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7845 - Empresas e o meio envolvente

7845| Empresas e o meio envolvente

Joaquim Alves
joaquimalves07@sapo.pt
7845 - Empresas e o meio envolvente

A sobrevivência de qualquer organização depende da sua capacidade de


interação com o meio envolvente.

Objetivos gerais

• Caracterizar as organizações empresariais no contexto em que


desenvolvem a sua atividade.
• Enquadrar as empresas nos diferentes critérios de classificação.
• Enquadrar as empresas nos diferentes critérios de classificação.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Visão sistémica da empresa:

- Conceito da empresa e sua evolução;


- Visão, missão e valores;
- Objetivos estratégicos e operacionais;
- Finalidades económicas e sociais da empresa;
- Ética, qualidade e responsabilidade social da empresa;
- Empresa e meio envolvente;

• Classificação das empresas:

- Critérios de classificação;
- Setor de atividade;
- Dimensão;
- Forma jurídica;

• Panorâmica do tecido empresarial português;


• Globalização da economia e impacto nas empresas;
SOBRE o TEMA 1

VISÃO SISTÉMICA DA
EMPRESA
Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Na raiz da palavra empresa encontra-se o verbo latino prehendere que


significa tomar, atingir, chegar a, e se encontra também na etimologia de
aprender, compreender e empreender. Por isso, no seu significado próprio,
empresa pressupõe iniciativa, decisão, dificuldade, esforço, risco.

- A empresa não é, porém, uma comunidade isolada; insere-se na


sociedade, não só como célula de base da economia, mas também como
fator influente na evolução das condições de vida humana e na promoção
do bem comum.

- A empresa é um conjunto de atividades humanas, coletivas e organizadas,


regidas por um centro regulador, com a finalidade de adaptar
constantemente os meios disponíveis aos objetivos predeterminados,
tendo em vista a produção/comercialização de bens/serviços.
Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Na raiz da palavra empresa encontra-se o verbo latino prehendere que


significa tomar, atingir, chegar a, e se encontra também na etimologia de
aprender, compreender e empreender. Por isso, no seu significado próprio,
empresa pressupõe iniciativa, decisão, dificuldade, esforço, risco.

- A empresa não é, porém, uma comunidade isolada; insere-se na


sociedade, não só como célula de base da economia, mas também como
fator influente na evolução das condições de vida humana e na promoção
do bem comum.

- A empresa é um conjunto de atividades humanas, coletivas e organizadas,


regidas por um centro regulador, com a finalidade de adaptar
constantemente os meios disponíveis aos objetivos predeterminados,
tendo em vista a produção/comercialização de bens/serviços.
Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Histórico da evolução das empresas


Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Histórico da evolução das empresas


Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Histórico da evolução das empresas


Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Histórico da evolução das empresas


Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Histórico da evolução das empresas


Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Histórico da evolução das empresas


Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Histórico da evolução das empresas


Visão sistémica da empresa
Conceito da empresa e sua evolução

- Histórico da evolução das empresas


Visão sistémica da empresa
Visão, missão e valor
Visão sistémica da empresa
Missão: a razão de existir

A missão de uma empresa reflete o motivo de sua existência, ou seja, o que


é, e para que serve o seu negócio.

Ela precisa ser curta, simples, fácil de memorizar e de se associar ao negócio


da sua marca, de modo que os stakeholders da empresa a tenham como um
mantra que guiará os propósitos e as ações da organização.

Ela deve responder a, basicamente, três perguntas para cumprir o


seu objetivo:

• Por que a sua empresa existe?


• Qual o papel de sua empresa no mercado — como ela contribui para quem
utiliza de seus produtos ou serviços?
• O que a sua empresa agrega aos diversos públicos envolvidos?
Visão sistémica da empresa
A missão de uma empresa não é e nem pode ser estática.
Ela precisa de se adequar conforme as mudanças estratégicas adotadas pela
organização.

Afinal, se os objetivos mudam, os envolvidos no negócio também precisarão


de novas orientações sobre o novo propósito da sua rotina. Isso assegurará
um maior envolvimento por parte deles, assim como o desenvolvimento das
suas atividades em prol de um ideal. Um exemplo de missão interessante é a
da gigante da web, Google:
Visão sistémica da empresa
Visão: o destino

A visão de uma empresa corresponde ao destino ao qual ela quer chegar.

