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MICOSE DE UNHA - Causas,


Sintomas e Tratamento
Walmir

9-11 minutos

Onicomicose ou tinea unguium, conhecida


popularmente como micose de unha, é o
nome dado à infecção da unha causada por
fungos.

A onicomicose é uma infecção comum que


acomete cerca de 10% da população adulta
e 20% dos idosos. Seus sintomas costumam
ser mais de origem estética do que clínica,
sendo o escurecimento e o espessamento da
unha os sinais mais comuns.

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Neste texto, vamos abordar os seguintes


pontos:

O que é a onicomicose.
Como se pega micose de unha.
Transmissão da micose de unha entre
pessoas.
Fatores de risco para onicomicose.
Sintomas da micose de unha.
Diagnóstico da onicomicose
Tratamento da micose de unha.

Antes de seguirmos em frente, assista a esse


curto vídeo produzido pelo canal do
MD.Saúde no Youtube, que resume as
informações que serão apresentadas neste
artigo.

O que é a onicomicose
Como já explicado na introdução deste
artigo, a onicomicose é uma infecção da
unha dos pés ou das mãos causada por
fungos.

As infecções fúngicas das unhas são


geralmente causadas por um fungo que
pertence a um grupo denominado
dermatófitos, que também pode causar
infecções nos pelos do corpo e na pele,
como no caso da frieira (pé de atleta). Outro
grupo de fungos que também pode causar
micose de unha são as leveduras. Em geral,
as leveduras causam onicomicose nas mãos
e os dermatófitos provocam onicomicose
nas unhas dos pés.

A tinea cruris, que é a micose na virilha, já


foi descrita em um artigo à parte,
acessível neste link: MICOSE NA VIRILHA |
Tinea cruris.
A frieira, que é a micose dos pés, também
tem seu texto próprio, acessível neste link:
FRIEIRA | Pé de atleta.
Informações sobre a candidíase, outra
comum infecção fúngica da pele, podem
ser lidas neste artigo: CANDIDÍASE |
Sintomas e tratamento.

A micose de unha não é uma doença fatal,


mas pode causar dor, desconforto e
destruição da unha, levando a efeitos
emocionais importantes, que podem ter um
impacto significativo na qualidade de vida.

Como se pega micose de


unha
Os fungos que provocam a micose de unha
são habitualmente adquiridos no ambiente,
principalmente em áreas úmidas e quentes,
que são os meios propícios para o
crescimento de fungos. Banheiros,
chuveiros, vestiários e piscinas públicas são
exemplos de locais que frequentemente
abrigam fungos. Frequentar estes espaços
públicos descalço é um importante fator de
risco para adquirir micose nas unhas.

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O contato com o fungo por si só não


costuma ser suficiente para se adquirir a
onicomicose. Geralmente é preciso haver
pequenas lesões entre a unha e a pele para
que o fungo consiga penetrar por baixo da
unha e se alojar. Também é necessário que a
unha seja exposta frequentemente a
ambientes úmidos para que o fungo possa
se multiplicar com mais facilidade.

A onicomicose nas unhas dos pés é muito


mais comum do que nas unhas das mãos. Os
pés costumam estar mais expostos a locais
úmidos, não só quando se anda descalço em
locais públicos, mas também por passar boa
parte do dia fechado dentro de meias e
calçados. Em dias de calor, os pés calçados
podem passar várias horas seguidas
cobertos e úmido pelo suor. Calor, falta de
luz e umidade é tudo que um fungo deseja
para se proliferar.

Além disso, os dedos dos pés estão no ponto


do corpo mais distante do coração, não
sendo tão bem vascularizados com os dedos
da mão. Deste modo, os anticorpos e as
células de defesa do organismo não chegam
às unhas dos pés com tanta facilidades
quanto a outros pontos do organismo.

Micose de unha é
contagiosa?
A micose de unha pode ser transmitida de
uma pessoa para outra, mas essa forma de
contágio é pouco comum. Compartilhar lixas
ou cortadores de unha pode ser uma forma
de transmissão, mas em geral é preciso
contato íntimo e frequente, como, por
exemplo, morar na mesma casa para uma
pessoa pegar onicomicose da outra.

Não se pega micose de unha apenas


apertando a mão ou tocando em objetos
manipulados por alguém infectado.

Fatores de risco para


onicomicose
A presença de alguns fatores favorece a
infecção da unha por fungos. Por exemplo,
pacientes com frieira (pé de atleta), que é
uma infecção fúngica da pele dos dedos, têm
um maior risco de terem também infecção
fúngica das unhas. Outros fatores de risco
são:

Diabetes mellitus.
Idade avançada.
HIV.
Uso de drogas imunossupressoras.
Problemas imunológicos.
História familiar de onicomicose.
Psoríase.
Problemas de circulação sanguínea dos
membros inferiores.

Atletas também são um grupo de risco para


onicomicose. Estes indivíduos costumam
estar com os pés frequentemente calçados e
úmidos pela transpiração, além de terem
uma maior incidência de traumas nas unhas
devido ao impacto de suas atividades físicas.

