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FAVENI

Faculdade Venda Nova do Imigrante

PÓS-GRADUAÇÃO EM ONCOLOGIA

KARLA LORENA RIBEIRO DE JESUS

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA ONCOLÓGICA FRENTE ÀS


URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA UNDIDADE DE SAÚDE

Poço - Verde/SE
2023
FAVENI
Faculdade Venda Nova do Imigrante

KARLA LORENA RIBEIRO DE JESUS

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA ONCOLÓGICA FRENTE ÀS


URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA UNDIDADE DE SAÚDE

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em ONCOLOGIA.

Poço - Verde/SE
2023
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA ONCOLÓGICA FRENTE ÀS
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NA UNDIDADE DE SAÚDE

Karla Lorena Ribeiro de Jesus

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto
no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”.

RESUMO - O câncer é uma patologia de grande relevância no cenário da atenção à saúde no Brasil. O
planejamento dos cuidados em saúde para atender às necessidades dos pacientes oncológicos de
maneira eficaz é um dos principais desafios dos profissionais de saúde. O atendimento aos pacientes
com câncer abrange diversas especialidades em diferentes ambientes, inclusive nos serviços de pronto
atendimento. Nesse cenário, a Enfermagem tem papel necessário na utilização da consulta de
Enfermagem para viabilizar um atendimento adequado e de qualidade aos pacientes oncológicos. Desta
maneira, este estudo tem como objetivo geral apresentar subsídios para elaboração de condutas no
cuidado para o atendimento aos pacientes portadores de câncer no serviço de urgência/emergência.
Portanto, o planejamento e implementação dos cuidados propostos sejam motivadores para a
sistematização dos cuidados prestados os quais são decisivos ao bem-estar dos pacientes. A
metodologia empregada se deu na forma de revisão bibliográfica, pois reúne estudos anteriores sobre um
determinado tema, com características de investigação científica. Os materiais bibliográficos para compor
este estudo decorreram-se a partir dos descritores encontrados em http://desc.bvs.br/: “diabetes mellitus”,
“cooperação e adesão ao tratamento” “gestão” “educação em saúde”. Foi possível obter resultados
satisfatórios nesse trabalho. Foram escolhidos aqueles materiais que discutem sobre a importância do
pronto atendimento para os pacientes oncológicos. Dos resultados, foram excluídos também citações e
materiais bibliográficos em outro idioma. No futuro, acreditamos que outros estudos poderão ser
planejados na perspectiva de conhecer os fatores que estão envolvidos nesse crescente índice de pronto
atendimento dos pacientes oncológicos.

PALAVRAS-CHAVE: Oncologia. Urgência/Emergência. Pronto Atendimento. Sistematização da


Assistência de Enfermagem.

