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CURSO DE
DIREITO
EMPRESARIAL
3 FALÊNCIA E RECUPERAçÃO
DE EMPRESAS
ú.
-^[.
|J,
I 9. edição
I
sta e atualizada
,,\" 202L
soroivofi
**'**ffH,'.1Í,mtg[,H1,".*,*,
656 p.
AGRADEGTiIIEIITOS
Agradeço em primei[o lugar a Deus, que nos dá a vida. Agradeço também a mêus
pais ]oáo Tomazette (in memoriam) e Maria de Lourdes BarbosaTomazette (in memo-
riam),bem como aos meus irmãos (Neto, Bruno e Vânia) que me criaram, me permitiram
estudâr e me tolnar um profissional do Direito.
Na minha rridâ acadêmica, foram determinartes alguns professores que me deram
a certeza de que o estudo do Direito era o meu caminho. Por isso, agradeço aos profes-
sores Ronaldo Pottetti, Paulo Laitano Távora, Lucas Rocha Furtado e Gilmar Ferreira
Mendes, os quai§, cada um a seu modo, me mostraram como o estudo do Direito pode
ser bom.
Agradeço também aos meus colegas, professores de Direito Comercial, Lucinéia
Possar, Marcelo Simôes Reis, Marcelo Barreto, Henrique Arake, Carlos Orlando, Marce-
lo Péres, Lúz Guerra, Daniel Amin, Edilson Enedino, LÍlian Rose, Leonardo Boccorny,
Raphael Borges, Felipe Fernandes, LuÍs '§ílnckler, Miguel Roberto, Sidarta, Samira Otto,
Gustavo Mou!ão e Neila Leal, que muito contribuÍram para o amadurecimento das minhas
ideias e para a compreensâo de yários assuntos, seia nas conversas nas salas dos profes-
sores ou em bancas de monografia.
Merecem uma menção especial meus alunos do UniCeub e da Êscola Supexior do
Ministério Público do Distrito Fedexal, responsáveis diretos por
esta obra, com os quais
mais aprendi que ensinei.
Âgradeço também a toda a equipe da clinica de doenças renâis de Brasíliâ - CDRB
e ao Instituto de Cardiologia do Distríto Federal - ICDF que me permitirâm manter
minhas atividades.
Por fim, agradeço à Kênia, que me dá alento para viver e parâ desenvolver qualquer
atividade.
ti
surtllÁRro
I 36
9 37
I
2.1,1 Atividade....................... 42
2,1,2 Economicidede......,...-. 42
43
44
44
2,1.6 Direcionamento ao mercado 45
2.1.7 Assunçâo do risco.,.,.., 45
2.2 Nâo âbrangidos pelo conceito de empresário 45
47
10 CUESO DE DIBEITO EMPÊESABIAL
SuMÁFro : 11
7.2.4 Certidôes dos cartóÍios de plotestos .......,.....,. 119 1 Noçóer geràis.,.. 14?
119 148
7.2.5 Relaçào de credores.....
7.2,6 Relação de empregados e seus créditôs 120 3 A escolha do administEdor judiciâl 149
3.3 Suspensâo de execuções contrâ o devedot 134 7.9 Investigaçáo dor alos do fâl.ido 165
ti de âpreeÍrsâo e constrição de
bens do deve dor..
combinada com a s uspensáo de âtos
134
7.10 Presteçóes de contas e reletórios da administraçáo................. t65
166
7.11 Manífêstâções e âÇáo penal subsidiáriâ.
3.3,2 136
Exceções I Remunereçáo.... 167
137
3.3.2.1 Àçóes que demandem quantias
ilíquidas.........
9 Substituiçào
137 t69
3.3.2.2 Execuções fiscais
138
3.3.2.3 Açóes dos oLltros credores não 9,2 Remunerâção.... 170
suieitos à recupeaâçáo..,,........ 139
3.3.2,4 Áçóe6 sem efeltos pâkimoniâjs
econômicos..
10 Destituição 17t
3.4 Contâsmensâis...... 139
10.1 Hipótesesde destituiçáo................ 171
SU to 5
181
3.8 Recurso.,.................... 213
182
3.9 Desistênciâ................ 214
183
4 lmpugnaçôes â favor do crédito (reclâftaçóes do credor)..... 2t4
183
4.1 lrnpugnaçáo para inclusâo do crédito.. 214
2.5.2 Classes para apreciação do plano
de recuperação judicial 4.2 lmpugnâção quanto ao valor ou classi.âcaçáo do crédito.................,..
184 215
253 Clâsses pa-râ constituiÉo e deiçào
do comitê dê credores 43 Conpetência, procedimento decisão
185 e 276
25.4 Discussóes e alteraçóes no quadro
de credores--__ 186 217
2.6 lNElidades
6 C.éditos fezendários 218
3 Comitê de credores
187
7 Créditos trabâlhistas 220
188
3.1 Composiçâo
189
8 Áçóe6 em trâmite.............,........................................... 2il
3.2 Constituiçáo 9 Consolidação do quadro geral de credo(es,.................................... 221
3.3 Eleiçáo dos inembros t90
10 Alteraçôes do quadro geral de credores 222
3.4 Investidura e funcionamento do comitê 10.1 lncluseo no quadro gerÂl de crcdores..... 222
193
3,5 Competência. 10.2 Retiíiceção do quâdto geral de credores
194
3.6 Remuneração. 10.2,1 Legitimidade ativa.............,..........,..........
197
3.7 Substituição e destitüição do6 membros Í0.2.2 Fundameltos,
3.8 Responsabilidâde civil..,... t97
10.2.3 Competência............ 225
t97
10.2.4 Procedimento 226
Capítulo 8 - Vef,ificaçâo de crédito§.......,
1 199 226
ldentiffcaçâo dos credo tes nos processos
de falência e recuperação 10.2,6 Pagamento do crédito questionado 227
2 Fase a&nidsl"ati
iudicia1.........,........_ 1,99
11 Credores particulares do sócio de responsabilidâde llirnitadâ....
2.1 Lista dê credores 199
SuMÁÂro : 17
Incorporâçâo, filsâo e cisáo...................
3.2.2.t Intervenção do CADE -234 2.2,1 Retomada ou extinção das açôes sujpensâs contie
o devedor .................. 269
3.2.3 Capitâlização de dJüda§ 2U
270
3.3 Medidâs referentes à gestão do devedor_............................. 2.3 Folmâção de dhrlo executivo iudiciâl
271
3.4 Medidas pam captação de 2.4 Alienâção de ffliais e unidades produtivas ................
recursos..................
236 271
Traruferência da atiüdade 2.4.1 Forha de alienação..,...
4 LimitâçÕes ao plano..... 2.4.2 Responsabilidadedoadquirente
273
4.1 C!éditos trabalfustâs e de âcidente 238 3 Cumprimenro de recuperaçáo..............................
de ftabalho
4.2 Garaltiâs reais 238 3.1 PerÍodo de ob6ervaçáp........................ ..................
275
4.3 Variaçàocambia1.................................... 3.2 Medidas posteliores ao pe!Íodo de observaçáo
277
5 Âplesenteção do pleno
de recupeEção jüdiciáI............_.-...........
2& 4 Relaçôes iuídicas do devedor nascidas durante a.ecuperâção
iudiciâl 278
5.1 Ap.esentação pel 244 4.1 Obrigaçõ€s corfâldâs dulante a lecuperação
iudiciâl -...._*...... 278
5.2 Âpresentação do plano altehâüvo pelos 4l Flnanciamellto do devedor durante a recuperação
credores..-.... iudicial..-__
242 ErtinÉo do plocesso de reclrperação
CapÍtulo lO i[dicial. 281
Aprecieçâo do plâ-Íro de
- recüperÂção iudicia.l. 6
1 Manifestação doa 2M
"r"dor"" "o
bre o plano ap.esentâdo pe.lo
devedor.._... 6.1 Âbrârgência......
1.1 ÁprovaÇâo tácitâ 244 283
6,2 Hipóteses legai6
1.2 Objeção.................,.,... 244 284
6.2.1 Condenaçâo criminal deff nitiva..............................
2 Aúlise do plano pélâ âssembleia 245 284
do§ credores lndÍcios veementes de cximes Íâlimenteres..,.,.....
2.1 Fase de discus6áo: 245 285
âlterâçóes no plano de recuperaçâo 6.2.3 Dolo, sirDt ação ou ftâude em face dos credores
2.2 Easê de votâçeo do plano,................. 247 285
ú2
t3l
463
431 6
432
ú3
464
433 8
5.7 Açóes que demaodam q uantias ilíquidâs com
litisconsórcio entre â Eazeída 9
46s
PúblicaeaMassa Ealidâ. 465
434 10
435 ll 66
Suspensáo das execuçôes.........,.............................
435 t2 Àcordos pâla compensaçáo e liquidâçáo no si§temâ finenceiro " M7
6.1 Âçôes que demandem quantias illquidas ,168
436 13 outros colrtr4to6.........
6.2 Execuçóes fscái8.,........,,........,......,......__.......... 68
436 13.1 Aberàrra de c!édito.....,...........-.---------.
6.3 Execuçôes com h.sta púbuca iá deaignada ,168
4fi 13.2 Seguto.-..*.-
6.4 Açóes sem conteúdo eco[ômico,................__......:................._._ 469
133 ÀilnaÉo f,duciád em güantia.-.--........--
7 Suspe!§ão dÁ presciÉo-_- ao
43? 13,4 Lattng
8 Suspênsão do dileÍto de letirade e do recêbimento
do valor das quotes ou â@es*__. 470
439 135 Franquia-*-
8.1 Dileito de rerireda......_,._..._,............._...... 47t
439 13.6 Fdctoring..,........,
8.2 Pagâmento aos sócio6 ou acionistas
Suspensáo do direito de rctenção,.....,,,..............
.'"."'."'...'."."."".".".. w - de recebÍvetu......................
