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CÓDIGO:
221027451579
LUCIANO DUTRA
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor
de livros. Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos
preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e on-line.
Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela Universidade
Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado
em Ciências Militares.
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Direito Constitucional
Nacionalidade
Luciano Dutra
SUMÁRIO
Nacionalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1. Espécies de Nacionalidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2. Critérios para Adoção de Nacionalidade Primária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3. Nacionalidade Primária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4. Nacionalidade Secundária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.5. Quase Nacionalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.6. Distinção entre Brasileiros Natos e Naturalizados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.7. Perda da Nacionalidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.8. Idioma Oficial e Símbolos Nacionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2. Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
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Nacionalidade
Luciano Dutra
NACIONALIDADE
1. CONCEITO
CONCEITO
Conforme nos ensina José Afonso da Silva, a nacionalidade é um vínculo jurídico-político
de Direito público interno, que faz da pessoa um dos elementos componentes da dimensão
pessoal do Estado1 (o seu povo – conjunto de nacionais – brasileiros natos e naturalizados).
Ou seja, nacionalidade é um vínculo que une uma pessoa a um determinado Estado. Somos
brasileiros porque temos um vínculo de nacionalidade com a República Federativa do Brasil.
Nacionalidade
Primária Secundária
Nascimento Ato de vontade
+ +
1
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32ª edição. São Paulo. Editora Malheiros.
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Como regra, só é possível haver um polipátrida (aquele que possui mais de uma nacionalidade)
se houver a conjugação dos dois critérios (o sanguíneo e o territorial).
Certo.
A nossa atual CF/1988 adotou como regra o critério ius solis, permitindo a utilização do
ius sanguinis em algumas hipóteses que estudaremos a seguir. Vejamos.
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país [de origem];
Aqui, se adota o critério do ius solis: nasceu no Brasil, será, em princípio, brasileiro nato.
Só não será brasileiro nato aquele que aqui nascer se houver a conjugação de dois fatores:
• ambos os pais estrangeiros;
• pelo menos um deles deve estar no território brasileiro a serviço do seu país de origem.
Muito cuidado com um detalhe: se estiver a serviço de um terceiro país, o nascido na
República Federativa do Brasil será considerado brasileiro nato. Exemplo: se um casal de
portugueses estiver a serviço da Espanha, no Brasil, o filho deles, nascido no Brasil, será
considerado brasileiro nato.
Não está a serviço do seu país, portanto, o filho do casal será brasileiro nato.
Certo.
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b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
É brasileiro nato quem nasce no estrangeiro e é filho de pai brasileiro que está a serviço da
República Federativa do Brasil.
Certo.
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
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a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
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Não é bem isso. Segundo o art. 12, § 1º, da CF/1988, aos portugueses com residência
permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os
direitos inerentes ao brasileiro naturalizado.
Errado.
DICA DO LD
Vamos a um mnemônico: MP3.COM
C Carreira diplomática
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Essa é uma pegadinha muito comum. O brasileiro naturalizado pode ocupar o cargo de
Ministro das Relações Exteriores. O único caso de Ministro de Estado que só pode ser ocupado
por brasileiro nato é o de Ministro da Defesa.
Errado.
013. (FUB/NÍVEL SUPERIOR/2013) Um cidadão naturalizado brasileiro não pode ser eleito
para o cargo de senador da República.
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No caso, Andréa pode ser nomeada juíza de um TRT e, também, ministra do TST. No âmbito do
Poder Judiciário, o único órgão em que todos os membros devem ser brasileiros natos é o STF.
Errado.
3) extradição: da leitura do art. 5º, inciso LI, concluímos que o brasileiro nato NUNCA
será extraditado. Já o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimen-
to em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, praticado a
qualquer tempo.
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Art. 5º, LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
Como se percebe da simples leitura do art. 12, § 4º, I, da CF/1988, o juiz poderá cancelar a
naturalização do brasileiro (naturalizado), se cometer fraude no seu processo de naturalização
ou se se envolver em atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (como
o que ocorreu no dia 8 de janeiro).
Ademais, o inciso II do § 4º do art. 12 da CF/1988 acrescenta a possibilidade de a pessoa
requerer a perda da sua própria nacionalidade. Mas, se o requerimento for provocar uma
situação de apatridia (virar um apátrida, sem nacionalidade alguma), a Constituição não
vai admitir essa perda da nacionalidade brasileira. Importante destacar que essa hipótese
de perda da nacionalidade brasileira poderá atingir o nato e o naturalizado.
