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FRUTÍFERAS DE CLIMA

TEMPERADO

PÊSSEGO
PRUNUS PERSICA
INTRODUÇÃO
• O pessegueiro é uma planta conhecida e referenciada
a centenas de anos antes de Cristo.
• É nativo da China. Veio para o Brasil com as
expedições portuguesas, chegando a São Vicente por
Martin Afonso de Souza, em 1532.
• Hoje está presente nos estados do Sul, além de São
Paulo, Paraná e Minas Gerais.
• O principal estado produtor é o Rio Grande do Sul,
seguido de São Paulo, depois vem Santa Catarina,
depois Paraná e Minas Gerais.
• No Brasil, segundo relatos históricos, o pessegueiro foi
introduzido em 1532 por Martim Afonso de Souza, por meio
de mudas trazidas da Ilha da Madeira e plantadas em São
Vicente (no atual Estado de São Paulo).
• Porém somente a partir de 1950 passou a ter importância
econômica, sendo hoje amplamente cultivado, principalmente
nas regiões Sul e Sudeste.
• Segundo o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), o
abastecimento nacional de pêssego provém de cinco polos de
produção: Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina,
Minas Gerais e Paraná.
• O pessegueiro é umas das plantas frutíferas de clima
temperado que mais tem sido estudada e adaptada
para climas mais quentes ou subtropicais. Dessa
forma, hoje é encontrada em todos os continentes.
• Muitos estudos tem sido feitos em relação ao
melhoramento genético dessa espécie, e os programas
de melhoramento desenvolvidos no Brasil são
responsáveis por 90%das cultivares que são plantadas
no país.
• Os maiores responsáveis são o IAC (Campinas) e a
Embrapa Clima temperado (Pelotas –RS)
• Esses programas trouxeram muitas contribuições ao
cultivo do pessegueiro, pois modernizaram diversas
técnicas de cultivo e uma evolução importante é que
estendeu de 20 para 100 dias a época de colheita,
através da criação de cultivares diferentes, com
maturação precoce inclusive.
• Somente o estado do Rio Grande do Sul possui quase
15000 hectares de cultivo, e o estado de São Paulo é o
segundo maior produtor, com mais de 2000 hectares,
com a maior média produtiva (20 ton/ha).
• Em São Paulo temos a região de Taquaritinga e
Jaboticabal como destaques de produção.
• A produção tem aumentado muito em áreas mais
quentes, principalmente na região Sudeste – nos
estados de São Paulo e Minas Gerais, e bem menos
no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
• Também se verificou aumento no adensamento dos
plantios em diversas regiões.
• O potencial de mercado é grande, pois a produção
nacional ainda não supre a demanda interna.
• A região Sudeste tem boas condições para a produção
precoce, sendo possível colocar as frutas no mercado
antes de outras regiões, com preços melhores.
• A produção nacional, ocupa mais de 21 mil hectares,
movimenta R$ 400 milhões e gera mais de 2,5 milhões de
empregos diretos e indiretos anualmente, de acordo com a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Emater/RS).

• Alem da produção nacional, na entressafra são


consumidos pêssegos importados de países como,
Espanha, Argentina e Chile.