13.7 Secudtização 473
441 474
l0 Compênssção das obrigaçôes do falido
42 475
10.1 Requisitos da cornpeÂsação na falência ...
443
C.pítu.lo 21 - Ef.itos b.ú do falido '
da falência quarto aoí " 476
452
2.I Fa6eâd-rniJristrâtiv"a
484
2.4 lndenizaçào pelo não cumprilnento.._..... 2.2 Fasê contencio§â e quadro geral de credore§...........,... . --__-_ 484
453
2.5 Cláusulâ resolutóliâ expressa.....,.,.... 3 ApuEção do ativo 485
455 486
456
4 Contratos de compm e vendâ 5 Pâgamento do Pas§ivo ...... ,. .... ....-,--. ----.---------,-: - ---'- - 486
457
457 487
Cepltulo 23 - Apulsção do ativo .....
458 I Arrêcadação dos bens,livros e documeotos do dêvedor" - ' 487
4.3 Venda para pagâmento em prestaçóes.. 488
459
4,4 Comprâ e venda com aeservâ de domínio...........................,..........
ffi 488
4.5 Vendas a termo.
461 1.3 Não submissão à arrecadaçáo 490
t CI.JBSO O€ DIBEITO EMPBESAFIAL
I
I
SurúÁnro 25
I
I 2 Inventário e evaliaçâo dos bêÍrs, lfi.ros e documentos affecadados_.
.491
- Pedido de Í€sütulçÃo
L
9 59?
1.2 Relatório ânâ1....
571 597
1,3 Sentença deencerremento..,,.,....,,,.,.........,........ __ 598
571
2.3 Liquidàçâo extrajudiciaI...................,...................... 599
572
2.3.1 Decretação 600
2.2 Dedaração da extinçáo dâs obrigaçÕes
2.3.2 Efeitos
574 600
2.3 ExtinÉo dos crédjtos extreconcur6âis.
576 @2
3 Disrolução da sociedade falida
2.3.4 Procedimento da üquidação..........,.....
576 603
4 Operadorâs
de plaro! de 6âúde
5 Entidedes de previdêncta
cornplementâr .613
6
o
Y^)'u Nltns \xt
Âviaçáo coÍnerciáI.....,.,...........,......,.......... 614
7 Concessionárias de
energia elétricâ.
j
Capítulo 3l - lnsolvência trân6nacional
ln6olvência transnacionâl_
616
t
l,t/\ {,0*,
ffiffi
619
619 Lu,,(,.
1.2
2
3
Conceitos fundamentais..........,...
Reconhecimento do pro
619
621 I stú, " íp
ce6so estrangeiro 623
4 Medidâs de assi6tênciâ
, - .-.. ,l
623
recuperação extrajudicial,
4.) Suspensão des execuçóes, 624 de crises,
da p.escliÇâo e das
do devedor m edidas lelatives eo petrtrônio
recentes precedentes sobre â matéria.
R6trição disponibüdedê de bers
à 625
do ativo do devedor........_..
,t..1
Ádhinistraçào, reüzaçáo
e destinaÇáo do ativo do devedor....
4.4 Produção de provas 626
,...,.....
4.5 IneÍicácia dos aros do 626
6r,:l
devedor.........,..
5 Cooperação com aütoridâdes 626
e representantes
6 Processos concorre,ntes......,....,..... 626
627
ReJeré nc ia s..,.......,..
629
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I
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I
não há
,*
30 CUESO OE OIBEITO EMPÂESABIAL
6. COELHO Fábio Ullroa, Cutso de diftito coneldial 8. ed. Sâo pâulo: Saíâivâ,2OOB, v 3, p.23I.
2. GARELLÁ. Mario.
7. GUGLIELMUCCÍ,Li\). Lczioní di dt ttoÍalltmeitdre. S, ed. Tor.tno: Giappicheui, 2004, p. 7.
polii Sisremâ Editororiâll ***r"/a stratesie e metodi per jl risanâmento
jlOaall,
,"rfi:::;!: dêlt,impresa. Na- !: ,,
po[: "."11".-tl
srstema tditorhli,
concodato strugiudizrak: straregie e metodiper it lisanamemo dell,impÍesÂ. Na-
2003, p. 19, traduçáo livle de ,,la perdurânte incâpâcità del],imprese di far ftonte ai
propri impegni con le ordinarie risorse Íinâoziarie a disposizionel
l;r, rilf"l*"T1|§; !'ríi{;Kr;'*,*r': st.lesie e hêtodi per ir risanamênto del,impresa.
Na-
4. Idem, p.9.
9. COELHq Fábio Ulhoâ.. Curso de direito comarcidr. 8. ed. Sáo paulor Saraiva, 2OOB, v. 3, p. 231.
5. Idem, p. 12-17.
10. AULETTÂ, Giuseppe. Limpresâ dâr codice di commercio del 1882 a rcodíce civire der tg4z rBB2-r 2
Cento anni dal Codice di Conmercío. Milanot ciuffrê, 1984, p. 81.
11. COELHO, EábÍo Ulhoa. Curso d.e díreito comercial.g. ed. Seo pad,o: Sâraive, 2008, v. 3, p. 232.
34 CUFSO DE OIBEITO EMPBESAA AL
O oraeno ons rupaesas Etrl cn's, i 3s
7 Solução das crises
crises, empreendedoÍes ou investidores eru<erguem na empresa em crise uma
Às crises sempre afetam os inte^resses de investimento âtraenter!. Tal investimento pode se dar de diversas formas,
do exercente da atividade, mas nem todas
n'"o' t'"u"tn"ào'""' a aquisiçâo de aúvos, o trespass€ de estabelecimento, a incorporaçâo de socieda_
i :íã'fr;:tj::::::',:'.'.:.fl'"tT'' 'i"'''a"a""'l Aqueras que
de, aaquisição de controle, entre outros mecanismos. Com esses investimentos, há uma
I
namentoiurÍdico,".",",;;;'iJ::*r':,1::fi :"1:ãHffi:ri:lt.rffi
aquelas que podem afetar interesses
cado
de,"."rr..
---- -- à.r"1".
-"u!,,qrrr gr""ãpi"o"rprçao
órétrqt PrE(
i:ffi
ao rnur_
; tga chance de que a crise seia superada, restabelecendo-se o bom andamentodos ne_
gócios, Tais soluçôes do mercado são regidas pelas normas inerentes ao negócio reâlii
e do aparato estatal, zado, náo hayendo um tratamento especial po! se tmtar de uma forma de superaçáo da
As crises de rigidez e de ine6ciência, crise da empresa.
embora releyantes, não chegam a suscitar,
I
si só, uma resposta do mercado por A soluçâo de mercado é a forma natural de superação das crises, mas depende da
c
,oruçao a"p",ia",;il.;;;".:';ffi ,f :H::,"r'fflff ll,,i.?"j;|il1j,liii,;;l atuaçâo das forças do mercado e'também da possibüdade econômica de realiàçâo dos
Todavia, caso er", inyestimentos. Em certos casos, o empresfuio, que passa pela crise, se recusa â permitir
lil1,j"1_":-d::r"
cnses, "*ação.
as quais, po! "a"'r"j.,n."rià.i"jr", olo"* g.r". r,ou., o ingresso de novos inyestidores, o que inúabiliza a solufão do mercado. Àpesar disso,
afetarem mais envoruidoi, exigem resposà ãã _t r""ao ou uo","i".
As outras crises são capazes de afetar nâo se pode afirmar que âs crises que não encontrâm solução no mercado são insuperá-
cupaçâo maior. Essas crises são
mais a*"""".;, oo.;;,
eirsejarn uma preo- veis. Diante da impossibüdade da sotução do mercado, o apaEto estatal oferece
a econômica, a finar".*'ã novas
existir isoladamente ou em coniunto que podem respostas a tais crises,
na ernp.u"". Cad" quJ "'pT"r"a"al,
ài, *" ànt
u_
com grande frequência a preseíça " Oao, _"" na
"." l..r"lir*i;.'
de m"t á"
As crises econômicas, financei
em que podem repre"""*
7.2 Soluções estatais
redução de empregos. Em "L"ài,Jr1liXo":'fl
:HffiT#iH::lllãllil: 1""f.Í#
a
outras paravra., .1", p.;;;;;;;;il"il)g"aor, Como visto, as crises da empresa sâo pelniciosas para a própria economia
n:.: que estâo ligaáos à.ati"ia"aà a.r"'rip"íili", .r"ao,ur, . de um
lllll]11" "
plopno empresário. Em razâo disso, nro""à,"noo o
paÍs e,por isso, o próprio aparato estatal deve fornecer meios de superação
dessas crises,
há uma grand" ;r";;õ;ç;;to "0"n".
do mercado para proteger a própria economia do pâÍs. Tais soluçóes estatais,
a princÍpio, terão lugar
quanto do Estado, havendo inclusive
uma sérieãe respástas.áioJãrl airportçao p"to apenas na impossibilidade de uso das soluçóes do mercador3.
nosso ordenamento
iurídico, Para superar as crises pelas quais passa a empresa, o ordenamento jurÍdico
A grande preocupaçào do direito empresarial " brasilei_
é com a crise finânceila, pois ela ro fornece duas soluções gerâis: a recuperação judicial e a re""p.r"çao
afetâ diretamente o mercado de crédito, á*t."rrãi.irl.i^
q,;. e f""ã.-";i"lffil e*ã..icio a", ambas as soluçôes gerais, há a atuação do poder
fudiciário, não como suyeito responsável
dades empresariais. Embora. claramentu, Á";" u-" p."o"up"iàà-.iJ. "tilri
."rr"ra" pela reestruturaçâo da atividade, mas como um suieito que
vai acompanhar a aplicação
j1,1isr-*tg1, e.."rto que as crises finrn."ir" p"t.i,noniãiiãã "o- " dos procedimentos legalmente previstosr..
Pelos potenciais efeitos lesivos or. elas pq4çrn" gsr;;;r,;,; ioll.