Por isso, ela precisa ser pensada a longo prazo, determinando diretrizes
específicas dos objetivos do negócio.
Exatamente por este motivo, a visão de um negócio precisa ser sucinta e
bem específica. Além disso, é importante que ela seja ambiciosa, apesar de
realista.
Afinal, não adianta ter como missão “dominar o mundo — ou o mercado” se
o produto ou serviço não foi pensado para isso.
Visão sistémica da empresa
Visão: o destino

A visão de uma empresa precisa de funcionar como uma meta de atuação.

Em consequência disso, quando a meta proposta é atingida, uma nova deve


ser proposta.
Por isso, esta é a definição mais flexível, desde que a visão, seja alterada
apenas quando a visão anterior for alcançada ou quando houver mudanças
significativas no mercado que o obriguem a adequá-la. Um exemplo de visão
interessante é o do Banco Santander Totta em Portugal.

Ser o melhor Banco comercial que merece a lealdade duradoura dos


seus colaboradores, clientes, acionistas e comunidades.
Visão sistémica da empresa
Visão: o destino

A visão de uma empresa precisa de funcionar como uma meta de atuação.

Em consequência disso, quando a meta proposta é atingida, uma nova deve


ser proposta.
Por isso, esta é a definição mais flexível, desde que a visão, seja alterada
apenas quando a visão anterior for alcançada ou quando houver mudanças
significativas no mercado que o obriguem a adequá-la. Um exemplo de visão
interessante é o do Banco Santander Totta em Portugal.

Ser o melhor Banco comercial que merece a lealdade duradoura dos


seus colaboradores, clientes, acionistas e comunidades.
Visão sistémica da empresa
Valor: o código de conduta

Os valores formam o código de conduta da empresa. São os princípios éticos


e o estofo moral que deverão ser respeitados enquanto a companhia busca
cumprir sua missão e atingir os objetivos de sua visão. Eles são “as regras
do jogo” e são inegociáveis.

Esses valores deverão se refletir nos comportamentos, nas atitudes e nas


decisões de todos os setores da empresa. Eles devem nortear o
relacionamento da chefia com os funcionários, as relações entre os
trabalhadores e ainda seu comprometimento com os clientes e a sociedade
como um todo.
Visão sistémica da empresa
Valor: o código de conduta

Para definir seus valores, os gestores da empresa devem refletir sobre


questões como:

• Quais são nossas responsabilidades perante a sociedade?

• Como trataremos nossos clientes?

• Como os funcionários devem ser comportar?

• Como a empresa faz seus negócios?


Visão sistémica da empresa
Visão sistémica da empresa
Objetivos estratégicos e operacionais

No mundo empresarial existe uma série de conceitos que são assumidos


como certos, mas costumam ser mal compreendidos/interpretados.

Um desses conceitos é a diferença entre estratégia e operação, mais ainda, a


diferença entre os planeamentos mais estratégicos e os processos mais
operacionais. Quando estes conceitos estão confusos, é comum
encontrarmos conflitos entre áreas, planeamentos que não são concluídos e
falhas nos projetos.
Visão sistémica da empresa
Objetivos estratégicos e operacionais

• Quais perguntas a que se deve responder

As questões estratégicas procuram definir uma definir para a empresa. É um


perfil de trabalho que exibe fortes habilidades analíticas e foco na resolução
de problemas.
Algumas perguntas são cruciais para a definição da estratégia empresarial,
entre elas:

• Onde devemos competir no futuro?


• Como devemos competir no futuro?
• Como deveríamos estar a atuar?
• O que deveríamos estar a fazer?
Visão sistémica da empresa
Objetivos estratégicos e operacionais

• Quais perguntas a que se deve responder

Por outro lado, questões operacionais envolvem outros assuntos,


normalmente mais práticos, objetivos e que buscam responder à forma como
se consegue alcançar a estratégia.

• Como produzimos o nosso produto ou serviços atualmente?


