons Ca2+ são eliminados pela urina em concentrações médias de 2 · 10-3 mol/L
e que o produto de solubilidade do oxalato de cálcio é 2,3 · 10-9 , calcule a concentraç?o .
·d' d • C 2- . , . . . A concentraçao de 1ons oxalato
me 1a e rons 20 4 presentes na urina necessana P_~ra prec1p1tar esse sa 1. necessária para pre~Jpitar 0
Kps =
[
Ca
+] · [C z042- J => [ C 20 42- J =
2 KPS
+]
[ca2 =>
[ 2- 1
C 20 4
2,3 . 10
=>
[ 2- J
Cz04 = 1•15 · 1º
- s oxalato é de 1,15.10 mol/ L.
259
=
2 _10 _3 Equilíbrio químico
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Atividades complementares .·······.
.
··.............................................................................. _...· §
~ª R@salva as atividades na caderno
1. Escreva em seu caderno a equação para a cons- e) Diminuindo a quantidade de A 2(g), o equilíbrio
tante de equilíbrio da reação a seguir, em função se desloca para a esquerda.
da concentração. / e ......................................... ,.
\ ~ . / Experimento lfi . ._
Foram preparadas duas soluções aquosas de
2. Para uma mesma temperatura, determine a equa-
dois ácidos diferentes com a mesma concentra-
ção que expressa a relação entre as constantes
ção em mol/L, a uma mesma temperatura. Ao
de equilíbrio em função das concentrações em
se utilizar um medidor de condutividade elétrica,
quantidade de matéria das reações I e li a seguir:
conforme a ilustração a seguir, pode-se observar
2 N0 2 (g) ~ 2 NO{g) + 0 2 (9) (reações 1) diferentes intensidades no brilho da lâmpada em
cada uma das soluções ácidas preparadas. Ex-
2 NO(g) + 0 2 (g) ;= 2 N0 2 (g) (reações li) plique o resu ltado experimental.
260
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a) liberação de C0 2 para o ambiente. vermelho laran ja amarelo verde azu l
1 I I 1
b) elevação da temperatura do recip iente.
e) elevação da pressão interna no recipiente. 1 3 5 8 11 1Li
cristais de acetato de sódio (A), cloreto de sódio adição. Em certo momento, durant/ a adiçf~ as
(B) e cloreto de amônio (C) são adicionados nos concentrações de (HCOOH) e de \ HCOO ) se
igualaram. Nesse instante, a cor da solução era:
tubos 1, li e Il i, respectivamente . Ao medir o pH
das soluções aquosas resultantes nos tubos de pH
ensaio 1, li e Ili, deve-se verificar que:
111
12 111
111 J
111
j. 1 !
10
-
) B
e
1 .2
l
6 1 .~
,3
.3
]
4 ::
2
!
~
o 5 10 15 '
20 25 30 35 40 ]
V(NaOH)/ml.
a) vermelha.
Ili b) laranja.
e) amarela.
a) 1 < 7; ll = 7; Ili > 7
d) verde.
b) 1 > 7; li < 7; Ili =7 e) azu l.
e) 1 > 7; li = 7; Ili < 7
11. (Vunesp-SP) Os cálculos renais são usualmente
d) 1 = 7; li = 7; Ili > 7 constituídos por oxalatos minerais. A precipita-
e) 1 > 7; li = 7; Ili = 7 ção deste sal no organismo ocorre sempre que
a concentração do íon oxalato aumenta muito no
9. A hidrólise salina é um processo em que íons p lasma sangu íneo. Uma amostra de plasma
provenientes de um sal reagem com a água. sanguíneo contém , entre outros solutos, as se-
Alguns sais quando dissolvidos em água produ - guintes concentrações de cátions solúveis:
zem soluções ácidas, básicas ou neutras. Qual
dos sais abaixo produz uma solução aquosa [Mg 2 +] = 8,6 · 10- 4 mol/ L e
ácida?
a) cloreto de sódio - Nace [ca 2 +] = 2,5 · 10- 3
mol/ L
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1+
12. Quando ocorre variação da temperatura de um (D O aumento na concentração de íons H do
sistema, muda também o valor da constante de meio promove a intensificação da cor laranja
equilíbrio. Em uma reação endotérmica ( !:!,, H • > O) , na solução.
o calor pode ser tratado como se fosse um (J) A adição de um ácido forte ao meio intensifica
reagente e, no caso de uma reação exotérmica a coloração amarela da solução.
(aH·< o). o calor é tratado como se fosse um @ A adição de íons hidroxila (OH 1
- ) ao meio
produto. Essas afirmações podem ser tratadas 1
provoca uma reação com os íons H +, formando
em termos do princípio de Le Chatelier, consi- água e intensificando a cor amarela da solução.
derando a seguinte reação:
® A cor exibida pela solução não apresenta depen-
1+
dência da concentração de ians H do meio.
calor + reagente .= produtos
Assinale a alternativa correta:
Nesse caso, com o aumento da temperatura a a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
reação é deslocada em qual sentido? b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
13. Faça uma análise das afirmações abaixo sobre o e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
conceito de equilíbrio químico e os fatores que d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
o afetam, verifique a alternativa incorreta e es- e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
creva-a no seu caderno de forma correta.
15. O benzoato de sódio (NaC 6 H 5 C0 2 ) é muito utili-
a) Para que uma reação entre em equilíbrio quími-
zado na indústria alimentícia como um conse r-
co é necessário que ela seja reversível, assim vante bactericida e fungicida.
os reagentes se transformam continuamente
Dado que a constante de hidrólise do íon benzo-
em produtos que se transformam continuamen-
ato a 25 ºC é 10-10, a concentração em mol/L de
te em reagentes.
ácido benzoico formado na hidrólise deste ânion
b) A reação atinge o equilíbrio quando as veloci - em uma solução aquosa de benzoato de sódio
dades das reações direta e inversa se igualam. O, 01 mol/L, é:
e) A constante de equilíbrio para a reação gené- -4
a) 10- 8 e) 10
rica A 2 (g) + B 2(g) .= 2 AB(g), a uma tempera- b) 10-7
tura constante é Kc = 4,2 · 10 10 . Após o equi-
16. Observe o quadro abaixo:
líbrio ser estabelecido em um sistema fechado,
as concentrações de [ A 2 (9) ] e de [ B 2 (9)]
serão iguais às iniciais.
Início 10 mol/L o
d) O equilíbrio químico é dinâmico, as reações
Reage/Forma (- ) 8 mol/ L (+) 4 mol/L
direta e inversa nunca cessam, apenas ocor- +
rem com igual velocidade. Equilíbrio 2 mol/L 4 mol/ L
e) Para o equilíbrio:
Desenhe em seu caderno as coordenadas abaixo,
PCC 3(g) + ce. 2 (9) ~ PCe 5 (g) uma redução montando o gráfico de acordo com os dados do
2
no volume do recipiente desloca o equilíbrio quadro acima.
no sentido indicado por 1. mol/1..
262
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17. (UFG-GO) Observe as misturas das substâncias 21. Uma solução saturada de base, represent ada por
químicas, em meio aquoso, apresentadas a X(OH) 2 , tem pH = 10 a 25 ºC. Qual o valor do
seguir Oriente os .a!unos n'!- resolução dessa atividade. produto de solubilidade do X(OH) 2 ?
· Se necessano, sohc1te a eles uma pesquisa.
...._
AgN0 3
+
NaCI'.
~
'
...._
(uso,.
+
NH 4 0H !;J 3
[ 1+] +OH
[ 1-1 = 1, 0-10 - 14 ,a25ºC. Hceo(aq) + H 2o( e) .= H 3 0 1+(aq) + c eo 1-(aq)
KH 2 0 =H
Dado que K NH
-5
= 1,8 · 10 para a reação
P Ka = - log K 0 = 7,53
NH3 + H 2 0
~
.= NH 4 +
1+ OH
1-
. determine a cons- A ação desinfetante é controlada pelo ác ido
hipocloroso, que possui um potencial de desin-
tante de equilíbrio para a reação:
fecção cerca de 80 vezes superior ao ânion
hipoclorito. O pH do meio é importante, porque
-5
influencia na extensão com que o ácido hipo -
a) 1,8-10 cloroso se ioniza.
