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ENQUADRAMENTO SECTORIAL
➢ Sector Vitivinícola:
➢ Altamente regulamentado: Começa na plantação da vinha e termina no
controlo dos vinhos.
➢ O rendimento do sector situa-se no top 3 da atividade agrícola, só
ultrapassado pelos Vegetais e produtos hortícolas e Frutos.
VITIS VINIFERA
➢ Classificação botânica das videiras:
❖ Castas de Uvas:
➢ As videiras pertencem à espécie Vitis vinifera e existem pelo menos
3.000 castas diferentes.
➢ Castas Portuguesas Brancas: Fernão Pires, Arinto, Encruzado, Malvasia
Castas Portuguesas Tintas: Touriga Nacional, Castelão, Baga
Castas Internacionais Tintas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir
Resumo Enologia 1ªFrequencia
Castas Internacionais Brancas: Chardonnay, Sauvignon blanc, Riesling
Castas estão muitas vezes associadas a regiões específicas
❖ O Ciclo da Videira:
➢ Inverno: Dormência da videira, poda de inverno;
➢ Primavera: Inicio do crescimento vegetativo;
➢ Verão: Floração e crescimento dos bagos;
➢ Outono: Vindima (em vários países é feita no verão).
❖ Clima:
➢ Regiões com latitudes entre 30º e 50º;
➢ Clima:
• Continental: Invernos frios e verões quentes;
• Marítimo: Invernos e verões suaves;
• Mediterrâneo: Marítimo com chuva no inverno.
➢ Clima: Macroclima (Pais/Região); Mesoclima (Vinha); Microclima (Videira).
❖ Elementos do Clima:
➢ Principais: Temperatura, Agua, Luz.
➢ Secundários: Latitude, Altitude, Declive, Correntes aéreas, Correntes marítimas,
Presença de reservatórios de água (rios, lagos, oceanos), Massas florais.
Resumo Enologia 1ªFrequencia
❖ Temperatura: valores limites para a vinha:
➢ Órgãos Herbáceos: -2,5ºC a +42ºC
➢ Órgãos Atempados: -15ºC a +55ºC
❖ Topografia:
➢ Reservatórios de água (rios, lagos, oceanos): maior humidade, menor
amplitude térmica, menor risco de geadas.
➢ Orientação das vinhas: exposição solar.
➢ Montanhas: retenção de chuvas.
❖ Tempo:
➢ Fenómenos climáticos extremos que afetam as uvas: Geadas, Granizos,
Vento e seca.
❖ Disponibilidade em água:
➢ 153mm de precipitação anual é considerado o valor mínimo absoluto
necessário.
❖ Solos:
➢ A composição química e física do solo condiciona o crescimento da planta e
a qualidade do vinho. A videira absorve os nutrientes do solo;
➢ Deve ter boa drenagem e reter bem a água em meses secos;
➢ Não deve ser excessivamente fértil;
➢ Composição mineral (e acidez) afeta a qualidade das uvas;
➢ Pedregosidade (presença de pedras).
Resumo Enologia 1ªFrequencia
❖ Terroir:
➢ Conjunto das características edafo-climáticas de um local.
➢ Relacionado com: Solo; Castas; Clima; Meio-Ambiente; Intervenções
culturais.
➢ É a base do sistema de classificação de vinhos europeu.
➢ Define a tipicidade de um vinho.
❖ Bagos:
➢ Vingamento – transformação das flores em bago;
DA VINHA À ADEGA
❖ Amadurecimento dos bagos:
➢ Pode demorar entre 10 e 20 semanas a partir da floração;
• Etapa III (pintor) – aumento do volume dos bagos por alargamento das
células, alteração da cor e amolecimento dos bagos; início do
amadurecimento dos bagos (diminuição de ácidos e acumulação de
açúcares, cor e aroma.
❖ Preparação da Vinha:
• Estimar os volumes de mosto/vinho nas diferentes etapas do processo;
❖ Qualidade do vinho:
➢ A qualidade das uvas influencia a qualidade do vinho, em função da sua
composição química: Açucares fermentescíveis; Acidez e pH; Compostos
fenólicos, cor; Aroma.
Resumo Enologia 1ªFrequencia
➢ A composição química das uvas é a afetada por vários fatores, que
influenciam de forma indireta a composição e a qualidade do vinho: Casta;
Fatores edafo-climáticos (clima e solo); Práticas culturais (incluindo
combate a doenças); Variações sazonais; Estado da maturação na vindima.