,".,gno."a"r,
também se preocupa diretamente
47 da Le i r r. ió irzôi, .' i'
- cr**'ffi "ffi;_ento
jurÍdico A recuperaçâo judicial, por deÍinição legal, tem por objetivo
b
circurdâm a empresa (atividade), ceÍne desse ramo do direito. Dentro do direito empre-
sârial, porém, há um ramo mais especlÍico que se preocupa com tais institutos. Esse
ramo mais específico é normalmente chamado de direito falimentar ou de direito con- DrsPosrçóEs GERATS DA FAIÊIUGIA,
cursa.l. Todavia, dada a sua evolução, preferimos o uso da exprcssâo direito da empresa
em crise, para denotar seu objeto específico: âs respostas do ordenamento
iurÍdico às
2 DA REGUPEnIçAO JUDTGIAL E DA
BEGUPERAçAO EXTnAJ UDIGIAL
crises da empresa.
Esse ramo do direito empresarial possui quatro obietivos fundamentaisre:
. prevenir as crises;
. recuperar as empresas em crise;
. liquidar as empresas não recupêráv€is; e
1 lntrodução
. punir os suieitos culpados em tais crises. Em razão dos efeitos perniciosos que as crises da emPresa podem gerar, nosso or-
denamento jurÍdico houve por bem criar diversos institutos Pàra tentar suPerar as crises
Tais obieüvos denotâm que não se trata de um direito que regula apenas a hlência
ou para liquidar o que não é passível de recuperaÉo. Enhe esses institutos, os mais im-
ou outros concursos de credores. O modemo direito das empresas em crise preocupa_se
portantes são aqueles que têm o maior âmbito de aplicaçáo, isto é, aqueles que s€ aplicam
essencialmente com o valor da empresa em funcionamento, isto é, com a manutençáo
a um número maior de situaçôes. Nesta situação, estão a falência, a recuperação judicial
da atividade, em yez de dar primazia aos interesses dos credores2o. Não há mais uma
e a recuperação extraiudicial, todas disciplinadas pela Lei n. 11.101/2005.
üsâo Iiquidatária nesse ramo do Direito, buscando-se, sempre que possível, a manuten-
Esta Lei veio para subsütuir a antiga legislação brasileim soble as empresas em crise,
ção da atividaddt. Embora não haja a previsão especÍfica neise slntido, acreditamos que
o direito da empresa ern crise também pode ser usado para prevenir as crises, cujos alterando a orientaçâo predominante para a busca da recuperação das empresas em vez
efeitos podem ser perniciosos. da busca da sua liquidaçâo, Nestâ legislação, há disposiçóes gerais aplicáveii aos trés
institutos, disposições comuns à falência e à recuperaçâo iudicial e disposiçÕes específl-
cas para cada um deles. Dentro dessa organização, vale a pena destacar, inicialmente, as
disposiçôes gerais da Lei n. 11.101/2005.
1. MENEZES LEITÀO, LuIs Manuel Íeles de. Cd digo da ihsolvência e da teéupetuçila d.e empresaô anotad.o
3. ed. Coimbrâ: Atmedine ,2006, p..t6.
2. rANTlN Michelj LE CÁNNU, Paul. Droítcotflm erciali entr€priset en difficulté.7, ed. Paris: Dalloz,2007,
19. GUYON, Yves. Droi, &s ataíres.2. ed. pati§ Économica, 1988, t. 2, p. Z. p. I48.
20. LOBO, lorye, Dieito concursal 2. ed.. Rio de lanêi.or Foreíge, 199g, p. g. 3. PULGAR EZQUERRA, luana. La persondlidad jurÍdlca de lss sociedades como crilelio de sumetimiento
27. PIMENTA, Eduardo cou,lã.t. Recuperaçào ál concurso de acreedores. In: GRÀCI.A, ,uân Ignácio Peinàdo. Estudios de derêrho concursal. M^ú\& '\arciâl
de empresar. São paulo: IOB, 2006, p. 61
Pons,2006, p.212.
i 40 i cunso oe ornero EMeREsaÂIA!
:::l..1lo*,r*a;;;,:#,""::
gaçoes e o risco da
empresa serão da sociedade,
jlif ,,:.rl: à produçâo ou circulação de bens ou serviçose. Haroldo Malheiros Duclerc Verçosa
dica como requisitos do empresário: (a) o exercício de uma atividade; (b) a natureza
in_
:;;ffi :"",ff l:*:,i j}::;il[..":}"."";.,?iffi :::rff ,"'H[,i:::h1: j{:::x: JUNIOR, PEncescoj CORSI, Francesco. 6lí lrrlprêndito e le soctetà. tL ed. Milano: Giuffrê, t9gg,p.32-{(]i
GÀLGANO, Francesco. Diritto civíle c.ommercialc, 3. €d. pador?: CED Ajt,'/r, t», v. S, t.I, p. t?-3O.
7, RESTIFFE, Paulo Sérgio, RecuperuçAo de emprésa, BsÍueri: Manole,2OOg, p. t6S-166.
8. FRÀNSCESCHELLL, Remo. Cotso di dirítto comnérciale. Irllanot ciufirê, 1944. p. 35.
9. ASCARÉLLI, Tuüio. Cotso d.í dirítta comfierciolet iIrtrodvzíoíe e teoria dell,impÍesâ. 3. ed. Milâno:
4 Giuffrê, 1962, p. 146.
CÀSTRq Cartos Alberto
Farrecha de. nddmeitos do ditelto
P.72.
Fu
Íatimeitar.2 ed. Curitibâ: ,uruá, 2006, 10. VERÇOSA, Haroldo Mâlheiros Duclerc. Das pesso⧠sujeitâs e nilo sujeitas aos regimes de recuperaçáo
de empresâs e ao da falência. In: PAIVA, Luiz Fernândo Vâlentê de (CooÀ.|. Direitu
f;hmentü e ít no,,/d lei
delaléncias e recuperaç,âo de enpresas. Sâo paulo:
euârtler Latin,2OOS, p.66.
42 CURSO OE OISEITO EMPNESAFIAL
a) â arividade;
b) a economicidade; i.1.3 A organizaçáo
c) a organização; qualificação de uma pes-
Não basta o exercÍcio de uma atividade econômica Pala a
d) a profissionalidade; soa como "empresário'l é essencial também que e§te seja o responsável pela organização
e) produção ou circulação de bens ou serviços; àos íatores da produção paxa o bom exercÍcio da atividade. E essa organizaçâo deve ser
f) a§§umind'o prevalência sobre atiüdade do suieito16'
de fundamental importância,
a Pessoal
o direcionamento ao mercado;
g) assunçâo do risco. A organização nada mais é do que a colocação dos meios necessários, coordenados entre
si, para a realizaçáo de determinado fimlT'
A organização Pode sel do trabalho alheio, de beru e de um e outro iuntos Normal-
2.1.1 Aüvidade mente a organização não significa a presença de habilidades técnicas ligadas à atiúdade
Êm, mas sim uma qualidade de iniciativa, de decisâo, capacidade de escolha de homens
O empresário é o sujeito de direito que e bens, intuição, entÍe outros dadosrs.
,
é, um conjunto de atos destinados a umi
exerce a empresâ, a qua.l é umâ atividade,
isto
nr"rú"ã. .àãrJí.'*,à-üi'j'rrn ,.o,"ao, Essa organização pode se limitar à escolha de pessoas que, por determinada remu-
il;T.:Í:" "n,"
t'quência de atos dirisia"'
" "-"
..'-" nr"iã"ll',ip"." ",o
.o,ngu.". neração, coárdenam, organizam e dirigem a aüvidadere, isto é, a organizaçào a cargo do
empresário pode significar simplesmente a escolha de pessoas Para efetivamente orga-
nizar os fatores da produção. Ainda assim, temos uma organização essencial na ativida-
de, para diferenciar o empresário dos trabalhadores autônomos edas sociedades simples'
2.'1.2 Economicidade
Sem essa organização há apenas trabalho autônomo e não emptesa'I.
O empresário, enquanto suieito Mesmo no caso do pequeno emPresário essa organização assume um papel preva-
de direitos que exerce
atividades econômicas, entend;das â empresa, desenyolve sempre lente, na medida em-que há preponderantemente uma con§ideração objetiva dos frutos
aqui .o_o àtiuia"a", uo't't.â,àa-r-ii.a p.oauçao a.
novas riquezas. Estas podem da atividade e não dâs qualificaçôes pessoais do sujeito'r. Ainda que a figura pessoal
advir da cri"ça. a" ,"r".-u""rloll1"í,i'o oo
"
valo! dos bens existentes13. ao desempenhe um papel importante, no caso do emPresário, a organização é que assume
"u_.nao
Francesco Galgano entende papel primordial.
oLr
A título exemPlificativo, quando se contrata um advogado, normâlmente não se
",'d"d";; ";;;;;;:::,1::,i ;:iJffi i:::"?J:i::,i"liil:,f ftT",:il:
d.
considera objetivamente o resultado que a atuação do advogado pode ter, mas a§ sua§
de modo suficiente para
,*i,u,^"-"1i'-ll"-'l-l:: 1:l':"i.
nào serar
d"du nâopor;;;;;í;;.,,i,""il":ij:iuÍzos ral concepção não sisnirica que a ativi- qualidades pessoais que pode!áo Permitir um bom resultado ao cliente. Nesse caso, não
a.'.n,or,iia""o"..n"o,;"#Hfi 1T';:";[1;Iili:;:[x:"1*;:;";,:tt::::
15. GALGANO, Frânc esco, Dirílto civile e cot lmerciale. 3. ed..Padovà CEDAM, 1999,v.3't.Lp 25, trâ-
duçAoliwê de"Il capitale investito nella poduttiva dew, quatto meno, rlprodursi al ufi,the dal
^tivítà 'iclo
,FERRA-RÂ
cü irnprcnditorr" f *"r"*. r.r.. *rLâno: ciuffrê, 19. tdeh, p.31.
"0.
