Você está na página 1de 40

1

Geografia Bíblica


2
Geografia Bíblica

Índice

Introdução.................................................................................................
......................................................................................3 1. O Local
Geográfico do Jardim do
Éden...................................................................................4 2. A
Jornada de
Abraão........................................................................................................
..........................................6 3. O Mundo Bíblico nos Tempos
dos Patriarcas..................................................................7 4. A
Jornada do Êxodo até Canaã
.............................................................................................................9 5.
A Cidade de Jericó
........................................................................................................................
................................11 6. Os Montes da
Bíblia............................................................................................................
.........................................12 7. Os Rios da
Bíblia............................................................................................................
....................................................17 8. As Árvores da
Bíblia............................................................................................................
......................................19 9. Distâncias Aproximadas de
Jerusalém p/ outras Cidades..........20 10. Massada em
Israel............................................................................................................
.................................................21 11. Descobertas
Arqueológicas (Qumran)
...............................................................................22 12. O Domo da
Rocha..........................................................................................................
................................................23 13. As Viagens Missionárias de
Paulo...................................................................................................25
14. O Ministério de Jesus na Judéia e na
Galiléia.........................................................27 15. Jerusalém nos
Tempos do Novo
Testamento.................................................................28 16. O
Emblema do Estado de
Israel...........................................................................................................
29 17. Israel nos dias de Hoje
........................................................................................................................
..................30
3
Geografia Bíblica

INTRODUÇÃO

É importante o estudo geográfico no contexto da bíblia por várias razões; Entre elas
destacamos a importância de se entender algumas coisas no AT. É evidente que
geograficamente falando, às atenções estarão para a Palestina, isto é, a terra prometida ao
servo de Deus Abraão (GN 12. 1), porém, é preciso um estudo afundo das terras dos
Filisteus, a possivel localização do jardim do Éden, onde ficava as cidades de Sodoma e
Gomora e muito mais. Vamos viajar através deste simples método geográfico. A geografia
bíblica trabalha com auxílio de outras ciências tais como: Arqueologia, História geral e
Cronologia bíblica. Neste manual o aluno irá perceber isto. O nosso método estará repleto de
fotos, mapas, gráficos para uma melhor compreensão do estudo. Nunca fui a Palestina, mas
através deste método de ensino, que dispusemos de testemunhas dos que já foram a
Palestina, com certeza estaremos com a “viagem” garantida para lá. O estudo geográfico é
indispensável para jovens pregadores, pois esta disciplina servirá de pano de fundo para
suas mensagens. Espero que este simples manual contribua um pouco para o seu
conhecimento geral, vamos a “viagem”então, para você caro aluno (a), uma boa “viagem”. A
criação do Estado de Israel ocorre em 1948, na Palestina com o retorno dos judeus ao
território de onde tinham sido expulsos 2 mil anos antes. Como idioma, retoma-se o hebraico,
até então só utilizado em cerimônias religiosas. A sua fundação gera uma das mais
importantes disputas territoriais do mundo, hoje motivo de complexas negociações de paz,
com os palestinos, habitantes da região, e com os Estados árabes vizinhos. Apesar do
território em grande parte árido, Israel desenvolve uma agricultura moderna, com apoio de
avançada tecnologia, o que permite a exportação de frutas e verduras. Conta também com
uma indústria de ponta. Mas, mesmo tendo a economia mais desenvolvida do Oriente Médio
,Israel depende muito da ajuda financeira e bélica do seu principal aliado, os Estados Unidos.
FATOS HISTÓRICOS – Pressionadas pelas constantes guerras com os vizinhos, as tribos
judaicas unificam-se sob o comando de Saul, por volta de 1.029 a.C. Davi o sucede, em
cerca de 1.000 a.C., e expande o território de Israel, que alcança o seu apogeu sob Salomão,
entre 966 a.C. e 926 a.C. Com a morte de Salomão, um período de crise põe em xeque a
sobrevivência da própria nação judaica, possibilitando sua conquista por vários povos
(babilônios, assírios, persas, gregos e romanos). Jerusalém é destruída pelo general romano
Tito, em 70 d.C. Expulsos do seu território, os judeus dispersam-se pelo mundo (ver a
Diáspora judaica). Em 636, os árabes ocupam a Palestina e convertem a maioria de seus
habitantes ao Islã. Após sucessivas invasões, a região é dominada pelos turcos e
incorporada ao Império Turco-Otomano por um longo período, de 1517 a 1917. Sionismo – O
atual Estado de Israel tem sua origem no sionismo (de Sion, colina da antiga Jerusalém),
movimento surgido na Europa no século XIX e que prega a criação de um país livre e sem
perseguições aos judeus. Seu ideólogo, Theodor Herzl, organiza na Basiléia, Suíça, o
primeiro congresso sionista, que aprova a formação de um Estado judeu na Palestina.
Colonos judeus da Europa Oriental, onde o anti-semitismo é mais intenso, começam a se
instalar na região, de população árabe majoritária. Em 1909, criam o primeiro kibutz (colônia
agrícola de caráter comunitário). A Palestina é ocupada pelo Reino Unido durante a 1ª
Guerra Mundial (1914-1918), com a retirada dos turcos. Em 1917, o chanceler britânico,
Arthur Balfour, declara o apoio do seu país ao estabelecimento de um lar nacional dos judeus
na Palestina, sob a condição de serem respeitados os direitos das comunidades não-judaicas
ali existentes. Três anos mais tarde, o Reino Unido recebe um mandato da Liga das Nações
para administrar a Palestina. Mas, sob a égide britânica, agravam-se os conflitos com as
comunidades árabes, que têm anseios nacionais próprios e sentem-se ameaçadas pelo
sionismo. O grande momento não só para a nação de Israel e para o calendário profético foi
o grande dia de 1948, com assinatura do Brasileiro Osvaldo Aranha
4
Geografia Bíblica

1. O Local Geográfico do Jardim do Éden

Língua Hebraica

1. A formação do “jardim”, está escrito no texto de (GN 2. 8-14), para uma exposição breve
dos termos, veremos acima o texto hebraico.

O termo em hebraico “eden”, (está destacado), tem o significado ao pé da letra de delicia ou


deleite. Ao contexto, é um lugar onde o Senhor Deus plantou de árvores, convertendo-o em
um jardim, que pela sua posição foi chamado de Éden. A discussão da criação do jardim não
é colocada em cheque, mas, onde se localiza hoje! No texto acima temos citações de quatro
rios, para uma análise mais aprofundada veremos abaixo alguns em hebraico.

Na terceira teoria, indica que o local estaria em algum lugar próximo ao Golfo Pérsico, no
atual Iraque.
d) Mas, há grandes teólogos que afirmam que local do Jardim do Éden é desconhecido, no
que diz respeito a sua localização geográfica, isto é, não existiu em nenhum local terreno.
Lembrando que estas são apenas teorias, e você mesmo pode continuar pesquisando o
assunto.

“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda da oriente; e pôs ali o homem que
tinha formado. E saia um rio do Éden para regrar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro
braços. O nome do primeiro é Pisom: este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro e, o
ouro dessa terra é bom; ali há o bdelio, e a pedra sardônica. E o nome do segundo rio é Giom: este
é o que rodeia toda a terra de Cusi. E o nome do terceiro rio é Tigre este é o que vai para a banda do
oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates” (Gn 2. 8, 10-14).

Local Geográfico
Rio Pisom (Gn 2.11)

Rio Giom (Gn 2.13)

Jardim
do
Éden
Rio Tigre (Gn 2.14)

Rio Eufrates (Gn 2.14).


5
Geografia Bíblica

Monte Hermon
Rio Tigre

Rio Eufrates
Rio Jordão
Mesopotâmia
Mar da Galiléia
Fértil Crescente

Jardim do Éden = Homem


Mar Morto

Rio Nilo

Mar Vermelho Golfo Pérsico

2. O Local Geográfico

Localização do Jardim do Éden


As teorias referentes à localização do jardim do Éden são numerosas. Aquela que é mais comumente
sustentada, por Calvino, por exemplo, e, em tempos mais recentes por Friedrich Deutzsch e outros, é
aquela que diz que o jardim ficava em algum lugar no sul da Mesopotâmia, e que o Pisom e o Giom eram
ou canais que ligavam o Tigre e o Eufrates, trubitários que se reuniam aos mesmos, ou, conforme certa
teoria, que o Pisom era a massa de água do golfo Persa e do mar Vermelho, incluindo a península árabe.
Essas teorias supõem que os quatro 'braços' de Gn 2:10 são tributários que se unem numa só corrente, a
qual então deságua no golfo Persa; porém, há outro grupo de teorias que reputa esses 'braços' como
referentes a ramos que se espalhariam partindo de uma fonte original comum, teorias essas que buscam
localizar o jardim na região da Armênia, onde tanto o Tigre como o Eufrates têm a sua nascente. O Pisom
e o Giom são então identificados com vários fios menores da Armênia e da Trans-Caucásia, e em
algumas teorias, por extensão, supondo-se ignorância geográfica por parte dos seus autores, que
afirmam que tais rios seriam o Indos ou até mesmo o Ganges.
A expressão 'da banda do Oriente', isto é, do Éden (Gn 2:8), literalmente, 'no Éden da parte da
frente', poderia significar ou que o jardim ficava na porção oriental do Éden, ou então que o Éden
ficava para o oriente, do ponto de vista do narrador, sendo que alguns comentadores têm considerado
que essa expressão realmente significa 'no Éden, nos tempos antigos'; porém, em qualquer dos casos,
na ausência da certeza quanto ao sentido das outras indicações de localidades, essa informação não
pode estreitar mais ainda o seu significado.
Em vista da possibilidade que, se o dilúvio foi tão universal quanto é sugerido pela narrativa bíblica,
então as características geográficas que nos auxiliariam na identificação do local do Éden foram assim
alteradas, a localização do Éden permanece desconhecida.