Por fim, o recém incluído § 5º do art. 12 da CF/1988 passa a prever que a renúncia da
nacionalidade nos termos acima expostos (art. 12, § 4º, II, da CF/1988), não impede o
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interessado de readquirir sua nacionalidade brasileira originária, nos termos da lei. Essa
previsão joga por terra toda a discussão que existia se o brasileiro nato, que havia perdido
sua nacionalidade brasileira, ao readquiri-la, seria novamente nato ou seria um brasileiro
naturalizado?! Com esse novo texto, fica claro que a reaquisição da nacionalidade brasileira,
repõe o status jurídico anterior. Ou seja, se era brasileiro nato e perdeu a nacionalidade, ao
readquiri-la, volta a ser brasileiro nato.
Compreendeu?
DICA DO LD
Você gosta da BAHIA? Imagine duas BA - HI - A - S? BAndeira;
HIno; Armas; e Selo. Ficou fácil agora? As Armas Nacionais
são comumente chamadas de Brasão da República.
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ius solis
CRITÉRIOS ius sanguinis
RESULTANTE DO
NASCIMENTO nascido no Brasil, ainda que de pais estrangeiros, salvo se qualquer deles estiver a
serviço do SEU país de origem
nascido no estrangeiro de pai ou mãe brasileiro que esteja a serviço do Brasil
PRIMÁRIA nascido no estrangeiro de pai ou mãe brasileiro, desde que a criança seja registrada
BRASILEIRO NATO em repartição brasileira competente
nascido no estrangeiro que venha residir no Brasil e opte, em qualquer tempo depois da
maioridade, pela nacionalidade brasileira
RESULTANTE DE UM REQUERIMENTO
estrangeiro originário de países de língua portuguesa com residên-
SECUNDÁRIA cia ininterrupta no Brasil por 1 ano e idoneidade moral
BRASILEIRO NATURALIZADO estrangeiro de qualquer origem com residência ininterrupta no Brasil
por 15 anos e sem condenação penal
NACIONALIDADE
português com residência permanente no Brasil poderá gozar dos direitos dos
QUASE brasileiros naturalizados, desde que assegurada em Portugal a reciprocidade
em relação aos brasileiros que lá residem
NACIONALIDADE
Presidente e Vice-Presidente da República
Presidente da Câmara dos Deputados
cargos
Presidente do Senado Federal
Ministro do STF
DISTINÇÃO ENTRE
NATOS E carreira diplomática
SÓ A CONSTITUIÇÃO
oficial das Forças Armadas
NATURALIZADOS Ministro de Estado da Defesa
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de modo imediato, seja quanto ao seu conteúdo eficacial, seja no que se refere a
todas as consequências jurídicas que dela derivam, pois, para incidir, além de supor o
pronunciamento aquiescente do Estado brasileiro, fundado em sua própria soberania,
depende, ainda, de requerimento do súdito português interessado, a quem se impõe,
para tal efeito, a obrigação de preencher os requisitos estipulados pela Convenção
sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre brasileiros e portugueses.
[Ext 890, rel. min. Celso de Mello, j. 5-8-2004,1ª T, DJ de 28-10-2004.]
= HC 100.793, rel. min. Marco Aurélio, j. 2-12-2010, P, DJE de 1º-2-2011
8) HC 72.391: A petição com que impetrado o habeas corpus deve ser redigida em
português, sob pena de não conhecimento do writ constitucional (CPC, art. 156, c/c
CPP, art. 3º), eis que o conteúdo dessa peça processual deve ser acessível a todos, sendo
irrelevante, para esse efeito, que o juiz da causa conheça, eventualmente, o idioma
estrangeiro utilizado pelo impetrante. A imprescindibilidade do uso do idioma nacional
nos atos processuais, além de corresponder a uma exigência que decorre de razões
vinculadas à própria soberania nacional, constitui projeção concretizadora da norma
inscrita no art. 13, caput, da Carta Federal, que proclama ser a língua portuguesa “o
idioma oficial da República Federativa do Brasil”. [HC 72.391 QO, rel. min. Celso de
Mello, j. 8-3-1995, P, DJ de 17-3-1995.]
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RESUMO
Conceito: nacionalidade é um vínculo que une uma pessoa a um determinado Estado.
Somos brasileiros porque temos um vínculo de nacionalidade com a República Federativa
do Brasil.
Espécies: 1) primária (também chamada de originária, de 1º grau, involuntária ou
nata): resultante de um fato natural (o nascimento). Trata-se de aquisição involuntária de
nacionalidade, decorrente do simples nascimento ligado ao cumprimento de um critério
trazido pela Constituição Federal; 2) secundária (também chamada de adquirida, por
aquisição, de 2º grau, voluntária, ou por naturalização): é a que se adquire por ato de
vontade, depois do nascimento, a partir de um requerimento somado ao cumprimento dos
requisitos constitucionais.
Critérios para Adoção de Nacionalidade Primária: 1) “ius sanguinis”: critério
sanguíneo pautado na hereditariedade; 2) “ius solis”: critério territorial, sendo irrelevante
a nacionalidade dos pais.
Nacionalidade Primária: segundo o art. 12, I, são brasileiros natos: a) os nascidos na
República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam
a serviço de seu país [de origem]; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os
nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Nacionalidade Secundária: segundo o art. 12, II, são brasileiros naturalizados: a) os
que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b)
os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil
há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.
Quase Nacionalidade: segundo o art. 12, § 1º, aos portugueses com residência permanente
no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes
ao brasileiro naturalizado.
Distinção entre Brasileiros Natos e Naturalizados: o art. 12, § 2º, prevê que a lei
infraconstitucional não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados.
Só a Constituição Federal poderá estabelecer esta diferenciação, e o faz em quatro hipóteses:
1) cargos: são privativos de brasileiros natos os cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministro
do Supremo Tribunal Federal; carreira diplomática; oficial das Forças Armadas; e Ministro
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QUESTÕES DE CONCURSO
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004. (2013/INSS/NÍVEL SUPERIOR) Filha de mãe suíça e de pai brasileiro, nascida na França,
onde o pai estava a serviço do Brasil, é:
a) francesa.
b) brasileira naturalizada.
c) suíça.
d) brasileira nata.
e) apátrida.
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a) Tibério.
b) Pompeu.
c) Cipriano.
d) Péricles.
e) Alexandre.
012. (2018/EXAME DA ORDEM XXV) Jean Oliver, nascido em Paris, na França, naturalizou-
se brasileiro no ano de 2003. Entretanto, no ano de 2016, foi condenado, na França, por
comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas (cocaína), no território francês, entre
os anos de 2010 e 2014. Antes da condenação, em 2015, Jean passou a residir no Brasil.
A França, com quem o Brasil possui tratado de extradição, requer a imediata extradição
de Jean, a fim de que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi condenado.
Apreensivo, Jean procura um advogado e o questiona acerca da possibilidade de o Brasil
extraditá-lo. O advogado, então, responde que, segundo o sistema jurídico-constitucional
brasileiro, a extradição:
a) não é possível, já que a Constituição Federal, por não fazer distinção entre o brasileiro
nato e o brasileiro naturalizado, não pode autorizar tal procedimento.
b) não é possível, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais naturalizados por crime
comum praticado após a oficialização do processo de naturalização.
c) é possível, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de extradição em caso
de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas, ainda que praticado após a
naturalização.
d) é possível, pois a Constituição Federal autoriza que o Brasil extradite qualquer brasileiro
quando comprovado o seu envolvimento na prática de crime hediondo em outro país.
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016. (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Alessandro Bilancia, italiano, com 55 anos de idade,
ao completar 15 anos de residência ininterrupta no Brasil, decide assumir a nacionalidade
“brasileira”, naturalizando-se. Trata-se de renomado professor, cujas elevada densidade
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intelectual e capacidade de liderança são muito bem vistas por um dos maiores partidos
políticos brasileiros. Na certeza de que Alessandro poderá fortalecer os quadros do governo
caso o partido em questão seja vencedor nas eleições presidenciais, a cúpula partidária já
ventila a possibilidade de contar com o auxílio do referido professor na complexa tarefa
de governar o país. Analise as situações abaixo e assinale a única possibilidade idealizada
pela cúpula partidária que encontra respaldo na Constituição Federal.
a) Alessandro Bilancia, graças ao seu reconhecido saber jurídico e à sua ilibada reputação,
poderá ser indicado para compor o quadro de Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de Deputado Federal e ser eleito,
poderá ser indicado para exercer a Presidência da Câmara dos Deputados.
c) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de Senador e ser eleito, pode ser
o líder do partido na Casa, embora não possa presidir o Senado Federal.
d) Alessandro Bilancia, dada sua ampla e sólida condição intelectual, pode ser nomeado
para assumir qualquer ministério do Governo.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
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a) será cidadão brasileiro caso venha a residir no território brasileiro e opte por esta
nacionalidade até os 18 anos.
b) é considerado cidadão brasileiro caso tenha sido registrado na repartição brasileira
competente.
c) será cidadão brasileiro caso sua mãe também tenha a nacionalidade brasileira.
d) somente será nacional brasileiro caso requeira a sua naturalização.
e) é considerado cidadão brasileiro.
029. (2013/FUB/NÍVEL SUPERIOR) Um cidadão naturalizado brasileiro não pode ser eleito
para o cargo de Senador da República.
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franceses. Quando Sophie completou sete meses de gestação, eles decidiram passar férias
no Brasil, mas uma intercorrência provocou a aceleração do parto, e Marie, primeira filha
do casal, nasceu prematuramente no Hospital Municipal de Valinhos. Jéssica nasceu na
Islândia, é filha de João, brasileiro, e Leona, finlandesa. Jéssica veio residir no Brasil e optou,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. De acordo com o que dispõe
a Constituição Federal, é correto afirmar que
a) Marie e Jéssica são ambas brasileiras naturalizadas.
b) Marie é brasileira nata, e Jéssica é brasileira naturalizada.
c) Marie e Jéssica somente serão consideradas brasileiras naturalizadas após residirem pelo
menos quinze anos ininterruptos no Brasil.
d) Marie e Jéssica são brasileiras natas.
e) Marie é brasileira nata, e Jéssica poderá ser considerada brasileira naturalizada apenas
após comprovar residência por um ano ininterrupto no Brasil e sua idoneidade moral.
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a) ministro da fazenda
b) carreira diplomática
c) governador do estado
d) ministro de tribunal superior
e) presidente da assembleia legislativa
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067. (2022/IPREV/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO II) Paulo, nascido nos Estados Unidos,
filho de pais brasileiros que vivem legalmente no país, quando completou 16 anos, decidiu
residir no país junto aos seus familiares e, após completar a maioridade, decidiu optar pela
nacionalidade brasileira. À luz da Constituição Federal, Paulo poderá entrar com o pedido
de nacionalidade brasileira? Ele será considerado brasileiro nato ou naturalizado?
a) Paulo não poderá pedir a nacionalidade brasileira, pois nasceu e foi criado nos Estados
Unidos, sendo este seu país de origem.
b) Paulo não poderá pedir a nacionalidade brasileira, pois seus pais residiam legalmente
nos Estados Unidos, sendo este seu país de origem.
c) Paulo será considerado brasileiro naturalizado, pois nasceu e cresceu nos Estados Unidos,
sendo este seu país de origem.
d) Paulo será considerado brasileiro naturalizado, pois seus pais residiam legalmente nos
Estados Unidos, sendo este seu país de origem.
e) Paulo será considerado brasileiro nato pois antes de completar a maioridade veio residir
no Brasil, quando então decidiu optar pela nacionalidade brasileira.
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GABARITO
1. c 36. E 71. b
2. b 37. E 72. a
3. e 38. C 73. b
4. d 39. E 74. a
5. e 40. E 75. c
6. e 41. C 76. d
7. b 42. C
8. a 43. C
9. b 44. E
10. a 45. C
11. a 46. C
12. c 47. C
13. a 48. E
14. a 49. C
15. b 50. C
16. c 51. b
17. d 52. c
18. d 53. E
19. d 54. C
20. c 55. a
21. a 56. d
22. d 57. c
23. a 58. E
24. b 59. e
25. b 60. E
26. C 61. E
27. E 62. C
28. E 63. C
29. E 64. b
30. C 65. e
31. C 66. e
32. E 67. e
33. E 68. c
34. C 69. d
35. C 70. C
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GABARITO COMENTADO
É a interpretação que se extrai do art. 12, inciso I, alínea a. Para não ser brasileiro nato aquele
que aqui nascer, deve haver a conjugação de dois fatores: a) ambos os pais estrangeiros;
b) pelo menos um deles (pai ou mãe) a serviço do seu país de origem.
Letra c.
É o único cargo que não é mencionado no art. 12, § 3º, da CF/1988, que determina quais
cargos são privativos de brasileiros natos.
Letra b.
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A regra geral é que o brasileiro (nato ou naturalizado) que adquire outra nacionalidade
perca a brasileira. No entanto, a Constituição resguarda duas hipóteses em que o brasileiro,
mesmo assumindo nova nacionalidade, não perderá a brasileira: a) reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) imposição de naturalização, pela norma
estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência
em seu território ou para o exercício de direitos civis. Nessa situação, o brasileiro tornar-
se-á polipátrida (indivíduo que possui mais de uma nacionalidade). A presente questão
enquadra-se justamente no art. 12, § 4º, inciso II, alínea b (“[...] o país em que trabalhará
exigiu que Anita se naturalizasse para nele permanecer e exercer sua atividade profissional”).
Letra e.
004. (2013/INSS/NÍVEL SUPERIOR) Filha de mãe suíça e de pai brasileiro, nascida na França,
onde o pai estava a serviço do Brasil, é:
a) francesa.
b) brasileira naturalizada.
c) suíça.
d) brasileira nata.
e) apátrida.
O art. 12, inciso I, alínea “b”, da CF/1988, é claro quando explica que são brasileiros natos
“os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil”.
Letra d.
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família, para o Brasil e aqui passou a residir. No momento em que atingiu a maioridade, Jonatas
optou pela nacionalidade brasileira. Nos termos da Constituição Federal, Jonatas:
a) é considerado brasileiro e canadense, ou seja, tem obrigatoriamente dupla nacionalidade.
b) é considerado brasileiro naturalizado.
c) não pode optar por nacionalidade, pois, em razão de sua moradia ininterrupta no Brasil,
adquire obrigatoriamente a nacionalidade brasileira.
d) é considerado canadense.
e) é considerado brasileiro nato.
Letra e.
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Letra b.
Letra a.
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Letra b.
Para ocupar cargo de Ministro de Estado da Defesa do Brasil, o brasileiro deve ser nato,
segundo o art. 12, § 3º, inciso VII da CF/1988. Nesses termos, o único brasileiro nato é o
Tibério, segundo o art. 12, inciso I, alínea b.
Letra a.
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Letra a.
012. (2018/EXAME DA ORDEM XXV) Jean Oliver, nascido em Paris, na França, naturalizou-
se brasileiro no ano de 2003. Entretanto, no ano de 2016, foi condenado, na França, por
comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas (cocaína), no território francês, entre
os anos de 2010 e 2014. Antes da condenação, em 2015, Jean passou a residir no Brasil.
A França, com quem o Brasil possui tratado de extradição, requer a imediata extradição
de Jean, a fim de que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi condenado.
Apreensivo, Jean procura um advogado e o questiona acerca da possibilidade de o Brasil
extraditá-lo. O advogado, então, responde que, segundo o sistema jurídico-constitucional
brasileiro, a extradição:
a) não é possível, já que a Constituição Federal, por não fazer distinção entre o brasileiro
nato e o brasileiro naturalizado, não pode autorizar tal procedimento.
b) não é possível, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais naturalizados por crime
comum praticado após a oficialização do processo de naturalização.
c) é possível, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de extradição em caso
de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas, ainda que praticado após a
naturalização.
d) é possível, pois a Constituição Federal autoriza que o Brasil extradite qualquer brasileiro
quando comprovado o seu envolvimento na prática de crime hediondo em outro país.
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Aplica-se ao caso o que prevê o art. 12, inciso I, alínea a, segundo o qual “são brasileiros
natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que esses não estejam a serviço de seu país”.
Letra a.
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b) I e III.
c) II e IV.
d) III e IV
I – Certo.
Art. 12, § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis.
A Constituição Federal permite que o brasileiro nato perca sua nacionalidade originária no
caso de aquisição voluntária de outra nacionalidade, salvo nas hipóteses de: i) reconhecimento
de nacionalidade originária pela lei estrangeira; ou ii) imposição de naturalização, pela norma
estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência
em seu território ou para o exercício de direitos civis (art. 12, § 4º, inciso II, alíneas a e b).
Nestes casos, ao brasileiro nato será reconhecida dupla nacionalidade.
II – Certo. A Constituição Federal, no art. 12, § 2º, prevê que a lei não poderá estabelecer
distinção entre brasileiro nato e naturalizado. Vale dizer que os únicos casos de discriminação
admitidos entre brasileiros natos e naturalizados são aqueles expressamente constantes
do texto constitucional. São eles: 1) cargos: são privativos de brasileiros natos os cargos
de Presidente da República e Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos
Deputados, Presidente do Senado Federal, Ministro do Supremo Tribunal Federal, carreira
diplomática, oficial das Forças Armadas e de Ministro de Estado de Defesa (Art. 12, § 3º,
da CF/1988); 2) função no Conselho da República: o Conselho da República é órgão de
assessoramento superior do Presidente da República. A Constituição reservou seis vagas
para brasileiros natos (art. 89 da CF/1988); 3) extradição: à luz do art. 5º, inciso LI, da
CF/1988, o brasileiro nato jamais será extraditado (por sua vez, o brasileiro naturalizado
pode ser extraditado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma
da lei, praticado a qualquer tempo); 4) direito de propriedade: conforme estabelece o
art. 222, da CF/1988, a propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de
sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos.
III – Errado. Conforme já consignado, o art. 12, § 3º, da CF/1988 elenca o rol de cargos
privativos de brasileiro nato e, entre eles, não está o de Ministro da Justiça.
IV – Errado. Segundo o art. 12, inciso I, alínea c, da CF/1988, com sua redação dada pela
Emenda Constitucional n. 54 de 2007, são brasileiros natos “os nascidos no estrangeiro
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de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”. Perceba a pegadinha
da questão: ao retirar da assertiva o termo “depois de atingida a maioridade”, poder-se-
ia pensar que, assim que viesse a residir no Brasil, mesmo que menor, já se poderia optar
pela nacionalidade brasileira, o que não é verdade. A toda evidência, só depois de atingida
a maioridade é que se pode exercer o direito à opção pela nacionalidade brasileira.
Letra a.
Art. 12, I – São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que esses não estejam a serviço de seu país.
Nesse caso, o constituinte adotou o critério tradicional do ius solis, ou seja, via de regra, basta
ter nascido no Brasil para ser considerado brasileiro nato. Por outro lado, a Constituição
exclui os filhos de estrangeiros que estejam a serviço de seu país, exigindo a conjugação
de dois requisitos: 1) ambos os pais estrangeiros; 2) ao menos um dos pais deve estar no
território brasileiro a serviço de seu país de origem. Estar a serviço de empresa privada
alemã não basta. Estar a serviço de seu país abrange órgãos e entidades da administração
pública direta e indireta.
Letra b.
016. (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Alessandro Bilancia, italiano, com 55 anos de idade,
ao completar 15 anos de residência ininterrupta no Brasil, decide assumir a nacionalidade
“brasileira”, naturalizando-se. Trata-se de renomado professor, cujas elevada densidade
intelectual e capacidade de liderança são muito bem vistas por um dos maiores partidos
políticos brasileiros. Na certeza de que Alessandro poderá fortalecer os quadros do governo
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caso o partido em questão seja vencedor nas eleições presidenciais, a cúpula partidária já
ventila a possibilidade de contar com o auxílio do referido professor na complexa tarefa
de governar o país. Analise as situações abaixo e assinale a única possibilidade idealizada
pela cúpula partidária que encontra respaldo na Constituição Federal.
a) Alessandro Bilancia, graças ao seu reconhecido saber jurídico e à sua ilibada reputação,
poderá ser indicado para compor o quadro de Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de Deputado Federal e ser eleito,
poderá ser indicado para exercer a Presidência da Câmara dos Deputados.
c) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de Senador e ser eleito, pode ser
o líder do partido na Casa, embora não possa presidir o Senado Federal.
d) Alessandro Bilancia, dada sua ampla e sólida condição intelectual, pode ser nomeado
para assumir qualquer ministério do Governo.
Não há nenhum óbice para que um brasileiro naturalizado concorra ao cargo de Senado.
O que ele não pode é ser Presidente do Senado Federal, conforme se vê no art. 12, § 3º,
inciso III.
Letra c.
A hipótese trazida na letra d enquadra-se perfeitamente na previsão do art. 12, inciso II, alínea
b, segundo o qual “são brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira”.
Letra d.
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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
I – Certo. É o que determina o art. 12, inciso II, alínea b, segundo o qual “são brasileiros
naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa
do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram
a nacionalidade brasileira”.
II – Certo. Segundo o art. 12, inciso I, alínea a, são brasileiros natos os nascidos na República
Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses não estejam a serviço
de seu país.
III – Errado. À luz do art. 12, § 1º, “aos portugueses com residência permanente no país,
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição”.
Letra d.
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b) somente não perderia a nacionalidade brasileira caso fosse naturalizado estrangeiro por
força de lei do respectivo país, sem qualquer requerimento nesse sentido.
c) somente não perderia a nacionalidade brasileira se estivesse no estrangeiro, de maneira
impositiva, a serviço da República Federativa do Brasil.
d) não perderá a nacionalidade brasileira, pois a naturalização foi imposta, pela norma
estrangeira, como condição para permanência no território do respectivo país.
e) não perderá a nacionalidade brasileira, pois a hipótese versa sobre reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira.
Art. 12, § 4º, II – será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra
nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis.
Letra d.
Art. 12, I, b São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
Letra c.
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Segundo o art. 12, § 4º, inciso II, via de regra, o brasileiro que voluntariamente adquire
outra nacionalidade perde a brasileira, salvo: a) reconhecimento de nacionalidade originária
pela lei estrangeira; b) imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou
para o exercício de direitos civis.
Letra a.
É a situação narrada no art. 12, inciso I, alínea a, segundo a qual “são brasileiros natos os
nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
esses não estejam a serviço de seu país”. Na hipótese narrada na questão, os pais de Peter
estavam a serviço de seu país de origem (no caso, a Áustria), pelo que Peter não é brasileiro.
Letra d.
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É a permissão trazida pelo art. 12, inciso I, alínea c, parte final, segundo a qual “são brasileiros
natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira”.
Letra a.
É a parte inicial do art. 12, inciso I, alínea c, segundo a qual “são brasileiros natos os nascidos
no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”.
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O disposto está em conformidade com o art. 12, § 3º, da CF/1988, que indica expressamente,
nos incisos VI e VII, que oficial das Forças Armadas e Ministro de Estado da Defesa são cargos
privativos de brasileiros natos.
Certo.
De acordo com art. 12, § 3º, da CF/1988, somente brasileiro nato pode ser ministro do STF.
Errado.
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029. (2013/FUB/NÍVEL SUPERIOR) Um cidadão naturalizado brasileiro não pode ser eleito
para o cargo de Senador da República.
Conforme o art. 12, § 3º, da CF/1988, um cidadão naturalizado brasileiro não pode ser
eleito para o cargo de Presidente do Senado Federal, mas pode ser Senador da República.
Errado.
De acordo com art. 12, § 3º, da CF/1988, o cargo de oficial das Forças Armadas somente
poderá ser exercido por brasileiro nato.
Certo.
Diz o art. 12, inciso I, alínea “a”, da CF/1988, que são brasileiros natos “os nascidos na
República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam
a serviço de seu país”.
Certo.
Segundo o art. 12, inciso I, são brasileiros natos: a) os nascidos na República Federativa do
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses não estejam a serviço de seu país
(critério ius solis); b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil (critério ius sanguinis);
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil
e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira
(critério ius sanguinis). É importante dizer que o critério ius sanguinis (adotado nas letras b
e c) tem por base questões de hereditariedade, um vínculo sanguíneo com os ascendentes.
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Por outro lado, o critério ius solis (adotado na letra a) concede a nacionalidade originária
aos nascidos no território brasileiro, sendo irrelevante a nacionalidade dos genitores.
Errado.
Errado.
Os cargos privativos de brasileiros natos estão exaustivamente previstos no art. 12, § 3º,
entre os quais não se inclui o de diretor da ANS.
Certo.
Segundo o art. 5º, inciso LI, o brasileiro nato jamais poderá ser extraditado. Por seu turno,
o brasileiro nato pode vir a perder sua nacionalidade brasileira, desde que adquira outra
nacionalidade voluntariamente (exceto o reconhecimento de outra nacionalidade originária),
segundo o art. 12, § 4º, inciso II.
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Os cargos privativos de brasileiros natos estão exaustivamente previstos no art. 12, § 3º,
entre os quais não se inclui o de Governador de estado.
Errado.
No caso, o filho de um casal de indianos que nasce no território brasileiro (jus solis) sem
que os pais estejam a serviço da Índia no Brasil será brasileiro nato.
Certo.
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É um dos cargos trazidos pelo art. 12, § 3º, da CF/1988, como privativo para brasileiros natos.
Errado.
Segundo o art. 12, inciso I, alínea b, são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de
pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil. É justamente o caso presente: filho nascido no estrangeiro de pai
brasileiro que está a serviço da República Federativa do Brasil.
Certo.
Segundo o art. 12, § 3º, inciso VI, são privativos de brasileiro nato os cargos de oficial das Forças
Armadas. Percebam que a exigência da condição de brasileiro nato recai apenas aos oficiais
das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), não aos oficiais das Polícias Militares.
Certo.
Art. 12, I, c. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 54, de 2007.)
Certo.
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Segundo o art. 12, inciso I, alínea a, são brasileiros natos os nascidos na República Federativa
do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses não estejam a serviço de seu país.
Em outras palavras, aquele nascer no território do Brasil, em princípio, será brasileiro nato
(critério do ius solis). Ocorre que a norma excepciona os casos de filho de pais estrangeiros
que estejam a serviço de seu país. Assim, se um embaixador de país estrangeiro, em exercício
no Brasil, e sua esposa, também estrangeira, tiverem um filho nascido em território brasileiro,
esse filho não será considerado brasileiro nato, uma vez que se enquadra na exceção trazida
pela parte final da norma supracitada.
Errado.
Art. 12, § 3º São cargos de oficias das Forças Armadas: Oficial-General, Coronel, Tenente-coronel,
Major, Capitão e Tenente.
Certo.
De acordo com o art. 12, § 4º, inciso II, da CF/1988, será declarada a perda da nacionalidade
do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, porém nas alíneas há exceções.
Certo.
Segundo o art. 12, § 4º, I, da CF/1988, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional.
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Diz o art. 12, § 1º, da CF/1988, que “aos portugueses com residência permanente no País,
se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes
ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição”. Assim, é hipótese de quase
nacionalidade quando são satisfeitos os pressupostos constitucionais de residência
permanente no País e reciprocidade. Nesse caso, os portugueses não precisam se naturalizar
brasileiros para auferirem os direitos dos brasileiros NATURALIZADOS.
Errado.
Conforme o art. 12, inciso I, alínea “c”, da CF/1988, são brasileiros natos “os nascidos no
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”.
Certo.
