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LISTA 2 – Nºs inteiros e criptografia

Aluno: Lucas de Alcantara Noblat


DRE: 123514540

Conceitos importantes que serão fundamentais


durante a resolução dos exercícios

(i) Por definição, um número divide o outro quando esse outro é


um produto entre o primeiro e um inteiro que para essa
questão iremos chama-lo de w. Então temos que:

a/b → b = a*w

a/c → c = a*z

(ii) Um número é considerado “mdc” entre dois outros inteiros


quando esse número for o maior numero que divide ambos.

QUESTÕES

Questão 3. Sejam a, b, c ∈ Z. Prove cada uma das afirmações abaixo:

C) Se a | b e a | c, então para todos x, y ∈ Z temos a | (bx + cy);


Ideia: para provar a afirmação nós nos utilizaremos do conceito de
divisibilidade e trabalharemos em cima das expressões para chegar ao
resultado desejado.
Reescrevendo em ‘’logiquês’’ temos:

(((a/b) & (a/c) → ∀ x, y ∈ Z (a / (bx + cy));

Por definição, um numero divide o outro quando esse outro é um


produto entre o primeiro e um inteiro que para essa questão iremos
chama-lo de w. Então temos que:

a/b → b = a*w

a/c → c = a*z

Queremos afirmar que se os dois casos acima acontecem, então ‘a’


também irá dividir a expressão:
bx + cy

Substituindo os valores de b e c encontrados acima ficamos com:

x(a*w) + y(a*z)
Pondo o ‘a’ em evidencia:

a(wx + yz)

Como todas as variantes dentro dos parênteses são números


inteiros, segundo a definição de divisibilidade e a limitação ‘’para todo x e
y pertencente aos inteiros’’ feita pela afirmação, temos que o produto e a
soma entre dois inteiros resultam sempre em um número inteiro. E ainda,
pela definição de divisibilidade, temos que esse produto entre o ‘a’ e o
que está entre parênteses é marca da divisibilidade. Com isso provamos a
afirmação.

F) Se c ̸= 0, então: (a | b sse ac | bc);

Para provar essa afirmação nós iremos considerar que ela seja falsa,
mostrar através de expressões e argumentação que quando consideramos
a afirmação sendo falsa chegamos a uma incongruência. Portanto, através
do princípio do terceiro excluído, ao provarmos que a afirmação não é
falsa, provamos que ela é verdadeira.
Como se trata de uma implicação, a afirmação só é falsa quando a
premissa for verdadeira, mas a ‘consequência’ for falsa.
Então iremos considerar c != 0 e a expressão (a/b sse ac/bc) como
sendo falsa. Pelo conceito de valor verdade produzindo por uma
expressão do tipo ‘sse’, essa expressão só assume o valor falso quando os
valores entre as duas expressões forem diferentes entre si (V-F ou F-V).
Nesse caso, iremos considerar a premissa (a/b) sendo verdadeira e
a consequência (ac/bc) sendo falsa.
Desenvolvendo as expressões através do conceito de divisibilidade
temos:

b=a*z
bc != c * (a * z)

Podemos ‘’cortar’’ o ‘c’ dos dois lados e ficamos com a


expressão
b != a * z
Porém nós já tínhamos considerado que o ‘b’ assume esse valor,
então não tem como chegarmos a um resultado diferente desse. Aqui
provamos a afirmação f.

i) mdc(a, b) = mdc(b, a + bc).

Iremos chamar o nosso mdc de ‘x’ para facilitarmos a nossa vida e


iremos considerar que o mdc(a, b) seja ele.
Por definição de mdc e de divisibilidade temos que o mdc é um
número inteiro, no caso o maior deles, que divide ambos.
Desse jeito temos:

a=x*w (1)
b=x*z (2)

Iremos desenvolver a expressão (a + bc) substituindo os valores que


achamos de ‘a’ e ‘b’:

xw + (xz)*c
Pondo ‘x’ em evidência fica:
x (w + zc) (3)

Como todos os números envolvidos são números inteiros a soma e


produto entre dois inteiros são um inteiro, além disso nós mostramos
através de (3) que essa expressão é na verdade divisível também é
divisível pelo mdc (a, b). Como ‘x’ divide tanto b quanto a expressão a +
bc.
K) Se mdc(a, c) = 1 e mdc(b, c) = 1 então mdc(ab, c) = 1.

Para começarmos, teremos em mente que o 1 divide todos os


números, portanto ele pelo menos divide todos os termos envolvidos.

l) Não é verdade que para todos x, y, z ∈ Z temos:

x | (y · z) sse (x | y ou x | z);

Para provarmos essa iremos apenas dar um contraexemplo para


refutar a ideia de ‘’para todos’’.
Suponhamos que y = 3, z = 4 e x = 12:
3x4 = 12, e 12 é divisível por 12. Porém nem o 3 e nem o 4 são
divisíveis por 12 quando estão sozinhos. Assim refutamos a afirmação.

O) mdc(a, b) = mdc(|a|, |b|).

Por definição de valor absoluto temos que:


/x/ = xse x>0
E
/x/ = -x se x>0

Então teremos 4 casos:


mdc (a,b)
mdc(-a,b)
mdc(a,-b)
mdc(-a,-b)
Para um número ser divisível pelo outro, pela definição, temos que
esse número precisa ser um produto entre o outro e um inteiro. Como o
campo dos inteiros admite também os números negativos, nós não
teremos problemas em considerar divisores para números negativos. Aliás
teremos os mesmos divisores do que o número sendo negativo ou
positivo.
Teremos então que os dois valores sempre serão ‘’x’’ em seu valor
absoluto, portanto o mdc entre dois valores iguais é sempre igual dos dois
lados da igualdade.

Questão 4. O Algoritmo Euclidiano funciona tão bem que é


razoavelmente
difícil encontrar pares de números que o façam demorar muito para
terminar.

c. Descreva um método para resolver o seguinte problema: dado um natural


k > 0, encontrar dois números cujo mdc é 7, para os quais o Algoritmo
Euclidiano efetua exatamente k divisões. Você deve fornecer alguma explicação
de por que seu método funciona, mas não precisa provar terminação
e corretude formalmente.

Para esse algoritmo nós iremos escolher a, b e k pertencente aos


reais.
Além disso iremos fixar o b com o valor de 7 para todos os casos.

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