❖ Controlo de Maturação:
➢ Amostragem das uvas:
• Tem como objetivo colher uma pequena quantidade de uvas cuja
composição/qualidade reflita a vinha ou a parcela.
• Colher 5 bagos: 2 da parte de cima do cacho, 2 da parte central e 1 da
parte de baixo.
• A amostra vai permitir estimar a maturação das uvas e prever a data de
vindima.
❖ Amostra:
Resumo Enologia 1ªFrequencia
➢ Esmagar as uvas;
➢ Analisar o sumo;
❖ Flavour – Aroma:
➢ Deve-se acompanhar a evolução das uvas através: Do aroma; Da prova
(tasting);
➢ Durante a maturação, há a formação de moléculas chamadas de percutores do
aroma;
❖ Índices de maturação:
➢ Relação açúcar/acidez: Dado que açucares e acidez variam em sentido inverso,
a relação aumenta até à vindima;
➢ Relação ácido tartárico/ácido málico: Dado que o ácido tartárico praticamente
não varia e o ácido málico diminui significativamente, a relação aumenta ao
longo da maturação;
➢ Nota: Estes índices não contemplam todos os fenómenos envolvidos na
maturação, nomeadamente a acumulação de polifenóis e de compostos do
aroma, dai serem pouco interessantes para as castas tintas.
❖ Data de Vindima:
➢ Ótimo de maturação: fisiológica, fenólica, aromática;
➢ Não basta avaliar o caracter doce e ácido da polpa dos bagos;
➢ Apreciar a pelicula e deixar que desapareçam os aromas vegetais;
➢ O sabor amargo e adstringente das grainhas deve desaparecer ao longo de
uma correta maturação;
❖ Vindima e Transporte:
➢ Objetivo:
• Assegurar que as uvas são vindimadas e transportadas
eficientemente;
• Minimizar os riscos e os efeitos da oxidação e do desenvolvimento
microbiano, porque: A oxidação afeta o aroma da uva e a cor; A
actividade microbiana afecta as operações de clarificação (V Branco)
e introduz off-flavours (sabores indesejáveis);
Resumo Enologia 1ªFrequencia
❖ Vindima manual vs vindima mecanizada:
❖ Transporte:
➢ A uva chega à adega em perfeito estado de integridade:
• Sem esmagamento, para que não se verifique oxidação dos
polifenóis;
• Sem maceração, para que não haja dissolução de constituintes das
partes sólidas.
➢ Rápido e nas melhores condições:
• Evitar o aquecimento das uvas por exposição solar (as reacções
enzimáticas são aceleradas por elevação da temperatura);
• Deve-se vindimar a horas em que a temperatura seja menor (cedo
ou de noite);
• Pode-se proceder ao arrefecimento das uvas, com o recurso a gelo
seco ou neve carbónica (com cuidado pois queima…);
❖ Recipientes de Transporte:
Resumo Enologia 1ªFrequencia
➢ O recipiente deve ser fácil de lavar e desinfetar, com superfícies internas
lisas para garantir as condições de higiene (Palotes, pequenas caixas de
plástico);
➢ Higienização dos recipientes após a descarga: Lavagem das caixas ou
contentores para regressarem à vinha, isentos de mosto e outras sujidades.
❖ Amostragem do Mosto:
➢ Sonda mecânica que faz colheita de mosto em 3 pontos, para se ter
uma amostra representativa que determina: O teor de álcool provável;
O pH; A acidez total; Eventual atividade da lacase;
➢ Refractómetro: Industrial, Portátil, De bancada.
❖ Descarga de Uvas:
➢ Conforme a adega, as uvas são recebidas: tegão, lagar, tremonha de um
desengaçador/esmagador.
➢ Num tegão:
• Recipiente aberto (inox, betão, ferro revestido);
• Com uma secção triangular;
• Um ou dois parafusos sem-fim;
• Atualmente o sem fim é substituído por transportador de
lâminas helicoidais;
➢ Movimenta as uvas para: Desengaçador / esmagador; Bomba de
elevação.
❖ Mesa de escolha:
➢ Existe apenas em adegas modernas;
➢ Consiste num tapete rolante de largura suficiente para que as uvas se
distribuam e fiquem acessíveis aos operadores que manualmente vão
retirando os cachos ou bagos verdes ou podres;
➢ Os efeitos qualitativos desta escolha são muito significativos, embora
ela se traduza num encargo adicional;
Resumo Enologia 1ªFrequencia
➢ A escolha manual de cachos é muito mais fácil e eficaz do que a escolha
de bagos.
