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Samuel Gonçalves da Silva
seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.
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Silva (2016) enfatiza que as empresas devem se adaptar às realidades atuais, em
que as transformações e inovações de todos os aspectos (sociais, culturais,
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econômicas, políticas e tecnológicas) interferem em suas ações. As organizações
devem interagir com o mundo exterior e, por consequência, precisam se tornar
mais adaptativas, inovadoras, inteligentes e proativas, assim como seu quadro de
colaboradores também dependerá dessas características.
O autor ainda reforça que para melhor explorar este cenário é necessário que a
organização possua estratégias relacionadas à alocação de recursos em prol do
atingimento de objetivos específicos.
Estratégia e planejamento andam de mãos dadas, tanto que, para Cruz (2017), o
planejamento estratégico envolve a utilização de métodos, técnicas e ferramentas
que auxiliam na criação do futuro das organizações.
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mercado.
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Vale a pena relembrar que o objeto de estudo desta unidade é uma indústria de
sorvetes e você fará parte do time que irá ajudá-la a equacionar todas as situações
que permeiam a organização e estão relacionadas a Governança Corporativa. Os
produtos que a empresa fabrica são: sorvetes de massa, picolés e açaí em diversas
embalagens. Os sorvetes de massa são comercializados em embalagens de 1 litro,
2 litros e 10 litros, já o açaí apenas em embalagem de 1,5 litros e 10 litros. Trata-se
de uma empresa familiar que está no mercado há 10 anos e atende 15 lojas em
um raio de 100 km da fábrica. O fundador da empresa acaba de se afastar do
negócio e pretende deixar tudo sob os cuidados dos dois filhos (um na produção e
outro na administração), um deles sempre atuou próximo ao pai e o outro acaba
de chegar na empresa. Atualmente, a gestão é realizada de forma mais amadora,
pois os irmãos não possuem todo o conhecimento necessário para gerenciar o
negócio e ainda não contam com software de gestão. Os irmãos têm a sensação de
que, apesar de trabalharem muito, não veem o retorno financeiro. Além da fábrica,
eles possuem 3 lojas que vendem os produtos e pretendem franquear a marca,
pois o produto é de ótima qualidade. Ao total, contam com 10 colaboradores na
fábrica, sendo 8 na produção e 2 na entrega e 12 colaboradores nas lojas, sendo 6
atendentes e 6 caixas.
A situação financeira pessoal dos irmãos não é equilibrada e eles enfatizam que se
trata de uma consequência do cenário financeiro pelo qual a empresa atravessa.
A empresa está buscando uma consultoria para auxiliá-la a entender o que ocorre
e a implantar um processo de Governança Corporativa, e você e sua equipe foram
contratados para ajudar os irmãos com a empresa.
Para contribuir no processo de Governança Corporativa, você e sua equipe de
Consultoria deverão contribuir com a empresa no seu realinhamento
estratégico, portanto, se faz necessária a aplicação de diversos conceitos,
ferramentas e técnicas para determinação de um posicionamento estratégico
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adequado.
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A implantação do software de gestão em fase anterior à Consultoria contribuirá de
forma significativa para que a equipe possa desenhar esse modelo e balizar-se em
informações concretas do sistema.
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Aluno, aqui teremos mais um conhecimento importante para que você possa se
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destacar no mercado. Leve os conceitos para o dia a dia a fim de conseguir agregar
todo esse diferencial na sua carreira e oferecer tudo isso para a empresa que
atua/atuará ou até mesmo para sua própria empresa!
CONCEITO-CHAVE
GOVERNANÇA CORPORATIVA NAS EMPRESAS
Conforme relata Gonzales (2012, p. 25), a Governança é todo o processo de gestão
e monitoramento que leva em consideração os princípios da responsabilidade
corporativa (fiscal, social, trabalhista, comunitária, ambiental, societária),
interagindo com o ambiente e os públicos estratégicos, os chamados stakeholders,
em busca da sustentabilidade para ser longeva.
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O autor ainda reitera que as informações e os recursos são obtidos pelas
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empresas por meio desse ambiente e são as mudanças que ocorrem nele que
fazem com que as empresas tenham que redesenhar suas estratégias e seu
planejamento.
