Você está na página 1de 8

AUTORIA_PROT_PETICAO

*339611*
42439274

LAUDO PERICIAL

Processo: Reclamatória Trabalhista nº


5ª Vara do Trabalho de Curitiba-PR
Reclamante: FULANA DE TAL
Reclamada: EMPRESAS ALFA LTDA
Perito:

1. OBJETIVO DO LAUDO

O presente Laudo tem como objetivo avaliar a existência de Insalubridade


nas atividades desenvolvidas pela Reclamante, a serviço da Reclamada. Ele consolida um
trabalho técnico a respeito das condições oferecidas pela empresa, analisando o trinômio:
Ambientes de Trabalho, Atividades Desenvolvidas e Agentes Geradores de Riscos
Ocupacionais, de acordo com as exigências legais de Segurança e de Medicina do
Trabalho, constantes na Legislação em vigor, mais especificamente: “Lei nº 6.514, de 22
de dezembro de 1977; Portaria nº 3.214, de 08 de julho de 1978 (NR 15 e seus Anexos);
Portaria nº 3.311, de 29 de novembro de 1989 (hoje revogada); e no art. 429 do Código
de Processo Civil.

As partes apresentaram quesitos a serem respondidos pelo Perito.

2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

A Perícia realizou-se no dia 13/08/2015, a partir das 17h:20min, no local


previamente marcado para encontro do Perito com as partes, ou seja, na sede da
Reclamada, localizada na Rua ………………………….., Bairro Campo Comprido, em
Curitiba-PR, local onde trabalhou a Reclamante.

Acompanharam as diligências ou prestaram informações que subsidiaram o


presente trabalho técnico: a Reclamante, acompanhada de sua Advogada, a Dra.
…………, e da Dra………, Médica; a Sra. …………, Proprietária da Reclamada; a
Dra. Cristiane Monteiro, Advogada da Reclamada; o Sr. Sérgio Ronald de Souza de
Souza, Engenheiro de Segurança do Trabalho, como Assistente Técnico da Reclamada,
acompanhado do Dr. Odeniro Farias, Advogado.
AUTORIA_PROT_PETICAO

*339611*
42439274

3. EMPRESA RECLAMADA

A Reclamada trabalha como clínica odontológica, clínica geral e ortodontia.


Possui atualmente 3 funcionários. Grau de Risco 3. O Código CNAE da empresa, de
acordo com a Norma Regulamentadora nº 4, da Portaria nº 3.214 de 08/06/78, é 86.30-5 –
Atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos. Não
possui SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho) constituído.

4. FUNÇÃO EXERCIDA PELA RECLAMANTE

Em entrevista inicial aos participantes da Perícia anteriormente nominados,


houve a informação da Reclamante de que teria exercido, junto à Reclamada, a função de
Cirurgiã Dentista. De acordo com informações dos representantes da Reclamada, a
Reclamante teria constituído uma empresa, que lhe prestava serviços. Todas as
informações relatadas ao Perito durante as diligências, constam no presente Laudo
Técnico, com indicação de eventuais discordâncias entre as partes. A Reclamante, de
acordo com suas informações, teria sido admitida pela Reclamada em 03/10/2011, e se
desligado da empresa em 13/07/2013.

5. DESCRIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO e ATIVIDADES


DESENVOLVIDAS PELA RECLAMANTE

A Reclamante, para desempenhar sua função de Cirurgiã Dentista, a serviço


da Reclamada, teria trabalhado na Clínicia de Odontologia da empresa, no local onde
realizada a Perícia.

Pelo apurado durante as diligências, a Reclamante trabalhava na sede da

Reclamada em uma média de dois a três dias por semana, atendendo uma média de vinte
a trinta pacientes da Clínica, por dia, com consultas pré-agendadas, no horário das
09h:00min às 20h:00min. A especialidade da Reclamante é em Ortodontia.

A Clínica da Reclamada possui uma sala, onde instaladas cinco cadeiras de


Dentista, e uma outra sala, em área contígua, com uma outra cadeira de Dentista, sendo
esta área contígua utilizada apenas para cirurgias mais complicadas.

A Reclamante, pelo apurado durante as diligências, sempre trabalhou na sala


com cinco cadeiras. Dessas cinco, duas seriam utilizadas por Dentistas na especialidade
de Ortodontia, e as duas últimas seriam utilizadas por Dentistas Clínicos Gerais. Das
cinco existentes, a poltrona do meio, de acordo com a Reclamante, também seria
utilizada por um Dentista Clínico Geral, e, de acordo com os representantes da
Reclamada, a mesma ficava a maior parte do tempo desocupada, e seria utilizada apenas
eventualmente, quando necessário.

