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(Úvea – coroide, corpociliar, íris)


Valcésar Carneiro .........
TEC: ÓPTICO E OPTOMETRISTA ................... N
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“ MELANOMA
DE
COROIDE ”
“ Melanomas de Coroide
Melanoma de coróide é o câncer mais comum a acometer o olho nos
adultos, Também é chamado de melanoma uveal.


A incidência anual de melanoma ocular é de aproximadamente 10 casos
para cada milhão de habitantes, isso quer dizer que a cada milhão de pessoas
temos 10 casos por ano. (No Brasil temos cerca de 2 mil casos de melanoma
ocular por ano.)

O melanoma pode acometer diferentes partes do olho, desde a parte mais


externa (pálpebra e conjuntiva), até as estruturas internas, como a iris, o corpo
ciliar e a coroide, sendo a coroide a parte mais acometida pelos melanomas
“ Fatores de risco
Os fatores de risco para o melanoma são: os pacientes de raça branca ( sendo
8 vezes mais comum que em negros) com cabelos loiros e olhos claros, idade
avançada, presença de nevus no fundo de olho, e melanocitose óculo-dermal
(nevus de Ota).
Nevus são como pintas, presentes desde o nascimento e que podem sofrer
transformação maligna e dar origem a um melanoma.

Nevus são como pintas, presentes desde o nascimento e que podem
sofrer transformação maligna e dar origem a um melanoma.
“ Sintomas
Os sintomas vão depender da localização do tumor dentro do olho e do seu tamanho.
Se o tumor estiver perto da mácula, o paciente pode ter baixa de acuidade visual,
perceber moscas volantes" ou flashes luminosos.

longe nas periferias longe da mácula


.

Em muitos casos, o tumor pode ser assintomático, especialmente quando localizado
“ Opções de tratamento
Lesões pequenas e inativas podem ser somente observadas. Para os
melanomas pequenos e médios, a opção de tratamento mais utilizada é a
braquiterapia ocular (radiação do tumor) isolada ou associada à


termoterapia transpupilar (laserterapia).
Braquiterapia: é uma técnica de tratamento que utiliza radiação ionizante
de contato. Consiste na implantação cirúrgica de um pequeno artefato
radioativo (iodo ou rutênio) na forma de placa, aplicado diretamente sobre
a área do olho comprometida. A placa permanece no olho do paciente por
alguns dias (em média cinco dias), até que a dose de radiação que irá
inativar a lesão tumoral seja emitida. A placa então é removida e o
paciente passa a ser acompanhado ambulatorialmente com intervalos de
quatro a seis meses.
“ Opções de tratamento
Enucleação: (retirada do globo ocular) fica reservada apenas para os casos
de tumores grandes ( maiores que 15 mm) e com ausência de visão. Com


os avanços tecnológicos, tanto os implantes intracavitários - que são
utilizados durante a cirurgia para repor o volume do olho removido, como as
próteses externas, permitem boa integração e movimentação, com
resultados estéticos bastante naturais e satisfatórios.
“ Imagens




UVEÍTES

“ Uveíte
Uveíte é uma inflamação do trato uveal, que é composta pela IRIS, CORPO
CILIAR, E COROIDE. E que pode levar a cegueira
A Uveíte pode se manifestar em todo o globo ocular, ou apenas em algumas
partes

cegueira quando não tratadas.


Podem causar cegueira devido às complicações ocasionadas pelo processo

As uveítes são doenças inflamatórias oculares que podem levar à baixa visual e à

inflamatório que podem acarretar um desarranjo arquitetônico das estruturas


intraoculares, levando a uma baixa visual reversível ou irreversível.
Catarata, glaucoma, descolamento de retina, membranas retinianas, atrofia óptica,
oclusões vasculares e atrofia de globo ocular são exemplos de complicações
causadas por uveítes.
Causas

Causas de inflamação do trato uvea: traumáticas, infecciosas, tumorais e
autoimunes.
Lacerações corneanas, perfuração ocular, queimaduras químicas e físicas e
corpos estranhos intraoculares.
Dentre as causas infecciosas, a toxoplasmose destaca-se como a de maior
incidência . Metástases ou tumores primários oculares são responsáveis pelas
uveítes tumorais ou síndromes de mascaramento. Doenças sistêmicas como

artrite reumatóide juvenil, espondiloartropatia soro-negativas, e outras doenças
imunes são etiologias de uveítes autoimunes.
Tipos de uveítes

As uveítes podem ser classificadas anatomicamente em três categorias:
anterior, posterior e intermédia, conforme a região do olho que está afetada.
Uveíte anterior: pode apresentar-se sob a forma de irite ou iridociclite. A irite
caracteriza-se pela inflamação da íris e da câmara anterior. Por sua vez, a


iridociclite é a inflamação que afeta a íris e o corpo ciliar. A irite (uveíte
anterior) é a forma mais frequente de uveíte.
Uveíte anterior aguda: é a inflamação do segmento anterior do globo ocular,
de início súbito, caracterizada por aparecimento de certos sinais e sintomas
como: diminuição da acuidade visual, dor ocular, olho vermelho, fotofobia,
miose, depósitos ceráticos ou até hipópio.
Tipos de uveítes