A Figura 1.3 mostra como a empresa deve definir a sua estratégia e fica claro que
antes mesmo da definição estratégica é necessário que outras ações sejam
tomadas por parte da empresa, como a definição da missão e da visão
organizacional.
Para Chiavenato (2014), a missão está relacionada a sua razão de existência, por
qual motivo ela existe, para atender qual cliente e agregar que tipo de valor a ele.
Já a visão representa o olhar de futuro da empresa, isto quer dizer, onde ela quer
chegar e de que maneira quer chegar. É a tradução dos objetivos a serem
alcançados para se tornar o que se deseja.
Por meio da missão e visão, a empresa deve realizar a análise SWOT, acrônimo de
Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats, no português Forças,
Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, que geram o acrônimo FFOA ou FOFA.
As forças são os aspectos positivos presentes internamente na organização, ou
seja, pontos em que ela se destaca. Já as fraquezas englobam os aspectos internos
que precisam ser melhorados pela organização com o objetivo de melhorar a sua
competitividade. No ambiente externo, estão as oportunidades e ameaças; a
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primeira representa tudo de bom que o mercado pode oferecer para empresa, isto
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é, pontos que geram novas oportunidades para ela, e as ameaças englobam
aspectos do mercado que podem comprometer o resultado. Dessa forma, pode-se
enfatizar que as forças e oportunidades são os aspectos que “ajudam” as
empresas, enquanto as fraquezas e ameaças são os que “atrapalham”.
Para Thompson (2011), a análise SWOT deve proporcionar subsídios para que a
empresa utilize seus recursos da melhor forma possível a fim de que possa
aproveitar as oportunidades e combater as ameaças. As forças e fraquezas
representam o ambiente interno da organização (ambiente controlável) e as
oportunidades e ameaças representam o ambiente externo à organização
(ambiente incontrolável).
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Definição de missão, visão e valores organizacionais
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Aplicação da análise SWOT.
Análise da concorrência.
Diversas são as ferramentas que podem ser utilizadas para cumprir essas etapas,
portanto, é muito importante que os administradores saibam utilizá-las para
gerarem o melhor planejamento estratégico possível.
ASSIMILE
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Para Cruz (2017), a empresa precisa seguir criteriosamente um roteiro de
formulação de objetivos que pretende atingir, isto quer dizer, que deve
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desenhar de que ponto deseja partir e a que ponto deseja chegar. A
determinação de metas específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e
temporizáveis é fundamental para medir o desempenho das áreas e o
quanto é possível se aproximar dos objetivos organizacionais de curto
prazo.
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Figura 1.5 | Modelo de Cinco Forças de Porter
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Fonte: Cruz (2017, p. 17).
Silva (2016) esclarece que essas análises permitirão que a empresa defina sua
estratégia para gerar vantagem competitiva, que basicamente existem dois
caminhos: baixo custo ou diferenciação. Essas duas estratégias de vantagem
competitiva se dividem em três estratégias genéricas que são: custo baixo,
diferenciação e foco.
Ainda segundo Silva (2016), em 1979, Michael Porter criou um modelo de cadeia de
valor, que culminam em um ganho financeiro maior, conforme demonstrado na
Figura 1.6.
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A cadeia de valor é um modelo que as empresas usam para conhecer sua posição
de custo e identificar os diversos meios que poderiam utilizar para facilitar a
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implementação de uma estratégia de nível de negócios pela qual optam. As
atividades principais têm relação com a criação física de um produto, sua venda e
distribuição a compradores e seu serviço pós-venda. As atividades de apoio
proporcionam o suporte necessário para a implementação das atividades
principais (HOSKISSON, 2010 p. 94).
REFLITA
Estratégia de diferenciação.
Estratégia de foco.
Para Brugnolo (2018), a estratégia de liderança em custos visa criar
operações relacionadas a produtos ou serviços com o menor custo possível
e, por meio de economia de escala, destacar-se com base nesse quesito. Já
a estratégia de diferenciação visa entregar produto ou serviços com
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características únicas na visão do cliente, possibilitando a valorização do
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seu produto com um preço mais elevado e manter a clientela. A estratégia
de foco se posiciona com a visão de nicho, ou seja, parcela muito específica
do mercado. Por sua vez, a estratégia de foco (enfoque, nicho) foca seus
esforços em um pequeno mercado, seja geográfico, de produto ou de
clientes.