Veja nos anexos, fotos ilustrativas dos ambientes da sede da Reclamada,


locais onde teria trabalhado a Reclamante.
AUTORIA_PROT_PETICAO

6. MEDIDAS DE CONTROLE – NR-6

*339611*
42439274

Segundo informações prestadas durante as diligências, a Reclamante utilizava


os seguintes Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que seriam fornecidos pela
Reclamada:

• Jaleco;
• Toca;
• Máscara de Procedimentos;
• Luvas de Procedimentos;
• Óculos de Segurança.

OBS. De acordo com informações da Reclamante, a mesma não se


recordou de ter utilizado os Óculos de Segurança.

7. ANÁLISE DA INSALUBRIDADE

Numa análise qualitativa inicial, de acordo com observações realizadas, e


informações obtidas durante as diligências, considerou o Perito que a Reclamante, no
exercício de sua função de Cirurgiã Dentista, na especialidade de Ortodontia, trabalhando
na Clínica Odontológica da Reclamada, ficava exposta, de maneira habitual e
intermitente, ao produto químico Mercúrio, quando os Clínicos Gerais da Clínica
preparavam restaurações de Amálgama, na mesma sala, e a outros Produtos Químicos
que fazem parte da composição de alguns medicamentos utilizados nos tratamentos
odontológicos; e a Agentes Biológicos, no manuseio de materiais utilizados nos
atendimentos ortodônticos, para lavagem dos mesmos, e descarte de materiais perfuro-
cortantes.

No que se refere ao produto químico Mercúrio, que de acordo com a


Reclamante seria utilizado pelos Cirurgiões Dentista Clínicos Gerais, nas restaurações de
Amálgama, trata-se de agente previsto no Anexo 11 da NR-15, do MTE, havendo
necessidade de levantamento quantitativo de concentração do mesmo no ambiente de
trabalho da Reclamante, com coleta de amostra durante um certo período de tempo, e
posterior análise laboratorial. Em função de ser um procedimento oneroso, e não ter
condições de arcar com as despesas, o Perito o solicitou aos representantes da
Reclamada, os quais informaram não possuir tal levantamento, em vista de que tal tipo de
restauração não seria executado na Clínica. Re-indagada pelo Perito, a Reclamante
confirmou suas informações. Assim, não foi possível efetuar uma análise mais criteriosa
a respeito da exposição da Reclamante aos efeitos nocivos do agente químico Mercúrio.

Quanto aos agentes químicos que fazem parte da composição de alguns


medicamentos utilizados nos tratamentos odontológicos pela Reclamante, não previstos
nos Anexos 11 a 13 da NR 15, do MTE, considerou o Perito que, em vista dos EPI que a
Reclamante informou que utilizava, a exposição aos mesmos não seria enquadrada como
insalubre.
AUTORIA_PROT_PETICAO

*339611*
AGENTES BIOLÓGICOS
42439274

O item do Anexo 14 da Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério do


Trabalho, que contempla as características das atividades da Reclamante, prevê como
insalubres em grau médio (20%), as atividades desenvolvidas em:

Trabalhos ou operações, em contato permanente com pacientes, animais ou


com material infecto-contagiante em:

- hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de


vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde
humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os
pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses
pacientes, não previamente esterilizados).

A Portaria nº 12, de 12/11/79, do MTE, em seu Parágrafo Único, define como


“contato permanente com pacientes, animais ou material infecto-contagiante”, o trabalho
resultante da prestação de serviço contínuo e obrigatório, decorrente de exigência firmada
no próprio contrato de trabalho, com exposição permanente aos agentes insalubres”.

No caso da Reclamante, na função de Cirurgiã Dentista, na Clínica


Odontológica onde trabalhava, quando do manuseio dos materiais infectantes utilizados
nos procedimentos ortodônticos, a mesma ficava sujeita a riscos de contato com agentes
biológicos, de pacientes dos mais diversos, inclusive aqueles que poderiam ser portadores
de doenças infecto-contagiosas, até mesmo sem que soubessem.

A exposição aos agentes biológicos (microorganismos patogênicos como


vírus, fungos e bactérias), pressupõe o risco do trabalhador adquirir doenças infecto-
contagiosas ou parasitárias, pelo contato da pele, vias aéreas superiores, aparelho
digestivo, e mucosas lacrimais, orais e nasais.

8. RESPOSTAS AOS QUESITOS FORMULADOS PELA RECLAMANTE


(fls. 188 a 190 dos autos) – Transcritos como foram formulados.

