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A implantação de uma brinquedoteca como ação de permanência de

mães na Universidade Estadual do Ceará


Alberto Angelo Delmiro1, Edilene Miranda Oliveira2,
José Matheus dos Santos3, Luan Ernandes Matos4
Pedro Henrique Arruda5, Vanessa Vanda Batista Teixeira6
1
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências Humanas, e-mail:
alberto.barros@aluno.uece.br
2
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências Humanas, e-mail:
edilene.miranda@aluno.uece,br
3
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências Humanas, e-mail:
matheus.buriti@aluno.uece.br
4
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências Humanas, e-mail:
luan.ernandes@aluno.uece.br
5
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências Humanas, e-mail:
ped.arruda@aluno.uece.br
6
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências Humanas, e-mail:
vanessa.vanda@aluno.uece.br

RESUMO. O presente estudo visa a contribuir com as discussões existentes sobre a


maternidade em contexto universitário, mais precisamente, na Universidade Estadual
do Ceará (UECE). Para tanto, desenvolvemos um Projeto de Intervenção (PI)
voltado a atender demandas do Coletivo de Mães UECE referentes à necessidade de
espaços de cuidado dentro dos campi destinados ao cuidado de crianças. A entrevista
e a árvore de problemas foram utilizadas como ferramentas metodológicas para o
levantamento desse problema-alvo junto às mães, com vista a construção de um
plano de intervenção atuante sobre suas causas e consequências. Como
embasamento teórico-conceitual, as reflexões da Psicologia Histórico-Cultural e das
Psicologias Social e Política foram articuladas a fim de compreender a importância
de um projeto de instalação de uma brinquedoteca no ambiente universitário, bem
como a relevância de políticas afirmativas voltadas para pautas sociais preocupadas
com a relação entre maternidade e instituições acadêmicas.
Palavras-chave: Maternidade. Universidade. Brinquedoteca. Intervenção.

1. INTRODUÇÃO

Enquanto costumeiramente as mães, em seu papel de cuidadoras dos filhos, são


inseridas em uma lógica de dedicação exclusiva para tais cuidados e zelo domiciliar, seja por
escolha própria ou imposição externa, há aquelas que também são universitárias e que
desviam desses discursos hegemônicos ao darem adicionalmente ênfase aos seus estudos.
Sendo inteiramente estudantes e inteiramente mães, a emergência da dupla cobrança social
inevitavelmente implica em uma maior quantidade de afazeres, muitas vezes escassa de
orientação quanto a como lidar com a duplicidade de papéis em decorrência do baixo volume
de discussões existentes sobre tamanha problemática. Nesse sentido, é de grande importância
que haja uma rede de apoio para auxiliar essas estudantes em seu cotidiano, pois como afirma
Costa et al (2023), a falta de suporte pode determinar a impossibilidade de universitárias
prosseguirem sua vida acadêmica e não conseguirem conciliar com a maternidade.
Diante dessa necessidade, a universidade, por se fazer um local não meramente
educador, mas também uma instituição social pautada, entre em outros princípios, na
universalidade (Chaui, 2003), deve dispor de órgãos, recursos e mecanismos capazes de
identificar e solucionar o problema em torno da maternidade. É dentro de uma perspectiva
social e política, consequentemente de democratização e de formação, que este Projeto de
Intervenção (PI) busca se inserir como parte integrante da conjugação desse ambiente
acadêmico com uma iniciativa estudantil em prol de garantir o cumprimento do direito de
mães universitárias terem condições de permanecer exercendo seu aprendizado.
Este PI, contudo, limita-se a ser uma contribuição advinda apenas do campo da
psicologia por se tratar de uma iniciativa pensada na disciplina de Sistemas e Teorias IV:
Psicologia Histórico-Cultural, ministrada pelo professor Dr. Hernani Pereira dos Santos, ainda
que haja a intenção de uma futura ação conjunta com outros cursos. Selecionamos um
agregado bibliográfico para constituir nosso arcabouço teórico-conceitual, com destaque para
a escolha da abordagem denominada Psicologia Histórico-Cultural, utilizada no tratamento
analítico dos dados, assim como para a construção de uma proposta de intervenção.
Articulada a essa abordagem, optamos por basear nossa atitude interventiva a partir de
reflexões trazidas pela Psicologia Social e a Psicologia Política, tendo em vista que tais
epistemologias abrem margem para a justificação de políticas afirmativas de inclusão da
maternidade em contextos universitários ao pensar criticamente a interação entre os sujeitos
(tanto as mães quanto os filhos) e as instituições.
Com base no exposto, objetivamos neste PI direcionar forças para a priorização de
projetos voltados à resolução das demandas de mães universitárias na realidade da
Universidade Estadual do Ceará (UECE), com enfoque inicial sobre o campus Itaperi, no que
se liga à idealização de espaços de cuidado destinados a crianças. De forma a atingir esse fim,
este resumo expandido apresenta, primeiramente, no tópico de metodologia, o percurso
descritivo do contexto da pesquisa e das ferramentas de análise utilizadas para a realização do
plano de execução da intervenção. Em seguida, no tópico de discussão, apresentamos o
objetivo geral e os específicos condutores do plano mencionado anteriormente, à luz do
arcabouço teórico-conceitual escolhido. Por fim, trazemos considerações finais de maneira a
refletir sobre a relevância e os desafios da proposta fundamentada.