• Como respondemos aos pedidos dos clientes esta semana?
• Como podemos aumentar a eficiência do nosso sistema essa semana?
• Como podemos reduzir os custos e aumentar a faturação?
• Como podemos revender para os clientes atuais?
• Quanto tempo demora à produção de cada solução?
• Quantas pessoas são necessárias para realização de cada ação?
Visão sistémica da empresa
Finalidades económicas e sociais da empresa

A empresa utiliza os seus trabalhadores para transformarem os recursos em


bens e serviços que satisfaçam as necessidades dos consumidores.
A esta atividade realizada pela empresa chama-se produção.

A produção é o resultado de uma combinação de fatores desenvolvidos na


empresa na qual o seu pessoal transforma os recursos postos a sua
disposição em bens que satisfaçam as necessidades dos consumidores.

Estematicamente tem-se:
Elemento humano Meio de trabalho
- trabalhadores - objecto de trabalho (bens e
serviços)
- gestores - meio de trabalho
Visão sistémica da empresa
Finalidades económicas e sociais da empresa

Neste esquema estão considerados elementos que convém classificar.

Assim:

A. O elemento humano: é constituído pelas pessoas que desenvolvem


atividades de natureza física ou intelectual a que se da o nome de trabalho.

Os meios de produção ou capital são conjuntos dos objetos de trabalhos e


meios de trabalho.

B. os objetos de trabalhos são: um conjunto de elementos sobre os quais


recai os trabalhos das pessoas.
Visão sistémica da empresa
Finalidades económicas e sociais da empresa

Podem ser:

* Matérias primas: são bens que vão ser transformados e aparecem incorporados
no produto final: Ex o açúcar no fabrico do bolo.

*Matérias subsidiarias: são bens que são consumidos durante o processo produtivo
mas não aparecem incorporados no produto final.
Ex: o óleo nas batatas fritas.

A. Os meios de trabalho são bens auxiliares dos quais os trabalhadores se servem


para transformar os objetos de trabalho. Que são Maquinarias e ferramentas.

P1: Onde vai a empresa adquirir os elementos de que necessita para produzir e
onde vai colocar os bens que produz ou transforma?

Rº Ao mercado, que é um lugar onde atuam vários agentes económicos que se


dedicam as mais diversas atividades.
Visão sistémica da empresa
Finalidades económicas e sociais da empresa

Devemos considerar:

• Mercados de materiais;
• Mercado de máquinas e equipamentos;
• Mercado de trabalho;
• Mercado de produtos;
• Mercado de serviços;
• Mercados financeiros;
Visão sistémica da empresa
Finalidades económicas e sociais da empresa

Finalidade social:
As empresas para alem dos seus objetivos económicos tem também objetivos
sociais que constituem na atribuição de um salario ao trabalhador.

Este salário permite um poder de compra para satisfazer as suas


necessidades, proporcionando-lhe estabilidade no futuro;
Proporciona ainda, a realização profissional dos empregados
Exemplo:
- festas sociais;
- campos de ferias;
- Acesso a bibliotecas, creches;
- clubes desportivos;
Visão sistémica da empresa
Ética, qualidade e responsabilidade social da empresa

O que é um Código de Ética e de Conduta?


É um instrumento que contém um conjunto de diretrizes, regras e normas,
com base nos valores e princípios da organização, com o intuito de
influenciar transversalmente a tomada de decisões e de orientar a relação
com as partes interessadas internas e externas – colaboradores/as, clientes,
entidades parceiras e fornecedoras, comunidade – (ética), bem como definir
os comportamentos esperados a adotar pelos/as trabalhadores/as (conduta).

Quem o deve implementar?


Todas as entidades empregadoras e outras organizações públicas e da
sociedade civil, com ou sem fins lucrativos, independentemente da sua
dimensão e setor de atividade.
Visão sistémica da empresa
Responsabilidade social da empresa

As atividades inseridas no domínio da Responsabilidade Social em geral e da


Responsabilidade Social das Empresas (RSE) em particular, têm vindo a
observar uma dinâmica crescente em Portugal, envolvendo atores, quer
públicos, quer privados, bem como organizações não governamentais.