A onde está o Jardim do Éden Hoje? *Muitos alunos já me procuram para perguntar a onde está
atualmente o Jardim do Éden: Alguns dizem que Deus levou para o Céu. Mas isto não condiz com as
Sagradas Escrituras, pois o Jardim era Literal (Vegetal) e não Espiritual. O único que tinha de especial
no Jardim era a ÁRVORE DA VIDA (Gn 3.22,24). pois como o Jardim era literal se desfez pelo tempo
 Leia: (Is 51.3; Ez 36.35; Jl 2.3).
Geografia Bíblica - 6 - 2. A Jornada de Abraão

“Ora o Senhor disse a Abrão: Sai-te da terra, e da tua parentela,


e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1).

A Jornada de Abraão

Após Abrão ouvir a voz de Deus, ele partiu da terra de onde morava: UR DOS CALDEUS
(Gn 11.31). (seus pais eram idolatras Jos. 24.2). Passou pela antiga Babilônia; atravessou o rio
Eufrates, até chegar em Mari; e após chegou em Harã (Gn 14.4); de Harã foi para Hamate; de
Hamate passou pelo mar da Galiléia até chegar em Siquém (Gn 12.6); depois partiu para
Hebrom (próximo ao mar Morto), até chegar na terra de Gozem (Gn 12.10).
Chamada e Jornada de Abraão

Geografia Bíblica - 7 - 3. O Mundo Bíblico nos Tempos

dos Patriarcas

SEM, CÃO E JAFÉ

(Gn 10.1-32)
SEM foi para ÁSIA
CÃO foi para ÁFRICA
JAFÉ foi para EUROPA

O mundo bíblico do AT

O AT de acordo com os eruditos, pode perfeitamente ser classificado por três pensamentos
básicos;

1. O que Deus prometeu a Abraão;


2. A nação de Israel e o seu concerto com Deus;
3. Davi recebendo a promessa de Deus.

No primeiro momento Deus prometera que os descendentes de Abraão seriam abençoados. Já


com referência a nação de Israel, o simples pedido, era para que eles fossem obedientes ao
Senhor. A ordenança para eles era, para que não chegassem perto de ídolos para o adora-los.
Já no terceiro momento, fosse, que sua família reinaria para sempre o povo de Deus. Quando
por fim, a nação de Deus se tornou grande, Deus escolheu uma família do meio desse povo, a
família de Davi! E com esta família começou a realizar suas promessas, a saber; Que desta
família haveria um grande rei, Jesus.

4. Importantes datas do AT
Adão Cerca de 4004 – a.C
Abraão Cerca de 2000 - 1850 a.C.
Moisés Cerca de 1400 - 1300 a.C.
Rute Cerca de 1125 - a.C.
Davi Cerca de 1011 a.C.
Divisão do reino Cerca de 931 a.C.
Cativeiro de Israel Cerca de 722 a.C.
Cativeiro de Judá Cerca de 605 a.C.
Ester a rainha Cerca de 478 a.C.
Neemias e os muros Cerca de 444 a.C.

A nação hebraica foi estabelecida para que, por ela, o mundo inteiro fosse abençoado, a nação
Messiânica. O meio pela qual esta benção chegaria ao mundo seria através da família de Davi, a
família Messiânica. E o meio pela qual a benção da família de Davi se comunicaria ao mundo
seria O GRANDE REI QUE NASCERIA DELA: O MESSIAS.
Geografia Bíblica - 8 -

Exercício 1

1. A onde está o Jardim do Éden?


_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

__________________________________________________
______ 2. Quantos Rios tinha no Jardim do Éden e quais
são os nomes deles?

_________________________________________________________________
_______
_________________________________________________________________
_______

_________________________________________________________________
_______
_________________________________________________________________
_______

_________________________________________________________________
_______ 3. A onde Abraão morava quando Deus o chamou?

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
________________________________________________________

4. Quais são os três filhos de Noé ?


_______________________________________________________

_______

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

________________________________________________________

5. Quantos anos têm aproximadamente de Adão até hoje?

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
Geografia Bíblica - 9 -
4. A Jornada do Êxodo até Canaã

Do Êxodo á terra Prometida

“Assim partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, coisa de seiscentos


mil de pé, somente de varões, sem contar os meninos. E subiram com eles uma multidão
de gente, e ovelhas, e vacas, uma grande multidão de gado. E cozeram bolos asmos da
massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado, porquanto foram lançados
do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida. O tempo que os filhos de
Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos”. (Êx 12.37-40).

Partiram de Ramessés (Êx 12.37) para Sucote; de Sucote para Etã (Êx 13.20); de Etã para
Pi-Hairote (Êx 14.2); depois para Baal Zefam, entre Migdol (onde passaram pelo Mar Vermelho)
(Êx 140. 2); depois para Mara (Êx 15.23); depois para Elim (Êx 15.27); depois para o deserto de
Sim onde eles acamparam ali por dois meses (Êx 16.1); depois para Refidim (Êx 17.1); depois
chegaram ao monte SINAI (monte de Deus) (Êx 19.1,2) (Obs: o monte Sinai e o monte Horebe
são um só monte). Ali Moisés recebe os DEZ MANDAMENTOS (Êx 20.1-26); partiram do Sinai
para Taberá (Nm 10.33;11.3); depois para Quibrote- Hataavá (Nm 11.35); depois para Hazerote
(Nm 11.35); depois partiram para Horma, Cades Barnéia (Nm 21.13); depois partiram para o
monte HOR, onde Arão irmão de Moisés sobe ao monte e morre ali (Nm 20.22-29); do monte
Hor partiram para Edom, onde foi feita a serpente de metal (Nm 21.5-9); depois partiram para
Moabe (Nm 21.11); depois para Abarim Obote, até chegar próximo ao rio Jordão no monte
NEBO, onde Moisés o grande líder morre ali (Dt 34.1-8). Finalmente atravessaram o rio Jordão e
chegaram a terra prometida (CANAÃ) = Jericó, Belém, Jerusalém (Jos 14.1).

Geografia Bíblica - 10 -
Quem foi o Faraó do Êxodo?

Após a meia noite, o povo saiu de Ramassés para Sucote, sendo 603.550 (Nm 1.46)
homens, sem contar as crianças (Ex 12.37),somando aproximadamente 3 milhões de almas, no
primeiro mês (Nisan ou Abib), no décimo-quarto dia, quando foi instituída a Páscoa (Ex 12.1-51).
Israel peregrinou no Egito 430 anos (Ex 12.40).
Há duas correntes sobre quem foi o Faraó que Moisés enfrentou antes do Êxodo:
a) Amenotepe II (1450-1420 a.C.);
b) Merneptá (1235-1220 a.C.).
Ocorreu-se sob o domínio de Amenotepe II, então o Faraó opressor foi Tatmés III (1510 a.C),
sendo sua irmã chamada Hatchepsute (quem criou Moisés), ou se dominava Merneptá, então
Ramasés II foi o grande opressor de Israel. Ramasés II governou por 65 anos. Moisés foi
criado sob o governo de Totmés III ou Ramsés II.

A Divisão das Doze Tribos de Israel em Canaã

 Como foram feitas as divisões das terras para as doze tribos de Israel? “Era,
porem, Josué já velho, entrado em dias; e disse-lhe o Senhor:
Já estais velho, entrado em dias, e ainda muitíssima terra ficou para possuir” (Js 13.1).
“Reparte, pois, agora esta terra por herança...” (Js 13.7).
“...e Josué, filho de Num, e os cabeças dos pais das tribos dos
filhos de Israel lhes fizeram repartir” (Js 14.1).
Todas as tribos de Israel receberam terras por heranças, mas somente a tribo de Leví não
recebeu herança de terra (Js 13.14,33); o porque não recebeu herança?
Possivelmente porque eram sacerdotes e tinham que ficar espalhados pelas tribos de Israel,
pois o povo precisava dos auxílios dos sacerdotes de Deus”.