1 – Como estão dispostas as 5 cadeiras dos profissionais de odontologia na sala comum


da reclamada?
R. As duas primeiras são utilizadas por Ortodontistas, e as duas últimos por
Clínicos Gerais. A poltrona do meio, normalmente ficaria vazia, sendo apenas
utilizada quando necessário, em momentos de maior demanda.

2 – Há ar-condicionado instalado no local?


R. Sim.

3 – Quantas janelas existem na sala comum dos dentistas?


R. Três janelões, os quais permanecem fechados em função do uso do ar
condicionado ali existente.

4 – A ventilação da sala comum é suficiente para dissipar os gases tóxicos que se


propagam pela sala durante as restaurações com amálgama, resina e outras
substâncias?
R. Não restou comprovado durante as diligências que as restaurações de
amálgama eram executadas na Clínica, à época da Reclamante. Os
representantes da Reclamada informaram que tal tipo de restauração não é
mais utilizado na Clínica. A Reclamante informou que à sua época, os Dentistas
Clínicos Gerais realizavam habitualmente tal procedimento.
AUTORIA_PROT_PETICAO

5 – Se todas as janelas estiverem fechadas em razão do funcionamento do ar-

*339611*
condicionado, o euipamento seria capaz de dissipar os gases tóxicos que se propagam
42439274

pela sala durante as restaurações com amálgama, resina e outras substâncias?


R. Solicitado pelo Perito, não foram realizados pela Reclamada levantamentos
quantitativos de concentração desses e de outros agentes químicos naquele
ambiente.

6 - Há divisão de paredes isolando totalmente as cadeiras nas quais se realizam os


procedimentos cirúrgicos e de restauração que utilizam resinas, amálgamas e outras
substâncias tóxicas das cadeiras dos ortodontistas?
R. Não. Somente biombos.

7 – As cadeiras dos dentistas que efetuam colocação e manutenção de aparelhos


ortodônticos encontram-se lado a lado das cadeiras dos clínicos gerais que efetuam
cirurgias e reparações dentárias?
R. Sim. Em complemento, veja resposta ao quesito “1”, anterior.

8 - Qual a distância aproximada das cadeiras dos dentistas?


R. Cerca de dois metros.

9 – A disposição, isolamento e distância das cadeiras de tratamento existentes na


reclamada permitem níveis seguros de exposição aos gases e substâncias tóxicas
emitidos durante os tratamentos dentários?
R. Na avaliação do Perito, não.

10 – A máscara utilizada pelos profissionais é suficiente para anular os riscos de danos


que podem ser causados pelos gases e substâncias tóxicas emitidas nos tratamentos
realizados na clínica?
R. Tais máscaras (de Procedimentos) não são apropriadas para proteção contra
efeitos nocivos de agentes químicos.

11 – Alicates, brocas, fios de aço, instrumental e o condutor utilizados na colocação e


manutenção dos aparelhos ortodônticos podem causar perfurações acidentais com
sangramento no paciente?
R. Sim.

12 - Alicates, brocas, fios de aço, instrumental e o condutor utilizados na colocação e


manutenção dos aparelhos ortodônticos podem causar perfurações acidentais com
sangramento do dentista?
R. Sim.

13 – A utilização de luvas de látex impede totalmente o risco de ocorrência de


perfurações nas mãos do dentista?
R. Não.

14 – É possível a contaminação do dentista por doenças infectocontagiosas, tais como


HIV, hepatite, herpes e demais vírus no caso de haver perfurações no paciente e/ou
outros tipos de contato físico?
R. Sim.

15 – A utilização de touca, máscara e luvas de látex (uma vez que não havia
fornecimento de óculos aos profissionais) é suficiente para anular completamente o
risco de contágio dos dentistas no caso de perfurações no paciente e/ou outros tipos
de contato físico?
R. Não.

16 – Tanto no caso de respostas negativas quanto positivas aos presentes quesitos,


requer-se sejam aqueles sucedidos de esclarecimentos fundamentados na literatura e
doutrina da área.
R. Veja análise da Insalubridade nas atividades da Reclamante, no item 7, às fls.
4 e 5 do presente Laudo.
AUTORIA_PROT_PETICAO

17 - Requer-se que o Sr. Perito, com base nas respostas aos quesitos anteriores, informe

*339611*
se o ambiente da clínica reclamada é insalubre de acordo com os parâmetros da NR-
42439274

15 e seus anexos e demais legislação aplicável, bem como informe se havia risco de
contaminação da reclamante por perfurações com sangramento mesmo com o uso de
EPIs (exceto os óculos que não eram fornecido pela reclamada), justificando sua
conclusão.
R. Veja item 10, às fls. 11 do presente Laudo.