20. OPPO, Giorgio. Prir.üi. Torino: GiaPPichelli, 2001, P, 56.
2I. ÀSCÀRELLI, Túllio. Corso di diritto cot tmeraialei í.tltoduzionê e teoria dell'imPre6â 3 ed Milâno:
Giuffrà, I962, p. 180.
I
I 44 j cunso or ornerro EMpFEs^Êtar
I
I DA REcuPEnaÇÃoJUDlclaL E DA RECUPEBAÇÀo ErrBAJUDlclaL 45
Es cERAls DA FALÊNC|A,
i
se pode dizer que o
advogado seia u
I
",,-u
,- p"p.i ,..uJá.il;";:i"P
:tTesário'
t
na medida em que a organizaçâo
as-
2,i.6 , Direcionamento
pessoal do profissional' ao mercado
similar à a situaçio-:;;;'n:;:* "'"dade
estrutura; a attvidadei]si'- '""r'éL::
qie não exercem suas atividades,
e quu t"tl o r"to.!iuffi;.;;il":#í",:'i:
que sua atividade seia
qe enáo a orsanizaçao Também é essencial na caracterização de um empresário
não
qu" s9
f".. * pessoal prevalece vottada à satisfâção de necessidades
alheias, o empresário deve desenvolver atividade de
há que s; falar "r"u
;; .'*r;;; " 'tiüdade sobre a organizaçâo,
produção ou circulaçáo de bens ou serviços para o mercado, e não Pâra si próprio'
Por outro lado, vejamos
,
ooa dsposiçâo de m.r..ao.i".
uma loil
Nesta, é essàncial que haja Assim, oão é empresário o prestador de serviços que realiza tais serYiços em Provei-
uo;11111lartamentos uma plofissionais a telceiros se calacterizâria como
Não há qu" t".ogit". d" p."uáei.il to próprio. Já aquele que Presta serviço§
da atividade pessoal,
,nl;#
"
d, ;;':-*PregadosE§ta assume papel p.õona.rânt", um empresário, porquanto sua atividade está dirigida para o mercado e náo Pâra a satis-
t"rir"ndo p,"s"nfa
" ffi ilil:?:il:ação' .".".- façào das suas PróPrtas necessidades
2.1.4 Profissionalidade
2.1.7 Assunçáo do risco
Só é empresário quem
, exerc *presa de modo profissional. Tal Remo FÍanceschell.i destaca como o elemento prePonderante dâ condiçào de em-
deve ser entendida
:.fi; ;;,::: expressâo nâo
presário a essunçâo do risco, um risco peculiarr.
lÍ"".n::i";;;; ;ü;;H:ff H: i':LT;,L":i:'.'i:;ffiT"T:?#,',1[:i: Nas atividades econômicas em geral, todos assumem ti§cos. O inve§tidor retira
Não se kata de uma gualidad€ capital de seu patrimônio e o liga a determinadas atividâdes. Com essa conduta ele assu-
como §e exerce a atiridrd", exercente' mas de uma qualidade me o risco de perder o valor investido. Esse risco é previamente definido e pode ser ex-
ou :o-::';'ito do modo
presa.io, bastando qu. ""j, nâo depende da intençâo tremamente reduzido de acordo com a situação, na medida em que pode ser garantido
rr',nriãii:'-l^:iissionalidade
t::rror a atividade se apresente objetivamente do em-
por alguém, o qual será demandado no caso de prejuízo. O empregado assume riscos em
um caráter esrávels]nil;';;, "
com
tanto que atividades continuado, mas apenas relação a sua capacidade de trabalho e o risco de não receber salários pelos serviços
;;;;";;Í;r"r::"jer uma trabituatidaàe,
prestados'zT. No primeiro risco, há um seguro social, que, bem ou mal, o Protege de tai§
u-p.u,", ..,_o
"- ãffiHü;*:,H:!i:)o!1*",,T.ã.:Iji".,:."T:i;; "; riscos. Em relação ao segundo risco, o empresário o garante, ele é responsável pelo pa-
gamento dos salários, podendo ser demandado por isso.
2.1.5 Produgão ou circulagão O empresário, por sua vez, assume o risco total da emPlesa. Não há uma prévia
de bens ou serviços
definição dos riscos, eles são incertos e ilimitados. Ademâis, o risco da atividade não é
A atividade desempenhada garantido por nguém23. Se houver uma crise no ramo de atuação do empresário, e este
,
de bens ou serviços
oelc deve abranger
a produção ou circuraçâo
il;#á'j:i::-Tsário tiver prejuÍzo pela falta de demanda, ele náo terá a quem recorrer. A remuneração do
*", n" .ir.ulaçao ,u'-ol temos a transÍormaçao ae materia-pr-tl empresálio está suieita a elementos imponderáveis que podem íugir das previsóes deste
,," negociaçào de bens. No que
"'t,.rJJ;ill-tltução
viços, temos r"d. 'ã;i;id";. e, nessa situação, o risco é dele, não há a quem recorrer.
qualquer, desde
;;';;i-tç"?de.terceiros aPta a satisfazer tange aos ser-
or.;r;;;"#r uma necessidade
na simples troca de bens"'zs,
objeto de detençã'o,;;-r;";ü;'j:'" eles não podem ser
2.2 Não abÍangidos pelo conceito de empresário
O art. 966, parágrafo único, do Código Civil de 2002 afirma que nâo sâo emPresáÍio§
22. GALGÀNO, France sco. aqueles que exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artÍstica,
Dbitto clvile e cotnmerciale.
23. 3. ed. padovaj CED^M, ainda que com o concurso de auúliares ou colaboradores. Einbora tais atividâdes também
FERRÂRAJÚNIoR , Francesco; t 999. v 3, r I ,p.17
1999. p.41 CORSI , Eràocesco. cli irnprezditori
e le socieÍÀ. 11.
se.jam econômicas, isto é, também produzam novas riquezas, é certo que seu tratamento
ed. Milano: Giuífrê,
n,"sto; DENozzA, Frânce
ifu,'f1;to, '*. sco.Apw,1ü di diritto
comrneftíatê. s. eit. tvtit
ano: ciuffrê,
25. WDOvx, 2ó. FRÂNSCESCHELLL,Reí o, Corso di dírltto cornmerciah. Mirnot Giu.ffê, 1944 P. 43.
Glerr1pa olo dzlle. No.ioni
di dlritto d,bqrresd. padovat (]EDAÀ4,
2000, p. t3-14.
27. Idem, p.43.
28. làem, p,4445,
46 j cuaso oe ornsrro EMpBEsAn,aL
OrspôsiçóEs GEÊAls DA FALÊNcÁ, DA RÊcuPEnAÇÁp JUDcIAL E oa BECUPEÊAÇÁo ErBAluDlclaL
47
.11lt];}ii.;1,11,T11*}üi}!:":-}.,"f
prestadas-
,.1!,"ffi:;Í:tr..:*-_ Tal orientaçâo reforça a imPortância da organização Para a configuração ou não de um
sujeito como emPresário.
concorréncia de auxitr"r"r, j-'1? de forma pessoal e, mesmo
u-l re]ação
,- u'r.ra
t,a com a
d.e conÍança com quem
der. Nao ha coml igl,r.- desenvolve a atiüda-
e ..r.o qr. o.g"Tir"i*;;;iT* o"noje permeia as aiividades
intelectuai§, mas 2.3 Situaçõesespeciais
"rr" o'pl;:;;ã;;;,"tt"-" papel preponderante'
,to a..u*ilt"."r, ainda que se recorra ao
da atividade. ?revalece, no sentido da assunção pessoal
do resultado Pelo exposto, vê-se que, para definir alguém como empresário ou náo, o fundamen-
tal é analisar a atiüdade exercida por ele. Tal afirmação é o que se depreende do caprt e
*,lciado 1e4 da rrr /ornada de Direito
-.r:T.:tt&1'i:';1ff::;';'"x
*.lor, nrofissionais überais não são considerados
civl pro. do parágrafo único do art.966 do Código Civil. Todaviâ, há certas situaçóes e§Peciais
,"tro." o;i"ril",,1" 1". rtores da produção for mais
or-ls
empre_ também definidas pela Lei n. 11.10U2005, nas quais a condição de empresário ou de não
oe pessoal desenvolüda:
" importante que a atiüda- empresário úo dependerá exdusiwamente da atividade desenvolüda.
do código
,"" fl,'*,único,
"11lffi;;ffi.",Trljtj l"t"lectual' civir anrma que aqueres
cientÍfica' literária ou artÍstica
p...ário., r" o u*"rc;j;;';;;À; serã; em- 2.3.1 Sociedades por açóes
cro oessas atividade, foa
tonstituir elementode emDresa. isto é, se o exercÍ-
Neste caso, **;;;;';;r;;
0".,a d" ,.o aÚyidade ma;oc na qud sàbressai
Com o Código Civil de 2002 surge uma nova distinçáo das sociedades, qual seja,
a organizaçâo32,
" dl'11 da atividade cede espaço a
maror de natureza empresarial, uma atividade entre sociedades empresárias e sociedades simples. Ambas exercem âtividades econÔmi-
é aitiúdade intelectual, mas ela é
utu'n*t.auni."ã" ":::-tÍ:'" u,,,, cas, mas diferenciam-se pela natureza da atividade exercida, conforme já mencionado.
";ffiã:h;:L;11"1a "p.n", Todavia, em certos casos, a forma utilizada é determinante, como no caso das sociedades
,:g#fl"r::::H;:"t:""i;i:#.'r'^'|'a<r's Para verincar a predominância da orsani- por açôes.
