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TEMPERADO
PÊSSEGO
PRUNUS PERSICA
INTRODUÇÃO
• O pessegueiro é uma planta conhecida e referenciada
a centenas de anos antes de Cristo.
• É nativo da China. Veio para o Brasil com as
expedições portuguesas, chegando a São Vicente por
Martin Afonso de Souza, em 1532.
• Hoje está presente nos estados do Sul, além de São
Paulo, Paraná e Minas Gerais.
• O principal estado produtor é o Rio Grande do Sul,
seguido de São Paulo, depois vem Santa Catarina,
depois Paraná e Minas Gerais.
• No Brasil, segundo relatos históricos, o pessegueiro foi
introduzido em 1532 por Martim Afonso de Souza, por meio
de mudas trazidas da Ilha da Madeira e plantadas em São
Vicente (no atual Estado de São Paulo).
• Porém somente a partir de 1950 passou a ter importância
econômica, sendo hoje amplamente cultivado, principalmente
nas regiões Sul e Sudeste.
• Segundo o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), o
abastecimento nacional de pêssego provém de cinco polos de
produção: Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina,
Minas Gerais e Paraná.
• O pessegueiro é umas das plantas frutíferas de clima
temperado que mais tem sido estudada e adaptada
para climas mais quentes ou subtropicais. Dessa
forma, hoje é encontrada em todos os continentes.
• Muitos estudos tem sido feitos em relação ao
melhoramento genético dessa espécie, e os programas
de melhoramento desenvolvidos no Brasil são
responsáveis por 90%das cultivares que são plantadas
no país.
• Os maiores responsáveis são o IAC (Campinas) e a
Embrapa Clima temperado (Pelotas –RS)
• Esses programas trouxeram muitas contribuições ao
cultivo do pessegueiro, pois modernizaram diversas
técnicas de cultivo e uma evolução importante é que
estendeu de 20 para 100 dias a época de colheita,
através da criação de cultivares diferentes, com
maturação precoce inclusive.
• Somente o estado do Rio Grande do Sul possui quase
15000 hectares de cultivo, e o estado de São Paulo é o
segundo maior produtor, com mais de 2000 hectares,
com a maior média produtiva (20 ton/ha).
• Em São Paulo temos a região de Taquaritinga e
Jaboticabal como destaques de produção.
• A produção tem aumentado muito em áreas mais
quentes, principalmente na região Sudeste – nos
estados de São Paulo e Minas Gerais, e bem menos
no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
• Também se verificou aumento no adensamento dos
plantios em diversas regiões.
• O potencial de mercado é grande, pois a produção
nacional ainda não supre a demanda interna.
• A região Sudeste tem boas condições para a produção
precoce, sendo possível colocar as frutas no mercado
antes de outras regiões, com preços melhores.
• A produção nacional, ocupa mais de 21 mil hectares,
movimenta R$ 400 milhões e gera mais de 2,5 milhões de
empregos diretos e indiretos anualmente, de acordo com a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Emater/RS).
Doçura
Doçura Charme
Delicioso precoce
Maravilha
Cultivares
• De polpa amarela:
• - Aurora: plantas vigorosas com baixa necessidade de
frio. Frutos grandes (entre 80 e 130 g). Polpa firme e
caroço aderente a polpa. Sabor doce com pouca acidez.
• - Ouromel: frutos de tamanho médio (entre 100 e 110 g).
Possui caroço solto, sabor da polpa bem agradável, com
brix em 14º.
• - Douradão: frutos grandes (160g), polpa firme,
medianamente suculenta, sem aderência do caroço, com
brix de 16º., e produção de até 65kg por planta.
Cultivares
• - Tropical: mais precoce, sendo colhidos desde o final
de agosto até outubro, baixa exigência em frio,
bastante produtivas, vigorosas, frutos de sabor doce-
ácido, com caroço meio solto, de tamanho médio
(80g), com brix em torno de 15º.
• - Dourado: maturação precoce, com brix em torno de
15º., polpa com sabor suave, e frutos de tamanho
médio, pesando em torno de 120g.
Cultivar Aurora
Aurora Ouromel
Douradão Dourado
Tropical Régis
Cultivares
• Algumas cultivares desenvolvidas mas recentemente
do Brasil:
• - BRS Reubenel
• - BRS Kampai
• - BRS Fascínio
• - BRS Regalo
• - BRS Libra
Kampai Libra
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• O pessegueiro aceita diversos tamanhos de
espaçamentos – que podem ser desde 4 x 2m até 7
x4m.
• Como é uma frutífera de clima temperado, o clima é o
fator mais importante para a escolha da área.
• Além do clima, o tipo de solo, a disponibilidade de
água, a facilidade de acesso aos centros
consumidores, terrenos com boa fertilidade, e evitar
áreas sujeitas a geadas e ventos fortes.
INSTALAÇÃO DO POMAR
• Escolha do terreno:
• O pessegueiro desenvolve-se melhor em solos profundos
(superior a 40 cm) e bem drenados, para permitir uma melhor
penetração das raízes. Evitar solos rasos, secos e mal
drenados;
• Evitar o replantio do pomar após a eliminação do pomar
anterior para impedir o ataque de doenças radiculares;
• Escolher terrenos planos com pouca declividade e exposto ao
sol, favorecendo uma maior absorção da radiação solar
permitindo mais fotossíntese, e para uma maior aptidão à
mecanização para aplicação de defensivos, transporte de
colheita e facilidade de acesso.
• Caso o terreno tenha >20% de declividade, optar em realizar
instalações com práticas conservacionistas evitando erosão,
como: plantio em curva de nível, terraços além de técnicas de
proteção de solo como adubação verde e cobertura morta.
• Quebra vento:
• Implantá-los antes do pomar, onde, o alinhamento das linhas de
plantio deve ser perpendicular as sentido dos ventos em forma de
L. Dispor as plantas em filas duplas ou triplas para oferecer maior
proteção às frutíferas, sendo o espaçamento recomendado de 1,0 x
1,0 m 2,0 x 2,0 m (entre plantas) e 5,0 a 10,0 m de distância do
pomar;
• As espécies mais recomendadas são: Pinus, Casuariana, Grevilha
Gigante, Plátano ou Álamo Piramidales.
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Para a implantação: amostras de solo, de
profundidades de 0 a 20 cm, de 20 a 40 cm, e de 40 a
60 cm, 3 a 4 meses antes
do plantio.
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Depois do preparo, fazer as correções e adubações
necessárias, com calcário, adubos a base de fósforo.
• Uma semana antes do plantio, abrir as covas com
dimensões de 60x60x60cm.
• A melhor época é na fase de repouso vegetativo.
• Os adubos orgânicos, fosfatados e potássicos devem
ser adicionados nessa cova pelo menos 30 dias antes
do plantio.
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• - o pH do solo deve estar em torno de 6,0 –
neutralizar os efeitos tóxicos do Alumínio e do
Manganês, e favorecer a absorção do Fósforo e do
Molibdênio.
• - o sistema radicular do pessegueiro encontra-se
distribuído da seguinte forma: cerca de 80% das
raízes finas encontram-se na profundidade de 0 a 50
cm e mais de 50% estão até 20 cm de profundidade.
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Antes do plantio, verificar se as raízes estão
enoveladas e fazer a limpeza dessas.
• Depois de plantadas, irrigar bem, e se possível fazer
uma cobertura em volta da muda para preservar essa
umidade.
• As adubações devem ser feitas todos os anos, desde a
formação das plantas até sua total produção (que se
dá normalmente bem equilibrada do 4º. Ano em
diante).
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Adubação de Plantio:
• Aplicar por cova:
2kg de esterco de curral, bem curtido;
1kg de calcário magnesiano;
200g de P2O5;
60 de K2O;
pelo menos 30 dias antes do plantio.
• Adubação de Crescimento:
Remoção da gema
Gema
Propagação
• 2-) No outono – enxertia de gema dormente:
• - o que difere da enxertia de gema ativa é a época em
que é feita:
• - ela é realizada no final do verão ou começo do
outono
• - a parte superior da planta só será eliminada após o
inverno.
Remoção do porta-enxerto acima da enxertia da cultivar copa
Propagação
• 3-) No inverno – Enxertia de garfagem:
• - esse método de enxertia é feito basicamente só no
inverno, e consiste no corte em V tanto do ramo que
formará a copa quanto do porta enxerto.
• - Essa união deverá ser a melhor possível para que os
câmbios tenham contato.
• - nesse tipo de enxerto, há uma possibilidade maior
de ocorrência e transmissão de gomose, e rende
menos do que os outros métodos de enxertia.
• Transportar as mudas do viveiro para o plantio, em
um menor intervalo possível. Durante esse período,
deve-se manter as mudas umedecidas e em local
sombreado com as raízes em areia úmida.
• A época mais adequada para o transplantio é quando
as mudas encontram-se em repouso vegetativo.
Normalmente, o transplantio ocorre entre julho e
agosto.
• Não se recomenda a abertura de covas para o plantio
em substituição ao preparo do solo (subsolagem,
aração e gradagem), pois isso limita o
desenvolvimento das raízes, e por consequência, das
plantas.
• Com relação ao espaçamento, o pomar poderá ser
mais ou menos adensado.
• Quanto mais adensado, maior será a necessidade de
mão de obra e cuidados fitossanitários.
• Em pomares adensados, se usa o espaçamento de 6 ou
5 x 1,5 e nos mais largos 6 x 4m.
• Esses espaçamentos são definidos de acordo com o
sistema de condução que será utilizado: V ou Y para
os mais adensados e em taça ou vaso para os mais
abertos.
Sistemas de condução
• O sistema de condução a ser adotado é diretamente
relacionado com o adensamento ou espaçamento
utilizado.