Este movimento encontra-se em estreita sintonia com a consciência da


sociedade e dos mercados na necessidade de um maior equilíbrio entre as
atuações humanas individualmente consideradas e as iniciativas empresariais
num quadro de progressiva evolução para novos modelos de cidadania
individual e empresarial em sintonia com o desiderato do desenvolvimento
sustentável.
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
Visão sistémica da empresa
Empresa e meio envolvente
SOBRE o TEMA 2

CLASSIFICAÇÃO DAS
EMPRESAS
Classificação das empresas
• Critérios de classificação
Classificação das empresas
• Critérios de classificação
Classificação das empresas
Dimensão

• O Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, estipula o seguinte:

1 – A categoria das micro, pequenas e médias empresas (PME) é constituída


por empresas que empregam menos de 250 pessoas e cujo volume de
negócios anual não excede 50 milhões de euros ou cujo balanço total anual
não excede 43 milhões de euros.

2 – Na categoria das PME, uma pequena empresa é definida como uma


empresa que emprega menos de 50 pessoas e cujo volume de negócios anual
ou balanço total anual não excede 10 milhões de euros.

3 – Na categoria das PME, uma micro empresa é definida como uma empresa
que emprega menos de 10 pessoas e cujo volume de negócios anual ou
balanço total anual não excede 2 milhões de euros.
Classificação das empresas
• Critérios de classificação
Classificação das empresas
• Setor de atividade
Classificação das empresas
Classificação das empresas
Classificação das empresas
• Forma jurídica

A legislação comercial, contemplada no Código das Sociedades Comerciais português, atualmente em vigor,
consagra as seguintes e principais formas jurídicas da empresa:

1. Sociedade Anónima

• Principais características:
• capital social representado por ações;
• a responsabilidade de cada sócio está limitada ao número de ações subscritas;
• número mínimo de accionistas: 5;
• todas as acções têm o mesmo valor nominal, que não pode ser inferior a 1 cêntimo;
• capital social mínimo: 50.000 Euros = 10.024.100$00;
• a designação da sociedade incluirá sempre a expressão "Sociedade Anónima" ou "S.A.";
• não são permitidas contribuições em espécie como forma de realizar o capital;
• podem ser constituídas recorrendo à subscrição pública;
• não são admitidas contribuições de indústria;
• a administração e fiscalização da sociedade está cometida a um Conselho de Administração e a um
Conselho Fiscal do qual fará sempre parte um Revisor Oficial de Contas (ROC);
• o contrato de sociedade deve indicar: o número de acções emitidas, o seu valor nominal, as condições
particulares (se existirem), a que ficará sujeita a transmissão das acções, o montante de capital
realizado (se não houver sido na sua totalidade) e o prazo de realização do capital subscrito e não
realizado bem como a composição da Assembleia Geral e a estrutura do Conselho de Administração e
do Conselho Fiscal da Sociedade.
Classificação das empresas

2. Sociedade por Quotas

Principais características:
• capital social representado por quotas;
• responsabilidade solidária dos sócios;
• só o património social responde para com os credores pelas dívidas da sociedade;
• nenhuma quota pode ser inferior a 100 Euros = 20.048$00, ou seja 2% do C.S.M.;
• capital social mínimo: 1 Euro - só o património social responde pelas dívidas da
sociedade;
• número de sócios não inferior a 2;
• a firma deve ser formada pelo nome ou firma de todos ou alguns dos sócios, por
denominação particular ou por ambos, acrescido sempre da expressão "Limitada" ou
da abreviatura "Lda.";
• as entradas para o capital social podem ser feitas em dinheiro ou em bens diferentes;
• a realização do capital pode ser diferida até 50% do valor subscrito, em dinheiro;
• não são admitidas contribuições de indústria;
• o contrato de sociedade deve indicar o montante de cada quota e respectivo titular,
bem como o montante de entradas diferidas (se as houver).
Classificação das empresas

