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SÃO JOSÉ
2023
PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA DO TRABALHO DE PARTO HUMANIZADO PELA EQUIPE
DE ENFERMAGEM NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
SÃO JOSÉ
2023
RESUMO
ABSTRACT
Objective: To investigate how the nursing team plays a role in promoting and assisting in
humanized childbirth for parturients in the Brazilian Unified Health System (SUS).
Methodology: Integrative review guided by the question: "How does the nursing team act in
the assistance of humanized childbirth, compared to other practices, aiming to promote
humanization for parturients attended by the unified health system?" Data was collected from
September to October 2023, the search was conducted in the Virtual Health Library database,
using keyword intersections. In the first search, we used "Childbirth" and "Unified Health
System" as DECs, and in the second search, "Humanized Childbirth" and "Nursing." Results
and Discussion: Selection of 16 eligible articles from the last 5 years, illustrated in
flowcharts in the research. The titles and other relevant information from the articles were
properly organized and cataloged in Table 1. Conclusion: Promoting humanized childbirth in
the Brazilian Unified Health System (SUS) depends not only on the active role of the nursing
team but also on continuous investment in ongoing education for professionals,
encouragement for specialization in obstetrics, and the need for studies that incorporate
parturients' reports on nursing care, aiming to enhance the quality of care offered.
FLUXOGRAMA
TABELA
DISCUSSÃO
Pré-Natal Humanizado:
O estudo de Medina et al.,² aponta para uma menor interferência nos partos realizados
em casas de parto com enfermeiras obstétricas/obstetrizes, resultando em maior satisfação da
mulher, sem efeitos adversos. Da mesma maneira, Sanches et al., 7 destaca que o modelo
humanista busca priorizar o bem-estar da parturiente e do bebê, utilizando a tecnologia de
maneira equilibrada e acompanhando de forma contínua o processo de parto. Ambos
ressaltam a relevância de um modelo de assistência menos invasivo, com atenção centrada na
mulher e no bebê, buscando a segurança e satisfação durante o parto.
Para a equipe de enfermagem, compreender o parto como um momento fisiológico e
natural é fundamental, conforme indicado por Barbosa et al., 6 . Ele destaca que tal
entendimento coloca a mulher e sua família no centro do cuidado, afastando a visão mecânica
do nascimento.
No estudo, foi ressaltado que a assistência humanizada durante o trabalho de parto
envolve acompanhante presente, comunicação efetiva, métodos de alívio da dor, liberdade
para alimentação, mobilidade e escolha da posição de parto. Essas práticas que devem ser
estimuladas durante o parto, trazem a mulher como centro do cuidado. O autor Chourabi et
al., 14 corrobora citando a importância das práticas de atenção ao parto e nascimento baseadas
em evidências, segundo a classificação da OMS e do Ministério da Saúde, que envolvem
critérios de utilidade, eficácia e risco, classificadas em diferentes categorias de
recomendações: A - práticas úteis; B - práticas prejudiciais ou ineficazes a serem eliminadas;
C - práticas sem evidências; D - práticas frequentemente usadas de forma inadequada.
Sanches et al., 7 discutem a importância das categorias, elas determinam as práticas
adequadas no trabalho de parto, visando garantir um processo seguro e personalizado para
cada mulher. Enfermeiras obstétricas têm se dedicado a reduzir intervenções desnecessárias e
melhorar a segurança obstétrica. Nesse contexto, o partograma é destacado como uma
ferramenta gráfica que monitora o trabalho de parto, auxiliando na tomada de decisões e na
prevenção de intervenções desnecessárias durante o processo. Esse esforço visa proporcionar
uma assistência segura e eficaz, seguindo as diretrizes de boas práticas e minimizando a
morbimortalidade materna e perinatal.
Como uma prática de assistência humanizada, a citação de Castro et al., ¹ destaca a
implementação do método hands off pelas enfermeiras obstétricas. Esta prática favorece o
processo de parturição natural, reduzindo intervenções desnecessárias durante o segundo
período do parto, de acordo com evidências científicas e o modelo de humanização. Os
achados demonstram uma redução significativa de lacerações e episiotomias, indicando que
apenas 2,7% das mulheres submetidas a hands on tiveram trauma perineal, em comparação
com 47,7% das que receberam hands off. Além disso, houve uma diminuição das taxas de
episiotomia, de 12,7% para 5,7% em mulheres sem manipulação do períneo.
Essa abordagem efetiva evita intervenções desnecessárias, contribuindo para a redução
de práticas obsoletas e impactando positivamente os indicadores obstétricos, como a
mortalidade materna. Essa prática, embora possa encontrar resistência em algumas
abordagens tradicionais, destaca a importância de uma assistência respeitosa e baseada em
evidências, alinhada aos princípios de humanização no cuidado obstétrico.
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