Uveíte anterior não granulomatosa: é aquela que é caracterizada por um
infiltrado celular de linfócitos e células plasmáticas que tendem a formar
hipopions e finos precipitados no endotélio corneano, conhecidos por
precipitados ceráticos. Estas uveítes não estão relacionadas com a sarcoidoe,
tuberculose, sífilis, toxoplasmose, doença de Lyme ou esclerose múltipla.


“ Uveíte - tratamento

O tratamento da uveíte na maioria dos casos, através de corticóides,


cicloplégicos, imunossupressores e anti-inflamatórios não esteróides.
O tipo do tratamento vai depender do qual tipo é a uveíte

“ Sinais
O principal sinal de uma uveíte é o olho vermelho, devido ao processo inflamatório,
mas pode não acontecer em todos os casos.
Inicialmente, o paciente com uveíte pode visualizar pequenos pontos que se


movimentam de acordo com a posição do olho, e estes, com a incidência da luz
formam pequenas sombras flutuantes na retina (moscas volantes). Se ocorrer
aumento progressivo destas moscas volantes, pode ser um sintoma indicativo de
atividade inflamatória.
O embaçamento visual e a dor também são sintomas de uveíte.

Herpes Ocular

“ Herpes Ocular
A herpes que se manifesta nos olhos, também conhecida como herpes
ocular, é provocada pelo vírus herpes simples tipo I e causa geralmente
coceira, vermelhidão e irritação no olho, sendo muitas vezes os


sintomas semelhantes aos de uma conjuntivite. Além disso, na maioria
dos casos o herpes ocular surge apenas num olho, sendo possível
aparecer em ambos os olhos.
“ Herpes Ocular
Essa infecção é mais comum do que parece e pode ser muito grave.
Quando falamos de herpes ocular devemos dividir em 2 grandes grupos:
Herpes Simples e Herpes Zoster.


O Herpes simples é muito mais comum e é a forma como as pessoas
geralmente conhecem a doença.
“ Herpes Ocular
O herpes Zoster (HZ) é uma infecção causada pelo mesmo tipo de vírus
que causa a catapora. O HZ é uma doença tipica de pessoas idosas ou
com grave imunodepressão. Ela causa lesões tipo vesículas na pele e que
são muito dolorosas. Pode afetar qualquer região do corpo e quando


atinge o rosto pode acometer o olho e causar as mesmas lesões do
herpes simples
“ Herpes Ocular
O herpes é causado por um vírus, e existem dois tipos de vírus do herpes.
O herpes vírus 1 ou HSV1 (herpes labial) e o herpes vírus 2 ou HSV2
(genital).


A infecção ocular é mais comumente causada pelo tipo 1.

Herpes Ocular- COMO É TRANSMITIDO
O vírus do herpes é transmitido por contato próximo com uma pessoa
contaminada. A maioria da população brasileira adulta já entrou em contato
com esse vírus em algum momento da sua vida mesmo sem ter tido


qualquer sinal disso. O vírus do herpes entra no nosso organismo através
da mucosa oral ou nasal e se aloja nos nervos. Eles ficam adormecidos
nesses nervos até um momento em que a imunidade da pessoa diminui,
então ele pode reativar e causar a infecção.
Na maioria das pessoas o vírus fica adormecido por toda a vida sem nunca
causar nenhuma infecção, mas em outras ele reativa e infecciona.
Quando o nervo afetado emite ligações nervosas com o olho, ele poderá ser
afetado.

Herpes Ocular- SINTOMAS
Olho vermelho,
Fotofobia,
Irritação ocular,
Sensação de corpo estranho
Lacrimejamento excessivo

Diminuição da visão pode ocorres de forma leve, tendo uma piora com
agravamento da infecção

Herpes Ocular- ESTRUTURAS AFETADAS
As principais estruturas do globo ocular afetado pelo Herpes ocular, são:
CORNEA: principal local de ação do herpes e pode causar uma importante
diminuição da visão. Causa lesões em forma de dendritos (ramificações) que são


bem característica dessa doença, a chamada ceratite hérpetica.
O herpes pode afetar só a porção superficial da córnea (ceratite epitelial) ou suas
porções mais internas (ceratite estromal).
ÍRIS: o herpes é uma das causas de uveíte, A uveíte herpética pode ser uma
inflamação grave,e também aumentar a pressão intra ocular.