_______________________
Lorenaaribeiro_@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO

O câncer pode ser definido como um grupo de patologias distintas com


diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. A prática de
Enfermagem no câncer abrange todas as especialidades de enfermagem e acontece
em vários ambientes de cuidados na saúde, inclusive nos serviços de atendimento às
urgências e emergências oncológicas. O enfermeiro deve estabelecer metas realistas
para satisfazer os desafios encontrados durante o cuidado do paciente com câncer e
devem qualificar-se para atender os pacientes nos aspectos físicos, emocionais,
sociais, culturais e espirituais (BRUNNER & SUDDARTH, 2009).
É importante ressaltar que o atendimento na urgência e emergência tem caráter
universal, mas deve seguir sempre as prioridades práticas do protocolo assistencial,
de acordo com cada situação emergencial, dessa maneira, é fundamental que o
profissional de enfermagem conheça as condutas técnicas e psicológicas para
melhor atender o paciente, realizando a assistência com dedicação, agilidade,
respeito, intervenções e cuidados, desta forma, garantindo eficácia no atendimento
oncológica. É notório que os casos de urgência e emergência na oncologia
apresenta incidência significativa, dessa forma, é necessário que a equipe de
enfermagem desempenhe condutas e métodos para prevenção e cuidado para os
acontecimentos adversos devido a patologia (NASCIMENTO et al., 2020).
Visto que, a enfermagem exerce um papel de extrema importância na elaboração
de protocolos terapêuticos para prevenção, tratamento e minimização dos efeitos
colaterais. Se faz necessário a realização de consulta de enfermagem para desenvolver
medidas de prevenção de riscos. Dessa forma, diante das emergências oncológicas, é
fundamental que o enfermeiro esteja habilitado para identificar de forma precoce os
sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assumindo uma decisão rápida e precisa
para resolução da situação, visto que a equipe de enfermagem se necessário pode
antecipar os cuidados, contribuindo para sobrevida do paciente no serviço
(NASCIMENTO et al., 2020).
Considerando o Processo de Enfermagem, a aplicabilidade da Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) ao paciente oncológico consiste em instrumento
para nortear o cuidado de enfermagem prestado, servindo para documentar as
atividades desenvolvidas pela equipe com foco na orientação da assistência com intuito
de que a implementação do plano de cuidado seja eficaz. Assim, a assistência ao
paciente oncológico necessita ser realizada de forma holística levando em
consideração um plano individualizado para os pacientes (SILVA; CRUZ, 2011).
O enfermeiro realiza metas para que possa obter respostas positivas frente aos
desafios encontrados para o cuidado do paciente com câncer. Além disso, o
profissional deve estar preparado para dar apoio ao paciente e à família diante das
diversas crises que o paciente possa ter, incluindo as dores físicas, emocionais,
problemas sociais e familiares. Tendo em vista essa premissa, quais estratégias a
equipe de enfermagem poderá realizar para o acompanhamento adequado do
paciente oncológico?
O profissional de enfermagem atuante na unidade hospitalar desempenha um
papel fundamental aos pacientes que precisam rapidamente de uma intervenção,
visando o restabelecimento da saúde. De modo que atua com identificação rápida dos
agravos acometidos ao cliente e com implementação de uma terapia eficaz. Portanto, o
serviço de urgência e emergência é um ponto primordial para o atendimento e
resolução dos problemas de saúde aos portadores de neoplasias. É necessário a
qualificação dos profissionais de enfermagem para o atendimento desse público. Dessa
forma, os profissionais de saúde são a porta de entrada do serviço, capazes de
identificar e intervir em qualquer nível da assistência.
Além disso, é de suma importância a capacitação constante dos profissionais
para realização da assistência adequada para promover um prognóstico melhor para
o paciente. Sendo assim, o enfermeiro é o profissional que presta a assistência no
cuidado ao paciente oncológico nos agravos clínicos, cirúrgicos e hematológicos em
todo ciclo vital. Portanto, a equipe de enfermagem torna-se responsável pelo
cuidado humanizado do atendimento dos pacientes nas situações críticas.
Portanto, a justificativa desse trabalho se dá pelo fato que os atendimentos de
urgências oncológicas estão crescendo de forma significativa, dessa forma, é
fundamental a realização de uma assistência adequada por parte dos profissionais
de saúde para o tratamento humanizado e com finalidade de trazer o conforto no
ambiente hospitalar para os pacientes.
A relevância desse artigo pretende apresentar informações aos profissionais da
saúde para contribuírem no atendimento aos pacientes e orientá-los para a
importância da realização de uma assistência adequada, sabemos que, alguns
profissionais da saúde não dão atenção necessária ao cuidado do cliente, muitas
vezes, a equipe de enfermagem está sobrecarregada em suas atividades assistências
e administrativas.
O conhecimento científico acerca da SAE ao paciente oncológico tem motivado
novos estudos e pesquisas, que contribuirão para o desenvolvimento de um melhor
plano de cuidado suscetível de atingir melhores resultados e proporcionar mais
autonomia ao enfermeiro no cumprimento de sua profissão. Assim, o cuidado da equipe
de enfermagem é de extrema importância, pois, quando bem executado, pode
aumentar as condições de recuperação do paciente e promover o conforto, dignidade e
humanização necessária, mesmo quando a cura já não é mais possível.
O presente trabalho traz como objetivo geral apresentar subsídios para
elaboração de condutas no cuidado para o atendimento aos pacientes portadores de
câncer no serviço de urgência e emergência. Os objetivos específicos: criar estratégias
para o planejamento e implementação dos cuidados propostos com a sistematização
dos cuidados prestados os quais são decisivos ao bem-estar dos pacientes. Analisar as
estratégias da equipe de enfermagem frente ao pronto atendimento para pacientes
oncológicos.