3. Sociedade Unipessoal por Quotas


Principais características:

constituída por um único sócio, pessoa singular ou colectiva, que é o titular da


totalidade do capital social;
também pode resultar da concentração das quotas da sociedade num único
sócio, independentemente da causa da concentração;
a firma da sociedade deve ser formada pela expressão "Sociedade Unipessoal"
ou "Unipessoal" antes da palavra "Limitada" ou "Lda.";
só o património social responde pelas dívidas da sociedade;
pode ser transformada em sociedade por quotas plural;
o sócio único pode designar gerentes;
seguem o enquadramento legal das sociedades por quotas, salvo nos aspetos
que pressupõem a pluralidade dos sócios.
Classificação das empresas

4. Cooperativa

Principais características:

• capital em composição variáveis;


• são associações permanentemente abertas à entrada de novos sócios;
• tem um caracter mutualista sem fins lucrativos;
• a responsabilidade dos elementos é limitada ao capital por eles subscrito.
Classificação das empresas

5. Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada

• Principais características:
• constitui-se por escritura pública;
• a responsabilidade do titular é limitada ao património afecto à actividade
empresarial;
• o capital pode ser realizado em dinheiro ou quaisquer outros bens. O valor
em numerário não poderá ser inferior a 2/3 do capital mínimo;
• a designação da sociedade deverá ser constituída pelo nome do titular
acrescido ou não do objecto de comércio, incluindo ainda o adiantamento
"Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada" ou apenas
"EIRL".
Classificação das empresas

6. Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada

• Principais características:
• constitui-se por escritura pública;
• a responsabilidade do titular é limitada ao património afeto à atividade
empresarial;
• o capital pode ser realizado em dinheiro ou quaisquer outros bens. O valor
em numerário não poderá ser inferior a 2/3 do capital mínimo;
• a designação da sociedade deverá ser constituída pelo nome do titular
acrescido ou não do objeto de comércio, incluindo ainda o adiantamento
"Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada" ou apenas
"EIRL".
Classificação das empresas
7. Empresário em Nome Individual

Principais características:

- pessoa singular equiparada a pessoa coletiva (empresa);


- responsabilidade ilimitada por dívidas contraídas;
- obrigatória a inscrição na Segurança Social.
SOBRE o TEMA 3

PANORÂMICA DO TECIDO
EMPRESARIAL PORTUGUÊS
Panorâmica do tecido empresarial
português
Entre 2007 e 2016, nasceram cerca de 347 mil empresas e outras
organizações em Portugal. Destas, 64% mantêm-se ativas. Das
restantes, 21% encerraram, 13% estão inativas, 1% estão
insolventes e 0,2% foram adquiridas. Por sua vez, 1 803 das mesmas
são sucursais de empresas estrangeiras.

As conclusões são da empresa de estudos de mercados Informa D&B, que


analisou as dinâmicas dos nascimentos, encerramentos e insolvências de
empresas e outras organizações em Portugal de 2007 a 2016. As principais
conclusões do estudo evidenciam “grandes alterações na conjuntura
internacional que se refletiram na economia a nível interno, como no
crescimento do desemprego, além de medidas de apoio ao
empreendedorismo, maior facilidade na criação e encerramento de empresas
e alterações fiscais ou o novo Código de Insolvências e Recuperação de
Empresas”, explica em comunicado a empresa.
Panorâmica do tecido empresarial
português
Retalho passa a liderar novos processos de insolvência

O setor do Retalho passou a liderar, no final de 2016, os novos processos de


insolvência, lugar que há vários anos era ocupado pelas Indústrias
Transformadoras, que recuaram 15 pontos percentuais neste indicador desde
2007. Nesse ano, as Indústrias Transformadoras e a Construção
representavam mais de 50% dos novos casos de insolvência. Hoje, os novos
casos estão mais distribuídos por todos os setores.

• Após um pico de quase seis mil novos casos em 2012, os processos de


insolvência caem desde 2013. Em 2016, as aberturas de processos de
insolvência recuaram 23%. Apesar da queda, os números de insolvências
ainda não recuperaram para os valores de 2007 (pouco mais de dois mil).
• Em 2007, o distrito do Porto liderava em novos processos de insolvência,
posição que passou a ser ocupada pelo distrito de Lisboa a partir de 2012.
A década totaliza 40 309 casos de insolvência.
Panorâmica do tecido empresarial
português
Panorâmica do tecido empresarial
português
Portugueses mais empreendedores

• Os dois últimos anos estão claramente acima da média anual de


nascimentos de novas empresas na última década. O ano de 2016, com 37
034 novas empresas, e o de 2015, com 37 961, destacam-se nesta década
onde a média anual de nascimentos de empresas é inferior às 35 mil.