-5
b) 2, 8 · 10 Para que a desinfecção seja mais efetiva, o pH da
- 10
c) 5,6-10 água a ser tratada deve estar mais próximo de:
d) 5 , 6-10-5 a) O e) 7 e) 14
-4
e) 1,0-10 b) 5 d) 9
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Corais
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O seu esqueleto (coralito), que é constituído por carbonato de cálcio, CaC0 3 (s), possui a
função de fixar o coral no fundo do mar ou oceano e serve ainda como proteção. Em geral,
os recifes de corais são encontrados em regiões tropicais e servem de abrigo para inúmeras
espécies de peixes, algas, moluscos e crustáceos. Portanto, eles têm papel fundamental na
proteção de seres vivos oceânicos.
As cores exuberantes dos corais não se referem às suas próprias cores. Trata-se da co-
loração resultante da simbiose entre os corais e as algas microscópicas do gênero
Symbiodinium (zooxantelas). que se alojam em pequenos poros de seu exoesqueleto. Es-
Simbiose: interação
sas algas coloridas e protegidas nos corais realizam fotossíntese, cuja energia excedente mutuamente vantajosa
entre organismos de
pode ser transferida ao próprio coral. O problema é que a relação simbiótica entre corais e
espécies diferentes.
zooxantelas é relativamente frágil, pois depende do equilíbrio desse sistema aquático.
Nesse sentido, a maioria dos cientistas considera que algumas ações humanas -
particularmente aquelas ligadas ao desmatamento e à emissão de gases poluentes -
apresentam íntima relação com possíveis aumentos na temperatura do planeta; daí a
instabilidade do sistema aquático. Aumentando a temperatura das águas oceânicas. a
tendência é haver desequilíbrios no sistema. Nessas condições, o final da simbiose
entre alga e coral ocorre porque em águas mais quentes as algas produzem substân-
cias tóxicas, e. para se defender, o coral as expulsa. Esse processo de expulsão das
algas coloridas, além de causar o branqueamento dos corais. é traumático para os
cnidários, pois deixam de receber a energia excedente delas.
Outra consequência do aumento da temperatura é que isso também provoca uma
diminuição da solubilidade do gás oxigênio. Ao se dissolver nas águas oceânicas, o
gás carbônico as deixa mais ácidas, atuando assim na dissolução do exoesqueleto
dos corais, que apresenta carbonato de cálcio em sua estrutura.
Por fim, conclui-se que todos esses fatores, interdependentes, contribuem para o
desaparecimento dos corais em águas oceânicas, reduzindo assim parte considerável
da biodiversidade marinha.
s postas das questoes desta seçao
Or1entaçoes para o professor
Como se formam os recifes de corais?
Os corais marinhos possuem esqueletos basicamente constituídos de carbo-
nato de cálcio. Dessa forma, o eventual aumento da acidez das águas oceâni-
cas provocaria a morte dos corais, uma vez que o carbonato de sódio tende
a se dissolver em meio ácido. Em seu caderno, escreva a reação de disso-
eiação do carbonato de sódio em meio ácido.
~ ~ ~ p a r a o problema dos desgastes dos corais. Depois
~"-ºº~
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:
:
Ampliando seus conhecimentos ..
/--·······················································
• Paraler
BARBIES,
BAMBOLÊS E ............• . Barbies, bambolês e bolas de bilhar, de Joe Schwarcz. Rio de Ja-
BOLAS DE BILHAR neiro: Zahar, 2009.
Esse livro busca fundamentar a química presente em nosso organismo, na
medicina, nos alimentos, nos materiais que constituem os brinquedos e as
lâmpadas, e em tantas outras áreas com as quais temos contato no cotidia-
no. Escrito com linguagem acessível, ele explica a ciência e os fenômenos
científicos aos que procuram por respostas para os eventos do dia a dia.
•---·1
L.... •. Becquere l e a descoberta da radioatividade: uma análise crítica,
de Roberto de Andrade Martins. São Paulo: Livraria da Física, 2012.
Nesse livro, são apresentados os eventos que culminaram na descoberta
da radioatividade pelo cientista Henri Becquerel. Apresenta uma análise
critica dessa descoberta, uma vez que ela é questionada por ter sido ori-
ginada, essencialmente, ao acaso e não prevista por teorias.
- . ............ • __Marie Curie e a radioatividade, de Steve Parker. São Paulo: Scip ione,
1996.
Esse livro contém uma biografia ilustrada da vida de Marie Curie, pioneira
no desenvolvimento de pesquisas na área de radioatividade. Por meio de
suas pesquisas, Curie abriu caminhos para novas tecnologias na área da
Física e da Química, incluindo o desenvolvimento da energia de origem
nuclear.