1.1 Metodologia

O presente artigo é uma revisão bibliográfica, pois reúne estudos anteriores


sobre um determinado tema com características de investigação científica. A busca
foi desenvolvida utilizando National Library of Medicine (MEDLINE) Estados Unidos,
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO),
Centro Latino-Americana e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde
(BIREME), Public Medline or Publisher Medline (PUBMED) e Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), revista da REBEN, Rede
de Enfermagem e caderno de atenção básica, nº 36. Essas bases de dados dispõem
dos mais diversificados conteúdos, que contribuem para a disseminação dos
saberem científicos. Os materiais bibliográficos para compor este estudo
decorreram-se a partir dos seguintes descritores encontrados em http://desc.bvs.br/:
“oncologia”, “adesão ao tratamento”, e “urgência e emergência”.
A escolha do tema do presente trabalho se deu por conta da demanda no
pronto atendimento para pacientes oncológicos e, ao mesmo tempo, que estratégias
a equipe de enfermagem poderão utilizar na sistematização da assistência de
enfermagem. É perceptível o crescimento do número de pacientes que procuram a
unidade hospitalar para os cuidados necessários. Portanto, é fundamental que a
equipe de saúde realize o acompanhamento do paciente pela Estratégia Saúde da
Família para orientar de forma assertiva para o tratamento. Dessa maneira, muitos
pacientes procuram a unidade de saúde para o cuidado, e não entendem a
importância do acompanhamento que ESF fornece. Portanto, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica a fim de buscar a teorização de diferentes autores sobre o
tema abordado para descobrir como é realizada a sistematização de enfermagem no
pronto atendimento para os pacientes oncológicos.
Para iniciar essa revisão bibliográfica, foram utilizadas as expressões:
“oncologia”, “saúde”, “tratamento” e “, pesquisadas nas plataformas com o período
delimitado e no idioma português. Na base de dados do SciElo foi utilizado o termo
“oncologia”, com o filtro do idioma português e artigos, além do mais, o Caderno de
Atenção Básica nº 36, livros, Revista de Enfermagem, Sociedade Brasileira de
Diabetes e RESEARCH.
Os critérios de inclusão e a verificação da escolha do material bibliográfico
utilizados foram realizados de duas formas, em princípio os arquivos foram
selecionados ou descartados baseando-se em seus títulos e resumos, em seguida,
todo o conteúdo da publicação foi lido e analisado observando a relevância de cada
um para, assim, escolher os que seriam utilizados. Materiais bibliográficos
complementares foram obtidos por meio da relação de referências dos artigos
encontrados nas buscas dos bancos de dados.
Dos resultados foram excluídos também citações e materiais bibliográficos em
outro idioma, artigos com assuntos muito abrangentes ou que fugiam da ideia
principal, artigos que se repetiram nas diferentes bases de dados, foram
descartados conteúdos procedentes de sites, blogs, artigos antigos, de má qualidade
e incompletos.
Foram escolhidos aqueles materiais que discutem sobre a atuação do
enfermeiro na unidade de saúde para o atendimento para pacientes oncológicos ,
dessa maneira, utilizando os mais atualizados, entre 2009-2022 e de ótima
qualidade e cadernos de atenção básica direcionados ao câncer, expedido pelo
Ministério da Saúde, pela Organização Pan-Americana de Saúde, a partir da
temática proposta, representado através de quadros que contêm dados
referenciados a respeito dos conteúdos, citações das obras consultadas. Dessa
maneira, foram extraídos elementos como: título, resumo, objetivo, metodologia,
referência e qualidade dos artigos científicos.
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Fisiopatologia do câncer: Fatores causais e aspectos clínicos

