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ENFERMAGEM

TAMILES JENNIFER REGO DOS SANTOS

A SAÚDE MENTAL NO PSF E O TRABALHO DE ENFERMAGEM


Estudo de Caso

SALVADOR
2024
TAMILES JENNIFER REGO DOS SANTOS

A SAÚDE MENTAL NO PSF E O TRABALHO DE ENFERMAGEM


Estudo de Caso

Estudo de Caso apresentado ao Curso de


Graduação de Enfermagem do Centro
Universitário de Tecnologia e Ciências,
como requisito parcial no processo
avaliativo da Disciplina de Estágio
Curricular Na Atenção Primária À Saúde.

Orientador(a): Agnaldo Junior

SALVADOR
2024
2

A SAÚDE MENTAL NO PSF E O TRABALHO DE ENFERMAGEM

É de fundamental relevância constatar os limites e as possibilidades de implementar


ações de saúde mental no PSF, tendo em vista a perspectiva da reforma psiquiatra
proposta no país. Nesse sentido, percebe-se que uma das maiores dificuldades de
efetivar mudanças transformadoras tem sido o desacordo entre o que se anuncia
como intenção e o que se efetiva na prática. Portanto, é importante entender as
dificuldades sobre a efetivação das ações de saúde mental no PSF.
A proposta de uma Reforma Psiquiátrica no país é parte do movimento social que
resultou no SUS e reivindica um tratamento mais humanizado de uma parte da
população que é excluída. Contudo, no enfoque do processo de efetivação da
Reforma Psiquiátrica os processos de trabalho produzem uma contradição:
apresentam-se com um objetivo comum, a inclusão social, no plano do discurso, que
não se efetiva na prática porque os referenciais teóricos, utilizados como
instrumentos do trabalho, bem como o objeto do trabalho a doença mental
permanecem os mesmos do modelo tradicional, impossibilitando a superação
paradigmática.
O processo de trabalho de enfermagem, é uma área do conhecimento em maturação
e tem como finalidade o Cuidar que se objetiva no exercício da profissão nos
processos de trabalho Individual e Coletivo. Sendo assim, o trabalho de enfermagem
nos serviços da rede básica de saúde vivencia um momento de transição e encontra
como um dos limites a ser superado, para a efetivação da Reforma Psiquiátrica, a
manutenção do saber instrumental sobre o processo saúde-doença mental do
modelo de assistência psiquiátrica tradicional. Por isso, pode-se afirmar que, o cuidar
integral precisa ultrapassar o plano do discurso e manifestar-se na prática, ou seja,
que se incorporem ao Cuidar, os problemas de saúde mental.
Portanto, as mudanças das relações sociais que os processos de trabalho podem
gerar resultarão no agir conseqüente, na processualidade do trabalho de
enfermagem. Sendo assim, pode-se dizer que o processo de trabalho de
enfermagem, pela vinculação histórica e ideológica de sua constituição, nas
sociedades de cada época, pode ser legitimado ou superado pela prática
profissional, como trabalho que só se transforma quando agrega novos significados.

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