,iaaae, -uts cla.a ÁJa; .",itividade3o. euanto mais padronizada
:""â;;::" for ã ati_
da atividade intelectual. Outrossim,
As sociedades anônimas e comandíta por açóes são sempre empresárias; não im-
consumidor há ,-;;;.ilffi;cundária na atividade prestada, isto
para o porta a atividade exercida por elas (CC - art.982, paúgrafo único). À organização e o
p."r,"ao"
-". .p"nlr;;;;f:H'1,:0" é, não interessa o elemento pessoa.l passam a náo ter relevância. A forma irá determinar a natureza empre-
sarial de tais sociedades. Em razão dessa natureza, elas estão sujeitas à falência, à recu-
peração iudicial e à recuperaçáo extrajudicid.
r*$j*d,H1;#1$fÍÍii'ijiÍÍ;'r, ix,,r;*,r,.:,
atividades podem ser denominados empresários Íurais. Todavia, as atividades rurais
§empre foram dotadas de um regime diferenciado no direito brasileiro, tendo em vista a
própria condiçâo de boa parte dos sujeitos envolvidos. Diferente não foi a orientação do
ix',;liii,'i*ll1i;i:l"j;H.:"'}lÍí;''}ffi "',,,#'á",ti:,"ü'*:,lx*"r; Código Civit.
,*;mlg***Ígü:ti;*1:1.:;1":ffi i:j,,,,";*,.r,,,"r,,x,,
35. ST' - 2f Turmâ - REsp 555.624lPB, Relâror MINISTRO FRÀNCIULLII'íÉTO, Dl27 -9-2004.
48 ! cunso os orneno EMpaEsAaa[
*,,::tÍü#§fl Hi**::t*:ri".ã,,.f '::::ff Hffi ".T,.:'til aresponsabilidade perante terceiros. A sociedade em conta de participqção náo firma!á
contratos. Quem firmará os contratos necessários para o exercÍcio da atividade é o sócio
o,stensivo, usando tão somente seu próprio crédito3e, seu próprio nome. Quando ele age,
não age como um administrador de uma sociedade, mas como um empresário, seia ete
individual, seja uma sociedade.
De outro lado, há o sócio participante, que não apargce perante terceiros, nâo assu-
m'*m*'*,,**m*fiffi mindo qualquer responsabilidade perante o público, daÍ a denominaçáo como sócio
oculto. A responsabilidade dele é apenas pelante o sócio ostensivo, nos termos combi-
nados entre os doise
Pelo exposto, vê-se que a sociedade em conta de participação náo é enquadrada como
2.3.3 Sociedadecooperativa empresária, porquanto ela nào exerce qualquer atiüdade. Àssim sendo, a sociedade em
conta de parúcipâçáo náo está suieita à falência, à recuperaçào judicial e à recuperaçâo
exE.ajudicial. Quem exerce atiüdade é o sócio ostensivo e, por isso, ele sim pode ser um
empresário e nessa cond.içâo estará zu.jeito a estes regimeír. Do mesmo modo, o sócio
oculto, caso seja um empresário, também estará suieito a esses regimes, por sua eventual
sffmu*r$*t,rW magistratula e do ministério público, militares da ativa e falidos), mas mesmo assim o
fazem. Apesar da irregularidade, eles se inserem no conceito de empresário e, por isso, a
eles se aplica a Lei n.ll.101/2005, uma vez que o art.
cício regular da atividade para a sua incidência.
1e da referida Lei nâo
36.
diciale para a recupeÍação extraiudicial um dos .equisitos é o exercicio regular da ativi-
dade há pelo menos 2 anos (Lei n. 11.101/2005 - art.48). Logo, nâo há como cogitâr de
aplicação da recuperação de empresas aos empresários irregulares.
39. CARVÀLHO DE MENDONÇA, ,. X. Trutddo de direito comercial btusileirc. Attalizado por Ruymár
de Limâ Nucci. Cemplna6: Bookleller 2001, v.2,t,3,p.262.
40. ldem, p.262.
38.
P.66. 41. PENTEADO, Mâuro Rodrigue§. In: SOUZA Júl.jlOR, Frâncisco Sátko de, PITOMBO, Àntônio Sérgio
540. Tr4ité théorique êt ptatíque de drait corfuerciat_ de À. de Moraes (Coord,.). Comefitárlos à lei dc rcauperuçào dê empresdj eJâlrnria. Sâo paulo: Revistâ dos
Tribunâis, 2005, p. 96j pERIN JúNIOR, Écio. Cu rso d,e direito Íalilnentar e recuperaçào de emprcsds, g, ed..
Sáo Paulor Método, 2006, p. 92.
I 50 CUBSO OE OIRETTO EMPRES/ôAIA!
iI
No que tange à falência, efetivamente
náo se exige a regularidade e, por is6o,
empresários irlegulares estão s-uieitos o§ Essa legislação especial é ressalvada pelo art. 197 da Lei n. 11.101/2005
à fâlência,r. i-'iãlitu"çou", mànos, à falência.
é possÍver até a au-
1 tofalência, porquanto a lei vigor, permite a aplicaçâo da falência a tai§ entes, mas não edmite a
"p";;_ àil#à e, mantendo-se
em
condiçôes para a recuperaçâo"*igi.i" crise que nâo cumpre as
/ judicial;. Ademats, qu"ri-"
i", prorra da condiçào submissâo de empresários ao regime da insolvência civilaT.
para autofaiênii", .t" ."qr.;;irn,"ã"
i l:^::^fesário
vrgor ou, se não houver, aindicaçâo
"
il"".ln,.",o"*,g".ocial
"
ou estatuto em
para melhor entender essa dicotomia das exclusôes, é oportuno analisar cada uma
de tàao, or.O.io., ,iràdereços delas.
e a relaçáo de seus
i l.:."t*soaiC
(Lei n.
.t0l/2005 _ art. ,OU, IV). ôr", ,"
,rópria Lei admite expressa_
mente a ausência de côntrato social
' admitindo o pedido de autofrf*.,
._ u^" ,á.i"ãã. "
!í.
..qu., autofaléncia, está
p".'"_o."rri;:;:""á:."r_. 3.1 Empresas públicas e sociedades de economia mista
I
A primeira hipótese de exclusão envolve as empresas estatais, isto é, as empresa§
3 Exclusôes púbücas e as socie{ades de economia mista. Nos termos do art.2!, Í, da Lei n. 11 101/2005,
i
os stitutos regulados por esse diploma legislativo não se aplicam àquel'as entídades da
, recuperaçâo
,-^I_"^rjlTr:rjudicial
9:art.
t_. da Lei n. rJ .tol/2005, os empresários
estáo suieitos à falência, ad rni n k traçáo P úb I ica.
a e à recupera As empresas púbhcas são "pessoas jurÍdicas de dteito Priv'ado, integrantes da Ad-
ministração Indteta do Estado, criadas por autorizaçào legal, sob qualquer forma juri-
***:H*i-:ffiãdi'i#il':ü1"1fl*::""::.*,Í"1r:ilHff
justificariam pela importância se
.
dica adequada a sua natureza, para que o Sovelno exerça atividades gerais de caráter
de certas atiyidades estratélica
0"." econômico ou, em certas situaçôes, execute a prestação de serviços públicos"§. Sâo so-
o " ""ono.r,iitltôes
ârt. 2s da Lei n. 11.101/200 ciedades de capital exclusivamente público que servirão para cumPrir certas funções
conseq,.rentemente, o*
sâo é absoluta, va.le diz.er, em
o-""*í",1jj11,á;:flll :il:l::"1.T?il:ffi:::::§;,": estatais. A título exemplificativo, podemos citar a CEF, a EMBRAPA e a CONAB.
i âlsunr O ilustre Profi Gabriel de Britto Campos conceitua a sociedade de economia mista
raencu. rm out.a" pliiilffi,.::::l'::tr,ffi :lfi ,TÍ:1::,'::I:i::rT.ffi,?i como
Nos casos de exclusão absoluta
te dos procedimeni;;ü;#;:,:Til".'ffi;:§j:"r:',i:t:$:* (...) integrânte da Administráção Públicâ indireta, dotada de personalidade de
tll
para a recuperação ou para
a recuDeraçâo extraiudicia.l,
;il:fj,Tn, Direito Privado, criada após a autorizaçáo por Lei especÍfica, com patrimônio
mas p.o.udi-.nto.
específicos para a sorução
das crises. ,i,,,_, "p"nr. i"J"
;i^i;;;;;;uá""iiij"i,,r, própÍio e capital misto (público e privado), organizada sob a folma de sociedade
púbhcas que prestam serviços
ou pedir recupe!âçâo
púbticosa6, as quais, ;;'h;;;;;;.e,
- -'-""gi'.iq ruvul!: ", ",,0,".".
poderão falir anônima, sendo a maioria do câpital com dileito a voto pertencente âo Estado ou
"_
iudicial e extrajudicial. à entidade da Administração indireta, destinada ao desempenho de atividade eco-
De outro Iado, na exclusão relativa,
o afastamento dos regimes da nômica ou prestação de serviços públicosa'q.
nâo é completo. Também Lei n. 11.iOt/20O5
há Droccílimentos espe.,"i, pr*
mas a Iegislaçâo que rege ãr làii*ãente exctuídos,
tais procedimentos ;d;ilI.**b-o#lll""s ,u,uuor, Ao contrário das empresas públicas, nas sociedades de economia mista há uma
"o conjugação de capital público e privado, com o controle da enüdade nas mãos do poder
42. PÊNTEÀDO, Mâur,: público. Como exemplos de sociedades de economia mista temos a Petrobrâs, a Eletrobras
de A. de Moraes (Coord .t. 1:1:,.sT":rr,.sgufA lr.ÍNroR, Frrncisco sátiro de; prroMBo, Antônio sércio
comcikitios à tei e a Companhia Energética de BrasÍlia (CEB).
Tribuneis, 2008, p. 96.
de rccuperaçto de emprcsa, ,f"lí.,r. Siàãrn.n""",.üTll
Embora possuam distinçôes, ambas têm em comum a criação por autorização legal
t cio. cuno de dircítaÍalimcntat e recuperuçito eo fato de representarem meios de atuaçáo estatal para a prestação de serviços públicos
láàa, ftfi"'o*"o' de êmpresa, 3. ed. sâo pauto: Mérodo,
ou para a exploraçâo de atividades econômicas. Por represehtarem um braço do aparato
44. FRANCO Vera Helenâ de Mello.
In: S(
aê de Moraes (coor q. co^"rurio, Ersnchcosátiro de; PtroMBo Ântônio sérgio
"- --
96, '
^.
frlbunáis,
*a tl,ulA-lÚMOR
'^"-J
têt a' recuperdçào ale chprêsds c/al&cia. sao paulo: Revista jos
2oo5, p.