2. METODOLOGIA

A elaboração de um projeto de intervenção tem como norte a delimitação de um


problema. Essa delimitação é crucial pois será por intermédio da problemática que todo o
percurso do PI será definido, devendo, pois, ser muito bem traçada e direcionada (Oliveira;
Oliveira, 2015, p. 6). Para o mapeamento dos problemas concretos que são relevantes ao
contexto de interesse desse projeto, a saber o espaço de vivências de mães universitárias na
Universidade Estadual do Ceará, alguns pressupostos de investigação foram basilares. O
primeiro deles, tendo como referência o modelo de pesquisa qualitativa (Goldenberg, 2004),
configura a exploração de campo como um ferramenta metodológica fundamental para a
compreensão e explicação das dinâmicas inerentes à realidade social e humana, na medida em
que é por intermédio dele que o pesquisador(a) poderá ter contato com os dados da realidade
empírica investigada.
Para a execução da fase exploratória do campo de experiências e demandas de mães na
UECE, seguimos dois passos. O primeiro deles foi o mapeamento de possíveis coletivos que
pudessem estar atrelados a pautas da maternidade na universidade. A identificação dos grupos
e das instituições representativas da realidade social investigada fornece um conjunto de
saberes e práticas que atravessam a vivência dos sujeitos em sua relação com determinadas
instituições. Nesse sentido, fazer uma imersão inicial em contexto é um passo fundamental
para o entendimento de como essas identidades e suas demandas sociais se constituem. A
partir desse primeiro nível de análise do campo, chegamos ao conhecimento do Coletivo Mães
UECE. O grupo, criado em 2022, é formado por 43 alunas advindas de diversos campi da
UECE, dentre eles o Itaperi, o Centro de Humanidade (CH), FAFIDAM e FACEDI. Mediante
esse conhecimento, entramos em contato com uma mãe universitária graduanda do curso de
Psicologia, Regilane Barbosa, que aceitou nos fornecer informações enquanto representante
do grupo.
Para a coleta de informações, a entrevista estruturada foi utilizada como instrumento
para o levantamento do material documental necessário à visibilização das demandas (Minayo
et al., 2007). Segue abaixo o esquema de perguntas propostas, divididas em cinco tópicos:

1. Rede de apoio:
a. Você tem uma rede de apoio fora da universidade? Com a família e os amigos?
Se sim, quais atitudes deles são mais relevantes para que você possa viver uma
vida fora do ambiente materno? Na universidade, por exemplo.

2. Assistência de instituição:
a. Você conhece algum mecanismo de auxílio ou assistência para as mães
universitárias da UECE, fora o movimento do qual você faz parte? Qual?
b. Quais demandas das mães universitárias da UECE ainda precisam ser
atendidas e que estão sem auxílio no momento?