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• Química sem mistério.: .. ~,-~-~1~..
f~ "..i_l__ 9~...9~.8. ..~~-C.~.. i~~-~!.r:1.~:.. 9 ~.--~-i-~.c.J.~.......... .
D. Williams. Rio de Janeiro: Alta Book s , 2013.
Com uma linguagem simples, esse livro aborda os principais conceitos de
Química, facilitando a compreensão dos fenômenos científicos por parte,
inclusive, daqueles que têm dificuldade.
• O que Einstein disse ao seu cozinheiro,. de ..Robert ..L ... Wolke... São.........
Pau lo: Zahar, 2002. ;,!
267
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• Para assistir
• Chasing Ice. D i reção de James Balog, 2012. National Geograph ic. Estados Unidos.
(150 min).
Esse documentário tem como objetivo apresentar os efeitos das mudanças c limáticas p rovo-
cadas pelo aquecimento global. O fotógrafo James Balog registra o desprendimento de massas
de gelo e demais indícios de aquecimento global, tema ainda muito polêmico e controverso.
--~-O dia depois de amanhã. D ireção de Roland Emmerich, 2004. Twentieth Century Fox
Film Corporation. Estados Unidos. (1 24 min).
O filme mostra os efeitos catastróficos decorrentes do aquecimento global. Uma série de eventos
tem origem nas geleiras do Norte, e, rapidamente, se d istribui por todo o hemisfério. O f ilme se
mantém em torno de J ack Hall, um paleontologista que defende a ideia de que o planeta está
exposto a uma nova Era Glacial.
• Carbono e Metano. Direção de Philippe Henry, 2011 . PH M ultivi são e Vídeo. Bras il.
(50 min).
Esse documentário de ficção tem como objetivo representar, de forma lúdica, a atuação dos
gases causadores do efeito estufa. Dentro do contexto das mudanças climáticas, o metano e
o carbono são interpretados por atores e têm a intenção de dominar o m undo .
.. ~ ..Uma verdade inconveniente. Direção de Davis Guggenheim , 2006. Paramount Pictures.
Estados Un idos . (98 min).
De maneira critica, esse documentário apresenta os problemas do aquecimento global, e ain-
da indica possíveis soluções para que o planeta não sofra uma catástrofe c limática.
• Para navegar
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:
Bibliografia :
-----····················
ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princíp ios de Q uímica: questionando a vida moderna
e o meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
____ - - - - · Chemistry: molecules, matter and change. 4. ed. New York: W.
H. Freeman and Company, 2000.
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Lisboa: Instituto Piaget, 1996.
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neiro: LTC, 2002. 1 v.
____ ; HUMISTON, Gerard. Química Geral. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1995. 1 e 2 v.
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son Prentice Hall, 2005.
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materiais que fazem parte do nosso dia a dia. 1. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2001 .
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a dia. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
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269
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_, o
L/1
QI
1..
!Y Estudo dos gases ideais ' 2. a) NF 3
+3
b) c e 2 0 3
e) Br
d) Na 10
'+S
3
n,
+J 1. Alternativa: b.
3. a) No eletrodo A, porque os íons Cu2 +(aq) ao receberem
s:: 2. A lternativa: e. o
QI elétrons, são reduzidos para Cu(s).
E 3. A lternativa: c . b) A intensidade da cor permanecerá a mesma, pois o
2 o
_,
QI
4 . O gás passará a ocupar um volume de 60 litros. Cu +(aq) que se deposita como Cu(s) no eletrodo A
e. é reposto pela oxidação do cobre metálico no eletro -
S. A lternativa: d .
E do B.
o 6. A lternativa: d . 4 . a) Porq ue o ferro oxida, reagindo com o oxigênio do ar
u em ambiente úmido. Uma possível equação pode ser
L/1 7. Muitas vezes, essas suspensões são causadas por cha- dada por:
QI minés de fábricas ou por d iversos tipos de queimadas
4Fe(s) + 3 0 2 (g) -+ 2 Fe 2 0 3 (s)
"C no meio ambiente. Uma das formas de tentar amenizar
n, é utilizar filtros nas chaminés de fábricas e diminuir as b) O elmo que emperra mais é o do suserano, já que o
"C queimadas.
potencial padrão de redução do ouro é de + 1,50 V,
:::, fazendo que o ferro se oxide preferencialmente. No
caso do vassalo que apresenta zinco em seu elmo, o
+J
n,
L/1
i2/Estudo das dispersões ' potencial de redução do zinco é de - 0,76 V, dessa
forma ele se oxidará, p referencialmente, em relação
n, 1. CS =42,86 g NaCU100 g Hp (T) ao ferro, atuando como metal de sacrifício e prote-
gendo o ferro da oxidação.