Segundo o art. 12, § 3º, VI, da CF/1988, esse é um dos cargos privativos de brasileiros natos.
Certo.
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Nacionalidade
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Conforme estudamos, a hipótese do art. 12, II, “b”, da CF/1988, é chamada justamente de
naturalização extraordinária por se constituir em um direito público subjetivo do estrangeiro
à naturalização, desde que satisfaça os requisitos constitucionais.
Errado.
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Nacionalidade
Luciano Dutra
caso hipotético e na Constituição Federal de 1988, julgue o item. Caso venha a morar no
Brasil, Carlos não poderá ocupar o cargo de ministro de Estado da Defesa.
Carlos, filho de pais estrangeiros que estavam a serviço do seu país de origem, é estrangeiro.
Portanto, não pode ocupar o cargo de ministro de Estado da Defesa, que é privativo de
brasileiro nato.
Certo.
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Nacionalidade
Luciano Dutra
Marie enquadra-se no art. 12, I, “a”, da CF/1988, ao passo que, para a Jéssica, aplica-se o
art. 12, I, “c”, parte final, da CF/1988.
Letra d.
Como os pais de Carlos estavam a serviço do seu país de origem, ele não será considerado
brasileiro nato, à luz do art. 12, I, “a”, da CF/1988.
Errado.
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Nacionalidade
Luciano Dutra
Segundo o art. 12, § 4º, I, da CF/1988, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional.
Letra e.
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Nacionalidade
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O art. 12, § 3º, da CF/1988, traz, em rol taxativo, os cargos privativos de brasileiro nato.
Letra b.
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Nacionalidade
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A hipótese trazida se enquadra no art. 12, I, a, da CF/1988, segundo o qual “são brasileiros
natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país”.
Letra e.
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Nacionalidade
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Juan é brasileiro nato porque nasceu no Brasil e os seus pais não estão a serviço do seu
país de origem. Antony é brasileiro nato, uma vez que seu pai estava no Canadá a serviço
do Brasil. Por fim, Maria Clara será brasileira nata se for registrada em repartição brasileira
competente ou vier a residir no Brasil e optar, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Letra e.
067. (2022/IPREV/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO II) Paulo, nascido nos Estados Unidos,
filho de pais brasileiros que vivem legalmente no país, quando completou 16 anos, decidiu
residir no país junto aos seus familiares e, após completar a maioridade, decidiu optar pela
nacionalidade brasileira. À luz da Constituição Federal, Paulo poderá entrar com o pedido
de nacionalidade brasileira? Ele será considerado brasileiro nato ou naturalizado?
a) Paulo não poderá pedir a nacionalidade brasileira, pois nasceu e foi criado nos Estados
Unidos, sendo este seu país de origem.
b) Paulo não poderá pedir a nacionalidade brasileira, pois seus pais residiam legalmente
nos Estados Unidos, sendo este seu país de origem.
c) Paulo será considerado brasileiro naturalizado, pois nasceu e cresceu nos Estados Unidos,
sendo este seu país de origem.
d) Paulo será considerado brasileiro naturalizado, pois seus pais residiam legalmente nos
Estados Unidos, sendo este seu país de origem.
e) Paulo será considerado brasileiro nato pois antes de completar a maioridade veio residir
no Brasil, quando então decidiu optar pela nacionalidade brasileira.
A situação narrada se enquadra no art. 12, I, c, da CF/1988, que diz que “são brasileiros
natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa
do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira”.
Letra e.
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É o que estabelece o art. 12, II, a, da CF/1988, segundo o qual “são brasileiros naturalizados
os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral”.
Letra c.
É o dispõe o art. 12, I, c, da CF/1988, para quem “são brasileiros natos os nascidos no
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”.
Letra d.
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É o que estabelece o art. 12, II, b, da CF/1988, segundo o qual “são brasileiros naturalizados
os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil
há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira”.
Certo.
Conforme o art. 12, II, a, da CF/1988, “são naturalizados os que, na forma da lei, adquiram
a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral”.
Letra b.
A situação se enquadra no art. 12, I, b, da CF/1988, para quem “são brasileiros natos os
nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil”.
Letra a.
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De acordo com o art. 12, § 3º, da CF/1988, “são privativos de brasileiro nato os cargos: I - de
Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da
carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Letra b.
Conforme o art. 12, § 3º, da CF/1988, “são privativos de brasileiro nato os cargos: I - de
Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da
carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Letra a.
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Em obediência ao art. 12, § 3º, da CF/1988, “são privativos de brasileiro nato os cargos: I -
de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da
carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Letra c.
Segundo o art. 12, § 3º, da CF/1988, “são privativos de brasileiro nato os cargos: I - de
Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da
carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Letra d.
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