3. Relato geral da vivência maternidade-universidade:


a. Relate brevemente os pontos mais relevantes e desafiadores da sua vivência
enquanto mãe e universitária.

4. Expectativas sociais envolvendo maternidade:


a. Você se sente pressionada pela sociedade para abdicar quase que integralmente
da sua vida e se dedicar exclusivamente a ser mãe? O que as pessoas dizem
que demonstra essa pressão?

5. Quais cobranças você sente que as pessoas fazem em relação a sua realidade
enquanto mãe e universitária?

6. Como surgiu o movimento?


a. Narre como surgiu o movimento que une as mães universitárias da UECE.
b. No momento, que ações o movimento tem planejado para contribuir com as
demandas das mães universitárias?
Através do relato da entrevistada, foi possível sistematizar um quadro de evidências
relacionado aos problemas enfrentados pelo coletivo de mães no contexto da UECE, como a
carência de bolsas-permanência, a falta de sensibilização dos professores(as) com a vivência
da mães e seus filhos em sala de aula, a falta de serviços de cuidado voltado às crianças no
campus, a insegurança e a carência de redes de apoio na universidade e fora dela. Com base
nessa coleta geral, selecionamos aquele problema que melhor poderia nortear um modelo de
intervenção psicológica. Nesse sentido, o que mais se destacou foi a problemática relacionada
à falta de serviços de cuidado às crianças nos campi, na medida em que realizar essa
intervenção seria poder concretizar práticas de cuidado infantil implicadas também na
promoção de cuidados à saúde mental das mães ao longo de sua jornada acadêmica e
profissional.
Como destacado pela voz de Regilane Barbosa, a luta por espaços apropriados ao
cuidado das crianças no ambiente universitário envolve a construção de equipamentos como
creche, brinquedoteca e fraldários. Dentre essas demandas, a brinquedoteca, em especial, foi
nosso alvo interventivo, levando em consideração a possibilidade de utilizarmos ambientes de
socialização do próprio bloco de psicologia para a realização e divulgação de ações
integrativas com as crianças, bem como outros espaços disponíveis no campus Itaperi,
envolvendo ações conjuntas com outros cursos. A fim de construir um projeto de ação
direcionado a essa demanda, é necessário, conforme sugestiona a metodologia da árvore de
problemas (Oliveira; Oliveira, 2015, p. 7), pensar no problema estruturante da demanda
mediante suas causas e não apenas com enfoque sobre suas consequências. Elucidar as causas,
portanto, suscita mais clareza na formulação das etapas do PI com vistas a potencializar
formas de ação pertinentes ao funcionamento concreto do problema central, viabilizando,
assim, melhorias para a vida dos sujeitos implicados naquele contexto.
Como causas do problema envolvendo a falta de acesso a espaços apropriados para o
cuidado infantil, que se relaciona à carência de uma brinquedoteca, podemos elencar três
principais. A primeira está envolvida com a falta de projetos na universidade destinados à
consecução desses ambientes como forma de assistência às mães. A segunda se refere à falta
de ações de conscientização e mobilização quanto aos problemas enfrentados por mães no
ambiente universitário. Ademais, por fim, a falta de visibilização do Coletivo de Mães UECE
e suas pautas perante os órgãos administrativos da UECE e seu corpo docente. A visualização
e compreensão dessas causas constitui a base direcionadora para a confecção das etapas de
intervenção que aqui objetivamos desenvolver.
Passemos a seguir, no tópico de discussão, para a elucidação desses passos
interventivos e o embasamento teórico utilizado.

3. DISCUSSÃO

Com base no percurso metodológico anteriormente desenvolvido, que nos conduziu na


identificação e tratamento de um problema central e suas causas, pudemos elencar os
seguintes objetivos para este PI:

Geral:

Promover o desenvolvimento de um projeto de brinquedoteca na UECE para o


coletivo de mães da universidade.

Específicos:

a. Solicitar administrativamente, por intermédio de documentação embasada por dados e


fontes, espaços na Uece para o início da realização do projeto.
b. Promover, por meio de eventos em conjunto com Coletivo de Mães UECE, o diálogo
com outros cursos da universidade para a formação de uma equipe interdisciplinar.
c. Desenvolver ações de divulgação sobre o projeto, mediante redes sociais e outros
meios, para conscientização do problema e promoção de apoio às mães da
universidade.