"C
2. Alternativa: e. ,_ 1+ j
L/1 s. a) ce + Ag ----=-+ Ag + c e
n, 3. a) Pelos dados citados é possível concluir que a solução que
+J b) A prata metálica Ag{s).
L/1 está no frasco é uma mistura de HN0 3 e água.
o
o b) De acordo com a representação, para essa solução o
2
e) Cu + + Ag --+ Cu + + Ag
1 1+
. O agente oxidante é o
e. solvente é a água e o soluto é o HN0 3 • Cu 2+.
L/1
QI e) A massa de 1 L dessa soluçào é 1 510 g ou 1,51 kg. 6. a} Na eletrólise do cloreto d e potássio em solução aquo-
a: d) A massa de soluto (ácido nítrico) presente em 1 litro sa, há formação de gás hidrogênio no cátodo e gás
dessa solução é 220 g ou 0,22 kg. cloro no ânodo e de hidróxido de potássio na c uba
eletrolítica, aumentando o pH .
4 . A proporção estequiométrica dos participantes da reação b} Em meio básico, a fenolftaleína apresenta coloração
rósea. Assim, à medida que ocorre a eletrólise, a
é 1:1:2, logo: [ca 2+(aq)] = 2 mol/L e coloração da solução tende a passar de incolor para
[ce 1 - (aq)] = 4 mol/L. avermelhada.
S. A lternativa: e. 7. CuS0 4 .
3+
6. A lternativa: e. 8 . a) Oxidação: B{s)--+ B (aq) +se- .
2+
7. O cozimento de alímentos em panela de pressão é mais Redução: A (aq) + 2 e- - A{s)
rápido que em panela comum . Na panela de pressão, 2+ 3+
b) 2 B{s) + 3 A (aq) --+ 2 B (aq) + 3 A(s)
como os alimentos são submetidos à maior pressão, o
ponto de ebulição da água aumenta, cozinhando os ali-
mentos em tempo menor que aquele gasto em panelas
e) B(s) is
3
+(aqJIIA2+(aq)I A(s)
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4. a) A lanterna li apresentará a chama mais intensa. b) Como o processo é endotérmico (ô.H > O), o aumento da
b) A lanterna li deve se apagar primeiro, pois o carbureto temperatura vai deslocar o equilíbrio para a direita, fa-
finamente granulado reagirá mais rapidamente, sendo vorecendo a formação de NO(g), aumentando conse-
quentemente o valor da constante de equilibrio.
totalmente consumido em menos tempo.
4. Alternativa: c.
5. ó.Hdecomp. = + 134 kJ
6. T m = 0,005 mol/L · min
pq
6
L------==-- - -= - - - -• Tempo
b) Um substituto para a vitamina C, em alimentos proces- 4 ~ - - - - - - - - N,O,
sados, deverá apresentar as seguintes características:
2 ""'-- - - - - - - - N02
não alterar o sabor do alimento; não reagir com o ali-
mento; não alterar o aspecto do alimento e não prejudi-
car a saúde humana ou de animais. Tempo
13. Alternativa: d . 17. Alternativa: d.
14. Alternativa: b. 18. Alternativa: e.
19. Alternativa: a.
Equiübrio químico
20. Alternativa: c.
- 13
21. Kps = 5 · 10
22. 2
2 2
a) Kps = [Hg~+] · [ce 1
-]
271
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...,N TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS
N
Com massas atômicas referidas ao isótopo 12 do carbono
1 • Os nomes dos e lementos de números atômicos 11 3, 115, 117 e 118 estão de 18
1 acordo com a recomendação da IUPAC, em Junho de 2016. 2
2 Li
Litio
Be
Berllio
• As cores nos símbolos dos elementos ind icam o estado físico a 20°C e a 1 atm
de pressão: preto - estado sólido; verde - estado líquido; ve rme lho - estado
B
Boro
e
Carbono
N
Nitrogêmo
o
Oxigênio
F
Flúor
Ne
Neônio
6.94 9.01 gasoso; azu l - estado físico descon hec ido. 10.81 1101 14.01 16.00 19.00 20.18
11 12 13 14 15 18 17 18
• Observação: As cores utilizadas nesta tabe la não têm significado c ie nt ífico; são
3 Na
Sód,o
Mg
Magnésro
ape nas recursos v isua is pedagógicos. Af.