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aberto, o valor da riqueza gerada pela empresa e a forma de sua distribuição.
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O desempenho financeiro informa se a estratégia da empresa está contribuindo
para a melhoria dos resultados financeiros e do lucro líquido, ou seja, estamos
falando de Governança Financeira (SILVA, 2016).
EXEMPLIFICANDO
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PRÁTICAS EMPRESARIAIS E TEORIAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
Todas as práticas empresariais apresentadas até aqui corroboram diretamente
para o resultado da Governança Corporativa. Ao relembrarmos que a Governança
Corporativa envolve transparência, equidade, prestação de contas e
responsabilidade corporativa, fica claro que todos os pontos contribuem para a
contemplação desses princípios.
Para Rosseti e Andrade (2014), a Governança Corporativa deve contar ainda com a
metodologia dos 8 Ps para melhor aplicação das práticas de governança. Os 8 Ps
são:
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uma empresa.
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Papéis: é preciso entender a segregação de papéis dentro de uma organização.
O que faz um conselho de administração e uma diretoria executiva, e como
essas atribuições e funções são desdobradas internamente.
Práticas: tudo que uma empresa faz e decide tem embasamento em dados e
visa garantir a integração dos processos dentro de uma organização, fazendo
com que a estratégia de negócios aconteça de forma unificada e transparente,
em conformidade com as políticas corporativas, leis e regulamentações,
minimizando riscos.
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em crescer diversificando, a tendência atual é concentrar os esforços naquilo que
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cada uma sabe fazer de melhor – é a chamada competência principal. O modelo de
Ansoff divide-se em duas direções: a primeira leva a equipe de planejamento a
formular uma estratégia de competição, caso a decisão seja a de não diversificar,
decompondo-a em ações que permitirão alcançar tais objetivos; a outra, a de
diversificação, também deve ser dividida em ações que permitam tal estratégia.
d. I, III, IV e V, apenas.
e. I, II, IV e V, apenas.
Questão 2
A análise do BCG procura identificar a situação de crescimento e participação de
mercado comparando a empresa analisada com seus principais concorrentes. O
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diagrama apresenta, no eixo horizontal, a relação da fatia de mercado da empresa
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com o principal concorrente em escala logarítmica. No eixo vertical, é considerado
o crescimento do mercado. O diagrama também considera os produtos em quatro
quadrantes: vaca leiteira, estrela, ponto de interrogação e abacaxi.
c. I, II, IV e V, apenas.
e. I, III, IV e V, apenas.
Questão 3
O planejamento estratégico envolve a definição de missão e visão, análise SWOT,
análise e clientes e mercados (Matriz BCG) análise da concorrência (modelo de
análise e clientes e mercados (Matriz BCG), análise da concorrência (modelo de
cinco forças de Porter), definição de declaração estratégica, análise financeira para
adequação do plano estratégico, roteiro para implantação dos planos estratégico e
operacional. Todos esses elementos estão ligados aos objetivos organizacionais e
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esses a KPI’s (indicadores de desempenho).
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Analise as afirmações a seguir:
c. I, II, IV e V, apenas.
d. I, III, IV e V, apenas.
REFERÊNCIAS
d i i ã á d
CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. Barueri: Editora
Manole, 2014. 9788520445457. Disponível em: https://bit.ly/3rN6Yul. Acesso em: 30
out. 2020.
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9788597013023. Disponível em: https://bit.ly/3pCXoIG. Acesso em: 30 out. 2020.
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DA SILVA, E. C. Governança Corporativa nas Empresas, 4ª edição. São Paulo:
Grupo GEN, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3ob2D1H. Acesso em: 31 out 2020
LAS CASAS, A. L. Plano de Marketing para Micro e Pequena Empresa. 6ª ed. São
Paulo: Grupo GEN, 2011. 9788522483099. Disponível em: https://bit.ly/3ncp9Ga.
Acesso em: 30 out. 2020.