Atendendo a esses objetivos, foram planejadas as seguintes ações interventivas:

Ação 1: organizar dados relacionados com a proposta, documentais e bibliográficos, e


elaborar, com base nessas informações, um texto formal de solicitação de um projeto de
assistência estudantil à Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE), no intuito de
obter/utilizar um espaço ou mais como brinquedoteca;
Ação 2: buscar trabalhar em colaboração com a administração (professores e alunos
de psicologia) para garantir que os locais disponibilizados pela PRAE sejam adequadamente
equipados para funcionar como uma brinquedoteca, estabelecendo normas e procedimentos
para sua utilização, preocupando-se com horários, ética, segurança, supervisão, orientação,
manutenção e mecanismos de inclusão para melhor adequar os momentos lúdicos à situação
de cada criança. Em tal processo, espera-se estabelecer também datas fixas de reuniões e
grupos de estudos voltados a discutir possíveis mudanças no modus operandi do projeto ou
ampliações de espaços de atividades lúdicas. Além da criação de protocolos de investigação
de feedbacks (de professores, de universitários, das mães estudantes e das crianças) e
planejamento de abertura para alunos de outros cursos atuarem dentro dos perímetros da
brinquedoteca com a devida fiscalização e instrução;
Ação 3: realizar eventos com a participação do Coletivo de Mães UECE para divulgar
o projeto da brinquedoteca, sua importância e as possibilidades de atuações nela, com o fito
de gerar uma equipe interdisciplinar e viabilizar a inserção de projetos de pesquisa e extensão
de cursos que dialogam com as premissas e objetivos da brinquedoteca.

A princípio, como apresentado no tópico de metodologia, as etapas interventivas para


