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Cavaleiros tártaros
A importância do cavalo (ashya) como ponto fulcral na cultura dos Kambojas, tornou-os,
popularmente, conhecidos como "Ashvakas" (cavaleiros) e a sua terra como "Terra dos
Cavalos". Os Assakenoi (que se pensam ser tribos dos Ashvakas) enfrentaram Alexandre
o Grande com 30 000 soldados de infantaria, 20 000 de cavalaria e 30 elefantes de
combate. Estas tribos ofereceram uma tenaz resistência contra Alexandre, nas suas
campanhas nos vales de Cabul, de Kunar e de Swat, ganhando a admiração dos próprios
macedónios.
Os Kambojas organizaram-se em corporações militares (sanghas e srenis) para
administrarem os seus assuntos políticos e militares. As referências indicam que os
Kambojas formavam, pois, uma nação em armas, inclusive fornecendo serviços militares a
nações estrangeiras. Inclusive, existem numerosas referências ao recrutamento da
cavalaria dos Kambojas por outros povos.
Os Hunos, os Tártaros, os Tujue, os Ávaros, os quipchacos, os Mongóis, os Cossacos e
os diversos povos turcos também são exemplos de povos equestres que conseguiram
obter bastantes sucessos em conflitos militares com povos agrícolas sedentários e com
sociedades urbanas, devido à sua mobilidade tática e estratégica. Alguns destes povos
foram recrutados, como cavalaria, por diversos estados europeus, sendo, normalmente
usados como exploradores e incursores. O exemplo mais conhecido, de um emprego
continuado dessa cavalaria, foram os regimentos a cavalo de Cossacos usados,
pela Rússia, até ao século XX.
Extremo Oriente
Imperador Qianlong equipado como cavaleiro
couraçado chinês
A história militar da China relata uma longa troca de experiências entre as forças de
infantaria chinesas do Sul e os "bárbaros" montados do Norte. Em 307 a.C., o rei Wuling
de Zhao, ordenou aos seus comandantes militares e às suas tropas, que
adotassem calças como os nómadas, bem como que praticassem o seu sistema de tiro
com arco a cavalo. Depressa, as táticas de cavalaria adotadas pelo reino de Zhao
forçaram os seus inimigos dos outros reinos combatentes a adotar as mesmas técnicas.
A adoção da cavalaria de massas na China, também quebrou a tradição do uso em
combate, do carro puxado a cavalos pela aristocracia chinesa, que existia desde cerca
de 1 600 a.C., durante a Dinastia Shang. Por esta altura os grandes exércitos chineses
com de 100 000 a 200 000 soldados de infantaria, passaram a ser apoiados por várias
centenas de soldados a cavalo.
Em muitas ocasiões, os Chineses estudaram as táticas de cavalaria nómadas e aplicaram-
nas na criação das suas próprias forças poderosas de cavalaria. As táticas chinesas de
cavalaria foram reforçadas pela invenção dos estribos presos à sela, ocorrida já pelo
menos no século IV, como mostram as evidências.
A cavalaria foi introduzida na Coreia, pela primeira vez, durante o período Gojoseon. Os
antigos japoneses também adotaram a cavalaria e a criação de cavalos, por volta
do século V a.C..
Europa medieval
Ver artigo principal: Cavalaria medieval
Cavaleiros medievais europeus