Em casos raros pode afetar também a retina, ocorre em pacientes com grave
imunodeficiência (AIDS ou câncer) e não tem relação com as outras formas de
herpes descritas acima.
Herpes Ocular- TRATAMENTO

O tratamento do herpes ocular é geralmente feito com remédios antivirais
como Aciclovir ou Valaciclovir em comprimidos ou em pomadas e com
analgésicos como Dipirona ou Acetaminofen para o alivio da dor.
Além disso, para complementar o tratamento, em alguns casos pode também
receitar o uso de compressas úmidas mornas ou frias, de pomadas com

bacitracina-polimixina para proteger o olho e de colírios antibióticos, que iram
ajudar a prevenir o aparecimento de infecções secundárias causadas por
bactérias

Úlcera da córnea

Úlcera da córnea
Úlcera de córnea ou úlcera corneana ocorre quando existe destruição de
tecido corneano, uma lesão que provoca uma área na córnea sem epitélio.

A úlcera pode ser superficial ou, afetar as camadas mais profundas da


córnea, e pode situar-se mais centralmente (úlcera corneana central) ou na
periferia da córnea (ulcera corneana periférica).
As úlceras de córnea podem variar quanto às suas dimensões, desde
pequenas ulcerações, até úlceras com maior dimensão, dependendo da
causa subjacente, do tempo de evolução, etc.
Úlcera bacteriana da córnea
Infecção grave

•Deve ser tratada sempre por oftalmologista


•A referenciação deve ser urgente
•Pode evoluir para leucoma com diminuição significativa da
acuidade visual
Úlcera da córnea
SINAIS E SINTOMAS

• Olho vermelho unilateral


• Dor ocular
• Sensação de corpo estranho
• Fotofobia
• Pálpebras inchadas
• Baixa visão
• Ponto branco (ex: Imagem abaixo)
Úlcera da córnea - CAUSAS
Na maioria dos casos, as causas para a úlcera de córnea são de origem
infeciosa, podendo ser provocada por bactérias, vírus, fungos, etc.
Algumas infeções como a ceratite, e a conjuntivite podem evoluir para
úlceras de córnea se não forem tratadas a tempo, e corretamente.
Úlcera da córnea - TIPOS
úlcera de córnea bacteriana:
causada por bactérias, este tipo de infeção são mais frequentes em pessoas
que utilizam lentes de contacto, cujo manuseamento e higienização não são
efetuados adequadamente.

úlcera de córnea vírica:


causada por um vírus, como é exemplo o vírus do herpes simples (o vírus
que causa a herpes labial) ou o vírus da varicela (o vírus que causa a
varicela e herpes zoster). O herpes ocular pode, em algumas situações,
evoluir e causar úlcera de córnea herpética.
Úlcera da córnea - TIPOS
úlcera de córnea fúngica:
Causada por fungos, surgindo frequentemente em pessoas que não
possuem um cuidado adequado com a utilização das lentes de contato e
também pelo uso excessivo de colírios que contêm esteroides.

úlcera de córnea traumática:


Uma lesão ocular, um corpo estranho no olho ou uma “córnea arranhada“
podem viabilizar a contração da infeção com maior facilidade.
As queimaduras químicas, ou outras podem igualmente provocar úlceras de
córnea.
Úlcera da córnea - DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da úlcera de córnea deve ser feito através de exame com
lâmpada de fenda, e recorrendo a possíveis exames auxiliares de
diagnóstico.
Para visualizar com maior nitidez a úlcera, o examinador poderá colocar
gotas de fluoresceína no olho afetado.
Úlcera da córnea - TRATAMENTO
O tratamento deve ser efetuado de acordo com a causa subjacente:
por exemplo, se a origem é uma infeção, esta deve ser tratada de acordo
com o agente causador (bactérias, vírus, fungos, etc).
No caso de uma infeção bacteriana, o tratamento deve ser efetuado à base
de colírios antibióticos (gotas oftálmicas),
Se a causa é uma infeção vírica, a terapêutica deve ser efetuada com
medicamentos antivíricos.

Em alguns casos, medicação à base de corticóides pode ser utilizada para


reduzir a inflamação ou “inchaço”.
Úlcera da córnea - OBS
Na maioria dos casos, desde que o tratamento seja efetuado de forma
atempada e correta, o prognóstico é favorável,
Contudo, existe sempre o risco de perda permanente de visão,
Por isso é muito importante que o diagnóstico e tratamento seja efetuado o
mais precocemente possível.
Em casos de complicações de úlceras graves que venha a danificar
irreversivelmente a córnea, dever-se-á recorrer ao transplante de córnea.
Todavia, o recurso a esta cirurgia ou operação só deve ser efetuado como
um último recurso.
Referências:
 http://anatpat.unicamp.br
 http://www.clinicabelfort.com.br/doencas/nevus-de-coroide/
 http://www.accamargo.org.br
 http://www.oftalmologistabh.com.br

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