• Seu cultivo comercial no Brasil começou há menos de 30


anos.
VALOR ALIMENTAR
• O pêssego, quando comparado a outros frutos, quanto
ao aspecto nutricional, apresenta altos valores de K,
Mg e das vitaminas A, B2 e PP (niacina). Mas,
entretanto, tem valores reduzidos de Ca e vitamina C.
• A ingestão dos frutos auxilia no funcionamento dos
órgãos digestivos e é também indispensável para uma
boa formação do corpo humano (ossos, dentes e
sangue).
Classificação botânica
• Nome da fruta – Pêssego
• Nome científico – Prunus persica (L.) Batsch
• Família – Rosaceae
• Sub-família – Pronuideae
• Gênero – Prunus
Classificação botânica
• A espécie é dividida em 3 variedades botânicas:
• - vulgaris: inclui a maioria das espécies exploradas
comercialmente, tanto para consumo in natura ou
para conservas, podendo ter polpa branca ou amarela,
e apresentam pilosidades na epiderme.
• - nucipersica: possui frutas sem pilosidades, ou seja,
glabras, mais avermelhadas e são conhecidas como
nectarinas.
• - platycarpa: produz frutos achatados e no Brasil não
são explorados comercialmente.
Prunus pérsica –
variedade vulgaris
Prunus pérsica -
variedade nucipersica
Prunus pérsica –
variedade platycarpa
Descrição da planta
• Árvore geralmente de até 8 metros de altura. Folhas
simples, alternas, lanceoladas, serreadas, glabras.
Flores vistosas, arroxeadas.
• Fruto do pessegueiro – O pêssego é um fruto tipo
drupa, globoso, casca recoberta por uma pilosidade
esbranquiçada, de coloração amarelo-avermelhada.
• Polpa comestível, suculenta, carnosa, adocicada,
envolvendo uma semente.
Descrição da planta
• O pessegueiro tem raízes, inicialmente, pivotantes;
posteriormente elas se ramificam lateralmente, tornando-
se numerosas, extensas, podendo ultrapassar a projeção
da copa, e pouco profundas.
• São de coloração alaranjada e possuem lenticelas bem
evidentes.
• O aprofundamento do sistema radicular depende,
sobretudo, da aeração do solo, mas não se aprofundam
muito.
Descrição da planta
• A zona radicular vai além da projeção da copa, e em
solos bem drenados, profundos e arejados, as raízes
se distribuem entre 20 e 80 cm de profundidade.
Essas raízes são sensíveis à presença de raízes de
outras espécies ou até de pessegueiros vizinhos e não
invadem o terreno da planta ao lado.
• As raízes liberam substâncias alopáticas inibidoras do
crescimento de raízes de sua própria espécie.
CARACTERIZAÇÃO BOTÂNICA
• O pessegueiro (Prunus persicae) é uma árvore de
porte médio, com folhas caducas, compridas,
estreitas, de coloração verde-clara.
• As flores são completas, de coloração rosada,
solitárias ou agrupadas.
• Pertence a família Rosaceae.
• A espécie vulgaris é a do pêssego comum, que são
oriundas da raça persa ou européia, de frutos grandes,
de polpa amarela, livre e sucosa.
CARACTERIZAÇÃO BOTÂNICA
• Há também cultivares da raça do norte da China, que
são de polpa amarela, firme e de caroço aderente e as
da raça do sul da China, de polpa branca, doce e
sucosa, sendo a planta adaptada a climas de inverno
mais ameno.
• Quando o pessegueiro cresce livremente, assume a
forma globosa, com até 6 metros de diâmetro e pode
atingir de 8 a 10 m de altura.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• A planta apresenta variabilidade genética em relação:
- ao porte – que pode ser muito pequeno ou anão,
pequeno, médio, grande ou muito grande.
- ao vigor: que pode ser fraco, médio ou forte.
- Ao hábito de crescimento: vertical, semivertical,
aberto ou pendente (chorão).
- Em plantas propagadas por sementes, as raízes a
princípio são pivotantes, e depois se ramificam
lateralmente, ficando mais numerosas, extensas e
pouco profundas.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• Os frutos podem ser de cor amarelo claro até o
alaranjado e sobre essa coloração de fundo, uma
coloração de rósea a vermelha.
• As folhas dos pessegueiros são oblongas, lanceoladas
e distribuídas alternadamente, com largura de 40 a 50
mm e comprimento entre 140 e 180 mm.
• As margens das folhas são normalmente serrilhadas.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• São normalmente verdes durante o período de
crescimento.
• A coloração amarela que a folha adquire no outono
tem relação com a cor da polpa do fruto – se for fruto
com polpa amarela, as folhas adquirem coloração que
varia de amarelo-intenso a alaranjada, e os frutos de
polpa branca, as folhas adquirem uma coloração
amarelo clara.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• Os ramos brotados são verdes e vão passando para a
coloração marrom conforme envelhecem.
• A frutificação ocorre nos ramos do ano anterior –
quer dizer, nos ramos que brotaram no ciclo anterior
de produção.
• As gemas inicialmente são vegetativas e essa
diferenciação ocorre entre a metade e o final do
verão.
• As gemas vegetativas são pequenas e cobertas por
uma leve camada de pelos.
Ramos mistos com gemas vegetativas e floríferas
Gemas
vegetativas
Gemas