45. Rkard o. 47.
Maiu4l de direito comeftial e de êmpreia,L êd. Sào pâulor Saraivâ, 2007,
COELHO, Fábio Ulhoe. Curso de direito corr1êlcial 8. ed. Sáo Pâtrlo: Sarâive, 2008, v. 3, P. 248.
S-NEGRÁq v 3,
48. CARVAIHO FILHO, Íosé dos Sântos. Ma, ual de direito adminktrarivo. I5. ed. fuo de Janeiro: Lumen
tló. Há uúe cóntrovérsiâ sobre
o assunto que mets ediânte será Iuris, 2006, p. 4O4.
explicâda.
49. CÀMPOS, Gabriel deBt\$o. Cutso de d,teito ad,ministrativo. Bra.llia: Fortium,2006, p. 114,
52 j cunso or ornerro EMpÂESqRtar
u iíi,,ia!,aom orro,t DA FALÊNcÁ, DA BEcuPEFAeÀoJUoLcrAL E oA BEcuÊÊBAÇÁo j
Errnn.lro,c,o. 53
estatal e que ta.is enüdades
foram exc[,íáâ. .t. .-rÁ- -.
;":::;*,:xli,l# j*',#i:F.':i'li;,:i"""á:1:T:t"i:1".#: ji:; da empresa estâtal decorre de Lei especÍfica, que lhe autoriza a instituição, so-
6.4o4/76, hoje mente outra Lei poderá determinar sua extinção"s,
.fosé Edwardo
qr. d.u..i" r". ;;:^__1", " tal regra é inconstitucional,
ravar;; iá revogado.
; | :Apesar do brilhantismo de seus defensore§, acreditamos que ambas as interpretaçôes
ão ;;1':T" "tmesmo regime na medida em
"pti.ld*ál
termos do art. ,zã, não seiam as mais corretas. A nosso ver, as empresas estatais que prestam seryiços pú-
íl;1. ê"*rlllades das sociedades priu"a.r,
^o *, blicos estâo excluídas do legime da Lei n, 11.101/2005, sem qualquer inconstitucionali-
ifi .X"::":i'"'.:.T:i*ft lli.lf :I?lixlil:iãif${:i1i:
n:*ti*:il"do-Estado dade, Todavia, para as exploradoras de atividade econômica, não haveria a possibilidade
dessa discriminaçâo57.
dade administrat;,-j,-,;;';;'='-d'iria em razão do princÍpio da
morati-
impossibilidade do
u." o"...rr*,lL,i?,llt-il-f t't.,o,o, ele sustenta ainda a Sob a ótica do direito adminishativo e da Constituiçáo Federal, há que se diíerenciac
I (es de ecohomia
mista, Écio perin -r--
r-' q qJ trrrPÍcsas estatais. Em relação às sOcieda- entrc as empresas estatais, as exploradoras de atividade econômíca e as prestadoras de
p".,,t"i" também reconhece a possibilidade serüços públicos. As primeiras estâo suieitas ao mesmo regime das entidades de direito
entiàadls,..eil;ffi;:ft:ffi de faléncia
privado (CF -att. 773, § le), já as últimas estâo sujeitas ao regime próprio do direito
L,le outro lado, há quem
,
absoluta sem qualqu.; ""."_^- ,,
sustente.,;," estamos diante
cle uma hipótese de exclusão
público5e (CF - art. f75). Tal diferenciação é fundamental, oa medida em que para as
ilü-:;.:J"e
tenta, desde o ârt. 2i;;,:"";"*1ycional53. Modesto Ca.n"alhosa, po. sua ,,e2,
últimas é possÍvel fazer uma discriminaçâo em re.lação ao regime privado.
sus_
a constitucionalidade O íustre Prof, Gabriel de Britto Campos asseyera, a nosso ver com razão, que
púbilili.]"Tl1:'
vista.o interesse de tal exàusão, tendo em
bem como a posiçâo dos
!uan_
do provocado, o Judiciário proEyeLnente declarará a inconstitucionalidade do inciso I
de tais companÀias5..
N;',]r,n adminisrradores
do.ont.or"ào,-pã.;ü;à::: Tl"jvido'
jffi do art.2e, da Lei n. 11,101i05, relativamente às empresas públicas e sociedades de eco-
;."":l::f,ffüX jilj:,?,,""fi i::::l"r*:ig:.i nomia mista exploradoras de atividades econômicas"st, No mesmo sentido, José do§
Santos Carvalho Filho afirma que "se o Estado se despiu da sua potestade para âtua! no
Para Lucas Rocha Furtado,
,
haveria a obrigação
a falÉ nâo é uma obrigação campo econômico, não deveria ser merecedor da benesse de estarem as pessoas que criou
d;';;;#ji::"]a mercantil e, por isso, não para esse fim excluÍdas do processo falimentar,,e.
i
regra contida -na' m#;;; il ;: iff .Ãi;;'u.H:"*1flH:.":ff::jJ,:Trr::i Ora, para as prestadoras de serviço público, a própria continuidade dos serviços
I
públicos pode justificar a não submissão aos termos da Lei n. 11.101/2005, sem qualquer
violação constitucional, dada a aplicação do art. 175 da Constituiçáo Federal. De outro
i
i
50. BORBA, ,osé Edweldo
Tâveres
lado, as exploradoras de atividade econômica não possuem uma.iustificativa viável para
5t. I ed Rio d€ ranêiro; Rênovâa 2003, a discriminaçâo e, mais que isso, há mandamento constitucional que impede,tal dis_
p. S07.
criminaçâo,
t, 60. CARVÀLHO FILHC), rosé dos Sânros. Marual ele direito administrdriyr. lS. ed. Rio de
p. 43o. Janeiror Lumen
,uris, 2006, p. 420.
j
I
autorizaçào lesal impediria
, a râIência, porquanto esta
ber-se que, em caso de seu insucesso econômico e financeiro, á sua rúna não
"rj.::"#"-r:1í:r""'il11"r:or necessariamenb de extinçâo das
a simples problema de ordem privada. Suas repercussôes funesta§ no meio social
""rrl;à;:li^"": ::
i
epà, r"ren"i", sàciedades.
" e ê possÍvel a continuação
I hala novos ú;;;;;"T:os das atividaa.s, de"a. qu; não poderiam deixar desatento e desinteressado o Estado"a. Em razão dÍsso,
,,:Tl.#i:{j ram criad os regimes especiais
para as instituições financeiras em crise, a saber, a inter-
ti:,.#}:t***í"j""H,,.; #;.üTTffi J::Lf ,::i".: venção (Lei t. 6.024174), aliquidaçâo extrajudicial (Lei n. 6.o24174\ e o Regime de Ad-
qu"r,u,n Especial Temporária (RAET) (Decreto-leí t. 2.321 I 87)
u,. ui"ià,;"o;" i::ü""ll,j[T;Ij:::,:r11".:H::1,"rJffi:;*.*:jj:
é o caso das empresas públicas ., A exclusâo determinada pelo art. 2e, II, da Lei n. I1.101/2005 aliada à existência
e sociedra". a. u.onoÃi" ,nir,"].,."
Portanto, pode-se concluir desses regimes especiais poderia levar à conclusáo de que as instituiçõe§
financeAas não
que as emfresas públicas recuperação extraiudicial. Todavia, a
mrsta prestadoras de serviço púbüco e sociedades de economiâ se submetem à falência, à recuperaçâo iudicial e à
estão absolutamente
lá as gue exploram auvidade JJi", n. ,r.roVzoou, própriâ Lei n. 11.101/2005, em seu art. 197, ressalta a manutenção das leis que tratam
econômica *,u. *i",,", "xcluàI,
,"rr-a.#"i
!c',,us, numa interpre- àos regimes especiais aPlicáveis às instituições firaoceiras, com a aplicação subsidituia
tação conforme o art. 173,
s 1e, II, da co*rr*rru" i.ã"J."-q§ "* da lei de falências e recuperaçâo de emPlesas. Nos termos dâs leis especiais, vê-se que a
exdusáo das instituiçôes financeiras é relativa e não úsoluta.
I
I 3.2 lnsnfuições Íinanceins ALeín.6.024174e o Decreto-lei n. 2.321/87 nuncâ permitiram que as irstituições
à concordata e, por isso, elas nâo têm aces§o à recuperaçáo
L
3.3 Seguradons
I
fUen",?'lli§
a A supervisâo estatal sobre as sociedades de capitalização se dá desde a sua consti-
a .rs nunca à recuperação iudicial ou extrajudicial. tuição e permanece durante todo o seu funcionamentoTz. Compete à SUSEp a fiscaliza_
. No caso de ias,ú";; ;:J"
çâo da constituição, olganizaçâo e funcionamento das sociedaàes de capitalização. por
i,.#,.üi:ffi :1,[itTt*: irfi ::::,T J,ü:il::n::il::",T,J,,]Tiã:; meio de remissão expressa do Decreto-lei n.26Ll6Z ao DeqetoJei n. 73166, o regime de
.",o d. i*,..,,Jà;::H#:1:::ffi ,i::"iZ:.i::,* fiscalizaçâo das sociedades de capitalização é exatamente o mesmo das seguÀdoras,
; .""::ff fl í::ffin: l:
:T.'.:"".{#!:.,"..:,.::1âffi T":il:*nillinàhj,m:rff :;iff ; 68. VERÇOSA, Haroldo Malheiros Duclerc. Dar pêssoas sujeitas e náo suieitas aos rêgimes de recuperaçáo
dc empresas e âo da fâ.Iência. In: pAtVA, Lutz Femândo Valente de (Cooj.), Díreho
Í;hmentaí . a novd tei
ir,'""".',xx,nil:,ffi ilfrxiiír,#f
llü.ii"l:}ilfi Íl$,"fi ,,*.,,fl ffi
deÍdléncids e rccupetuçà,a de efipresaí Sâo ps!d.o: Latin, ZOOS, p. i12.
euârtie!