As células normais que formam os tecidos do corpo humano são capazes de se


multiplicar por meio de um processo contínuo que é natural. A maioria das células
normais cresce, multiplica-se e morre de maneira ordenada, porém, nem todas as
células normais são iguais, algumas nunca se dividem. Dessa forma, a proliferação
celular não implica necessariamente presença de malignidade, podendo simplesmente
responder a necessidades específicas do corpo (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER,
2011).
Portanto, o crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das
células normais. As células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescendo
incontrolavelmente, formando outras novas células anormais. Diversos organismos
vivos podem apresentar, em algum momento da vida, anormalidade no crescimento
celular, as células se dividem de forma rápida, agressiva e incontrolável, espalhando-se
para outras regiões do corpo, acarretando transtornos funcionais. O câncer é um
desses transtornos (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2011).
Sabemos que, o risco de câncer, em uma determinada população, depende das
condições sociais, ambientais, políticas e econômicas que a rodeiam, bem como das
características biológicas dos indivíduos que a compõem. As causas externas e
internas podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de
transformações malignas nas células normais. O surgimento do câncer depende da
intensidade e da duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer
(BRANDAO et al., 2017).
Além do que, independentemente da fase em que o câncer é detectado, há
necessidade de se classificar cada caso de acordo com a extensão do tumor. O método
utilizado para essa classificação é chamado de estadiamento e sua importância está na
constatação de que a evolução da doença é diferente quando a mesma está restrita ao
órgão de origem ou quando se estende a outros órgãos. Dessa forma, essa
classificação permite ao médico especialista em oncologia propor o tratamento mais
adequado para cada paciente, uma vez que dois pacientes, com o mesmo tipo de
câncer, mas com estadiamentos diferentes, podem ter diferentes propostas de
tratamento (BRANDAO et al., 2017).
2.2 Tratamentos Farmacológico e Não Farmacológico do câncer

Vale ressaltar que as principais metas do tratamento são a cura, prolongamento


da vida útil e melhora da qualidade de vida. Existem tratamentos curativos para um
terço dos casos de câncer, quando são detectados precocemente e tratados de acordo
com as melhores práticas clínicas. Existem três formas principais de tratamento do
câncer a quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Elas podem ser usadas em conjunto,
variando apenas quanto à suscetibilidade dos tumores a cada uma das modalidades
terapêuticas e à melhor sequência de sua administração (INSTITUTO NACIONAL DO
CÂNCER, 2011).
Dessa maneira, a efetividade do tratamento do câncer pode variar de forma
significativa conforme o diagnóstico, o estadiamento da doença e os fatores sociais
presentes. Considerando as dimensões e a heterogeneidade do Brasil e que um dos
aspectos fundamentais para o sucesso do tratamento é o acesso à melhor terapêutica
disponível, alguns desafios precisam ser superados. As ações de controle do câncer
não se restringem à prevenção, à detecção precoce, ao diagnóstico ou ao tratamento
(BRASIL, 2017).
Mas envolvem também os cuidados paliativos que consistem na abordagem para
melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares e no enfrentamento de
doenças que oferecem risco de vida, pela prevenção e pelo alívio do sofrimento. Isso
significa a identificação precoce e o tratamento da dor e de outros sintomas de ordem
física, psicossocial e espiritual. Entretanto, no ambiente hospitalar, os cuidados
paliativos podem ser oferecidos por meio de consultas ambulatoriais ou de internações
(BRANDÃO, et. at., 2017).
A modalidade de atendimento hospitalar depende sempre do estado do paciente
e de suas necessidades. Enquanto o paciente encontrar-se em condições físicas
compatíveis, ele pode comparecer à consulta com a equipe interdisciplinar para manter
o controle de sintomas. Quando a internação for necessária, o paciente e a família
devem ser esclarecidos de que o objetivo é tratar as intercorrências que só podem ser
controladas nesse ambiente e não curar a doença. É importante se ter em mente que
os cuidados paliativos são para trazer conforto e alívio dos sintomas (INSTITUTO
NACIONAL DO CÂNCER, 2011).

