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PROCESSO:
AUTOR:
RÉU:
03) Que, com rara facilidade, pode-se perceber que a impugnação feita se resume em uma
demonstração de querer impugnar, não trazendo ao processo qualquer argumento que
contrarie o Laudo apresentado.
4.1) Quanto ao local da realização do ato pericial, foi afirmado no Laudo Pericial, ipsis
verbis:
...” Por meio de contatos telefônicos e e-mails, com o patrono da Autora e posteriormente com a
parte, foi agendada a entrevista com a Autora e o exame do canino objeto da lide, realizadas no
exterior do prédio do Tribunal de Justiça do PR, no dia .../.../…, às 00:00hrs. Presentes o Perito e
a parte com o seu canino”. ...
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…” O canino de propriedade da Autora da presente demanda, no momento do exame realizado
pelo Perito, encontrava-se em bom geral e sem sinais ou sintomas de atual patologia ocular, com
os olhos limpos, sem secreções e com cicatriz de cirurgia sofrida anteriormente.” …
…” A cicatriz observada no olho esquerdo durante o exame realizado pelo Perito é compatível
com o procedimento cirúrgico para correção de úlcera de córnea por enxerto conjuntival
pedunculado, conforme descrito nos autos processuais.” …
O objetivo deste ato pericial foi entrevistar a proprietária e constatar o resultado do procedimento
cirúrgico realizado após a conduta terapêutica instituída pelo Réu.
A entrevista foi realizada de forma elucidativa e foi possível constatar e fotografar a cicatriz
resultante do procedimento cirúrgico, realizado após o tratamento terapêutico instituído pelo Réu,
verificando-se igualmente o estado de saúde do órgão examinado.
Para obtenção dos objetivos do perito, não seria necessário mais que um exame visual, eis que os
procedimentos, terapêutico e cirúrgico, haviam sido minuciosamente descritos nas peças
processuais, sendo possível, entretanto, observar-se o resultado das condutas adotadas.
4.2) O Perito concluiu em seu Laudo Pericial que o Réu não possui especialização em
oftalmologia veterinária, conforme se constata in verbis:
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RESOLUÇÃO Nº 756, DE 17 DE OUTUBRO DE 2003
Resolve:
ANEXO
Acupuntura Veterinária
Anestesiologia Veterinária
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Publicada no DOU de 12-11-03, Seção 1 Pág. 000.
4.3) Durante os atos Periciais, que resultaram no conclusivo técnico, o Perito visitou o
estabelecimento Médico Veterinário do Réu, quando inspecionou o estabelecimento e entrevistou
o Réu, conforme se verifica no Laudo pericial.
…” Por meio de contatos telefônicos e e-mails, com o Réu, foi agendada a entrevista com
a parte, realizada nas dependências da Clínica Veterinária Bom Pastor, no dia ../…./… às 00:00
horas. Presentes o Perito e a parte” …
…” Foi observado pelo Expert que o estabelecimento Médico Veterinário do Réu dispõe de
equipamentos necessários para consultas oftalmológicas” …
4.4) O Perito, após analisar os procedimentos terapêuticos adotados pelo Réu, constatou
que foram corretos e adequados para a patologia que o animal, de propriedade da Autora,
apresentava na época em que for a consultado, em consonância com a inteligência de renomados
Autores, conforme abaixo transcrito:
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“As condutas terapêuticas neste caso fundamentam-se no alívio dos sinais clínicos e sobretudo na
profilaxia de descemetoceles, que requerem, quase sempre, terapias específicas emergenciais
para prevenir as perfurações totais da córnea (ANDRADE, et.al.2000).”
4.5) Quanto ao lapso temporal e agravamento da patologia, determinantes para que fosse
realizada cirurgia corretiva por professional Médico Veterinário diverso do Réu, igualmente o
Laudo pericial foi elucidativo e de acordo com as publicações dos Mestres no assunto, conforme
abaixo se confirmam o Laudo Pericial e os ensinamentos acadêmicos:
“O lapso temporal observado desde a última consulta realizada pelo Réu e a consulta do
Médico Veterinário que optou pelo procedimento cirúrgico realizado, sem sombra de dúvida,
alterou a dimensão da úlcera de córnea, que aumentou, tendo sido correta a conduta do Médico
Veterinário em optar pelo procedimento cirúrgico conforme descrito.”
“Não é possível atribuir falha à conduta professional do Réu, eis que a terapêutica e
conduta clínica foram adequadas ao quadro apresentado pelo canino de propriedade da Autora,
conforme as provas nos autos, sendo certo que somente a evolução do quadro patológico e o
agravamento da lesão da úlcera de córnea foram a motivação para a adoção do procedimento
cirúrgico realizado.”…
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Importante se faz a constatação de que, apesar do inequívoco agravamento do quadro
patológico do canino, o profissional Médico Veterinário que realizou o procedimento
cirúrgico não o fez imediatamente.
Sem intervenção muito rápida, essas úlceras agressivas podem progredir em um ou alguns
dias para perfuração, panoftalmite e frequentemente para perda do olho (BOEVÉ, et.al., 1999).
Pelo exposto este Perito ratifica em todos os termos o Laudo Pericial apresentado,
requerendo, assim, seja rejeitada a impugnação apresentada, por ser medida legal e de
direito, ficando, no mais, à disposição de V. Exª. Para o que entender necessário.
Curitiba …./…./…..
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