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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

Sistemas de classificação botânica

Catarina Artur Ali – 96231227


Lichinga, março 2024
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

Sistemas de classificação botânica

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
em ensino de Biologia da UnISCED.
Tutor:

Catarina Artur Ali – 96231227


Lichinga, março 2024
Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 3
1.1. Objetivo ................................................................................................................................ 3
1.1.1. Geral: ................................................................................................................................ 3
Específicos: ...................................................................................................................................... 3
1.2. Estrutura do trabalho ............................................................................................................ 3
2. Referencial concetual teórico ................................................................................................... 4
2.1. Sistemas de classificação botânica ....................................................................................... 4
2.1.1. As formas de classificação botânica ................................................................................. 4
2.1.2. Exemplos de classificação botânica .................................................................................. 5
Exemplo de classificação botânica: ................................................................................................. 6
Classificação botânica de arroz ...................................................................................................... 7
Classificação Botânica da Bananeira ............................................................................................... 7
Taxonomia e nomenclatura ............................................................................................................. 7
3. Conclusão ................................................................................................................................. 9
4. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 10
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de botânica sistemática, com o Tema: Sistemas de classificação
botânica, dizer que botânica Sistemática é o ramo da Botânica responsável pela classificação e
nomenclatura das plantas. O objetivo da Botânica Sistemática é estabelecer um sistema de
classificação que reflita a relação evolutiva entre as plantas, permitindo que sejam identificadas e
nomeadas de forma precisa, assim sendo os objetivos do trabalho:

1.1.Objetivo

1.1.1. Geral:
✓ Apresentar o sistema de classificação botânica

Específicos:
✓ Identificar as formas de classificação botânica;
✓ Descrever as formas de classificação botânica;
✓ Apresentar exemplos de classificação botânica.

1.2.Estrutura do trabalho
O presente trabalho goza de um método científico e na sua mancha gráfica fazem parte os seguintes
elementos: capa, folha de rosto, índice, introdução, desenvolvimento do trabalho, conclusão e
referências bibliográficas.

1.2.1. Metodologia de Trabalho:

Para a elaboração do presente trabalho, usou-se uma metodologia bibliográfica, na qual cingiu-se
na busca por obras literárias na internet, nos formatos word, pdf seguida da leitura interpretação
das mesmas.

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2. Referencial concetual teórico
2.1. Sistemas de classificação botânica
Sistemática ou Taxonomia é ciência que estabelece as relações de afinidades entre os seres vivos
de forma a organizá-los em grupos, visando facilitar o seu estudo.

2.1.1. As formas de classificação botânica


Segundo alguns botânicos os dois termos não são sinônimos; a Sistemática seria a ciência que cuida
da formação dos grupos afins e a Taxonomia, a que elabora as leis ou os critérios de organização
destes grupos. De qualquer forma, ambas estariam correlacionadas e envolvem: classificação,
identificação e nomenclatura.

A classificação é a colocação de um ser vivo em categorias de um sistema previamente


estabelecido por um botânico; também, uma classificação é realizada para espécies novas (ou
gêneros novos) que são acompanhadas por uma descrição em latim, uma prancha morfológica
ilustrativa e com a citação do material no qual a descrição foi realizada; tal material é denominado
tipo e deve ser mencionado em que Herbário (local onde são colecionadas as plantas coletadas,
prensadas e identificadas) ele está depositado.

A identificação é determinação de que um vegetal é idêntico a outro já conhecido e, portanto,


descrito pela ciência; quando se coleta uma determinada planta e através de chaves analíticas, livros
especializados ou coleções de herbários verifica-se qual é seu nome genérico, ou específico, ou à
qual família este vegetal foi classificado, está se procedendo a uma identificação.

A nomenclatura é a ciência de dar nomes às unidades de classificação, mediante regras, normas e


recomendações estabelecidas pelo Código Internacional de Nomenclatura Botânica; a
nomenclatura dos vegetais segue regras diferentes daquelas empregadas na classificação de
animais e de fungos. O código é sempre avaliado, incrementado e discutido nos congressos
internacionais de Botânica.

Um sistema de classificação é constituído por unidades fundamentais e subunidades, que são,


individualmente, denominadas taxon (plural taxa, ou táxones, ou táxons).

As unidades fundamentais estarão presentes na classificação de qualquer vegetal.

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As subunidades estarão presentes quando uma determinada unidade fundamental é
demasiadamente grande e a sua divisão, antes de se estabelecer novas unidades fundamentais
inferiores, torna-se interessante; desta forma, os vegetais podem ou não apresentar subunidades em
sua classificação.

2.1.2. Exemplos de classificação botânica


Para melhor esclarecer tais colocações é fundamental que se conheçam os táxones, que são
apresentados a seguir, sendo as unidades fundamentais em negrito.

Reino: Plantae

Divisão: radical + terminação phyta

Subdivisão (phytina)

Classe: radical + terminação opsida ou atae

Subclasse (idae), Coorte (iidae)

Ordem: radical + terminação ales

Subordem (inales), Superfamília (ineales)

Família: radical + terminação aceae

Subfamília (oideae), Tribo (eae), Subtribo (inae)

Gênero: substantivo latinizado com inicial maiúscula

Subgênero, Secção, Subsecção, Série

Espécie: gênero + designação ou epíteto específico (adjetivo latinizado com inicial minúscula,
seguido pelo nome abreviado de seu autor)

Subespécie, Variedade, Subvariedade, Forma, Linha e Clone (as seis últimas denominadas
categorias infraespecíficas).