Geografia Bíblica - 11 -

5. A Cidade de Jericó

Está a 250 metros acima do nível do Mar Mediterrâneo. É um oásis que se estende no Vale
do Jordão, e que se prolonga desde as neves do monte Hermon até o Golfo de Ákaba. A riqueza
de seu solo é conhecida, as suas numerosas fontes, os seus laranjais, as suas bananeiras e as
suas tamareiras. Jericó foi conhecida como a cidade das palmeiras. Seus invernos criam uma
espécie de encantamento no variado de suas flores.
Era uma cidade cercada por muralhas e portas de considerável resistência (Js 2.5,15),
sendo a primeira cidade conquistada por Josué, que a amaldiçoou (Js 6.26), acontecendo sua
condenação 500 anos mais tarde, sobre Hiel, de Betel. (1 Rs 16.34). No tempo de Cristo era a
segunda cidade da Judéia.
Caminho original (hoje asfaltado) da Galiléia para
Jerusalém . Por este local, em Jerico, passou
Jesus muitas vezes em sua trajetória para
anunciar o reino dos céus às ovelhas perdidas da
casa de Israel.
Geografia Bíblica - 12 -

6. Os Montes da Bíblia
“Os montes se derretem diante do Senhor,
e até Sinai diante do Senhor Deus de Israel” (Jz 5.5).
1. Tabor (Jr 46.18)
Significa “altura”, e está localizado a 16 Km a sudoeste do Mar da Galiléia, tendo a forma
de cúpula, e cerca de 588 metros de altura e um platô de mais de um quilômetro, e uma largura
média de 400 metros. Está distante de Nazaré 8 Km. de seu alto contempla-se a rica planície de
Esdraelon (Esdrelom), que em hebraico é Jezreel, conhecido como o campo de batalha das
nações. Para o Tabor foi atraído o exercito de Baraque para vencer Sísera (Jz 4.6,14), enquanto
Débora entoava o seu hino de guerra (Jz 5.31).
Anteriormente, o monte Tabor indicava o limite entre os territórios que pertenciam às tribos
de Zebulon, Issacar e Naftali (Js 19.10,17,32).
Foi nesse monte que a profetiza Débora ordenou a Baraque reunir dez mil homens dos
filhos de Naftali, e dos filhos de Zebulon, para combater contra o exército de Jabim (Jz 4.1-16).
Também o profeta Oséias menciona o monte Tabor quando repreende os chefes israelitas pela
sua corrupção idólatra (Os 5.1).
É o chamado Monte da Transfiguração, onde Jesus transfigurou-se diante de Pedro, Tiago
e João (Mt 17.1-5; Mc 9.1-13; Lc 9.28-36).

Vista do Monte Tabor

Geografia Bíblica - 13 -

2. Monte Caveira

No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e nele tem um sepulcro novo, onde
ninguém ainda havia sido sepultado. Por ser o dia da Preparação para os judeus e pelo túmulo
estar perto, colocaram ali o corpo de Jesus. (Jo 19.41,42)

O Sepulcro de Jesus
Devia ser adequado para um judeu rico da época (mt
27.57), no qual ninguém ainda havia sido posto (Jo
19.41).
2. Era escavado na rocha (Mt 27.60). 3. Estava situado
perto
do lugar da crucificação (monte Caveira) (Jo 19.17,40,41),
e
de um horto ou jardim (Jo 19,41). 4. Da parte externa se
podia ver dentro do sepulcro (Jo 20.5), e era espaçoso
(Lc
24.1-4); 5. Havia um rego onde uma grande pedra podia ser
rolada para selar a entrada do sepulcro (Mt 27.60).

3. Sinai (Êx 19.2) Tem sido aceito o significado de “lamento”, “barrento” e “brilhante”. Está
localizado entre os golfos de Suez e Ácaba. É também chamado de Horebe (Êx 19.1,2), região onde
o povo de Israel acampou depois de ter saído da terra do Egito, passando por Mara, Elim e Mar
Vermelho. Em seu topo, Moises recebeu os Dez Mandamentos e outros preceitos (Êx 19; Nm 10).
Os israelitas acamparam em frente ao monte por quase um ano. Em sua base foi ratificado o pacto
formando a nacionalidade hebraica (Êx 20.1-24.8). O profeta Elias, séculos mais tarde, fugindo das
ameaças de Jezabel, abrigou-se no Monte Horebe (1 Rs 19.8,9). Tem uma altura de 2.603 metros.
4. Ararate (Gn 8.4) Significa “terra sagrada”. Tem altura de 5.610 metros, e fica na Armênia. É o
lugar das nascentes dos Rios Eufrates, Tigre e Aras. Designa o lugar onde a arca de Noé repousou
(Gn 8.4). A subida é muito difícil e trabalhosa. Os filhos de Senaqueribe refugiaram-se no monte
Arará após matarem seu pai (2 Rs 19.37). Apesar dos esforços de várias expedições ao local, o fato
é que nunca foi encontrada. O importante é que cumpriu sua finalidade, e desapareceu.

5. Basã (Sl 68.15) No hebraico significa “solo fértil”, “país fértil”, “frutífero”, “terra larga” e tem
1.848 metros de altitude, sendo comparado como o “monte de Deus” (Sl 68.15). A primeira citação
que se faz de Basã está em Nm 21.33, quando os israelitas derrotam o rei Ogue, em Esdrel (uma de
suas cidades). Foi o último rei morto da raça dos “refains” (Gn 14.5). Estende-se de Gileade, ao Sul,
até o Monte Hermom, ao norte, onde começa. Moisés registra em Dt 3.4,5 que as cidades ali
existentes (em torno de sessenta) “eram fortificadas com altos muros, portas e ferrolhos; além de
outras muitas cidades sem muros”, as quais foram destruídas. Na partilha das terras, Basã tocou à
meia tribo de Manassés (Dt 3.1-7). As riquezas dessa terra estão no Antigo Testamento: Dt 32.14; Ez
38.18; Is 2.13 (que descreve suas florestas de carvalhos de uma verdura perene, ainda existentes) e
também em Zc 11.2; Ez 27.6 e Am 4.1.
Geografia Bíblica - 14 -

6. Carmelo (Js 19.26) Significa, no hebraico, “jardim”, “campo Fértil”, “lugar bem coberto de
vegetação”, “campo plantado”, “porquê”. É uma cadeia de montanhas situada na parte da Palestina
central (Samaria), terminando num promontório que avança pelo Mar Mediterrâneo (em Acre-Haifa).
Tem aproximadamente 30 quilômetros de extensão, com o ponto mais elevado de 575 metros acima
do nível do mar. É de excelente vegetação e coube à tribo de Aser (Js 19.26). É constituído de
rochas caucáreas e aos lados da cordilheira abrem-se algumas cavernas. Relaciona-se com a
história de Elias e Eliseu. Nesse monte Elias desafiou e derrotou os profetas de Baal e Aserá (1 Rs
18-19). Dali, Elias orou e Deus enviou chuva depois de uma seca que durou três anos e meio. No
Carmelo, Eliseu recebeu a visita da mãe cujo filho fora ressuscitado.

7. Ebal (Js 8.30) Significa “descoberto”, e está situado a 52 Km ao norte de Jerusalém, e 10 Km


ao sudeste da cidade de Samaria. Eleva-se a 1.015 metros acima do mar, sendo rochoso, com
muitas escarpas e destituído de vegetação. Está próximo ao Monte Gerizim, separados por um
profundo vale, onde ficava a cidade de Siquém. Nesse monte, Moisés ordenou que fosse perpetuada
a Lei do Senhor, em pedras rebocadas com reboco (Dt 27.2-5). Sobre esse monte era pronunciada a
maldição aos que eram culpados de crimes hediondos (Dt 11.29), pelos representantes das tribos de
Rúben, Gade, Aser, Zebulon, Dã e Naftali.

8. Gerizim (Dt 11.29) No hebraico significa “terra estéril”. Ao lado do monte Ebal, com 900 metros
acima do nível do mar, ao sul da entrada do vale de Siquém (Js 8.33; Jz 9.7; Jo 4.20,21). Desse
monte, o povo de Israel (a metade das tribos) respondia às bênçãos, enquanto os levitas ficavam
com a arca entre os dois montes (Dt 11.29; 27.12,13). É um lugar sagrado para os samaritanos. Foi
a esse monte que Jesus e a mulher samaritana se referiram (Jo 4.20,21). O poço de Jacó ficava no
sopé desse monte.

9. Gilboa (1 Sm 31.1) Do hebraico, significa “fonte”, “Fonte rumorosa”. Eleva-se ao lado da


cidade de Jezreel até à altura de 600 metros acima do nível do mar. Acidentado, com desfiladeiros
suaves e íngremes e escabrosos, com verdadeiros abismos. Foi nesse monte que Saul enfrentou os
filisteus e onde encontrou sua morte, sendo seu último campo de batalha (1 Sm 28.4; 31. 1-8; 2 Sm
1.6,21; 21.12; 1 Cr 10.1-8).