18 - Requer-se, mui respeitosamente, que o Sr. Perito preste quaisquer informações


adicionais que julgue pertinentes aos presentes quesitos.
R. Nada a acrescentar, além do contido no corpo do presente Laudo.

9. RESPOSTAS AOS QUESITOS FORMULADOS PELA RECLAMADA


(fls. 183 a 185 dos autos) – Transcritos como foram formulados.

a) Informe o Sr. Perito quais eram as atividades desenvolvidas pela Reclamante durante
o período em que prestou serviços à ré.
R. Veja item 5, às fls. 2 e 3 do presente Laudo.

b) Informe o Sr. Perito detalhadamente o local de trabalho e atividade exercida pela


autora.
R. Veja item 5, às fls. 2 e 3 do presente Laudo. Em complemento, veja fotos
ilustrativas nos anexos.

c) Informe o Sr. Perito quais são os agentes considerados insalubres no


desenvolvimento da atividade da Reclamante. Existe menção destes agentes no
Laudo?
R. Veja análise da Insalubridade nas atividades da Reclamante, no item 7, às fls.
4 e 5 do presente Laudo.

d) Informe o Sr. Perito qual a duração da jornada de trabalho da Reclamante.


R. Pelo apurado durante as diligências, era comum a Reclamante trabalhar das
09h:00min às 20h:00min, dois a três dias por semana.

e) Informe o Sr. Perito se eram realizadas pausas. Em caso positivo esclarecer se


ocorriam em caráter informal ou programado.
R. Sim, de acordo com o apurado durante as diligências. Não eram
programadas.

f) Informe o Sr. Perito qual a quantidade e duração dessas pausas durante a jornada de
trabalho.
R. Nada consta nos autos a respeito.

g) Informe o Sr. Perito qual o tempo de exposição ou a habitualidade dos agentes de


cada atividade da Reclamante.
R. Veja análise da Insalubridade nas atividades da Reclamante, no item 7, às fls.
4 e 5 do presente Laudo.

h) Informe o Sr. Perito se pela legislação vigente, o tempo descrito enquadra-se como
caracterizador de insalubridade no local do exercício da atividade.
R. Na avaliação do Perito, no caso de agentes biológicos, o tempo de exposição
não é fator preponderante para a ocorrência de algum contágio.

i) Informe o Sr. Perito no caso de agentes químicos mencionados no processo, quais as


concentrações encontradas na atividade mencionada pelo Reclamante.
R. Solicitado pelo Perito, a Reclamada informou não ter realizado qualquer
levantamento quantitativo dos agentes químicos presentes na composição dos
produtos de Dentistas, utilizados na Clínica.
*339611*
j) Informe Sr. Perito, se é necessária a utilização do EPI para os agentes químicos na
atividade da Reclamante.
R. Sim. Veja EPI utilizados pela Reclamante, no item 3, às fls. 3 do presente
Laudo.

k) Informe o Sr. Perito se a Reclamante recebia equipamentos de proteção. Quais foram


os equipamentos recebidos?
R. Veja item 6, às fls. 3 do presente Laudo.

l) Informe o Sr. Perito se os equipamentos de proteção utilizados atenuavam a


existência de eventual agente insalubre.
R. Na avaliação do Perito, no caso de Agentes Biológicos, os EPI servem apenas
para atenuar a exposição do trabalhador aos mesmos, não o protegendo
completamente.

m) Informe o Sr. Perito se é verdade que tanto o artigo 191 - II da CLT, quanto à alínea
“b” do ítem 15.4.1 da NR/15, da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e
Emprego determinam que “a eliminação ou neutralização da insalubridade deverá
ocorrer com a utilização de equipamento de proteção individual”.
R. Sim. Em complemento, veja resposta ao quesito “l”, anterior.

n) Informe o Sr. Perito se a ré fornecia EPI’s, e se a Reclamante possuía conhecimento


da utilização dos mesmos.
R. Sim. Em complemento, veja item 6, às fls. 3 do presente Laudo.

o) Informe o Sr. Perito se a Ré cumpria as normas de segurança e prevenção indicadas


na legislação e outras normas técnicas aplicáveis.
R. Trata-se de questão bastante abrangente, não cabendo a este Perito
responder. Em relação à Insalubridade nas atividades da Reclamante, veja item
7, às fls. 3 a 5 do presente Laudo.

p) Informe o Sr. Perito, com base nas respostas aos quesitos anteriores, se a Reclamante,
laborou em condições insalubres justificando a sua conclusão.
R. Veja item 10, às fls. 11 do presente Laudo.