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Engler (1964) Cronquist (1981) APG. II (2003)
Divisão Angiospermae Magnoliophyta Angiospermae
Classe Monocotyledoneae Lililiopsida
Subclasse (sem) Arecidae
Ordem Principes Arecales Arecales
Família Palmae Arecaceae Arecaceae (= Palmae)

Observações: família cnstituída por 5 subfamílias: Calamoideae, Nypoideae, Coryphoideae,


Ceraxyloideae e Arecoideae.

Exemplo de classificação botânica:


Milho Feijão

Reino: Plantae
Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta
Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida
Classe: Magnoliopsida

Ordem: Poales
Ordem: Fabales

Família: Poaceae
Família: Fabaceae

Subfamília: Panicoideae
Subfamília: Faboideae

Tribo: Maydeae
Género: Phaseolus

Género: Zea
Espécie: P. vulgaris

Espécie: Z. mays

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Classificação botânica de arroz
Reino: Plantae Subclasse: Zingiberidae

Ordem: Zingiberales Género: Musa

Família: Musaceae Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Classificação Botânica da Bananeira


Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Subclasse: Zingiberidae

Ordem: Zingiberales

Família: Musaceae

Género: Musa

Taxonomia e nomenclatura
O género Musa era, tradicionalmente, classificado em cinco secções (Ingentimusa, Australimusa,
Callimusa, Musa e Rhodochlamys) mas estas outras classificações referem apenas quatro
secções: Australimusa, Callimusa, Rhodochlamys e Eumusa. Anteriormente, as espécies com 2n =
20 cromossomas estavam separadas nas secções Australimusa e Callimusa, enquanto que as
espécies com 2n = 22 cromossomas estavam distribuídas pelas secções Musa e Rhodochlamys.
Recentemente, pesquisas de Carol Wong e colegas de Singapura revelaram que as
diferenças genéticas entre cada secção do mesmo grupo cromossómico são menores que as
identificadas dentro de cada secção.

Flor da bananeira, usada na culinária e medicina popular

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Isto significa que a separação tradicional das secções não é reflexo da realidade biológica. Os
estudos de Wong defendem, contudo, que se deva manter a sepração entre as espécies de 20 e 22
cromossomas, mantendo a secção de 14 cromossomas como grupo distinto

A seção Australimusa, onde estão as plantas com 10 cromossomos (n=10), apresentam cachos e
"umbigos" (inflorescência masculina) eretos; compreende 5 espécies, sendo as mais conhecidas,
a Musa textilis e a Musa fehi; as plantas desta seção são utilizadas para a extração de suas fibras,
consumo dos frutos e na forma de vegetal. A seção Callimusa, engloba plantas com 10
cromossomos (n=10), compreende 5 a 6 espécies de pequeno tamanho e de interesse botânico,
sendo a mais conhecida a Musa coccinea.

Na seção Rhodochlamys, estão as plantas com número básico de 11 cromossomos (n=11),


apresentando inflorescência ereta e poucas flores em cada bráctea; a espécie mais conhecida é
a Musa ornata que apresenta brácteas rosa-violeta e tendo interesse como planta ornamental.

Fazendo parte da seção Eumusa, estão as bananeiras com 11 cromossomos (n=11), apresentando
cachos e "umbigos" (inflorescência masculina) horizontais ou cadentes, seiva leitosa ou aguada;
nesta seção, localizam-se as bananas comestíveis, de grande valor comercial, incluindo a Musa
acuminata e a Musa balbisiana.

Uma compilação dos nomes das espécies, subespécies, híbridos, variedades, assim como de nomes
vulgares utilizados em várias línguas, é mantida na Universidade de Melbourne,
Australia, demonstrando que os nomes vulgares são apenas locais e não correspondem a espécies,
nem a cultivares reconhecidos.

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3. Conclusão
Os sistemas de classificação ao longo da história da humanidade foram propostos de acordo com
as necessidades da época em facilitar a aquisição do conhecimento sobre as plantas com base na
simplicidade e tecnologia existente A tendência hoje em dia com as análises filogenéticas é tentar
resolver grande sustentabilidade em níveis hierárquicos mais inferiores uma vez que em níveis
hierárquicos são superiores no posicionamento da maioria dos grupos já está sendo considerado
estável.

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4. Referências Bibliográficas
✓ APG. II (Angiosperm Phylogeny Group). 2003. An Update of the Angiosperm
Phylogeny Group Classification for the Orders and Families of Flowering Plants: APG.
II. Bot.J. Linnean Soc. 141: 399-436
✓ BAILEY, L.H. 1949. Manual of Cultivated Plants. New York. Macmillan Co. 116 pp
✓ BARROSO, G.M.; GUIMARÃES, E.F.; ICHASO, C.L.F.; COSTA, C.G.; PEIXOTO,
A.L. 1978. Sistemática de Angiospermas no Brasil. vols. 1, 2 e 3. Rio de Janeiro. Livros
Técnicos e Científicos Editora S/A.
✓ DAHLGREN, R.M.T.; CLIFFORD, M.T.; YEO, P.F. 1985. The Families of the
Monocotyledons – Structure, Evolution and Taxonomy. Springer-Verlag, Berlin.
520pp.
✓ JOLY, A.B. 1977. Botânica: Introdução à Taxonomia Vegetal. São Paulo. Ed. Nacional.
777pp.
✓ LAWRENCE, G.H.M. 1977. Taxonomia das Plantas Vasculares. vol. 2 (Trad. Telles
Antunes) M.S. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenrian, 299, 855pp.
✓ LORENZI, H. & MOREIRA, H. 2001. Plantas Ornamentais no Brasil: Arbustivas,
Herbáceas e Trepadeiras. 3ª Ed. Ed. Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 736pp.

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