10. Hermom (Js 12.1) No hebraico, “montanha sagrada” ou “pico de montanha”. Fica na Síria,
fronteira natural do norte com a Terra Prometida. Atinge cerca de 2.814 metros de altura, sendo o
monte mais elevado da Síria. Desde o Mar Morto pode-se avistá-lo e a neve o recobre a maior parte
do ano. Ao derreter, serve de suprimento de água para o rio Jordão, e daí para o Mar Morto. Os
antigos sírios consideravam-no como o lugar santo da sua religião, o mais alto de todos os lugares
altos de Baal. Das águas do Mar da Galiléia reflete o toucado de neve Monte Hermon.

11. Hor (Nm 20.22) Significa “a montanha”, “monte”. Existem dois montes com esse nome: um,
localizado nos confins da Iduméia, na fronteira da terra de Edom (Nm 20.22, onde Arão morreu). O
outro, ao norte da Palestina, entre o Mar Mediterrâneo e a aproximação a Hamate (Nm 34.7,8).
Provavelmente era um dos picos proeminentes do Líbano.

12. Horebe (Êx 3.1) Significa “deserto”, “sequidão”, “uma terra deserta”. (Êx 3.1; 17.6). É o monte
de Deus. É o mesmo que Sinai (Lamento, barrento e brilhante), acreditando-se que Horebe é a
cordilheira, enquanto o Sinai é um pico saliente, mais ao sul dessa cordilheira. Tem 2.603 metros de
altura. Após três meses de saída do Egito, o povo de Israel chegou ao Monte Sinai. Acamparam no
sopé desse monte, por onze meses. Foi aí que Moises viu a sarça ardente (Êx 3.1); que a rocha foi
ferida para jorrar água para os israelitas; onde Deus entregou a Moisés os dez Mandamentos (Dt
1-2) e também onde o povo provocou o Senhor Deus adorando o bezerro de ouro (Êx 33.6). O
profeta Elias visitou esse monte (1 Rs 19.4-8).

13. Líbano (Jr 18.14) Significa “muito branco”, “neve”, “branco”. Fica ao norte da Palestina como
uma cadeia montanhosa cujos picos permanecem cobertos de neve; É famoso por seus belos
cedros (Dt 1.7; 1 Rs 5,6; 2 Rs 19.23; Ed 3.7; Ez 27.5; Os 14.5; Zc 11.1); é revestida de olivais, de
vinhas; há muitas fontes de água cristalina, vales férteis e mais o cheiro agradável dos arbustos
Geografia Bíblica - 15 -

corroboram com a linguagem das Escrituras em chamar “a glória do Líbano” (Is 35.2). A parte mais
alta tem 3.000 metros. O vale do Jordão é uma continuação do vale do Líbano.

14. Moriá (2 Cr 3.1) “A terra de Moriá” foi o local para onde Deus mandou Abraão oferecer
Isaque em holocausto (Gn 22.2), sendo o mesmo Monte onde Davi levantou ao Senhor um altar (na
eira de Araúna, o Jebuseu 2 Sm 24.18). Nesse mesmo monte foi edificado a casa do Senhor, onde
Ele se tinha mostrado a Davi (2 Cr 3.1). Hoje, o rochedo de Moriá situa-se dentro do Domo da
Rocha, na cidade velha de Jerusalém. Tem cerca de 15 metros de comprimento por 12 metros de
largura. Enquanto o rochedo fez parte do Templo, foi utilizado para os sacrifícios, escorrendo o
sangue das vítimas por um orifício que ainda hoje é visível.

15. Nebo (Dt 32.49) É um monte de Moabe, de onde Moisés viu a Terra da promissão. Pela sua
altitude, vê-se o Monte Hermom, as montanhas de Naftali e a região serrana de Efraim e de Judá.
Também se avista o Mar Morto, o Monte Carmelo e o Vale do Jordão, entre outros. Sua altitude é de
793 metros acima do nível do mar.

16. Oliveiras, das (At 1.12) Situa-se na parte leste de Jerusalém, para além do Vale do Cedron.
Tem um cumprimento de mais de um quilometro, sobrepondo-se cerca de 100 metros à cidade
velha. De seu alto pode-se contemplar a cidade velha, os montes de Moabe e até o Mar Morto. O
Monte das Oliveiras é separado da cidade velha pelo Vale do Cedron. O sofrimento de Jesus após a
Ceia, no Cenáculo, foi entre as oliveiras. Desse monte Jesus ascendeu ao céu. Foi testemunha de
vários eventos: (At 1.12; 2 Sm 15.30,32; 1 Rs 11.7; Ne 8.15; Zc 14.4; Jo 7.53; 8.1; Lc 19.29,30,37; Mt
24.3; 26.30).
Monte das Oliveiras

17. Pisga (Dt 34.1) Significa “divisão”. É uma cordilheira perto do extremo noroeste do Mar
Morto, cujo pico mais alto é o Monte Nebo (Dt 32.49). Foi nesse monte que estiveram Balaão, e
Balaque, que edificou sete altares (Nm 23.14).
18. Seir (Js 15.10) Significa “áspero” ou “cabeludo”. Designava uma cordilheira da terra de
Edom, região que se estendia desde o Mar Morto até o Mar Vermelho, com 160 Km de comprimento
por 30 Km de largura, e habitado pelos horeus (Gn 14.6) Esaú habitou em Seir. No Novo Testamento
é conhecido pelo nome de Iduméia.
19. Sião (Dt 4.48) No hebraico significa “fortaleza”, e ocorre muitas vezes em citações nas
páginas do Antigo Testamento. É conhecido como colina onde foi construído o grande Templo. Por
suas conotações religiosas, Sião veio a ser considerada como a cidade de Deus (pois a arca havia
sido levada para Jerusalém (2 Sm 6.1-22). Foi chamada a “cidade do grande Rei” (Sl 48.2; 46.4); o
monte santo (Sl 2.6); o santuário de Deus (Sl 20.2); lugar de louvor e adoração, onde habita o
Senhor (Sl 9.14); onde Davi construiu sua casa (Ne 12.37) e onde foi enterrado. Seu tumulo foi
construído em pedra e coberto de bordados. Em sião, Salomão construiu o Templo (2 Sm 24.18), e
de Sião sairá a Lei (Is 2.2,3), o Libertador (Rm 11.26; Ap 14.1)
20. Abarim (Nm 33.47) Significa “do outro lado”, “regiões do além”. Nos tempos antigos
localizava-se na terra de Moabe, defronte de Jericó (Nm 33.47). É uma cordilheira montanhosa de
onde o Monte Nebo faz parte. Pisga é o pico mais alto do Monte Nebo e de onde Moisés pôde
contemplar a terra prometida (Dt 3.27).
Geografia Bíblica - 16 -

Exercício 2

1. Quantos anos o povo de Israel habitaram no Egito?


_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________

_______
____________________________________________________
______ 2. Qual foi a tribo de Israel que não recebeu herança de terras?

_________________________________________________________________
_______
_________________________________________________________________
_______

_________________________________________________________________
_______
_________________________________________________________________
_______

3. Qual foi o Monte que Jesus se transfigurou nele?


_______________________________________________________

_______

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
____

4. Qual é a diferença entre o Mote Horebe e o

Monte Sinai?

_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
__________________________________________________________

5. Qual foi o monte a arca de Noé repousou nele?


_______________________________________________________

_______

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

____________________________________________________

______

Geografia Bíblica - 17 -

7. Os Rios da Bíblia

Rio Jordão
1. Jordão (Mt 3.13)
Significa “descendo”, “o que desce”. É o rio que desce ao leste da Terra Santa (Gn 13.10),
e o mais importante da Palestina. Nasce em Banias, antiga Cesaréia de Filipos, cujas águas
fluem abundantemente de uma caverna aberta em um penhasco elevado. Encaminha-se para o
sul desaguando no Mar da Galiléia depois de 20 quilômetros. Entrando no Mar da Galiléia, que
tem 23 quilômetros de comprimento, segue seu rumo, de maneira sinuosa, Até o Mar Morto. Tem
260 Km de extensão, e nunca levou embarcação comercial. Suas águas quando chegam ao Mar
da Galiléia, já está com 225 metros abaixo do nível do mar. Ao desaguar no Mar Morto, tem 425
metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo (Gn 32.10; 2 Sm 2.29; 2 Rs 28.14; Mt 3.5,13).