OPERAÇÕES PRÉ-FERMENTATIVAS
❖ Desengace:
➢ Utilizando-se um desengaçador, separam-se os bagos do engaço;
➢ Pode ser total ou parcial;
➢ Não se deve partir ou esmagar os pedúnculos (pés das uvas);
➢ Os engaços não deverão sair impregnados com sumo;
➢ A operação é bem executada quando os engaços saem inteiros e sem
dilaceração;
➢ Desengaçador mecânico:
• Tem o tambor metálico perfurado (orifícios pouco maiores que os
bagos), de eixo horizontal, no interior gira um eixo de barras
dispostas helicoidalmente;
• Funcionamento: A uva inteira é projetada contra o tambor e
separada em bagos, que atravessam os orifícios, os engaços são
transportados para a saída do tambor.
➢ Para uma melhor operação:
• Barras protegidas por borracha;
• Regulação da velocidade de rotação do tambor e/ou barras;
• Fácil desmontagem para uma boa higienização;
➢ IMPORTANTE: Na vindima mecânica, não se realiza o desengace, uma vez
que o engaço fica preso na videira;
Resumo Enologia 1ªFrequencia
❖ Sub-Produto do desengace:
➢ Os engaços têm de ser transportados: Tapetes rolantes (pequenas distancias),
parafusos sem fim ou condutas de aspiração (longas distâncias);
➢ Sempre que possível os engaços devem ser acondicionados em silos que
permitam: Fácil expedição; Estética; Prevenção de disseminações
microbianas (através de mosquitos);
❖ Esmagamento:
➢ Rompimento da película, sem esmagar grainhas nem dilacerar películas;
➢ Com libertação dos umo contido nos vacúolos da polpa;
➢ Com dispersão de leveduras e enzimas;
➢ Aumento da superfície de contacto do líquido com as partes sólidas,
favorecendo a maceração;
➢ Tradicionalmente é com os pés (pisar a uva): Esmagamento suave, não
dilacera engaço e grainhas;
➢ Esmagadores mecânicos:
• Lagares mecânicos;
• De rolos: Os mais modernos possuem revestimento em borracha
alimentar para diminuir a ação mecânica sobre as uvas;
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❖ Escorrimento = Esgotamento:
Resumo Enologia 1ªFrequencia
▪ O
b
j
e
c
➢ Objetivo:
• Separar o mosto libertado no esmagamento (operação utilizada na
vinificação de vinhos brancos e rosés);
• Preparar as massas para uma prensagem mais eficaz;
❖ Operação do esgotamento:
❖ Tipos de esgotadores:
➢ Descontínuos / Estáticos (hoje são os mais aconselhados);
Resumo Enologia 1ªFrequencia
➢ Contínuos: Parafuso e crivo; Crivo inclinado.
➢ O esgotamento do mosto é efetuado em ciclos:
• Encher o depósito;
• Drenar;
• Vazar massas escorridas (para a prensa).
➢ O esgotamento não deve ser efetuado em simultâneo com o enchimento,
porque ao fim de algum tempo verifica-se a colmatação das grelhas e canais de
drenagem;
➢ A capacidade dos esgotadores poderá ser calculada em função da capacidade
da prensa;
❖ Prensagem:
➢ É a retirada parcial do líquido retido pelo bolo pressionando-o contra uma
superfície porosa;
➢ Numa mistura sólido-liquida, os sólidos possuem sempre uma determinada
capacidade de retenção. Daí os sólidos (bagaços) saírem sempre com uma
percentagem de líquido neste caso, vinho ou mosto;
➢ Na prática, utiliza-se uma pressão para fazer a extração da fração líquida;
➢ Tipos de prensas:
• Contínuas (alta pressão);
• Parafuso (de Arquimedes):
✓ Prensa de grandes dimensões e com grande rendimento;
✓ Possui até 4 zonas de diferente aperto, para separação de
mosto;
✓ Necessita de massas previamente escorridas e com algum
engaço;
✓ Provoca um atrito elevado entre o parafuso-massas e entre o
crivo-massas, provocando e dilaceração das películas,
grainhas e engaços;
✓ A qualidade do vinho é reduzida, devido à elevada extração
de compostos fenólicos taninos e antocianinas;
• Impulsão:
Resumo Enologia 1ªFrequencia
✓ Constituição muito semelhante à prensa de parafuso;
✓ Movimentação do parafuso por impulsos (em vez de rodar);
✓ Diminui o atrito parafuso-massas.