2.3 Assistência de Enfermagem

A Sistematização de Assistência de Enfermagem é uma atividade privativa do


enfermeiro, na qual ele é o responsável e assume papel de liderança diante de sua
equipe sendo sua função o planejamento e organização dos cuidados prestados ao
paciente. Um dos objetivos que o enfermeiro almeja alcançar, que as atividades de
enfermagem sejam realizadas de forma sistemática e organizada visando a melhora da
assistência a serem prestados tendo como resultado a evolução do quadro do cliente
no pronto atendimento (SILVA; MORREIRA, 2010).
Dessa forma, o Processo de Enfermagem deve ser realizado em todos os
ambientes, públicos e privados, em que ocorre o cuidado profissional de saúde. Assim,
cabe ao enfermeiro a liderança na execução e avaliação da SAE e, privativamente, a
realização do diagnóstico bem como a prescrição das ações e as intervenções.
Sabemos que o SAE possui cinco etapas interrelacionadas, sendo elas: investigação,
diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação, quando aplicado de forma
correta, pode diminuir a permanência do paciente em uma unidade de internação
hospitalar (NASCIMENTO et al., 2012).
É importante ressaltar que quando o enfermeiro, juntamente com a equipe de
enfermagem, planeja e programa, ou seja, quando executa a assistência a ser
prestada, está contribuindo de forma direta para que o paciente oncológico amplie sua
capacidade de enfrentar a doença. Diante da singularidade que cada pessoa tem de
enfrentar problemas quando a assistência é realizada de forma holística, respeitando as
crenças, valores e autonomia, o profissional consegue inserir o cliente no plano de
autocuidado fazendo com que ele participe do processo de recuperação (SILVA; CRUZ,
2011).
Considerando o aumento do número de casos de câncer no Brasil, identifica-se a
necessidade de profissionais de saúde que atuem de forma qualificada a fim de garantir
uma assistência segura, dessa maneira, o enfermeiro utiliza o Processo de
Enfermagem para prestar uma assistência organizada de forma segura para auxiliar no
tratamento do paciente com câncer de acordo com suas necessidades humanas
básicas (NASCIMENTO, 2012).

3 CONCLUSÃO

A enfermagem tem papel fundamental na atenção à saúde dos pacientes


oncológicos considerando o fato de que sua prática profissional favorece impactos
decisivos ao bem-estar dos pacientes. A organização adequada dos cuidados da
equipe de enfermagem auxiliada pela Sistematização da Assistência de Enfermagem
propicia o planejamento da assistência integral ao paciente oncológico.
Sendo assim, o número de pessoas em tratamento oncológico que estão sendo
atendidas nos serviços de emergência aumenta progressivamente e diariamente, a
equipe de enfermagem oferecem o primeiro atendimento para a maioria dos pacientes,
dessa maneira, precisam ser capazes de reconhecer as emergências oncológicas para
iniciar urgentemente uma avaliação. Portanto, é necessário que o tratamento seja
específico e imediato para cada paciente, para que não ocorra complicações no
momento do atendimento.
A aplicação do processo de enfermagem no serviço de pronto atendimento
organiza a assistência aos cuidados prestados, caracterizando as principais ações a
serem implantadas para o alcance de um atendimento adequado e de qualidade
obedecendo aos critérios exigidos pelo caráter emergencial de cada caso, assim como,
a evolução do quadro clínico dos pacientes. Na maioria das vezes, ao buscar a unidade
de saúde, o paciente encontra-se fragilizado e inseguro, desse modo, a forma como é
acolhido no atendimento estabelece uma relação mais próxima.
Por fim, este estudo levou-nos a refletir sobre as práticas profissionais nos
campos de atuação, que a cada dia se torna desafiador, em meio a tantas
adversidades, o que requer da equipe de enfermagem são habilidades, conhecimentos
técnicos e científicos. É importante ressaltar que o atendimento humanizado na saúde,
faz toda diferença para a assistência de qualidade, diante disso, a equipe de
enfermagem necessita conhecer as técnicas terapêuticas e psicológicas para uma
consulta qualificada, além de uma visão mais abrangente para atuarem na assistência
humanizada para obter melhorias nos serviços ofertados, permitido a aproximação do
profissional de saúde e o paciente. É necessário um olhar profundo do profissional onde
veja não só as necessidades patológicas do paciente, mas que ele seja capaz de ver o
que muitas vezes o paciente e sua família não conseguem mostrar.

4 REFERÊNCIAS

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de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva sustentada pela teoria de Wanda
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Estimativa 2018: A incidência de câncer no Brasil. INCA: Coordenação de prevenção e
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BRANDÃO, Meire Carla Pereira et. al. Cuidados Paliativos do Enfermeiro ao


Paciente Oncológico. Revista Brasileira de Saúde Funcional. Dezembro, 2017.

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NASCIMENTO, Ísis Catharine Rodrigues; et. at. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM


ONCOLÓGICA FRENTE ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS: uma revisão de literatura.
Brazilian Journal of Development. Curitiba, 2020.

NASCIMENTO, Luzia Kelly Alves da Silva et al. Sistematização da Assistência de


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Dimensões Sociais. Esc. Anna Nery. Rev. Reflexão. Rio de Janeiro, 2011.

SILVA, Marcelle Miranda; MOREIRA, Marléa Chagas. Sistematização da Assistência


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