floríferas
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• As gemas floríferas são maiores, mais inchadas e
cobertas por uma densa camada de pelos.
• As gemas floríferas possuem menor requerimento em
horas de frio quando comparadas as gemas
vegetativas, por isso que o pessegueiro floresce antes
que as folhas comecem a aparecer.
• O pessegueiro inicia a sua produção a partir do
segundo-terceiro ano, podendo ir até o 25º.ano
• As flores são auto-férteis, com elevada taxa de
germinação de grãos de pólen.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• O florescimento acontece de meados de julho a final
de agosto, dependendo da variedade e da exigência
quanto ao frio hibernal. Variedades pouco exigentes
vão florescer mais rapidamente do que as mais
exigentes.
• A gema florífera contém em geral, uma só flor, mas
em casos raros, pode apresentar até duas flores. São
comumente formadas em ramos de um ano, mas
podem se formar também em esporões.
• As gemas de flor podem estar separadas das de lenho
ou juntas, no mesmo nó.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• É muito frequente a presença de uma gema vegetativa
central, ladeada por duas gemas de flor.
Pode ocorrer, também, o aparecimento de três gemas
de flor no mesmo nó, mas menos frequente é o
aparecimento de quatro ou, raramente, mais de quatro
por nó.
• Usualmente, as partes basal e terminal dos ramos são
menos floríferas.
Gema vegetativa central – ao lado 2 gemas floríferas em formação
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• As flores do pessegueiro são perfeitas, completas,
perígenas e, geralmente com um único pistilo, embora
alguns clones ornamentais tenham pétalas e pistilos
múltiplos
• A corola pode ser do tipo rosácea ou campanulada,
segundo a forma e
dimensão das pétalas.
Órgãos florais
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
- O cálice está inserido abaixo do ovário, e persiste
somente após certo período depois da fecundação,
depois cai.
- O pêssego é uma típica drupa com uma fina
epiderme, um mesocarpo carnudo (a polpa) que pode
ser aderente, livre ou semi-
livre do endocarpo duro
(caroço).
Partes do fruto
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• O crescimento dos frutos segue uma curva sigmoidal,
com crescimento rápido na primeira fase, depois uma
fase de crescimento muito lento, e, finalmente, uma
segunda fase de crescimento rápido, por ocasião do
inchamento do fruto.
• É na fase de crescimento lento que se dá o
endurecimento do endocarpo (caroço).
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• O que difere as cultivares precoces das de maturação
tardia é que, nas primeiras, o período de crescimento
lento é mínimo.
• Em relação aos frutos, o crescimento deles passa por
fases distintas: na primeira fase há uma multiplicação
celular muito rápida. A outra fase de crescimento é
bem lenta e a última volta a ser rápida – que é quando
acontece o inchamento do fruto.
• O fruto tem uma epiderme aveludada e aroma
delicado, recoberto por pelos.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• A casca do fruto tem variação de cores: verde-clara,
passando para creme ou amarelo, laranja até
vermelho escura. A cor da polpa pode ter variações de
coloração: desde branca, passando por amarelo
esverdeada, amarelo escura, alaranjada até vermelha.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• Os frutos podem ser muito pequenos, pequenos,
médios, grandes ou muito grandes.
• Tanto a forma (elíptica, oval, redonda, mais ou menos
esférica), quanto o tamanho dos frutos dependem das
características genéticas, fatores ambientais (clima,
fertilidade do solo) e fisiológicos (densidade de frutos
por planta).
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• A polpa pode ser firme ou macia, mais ou menos
fibrosa, e essas características são utilizadas como
critérios na avalição da qualidade dos frutos, que
interferem na conservação e na resistência dos
mesmos ao transporte e ao ataque de microrganismos.
• O caroço pode estar solto ou preso a polpa, possuindo
tamanho variado.
MORFOLOGIA DO PESSEGUEIRO
• Todos os anos, após o período de produção de frutos,
as plantas do pessegueiro vegetam por mais alguns
meses para acumular reservas nutritivas. Como é uma
planta caducifólia, as plantas entram em repouso
vegetativo durante o período de inverno, quando
ocorre a queda das folhas.
• O novo ciclo recomeça com a brotação em plantas
novas e explosão de flores nas plantas em fase
reprodutiva.
• A temperatura é o fator climático responsável pela
expansão ou não da cultura.
• Como outras frutíferas de clima temperado, o
pessegueiro entra em dormência após o ciclo
vegetativo.
• Para que a dormência seja rompida, é preciso que
haja um certo período com baixas temperaturas,
abaixo de 7,2ºC.
• Essa exigência varia de 100 a 1200 horas de frio por
ano para florescer.
Classificação da necessidade de frio em cultivares de pessegueiro