• Bandas ou telas:
✓ Não apresenta os problemas de atrito e dilaceração das
restantes continuas;
✓ Baixo rendimento e perdas por colmatação;
✓ Difícil de higienizar;
✓ Tapete poroso que colmata facilmente;
• Descontínuas (média e baixa pressão):
o Funcionam por ciclos: Encher; Prensar; Descarregar;
• Cesto ou hidráulicas:
✓ Prensa que minimiza a maceração das massas
(particularmente interessante para tintos);
✓ Requer bastante mão-de-obra;
✓ Cestos com tamanho limitado;
✓ Tem um efeito auto-filtrante;
• De pratos:
✓ É a versão horizontal da prensa de cesto;
✓ Para aumentar a capacidade de prensagem, para alem do
prato de aperto, possui uma serie de pratos intermedio
ligados por correntes;
✓ Trabalha por ciclos de aperto e relaxe.
• Pneumática / Membrana:
✓ Varia de acordo com o tipo de carga (axial, pela escotilha),
localização da membrana (central ou lateral), tipo de tambor
(perfurado ou estanque) e força motriz (pressão ou vácuo);
✓ Membrana a pressão;
✓ Membrana a vácuo;
❖ Dimensionamento:
➢ Ter em conta: Tempo de carga; Tempo do ciclo de prensagem; Tempo de
descarga.
Resumo Enologia 1ªFrequencia
❖ Clarificação (Defecação):
➢ Aplicações: Clarificação de mostos (brancos).
➢ Estática:
• Decantação – sob a ação da força da gravidade;
• Processo lento;
• As partículas sólidas “descem” para o fundo do depósito;
➢ Centrifugação:
• Separação por diferença de densidades, em que a força da gravidade é
substituída pela força centrifuga;
➢ Flotação:
• Utilização de um flotador + gelatina + azoto;
• Muito boa dissolução;
• Rapidez de sedimentação;
• Elevado poder clarificante;
• Diminui a oxidação;
• As partículas sólidas “sobem” para a parte superior do depósito, graças
ás bolhas de gás, podendo-se retirar o líquido por trasfega até surgir
algumas impurezas;
• Processo semelhante à decantação, mas as partículas ficam à superfície
do líquido;
Resumo Enologia 1ªFrequencia
• Formação do floculo é a agregação das matérias em suspensão sobre a
ação de um agente floculante que é a cola.
❖ Arrefecimento do mosto/massas:
➢ Importância de arrefecer o mosto/massas:
• Melhor controlo do processo;
• Impedir o início da fermentação de forma descontrolada;
• Preservar as características aromáticas;
➢ Como arrefecer ? :
• Permutador de calor;
• Gelo seco;
❖ Doseamento em linha:
▪ Realização de aplicações de aditivos ao processo, através de uma bomba
doseadora que aplica as soluções necessárias no momento;
❖ Correções:
➢ Acidez;
➢ Açúcar;
➢ Teor de Azoto no mosto.
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VINIFICAÇÃO EM BRANCO
❖ Reserva:
➢ Utilizar uvas com ótima maturação fenólica;
➢ Preferencialmente castas com bastante estrutura como:
• Antão Vaz, Alvarinho;
• Arinto, Encruzado;
• Gouveio, Chardonnay.
❖ Bâtonnage:
➢ Princípio: Agitação das borras finas existentes na parte inferior da cuba
ou outro recipiente de forma a extrair compostos e a facilitar a
dissolução de oxigénio.