• A evolução dos nascimentos entre 2007 e 2016 registou variações


significativas. Em 2009 iniciou-se um ciclo de descida até 2012, com
exceção do ano de 2011, “ano em que ocorreu a alteração legislativa que
reduziu o capital social mínimo para um euro por sócio”. Em 2013, o ciclo
inverte-se, com as constituições a subir até 2015 e apenas com um ligeiro
decréscimo em 2016.
Panorâmica do tecido empresarial
português
• Setores que mais cresceram em número de constituições

• Os Serviços e o Retalho mantêm-se como setores onde se constituem mais


empresas, mas o Alojamento e Restauração e as Atividades Imobiliárias,
setores ligados ao turismo, deram um salto e ocupam agora os terceiros e
quartos lugares, respetivamente, por troca com a Construção e os
Grossistas, que caíram para quinto e sexto lugar.
• Os setores da Agricultura, pecuária, pesca e caça (+9,5%),
Telecomunicações (+6,9%) e Alojamento e restauração (+4,9%) são os
que apresentam na última década o maior crescimento do número de
novas empresas (crescimento médio anual).
Panorâmica do tecido empresarial
português
• Setores que mais cresceram em número de constituições

A Construção e o setor do Gás, Eletricidade e Água são os dois setores com o


maior decréscimo anual de novas empresas (-5,2% e -4,6%, respetivamente).
Panorâmica do tecido empresarial
português
• Mais empreendedorismo individual e com menos capital

“A iniciativa individual deu um enorme salto na última década e ganhou terreno


face às sociedades por quotas em número de nascimentos de empresas”,
explica a empresa. Em 2016, as sociedades unipessoais representam 49% das
novas empresas, valor que compara com 36% em 2007.

As sociedades por quotas representavam, em 2007, 59% das empresas que


nasciam, recuando em 2016 para os 48%. Foram criadas 11 739 sociedades
unipessoais em 2007 e 16 954 em 2016; 19 478 sociedades por quotas em
2007 e 16 839 em 2016.

“O crescimento da iniciativa individual teve como consequência a menor


dimensão das empresas criadas, que têm agora um capital social de abertura
mais reduzido”. As empresas que são criadas com capital social inferior a cinco
mil euros têm vindo a ganhar importância e em 2016 já representam mais de
metade (51%) das constituições, com um capital social médio de 1 068 euros.
Panorâmica do tecido empresarial
português
• Lisboa recupera liderança na criação de empresas

• Em 2007, a região de Lisboa liderava os nascimentos de novas empresas


com 33,8%, contra 32,6% da região Norte. A ordem inverteu-se em 2009,
com o Norte a liderar todos os anos, até 2016, ano em que Lisboa
recuperou a liderança (36,5% versus 32,9%). Em 2009, o Norte liderava
com 10 531 novas empresas (Lisboa com 10 265); em 2016, Lisboa lidera
com 13 533 (Norte com 11 182).
Panorâmica do tecido empresarial
português
Perfil regional dos encerramentos mudou

Entre 2007 e 2016, encerraram cerca de 163 mil empresas, com o número de
encerramentos a manter-se perto dos 16 mil por ano. O ano de 2013 atingiu
um pico nos encerramentos com 19 093 casos, enquanto os anos com valores
mais baixos foram os de 2010 e 2014. Em 2016, o número de encerramentos
situou-se abaixo da média da década. A idade média das empresas que
encerram situa-se hoje nos 11,4 anos, uma subida ligeira face a 2007 (10,2
anos).
Panorâmica do tecido empresarial
português
Empresas atrasam-se mais nos pagamentos

• O comportamento de pagamento das empresas deteriorou-se na última


década. A percentagem de empresas que cumpre o prazo de pagamentos
acordado era de 21,7% em 2007, chegou a ser 25,3% em 2009, caiu até
aos 16,5% em 2013 e, depois de recuperar para os 20,1% em 2015,
voltou aos 17,4% em 2016.