Classificação quanto a necessidade de Unidades de frio (<7,2 oC)


frio
Baixa < 250
Baixa – Moderada >250 < 400
Moderada >400 <700
Moderada – Alta >700 <900
Alta >900
• O frio tem dupla função sobre o mecanismo de
dormência para plantas de clima temperado.
• A redução da temperatura e do fotoperíodo estimula a
folha a produzir inibidores, o que induz a entrada em
dormência, e leva a queda das folhas.
• Caindo as folhas, cessa a produção de inibidores, que
passam a sofrer os efeitos das baixas temperaturas, o
que leva a saída dessa dormência, permitindo a
brotação.
• No final do repouso, ocorre a retomada do
crescimento dos órgãos florais, com a abertura das
gemas florais e vegetativas.
• Quando as necessidades de frio estão supridas, a
planta também precisa de calor para brotar e
florescer, e essa necessidade depende da cultivar.
• A partir desse florescimento e brotação, começa outra
fase de intenso crescimento vegetativo dos ramos.
• A emissão de flores ocorre antes da brotação
geralmente.
• Com a polinização e fertilização do óvulo, o ovário
começa a aumentar de tamanho, marcando o início do
crescimento e desenvolvimento da fruta.
• A duração do período entre o florescimento e a
maturação dos frutos pode variar entre 60 e 200 dias.
• O IAC classifica as cultivares de acordo com a
duração desse ciclo
Classificação de cultivares de pessegueiro em relação ao ciclo compreendido
do florescimento até a colheita

Classificação Ciclo (dias) Colheita


Ultra precoce < 74 Agosto
Bem precoce 75 – 90 Setembro/Outubro
Precoce 91 – 120 Outubro
Mediana 121 – 150 Novembro/Dezembro
Tardia 151 - 180 Dezembro/Janeiro
CARACTERIZAÇÃO BOTÂNICA
• As plantas de pessegueiro preferem solos profundos,
permeáveis, bem drenados, de textura areno-argilosa
e relativamente férteis.
• O pessegueiro, é extremamente sensível ao
encharcamento do solo, o que pode causar a morte de
alguns ramos ou até mesmo da planta inteira.
CULTIVARES
• É um dos fatores mais importantes no sistema de
produção.
• É um dos fatores que podem ser mudados sem que se
altere o custo de implantação do pomar, pois esse será
o mesmo, seja para cultivares boas produtoras, de
frutos de boa qualidade e com boa resistência a
pragas e doenças quanto para cultivares que não
tenham essas características.
• O que mudará com certeza será o retorno econômico.
Cultivares
• A escolha da cultivar é extremamente importante, pois
dela depende o seu sucesso, visto que ela deverá ser bem
adaptada as condições climáticas, produtora de frutos de
boa qualidade, com boa resistência a doenças e que se
adapte ao sistema de manejo cultural em regiões com
pouco frio e verões mais quentes.
• O porta enxerto também deverá ter várias boas
características, como ser de fácil obtenção, adaptado as
condições climáticas locais, boa resistência a pragas e
doenças de solo, ter afinidade com a copa, ser eficiente na
produção de frutos de qualidade, na absorção de água e
nutrientes e proporcionar uma boa longevidade ao pomar.
CULTIVARES
• Entre as mais cultivadas:
• De polpa branca:
• - Jóia: precoce (meados de outubro – novembro), muito
produtiva, de baixo requerimento em frio, polpa
extremamente saborosa, caroço solto, pesando 100g +-,
com brix de 14º.
• - Doçura: precoce também, caroço solto, brix de +- 14º.,
polpa macia, suculenta, e sabor doce-acidulado.
• - Charme: baixa exigência em frio (300 horas), com
epiderme muito colorida e atrativa, sabor doce, podendo
as vezes ser amargo. Frutos de tamanho médio (80 a
105g), com brix entre 13 e 14º. Plantas bastante
produtivas.
Cultivares
• - Delicioso precoce: frutos grandes (130g), com
caroço solto, e 13º.brix. Florescimento tardio e
colheita precoce.
• - Maravilha: frutos pequenos (70 a 80g), com caroço
preso e brix de 8º.
Cultivar Jóia
Jóia

Doçura

Doçura Charme
Delicioso precoce

Maravilha
Cultivares
• De polpa amarela:
• - Aurora: plantas vigorosas com baixa necessidade de
frio. Frutos grandes (entre 80 e 130 g). Polpa firme e
caroço aderente a polpa. Sabor doce com pouca acidez.
• - Ouromel: frutos de tamanho médio (entre 100 e 110 g).
Possui caroço solto, sabor da polpa bem agradável, com
brix em 14º.
• - Douradão: frutos grandes (160g), polpa firme,
medianamente suculenta, sem aderência do caroço, com
brix de 16º., e produção de até 65kg por planta.
Cultivares
• - Tropical: mais precoce, sendo colhidos desde o final
de agosto até outubro, baixa exigência em frio,
bastante produtivas, vigorosas, frutos de sabor doce-
ácido, com caroço meio solto, de tamanho médio
(80g), com brix em torno de 15º.
• - Dourado: maturação precoce, com brix em torno de
15º., polpa com sabor suave, e frutos de tamanho
médio, pesando em torno de 120g.
Cultivar Aurora
Aurora Ouromel