➢ Operações de Bâtonnage (mannoproteínas):
• Bâtonnage Longitudinal;
Resumo Enologia 1ªFrequencia
• Bâtonnage circular;
• Utilização de agitador elétrico;
➢ Fatores a ter em consideração:
• Borras finas;
• Turbidez do vinho;
➢ Fatores limitantes da técnica:
• Aplicação a pequenos volumes de vinho;
• Elevada disponibilidade de mão-de-obra;
• Risco de desvios organolépticos;
• Redução de aromas;
• Temperaturas de 15 a 17ªC
➢ Vantagens desta técnica:
• Aumento da intensidade aromática;
• Redução dos aromas vegetais;
• Aumento da sensação de sucrosidade => libertação de
polissacárideos;
• Aumento da estabilidade tartárica;
Uvas tintas
Desencubação
Sangria
Prensagem
Clarificação
Estágio
Colagem/estabilização
Filtração
Engarrafamento
• Requisitos:
❖ Fermentação:
➢ Inoculação:
• As uvas após esmagamento entram rapidamente em fermentação, devido à
presença das leveduras indígenas;
• Inoculação com o pé de cuba (realizado previamente com leveduras
indígenas) ou inoculação com leveduras secas ativas;
Resumo Enologia 1ªFrequencia
➢ Maceração:
• É o contacto mais ou menos prolongado do mosto com as partes sólidas das
uvas (película, polpa e grainhas) após o esmagamento e/ou desengaço;
• Permite extrair (parcialmente) as substâncias responsáveis pela cor, pelo
aroma e pelo sabor;
• Fatores que condicionam a maceração:
✓ Estado de maturação:
Boa maturação:
▪ Bom teor de substâncias fenólicas;
▪ Diminuição da adstringência dos taninos;
▪ Aumento da sensação de volume e untuosidade;
✓ Tempo de maceração:
No início, quando o teor em etanol ainda é baixo, os primeiros
compostos a serem extraídos são as antocianinas. Daí a
intensidade corante aumentar;
Passado alguns dias, a intensidade corante diminui devido à sua
adsorção pelas partes sólidas, pelas leveduras e ligação com outras
moléculas, como os taninos;
A extração dos taninos aumenta com o teor alcoólico;
Curto:
▪ Extração do máximo de cor;
▪ Alguma quantidade de taninos;
▪ Vinhos para consumo mais rápido: corados, poucos taninos,
aroma frutado;
Longo:
▪ Maior extração de taninos;
▪ Diminuição de intensidade corante;
▪ Vinhos para envelhecimento: mais ricos em taninos, não
agressivos, aromas menos frutados;
✓ Temperatura:
Resumo Enologia 1ªFrequencia
Quanto mais elevada: Maior será a extração de compostos
fenólicos, sobretudo antocianinas e taninos; Diminuição do
aroma frutado dos vinhos;
✓ Ação mecânica:
Objetivos:
▪ Para intensificar a extração dos constituintes das partes
sólidas;
▪ Mergulhar a massa ou molhar a manta para homogeneizar o
meio e permitir uma difusão das substâncias extraídas;
A extração dos compostos fenólicos ocorre devido a dois
fenómenos: difusão e dissolução.
Processos:
▪ Repisa – Tradicional, exerce uma ação suave sobre as
massas;
▪ Repisa mecânica – Dispositivos hidráulicos que procuram
simular a ação humana;
▪ Movimentação da massa em cubas rotativas – Deve-se ter
em atenção as rotações da cuba para não se extrair
demasiado;
▪ Remontagem – movimentação do mosto por bombagem.
Saída na parte inferior e elevação pela parte superior da
cuba, para que o líquido irrigue toda a superfície exterior da
manta;
▪ Délestage – consiste em retirar por bombagem a quase
totalidade da fase líquida das massas e enviá-la para outro
depósito, separando as grainhas antes de incorporar no 1.º
depósito;
✓ Teor alcoólico:
O etanol tem uma ação dissolvente sobre os constituintes das
partes sólidas. O teor alcoólico aumenta com a extração;
❖ Sangria e prensagem:
➢ A Sangria é realizada após o final da fermentação alcoólica e consiste
em recolher o vinho que sai por gravidade;
➢ A Prensagem serve para retirar uma fração do vinho que está retida na
manta;
➢ Utiliza-se uma prensa;
➢ Fatores que afetam a qualidade dos vinhos de prensa:
• Condições de enchimento da prensa;
Resumo Enologia 1ªFrequencia
• Pressão máxima atingida;
❖ Após prensagem:
➢ Fermentação mais lenta:
• Vinho de prensa misturado com vinho de gota, ou não;
➢ Fermentação Malo-láctica;
➢ Trasfega e sulfitação;
❖ Operações pós-fermentativas:
➢ Estágio em madeira;
➢ Uso de alternativas em vinificação:
• Baunilha;
• Fumado;
• Ervas finas;
• Redondo;
• Especiarias;
• Volume de prova;
❖ Microxigenação:
➢ Adição de pequenas quantidades de O2 de forma controlada para que
ele interaja com os componentes do vinho;
➢ Períodos de aplicação:
• Plena fermentação alcoólica;
• Fim da fermentação alcoólica;
• Durante a fermentação maloláctica;
• Estágio;
➢ Em plena fermentação alcoólica:
• Melhora a evolução da cinética de fermentação;
• Diminuição dos riscos de paragem de fermentação;
➢ Fatores importantes nesta fase:
• Quantidade de oxigénio adicionada;
Resumo Enologia 1ªFrequencia
• Temperatura;
• Precocidade da aplicação.
