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TEMPERADO
UVA
Vitis
vinifera
Histórico
• Há evidências que indicam que a videira teria surgido
na Terra, no período terciário, onde hoje é a
Groenlândia, e quando o homem apareceu na Terra,
no período quaternário, a videira já existia há milhões
de anos.
• Acredita-se que a videira tenha sido a primeira planta
cultivada pelo homem, e que o primeiro cultivador
tenha sido Noé, segundo Gênesis, 9:20.
• Vários textos e tradições falam sobre a uva e o vinho,
e que essa cultura tenha atravessado diversos
continentes e tenha chegado a Portugal.
Histórico
• Veio para o Brasil na colonização, e tem relatos que
Martin Afonso de Souza formou o primeiro parreiral
em São Vicente, SP., em 1532, com mudas trazidas
por Brás Cubas de Portugal.
• Devido ao calor e umidade do litoral, Brás Cubas
levou mudas para o planalto de Piratininga – região
do Tatuapé, onde cultivou as videiras e fez vinho
brasileiro a primeira vez em 1551.
• A produção passou por altos e baixos em diferentes
estados e regiões do país, perdendo e ganhando
expressão.
Histórico
• E depois de ficar meio sumida por uns tempos voltou
a ter grande expressão no século XIX, quando foram
introduzidas cultivares americanas.
• Em 1933 já existia a Niagara branca, e surgiram delas
mutações, sendo que a Niagara Rosada foi a mais
expressiva.
• A cultivar Itália veio trazida desse país por um
agrônomo (Luciano Poletti), que formou um pomar
em Ferraz de Vasconcelos – SP.
• Em 1970 ela foi levada para o Nordeste.
Situação econômica
• O cultivo da videira está difundido em todos os
continentes, principalmente no Europeu, em países
como Itália, França e Espanha. Além deles, temos
como destaque Estados Unidos, Chile, China,
Argentina e Turquia.
• Mas, o continente Europeu ainda é destaque em
consumo e produção tanto de uva quanto de vinho.
• Entretanto, esse panorama vem mudando ano após
ano, pois os países com menos tradição vem
ganhando espaço, como o Chile, China, EUA,
Austrália e Nova Zelândia.
Situação econômica
• Em 1990, o continente Europeu era responsável por
63,3% da produção mundial de uva e 78% da
produção e vinho.
• Em 2010, era de 44% da produção mundial de uva e
68 da produção de vinho.
• O Brasil é o 19º. Produtor mundial de uva, com
produção aproximada de 1.446.459 toneladas em uma
área de 80.200 ha.
• Os principais estados são Rio Grande do Sul,
Pernambuco, SP, Paraná, Santa Catarina e Bahia.
Situação econômica
• Deve-se destacar a produção do Rio Grande do Sul em
vinhos, e o grande crescimento da cultura em
Pernambuco, cuja área hoje está perto de 10.000 ha.
• São Paulo é o terceiro maior produtor, com destaque para
a produção de uvas de mesa.
• Tem ocorrido também o aumento da procura pelo
consumidor por variedades sem sementes, o que tem
mudado certos plantios em diversas regiões.
• As exportações brasileiras ainda são recentes, e estão em
torno de 100.000 toneladas
• Nossas importações vem da Argentina e Chile.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
• Sistema Radicular:
• - quando propagadas por sementes, as raízes são
pivotantes e aprofundam-se no solo com maior
intensidade.
• - esse método somente é usado para o melhoramento
genético.
MORFOLOGIA DA VIDEIRA
• - Parte aérea:
• - o tronco possui o nome de CEPA, e tem a dimensão
variável de acordo com o tipo de condução.
• - o diâmetro é variável conforme a idade, espécie,
clima, solo e tratos culturais.
• - os ramos são sarmentosos, e quando as folhas caem,
são denominados bacelos. Nos sarmentosos,
distinguem-se os entrenós e os nós.
MORFOLOGIA DA VIDEIRA
• TEMPERATURA DO AR:
• A temperatura do ar influencia na viticultura tropical
de diversas formas.
• Uma delas é no crescimento, já que são requeridas
temperaturas entre 10 e 40ºC , em média para que as
plantas obtenham fotossíntese líquida positiva – ou
seja – produção de carboidratos para o crescimento,
em uma temperatura ótima entre 15 e 30ºC.
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
• ÁGUA:
• A viticultura tropical se desenvolve sob condições de
clima seco.
• Com isso, há a necessidade de irrigação, haja visto
que as chuvas seriam insuficientes para atender as
necessidade hídricas da videira, que variam de 500 a
1200 mm, dependendo do clima e duração do ciclo.
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
Benitaka Brasil
Sugraone Crimoson Seedless Thompson Se.
Syrah
Chenin blanc
BRS Cora Isabel Precoce
PROPAGAÇÃO
• ESPALDEIRA:
• - é o sistema de condução vertical com apenas 1
plano de vegetação, onde a folhagem emitida pelos
braços das plantas deve ser sustentada por 2 ou 3 fios
de arame.
• Este é o sistema mais barato e tem maior facilidade
de instalação.
• Pode ser do tipo espaldeira alta ou baixa.
SISTEMAS DE CONDUÇÃO
• LATADA:
• - é o sistema de condução horizontal, também
chamado de pérgola ou caramanchão.