Douradão Dourado

Tropical Régis
Cultivares
• Algumas cultivares desenvolvidas mas recentemente
do Brasil:
• - BRS Reubenel
• - BRS Kampai
• - BRS Fascínio
• - BRS Regalo
• - BRS Libra
Kampai Libra
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• O pessegueiro aceita diversos tamanhos de
espaçamentos – que podem ser desde 4 x 2m até 7
x4m.
• Como é uma frutífera de clima temperado, o clima é o
fator mais importante para a escolha da área.
• Além do clima, o tipo de solo, a disponibilidade de
água, a facilidade de acesso aos centros
consumidores, terrenos com boa fertilidade, e evitar
áreas sujeitas a geadas e ventos fortes.
INSTALAÇÃO DO POMAR
• Escolha do terreno:
• O pessegueiro desenvolve-se melhor em solos profundos
(superior a 40 cm) e bem drenados, para permitir uma melhor
penetração das raízes. Evitar solos rasos, secos e mal
drenados;
• Evitar o replantio do pomar após a eliminação do pomar
anterior para impedir o ataque de doenças radiculares;
• Escolher terrenos planos com pouca declividade e exposto ao
sol, favorecendo uma maior absorção da radiação solar
permitindo mais fotossíntese, e para uma maior aptidão à
mecanização para aplicação de defensivos, transporte de
colheita e facilidade de acesso.
• Caso o terreno tenha >20% de declividade, optar em realizar
instalações com práticas conservacionistas evitando erosão,
como: plantio em curva de nível, terraços além de técnicas de
proteção de solo como adubação verde e cobertura morta.
• Quebra vento:
• Implantá-los antes do pomar, onde, o alinhamento das linhas de
plantio deve ser perpendicular as sentido dos ventos em forma de
L. Dispor as plantas em filas duplas ou triplas para oferecer maior
proteção às frutíferas, sendo o espaçamento recomendado de 1,0 x
1,0 m 2,0 x 2,0 m (entre plantas) e 5,0 a 10,0 m de distância do
pomar;
• As espécies mais recomendadas são: Pinus, Casuariana, Grevilha
Gigante, Plátano ou Álamo Piramidales.
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Para a implantação: amostras de solo, de
profundidades de 0 a 20 cm, de 20 a 40 cm, e de 40 a
60 cm, 3 a 4 meses antes
do plantio.
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Depois do preparo, fazer as correções e adubações
necessárias, com calcário, adubos a base de fósforo.
• Uma semana antes do plantio, abrir as covas com
dimensões de 60x60x60cm.
• A melhor época é na fase de repouso vegetativo.
• Os adubos orgânicos, fosfatados e potássicos devem
ser adicionados nessa cova pelo menos 30 dias antes
do plantio.
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• - o pH do solo deve estar em torno de 6,0 –
neutralizar os efeitos tóxicos do Alumínio e do
Manganês, e favorecer a absorção do Fósforo e do
Molibdênio.
• - o sistema radicular do pessegueiro encontra-se
distribuído da seguinte forma: cerca de 80% das
raízes finas encontram-se na profundidade de 0 a 50
cm e mais de 50% estão até 20 cm de profundidade.
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Antes do plantio, verificar se as raízes estão
enoveladas e fazer a limpeza dessas.
• Depois de plantadas, irrigar bem, e se possível fazer
uma cobertura em volta da muda para preservar essa
umidade.
• As adubações devem ser feitas todos os anos, desde a
formação das plantas até sua total produção (que se
dá normalmente bem equilibrada do 4º. Ano em
diante).
PLANEJAMENTO E
IMPLANTAÇÃO DO POMAR
• Adubação de Plantio:
• Aplicar por cova:
 2kg de esterco de curral, bem curtido;
 1kg de calcário magnesiano;
 200g de P2O5;
 60 de K2O;
 pelo menos 30 dias antes do plantio.
• Adubação de Crescimento:

 Complementar a adubação de correção e suprir as


plantas durante a fase sem produção de frutos.

 Utiliza-se esterco e/ou fertilizantes químicos à base


de nitrogênio e micronutrientes.

 A época de realização dessa operação é durante o


plantio e até os dois a três primeiros anos.
Tipos de Adubação

• De correção, efetuada antes do plantio;

• De crescimento, realizada durante a fase de crescimento


das mudas (durante os dois a três primeiros anos);

• De manutenção, realizada durante a vida produtiva da


planta - Tem a finalidade de repor os nutrientes que são
exportados pelos frutos. A recomendação é feita na
expectativa da produtividade a ser alcançada.
• Cobertura de proteção:
• Durante os dois primeiros anos de cultivo do pessegueiro pode
usar uma cultura anual nas entrelinhas do pessegueiro,
permitindo a cobertura do solo enquanto o pessegueiro cresce.
A partir do 3º ano do plantio não é mais recomendável a
cultura intercalar.
• A cobertura verde no pomar com gramíneas e/ou leguminosas
de outono-inverno auxilia: no controle de ervas daninhas,
mantém ou aumenta o teor de matéria orgânica do solo e
diminui o estresse hídrico nas primaveras e verões secos.
- Roçada ou dessecamento: O produtor deve deixar as
plantas vegetando durante o maior tempo possível,
mas tendo cuidado com a competição entre as
plantas de cobertura e o pessegueiro. A roçada ou
dessecamento é feita com roçadeira ou herbicida
sistêmico (glifosato ou similar).
- Para a cobertura verde podem ser usadas várias
espécies como: aveia preta, ervilhaca, azevém, nabo
forrageiro, trevo, tremoço, entre outras.
Propagação
• Mudas:
• O pessegueiro pode ser propagado por diversos métodos,
comercialmente, a obtenção de mudas é totalmente feita pela
enxertia da cultivar produtora sobre um porta-enxerto
proveniente de sementes;
• Para a obtenção do porta-enxerto deve-se coletar a semente e
prepará-la para o plantio, eliminando resquícios de polpa.
• Essas sementes não germinam imediatamente após a retirada
dos frutos, pois apresentam dormência.
• Por isso, as sementes devem ser estratificadas.
• Para isso, elas devem ser colocadas em ambiente frio e úmido
para quebrar a dormência.
Propagação
• Esse ambiente pode ser a geladeira, a 5º.C
• - como as sementes estão dentro do caroço, essa
estratificação pode ser feita com as sementes dentro
ou fora do caroço. Com o caroço, elas demoram mais
para germinar.
• Então, o mais frequente é quebrar o caroço, tirar a
semente, desinfectá-la com fungicida e colocar as
sementes entre folhas de papel que retenham
umidade. Depois elas devem ser colocadas em sacos
plásticos e colocadas em geladeira por até 40 dias.
Propagação
Entre 25 e 40 dias essas sementes começam a germinar.
As sementes recém germinadas podem ser colocadas em
sacos plásticos, de uns 30 cm de profundidade, onde poderão
ficar por bastante tempo...
O transplante para o viveiro é efetuado de 2 a 4 meses após a
semeadura, com 5 a 10cm. A enxertia pode ocorrer após 5
meses da germinação.
As plantas porta-enxerto são conduzidas em haste única, e
devem ser retiradas brotações que surjam.
Propagação
• Para a formação da copa, a enxertia pode ser feita em
3 épocas distintas do ano, com técnicas diferentes.
• 1-) No fim da primavera – enxertia de gema ativa:
• - realizada nos meses de novembro-dezembro,
quando se selecionam ramos vigorosos e sadios, de
onde serão retiradas as gemas. Essa gemas serão
inseridas no porta enxerto, na forma do corte de T
normal ou invertido, e posteriormente se faz a
amarração com fita plástica, protegendo a área de
enxertia.
• - depois de +- 30 dias já se pode retirar a fita plástica
e cortar a parte de cima de onde foi feito o enxerto.
Corte em T para colocação Abertura
da gema da
incisão

Remoção da gema
Gema
Propagação
• 2-) No outono – enxertia de gema dormente:
• - o que difere da enxertia de gema ativa é a época em
que é feita:
• - ela é realizada no final do verão ou começo do
outono
• - a parte superior da planta só será eliminada após o
inverno.
Remoção do porta-enxerto acima da enxertia da cultivar copa
Propagação
• 3-) No inverno – Enxertia de garfagem:
• - esse método de enxertia é feito basicamente só no
inverno, e consiste no corte em V tanto do ramo que
formará a copa quanto do porta enxerto.
• - Essa união deverá ser a melhor possível para que os
câmbios tenham contato.
• - nesse tipo de enxerto, há uma possibilidade maior
de ocorrência e transmissão de gomose, e rende
menos do que os outros métodos de enxertia.
• Transportar as mudas do viveiro para o plantio, em
um menor intervalo possível. Durante esse período,
deve-se manter as mudas umedecidas e em local
sombreado com as raízes em areia úmida.
• A época mais adequada para o transplantio é quando
as mudas encontram-se em repouso vegetativo.
Normalmente, o transplantio ocorre entre julho e
agosto.
• Não se recomenda a abertura de covas para o plantio
em substituição ao preparo do solo (subsolagem,
aração e gradagem), pois isso limita o
desenvolvimento das raízes, e por consequência, das
plantas.
• Com relação ao espaçamento, o pomar poderá ser
mais ou menos adensado.
• Quanto mais adensado, maior será a necessidade de
mão de obra e cuidados fitossanitários.
• Em pomares adensados, se usa o espaçamento de 6 ou
5 x 1,5 e nos mais largos 6 x 4m.
• Esses espaçamentos são definidos de acordo com o
sistema de condução que será utilizado: V ou Y para
os mais adensados e em taça ou vaso para os mais
abertos.
Sistemas de condução
• O sistema de condução a ser adotado é diretamente
relacionado com o adensamento ou espaçamento
utilizado.

• Podem –se encontrar os mais variados tipos de condução


em plantas de pessegueiro em cultivos comerciais pelo
Brasil, podendo ser livres ou apoiados.

• Os principais são a condução em taça ou vaso aberto, em


"Y", em líder central.
CONDUÇÃO DAS PLANTAS
• O pessegueiro também necessita de podas anuais para
a produção de bons frutos e a regularização da
produção.
• Poda de Formação: essa poda visa orientar a
formação da copa e para sustentar futuras produções.
Ela deve ser realizada em 1ou 2 anos, para a
formação de um dos 3 tipos de copa: taça aberta, vaso
moderno Y e líder central ( a taça aberta é a mais
usada).
• O sistema de condução em “taça” ou “vaso aberto”,
conduzido mais na Serra Gaúcha, tem a vantagem de
executar todas as operações de manejo sem o uso de
escadas devido à sua forma baixa, além de possibilitar
elevada produtividade, boa insolação da copa e dos
frutos. Como nas regiões produtoras de pêssego do
Brasil, mesmo nas subtropicais, o verão é quente e
ensolarado, ocorre muita escaldadura nesses ramos
devido à radiação solar direta, diminuindo a
longevidade da planta;
• Esse sistema caracteriza-se pela condução da copa com 4 a 6
ramos primários ou pernadas, sobre os quais localizam-se os
ramos produtivos. Os ramos primários são emitidos a partir de
pontos do tronco próximos entre si, localizados a cerca de 30 a
50 cm do solo.
• A distribuição uniforme das pernadas em diversas direções e o
pequeno tamanho e diâmetro dos ramos produtivos permite
uma elevada insolação de toda a copa, bem como uma alta
capacidade de produção por planta, além de favorecer a
exposição e qualidade dos frutos.
• Normalmente, utilizam-se espaçamentos em torno de 4,5 a 6
metros entre linhas e entre 2,5 a 4 metros na linha de plantio,
originando-se densidades compreendidas entre 417 a 888
plantas por hectare
Sistema de condução em taça
Crescimento livre das
pernadas escolhidas no
primeiro ano de cultivo
após o plantio
Primeiro arqueamento
dos ramos, realizado no
final do inverno
Ramos (pernadas)
arqueadas em 45º , e
depois crescimento
na vertical
Segundo
arqueamento
dos ramos,
feito antes da
primavera
Condução em V ou Y
Sistema de condução em Y ou V
CONDUÇÃO DAS PLANTAS
• Poda de frutificação: essa é feita quando as plantas
estão entrando em fase de produção.
• Ela é necessária porque o pessegueiro só frutifica em
ramos novos.
• Essa poda deve ser feita na época do inchamento das
gemas, que ocorre no inverno. Nessa época também
se eliminam ramos doentes, quebrados, mal
posicionados. Depois se deve encurtar os ramos que
já produziram, visando a renovação dos ramos para a
produção do ano seguinte.
CONDUÇÃO DAS PLANTAS
• Poda de Encurtamento: essa poda busca encurtar os
ramos que irão permanecer na planta. Deve ser feita
no final do inverno, quando as gemas floríferas
estiverem inchadas ou com as primeiras flores já
aparecendo.
• Poda de recuperação: essa poda consiste em recuperar
os ramos básicos das plantas já formadas ou velhas e
assim renovar a copa. É feita uma poda drástica no
inverno, deixando os ramos primários com +- 50 cm.
Depois da poda, os novos ramos vão brotar e deverão
ser conduzidos para formar a nova copa.
CONDUÇÃO DAS PLANTAS
• Quebra de dormência: a dormência é caracterizada
por fatores genéticos e ambientais (como temperatura,
fotoperíodo, luminosidade, nutrientes e água).
• Ela é quebrada logo que se inicia a brotação, após um
certo número de horas com temperatura abaixo de
7,2ºC.
• As plantas respondem a dormência perdendo as
folhas e diminuindo a taxa respiratória.
• Em locais onde as horas de frio não são suficientes
para quebrar a dormência, se usam produtos
químicos.
CONDUÇÃO DAS PLANTAS
• Raleio dos frutos: essa operação visa aumentar o
tamanho médio dos frutos, melhorando a qualidade,
evitando alternância de produção e quebra de ramos
pelo excesso de frutos.
• Normalmente são necessário 30 a 40 folhas para cada
fruto.
• Esse raleio é feito de 5 a 8 semanas após a plena
floração, depois da queda natural dos frutinhos
(quando eles tem de 1,5 a 2,0 cm de diâmetro).
Fruto com problemas na fertilização e polinizado adequadamente

Frutos antes e após o raleio manual


Os objetivos do raleio são:
• aumentar o tamanho, a qualidade e a coloração dos frutos.
Com o raleio, a competição entre frutos é reduzida,
favorecendo o seu crescimento. Cada fruto necessita em
torno de 30 a 40 folhas para a sua adequada formação e
crescimento.
• reduzir o custo de colheita, devido à menor quantidade de
frutos a serem colhidos.
• evitar quebra de ramos pelo peso excessivo.
• padronizar a qualidade dos frutos na colheita, pela
eliminação de frutos danificados por pragas ou doenças
ou com algum defeito.
• manter equilíbrio entre a vegetação e a frutificação da
planta.
Frutos retirados no raleio
CONDUÇÃO DAS PLANTAS
• O controle das plantas daninhas poderá ser feito
através de capinas manuais ou uso de herbicidas, com
o cuidado que os produtos não atinjam as plantas.
• Nas linhas, as plantas daninhas devem ser eliminadas,
pelo uso de enxada ou herbicida e nas entrelinhas
devem ser feitas roçadas, mantendo o mato com
altura de 20 cm.
• A irrigação é muito importante quando se quer
produzir frutos de boa qualidade e alta produção.
CONDUÇÃO DAS PLANTAS
• A exigência de água é de mais de 6 mm por dia na
primavera e até 8 mm por dia no verão.
• As fases de maior exigência são os períodos de
diferenciação das gemas, no período brotação-
floração e na última fase de crescimento dos frutos.
• Vale lembrar que o pêssego pode conter de 85 a 90%
de água...
• Os sistemas de irrigação são irrigação de superfície,
aspersão subcopa, como a microaspersão e
gotejamento.
Uso de materiais refletivos
• Além da poda, pode-se utilizar materiais refletivos para
promover a melhor entrada de luz no interior da copa das
plantas.
• A idéia desses materiais é a capacidade de refletir a
radiação solar para o interior da planta, aumentando a
radiação fotossinteticamente ativa e melhorando a
produção de antocianinas.
• Esse material refletivo pode aumentar em até 45% a
coloração dos frutos.
• Sua utilização também reduz a quantidade de plantas
daninhas no pomar.
PRAGAS
• 1-) Grafolita – Grapholita molesta
• - os adultos são mariposas de cor cinza-escura com
estrias de coloração branca.
• - os ovos são redondos ovalados branco acinzentados
muito pequenos (diâmetro de 0,7mm) e são colocados
na face inferior das folhas novas, nas brotações, em
ramos novos e nos frutos.
• - as lagartas totalmente desenvolvidas podem ter 14
mm de comprimento.
PRAGAS
• - as primeiras mariposas surgem na primavera e são
insetos que tem maior atividade de migração,
alimentação, acasalamento e postura no horário das
17 as 22 horas.
• - as lagartas atacam os ponteiros e os frutos. Nos
ponteiros se alimentam dos primórdios foliares e
depois penetram na medula, abrindo uma galeria. O
ponteiro atacado fica escuro e há exsudação de goma
pelo orifício da entrada da lagarta.
• - uma lagarta pode atacar de 3 a 7 ponteiros da
mesma planta.
PRAGAS
• - esses danos nos ponteiros são mais prejudiciais em
plantas jovens, pois o ramo atacado pode secar e a
tendência da planta será emitir mais brotos laterais e
isso vai mudar a arquitetura da planta em formação.
• - nos frutos, as lagartas penetram geralmente pela
região do pedúnculo e vão se alimentar da polpa
próxima ao caroço. Também é comum a exsudação de
goma, que se mistura aos excrementos da lagarta.
• - a época de maior ataque é entre os meses de
dezembro e março.
PRAGAS
• - o ataque aos frutos normalmente ocorre no período
compreendido entre o endurecimento do caroço até a
pré-maturação – 5 a 6 semanas após a plena floração
– fruto com 2 cm de diâmetro, até 25 dias antes da
colheita.
• - como controle, o uso de armadilhas é muito
eficiente, além do uso de inseticidas, que devem ser
aplicados somente nos finais de tarde, hora em que as
mariposas estão em maior atividade.
PRAGAS
• 2-) Mosca das frutas – Anastrepha fraterculus
• - são as principais pragas das frutas de caroço.
• - os adultos são moscas vistosas, de coloração
amarela.
• - os ovos são postos no interior dos frutos, em
cavidades arredondadas que são abertas pelas fêmeas.
• - as larvas se alimentam da polpa dos frutos,
inicialmente em galerias,e depois em uma única área,
que se decompõe e apodrece.
PRAGAS
• - os frutos atacados amadurecem precocemente e
caem, ou então apodrecem pela ação de fungos que
penetram pelas aberturas feitas pela mosca para a
postura.
• - o ataque aos frutos pode se dar desde o
endurecimento do caroço até a colheita.
• - a ocorrência da mosca das frutas está ligada ao
aumento da temperatura ambiente – ou seja, começa a
aumentar a população a partir de meados de outubro e
atinge o máximo em dezembro e começa a decrescer
até os níveis mais baixos na segunda quinzena de
março.
PRAGAS
• - os períodos chuvosos também afetam o
comportamento dos insetos, pois as atividades de vôo
e alimentação são reduzidas.
• - o monitoramento dessa praga deve ser feito sempre
e se utilizar de frascos caça-moscas para atrair as
moscas adultas antes da sua postura nos frutos.
• - se a quantidade de moscas for muito grande, aplicar
inseticidas.
• - se for um pomar caseiro, além das armadilhas, se
recomenda ensacar os frutos para evitar aplicações de
inseticidas.
PRAGAS
• 3-) Pulgões – Myzus persicae
• - esse pulgão é verde escuro.
• - eles infestam a ameixeira, iniciando o ataque pelos
botões florais, flores e brotos, podendo até se alastrar
por folhas mais velhas.
• - os danos causados são variáveis. Em plantas jovens
– de 1 a 2 anos – e em viveiros, ocorrem os maiores
prejuízos , podendo comprometer a formação e o
desenvolvimento das plantas.
PRAGAS
• - o dano direto é causado pela reação da planta, que
encarquilha as folhas e os pequenos ramos, pois
injetam toxinas durante o processo.
• - os pulgões proliferam rapidamente e permanecem
no interior das folhas enroladas.
• - podem ser controlados com inseticidas –
preferencialmente antes que eles comecem a enrolar
as folhas.
PRAGAS
• 4-) Escolito (Besouro) – Scolytus rugulosus
• - esses besouros atacam tanto a ameixeira quanto o
pessegueiro.
• - são besouros pequenos, de coloração marron-escuro
até preto, com patas e antenas marrons.
• - não se conhece totalmente seu ciclo de vida no
Brasil, só se sabe que aparecem na primavera.
• - as fêmeas fazem galerias no interior dos troncos e
dos ramos, até atingirem os vasos condutores de
seiva.
PRAGAS
• - as fêmeas fazem também outra galeria, onde botam
os ovos. Quando eclodem as larvas, elas fazem outras
galerias em direção ao exterior.
• - os adultos emergem através dos tecidos internos da
casca.
• - o dano direto é causado pela obstrução dos canais
condutores, que impedem a circulação da seiva na
planta.
• - o dano indireto é pela facilidade de instalação de
doenças pelos orifícios abertos na planta.
PRAGAS
• - já foi observado que o ataque desses besouros
ocorre mais em plantas estressadas.
• - o controle dessa praga é extremamente difícil, pelos
modos de ataque e multiplicação e também por não se
saber 100% como funciona o seu ciclo de vida ainda.
• - pode-se monitorar a população desses besouros no
pomar através de armadilhas.
• - pode-se fazer podas e remoção desses restos de
dentro do pomar – queimando esse material vegetal.
PRAGAS
• 5-) Ácaro rajado – Tetranychus urticae
• - no sul do Brasil esse ácaro ocorre de vez em
quando.
• - temperaturas quentes e clima seco favorecem sua
multiplicação mais rápida.
• - os ácaros vivem em colônias, na face inferior das
folhas, junto à nervura central.
• - removem os tecidos superficiais , causando perda de
seiva, que provocam amarelecimento ao longo da
nervura central e bronzeamento da folha.
PRAGAS
• - a incidência dessa praga depende mais das
condições climáticas do que do estádio de
desenvolvimento das plantas.
• - no sul do Brasil essa infestação por ácaros não é tão
comum e quando acontece, é durante ou depois da
colheita.
DOENÇAS
• Diversas doenças podem acometer as ameixeiras,
podendo ser causadas por fungos e bactérias, além de
algumas viroses.

• Podemos citar: a podridão parda, a ferrugem, a sarna,


a escaldadura das folhas, a bacteriose e a antracnose.
DOENÇAS
• 1-) Podridão parda – Monilina fructicola
• - essa doença ataca ramos, flores e frutos, podendo
causar perdas parciais ou totais, desde a floração até a
comercialização.
• - no inverno sobrevive em frutos mumificados que
foram infectados na primavera ou no verão, nos
frutos que ficam caídos no chão e em cancros nos
ramos.
DOENÇAS
• - na floração ataca os botões florais, que se tornam
pardos e murcham.
• - se não for tratada, a doença evolui do pedúnculo
para os ramos e pode matá-los. Em ramos mais
grossos, desenvolve cancros.
• - nos frutos, os sintomas são manchas pardas,
pequenas, circulares que aumentam rapidamente.
• - ferimentos causados por insetos, chuvas de granizo,
facilitam a entrada do fungo.
• - os frutos são mais suscetíveis próximos da colheita.
DOENÇAS
• 2-) Ferrugem – Tranzchelia discolor
• - esse fungo ataca as folhas em fim de ciclo,
produzindo manchas de cor amarelo- ferrugem na
face inferior, que são irregulares. Pode atacar ramos
também, mas as manchas quase não são percebidas.
• - iniciam o ataque quando as temperaturas e a
umidade estão mais elevadas.
• - se não for controlado, causa intensa desfolha
precoce, e isso com o passar dos anos enfraquece a
planta – como não tem folhas depois da colheita, as
plantas não podem fazer fotossíntese e acumular
reservas para o próximo ciclo.
DOENÇAS
• - como tratamento, deve ser iniciado logo que
surgirem as primeiras pústulas e repetí-lo por mais 2
vezes.
• - depois da colheita, deve-se também repetir o
tratamento.
• - no inverno, quando as plantas estiverem em
dormência, pulverizar com produtos a base de cobre.
DOENÇAS
• 3-) Sarna – Cladosporium carpophilum
• - ataca frutos, ramos e folhas, produzindo manchas
cor verde-oliva.
• - nos frutos, causa os maiores danos – pois as
manchas se localizam em torno da inserção do
pedúnculo e se tornam pretas.
• - o ataque se inicia quando caem as sépalas e isso
pode derrubar os frutos ainda pequenos.
• - alta umidade do ar e da temperatura (entre 20 e
25ºC) favorecem o desenvolvimento da doença.
DOENÇAS
• - o fungo pode sobreviver no inverno em cancros de
ramos.
• - há diversos produtos que podem ser usados para o
tratamento da sarna, logo após o estádio da queda das
sépalas.
DOENÇAS
• 4-) Escaldadura das folhas – Xyllella fastidiosa
• - nos pomares, a ocorrência dessa doença é irregular.
Em alguns casos, plantas enfermas permanecem
longo tempo sem contagiar outras próximas. Em
outros casos, há contágio até em pomares vizinhos.
• - há a possibilidade de contágio através de
instrumentos de poda, mas materiais vegetais, como
estacas são os principais fatores de transmissão da
doença.
DOENÇAS
• - o sintoma inicial é uma clorose irregular nos bordos
das folhas, que depois chegam a dessecar os bordos,
chegando ao limbo foliar.
• - o sintoma aparece em qualquer lugar da copa.
• - em plantas muito atacadas, a queda das folhas é
antecipada, o crescimento geral diminui, os ramos
superiores ficam quebradiços, o tamanho dos frutos e
a produção diminuem, chegando a morte da planta.
• - os sintomas aparecem em plantas com mais de 3
anos, nos meses de janeiro e fevereiro.
DOENÇAS
• - com o passar dos anos, as plantas atacadas mostram
seca dos ponteiros e pouco enfolhamento.
• - o uso de mudas sadias é o primeiro passo para se ter
controle da doença, pois o uso de mudas infectadas
pode apresentar sintomas já no primeiro ano.
• - o tratamento com antibióticos não é efetivo.
• - recomenda-se fazer vistorias nos pomares,
principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, e
erradicar as plantas doentes.
DOENÇAS
• 5-) Bacteriose – Xanthomonas arboricola pv. pruni
• - pode contaminar pêssegos e ameixeira.
• - a principal fonte de inóculo são os cancros de
primavera, que ocorrem na porção terminal dos ramos
emitidos na estação anterior.
• - a bactéria sobrevive em cicatrizes foliares, nas
gemas e na superfície das folhas e dos frutos.
• - as principais vias de penetração são os estômatos
além de ferimentos causados por granizo, insetos ou
vento.
Doenças
• 6-) Antracnose (Glomerela cingulata)
 Tem importância no Rio Grande do sul.
 Em anos com primavera chuvosa e com temperatura altas, pode
causar danos maiores que a podridão parda.
 O fungo penetra em frutos ainda verdes diretamente ou através de
lesões caudas por insetos e outros agentes.
 Doença pode atacar desde o estagio de floração até a pre-colheita.
 Na pré-colheita, se o manejo do pomar e da produção não forem
adequados, também haverá problemas.
• Nos frutos, os sintomas começam com uma mancha marrom-clara
de formato variavel, com diametro aproximado de 1mm;
• Mais tarde a mancha aumenta, adquirindo a cor alaranjada na parte
central;
• Normalmente os frutos infectados caem, mas também podem
permanecer mumificados nos ramos, contagiando os demais;
COLHEITA
• O pêssego, assim como a nectarina e ameixa são
frutos climatérios – ou seja – apresentam uma
elevação na taxa respiratória durante a maturação.
• Por isso, pode ser colhido mesmo que ainda não
esteja totalmente maduro, pois a maturação será
atingida após a colheita.
• O grau de maturação afeta o ritmo da senescência
(que é o conjunto de processos que ocorrem após o
amadurecimento e que chegam a morte dos tecidos da
fruta). Se a colheita for feita muito precoce, pode
ocorrer perda de peso do fruto colhido e
amadurecimento anormal.
Colheita
• Deve-se realizar amostragens de frutas para acompanhar a
evolução da maturação, determinando assim o momento
exato de iniciar a mesma. Essa amostragem deve ser
realizada em 8 a 10 plantas representativas do pomar, as
quais devem ser localizadas em diferentes pontos da área.
Em cada planta, deve-se colher 4 pêssegos que sejam
representativos da produção da planta.
• É importante que seja sempre a mesma pessoa que realize
essa operação, de modo que possa acompanhar as
mudanças que ocorrem na cor de fundo dos pêssegos,
associando com as modificações nas características físico-
químicas, especialmente a firmeza da polpa.
COLHEITA
• As frutas muito verdes amaciam lentamente e
desuniformemente. Também não desenvolvem bom
sabor, desidratam mais fácil. Ao contrário, se a
colheita ocorrer tardiamente, a fruta estará
sobremadura e terá pouco tempo de vida útil, já que
será extremamente macia e mais suscetível aos danos
mecânicos e ao ataque de patógenos.

• Da mesma forma que para nectarina e ameixa,


também se podem fazer análises para determinar o
ponto de maturação.
COLHEITA
• O ponto ideal de colheita depende da cultivar.
• Conforme o pêssego amadurece, a firmeza da polpa
diminui, tornando-se mais macia.
• O valor de graus brix para a colheita do pêssego deve
ser entre 12 e 17º Brix.
• A colheita deve ser feita manualmente,
preferencialmente pela manhã, evitando-se as horas
mais quentes do dia.
• Dessa maneira, os frutos podem durar de 2 até
semanas.
Na Região Sul do país a
colheita ocorre de
Novembro a Fevereiro.
Já na Região Sudeste a
colheita ocorre de Agosto
a Outubro
COLHEITA
• A colheita deve ser refeita a cada 2 dias, até que todos
os frutos do pomar tenham sido colhidos.
• O fruto é colhido com uma torção do pedúnculo –
para frutos que serão consumidos pelo mercado
interno.
• Para frutos para exportação, cortar o pedúnculo.
• Os frutos devem ser acondicionados em caixas limpas
e desinfetadas, e tomando-se cuidado para evitar
golpes, batidas e ferimentos que poderão resultar em
manchas que depreciam o produto ou podem levar a
podridões.
• BIBLIOGRAFIA:

• ALVARENGA, A.A.; ABRAHÃO, E,; CARVALHO, V.L.; SILVA, R.A.


FRÁGUAS, J.C.; CUNHA, R.L.; SANTA-CECÍLIA, L.V.C.; SILVA, V.J.
Pêssego, nectarina e ameixa. 101 culturas – EPAMIG.
• Andrade, E. R. Doenças do pessegueiro e da ameixeira e seu controle no
estado de Santa Catarina, EPAGRI – Boletim técnico, no. 71, 1999.
• Chalfun, N.N.J.; Hoffmann, A.; Pasqual, M. Fruteiras de clima temperado.
Universidade Federal de Lavras, 304 p. 1998.
• EMBRAPA – Ameixa – Fitossanidade – Embrapa Clima Temperado –
Brasília, 2003.
• Hickel, E. R. Pragas do pessegueiro e da ameixeira e seu controle no estado
de Santa Catarina – EPAGRI – Boletim técnico, no. 66. 1999.
• Informe Agropecuário – Pessegueiro e Ameixeira, v.18, n.189, 1997.
• PIO, R. Cultivo de fruteiras de clima temperado e regiões tropicais e
subtropicais. Ed. UFLA, Lavras, MG. 2014.
• SOUZA, N.R. Como produzir pêssegos e nectarinas de qualidade – Projeto
Fruticultura de Clima Temperado – Santa Catarina.
• www.frutasclasse.com

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