a implantação de um projeto de brinquedoteca foram delineadas com base no diagnóstico dos
problemas e suas causas. No entanto, é central pontuar que a confecção do plano de ação
também é resultado de um processo de reflexão norteado pelas epistemologias psicológicas da
abordagem Histórico-Cultural, da Psicologia Social e Política, as quais nos muniram com
lentes capazes de perceber as nuances psicossociais constituintes das questões apontadas,
como também para a devida compreensão de uma brinquedoteca como uma ferramenta
pertinente de transformação dessa realidade.
Em primeira análise, imbuindo-se das ferramentas teórico-conceituais da Psicologia
Histórico-Cultural, Vygotsky (2007) enxerga a brincadeira como possibilidade de capacitação
do sujeito em se apropriar dos modos de agir, dos instrumentos, dos signos e da cultura. A
brincadeira, porém, é mais efetiva e melhor direcionada para as necessidades da pessoa
quando mediadas em um ambiente social adequado, uma vez que se considera a distância
entre a capacidade individual e o auxílio na efetivação de tarefa, conhecida como Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP), como definidora da emergência de quais potencialidades
estão disponíveis para aquisição. É nessa direção que entendemos que as ações de criação,
manutenção e ampliação das brinquedotecas na universidade são condicionantes de mediação
para o potencial processo de desenvolvimento de cada vez mais crianças no ambiente
acadêmico, pois, sem torná-lo uma tarefa tediosa, e sim lúdica e atrativa, a
interdisciplinaridade requerida na construção coletiva da brinquedoteca atua de maneira a
fortalecer essas possibilidades de aprendizagem mediada.
Em segunda análise, utilizando a Psicologia Social como segundo aporte teórico, é
importante a compreensão do ser humano a partir dos seus aspectos sócio-históricos na
realidade (Lane, 2017). Entendemos, desse modo, no mínimo, duas razões para a atuação
interventiva desse projeto na construção de uma brinquedoteca na Uece: a) a viabilização de
pesquisas sobre os efeitos de construtos sócio-históricos e aparatos culturais na formação da
infância e b) a utilização de instrumentos lúdicos como modo de oportunizar para as crianças
um contexto de aprendizagem que possibilite a formação de uma consciência social (ibidem).
Relativo ao item a), é possível prover benefícios acadêmicos e de extensão para o curso de
psicologia e outros cursos, incentivando professores e estudantes a ingressarem no projeto —
o que cremos ser atingido com a terceira etapa —; em relação ao item b), depreendemos que
as atividades lúdicas são requisitos importantes para uma conversão da consciência social em
individual (Leontiev apud Lane, 2017), dando abertura para mais formas potenciais de
desenvolvimento (Vygotsky, 2007).
Em última análise, compreendemos, a partir da Psicologia Política, que a atuação da
psicologia deva subverter uma tendência histórica a qual coloca tal ciência operante como
auxiliadora e reforçadora dos posicionamentos de outras áreas científicas (Gonçalves, 2014).
Sendo uma iniciativa de discentes do curso de psicologia, este projeto se coloca enquanto uma
alternativa, em meio a outras já existentes e outras que poderão surgir, para uma necessária
tomada de decisão frente à frequência de problemáticas que cercam a maternidade em
contexto universitário, tanto ao denunciar a escassez de políticas afirmativas quanto ao propor
algumas soluções para o tema.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O PI aqui proposto foi motivado pelo conflito contido na relação entre maternidade e o
meio universitário, com enfoque nos problemas encontrados pelo Coletivo de Mães UECE em
seu respectivo ambiente acadêmico. Diversos problemas puderam ser diagnosticados a partir
da consulta realizada com esse grupo de mulheres, como carência de espaços destinados ao
cuidado das crianças, o julgamento e a falta de compreensão do corpo docente, a insegurança
no campus e a insuficiência de bolsas-permanência para as mães. Dentro desse escopo,
identificamos, no interior da demanda por espaços de cuidado aos filhos das discentes, a
necessidade de uma brinquedoteca enquanto uma demanda alvo central, a qual podemos,
enquanto membros responsivos do curso de Psicologia e da comunidade acadêmica, tentar
intervir em prol de melhorias. Nesse sentido, imprimimos esforços para a formulação de um
PI que buscasse construir uma possibilidade concreta de efetivação desse direito no campus
Itaperi.
Esperamos com os objetivos e o plano de ação apresentados abrir caminho para a
concretização de políticas inclusivas para mães universitárias e suas crianças, de forma a
melhorar o seu bem-estar psíquico e dar visibilidade a essa pauta social, assim como suscitar
reflexões que estimulem e fortaleçam pesquisas e intervenções na seara envolvendo
maternidade e universidade. Por fim, reconhecemos as limitações deste PI na medida em que
o levantamento de outras variáveis complexas e importantes, como aspectos técnicos,
econômicos e de infraestrutura, ativamente implicados na manutenção das assimetrias de
poder envolvendo a instituição acadêmica e as estudantes mães, não pôde ser objeto de um
estudo mais detalhado, em virtude do tempo e das finalidades deste projeto.

5. REFERÊNCIAS

BRAGA, M.; SILVA, N.; BONASSI, S. Vínculo Mãe-Bebê: Acolhimento e Intervenções no


Âmbito Institucional, Combate aos Desamparos na Maternidade. São Paulo, v. 18, ed. 2, out.
2021.

CHAUI, M. A Universidade Pública Sob Nova Perspectiva. Revista Brasileira de Educação,


Minas Gerais, out. 2003.

GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências


Sociais. 8 ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.

GONÇALVES, M. Psicologia, Subjetividade e Políticas Públicas. 1. ed. São Paulo: Cortez,


2013.
LANE, S. O que é Psicologia Social. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 2017.

MINAYO, M. C. de. S.; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa social: teoria, método e
criatividade. 26 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

OLIVEIRA, C. M. C. S.; OLIVEIRA, M. A. de. Projeto de intervenção associado à árvore


de problemas: metodologia para elaboração do projeto de intervenção (PI). Universidade
Federal de São Paulo, 2015. Disponível em:
<https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/6/unidades_metodologias_TCC/unidad
e04/unidade04.pdf> Acesso em: 9 dez. 2023.

VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente: O desenvolvimento dos processos


psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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