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EXMO.

JUÍZO DA 40ª VARA CIVEL DA COMARCA DE ALAGOAS

Autora: Maria José da Silva


Réu: Clinica Veterinária DOG e CIA

xxxxxxxxxxxxxxxxxxx, titular da carteira profissional nr......, Veterinário,


devidamente inscrita neste Tribunal, endereço eletrônico
peritaandressa@hotmail.com, vem, honradamente apresentar abaixo
seu LAUDO PERÍCIAL, requerendo, desde já a juntada dos mesmos aos
autos do processo em epígrafe.

LAUDO PERICIAL

- SUMÁRIO:

1. – Princípios e ressalvas.
2. – Objetivo.
3. – Local, data, horário e participantes da Perícia.
4. – Metodologia utilizada.
5. – Considerações do Perito.
6. – Conclusão.
7. – Bibliografia.
8. – Anexos.
9. – Encerramento.

ANEXOS:
1. Documentos anexados:

Cópia de e-mail enviado, em 02 de abril de 2015, por este Perito para o


Réu, objetivando confirmar a data da entrevista com a parte e a resposta
do e-mail.

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Cópia de e-mail enviado, em 02 de abril de 2015, por este Perito para o
Patrono da Autora, objetivando confirmar a data da entrevista com a
parte e a resposta do e-mail.

Fotografia do canino objeto da lide, tirada pelo Perito no dia 10 de abril,


durante a entrevista com a Autora, destacando a cicatriz da cirurgia.

1. – PRINCÍPIOS E RESSALVAS:
O Laudo pericial observou criteriosamente os seguintes princípios
fundamentais:
O laudo pericial foi elaborado com estrita observância dos postulados
constantes no Código de Ética Profissional;
Os honorários profissionais do Perito não estão, de forma alguma,
sujeitos às conclusões deste laudo;

O Perito não tem nenhuma inclinação pessoal em relação à matéria


envolvida neste laudo, nem contempla, tanto no momento atual quanto
no futuro, qualquer interesse nos bens relativos a esta perícia;
No melhor conhecimento a critério do Perito, as análises, opiniões e
conclusões expressadas no presente trabalho estão baseadas em dados,
diligências e levantamentos verdadeiros e corretos, e, de acordo com os
padrões normalmente aceitos.

2.0 - RELATÓRIO

A cicatriz observada no olho esquerdo durante o exame realizado pelo


Perito é compatível com o procedimento cirúrgico para correção de
úlcera de córnea por enxerto conjuntival pedunculado, conforme
descrito nos autos processuais.

Na exordial, em fl.04, a Autora afirma que o canino objeto da lide


adoecera há cerca de um ano e meio de patologia ocular, que motivou o
uso contínuo de medicamento FRESH TEARS.

Este medicamento é utilizado em casos de deficiência na lubrificação do


globo ocular, geralmente pela diminuição da produção de lágrima,
conhecido por “olho seco”.

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Quando este processo se agrava e há inflamação e/ou infecção das
estruturas oculares, é diagnosticada ceratoconjuntivite seca é causa
comum de aparecimento de úlceras de córnea.

Quando indagado o Réu se possui especialidade em oftalmologia, este


afirmou que não possui tal especialização, atendendo como clínico geral
em casos oftalmológicos, o que não é vedado para Médicos Veterinários.

Afirmou ainda que eventualmente tem o suporte de um Médico


Veterinário especialista em oftalmologia em seu estabelecimento.

Foi observado pelo Expert que o estabelecimento Médico Veterinário do


Réu dispõe de equipamentos necessários para consultas oftalmológicas.

Nos atendimentos clínicos, realizados pelo Réu, foram observadas as


técnicas corretas de abordagem clínica bem como foram realizados
exames diagnósticos acertados para a rotina da clínica oftalmológica.

Foram realizados, durante as consultas, testes que mensuram a


quantidade de lágrima e que servem para diagnosticar a eficiência deste
em lubrificar o globo ocular, possibilitando diagnosticar casos de
ceratoconjuntivite seca.

Foram realizados, durante as consultas, testes com fluoresceína,


substância que cura lesões de úlcera de córnea, possibilitando sua
visualização e diagnóstico.