➢ Fatores que afetam a dissolução:
• Temperatura;
• Altura da cuba;
• Débito do gás;
• Tipo de difusor;
• Provas diárias.
❖ Bâtonnage:
➢ = Vinho Branco
❖ Vinho Adamado:
➢ Vinho mais suave e doce;
➢ Baixo teor alcoólico;
➢ Vinho branco, tinto ou rosado;
➢ Quando ocorre a fermentação, esta é parada por adição de SO 2, ficando o
vinho com açúcar em quantidades variáveis;
➢ Tem necessidade de um mosto com teor em açúcar elevado;
➢ Com a tecnologia de hoje em dia obtem-se um vinho com teor alcoólico
baixo e acerta-se o nível de açucar com o mosto concentrado.
❖ Flavonóides - Antocianinas:
➢ Pigmentos responsáveis pela cor vermelha e violeta das uvas e do vinho;
❖ Flavanóis:
➢ São as unidades monoméricas dos taninos condensados (Compostos
complexos, amarelos ou castanhos, adstringentes e amargos,
durante o processamento e o envelhecimento os taninos
Resumo Enologia 1ªFrequencia
polimerizam que origina um aumento de peso, têm a capacidade de
se ligarem fortemente com as proteínas) e estão presentes na
pelicula e nas grainhas.
❖ Sustâncias Pécticas:
➢ Afetam a viscosidade do mosto que dificultam a clarificação,
prensagem e filtração.
❖ Engaço:
➢ Pobre em açucares;
➢ Os sais encontram-se sob a forma de sais de potássio;
➢ Rico em substancia fenólicas, taninos (adstringentes);
➢ Função: suporte e alimentação dos bagos.
Resumo Enologia 1ªFrequencia
❖ Composição Física da UVA:
➢ Pelicula:
• Revestimento: cutícula e Puina (camada cerosa que estimula
e facilita a fermentação, impermeável á agua e opõe-se á
evaporação);
• Formada por:
▪ Matéria corante: pigmentos amarelos (Flavonas),
vermelhos (Antocianinas);
▪ Compostos aromáticos: Taninos;
▪ Ácidos;
➢ Grainhas: Taninos, Óleos;
➢ Polpa:
• Formada por: Açucares; Ácidos orgânicos; Compostos
fenólicos, Compostos do aroma, Compostos azotados,
Substancias minerais, Polissacáridos.
APONTAMENTOS ENOLOGIA 1.ª FREQ
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APONTAMENTOS ENOLOGIA 1.ª FREQ
➢ As doses a utilizar dependem: Estado sanitário da uva; pH do
mosto ou vinho; Nível de higiene da adega; Técnica de aplicação.
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APONTAMENTOS ENOLOGIA 1.ª FREQ
❖ Aspetos toxicológicos:
➢ Algumas pessoas são mais sensíveis ao SO2 do que outras.
➢ Podem apresentar dor de cabeça, enjoos e inclusive reações alérgicas
significativas.
➢ Há um grupo particularmente sensível: asmáticos (hipersensibilidade).
➢ Há limites máximos a respeitar.
➢ Obrigatoriedade de conter no rotulo a indicação: Contem sulfitos (sais de acido
sulfuroso ou de outras formas de sulfitos. Utilizados também para a
conservação de outros alimentos).
❖ Regra prática:
➢ Considera-se que quando se adiciona SO2 a um vinho 2/3 ficam livres e 1/3
combina-se.
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APONTAMENTOS ENOLOGIA 1.ª FREQ
• Mais comuns: CO2 e Azoto (N2 );
• Previnem oxidação de mostos/vinhos impedindo o contacto com o ar.
• Usados na forma gasoso (geralmente) para remover o ar do espaço vazio no
cimo das cubas e para retirar o ar das mangueiras, filtros, permutadores de
calor, etc.
• Formam uma camada protetora à superfície do vinho.
• CO2 pode ser usado na forma de “gelo seco” mas pode originar carbonatação.
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