• - é bastante usado no Brasil, principalmente nas
regiões tropicais.
• - esse sistema permite uma maior expansão vegetativa
da planta e maiores produções, por isso, exige um
sistema de sustentação mais reforçado,e por isso,
mais caro.
SISTEMAS DE CONDUÇÃO
• Y:
• Esse sistema também conhecido como manjedoura ou em
Y, já foi muito usado para a produção de uvas finas de
mesa, e recentemente voltou a ser usado por produtores
de Santa Catarina principalmente.
• Uma das razões da volta do seu uso é que a sua estrutura
em forma de Y permite que se façam adaptações para que
se possa fazer um pequeno cultivo protegido,
acrescentando arcos de pvc onde se pode colocar telas
anti-granizo ou filmes plásticos –se forma um pequeno
guarda-chuva sobre as plantas.
SISTEMAS DE CONDUÇÃO
• SOLO LIMPO:
• - em solos limpos, a planta tem um melhor
desenvolvimento, já que não há concorrência de
plantas daninhas, mas os solos ficam mais sujeitos à
erosão.
• - em áreas com topografia acidentada e sujeitas a altas
precipitações, não se deve manter o vinhedo limpo
durante o ano.
• - uma forma de se manter o solo limpo é através de
herbicidas – às vezes esse custo é mais baixo do que
as capinas manuais.
PLANTIO E MANEJO DO SOLO
• 2-) PODAS:
• - a poda compreende um conjunto de operações que
se faz na planta e consiste na supressão parcial do
sistema vegetativo, como retirada de galhos, caules,
brotos, folhas, cachos, etc.
• As fases da lua tem influencia na poda: as luas
minguantes e nova tem certa preferência dos
produtores. Vinhedos maiores não levam em
consideração essas fases e realizam a poda em
qualquer época do ano.
PRÁTICAS CULTURAIS
• DESBROTA:
• - nessa operação, devem ser eliminados os ramos que
nascem do caule, as brotações fracas e em excesso, e
as brotações duplas ou triplas que venham da mesma
gema. Quando se elimina essas brotações, elimina-se
o desperdício de seiva que iriam para essas partes
supérfluas, e favorecendo seu aproveitamento para
partes mais importantes da planta. Essa operação é
realizada quando as brotações atingem o
comprimento de 8 a 15 cm.
PRÁTICAS CULTURAIS
• DESFOLHA:
• - durante o período de crescimento dos ramos, efetua-
se a desfolha com o objetivo de equilibrar a relação
área foliar/número de cachos e melhorar a ventilação
e insolação no interior do vinhedo. Assim, há uma
maior eficiência no controle das doenças fúngicas. A
quantidade de folhas retiradas depende do vigor e da
área foliar da planta, com o cuidado de não eliminar a
folha oposta ao cacho para não deixá-lo exposto ao
pleno sol.
PRÁTICAS CULTURAIS
• DESBASTE DE CACHOS:
• - essa operação consiste na remoção de cachos florais
antes da floração e dos cachos novos depois dos
frutos se formarem. Os cachos que vem dos netos
também devem ser eliminados, pois além de
apresentarem retardo em seu desenvolvimento,
concorrem por nutrientes com os cachos já formados.
São eliminados os cachos de ramos mais fracos, com
poucas folhas, doentes ou abafados pelo excesso de
ramos e folhas.
PRÁTICAS CULTURAIS
• PROTEÇÃO DE CACHOS:
• - a proteção dos cachos é feita com uma cobertura
individual, com um cone de plástico, conhecido como
“chapéu chinês”, ou envolvendo-os com sacos de
papel pardo. Essa proteção é feita no início da
maturação ou do amolecimento das bagas. Os sacos
de papel são colocados nos cachos das plantas
situadas nas fileiras externas ou de bordadura, para
protegê-las do ataque de pássaros e insetos, da
exposição à poeira que possa vir de estradas próximas
e manchas causadas pelo sol.
REGULADORES DE CRESCIMENTO
• Adubação de plantio:
• - depende essencialmente do resultado da análise do
solo. Os fertilizantes minerais e orgânicos são
colocados na cova e misturados com a terra da
própria cova antes de se fazer o plantio das mudas.
• - como orgânico, pode-se utilizar +- 20 litros por cova
de esterco de curral curtido ou 15 litros de esterco de
galinha curtido, ou outro produto que se tenha
disponibilidade.
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO
• Adubação de crescimento:
• - constitui-se da aplicação de nitrogênio, fósforo e
potássio, por meio de fertilizantes minerais. A dose de
N deve ser parcelada, preferencialmente
quinzenalmente. O K também deve ser parcelada da
mesma forma. O P deve ser aplicado em torno de
40% da dose 6 meses após a adubação de plantio.
Junto com a adubação de fósforo, pode-se aplicar
também esterco na planta também.
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO
• Adubação de produção:
• - depois da primeira poda de frutificação, deve-se
adubar o vinhedo a cada ciclo vegetativo, utilizando-
se esterco, fósforo, potássio e nitrogênio, de forma
equilibrada.
• - até o quarto ciclo de produção, a mesma análise de
solo pode servir de base para as adubações. Depois
disso, as análises foliares assumem maior importância
para recomendação de adubação.
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO