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MÓDULO: IUSC II
CARGA HORÁRIA: 120 HORAS
SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA: 2O
PROFESSOR: Ilda de Godoy
2021
LEGISLAÇÃO SUS
Pontos a serem respondidos:
Na Constituição Federal
Seção II – Da Saúde
1 - Qual o conceito de Saúde?
R: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
15 – E a Vigilância Epidemiológica?
R: - É um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção
de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos.
Decreto 7.580
Segundo o Decreto 7580:
38 - Como deve ser organizado o SUS?
R: O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta,
mediante a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma
regionalizada e hierarquizada. As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em
articulação com os Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão Inter
gestores Tripartite – CIT. Os entes federativos definirão os seguintes elementos em relação
às Regiões de Saúde I - seus limites geográficos, II - população usuária das ações e
serviços, III - rol de ações e serviços que serão ofertados, e IV - respectivas
responsabilidades, critérios de acessibilidade e escala para conformação dos serviços. A
hierarquização promove o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de
saúde se inicia pelas portas de entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e
hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço, no art. 9º são portas de entrada às
ações e aos serviços de saúde nas redes de atenção à saúde os serviços de, de atenção primária,
atenção de urgência e emergência, atenção psicossocial e especiais de acesso aberto.
40 - O que é RENASES?
R: A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES compreende todas as ações
e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistência à
saúde. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar relações específicas e
complementares de ações e serviços de saúde, em consonância com a RENASES,
respeitadas as responsabilidades dos entes pelo seu financiamento, de acordo com o
pactuado nas Comissões Inter gestores.
41 - O que é RENAME?
R: A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME compreende a seleção e a
padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no
âmbito do SUS. A RENAME será acompanhada do Formulário Terapêutico Nacional -
FTN que subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos, No art. 26.
O Ministério da Saúde é o órgão competente para dispor sobre a RENAME e os protocolos
clínicos e diretrizes terapêuticas em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas
pela CIT, a cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da
RENAME, do respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. O
Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar relações específicas e
complementares de medicamentos, em consonância com a RENAME, respeitadas as
responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamentos, de acordo com o
pactuado nas Comissões Inter gestores.
42 - O que é CIR?
R: A Comissão Inter gestores Regional - CIR, no âmbito regional, vinculada à Secretaria
Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais, devendo observar as
diretrizes da CIB, a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde
para efeitos administrativos e operacionais e a Comissão Inter gestores Regional - CIR, no
âmbito regional, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e
operacionais, devendo observar as diretrizes da CIB.
43 - O que é CIB?
R: A CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos
administrativos e operacionais e a Comissão Inter gestores Regional - CIR, no âmbito
regional, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e
operacionais, devendo observar as diretrizes da CIB.
44 - O que é CIT?
R: CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde para efeitos administrativos
e operacionais, no parágrafo único do art 32. Serão de competência exclusiva da CIT a
pactuação das diretrizes gerais para a composição da RENASES, dos critérios para o
planejamento integrado das ações e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão do
compartilhamento da gestão e das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões
operacionais das Regiões de Saúde situadas em fronteiras com outros países, respeitadas,
em todos os casos, as normas que regem as relações internacionais.
45 - O que é o COAP?
R: O Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP), instituído pelo Decreto
7508/11, traduz os acordos de colaboração entre os entes federativos para a organização da
rede Inter federativa de atenção à saúde, em cada região de saúde, apresentando-se como
um instrumento da gestão estratégica, compromissada com a transparência e a ética da
gestão pública. Para garantir que o COAP seja o resultado de uma gestão participativa, é
necessário que se estabeleçam estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações
e dos serviços, como ferramenta de sua melhoria; que haja apuração permanente das
necessidades e interesses do usuário; e que se dê publicidade aos direitos e deveres do
usuário, em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele
participem de forma complementar.
Lei Complementar 141
46 – Qual o recurso mínimo que cada ente federado deve investir na saúde?
R: A Constituição Federal determina que os estados e o DF devem investir o mínimo de
12% de sua receita, enquanto os municípios devem aplicar pelo menos 15%
na saúde pública. Já o Governo Federal aplica 15% da Recente Corrente Líquida, atualizada
pela inflação acumulada no período desde 2017 a. A EC nº 29, promulgada em 13 de
setembro de 2000, tinha como objetivo estabilizar o financiamento do setor saúde com
recursos das três esferas de governo, provenientes da aplicação de percentuais das receitas
estabelecidos em Lei. Definiu, no caso da União, que o valor mínimo seria aquele apurado
no ano anterior, corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB); para os
estados e o Distrito Federal, os recursos mínimos equivaleriam a 12% da arrecadação de
impostos e das transferências constitucionais, deduzidas as parcelas transferidas aos
municípios; no caso destes, os recursos mínimos corresponderiam a 15% da arrecadação de
impostos e dos recursos de transferências constitucionais.
47 – Que ações Serão consideradas despesas com ações e serviços públicos de saúde?
R: o estabelece que, para fins de apuração da aplicação dos recursos mínimos definidos na
lei, serão consideradas como despesas com ações e serviços públicos de saúde aquelas
voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde que atendam, simultaneamente,
aos princípios do art. 7º da Lei nº 8.080/90 e às diretrizes definidas nessa lei. Lei
Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, regulamenta a Emenda Constitucional nº
29 após 12 anos, apresentou como ausência a não vinculação de recursos federais para a
saúde, frustrando a grande expectativa de ampliação de recursos para o setor. Essa Lei
define o que pode ser considerado como despesas em ações e serviços públicos de saúde, dá
ênfase aos processos de planejamento e controle social, e à transferência regular e
automática, por meio dos fundos de saúde para custeio e investimento, entre outros. Ter
pleno conhecimento da Lei nº 141/2012 torna-se tarefa de todos os gestores do SUS. Entre
os pontos principais dessa Lei está que o fundo de saúde dos Estados, do Distrito Federal e
dos municípios constituir-se-á em unidade orçamentária e gestora dos recursos destinados a
ações e serviços públicos de saúde. Com isso, o fundo de saúde passa a gerir seus recursos
orçamentários, o que enseja, em função da atual realidade dos fundos de saúde no Brasil,
uma necessária reestruturação, tanto no âmbito dos municípios quanto dos estados.
Referências para aula de 12 e 19/08
1. Constituição Federal:
http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/20anossus/legislacao/constituicaofeder
al.pdf
2. Constituição do Estado de São Paulo:
http://www.ipplap.com.br/docs/constituicaoestadual.pdf
3. Lei Orgânica de Saúde (Lei 8.080):
http://www.cff.org.br/userfiles/file/leis/8080.pdf
4. Lei 8.142 de 28/12/90:
http://www.conselho.saude.gov.br/web_confmundial/docs/l8142.pdf
5. Pacto pela Saúde 2006-Consolidação do SUS. Portaria nº. 399/GM- 22/02/2006:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1831.pdf
6. Decreto 7.5801: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7508.htm
7. Lei Complementar 141:
https://www.conass.org.br/conassdocumenta/conassdocumenta_26.pdf