q) Informe o Sr. Perito se havia atividade, considerada insalubre, nos termos dos Anexo
11, 12, 13 e 14 da NR-15.
R. Veja item 10, às fls. 11 do presente Laudo.

r) Se positiva a resposta anterior, queira informar se foi observada a manipulação de


agente relacionada no anexo 11 da NR-15 queira informar qual o agente.
R. Não. No momento da inspeção pericial, não havia trabalhos de Dentistas no
local.

s) Se positiva a resposta anterior do item “q”, queira informar se foi observado algum
agente relacionado no Anexo 12 e 13 da NR-15
R. Veja item 10, às fls. 11 do presente Laudo.

t) Queira informar a concentração dos agentes químicos manipulados pela Reclamante.


R. Solicitado pelo Perito, a Reclamada informou não ter realizado qualquer
levantamento quantitativo dos agentes químicos presentes na composição dos
produtos químicos manuseados pelos Dentistas, utilizados na Clínica.

u) Queira informar qual foi a metodologia utilizada para a coleta dos agentes químicos
manipulados pela Reclamante.
R. Prejudicado. Veja resposta ao quesito “t”, anterior.

v) Comparados os resultados da quantificação dos agentes químicos manipulados pela


Reclamante e quantificado em laboratório, esses resultados demonstram exposição
acima dos limites de tolerância?
R. Prejudicado. Veja resposta ao quesito “t”, anterior.
AUTORIA_PROT_PETICAO

w) Foi observada atividade relacionada a exposição a agentes biológicos, nos termos do


Anexo 14 da NR 15?
42439274

R. Veja item 10, às fls. 11 do presente Laudo.

x) Se positiva a resposta anterior, podemos considerar a atividade da Reclamante na


condição de insalubre nos termos do Anexo 14 da NR 15.
R. Veja item 10, às fls. 11 do presente Laudo.

y) Se positiva a resposta anterior, queira o Sr. Perito fundamentar a resposta com base
na literatura médica ou em artigos que concretizem cientificamente as analises
qualitativas apresentadas no Laudo Pericial.
R. Veja item 10, às fls. 11 do presente Laudo.

z) Preste o Sr. Perito as demais informações que considerar necessárias.


R. Nada a acrescentar, além do contido no corpo do presente Laudo.

10. PARECER TÉCNICO

De acordo com as informações constantes nos autos e mais aquelas


prestadas por ocasião das diligências, com o relato detalhado dos
procedimentos adotados pela Reclamante, na função de Cirurgiã Dentista, na
especialidade Ortodontia, trabalhando na Clínica Odontológica da
Reclamada, a serviço da mesma, de acordo com o contido no item 7, às fls. 3 a
5 do presente Laudo, poderiam estar presentes no ambiente onde trabalhava,
o produto químico Mercúrio, utilizado nas restaurações de Amálgama, e
também outros Agentes Químicos, que fazem parte da composição de alguns
medicamentos utilizados nos tratamentos odontológicos, não existindo
disponível para análise, segundo os representantes da Reclamada,
levantamentos quantitativos de concentração dos mesmos; e a Agentes
Biológicos, no atendimento aos pacientes da Clínica, que poderiam ser
portadores de doenças infecto-contagiosas, até mesmo sem que soubessem,
podendo a Reclamante ficar exposta a riscos de contato com agentes nocivos.
Assim, considerando-se os Anexos da Norma Regulamentadora nº 15 do
MTE, É O PARECER DO PERITO que FICA CARACTERIZADA A
INSALUBRIDADE EM GRAU MÉDIO (20%) NAS ATIVIDADES DA
RECLAMANTE, DEVIDO SUA EXPOSIÇÃO A AGENTES BIOLÓGICOS.
Caso reste comprovado nos autos que, à época da Reclamante, eram
realizadas restaurações de Amálgama, no mesmo ambiente onde ela
trabalhava, então ESTARIA CARACTERIZADA A INSALUBRIDADE EM
GRAU MÁXIMO (40%) EM SUAS ATIVIDADES, DEVIDO AO AGENTE
QUÍMICO MERCÚRIO, PREVALECENDO O DE MAIOR GRAU.

Nada mais tendo a relatar, o Perito subscreve o presente Laudo Pericial, o qual
se apresenta transcrito em 11 (onze) folhas timbradas, todas numeradas e assinadas
digitalmente, sendo a última datada, tudo na forma da lei. Ilustram o presente Laudo, 8
(oito) fotos, devidamente legendadas.

Curitiba-PR, 12 de setembro de 2015.

fulando detal,
Perito do Juízo – Cpf.

Você também pode gostar