69. COELHO, Fábio Ull\oa. Cutso de dkeito comercial. g. ed. Seo peúlo: Seràiva, 2OOg, v. 3, p. 249.
70. TOLEDO, Paulo F. C. Sa.Ll€s de.I ABRÁO, Cârlos Henriquel IOLEDO, paulo Ê C. SÉ.Iês de (Coord.),
67. VERÇosA , Haroldo Conenü os_à lei de rccuperdçào de cmpresas eÍd!éncrz. Sáo p;do: Saraiva, 2OOS, p. 9i NEGRÂO, RicaÍdo.
Malheircs Duclêrc Dâs pessoâs
de emptesas e ao
da falência. In: PAIVA, Luiz
sujeitâs e náo gimes de recupetaçáo Ma ual de direito comercial e de empresa.2, ed. São paulo: Seraiya, 2OO Z, v. 3, p. 39,
Fernando Vâlente de (Coo.d.). Düeito
te.uperuçito de e»1fesas.
Sâo Pâulo: Quârúer Latin, Ídlimehtar e d. ,tovd lei 71. RIZZÀRDO, funâldo. Contruto§,7. ed.Rio de JaneiÍo: Forense,2007, p. 1393.
2005, p. Ill 72. CAVALCANTI, Flávio de Queiroz Bezêrra.Títutos de êapítatização, Sáo pâúo; Mg 2007, p.64.
I
ll
I
I
CUBSO DE DINETTO EMPNESABIAL
ç D§pogçÔEs cEFAls DA FALÊNCIA, oÁ BEcuPERAÇÃo JUDlclaL E DA FEcueenaçoo exrnl'o'c'oL i 59
I
I
t:
I abrangendo inclusive as medidas especiais de 6scúzação,
a intervenção e a liqüdação ô oeqâmento de pelo menos metade dos créditos quirografários, ou que o ativo realizáver3
extraiudicia.l. pagamento das despesas administra-
ãiriass" Iiquiaanaa não é suficiente, §equeÍ, para o
ao regular processamento da liqüdação extraiudicial ou
Dentro desses regimes especiais exclui-se completamente a recuperaçâo judicial
ou ils e operacionais inerentes
i extrajudicial, mas admite-se que seja pedida a falência
em um caso especÍfico, a saber: àue há fundados indícios de crimes falimentares (Lei n. 9.656198 - art' 23) Nestes casos'
l quando-no curso da liquidação ficar constatado que a ANS autorizará o liquidânte a requerer a falência.
o atjyo não é suficiente pa.ra o paga_
mento de pelo menos a metade dos credores qutàgrafários,
ou quando houver fundados Ressalte-se que as operadoras de plano de saúde nem sempre são emPresália§ e,
indÍcios da ocorrência de crime falimentar (Decreto-lei não se tra-
n. Z Bftà _ art.261. náo sendo empresárias, não podem falir nem nos ca§o§ mencionado§ Caso
te de uma sociedade empresária, os casos mencionâdos
poderão enselar o pedido de
I insolyência civil, ressalvadas as cooperativas médicas.
3.5 0peradoras de ptanos de saúde
Mais um caso de exclusâo relativa envolve as operadàras de planos 3.6 Entidades de üevidência complementar
privados de as-
sistência à saúde. Tais entidades se dedicam à
Outra hipótese de exclusão, a ser analisada, envolve as entidades de preüdência
i
(...) prestação continuada de serviços complementat Elas se destinam essenciaknente a executar planos de benefício de caráter
ou cobertuta de ostos assistenciais a pleço
pré ou pós-estabelecido, por prazo indeterminado, preúdenciário, nos termos da Lei Comptementâr n. 109/2001, a frm de comPlementar ou
com a finúdade de garantir,
possibiLitar uma renda àqueles que contribulrarn" Tais entidades se subdiúdem em abertas'
sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela facu.ldade
de acesso e atendimen_ é mais restlito'
to por profissionais ou serüços de saúde, Iivremente luando acessÍveis ao público em geral, ou fechadas, quando seu acesso
escolhidos, integrantes ou não Nas enúdades fechadas os planos são acessÍveis somente aos empregados de uma
de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando
â asslstência médica, empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, dos E§tâdos, do Distritó Fede-
hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente
às expensas da ope- ral e dos MunicÍpios, ou aos associados ou membros de pessoas jurÍdicas de caráter
radora contratada, mediante reembolso ou pagamento
direto ao prestador, por proffssional, classista ou setorial. Estas devem ser organizadas sob a forma de fundaçào
conta e ordem do consumidor (Lei n. 9.656/9g _ art. 1e,
l). àu associação (Lei ComPlementar n. 109/2001 - art. 31, § 1s)74. Em nenhuma das duas
íormas pode se configurar um empresário ou uma sociedade emPresfuia' Assim §endo'
A importância do âtendimento à saúde da população as entidades fechadas de Previdência comPlementar sequer entram no âmbito de inci-
mais próxima do Estado, a qual é realizada pela ÀgÀncla
iustifica uma fiscalização
Nacional de Saúde (ÂNS). A dência da Lei n. 11.101/2005. Apesar disso, a Lei Complementar n. 109/2001, em seu ârt'
quebra da qualidade ou da continuidade
de tais se"jços pode causar preiulzos enormes, 47, diz expressamente que tais entidades estáo absolutamente excluídas da falência e da
como a perda de vidas e, por isso, há essa fiscalização.
Assim, semire que detectadas recuperação iudicial ou extrajudicial, submetendo-se apenas à interYenção ou à liquida-
nas operadoras de planos de saúde insuficiência SuPerintendência Na-
das garantias do equi.líbrio financeiro, çâo extlajudicia.l. Em todo caso, sua fiscalização é realizada Pela
anormalidades econômico-financeiras ou administ-rativâs
graves que cotroquem em cional de Previdência Complementar (PREVIC), admitindo-se a intervenção, a liquidação
risco a continuidade ou a qualidade do atendimento extrajudicial e inclusive a administação especial de planos de benefÍcio (Lei n. 12'154/2009)'
à saúde, ã ÀNS poderá determinar
a alienação da carteira, o regime de
direçâo fiscal ou técnic", po. f.'"ro .rao ,up..lo. a lá as entidades abertas são constituída§ exclusivamente sob a forma de sociedade
trezentos e sessenta e cinco dias, ou a liquidaçâo
extlaiudicial, conforme a gravidade anônima (Lei Complementar n. 109/2001 - art. 36),logo, são sempre empresárias' Ape-
do caso (Lei n.9.656/98 att.24).
- sa! disso, o art. 2s, II, da Lei n. 11.101/2005 determina sua exclusão da falência, da recu-
á existência desses regimes especiais afasta, a princípio, a incidência dos regimes peraçãojudicial e da recupemção extraiudicial, Tal exclusão §ejustifica mâis umavez Pela
gerai§ previstos na Lei n. 11.101/2005.
De fato, não se admite a recuperaçáo judicial ou
das operadoras de plano de saúde. Todavia, a própria Lei n.
:v.656/98
::..11:."!al.uorrjudiciat
admite a possibilidade da falência das operadoras
de planos de saúde, em um
caso esPecÍfico. Ássim como nas seguradoras 73, Por ativo realizável deve-se entende!'todo etivo quepo§sâ ser convertido em moêdâcorreflte em Prazo
e nàs sociedades de capitalização, não se
admite o pedido de falência na forma geral, mas .ompatÍvel para o pagamento dás desp€s⧠âdministlâtiv'es e oPe.acionâis dâ massá tiquidânda" (Lei n' 9 656/98
apenas no c"ro ,"g'ui,
" "rp..in.ndo. - ârt. 23, § 2.).
Poderá haver falência das operadoras de planos
, ,.
oa uquidaÇão extraiudicial seia constatado que
de saúde, desde que durante o curso 74. O dispositivo lalâ nâ forma dê fundâçáo ou sociedad€ clvil sêm Íinslucrãtivos, o quê temos inteípretado
o ativo da liquidanda nào é suficiente para como associeção,
60 i CUBSO DE OIBEIIO
EMPEESAAÁL
I
(-.) nos Grmos do art.
samento da
3e da
.ecuper.rr",;;H,"" l:::ílH :jãT:Ii:;::jffi: ::ffi: il as oPeraçóe s comelciars
contabilidade ge ral4. Em
e Ênanceiras
sÍntese, o
de maior vulto e em Ínassa, onde se encontre a
princiPsl e§tabelecimento é "o local onde o devedor
da admini§traÇáoet
ç6611da, dirige, administra seus negócios, ou seja, a sede
81. na lei anterior, que possuÍa p(aticamente a me§ma
ANDRADE, rorge peretre.
Manual deJalêrlcids ê concordatas. Nâ iurisPrudência, a orientação
82. S. êd. Sáo paulo: Atla§, como estabelecimento a 5ede adminis-
PACHECO, José da
Sihã. p/ocesso de rccupcraçào judichl, 1996, p. 73. redaçáo, era no sentido de reconhecer Principal
Forense, 2007, p êr.rraludtciat ê ,rrJ". ir,o e, o loa.l do comando dos negóciose2. Em um caso importante, envolvendo
falêhcia. 2. ed. Rio de lânetrc
pedido de Concôrdata das Fazendas Reunidas Boi Gordo S À , o STJ deParou com um
o
';tu,X:»:i,,*Zi?\?;.?;"1:lw::àx:i;i*l!i;*,,iil"..*:,.*Í:i::
;§i.;:;\?:{;[
li iÍ ,,fl;.,Xl';ri?!13]jDr,.rer' Minisrlo ANro*o,.ooiioi. àr^orA ruRMA, iuisâdo sB. cc 147.714lsp, Rel MiÍistro LUIS rELPE SAIOMÃO, SEGUNDÀ SEÇÁO', julSado
"oo.o, STJ - ASlnr no
';;-:,Zi:,Y;;t::,Í,',-,1:gl:lllu.,.cai,osHenrique;roLEDo.pâu,or em 22-2-2017, Dle 7 -\'mv.