2. Nilo Gn 41.1)
Significa “escuro”, “túrbido”. (o maior rio do mundo) Tem 6.690 Km de extensão,
começando na África equatorial e segue para o norte indo desaguar no Mar Mediterrâneo, por
meio de sete saídas principais. Em seu curso forma um gigantesco “S”, antes de entrar no
território egípcio. Descendo, passa por seis grandes cataratas, escavando uma profunda e
estreita garganta. Sem ele, seria impossível a vida na região. (Gn 12.10; Êx 1.22; Is 7.18; Jr
46.7).
3. Cedrom (escuro, turno, melancólico) (Jo 18.1)
É um riacho que atravessa o vale de Josafá, e fica entre o muro do leste da cidade de
Jerusalém e o monte das Oliveiras. O Cedrom deságua no Jordão, em uma garganta estreita,
com 366 metros de profundidade, Muitos fatos históricos ocorreram no Cedrom, como Davi, que
o atravessou quando fugia de Absalão (2 Sm 15.23); Asa destruiu e queimou os ídolos de sua
mãe Maaca (1 Rs 15.13) e nele foram lançados ídolos e escombros pelos seguidores de Yahweh
Leia:(2 Rs 23.4,6,12; 2 Cr 29.16; 30.14; Jr 31.40).
4. Eufrates (Ap 16.12)
Significa “fruição”, “água doce”, “com bons vaus”, “largo”, “doce”, “irromper”. Nasce na
Armênia e tem 3.093 Km de curso total. Reúne-se ao rio Tigre e desemboca no Golfo Pérsico.
Era um dos rios do paraíso (Gn 2.14). Em seu vale estavam situadas as cidades de Babilônia,
Carquemis, Acabe, Ereque e Ur, como as mais importantes. O domínio de Salomão ia até o rio
Geografia Bíblica - 18 -

Eufrates (1 Rs 4.24). É navegável e o desgelo da neve, em suas cabeceiras, faz o rio encher,
entre março e maio. (Gn 15.18; Dt 1.7; Js 1.4; 2 Rs 23.29; Jr 13.4; Ap 16.12. 5. Farfar (2 Rs
5.12)
Significa “rápido”, um rio de Damasco, e mencionado por Naamã como segundo opção
para banhar-se, após o profeta Elizeu ordenar ir ao rio Jordão. Forma-se pela confluência de
correntes que descem do monte Hermom.
6. Giom (Gn 2.13)
Significa “fonte”, “rio”, “corrente”, “irrompimento” sendo um dos quatro rios do Paraíso,
citados em Gênesis 2.13. Existia também a “fonte Giom”, que era a mais importante fonte que
supria de água a Jerusalém, localizada no Vale do Cedrom, e protegia contra violação dos
inimigos. Nos tempos do rei Ezequias, ele construiu um túnel com 542 metros de comprimento (2
Cr 32.2-4). Salomão foi ungido rei em Giom (1 Rs 1.33,38,45).
7. Jaboque (Gn 32.22)
Significa “efusão”, “despejado”, “fluir fora”, “adiante”. “Nasce perto de Rabá-Amom; dirige se
para o nordeste, durante um curso de 22 quilômetros onde toma a direção para noroeste. Depois
de um curso de cerca de 28 quilômetros, dirige-se para o ocidente e entra no vale que divide o
Monte Gileade. Imergindo no vale do Jordão, torce para sudoeste e entra no Jordão cerca de 80
quilômetros ao sul do Mar da Galiléia e cerca de 42 quilometros ao norte de Mar Morto”. Foi onde
Jacó lutou com um anjo e também se reconciliou com Esaú (Gn 32.22). 8. Abana (rochoso) (2 Rs
5.12)
Nasce nos montes de Antilíbano, e é o principal rio de Damasco (2 Rs 5.12). Desemboca
em um lago raso, trazendo vida e prosperidade à cidade mais antiga do mundo. Hoje se chama
Barada Nele desejava Naamã ser banhado quando Eliseu mandou que o mensageiro o dissesse
para banhar no rio Jordão (2 Rs 5.10-13).
9. Arnom (rápido, fragoroso, murmúrio) (Is 16.2)
Servia de termo entre Moabe e os amorreus (Nm 21.13), e deságua no Mar Morto.
10. Pisom (Gn 2.11)
Significa “grande difusão de água”, “canal”, “correnteza cheia”. É o nome de um dos quatro
rios do Éden (Gn 2.11; 12.10-14)
11. Quebar (Ez 1.1)
Significa “comprimento”. Rio da Mesopotâmia, em cujas águas o rei Nabucodonozor
implantou uma colônia de judeus, e Ezequiel teve algumas das suas visões (Ez 1.1; 3.15,23) 12.
Querite (1 Rs 17.3)
Ribeiro de águas existente na Transjordânia, que possivelmente deságua no Jordão. Foi
nesse ribeiro que o profeta Elias escondeu-se após fugir da rainha Jezabel (1 Rs 17.3,5). 13.
Tigre (Dn 10.4)
Nasce na Armênia e deságua no rio Eufrates. É um dos quatro rios do Éden (Gn 2.14).
Percorre cerca de 1.130 quilômetros até juntar-se ao rio Eufrates para desaguar no Golfo
Pérsico. Tem um comprimento de 1900 quilômetros, e desce a antiguidade vem sendo pontilhado
por diversas civilizações desaparecidas. Hoje, passa pelo centro de Iraque e foi onde um anjo
apareceu a Daniel (Dn 10.4).

Mar da Galiléia

Um grande lago de água doce e potável. Foi dado o nome de mar por sua grande extensão. No
AT é chamado de “mar de quinerete”, por motivo de seu formato parecer u instrumento musical
por nome de cítara.

a) Outros nomes: Lago de Genezaré (LC 5. 1; MC 6. 53), mar de Tiberiades, mar da Galiléia
(MT 4. 18). O mar da Galiléia está situado ao extremo norte de Israel e faz divísa com a Síria.
Geografia Bíblica - 19 -

8. As Árvores da Bíblia

Uma Oliveira que tem aproximadamente 2.000 anos

As Árvores que são mencionadas na Bíblia na ordem alfabética


1. Acácia – Árvore que produz a goma arábica. (Êx 25.10,23; 26.15; 27.1; Js 41.19).
2. Álamo – Arvores grande. (Gn 30.37; Os.13).
3. Amendoeira – Cresce em média 8 metros. (Gn 30.37; Êx 25.33-36; Gn 43.11; Nm 17.8). 4.
Amoreira (Balsamária) – (2 Sm 5.23,24; 1 Cr 14.14,15. Em Lc 17.6) é traduzida sicômoro. 5.
Buxo – Árvore que assemelha à murta. (Js 60.13; 41.19).
6. Carvalho – Há 300 espécies e de grande longevidade. (Gn 35.8; Gn 12.7; 13.18; 35.4; Js 24.26;
Jz 6.11,19; 2 Sm 18.9; Is 44.14; Ez 6.13; Am 2.9; Os 4.13).
7. Cedro do Líbano – Pode atingir 40 metros de altura. (Js 2.13; 14.8; Ez 17.22,23; 31.3-18; Am
2.9; Zc 11.2; Ez 27.5; 2 Sm 5.11; 1 Rs 5.8; Ed 3.7; Sl 92.12).
8. Cipreste – A arca foi construída com essa madeira. (Gn 6.14; 1 Rs 5.10; Js 44.14). 9. Faia –
Árvore de tronco direito e liso, empregado para instrumentos de música. (2 Sm 6.5). 10. Figueira –
Pode atingir 9 metros de altura. (Gn 3.7; Dt 8.8; Nm 13.23; 1 Rs 4.25; Mq 4.4; Mt 24.32; Mc
11.12-14).
11. Macieira – (Pv 25.11; Ct 2.3,5; 7.8; 8.5; Jz 1.12).
12. Mostarda – (Mt 17.20; Lc 17.6; Mt 13.31).
13. Murta – De folhagem sempre verde. Fruto comestível. (Is 41.19; Ne 8.15; Js 55.13). 14.
Oliveira – Vive aproximadamente 2500 anos? (Jz 9.8; 1 Rs 6.23; 1 Rs 6.31-33; Ne 8.15; Dt 28.40;
Sl 52.8; Jr 11.16; Os 14.6; Mt 24.3; 26.30; Rm 11.16-25).
15. Olmeiro – Arvore frondosa. (Os 4.13; Js 44.14; 60.13).
16. Palmeira – Existem mais de 1000 espécies diferentes. Na Bíblia é a tamareira. (Ct 7.7; Sl
92.12; Êx 15.27; Nm 33.3; Dt 37.3; Jz 1.16; 3.13; 2 Cr 28.15; Jz 4.5; 1 Rs 6.29,32; 7.36; Jo
12.13). Cresce de 15 a 30 metros. Produz frutos durante 100/200 anos. O tronco serve para
construção. Do fruto faz-se vinho. A sua raiz é do tamanho do tronco.
17. Pinheiro – (Js 60.13).
18. Plátano – Atinge 30 metros de altura. (Gn 30.37).
19. Salgueiro – Espécie que cresce à beira d’água. (Lc 23.40; Jó 40.22; Sl 117.2; Js 15.7; 44.4; Ez
17.5).
20. Sicômoro – Cresce de 8 a 15 metros. (1 Rs 10.27; 1 Cr 27.28; Sl 78.47; Is 9.10; Am 7.14; Lc 19.4).
21. Tamareira – (2 Cr 31.5).
Geografia Bíblica - 20 -

9. Distanciais Aproximadas de
Jerusalém para outras Cidades
Geografia Bíblica - 21 -

10. Massada em Israel


A fortaleza de Massada ergue-se no deserto da
Judéia, em
forma de losango (300 x 600 metros) a 3 km da margem
ocidental do
Mar Morto.