Aluminio
Si
S,licio
p
Fósforo
s
Enxofre
ce
Cloro
Ar
Argônio
22.00 24.31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26.00 26,ô9 30.97 3W6 3S.45 39.95
19 20 z, 22 23 24 2S 26 21 28 29 30 31 32 33 34 3S 3&
4 K Se
Ca Esc.ând10 Ti V Mn Fe
Cr Manganês Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Potássio Cálc10 Titâmo VanádlO CrôP1io Ferro Cobalto Njqu•I Cobre Zmco Gálio Germânio Arsênio Selênio Bromo Criptônio
39,10
37
.:>.08
38
44.96
39
y
..
47,87
Zr
&l.ll<
Nb
41
5200
Mo
42
54.94
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Te
55.as
Ru
44
58.93
Rh
45
5869
Pd
46
63.55
Ag
47
66,38
Cd
48
69.72
49
ln
12.6l
Sn
50
74.92
Sb
51
78.97
Te
52
79.90
53
83.80
54
6 Cs
Césio
Ba
Bãno Lan!Mídlos
Hf
Hâfnio
Ta
Tântalo
w
Tungstênio
Re
Rên,o
Os
Ósm10
Ir
h fd10
Pt
Platina
Au
Ouro
Hg
Mercúrio
Tf.
Tálio
Pb
Chombo
Bi
Bi~rnuto
Po
Polónio
At
Astato
Rn
Radõnio
13:t.91 137.33 178.'8 100.(11; 183.S4 1!!621 190.23 192.22 195.W 196.97 :!Xl.69 ~.38 20720 200.98 (:1:81 (210) ('222)
lfl 88 111 - 103 t04 105 106 107 108 109 ttO l tt 112 113 114 115 116 117 111
7 Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Ff. Me Lv Ts Og
Frâncio Rádio Acltlídloa Rutherfórdio Oúbnio Seabórg10 Bóh1io Hássio Meilnério Oarmstadtio Roentgênio Copernlcio Nllorium fklróvio MOSC(IIIIUnt Livennlffo Tennessile Oganesson
(123) (126) 1267) 1268) (269) WOi (269) (278) (21.11) (200) (2~ ~) (200) (2118) (29()) (294) ~)
S1 58 !Ili 80 61 82 83 64 66 66 67 68 89 10 71
Número atômico I 6
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantâmo Céno Praseodimm Neodim10 Promêcio Samário E_urôpm Gadollnio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Tülio 11érbio Lutécio
~ Símbolo 138.91 14).12 140.91 144.24 (145) 1(1),38 161.96 157.25 !58.93 162.50 164.lll 167.26 1611.93 17'3.06 !7497
• •
]Ii MassaNome
atômica
1 7
Ac
119
Actínio
Th
90
Tõno
Pa
91
Protactínio
u
92
Urânio
Np
93
Netúnio
Pu
94
Plut6mo
Am
Amerício
Cm
111
Cúno
Bk
111
Berquél,o
Cf
Calif~mi~
Es
li
Einstêmo
Fm
100
Férmio
Md
101
Mendelév,o
No
102
Nobélio
103
Lr
Laurêncio Tabel a
..'l (227) m,o.1 231,04 238.03 C237) !244) !2431 1~7) (247) !251) 1252) !257) (266) !250) !2S1) peri ódica atual.
Tabel a periódica atual : períodos e grupos.
~ ~ D D D
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Os dados contidos nesta tabela pE<iódlca estão de acordo com as recomendações. de 8 de junho de 2016,
da 1UPAC e da ASC (lntemational Union of Pure and Applied Chemistry/Aoyal Society of Chemistry, traduzido
Gasoso Sélido Metais de transição Hidrogirio Metais
do inglês, Urlão lntE<nacional de Quimlca Pura e Aplicada/Sociedade Real de Quimlca, respectivamente).
11tema
1
O"
~
Lic,Jido
[fil
Desccnhecldo
DDD
Classillcação Não metais Gases Nob'es
N descorhecida
.,,e