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O LUGAR DA ÉTICA NA REFLEXÃO FILOSÓFICA

Helder Buenos Aires de Carvalho*

Se fizermos uma caracterização de nossa época, seguramente um de seus elementos


definidores seria a presença persistente da tematização ética em todas as esferas da nossa
civilização, se expressando na atual voga das linguagens éticas em todos os níveis da
comunicação social, passando pela ciência, política, religião, práticas profissionais, leis, meio
ambiente, medicina, etc. Como diz Lipovetsky,
“Un nom, un idéal rassemble les âmes et réanime le coeur des
démocraties occidentales en cette fin de millénaire: l’éthique.
Depuis une dizaine d’annés, l’effet éthique ne cesse de gagner
en puissance, envahissant les media, nourrissant la réflexion
philosophique, juridique et déontologique, génerant des
institutions, des aspirations et pratiques collectives inédites.
Bioéthique, charité médiatique, actions humanitaires,
sauvegarde de l’environnement, moralisations des affaires, de
la politique et des media, débats autour de l’avortement et du
harcèlement sexuel, des messageries roses et codes de langage
“correct”, croisades contre la drogue et lutte antitabagique,
partout la revitalisation des valeurs et l’esprit de responsabilité
sont brandis comme l’impératif numéro un de l’époque: la
sphére éthique est devenue le miroir privilégié où se déchiffre le
nouvel esprit du temps”.1
E nas discussões filosóficas correntes a ética está novamente no centro, como o atesta
a torrencial produção bibliográfica no mundo inteiro e a multiplicação de eventos, congressos
e de periódicos especializados nesse campo2. As perspectivas ético-morais abundam em um
mundo pós-positivista onde a reflexão filosófica continua inabalada, apesar das imagens do
fim da filosofia3.

*
Doutor em Filosofia, Professor Adjunto – UFPI.
1
LIPOVETSKY, G. Le Crépuscule du devoir. L’éthique indolore des nouveaux temps démocratiques. Paris, Gallimard,
1992. p.11.
2
Um exemplo disso no Brasil foi o estrondoso sucesso do seminário “A Ética” em 1992, promovido pela Secretaria
Municipal de Cultura de São Paulo, reproduzido em diversas capitais, que resultou na publicação da obra
coletiva: Ética. São Paulo, Cia das Letras/Sec. Mun. Cultura, 1992, também de grande sucesso editorial.
3
Para essa temática do fim da filosofia, ver o artigo VAZ, H.C.L. Morte e Vida da Filosofia. Síntese - Nova Fase. V.18,
n.55 (1991): 677-691, onde se pode perceber o caráter paradoxal desse lema, para além da dimensão
anedótica, como ao mesmo tempo expressando a crise profunda da cultura ocidental mas também gerando um
desafio à reflexão filosófica que a coloca de volta ao seu eixo fundamental de reflexão fundante acerca do
sentido último das coisas. Para uma visão mais geral do panorama filosófico contemporâneo, onde se apontam
diversos caminhos que a filosofia tomou diante da questão sobre o seu destino nesse século, ver BAYNES, K.
/BOHMAN, J. /McCARTHY, T. After Philosophy: End or Transformation? Cambridge, MA: MIT Press, 1987.

1
“The re-evaluation of the ethical dimension, or lack thereof, in
Heidegger’s philosophy, the recent ethical turn of post-
modernism led by Derrida’s discovery of the moral dimension
of différence, the reconstruction of arguments for moral
universalism, Rorty’s discovery of his own pragmatic ethical
commitment, the relatively new development of ethics under
the umbrella term, communitarianism, Rawl’s re-evaluation of
the place of origins in his theory of justice, the emergence of
the feminist critique of philosophy, new developments in
analytic ethics -- all these movements point to the moral or
ethical transformation of philosophy. Not only in the
philosophy in particular, but also in the public sphere in
general, ethical issues dominate”.4
Essa onda ética que se derrama por todos os lados na praia cultural da civilização
ocidental, contudo, não pode nos conduzir ao diagnóstico ilusório de que afinal estamos
saindo da crise em que estávamos mergulhados desde as primeiras décadas do século XX, pois
o que temos na verdade agora é um novo perfil de crise.
“Todos os problemas de sobrevivência e convivência, incluindo-
se os que se situam no terreno das relações conflitivas entre o
Primeiro e o Terceiro Mundo, são perfeitamente equacionáveis,
tem suas constantes e variáveis conhecidas e as soluções estão
dentro das possibilidades da humanidade atual. Não é, pois, no
terreno da produção dos bens materiais e da satisfação das
necessidades vitais que a crise profunda se delineia. É no
terreno das razões de viver e dos fins capazes de dar sentido à
aventura humana sobre a terra. Em suma, a crise da civilização
num futuro que já se anuncia no nosso presente, não será uma
crise do ter mas uma crise do ser”.5
A contundente e inflacionada exigência da tematização ética nas sociedades
ocidentais nos últimos anos deve ser vista dentro do contexto mais profundo da
transformação civilizacional que elas sofreram: a mudança de um ethos que rompeu os limites
das formas de pensamento com as quais estávamos acostumados a legitimá-lo até então,
despertando a urgente necessidade de explicitar, organizar e justificar criticamente a
racionalidade que lhe é implícita -- tarefa primordial da Ética desde sua aurora como ciência
dos costumes na Grécia antiga6. A atualidade da reflexão ética na cultura contemporânea, para
ser plenamente compreendida, exige ser percebida como resultado de um

4
RASMUSSEN, D. (Ed.) Universalism vs. Communitarianism: Contemporary Debates in Ethics. Cambridge, MA: The
MIT Press, 1990. p.01.
5
VAZ, H.C.L. Ética e Razão Moderna. Síntese-Nova Fase. Vol.22, n.68 (1995): 53-85. p.55.
6
Ver a magistral obra: VAZ, H.C.L. Escritos de Filosofia II: Ética e Cultura. São Paulo, Loyola, 1988.

2
“... movimento no plano das idéias que vem acompanhando a
enorme expansão da base material da sociedade, o
extraordinário adensamento das relações simbólicas que tecem
o universo humano do sentido como universo da cultura, e
finalmente a interrogação, surgindo com irreprimível
necessidade do seio de todas as formas da atividade cultural,
sobre os valores e fins que devem regular e orientar essa que é,
sem dúvida, a mais prodigiosa transformação da sociedade
humana até hoje conhecida”.7
Por outro lado, essa premência pela ética na nossa cultura, expressa na pluralidade
de perfis e tendências do pensamento ético contemporâneo, nos revela a verdadeira ameaça
que paira sobre o ethos complexo de nossas sociedades: o niilismo ético8, a suspeita radical
que invade o universo dos valores e dos fins que legitimam racionalmente as práticas
individuais e sociais. A multiplicidade das linguagens morais e das teorias éticas é, na verdade,
uma das faces de Janus da indigência moral em que vivemos9. A explosão de diferentes
perspectivas morais possíveis e em contradição entre si parece depor contra a idéia da própria
ética como eixo orientador da ação dos homens, mostrando que o excesso de posições é talvez
o retrato de que, na verdade, não dispomos mais de um ponto de vista moral justificado ao
qual recorrermos. Como Tugendhat nos chama a atenção,
“Podría hablar de la indefensión de todos nosotros, en lugar de
referirme únicamente a la de los filósofos. Todos nosotros nos
enfrentamos hoy em día con cuestiones morales
fundamentales, que no podemos dejar de contestar de una
manera u outra, aunque no encontremos ninguna respuesta
que nos satisfaga”.10
O fracasso da reflexão moral moderna em nos oferecer um ponto seguro para nos
orientar chegou a suscitar a tese de que a moralidade deveria ser considerada como algo
meramente subjetivo, deslocando a ética para o campo do irracional, do privado e das
emoções -- tese defendida pela teoria emotivista de C. L. Stevenson, A. J. Ayer, entre outros.
Entretanto, tal deslocamento nada resolve uma vez que esse subjetivismo é mais uma atitude
verbal que propriamente uma realidade prática, na vida real emitimos constantemente juízos
morais com pretensões objetivas11.
Essa situação de embaraço, fragilidade e perturbação em que se encontra o filósofo no

7
VAZ, H.C.L. 1995. Op. cit., p.57-8.
8
”a face mais agressivamente visível da crise espiritual de uma civilização da afluência, e que pode ser descrito com
razão como um desafio pós-moderno à ética”. Idem, p.58. Para uma leitura mais ampla sobre o nihilismo na
cultura contemporânea, ver CROSBY, D. A. The Specter of the Absurd. Sources & Criticisms of Modern Nihilism.
Albany, NY: State University of New York Press, 1988.
9
”This is not the first time that ethics has been fashionable. And history suggests that in those periods when a social
order becomes uneasy and even alarmed about the weakening of its moral bonds and the poverty of its moral
inheritance and turns for aid to the moral philosopher and theologian, it may not find those disciplines
flourishing in such a way as to be able to make available the kind of moral reflection and theory which the
culture actually needs. Indeed on occasion it make be that the very causes which have led to the
impoverishment of moral experience and the weakening of moral bonds will also themselves have contributed
to the formation of a kind of moral philosophy and a kind of moral theology which are unable to provide the
needed resources”. MacINTYRE, A. & HAUERWAS, S. (eds.) Revisions: Changing Perspectives in Moral
Philosophy. Notre Dame, University of Notre Dame Press, 1993. p. vii.
10
TUGENDHAT, E. La Indefensión de los filósofos ante el desafío moral de nuestro tiempo. Isegoría. n.3 (1991): 107-
118, Abr. p.107.
11
”Juzgamos, por ejemplo, si se practica la tortura o si alguien no mantiene una promessa, sin expressar con ello un
sentimentiento subjetivo, sino exigiendo de los demás un comportamiento recíproco. Si fuéramos realmente
subjetivistas, tendríamos que cambiar todo nuestro comportamento intersubjetivo de un modo que cuesta
imaginar”. Idem, p.107-8.

3
nosso mundo contemporâneo, de não saber seguramente o que dizer em resposta às novas
necessidades emergidas, segundo Tugendhat, é decorrente de dois problemas fundamentais
que atravessam a nossa cultura. Em primeiro lugar, o problema da fundamentação da moral,
resultante do projeto iluminista na modernidade de fundamentar a moral a partir do próprio
homem, não mais se reportando à tradição e à religião12. Uma situação tal em que se reduziu a
racionalidade à esfera do saber téorico-empírico destinado ao controle dos fenômenos e, com
isso, a legitimação da ação moral ficou sem possibilidade de situar-se no âmbito do racional.13
“Neste contexto de falta de legitimação, antes de qualquer
resposta a problemas específicos, se põe, como uma exigência
urgente do próprio clima espiritual de nosso tempo, a
necessidade de fundamentação de um horizonte a partir de
onde nossas interrogações possam receber uma resposta”.14
Em segundo lugar, emergiu um conjunto de problemas nas últimas décadas que
transformaram radicalmente o modo dos homens de nosso tempo verem a problemática
moral. Depois da Segunda Guerra Mundial, difundiu-se a idéia de que nossa responsabilidade
moral não se limitava às pessoas próximas a nós ou em nosso país, mas se estendia a “todos os
homens”. O problema que emerge é a caracterização do que significa esse “todos os homens”:
temos alguma responsabilidade em relação à migração e ao asilo? Os povos ricos da América
do Norte, Ásia e Europa têm responsabilidade pelo empobrecimento crônico do Terceiro
Mundo? O que entendemos por “todos os homens” agora, por força da problemática
ecológica, se estende até as gerações futuras, pondo o problema de nossas responsabilidades
para com elas. E nessa discussão se coloca também o surpreendente problema de nossa
responsabilidade com a própria natureza: a natureza tem também “direitos” ou se reduz a
mero objeto de nossas intervenções? Surgiram também os problemas do racismo, do sexismo
e dos deficientes físicos e mentais.
Outra problemática que emergiu em nossos dias é aquela oriunda dos avanços obtidos
na biogenética, quando a manipulação genética tornou-se possível efetivamente. Quando é
que um embrião se torna homem? Devemos estabelecer controle sobre os nascimentos e as
características humanas? Devemos aceitar intervenções no código genético? Numa época de
procriação artificial, como lidarmos com o processo acelerado de tecnificação da reprodução
humana? A pesquisa científica é quem deve determinar, por si mesma, que algo considerado
como desrespeito à dignidade humana num determinado momento seja algo sem sentido
posteriormente?15
Além dessa problemática envolvida na bioética, como enfrentarmos o problema da
fome, das crianças que a todo minuto morrem por sua causa? E as torturas, violências de
todos os tipos que irrompem a toda hora, o retorno do fascismo e do nazismo? Como se
justificam os vultosos recursos destinados à produção de armas e à utilização de energia
atômica? Os desafios colocados pela globalização da economia e seus efeitos devastadores
para os grupos sociais menos favorecidos? E a formação dos grandes blocos econômicos e

12
”Na linguagem de Kohlberg, de passar de uma moral ‘convencional’, radicada em normas estabelecidas , para uma
moral ‘pós-convencional’, onde se pergunta pelos princípios legitimadores destas normas”. OLIVEIRA, M. A.
Ética e Práxis Histórica. São Paulo, Ática, 1995. p.7.
13
Esse diagnóstico encontra um eco forte, ainda que fundado em outras razões, em MacINTYRE, A. After Virtue. A
Study in Moral Theory. 2ª ed. Notre Dame, University of Notre Dame Press, 1985.
14
OLIVEIRA, 1995. Op. Cit., p.7.
15
“Já se pode observar a disseminação incontrolada de clínicas de terapias gênicas e de manipulação genética, a tal
ponto de já se falar de ‘polícia genética’, de ‘fabricação’ de embriões, fertilização in vitro para posterior
implantação no útero da mãe, útero de aluguel, congelamento de embriões, banco de embriões, gravidez na
pós-menopausa, numa palavra, assim, se abre, cada vez mais, a possibilidade de excluir seres humanos da vida
de tal maneira que o que parece terror de ficção científica hoje pode perfeitamente acontecer numa clínica
amanhã. (...) Vai emergir um mercado negro da eugenia? Vamos aprovar a intervenção nas características
humanas e o controle de qualidade das gerações futuras?”. OLIVEIRA, 1995. Op. Cit., p. 8.

4
políticos no mundo, sua tendência para o policentrismo? Que rumos devem tomar a revolução
tecnológica contemporânea no campo do saber e da comunicação? Como devem se dar as
relações entre homens e mulheres em nossas sociedades multiculturais?
Quer dizer, mais do que nunca a problemática emergida em nossa epocalidade traz a
questão da fundamentação da ética para o centro de nossa civilização. E a filosofia, que desde
sua aurora na Grécia antiga, foi o esforço de pensar a problemática oriunda da cultura e da
vida social a partir do eixo da Razão Demonstrativa, não pode deixar de enfrentar esse desafio
que toca nos próprios fundamentos do viver humano de hoje16. Por ter sido talvez a única
civilização que pôs a episthème no centro do seu universo simbólico, o Ocidente se vê
mergulhado, há 26 séculos, na tarefa de
“transpor os costumes e as crenças nos códigos discursivos do
logos epistêmico”, pois que “os sistemas teológicos e éticos
são, ao longo da história da nossa civilização, o campo desse
labor e nele a philosophia, invenção tipicamente grega,
destinada a pensar o conteúdo das crenças e a normatividade
dos costumes, encontra sua matriz conceptual e o espaço
teórico dos seus problemas fundamentais”.17
E para dar conta dessa tarefa, a própria filosofia vem também se transformando,
especialmente numa época em que a razão enfrenta uma grande crise, na qual é questionada
a possibilidade de um enfrentamento racional dos problemas éticos, daqueles problemas que
nos dizem respeito, que tratam dos fins para os quais vivemos, problemas que constituem o
fulcro da cultura humana. A complexidade mesma do fenômeno moral e sua íntima conexão
com as formas de vida históricas e as transformações que elas sofreram com o avanço da
capacidade do homem alterar a si mesmo e o seu meio ambiente, obriga que a reflexão
filosófica acerca da moralidade, na forma da disciplina que chamamos de Ética ou Filosofia
Moral, não venha a ser uma reflexão da natureza meramente especulativa, abstraída de suas
condições históricas e desvinculada dos interesses mais fundamentais do homem em sua
práxis concreta no interior das comunidades em que vive. Como lembra bem Guisán,
“los tratados de ética del pasado contienen una mezcla de
cosas indiferenciadas que pertenecem a distintos órdenes del
conocimiento: análisis de términos éticos, descripciones
sociales y psicológicas acerca del comportamiento humano,
exhortaciones a la virtud y juicios valorativos”.18
Nesse sentido, a ética ou filosofia moral, exige de seu estudante uma atitude de
cautela em relação a qualquer tratado ético, pois ele está lidando com as utopias, projetos,
preconceitos, desiderata, dogmas, etc, que estão em jogo no âmbito do ethos ou caráter
humano. Toda filosofia moral ou ética é sempre uma tentativa, encoberta ou não, de mudar o
mundo ou de mantê-lo de uma maneira determinada em um determinado estado. A dimensão
apaixonante do saber ético reside exatamente no fato do estudante enfrentar a possibilidade
de fazer com sua vida algo distinto de que costuma fazer, recorrendo aos métodos disponíveis
para buscar as razões que justificam a mudança, transformação ou a conservação de

16
”Ora, ao longo da tradição que vai de Platão a Hegel um só foi o caminho seguido pela filosofia para se
autojustificar: a demonstração de que ela é engendrada necessariamente pelo próprio desenvolvimento da
cultura: uma necessidade ‘histórica’, nascida de problemas que se originavam no seio da própria cultura e cuja
solução só podia ser encontrada num nível de conceptualidade ao qual apenas a filosofia pretendia elevar-se;
uma necessidade ‘teórica’, na medida em que uma cultura que acabou configurando-se como cultura da ‘razão’
deve imperativamente formular uma razão de si mesma na forma de uma ‘teoria’ da cultura que só pode
constituir-se, em última instância, como teoria filosófica”. VAZ, H. C. L. Filosofia e cultura na tradição ocidental.
Síntese - Nova Fase. 63 (199?): p.565.
17
VAZ, H. C. L., 1988. Op. Cit., p.7.
18
GUISÁN, E. Introducción à la ética. Madrid, Cátedra, 1995. p.14.

5
determinadas normas.
Para poder fornecer as razões do ethos humano, dos fins para os quais a ação humana
vai se direcionar, e responder às exigências mais profundas que as transformações das
sociedades ocidentais imprimem no seu universo cultural a esse ethos, a Ética ou Filosofia
Moral tem de se desdobrar em vários ramos ou momentos de análise, que correspondem aos
diferentes e interrelacionados elementos que compõe o seu objeto de estudo. O fenômeno da
moralidade exige que a filosofia se disponha a dialogar com as chamadas ciências humanas,
alimentando-se de suas conquistas fundamentais para alcançar na plenitude teórica o nível do
plano normativo que é peculiar à problemática ética vista da perspectiva filosófica.

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