Existem hoje mais de 60 mil entidades no setor social


• Existem hoje mais de 60 mil entidades ativas no setor social, crescimento
que foi impulsionado pelo forte nascimento de associações (mais de 21 mil
na última década). No mesmo período, e além das associações, nasceram
também 615 cooperativas e 224 fundações. O nascimento destas
entidades teve um comportamento semelhante aos das empresas, com um
decréscimo em 2016 após três anos de crescimento.
Panorâmica do tecido empresarial
português
Empresas atrasam-se mais nos pagamentos

• O comportamento de pagamento das empresas deteriorou-se na última


década. A percentagem de empresas que cumpre o prazo de pagamentos
acordado era de 21,7% em 2007, chegou a ser 25,3% em 2009, caiu até
aos 16,5% em 2013 e, depois de recuperar para os 20,1% em 2015,
voltou aos 17,4% em 2016.

Existem hoje mais de 60 mil entidades no setor social


• Existem hoje mais de 60 mil entidades ativas no setor social, crescimento
que foi impulsionado pelo forte nascimento de associações (mais de 21 mil
na última década). No mesmo período, e além das associações, nasceram
também 615 cooperativas e 224 fundações. O nascimento destas
entidades teve um comportamento semelhante aos das empresas, com um
decréscimo em 2016 após três anos de crescimento.
SOBRE o TEMA 4

GLOBALIZAÇÃO DA
ECONOMIA E IMPACTO NAS
EMPRESAS
Globalização da economia e impacto nas
empresas
Causa una, causa nula. S.T.Aquino

Um dos principais fatores, que tem conduzido para a corrida generalizada à


globalização, tem sido o fenómeno das privatizações, um pouco por toda a
parte. Privatização das empresas públicas, por um lado, e da
desregulamentação (reduzindo ou desmantelando os monopólios), por outro,
tem contribuído para o aumento da fluidez dos mercados e da concorrência.

A liberdade de trocas tornou-se num fenómeno de moda e levou à


constituição de zonas de total liberdade económica, como é o exemplo da
criação do mercado único entre os Estados Unidos e o Canadá, desde 1988, e
do mercado único europeu, desde 1993. É também nesta linha que se insere a
assinatura de acordos de livre-troca entre o Brasil e a Argentina e a Austrália
e a Nova Zelândia.
Globalização da economia e impacto
nas empresas

Neste novo contexto, a ideologia da economia de mercado encontra-se numa


fase de expansão e assiste-se à internacionalização dos mercados e da
concorrência que se acelera, por um lado, sob o efeito cumulativo de factores
favoráveis e, por outro, do próprio tempo
Globalização da economia e impacto
nas empresas
Fatores de Aceleração da Globalização

Abertura das Fronteiras: EUA/Canadá, Europa Circulação dos produtos internacionais

Multiplicação das aquisições e fusões de empresas


Multiplicação do número de multinacionais

Aumento das viagens de homens de negócios

Serviços Internacionais para as empresas: bancos, consultores, auditores,


etc. Comunicações Circulação das imagens
Transmissão rápida das modas e "snob effect"

Globalização dos gostos e convergência das preferências

Segmentação de clientes transnacionais: adolescentes, yuppies, executivos


Globalização da economia e impacto
nas empresas
Fatores de Aceleração da Globalização

Produtos e marcas com abrangência mundiais

Mensagens universais ou transculturais Produtos Mundiais Baixo custo da tecnologia

Fábricas de vocação mundial

International sourcing ou aquisição fora das fronteiras

Internacionalização de equipamentos, componentes, subcontratantes e fornecedores Distribuição


Mundial Transportes internacionais mais rápidos

Redes de transmissão de dados de equipamentos de telecomunicações

Padrões mundiais e internacionalização dos serviços Viagens-Turismo Clientes-Viajantes

Necessidade de presença dos produtos noutros países

Padrões mundiais de qualidade e internacionalização dos serviços aos clientes-viajantes

Internacionalização dos hotéis, bancos, organizadores de viagens, etc.


Globalização da economia e impacto
nas empresas

https://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ec
onomistas/detalhe/globalizacao-para-todos

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