Herodes, o Grande, construiu essa fortaleza. Após


sua morte, a
pequena guarnição foi dominada pelos zelotes (grupo de
judeus
extremamente zelosos), lá permanecendo por três anos, e não
desejavam se curvar ante o Império Romano. Tinham 963 judeus
(homens, mulheres e crianças), o que não foi aceito pelo governo
romano. Flávio Silva (72dC) um dos oficiais de Tito, da décima legião
romana, cerca a fortaleza, impedindo a entrada e saída de qualquer
pessoa. Encontraram resistência dos seus ocupantes que jogavam
pedras, óleo fervente, flechas, etc. nos soldados romanos.
Após muitos meses, Flávio Silva resolve fazer uma rampa para subir as máquinas de
guerra, finalmente erguida por judeus, seus irmãos (escravos da época).

Elazar Ben Yair, líder dos zelotes,disse:”Meus irmãos, só nos curvaremos diante de
Deus, o Todo-Poderoso,e não dos romanos. Preferimos à morte do que sermos dominados
pelos inimigos.”

Antes que fosse aberta uma brecha nas muralhas, dez guerreiros foram escolhidos pelo
líder Elazar Bem Yair, para matar todos seus familiares e seus irmãos. Dos dez que sobraram,
um mata os nove restantes, e o último suicida-se. Antes, colocaram fogo em tudo o que sobrou
para provar que preferiram à morte do que ser escravos. Deixaram intactas a água e a comida,
numa demonstração de heroísmo, e provando que não morreram de fome. Uma mulher e duas
crianças esconderam-se para escapar da morte, vindo a relatar o que passara. Isto aconteceu
no dia 15 do mês de Nisan (abril) do ano de 73 dC.

Geografia Bíblica - 22 - 11. Descobertas Arqueológicas

(Qumran)
QUMRAN

Os essêncios formavam uma seita, fundada em 169 aC, por judeus que saíram de
Jerusalém para o meio do deserto, respeitando a lei judaica de forma extremista.
Estabeleceram-se junto ao Mar Morto e construíram reservatórios através das águas desviadas
do Rio Qumran. Escrever sobre o couro e papiro era uma das atividades mais importantes.
Aguardavam dois Messias.

No ano 68dC descobrem que o governo romano os considera nocivos, e a décima


legião romana os destrói. Uns vão para Massada, e outros escondem seus tesouros (os rolos).
Em 1947, Qumran estava sob o domínio britânico, e o campo estava aberto aos beduínos. Dois
destes beduínos (da tribo Taamira), em busca de suas cabras desgarradas nas ravinas
rochosas da costa noroeste do Mar Morto, atiraram uma pedra numa das cavernas ouvindo um
barulho de cacos quebrados. Eram de jarros mostrando a extremidade dos rolos que neles
havia.

Descobriram sete rolos de pergaminho. Um deles, um Manuscrito de Isaías, de 30cm x


7,80m de comprimento (dezessete folhas de pergaminho costuradas umas às outras) do ano
1.000a.C.
Havia entre 40 e 60 jarras cilíndricas. Foram encontrados também 19 livros do Antigo
Testamento, escritos em papiro e pergaminho, escritos em hebraico, aramaico e grego,
envolvidos em panos de linho.

Outros arqueólogos acharam, mais tarde, mais de 4.000 peças diferentes, inclusive
tinta, tinteiro, penas, etc.

Pesquisas revelaram que somente na caverna 4, foram encontrados trechos de todos os


livros do Antigo Testamento, exceto Ester, os quais foram escondidos pelos essêncios por volta
da segunda revolução judaica (132-135 d.C).

Geografia Bíblica - 23 - 12. O Domo da Rocha


O Domo da Rocha

O Templo de Salomão foi construído sobre este monte no ano de 950 aC, no qual estava
a arca da Aliança que continha os Dez Mandamentos, e era símbolo da união entre o
povo de Israel e podia entrar, uma vez por ano, no dia de Yom Kippur. Este templo foi
destruído por Nabucodonosor, no ano de 587 A.C tendo a Arca desaparecida.

O segundo templo foi construído por Herodes, o Grande, a partir do ano 20.a.C, e
destruído pelo Imperador Tito, no ano 70 d.C.

Sob o domínio dos muçulmanos, ainda a “Abóbada da Rocha” ergue-se sobre o monte
Moriá. Os judeus aguardam a volta do Messias para que possam reconstruir o “Terceiro
Grande Templo”.
Geografia Bíblica - 24 -

Exercícios 3


1. O que significa a palavra Jordão?
_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________

_______
__________________________________________________________

2. Qual é o maior Rio do mundo?

_________________________________________________________________
_______
_________________________________________________________________
_______

_________________________________________________________________
_______ 3. Explique por que o Mar da Galiléia não é Mar, mas,
sim rio de água doce?

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

_______________________________________________________

_______
____________________________________________________
______

4. Qual é o arvore que Vive aproximadamente 2500 anos?


_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________

_______
__________________________________________________________

5. Qual é a arvore que pode Atinge 30 metros de altura?


_______________________________________________________

_______

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

_______________________________________________________

_______
_________________________________________________________

Geografia Bíblica - 25 -
13. As Viagens Missionárias de Paulo
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16. 15)
. “ Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta
essa obrigação, e ai de mim, se não anunciar o Evangelho” (1 Co 9.16).
Geografia Bíblica - 26 -

Geografia Bíblica - 27 -

14. O Ministério de Jesus na Judéia e na


Galiléia

“E Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia,


e manifestou a sua gloria; e os seus discípulos creram nele” (Jo 2.11).
Geografia Bíblica - 28 - 15. Jerusalém nos Tempos do Novo
Testamento

“E, quando ia chegando, vendo a cidade chorou sobre ela”


“Dizendo: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz
pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos”
“Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão,
e te estreitarão de todas as bandas; E te derribarão, a ti e os teus filhos que dentro de ti
estiverem; e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conhecestes o tempo da
tua visitação” (Lc 19.41-44).
Geografia Bíblica - 29 - 16. O Emblema do Estado de
Israel

“Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida”


“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam”
“Haja paz dentro dos teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios”
“Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz em ti” (Sl 122.3,6-8).

Em 1948, na fundação do Estado de Israel, a Comunidade Judaica da Inglaterra


resolveu doar ao Estado de Israel a menorah que hoje está em frente ao Knesset
(Parlamento). O escultor colocou representações desde Abraão até o holocausto. A
Menorah que existia no Templo, no tempo de Jesus, foi levada pelo Imperador Tito, que
destruiu Jerusalém no ano de 70 d.C.

A Menorah era feita de uma só peça de ouro. Todo dia e toda tarde o sacerdote fazia sua
limpeza. Cada tarde tinha que repor o azeite para arder à noite toda.

O Emblema do Estado de Israel

O Monte Moriá tinha uma planta (Salvia Hierosolymitana) cujos galhos formavam o
desenho que hoje é o símbolo do Estado de Israel. Nas junções dos galhos crescia uma
flor.

A partir dessa planta veio o símbolo.

O símbolo é representado por 7 canos: 6 deles representam os seis dias de trabalho, e o


7°, o dia de descanso.

Geografia Bíblica - 30 - 17. Israel nos Dias de Hoje

“Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida”


“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam”
“Haja paz dentro dos teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios”
“Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz em ti” (Sl 122.3,6-8).
1. Israel

O Oriente Médio é a região mais conturbada do planeta desde os tempos antigos.


Hoje é conhecido como Barril de Pólvora e Estopim do Mundo. Havia um ditado em Roma
que dizia que quem governasse bem a Judéia estaria apto para governar Roma.
A Bíblia diz: "E depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não
será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá com uma inundação; e até ao fim
haverá guerra; estão determinadas assolações" (Dn 9.26). Essa profecia começou a se
cumprir com a morte de Jesus e a destruição de Jerusalém em 70 d.C.
A crise do Oriente médio é algo complexo e muito profundo. Por isso que inúmeras
tentativas já foram feitas para se estabelecer uma paz duradoura e todas fracassaram. Os
dois tratados, com a Jordânia e o Egito, ainda vigentes não garantem a paz porque são
apenas um começo das negociações de paz e porque há diversos grupos radicais que são
contra a existência do Estado de Israel e defendem a luta armada: o terrorismo. Além
disso, não é muito comum o cumprimento de tratados e acordos no Oriente Médio.