Sintomas da micose de unha


A micose de unha não costuma produzir
nenhum sintoma além das alterações
cosméticas das unhas. Em casos mais
graves, porém, ela pode causar dor. Em
pacientes diabéticos ou imunossuprimidos a
onicomicose pode servir como porta de
entrada para bactérias, favorecendo o
surgimento de infecções secundárias, como
erisipela ou celulite (leia: ERISIPELA –
Sintomas e tratamento).
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Micose de unha da mão

As lesões da unha provocadas pela


onicomicose apresentam algumas variações
na sua apresentação, dependendo do tipo de
fungo e de gravidade da infecção. Em geral,
a micose de unha costuma apresentar um ou
mais dos seguintes sinais:

Espessamento da unha.
Fragilidade da unha, deixando-a
quebradiça.
Distorções na forma da unha.
Perda do brilho da unha, deixando-a
opaca.
Escurecimento da unha.
Descolamento da unha em relação ao seu
leito na pele.

As formas mais comuns de onicomicose são:

1. Onicomicose subungueal distal : é de


longe a forma mais comum e se caracteriza
pela infecção da ponta da unha. O primeiro
dedo do pé (dedão) é geralmente o primeiro
a ser afetado. A infecção começa com uma
descoloração esbranquiçada, amarelada ou
acastanhada em uma das pontas laterais da
unha, estendendo-se lentamente por toda
unha, em direção à cutícula. A unha pode se
descolar e a ponta costuma partir-se e cair,
expondo a pele que serve de leito para a
unha.

2. onicomicose subungueal proximal – é a


forma menos comum de onicomicose. Sua
apresentação é bem parecida com a
onicomicose subungueal distal , porém, a
progressão ocorre de forma oposta,
iniciando-se próxima à cutícula e depois
estendendo-se em direção à ponta da unha.
Este tipo de micose de unha ocorre
geralmente em pacientes imunossuprimidos,
sendo comum nos indivíduos com HIV.
3. Onicomicose superficial branca – é uma
forma comum em crianças, mas que nos
adultos corresponde a apenas 10% dos
casos de micose de unha. Caracteriza-se
pelo aparecimento de manchas brancas
sobre a superfície da unha, geralmente mais
próxima da cutícula do que da ponta.
Quando não tratada, as manchas tendem a
se espalhar centrifugamente por toda unha,
deixando-a quase toda branca, além de
áspera e quebradiça.

Diagnóstico da onicomicose
As lesões das unhas da onicomicose podem
se parecer com as lesões de unha de outras
doenças, como psoríase, eczemas, traumas,
líquen plano, deficiência de ferro, etc.

A maioria dos estudos atesta que a


onicomicose é responsável por apenas
metade de todos os casos de lesões das
unhas. Em várias situações, não é possível
afirmar que o paciente sofre de onicomicose
apenas olhando e examinando para a unha.

Portanto, é importante demonstrar de forma


inequívoca a presença do fungo antes de se
iniciar o tratamento antifúngico. Para tal, o
médico irá fazer uma pequena raspagem da
sua unha de forma a colher amostras para
avaliação laboratorial à procura de fungos.

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Tratamento da micose de
unha
A micose de unha é uma infecção difícil de
tratar porque as unhas crescem lentamente
e recebem pouco suprimento de sangue. Até
um passado recente, os medicamentos
utilizados para o tratamento da onicomicose
não eram muito eficazes e os resultados
eram frequentemente decepcionantes.

Na última década, porém, os os tratamentos


para pacientes com onicomicose
melhoraram substancialmente,
principalmente por causa da introdução de
medicamentos antifúngicos orais mais
eficazes.

Estudos recentes mostram que


medicamentos por via oral como Terbinafina
e Itraconazol apresentam taxas de cura mais
altas que a Griseofulvina e o Cetoconazol, as
drogas mais usadas antigamente.

Taxas de cura dos principais antifúngicos:

Terbinafina (73 a 79%).


Itraconazol (56 a 70%).
Griseofulvina (54 a 66%).
Fluconazol (43 a 52%).

O tratamento com Terbinafina com


comprimidos por via oral deve ser feito com
1 comprimido de 250 mg por dia por 6
semanas para onicomicose das mãos ou 12
semanas para onicomicose dos pés (leia:
CLORIDRATO DE TERBINAFINA – Remédio
Para Micoses).

O tratamento tópico da micose de unha com


esmaltes, como o Ciclopirox, não costuma
funcionar sozinho, mas pode ser usado
como complemento do tratamento com
Terbinafina ou Itraconazol por via oral.

Uma vez curada a micose de unha, se o


paciente não tiver cuidado a taxa de
reinfecção pode chegar a 50%. Portanto, é
preciso ter cuidado com os pés para que a
unhas não voltem a ficar colonizadas por
fungos.

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ASSUNTOS SEMELHANTES

Translation: Español

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