89. slMIoNATo, Fled eitco A. Morrtê Ttaudo de direito Íalinentar' Rlo de ,Àneiro: Eorense' iooS' p 44i
iENTz, Luiz Antonio S ozres. Manual deÍdtência c recuperoÉo 'le empresas Sáo Paulo: )uá'ezde oliveira'
-..-íí:ítirÍ;f r+ç,Í;"rç'.1*sjq1ütfití',:"..,
i.ur,*J )" I"!iil_l! derur,êmpresas:
,-r. de e de fev...*..c uurr.
,n: sANros, pado pên,r",
u
l'L'*?rf,{ii}
Penatve i(coord ). A nova
zús, p. fe' lT CnÂO, nicatdo Man al de d.ircito comercial e de empresa 2 ed Sâo Peulo: Saraiva'
2007'
'Ji,l'.i 7l' |"""p:*«o
--<gu suuarr. Ke6urú,.à- )-
Lei n. tl.ro iiíi"iij'jl i-Yl:''awo
r tei de * a, p. ZSt; C,lUf'INHO,Sét}io. Fdlên.td e rccup.t^7ão de cmprcsat o líIovo regime de insolvênciâ emP!€sâ'
-..-_-
souzâ:RoDr,Íê,;;1-Í:":":."^p,"Djti,IiJifl"jii.'J"il:::lme;x*,Yrd#t .iJ.'nio a" lr'"iro, fr.nou"" iooe, p. ez' oÊ LÚCCÀ, Newton tn: DE LUCCÀ, Ne*'ton; slMÀo FILHo'
o";;;;,;à';;i;;;";)Í::::?,?:".,::^11J1o;,1,sr,*'iiiiu,.\i,k.*^,,*,,0*, Àdâlberto (Coord.). Crm entátios à
ova lei de recuPeruçito de etfiprua§ e de Íalências Seo Pàúlot Qüàílier
Latin,2005, p.98; LOBATO, Mod.lí Fa!ência e íectperaúlo. BelolJlorl4oíúe: Del Rey,2!O7' P 40i OLIVEIRÀ'
Martins. Disoosjca* pâulo:
.,;:::::_:: ",f*:"1 4. ed. São Lrr, 2ooz.
".
qÁ, pi_Ã
Celso Mercelo de. Corza ntáios à nova tei deÍalêÍdias. Seo Pâr.rlo: lOB, 2005, P lOS; VALVERDE' Tràiano de
MiraI,Àa.Co elüfios à.tei
'ÃÁi,'Oit*1ott,-**n de Ía)êficiL:.4. ed. Rio ae Jâneilol Forense UnivêÍsitária, 1999, v. I, p, 138| FIÀIE'
u:HlJs_?::.,,,"fuH^l."J,:;?1..""':""fã#:j",f*iy:fr,trTÉ:::::y:rIÍ{;1,1iilffi:l; tl. â. Napoli: Simone, 20o3, p 71; vASCONCELos'ttoneldo'Direita Processual
;;;,il"ü;â*Hif *,JErsro 200s, p. 67; nENTEADo
qe .\. .te tv
Mauro noarrrues.il*sÇ\iÍ ,!,Í#,!!"!çdo
d"
"^p,"*,. Berflardo Pimentel' Direíto processüal et'1prcsa'
.,- lalimentar. Sâo Paulo: Quartiêr Latin, 2008, P. 143j SOUZÂ,
.
r.u..,-
.r,uii).2^r.rir _, 1,.,1,,,"
I
i.,,sradosrribunais,lo#se,sr*.;;:à";:;;;,y;;::ü7h:,ili;;:#:2 ;íar. selvadoi ,usPodivm, 2008, p.179 GUERRA 'btiz A
onio. FdléÁcizs e recuPêrações deempresasic'ises
Editorâ, 2011,
d,;;i"í;tr;::,::,::"empresaemcrise.seoia"r", ê;;;;::;ü;ujwrLU-rvera Herenâ de Meuo econômico_financeirâs. comeniários à Lei de Recuperâçôe§ e de falênciâs. BrâsÍliâ: Guerre
do Nouatcidefatênciai,"ii*iií"'!#!"!;sr" p",ií ün,"ã""r,Á1,;:iil i:)l?â','d;"tí:iíí; v. l, p.217.
"oos, p Tos; upn -iz.c. civer"m'co,,,. 90. REQUIÁO, Rubens . Curia de dheitofali errar, 17. ed Sâo PÂulolsarâiva, 1998, v 1' P 93'
§j. ,.t^t^?,^,,tY:::.l"lilü,#j::"#::f. §Janoe :':"âurojAtras.
do S-ul da Regrão Meiropolitana
91. ÀLMEIDA, Arnad or Pàes de. cuôo de Íalância e rccupeúção de 2I ed São Pãulo: Saraivâ'
rm,
,_..-_-.-wàu "..-^rr -,r,n,.JIIIE
_ r,r», Çr,.ourrx,rrlcrÃ"í,",,Íuz rtR, - DÉCIM^ sExTÂ CÀMÁRA
de cu.riba - Ret.: 'mPtesar'
"-.1"_a--jl,-"" wAk I z cÍvEL _Aê 2005, p. 68.
s6 ;;;"';;;' ".. comercia!.seopsüJo:Max
BARREro FrLHo -
Julsemento: 1e-2'2008. - - CC
92. ST, - 2r Seçâo - CC 21775lDF, Relalor Ministro BUÉNO DE SOUZÀ, D,I4-6-2001; STJ 2r Seçáo
a7. coELHo, "**
rabio uri;-:;;;::;";,f*"^enb Limoned,1e6e, p. r4s-146 zisgs/úe, na*. Ntini.tro sÁL\4o DE FIGUEIREDo rElxEIRA, D,r8-9-1998i TIDF - 2007ü»0070813'\Gl'
a.orkêtci.jl. A. eC,.Sâopáu]o:
Sâraiva, 2OOB, v 3, p.261.
n"i"i"i óie orvrso oE oLIvÉtRA, 6r TuÍmâ clvel, iul8ado em 8-8-2007, D/ 30-8-2007' p 106' TJRS -
27-8-2008'
Conflitode Competência n.?002296508I, Quinta Câmâra Clvel, Relator: LEO LIMÀ'iulgâdoem
64 j cunso oe orneno EMpREsAaraL l
:o,:l:T jf j:.::
so_estranseiroéocenrron._.rfJpoffi Quando a fixação da competência envolver interesses exdusivamente pri?dos, estaremos
tsrasil um processo de recuDelacão judici"f,
;;"1;igi:Hfi-.*ãiu'A-.ial ,l?.r, diante de competência relativa. De outro lado, se a fixação da competênciâ envolver um
a" ."""p.iiçao ou de falência
se o devedor possui. bens ou estabetecr-"^," interesse público, estaremos diante de competência absolutâ. No caso da Lei ru 11.101/20O5,
do como nâo principal (Lei n. tt.rctt2(f,tS _ "o i"ã.
ô!ããio iãil"iro ,"ra a.nri-
t67:8, riO. '-
estamos claramente em uma hipótese de interesse público pam a fixaçáo da competência,
na medida em que há um interesse maior para a soluçâo das crises da empresa. Por isso,
. Podem
próprio
atuar no processo estrangeiro, desde que
devedor nos procesros equiuãr"r,",
autorizados pela lei do local, o a competência para tais processos é absoluta.
i nos processos equivdlentes à falência.
i .".,if*"iiã'.ãiãLí^o,.".o, ;ra,.,", Em todo caso, a partir da distribuição do pedido de falência ou de recupelação iu-
autorizar terceiros a atuar como IreDrr
Na omissao'desses [g;ti,"J;,
o iuiz poderá dicial ou da homologação de recuperação extraiudicial, o,uízo ao qual houve a distribui-
167 -E).
'-"rv sPr esentantes do processo brasileilo (Lei n. I 1.101/2005
- ção ficâ prevento para qualquer outro pedido de falência, de recuperação judicial ou de
homologação de recuperação extraiudicial, relatiyo ao mesmo devedor (art. 6e, § 8e da
Lei n. i 1.101/2005).
4.3 Natueza da competência
privados nos DentÍo dessa linha de entendimento, é essencial a intimação do ministério para se
:H,"?',[hff p.o"",'"ã r.rã'-",mo
ãil:Tfl#T:'"
r.,u, a" p,ã.",1oi,i1;H'ffi
sentido, manifestar nos processos de falência e de recuPelação extraiudicial. Mesmo na recuPe-
:""111: ff l.i:::i:1,ilr::ili: T:,ffi :"i."J: ração exEâjudicial tem-§e entendido a existência de um interesse social, coniistente na
rntervenção âpenas nos tuiela da função social da empresarra. Taj intervenção não deverá signficar a remessa dos
casos em que o interessepúblico
) r r, em questào decidida ainda efetl*À"íli" urtu;, pru""nt". O
sot d" lei autos ao Ministério Público em todo e em qualquer momento do processo, sob pena de
previsâo expressa, o Ministério anterioc aÍumou que, náo havendo
noi,?^1t19" violar o princÍPio da celeridade. A intervenção deverá ocorrer nos momentos essenciais'
fl::i:t_o:,,,;T;ão
Lurz Antonio Guerraãfirma
#fil!ülí;i::::J.:'iHtr[ilffi::,1.i::ff
r",*" que [: nos quais â tutela do interesse público iustifique a particiPação do Mini§tério Público,
é obrig"iO.i" ir*.""nçuã'.o, ai".""l embora â opinião maioritária seia Pela intervenção apenas nos câsos legâis.
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NÀNCY ANDRIGHI, TERCEIRÀ TURMÀ. iulgado em 8-5'2018'D/e 1l-5-2018.