2. A Palestina

1. O levante de Bar Cochba. Quando a cidade de Jerusalém foi destruída, um grupo de


judeus foi viver em Yavne ou Jâmnia, uma região na faixa de Gaza, entre 70 e 132 d.C.. Os
rabinos estabeleceram um governo provisório, pois aguardavam a restauração de sua
nação naqueles dias. Nessa ocasião o guerreiro Bar Cochba, nome aramaico que significa
"Filho da Estrela", foi apresentado pelo rabino Akiva como Messias de Israel. O povo creu
nele e mais uma vez se insurgiu contra Roma. Bar Cochba pretendia reorganizar o estado
em ambos os lados do Jordão, pois a maioria dos combatentes era proveniente do outro
lado do Jordão
Em 132 d.C. o imperador Adriano foi pessoalmente à região, esfolou Bar Cochba
vivo. Irritado com a grande baixa de seu exército e pela "teimosia" do povo judeu que
resolutamente rejeitava o jugo romano, os romanos decidiram exterminar para sempre a
Terra ludeorum. Uma das medidas para essa finalidade foi trocar toda a nomenclatura usual
entre os judeus que pudesse relembrar seus vínculos a um estado independente e
soberano. A começar por Jerusalém, deu aspecto pagão a Cidade Santa, mudando seu
nome para Aelia Capitolina, em honra a Júpiter, deus máximo dos pagãos, e proibiu os
judeus de entrarem em Jerusalém sob pena de morte.
2. Origem do nome “Palestina”. O nome –Eretz Israe/, "Terra de Israel", soava e ainda soa
muito forte na alma e no íntimo do povo judeu. Depois, para humilhar os vencidos, os
romanos mudaram esse nome para "Palestina". um antigo inimigo de Israel que habitava a
faixa costeira mediterrânea, em hebraico se chama Pelishtim: os conhecidos filisteus. Daí
veio o nome Falastim "Palestina", que significa Terra dos Filisteus".
Geografia Bíblica - 31 - O país foi dividido em três regiões: Palestina Prima: Judéia e
Samaria, ficando Cesaréia Marítima como capital, pois era a residência do governador
romano; Palestina Secunda: Galiléia, Galã e algumas áreas do outro lado do rio Jordão,
sendo Séforis sua capital; e a Palestina Tertia: incluindo o sul da Terra Santa até o mar
Vermelho, sendo Petra sua capital. Essa divisão se manteve durante os períodos bizantino
e persa, sendo alterado com a chegada dos muçulmanos, no século VII.

3. Os Árabes

1. Origem. Nem todos os árabes são muçulmanos e nem todos os muçulmanos são
árabes. Os árabes são descendentes de Ismael, filho de Abraão com a concubina egípcia
Agar: “E Agar deu um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que tivera de
Agar, Ismael" (Gn 16.15). Muitos árabes do oriente Médio são descendentes dos povos
antigos que desapareceram, portanto, nem todos os árabes são Ismaelitas. Ismaelitas e
midianitas se confundem em Gênesis 37.25-28. Depois do nascimento de Isaque Sara
mandou que Abraão despedisse Agar com seu filho. O conflito começou desde que Agar
ainda estava grávida. Quando Isaque foi desmamado, em virtude da zombaria de Ismael,
cerca de dezoito anos mais velho que Isaque, Sara não quis que Ismael fosse herdeiro de
Abraão, junto com Isaque Leia:(Gn 16.4-11; 21.8-13).
2. Promessa de Deus aos Ismaelitas. No deserto de Berseba, sem água, Agar deixou seu
filho debaixo de uma árvore para não ver a morte de Ismael. Mas Deus enviou o seu anjo
para socorrer o menino. Deus prometeu fazer dele uma grande nação: "porque dele farei
uma grande nação" (Gn 21.18). Depois disso Ismael se casou com uma moça egípcia e foi
habitar na terra de Parã. Seus descendentes povoaram desde Havilá até Sur. Qahtan, o
Joctã de Gênesis 10.25, é o pai dos habitantes do sul de Península arábica; e Adnam, o
pai dos habitantes do norte, era ismaelita Leia: (Gn 21.19-21; 25.12-18).
Deus fez promessas também aos descendentes de Ismael: "E, quanto a Ismael,
também te tenho ouvido: eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei
multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. O
meu concerto, porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo
determinado, no ano seguinte” (Gn 17.20,21). A bênção de Ismael não é espiritual, pois
essa Deus prometeu a Isaque. Deus cumpriu essa promessa, os filhos de Ismael se
multiplicaram e Deus lhes deu o petróleo.
3. Quando árabes e judeus foram antigos. Os séculos que se seguiram a ascensão do
Islamismo, na Espanha, árabes e judeus foram bons amigos e juntos fizeram muita coisa.
Os judeus procuraram aproximação com os muçulmanos em virtude de sua religião se
parecer mais com a deles do que com catolicismo romano e em virtude das hostilidades
dos católicos contra os Judeus. O período áureo da cultura Judaica ocorreu durante a
ocupação islâmica da Península Ibérica nos séculos X e XI. O norte da Espanha estava
sob a administração dos cristãos, no minúsculo Reino das Astúrias. No sul estava o
principado de Córdoba, independente da dinastia dos abássidas, de Bagdá.
Nessa época a cultura árabe chegou ao topo, eles saíam na linha de frente da época. O
Judeu Samuel ibn Nagrela foi vizir (governador ou ministro nomeado por um soberano
muçulmano) do califado de Córdoba. Nesse período surgiram Sh’lomo ibn G’vrol, Ibn
Pakuda, Avraham ibn Ezra, o rabino Moshé Rambam ibn Maimonides e outros. Veja que
eles se identificam como ibn, “filho”, em árabe ao invés de ben, mesma palavra em
hebraico. Escreveram muitos tratados em árabe, sendo eles judeus.
4. Os muçulmanos em Eretz Israel. O califa Omar chegou em Jerusalém em 636. Ele
removeu os escombros do templo de Jerusalém, destruído pelos romanos em 70, e no
local construiu uma mesquita. Em 691, o emir al-Malik, da dinastia dos Omíadas, reformou
essa mesquita dando a forma que ela apresenta ainda hoje. A mesquita de cúpula dourada,
que identifica a cidade de Jerusalém, no monte do Templo. Hoje é conhecida como
Mesquita de Omar ou “Domo da Rocha”.
Geografia Bíblica - 32 - A dinastia dos Omíadas, de Damasco, foi se exaurindo com o
passar do tempo e depois da segunda metade do séc. VIII, o califado foi transferido rara
Bagdá, no Iraque, era a dinastia dos Abássidas. Com ela começa a destruição e a
desintegração geral de Eretz Israel. A terra produtiva foi transformada em desolação e
espanto era o cumprimento de Ezequiel 33.28, além de outras profecias bíblicas. Apesar da
Diáspora, grandes comunidades judaicas habitaram o país.
Os turcos otomanos ocuparam a região desde 1500 ao fim da Primeira Guerra. Eles
cobravam impostos da população da Palestina por arvores plantadas. Durante essa
Diáspora a palestina ficou em total abandono.

4. As Imigrações Judaicas
1. Os judeus de Eretz Israel. Os judeus de Em 1880, cerca de 24.000 judeus religiosos
viviam em Jerusalém e em Hebrom, Jafa e Tiberíades, além de Safed, cidade mística no
norte de Israel. Dedicados à leitura dos livros sagrados, viviam em estrema pobreza, de
donativos provenientes da Europa Ocidental. Eles não se preocupavam com a construção
de uma pátria para os Judeus, até porque eles; desde aquela época, acreditavam que o
Messias Viria primeiro. O que eles queriam era ter o privilégio de morrer na Terra Santa
A primeira imigração
Em 1882, os judeus provenientes da Rússia czarista, vítimas dos progrons de
Alexandre III. Nos anos seguintes, outros imigrantes estavam determinados em estabelecer
à pátria do povo judeu na terra de seus antepassados. Muitos grupos vieram da Rússia
nessa década. Até 1904 cerca de 25.000 deles chegaram à Terra Santa. Encontraram o
país em miséria e desolado. Muitos deles morreram vítima de malária. O Barão de
Rothschild, banqueiro francês, destinou uma verba graúda para ajudar nesse processo
imigratório.
3. A segunda imigração
Essa imigração aconteceu entre 1904 e 1914. Foram criados partidos políticos e
organizações. O sionismo se encontrava em franco progresso.O hebraico já era a língua
usada em cerca de 20 escolas. Eliezer ben Yehuda nessa época estava em Israel atuando
nessa área, pois entendia que para existir um estado seria necessário uma língua nacional,
que segundo ele seria o hebraico.
4. A Declaração Balfour
Trata-se de um documento expedido pelo Governo britânico que reconhecia a palestina
como lar nacional dos judeus. O cientista judeu, Chaim Weizmann, havia adquirido
notoriedade pela sua descoberta científica, a fórmula para a produção em grande escala da
acetona, material extremamente necessário para a fabricação de projéteis, que era muito
importante para o Ministério das Munições Britânico, com isso teve a oportunidade de
entrar em estreitos contatos com os círculos governamentais.
Amigo (íntimo do Ministro das Relações Exteriores, Lord Arthur Balfour, que assinou a
conhecida Declaração que leva o seu nome. O documento diz: “O Governo de Sua
Majestade encara favoravelmente o estabelecimento de um lar nacional para o povo judeu
na Palestina, e usará seus melhores esforços para facilitar a realização desse objetivo”.