A abordagem clínica e terapêutica adotadas pelo Réu foram acertadas


para a patologia descrita nos autos, conforme a evolução do quadro
patológico e descrito sequencialmente pelas partes, na instrução
processual:

 Trisorb – Lubrificante para o globo ocular.


 Acular – Colírio anti-inflamatório.
 Regencel Pomada – Auxiliar na recomposição do epitélio.
 Zelotril – Antibiótico.
 Zymar – Colírio antibiótico.
 Atropina – Dilatador pupilar.
Colírio biológico – Favorece a formação de substâncias biológicas
protetoras.

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3.0 - CONCLUSÃO

De todo o exposto resta ao perito concluir que:

3.1- Pela análise dos documentos, fotografias, receitas, declarações e


demais peças técnicas que instruem os Autos Processuais;

3.2- Pelas informações possíveis de se obter através dos documentos e


das fotografias constantes nos autos processuais e pelas informações
obtidas por este Perito durante as diligências empreendidas;

3.3- Pelas informações fornecidas pelas partes no momento das


entrevistas realizadas pelo exame do canino objeto da lide;

3.4- Pelas percepções e constatações obtidas durante as diligências


periciais e entrevistas.

CONCLUI-SE:

O tratamento inicialmente instituído no canino de propriedade da


Autora, no estabelecimento Médico Veterinário do Réu, foi correto e
adequado para o quadro clinico apresentado pelo animal;

A evolução do quadro clínico não foi favorável, havendo agravamento do


processo inflamatório/infeccioso, que evoluiu para a formação de úlcera
de córnea;

O agravamento da patologia com a formação de úlcera de córnea sugeriu


alteração na terapêutica, conforme a conduta adotada pelo Réu. O
tratamento em tais complicações pode ser por meio clínico conservador
ou cirúrgico, dependendo da gravidade das lesões observadas, sendo
certo que úlceras de córnea podem aumentar e comprometer áreas mais
profundas em curto espaço de tempo.

O lapso temporal observado desde a última consulta realizada pelo Réu


e a consulta do Médico Veterinário que optou pelo procedimento
cirúrgico realizado, sem sombra de dúvida, alterou a dimensão da úlcera
de córnea, que aumentou, tendo sido correta a conduta do Médico
Veterinário em optar pelo procedimento cirúrgico conforme descrito.

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Não é possível atribuir falha à conduta professional do Réu, eis que a
terapêutica e conduta clínica foram adequadas ao quadro apresentado
pelo canino de propriedade da Autora, conforme as provas nos autos,
sendo certo que somente a evolução do quadro patológico e o
agravamento da lesão da úlcera de córnea foram a motivação para a
adoção do procedimento cirúrgico realizado.

3.0 – BIBLIOGRAFIA

1. JEFERSON TOLEDO, Rogerio Santiago, da perícia ao Perito. 2ª edição

4.0 – ANEXOS
1. Documentos anexados:
Cópia de e-mail enviado em abril, por este Perito para o Réu, objetivando
confirmar a data da entrevista com a parte e a resposta do e-mail.
Cópia de e-mail enviado, em abril, por este Perito para o Patrono da
Autora, objetivando confirmar a data de entrevista com a parte e a
resposta do e-mail.
Fotografia do canino objeto da lide, tirada pelo Perito em abril, durante a
entrevista com a Autora, destacando a cicatriz da cirurgia.

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9.0 - ENCERRAMENTO
Este Laudo Pericial realizado pelo Perito José Gonçalves Tavares,
em aceitação à nomeação do Excelentíssimo, Senhor Doutor Juiz de
Direito Santoro Gregório de Lima, em fl.00 dos autos do processo nº
0000000-00.0000.0.00.0000.

Contém 00 páginas numeradas no canto inferior esquerdo de 00 a00,


todas elas vistadas do lado do número, e essa última com a identificação
do perito na parte inferior, com a devida assinatura.
Na oportunidade este Perito agradece a confiança depositada pelo
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Santoro Gregório de Lima,
colocando-se à disposição deste juízo.
E nada mais havendo, encerra o presente laudo e requer a sua
juntada aos autos do processo para que se produzam os devidos efeitos
legais.

São termos em que,

Pede Juntada e Deferimento.

Curitiba, …/.../....

DR. JOSÉ GONÇALVES TAVARES


PERITO DO JUÍZO – TJEPR: 00000

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