5. Reações positivas dos árabes


Nessa época os árabes viam com simpatia a Organização Sionista Mundial. Em 2 de
novembro de 1919 os líderes árabes enviaram um telegrama de felicitações pelo 2º
aniversário dá Declaração Balfour. Na Conferência de Paz de Paris, Chaim Weizmann,
então Presidente da Organização Sionista Mundial e Feiçal, príncipe, filho de Hussein, de
Meca, assinaram um acordo de colaboração e boa vizinhança entre o futuro Estado Judeu
Geografia Bíblica - 33 - e o grande Estado Árabe independente.
Nesse acordo está subtendido o reconhecimento da Declaração Balfour, pois ela
previa o reconhecimento dos direitos civis e religiosos dos não judeus: "ficando claramente
compreendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das
comunidades não judaicas existentes na Palestina". Há registros de outras manifestações
árabes em apoio aos judeus. Aos árabes foi prometido um Estado e, no entanto, eles são
l7, e os judeus um, e mesmo assim querem exterminá-lo.
Chaim Weizmann, representante dos judeus e Emir Feiçal dos árabes, em 1919 assinaram
um acordo reconhecendo os direitos nacionais para ambos povos. Mas a ascensão de Haj
Amin al-Husseini, em 1920, pôs fim às esperanças de paz entre árabes e judeus.
6. O Estado de Israel
A Declaração de Independência de Israel, diz entre outras coisas: "Nós
estendemos a mão da amizade, da paz e da boa vizinhança a todos os Estados que nos
cercam e a seus povos, e os convidamos a cooperar com a Nação Judia Independente,
para o bem comum. O Estado de Israel está pronto para colaborar com o progresso do
Oriente Médio". Veja que essa "mão estendida" foi oferecida mesmo numa época de
intensos conflitos, em 1948.

5. O Estado Palestino
1. Existe o Estado Palestino?
A Jordânia é a antiga região bíblica de Moabe, Amon e das duas tribos e meia de
Israel: Rúben, Gade e meia tribo de Manassés, ou seja, a Transjordândia ou Palestina
Oriental. O lado ocidental do rio Jordão, Estado de Israel, juntamente com o lado oriental,
Reino Haschemita da Jordânia, formam o que ao longo da história foi conhecido como
Palestina.
A região que compreende hoje Israel e Jordânia era conhecida como Palestina
desde 132 d.C. A edição de 1910 da Encyclopaedia Britannica chama toda essa região de
Palestina. “...o rio Jordão marca uma linha de delimitação entre a Palestina ocidental e a
oriental”. Isso significa que, quando a Transjordânia se tomou Jordânia em 1946, surgia o
Estado Palestino dos árabes.
Ainda hoje 70% da população da Jordânia são palestinos. O jornal The Jerusalém Post
(jornal israelense de língua inglesa) era antes de 1948, chamado de The Palestine Post.
Assim, Israel seria o Estado Palestino dos judeus. O rei Abdulah I, avô do rei Hussein, quis
dar o nome de Palestina ao seu país, mas dissuadido por seus conselheiros britânicos que
sugeriram o nome "Jordânia", alegando que esse nome acentuaria o poder do rei sobre as
duas margens do Jordão. A Se o nome "Palestina" fosse dado ao país talvez não houvesse
necessidade de se criar mais um Estado Palestino. A Palestina de Yasser Arafat é, no dizer
de Moshe Aumann, um "estado sanduíche", entre a Palestina dos judeus e a dos árabes.
2. A Criação da OLR
A OLP (Organização para a Libertação da Palestina) foi criada inicialmente pelos países
árabes como instrumento para exterminar o Estado de Israel, varrendo-o do mapa. Em
1968 Mohamed Abed Arouf Arafat, conhecido mundialmente pelo nome Yasser Arafat,
assumiu o comando da OLP. Arafat era integrante do exército da República Árabe Unida e
participou da Campanha do Sinai, segunda guerra de Israel contra os árabes, em 1956.
Depois disso fundou no Kwait a al-Fatah, grupo terrorista, de resistência segundo eles, que
veio a ser um braço armado da OLP. Em 1970 disse que para ele a paz é o extermínio de
Israel.
Geografia Bíblica - 34 - 3. Uma questão de ordem espiritual
A existência do Estado de Israel per si está afirmando que o Islamismo é falso.
Outro ponto importante saber é que Arafat insuflou no povo palestino o ódio contra Israel e
pregou a vida inteira extinção do Estado judeu. Ainda que a nova posição tomada sobre
Israel para um diálogo que resultou na criação da Autoridade Palestina, no Tratado de Oslo
assinado por Itzhak Rabin e Yasser Arafat, seja genuína, todavia esse ódio tornou-se
cultura, que não se muda rapidamente. Para muitos, a luta não é para a criação de um
Estado Palestino, mas para expulsar os Judeus do Oriente Médio e eliminar Estado de
Israel.
O primeiro ministro de Israel, Ariel Sharon, ocupa algumas cidades como jenin,
Nablus, Jamallah, Tucaren e Belém em busca desses ativistas que não reconhecem o
direito de Israel existir. Isso porque Arafat, como presidente da Autoridade Palestina não o
faz. Não importa qual seja a posição de Israel sobre os palestinos, os radicais usam
sempre o terrorismo para boicotar qualquer negociação de paz.

Conclusão

Conquistada pelos egípcios, assírios, babilônicos, persas, gregos, sírios, romanos,


bizantinos, árabes, cruzados, turcos, ingleses e muitos outros; muitos povos, de diferentes
etnias e religiões, jamais qualquer um dele fez da região seu país e muito menos de
Jerusalém sua capital, exceto os judeus. Por mais de 3.000 anos os judeus têm sido o
denominador demográfico comum da Palestina.
A Palestina é a região do mundo onde mais se fala de paz. A saudação judaica é
SHALOM e árabe é salem, ambas palavras significam "PAZ". E como disse o profeta
Jeremias: “Paz, paz, quando não há paz” (Jr 6. 14). O fracasso da várias tentativas de paz
no Oriente Médio é uma prova de que tal objetivo é competência do Príncipe da Paz, além
de mostrar a veracidade da Bíblia, quando, entre outras passagens, diz: “...e até ao fim
haverá guerra” (Dn 9.26). Devemos orar pela paz de Jerusalém. Jesus disse: “Bem
aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9).

“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam”.


“Haja paz dentro dos teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios”.
“Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz em ti” (Sl 122. 3, 6-8).
ATENÇÃO!
Fica proibida a reprodução total desta obra
sem prévia autorização do autor.
“Fazer indicação da Fonte”
“Todos os direitos reservados”.
Geografia Bíblica - 35 -

Exercício 4

1. O apostolo Paulo fez alguma viagem para Roma, Sim ou Não?


_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________

____
2. Escreva com as suas palavras: “Como é o Símbolo do país
de Israel”?
_________________________________________________________________
_______

_________________________________________________________________
_______
_________________________________________________________________

_______
_________________________________________________________________
_______ 3. A onde está escrito: “Orai pela paz de Jerusalém;

prosperarão aqueles que te


amam”. “Haja paz dentro dos teus muros, e prosperidade dentro
dos teus palácios”. “Por causa dos meus irmãos e amigos, direi:
Haja paz em ti”?

_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

___________________________________________________________

4. Como é a saudação judaica?


_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________

_______
_________________________________________________________

5. Escreva com as suas palavras: “O que Israel precisa fazer


para ter Paz” ?
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______
_______________________________________________________
_______

_______________________________________________________

_______
_______________________________________________________

_______ __________________________________________________

Geografia Bíblica - 36 -
.......................................Prova

de Geografia Bíblica

(NOME LEGÍVEL)

Professor..........................................

Aluno (a)..............................................................................................................data............./............./............
(Marque um X na alternativa correta)

1. Qual é o rio que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro?


É o rio Tigre
É o rio Pisom
É o rio Eufrates
2. Qual foi o monte que Moisés morreu?
Moisés morreu no monte Hor
Moisés morreu no monte Nebo
Moisés morreu no monte de Deus - Sinai
3. Foi conhecida como a cidade das palmeiras, e no tempo de Cristo era a segunda cidade da Judéia? Jericó
Belém
Caná da Galiléia
4. Qual foi à tribo de Israel que não recebeu herança de terras?

Leví
Benjamim
5. Qual é o monte que o seu nome significa “muito branco”, “neve”, “branco”? Monte
Sinai
Monte Hebrom
Monte Líbano
6. Qual é o maior rio do mundo, e tem aproximadamente 6.690 Km de extensão? O rio
Nilo
O rio Jordão
O rio Eufrates
7. Qual é a árvore que vive aproximadamente 2500 anos?
Oliveira
Pinheiro
Tamareira
8. Qual é a árvore que pode atingir aproximadamente 40 metros de altura?
Palmeira
Oliveira
Cedro do Líbano
9. A onde Abraão estava quando Deus o chamou?
Gozen
Babilônia
Ur dos Caldeus
10. Qual foi o monte em que Jesus se transfigurou nele?
Monte Sinai
Monte Tabor
Monte das Oliveiras

Observação: Só existe uma alternativa correta em cada questão, e cada questão vale 1 Ponto.

Você também pode gostar